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4-Marcenaria Passo A Passo
4-Marcenaria Passo A Passo
4-Marcenaria Passo A Passo
Apostila de Marcenaria
4 – Marcenaria Passo a Passo
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ÍNDICE
Perfurar a madeira - Página 04
Entalhe-Página - Página 08
Folheados - Página 10
Cravos - Página 14
Traçar e marcar a madeira - Página 18
Trabalho com aglomerado - Página 23
Colagem - Página 28
Chamuscar a madeira - Página 32
Lixar a madeira - Página 35
Uniões por espigões - Página 40
Emalhetados - Página 45
Construção de gavetas - Página 48
Folheado com fórmica - Página 55
Folheado por termocolagem - Página 60
Marchetaria I - Página 63
Marchetaria II - Página 70
Tingir e chamuscar - Página 74
Talha I - Página 75
Talha II - Página 80
Encurvar a madeira - Página 85
Enxertar - Página 89
Espigão com cunha - Página 91
União entre madeiros I - Página93
Uniões II – União de caixas e espigões - Página 100
Caixa e espigão (propriamente dita) - Página 105
Uniões III Uniões angulares de tábuas e madeiros - Página 108
União IV com encaixes e rabo-de-andorinha - Página 111
Uniões V Encaixes ou acoplamentos - Página 119
Uniões VI Uniões a meia-esquadria - Página 126
Uniões VII Uniões a base de forquilha - Página 131
Juntas em meia madeira - Página 136
Juntas de meia-esquadria - Página 139
Juntas com cavilhas - Página 141
Juntas rebaixadas - Página 144
Juntas encabeçadas - Página 153
Juntas rabo-de-andorinha - Página 157
Três variações de junta rabo-de-andorinha - Página 161
Boa aplicação de fórmica - Página 174
Como trabalhar com laminados - Página 181
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Página 3
Editora Profissionalizante
Perfurar a madeira
A madeira é certamente o material mais utilizado pelo marceneiro, já que
é de fácil manejo, além de sólida e elástica. Pode submeter-se a esforços
importantes e manejar-se sem grandes dificuldades. Uma das técnicas mais
simples é a perfuração. Como em qualquer operação de marcenaria, existem
alguns truques e artifícios que o marceneiro deverá considerar se desejar
simplificar o seu trabalho.
Nesta lição, procuramos mostrar esses truques, além de ensinar como
se utilizam corretamente as peças da máquina universal e como se utilizam os
berbequins, assim como o modo de aplicar os moldes para fazer a perfuração.
Berbequins são ferramenta manuais utilizadas
para perfurar madeira, metal, pedra, louça etc.,
que consta de um punho, de uma haste de ferro
dobrada em forma de alça que gira em torno
desse punho, como uma manivela, e de uma
verruma de aço; furadeira.
Foto 1 Foto 2
Foto 1. O que na perfuração do metal ou plástico se chama
“traçado”, na madeira denomina-se “puncionado”. Utiliza-se para tal um
punção, que será afiado quadrangularmente. Com ele poderemos guiar a
broca com exatidão, pois do contrário esta poderá escapar.
Foto 2. Para furos de diâmetro que oscile entre 6 mm e 32 mm,
utiliza-se um maçarico espiral, que proporciona um bom “caminho” à broca,
sobretudo se se tratar de peças de madeira demasiadamente grossa. Utiliza-
se neste caso um arco de pua.
Foto 3 Foto 4
Foto 3. As brocas espirais introduzem-se na madeira como qualquer
broca. Há que perfurar a peça até que a ponta apareça do outro lado. Em
seguida, perfura-se por este último lado, das peças, pois caso contrário a
madeira costuma quebrar-se.
Foto 4. Para os furos maiores ( com um diâmetro de 22 mm a 78
mm) utilizam-se brocas extensíveis, que só se conseguem fixar utilizando uma
máquina universal. Sese trata de perfurar madeira dura, não se deve
pressionar demasiado, mas penetrar aos poucos.
Foto 5. Foto 6
Foto 5. Se as cabeças dos parafusos incomodarem, por motivos
óticos ou técnicos, numa peça de madeira, deve-se embuti-la. Isso faz-se
utilizando o escariador (também chamado “broca de ponta cônica”), para o que
se requer uma perfuradora manual ou mecânica.
Foto 6. Depois do escariador para alojar a cabeça do parafuso,
realiza-se no centro exato da perfuração, com a broca mais delgada, o furo
para inserção do pescoço do parafuso e da rosca. Com um cravo dissimular-
se-á a cabeça do parafuso alojado.
Foto 7 Foto 8
Foto 7. Para furar a madeira obliquamente, recomenda-se um
molde auxiliar. No início, colocar a perfuradora verticalmente e iniciar a
inclinação eficaz segundo o molde quando se tiver 2 mm de profundidade.
Tudo isso é feito com a máquina em funcionamento.
Foto 8. Para furos cegos, até uma determinada profundidade, é
necessário um travão, que se pode confeccionar perfurando um bocado de
madeira, de quadrangular de modo que forme uma espécie de braçadeira.
Devemos cortar o taco de acordo com a distância desejada.
Foto 9 Foto 10
Foto 9. Furos para cabeça de parafuso. Para isso utilizam-se
escariadores ou brocas com formato cônico fixas na máquina universal. A
penetração é graduada na coluna mediante uma aninlha com passador
enrroscado. Deve evitar-se que o parafuso ressalte.
Foto 10. Se se tiver de furar metal e madeira numa só operaçao –
no nosso caso, uma placa de alumínio deverá utilizar-se de uma broca para
metais. Punciona-se promeiro o metal. O avanço e velocidade da perfuração
adaptam-se ao material mais duro
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Foto 11 Foto 12
Foto 11. Para perfurar metal e madeira numa só operação, devemos
unir ambos os materiais (usam-se garrote ou torno de mão). Se o material for
muito grosso, durante a perfuração esfriamos com água.
Atenção: a água, em combinação com alguns metais, tinge certas
madeiras
Foto 12. Perfuração prévia para uma caixa ou entalhe. Para tal, usa-
se uma broca centradora. Primeiro, desenha-se o furo na caixa e depois
perfura-se sucessivamente, de modo que os buracos quase se toquem. As
pontas. As pontas de ambos os lados se eliminam com um formão.
Foto 13 Foto 14
Foto 13. As perfurações semicirculares não se podem realizar
diretamente, já que a broca sem guia escapava. Há um truque para isso:
coloca-se junto à peça outra ripa auxiliar e unem-se com garrotes. A própria
junção servirá de guia para a broca.
Foto 14. Debaixo das tábuas ligadas entre si, coloca-se um pedaço
qualquer de madeira, a fim de se conseguir que, quando a broca sair do outro
lado, não provoque rebarbas ou estrias. Tratando-se de madeiras duras,
utilizam-se brocas com ponta de aço rápido.
Foto 15. Perfuração de grande diâmetro ou assimétrica, em placa
de compensado, são de difícil execução. Quando o material não ultrapassa os
25 mm, pode-se fazer um furo prévio com o auxílio de um furador manual e
contorná-lo por meio de um serrote de ponta.
Final da lição sobre perfurar a madeira.
Entalhe
A serra de entalhe não se utiliza somente no fabrico de qualquer
variedade de brinquedos, mas também de pode utilizar em todos os tipos de
metais e mesmo plástico.
Foto 1 Foto 2
Foto 1. Conforme a extensão do arco, assim se pode trabalhar
objetos de diversas profundidades. A serra elétrica é recomendada para
marceneiros de entalhados. Na serra manual e na elétrica, as lâminas são as
mesmas.
Página 8.
Foto 2. Um acessório imprescindível é esta mesa de serrar, para
um manejo fácil da serra na sua evolução.
Foto 3 Foto 4
Foto 3. A lâmina monta-se sem uma tensão excessiva. Os dentes
devem estar orientados para o cabo.
Foto 4. A posição da serra é importante. Deve manter-se normal à
superfície do material.
Foto 5 Foto 6
Foto 5. Mais cômoda é a serra elétrica, a que se podem adaptar
outros acessórios (perfuração e polimento)
Foto 6. Para qualquer trabalho de entalhe dispomos de uma lâmina
especial.
Foto 7 Foto 8
Foto 7. Podemos trabalhar inclusivamente metais, para os quais
existem lâminas de maior dureza.
Foto 8. Os círculos interiores traçam-se primeiro na madeira e, após
se fazer um furo introduz-se a serra.
Foto 9 Foto 10
Foto 9. A lâmina, já montada no cabo, é passada pelo buraco e fixa-
se na outra extremidade do arco.
Foto 10. Para fazer recortes redondos gira-se o objeto sobre a mesa
de serrar. Manter a serra bem controlada.
Foto 11 Foto 12
Foto 11. As lâminas. Da esquerda para a direita: para madeira (fina,
grossa e em hélice), para plásticos e para metais.
Foto 12. As pranchas de plástico não criam rebordos se
trabalharmos cuidadosamente com uma lâmina fina.
Final da lição sobre entalhe.
Folheados
Atualmente, os marceneiros fazem o folheado com prensas
hidráulicas. Nesta lição indica-se o modo como um marceneiro pode conseguir
uma superfície folheada impecável sem recorrer a sistemas industriais. Mas
para isso temos que obedecer, evidentemente, a certas regras.
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Foto 1 Foto 2
Foto 1. Recortar a folha e fixá-la com um torno e uma ripa sobre uma
base. Evita-se assim que as folhas se partam. Recortar com a serra uma folha
após outra.
Foto 2. Juntas: segurar as folhas entre duas placas planas. Passar a
plaina nos bordos da folha até eliminar, por completo, todas as fissuras.
Foto 3 Foto 4
Foto 3. O papel para juntas é delgado e colado. O lado com a cola
humedece-se com uma esponja escorrida e pega-se sobre a união ou junção
das folhas.
Foto 4. O papel para juntas mentém-se durante o folheado. Deste
modo evita-se com toda a segurança que se possam produzir quebras no veio.
Foto 5. Por meio de um papel isola-se a placa externa do prensado
da placa que se folheia. Caso contrário, a folha pegaria à primeira placa,
provocando transtornos.
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Foto 5 Foto 6
Foto 6. As placas de pressão devem ser do mesmo tamanho ou
maiores, para que a folha receba uma pressão homogênea. A uma maior
expessura da placa de pressão corresponde a uma regularidade maior na
pressão. Os grampos colocam-se no centro, para que a cola se espalhe até
fora e não forme bolhas de ar no centro. A cola deverá ser utilizada em menor
quantidade para fora.
Foto 7 Foto 8
Foto 7. Prensa de ocasião, quando não se dispõe de grampos ou
garrotes. Coloca-se uma ripa no centro e apertam-se os grampos, para
podermos intercalar as cunhas.
Foto 8. As sombras nas bordas eliminam-se toscamente, aplainando-
se bem as arestas. Procedendo deste modo não se provocam deteriorações
na folha.
Foto 9. O papel da colagem é humedecido com água e eliminado com
um formão, raspador ou lima de grão fino. A raspagem realiza-se quando do
humedecimento.
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Foto 9 Foto 10
Foto 10. Inverter as folhas: se desejarmos uma superfície regular do
veio, cada folha será invertida em relação à anterior, sobretudo em folheados
ricos.
Foto 11
Foto 11. A junta em cruz consiste em quatro folhas, dispostas de
modo que se confrontem longitudinal e horizontalmente. Nesta solução, demos
que procurar cortar, em primeiro lugar, os extremos frontais com o serrote de
folhear, para que o veio coincida exatamente. Depois da colagem, podemos
esquadriar os rebordos longitudinais.
Foto 12. As folhas de plástico que imitam o veio da madeira natural
sobrepõem-se nos cantos e colam-se até se entrecruzarem.
Foto 13. Em seguida, com uma régua metálica, orienta-se o corte
segundo a “meia-esquadria” e cortam-se as duas folhas. Deve-se proceder
com muito cuidado.
Foto 12 Foto 13
Foto 14
Foto 14. Eliminam-se então as pontas da folha e, finalmente, como
última operação, proceda-se à colagem do canto com a ajuda do ferro de
passar.
Final da lição sobre folheados.
Cravos
O cravo de madeira é um antigo processo de união. Os Vikings já o
utilizaram em seu tempo. Hoje, graças à perfuração cômoda, recupera toda a
sua função, pelo que lhe damos aqui a devida atenção.
Existe uma boa dúzia de sistemas de união da madeira, mas o mais
fácil de todos eles e o que melhor se adapta à nossa perícia nestes trabalhos
é o cravo, sobretudo nos casos em que não se exige um acabamento muito
perfeito de encaixe nem tão pouco se exigem muitos esforços à tração e ao
esforço.
Entre outros, tal pode ser o caso de peças como caixotes, armações
e outros elementos de madeira que devem permanecer sempre unidos.
O cravo tem essencialmente duas funções: a primeira é proporcionar
uma união estável entre duas peças de madeira, a segunda é construir um
sistema fácil de montagem delas.
Nos estabelecimentos comerciais do segmento de marcenaria
costuma haver cravos de diversas grossuras e comprimentos, com ranhuras
espirais no exterior que têm o mesmo sentido do recheio da cola. Deste modo,
consegue-se uma excelente aderência na colagem.
Ainda nesta ordem de ideias, também podemos utilizar cravos feitos
a partir de varas compradas aos metros e cortadas conforme convenha ao
trabalho, pois não se deve esquecer que geralmente costumam ficar mais
baratas que as anteriores. A sua escolha será em função da grossura das vigas
ou tábuas que serão ligadas e do peso que terão de suportar.
Segundo uma regra criada para tal fim, e em vista das experiências
feitas, até uma grossura de 20 mm, o diâmetro do cravo será pelo menos igual
à metade da espessura. Para grossuras superiores às assinaladas basta que
correspondam apenas a um terço da largura.
Há cravos com ranhuras pré fabricadas, de diâmetro de 6 mm, 8 mm,
10 mm e 12 mm. Certas tábuas de 36 mm podem inclusive ser ligadas com
cravos de 12 mm, sempre que possamos conseguir para eles um alojamento
perfeito nessas tábuas.
Mas ainda há outra norma que devemos observar no encaixe tipo
cravo. O alojamento deverá ter cerca de 5 mm mais do que o comprimento do
cravo.
Assim conseguimos uma colagem certa ao ser cravar o cravo.
Devemos considerar que as partículas de madeira provocadas pela perfuração
devem poder ser bem comprimidas quando da penetração do cravo.
Nas ilustrações em anexo a esta lição mostramos como devemos
como devemos proceder na maior parte desses casos.
Página 15.
Foto 1 Foto 2
Foto 1. A madeira seccionada desta ilustração mostra como os
cravos assentam nas suas cavidades. O comprimento do cravo é um pouco
inferior, cerca de 5 mm, à do alojamento, para que a cola se distribua melhor.
Foro 2. Cravos de diferentes grossuras, tanto pré fabricados quanto
feitos de vara redonda. As suas vantagens são que cortamos à medida. Os
seus inconvenientes são que não possuem ranhuras helicoidais, sendo menor
a retenção de cola, embora mais baratas.
Foto 3 Foto 4
Foto 3. Os cravos usam-se com grande frequência. Para isso,
deveremos dispor de um molde de perfuração, para se conseguirem
perfurações exatas com menos tempo de trabalho. O nosso croquis mostra
uma união de três peças formando canto.
Foto 4. Uma aplicação corrente do cravo é a perfuração direta (não
cega) desde o exterior da peça que tapa para o bordo da outra. É a forma mais
simples de encravar, porque ambas as peças são perfuradas ao mesmo
tempo.
Foto 5 Foto 6
Foto 5. No encosto de duas tábuas com cravos cegos há sempre o
problema da posição correta da perfuração. As tábuas não só devem ajustar-
se em ângulo reto, como os furos deverão corresponder corretamente entre só
em sentido normal.
Foto 6. Nas meias-esquadrias, o trabalho prévio de encrave deverá
ser muito cuidadoso. Os buracos sevem ser normais aos planos encravados,
a fim de se conseguir uma ligação perfeita. É necessário utilizar um esquadro
de medição dos cantos para a colagem.
Foto 7 Foto 8
Foto 7. No encrave das bordas requer-se muita precisão para se
conseguir a mesma separação entre os furos das duas peças. Se dispomos
de uma esquadria ou esquadro (veja-se também a última ilustração desta
lição), o trabalho será muito mais fácil.
Foto 8. Um molde para a perfuração correta faz-se com um pouco
de imaginação. Mas não a utilizaremos para a perfuração direta, mas apenas
como elemento de marcação, pois os desgastes e erosões da madeira
poderiam conduzir a erros nas perfurações sucessivas.
Foto 9 Foto 10
Foto 9. Um valioso auxiliar para a perfuração prévia ao encrave
será centrar perfeitamente a broca, marcada por meio de dois pregos sem
cabeça que se cravam numa peça e a seguir noutra peça depois de
convenientemente acertadas.
Foto 10. As perfurações devem ser exatas. Um limitador de avanço
da broca é feito com um pedaço de madeira que marque a extensão da
penetração respectiva. O esquadro, neste caso, serve como orientação para o
ataque que se vai realizar.
Final da lição sobre cravos.
Foto 1 Foto 2
Foto 1. Os elementos auxiliares: Para marcar utiliza-se o marcador
e o graminho, que assinalam o caminho a seguir graças ao sulco que
produzem. Para traçar ou calcular, utiliza-se o lápis, que não prejudica a
madeira. O esquadro servirá para traçar perpendiculares.
Foto 2. Com esta garatuja assinala-se o primeiro processo do projeto
em qualquer peça que tenha que aplainar. A face que a contenha servirá de
referência para os esquadriados posteriores e para que nela se façam as
marcações básicas que tenhamos de realizar.
Foto 3. Tábuas maciças que por junção irão constituir uma prancha,
antes de serem cortadas nas extremidades, serão marcadas com um triângulo
que abarque todos os elementos a unir, evitando assim que na montagem e
colagem se inverta a ordem em que se deve dispor.
Foto 4. Também os quadros se devem assinalar antes de ser
marcada a junção. Para se efetuar esta operação, convém utilizar um lápis
que disponha de um grafite macio, para que, desse modo, o seu traço se
elimine facilmente com uma simples lixadeira.
Foto 3 Foto 4
Foto 5. As traves laterais de um armário devem marcar-se antes de
se realizar a sua colagem, para que, uma vez essa colagem feita, se possa
rapidamente identificar. Também neste caso se utiliza o triângulo como
símbolo muito válido. Utilizado no topo das peças, servirá para as distinguir
uma das outras; em contrapartida, desenhado os lados, revelará a disposição
da montagem. Quando, como sucede na presente gravura, se podem
confundir dois grupos iguais, neste caso devemos recorrer ao emprego de
números.
Foto 5
Foto 6. O graminho deve-se manter apertado contra o canto que
serve de guia para traçar uma paralela e para se conseguir um traço regular.
Com o graminho de dois braços podem-se traçar dois sinais diferentes sem
ser necessário mudar alternadamente a medida, e pode ser confeccionado por
nós próprios: utilizam-se dois varões de 8 mm, em que se espetam nos
extremos dois pregos aguçados. Com um pedaço de madeira de 70 mm X 40
mm X 30 mm, confecciona-se uma caixa para albergar os dois varões e entre
eles um calço ligeiramente cônico, que manterá os varões na posição
requerida.
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Foto 6
Foto 7 Se não se dispõe de graminho para traçar uma paralela,
recorre-se a um riscador: coloca-se uma ripa na posição adequada e marca-
se seguindo a borda dela.
Atenção: Apertar a ripa com dois grampos para evitar que o riscador
se possa mover.
Foto 8. Marcar dois furos que correspondam é simples com os
acessórios adequados. Realiza-se um alojamento na primeira peça, introduz-
se o acessório e põem-se face a face com a outra peça, pressionando para
que se assinale o centro do buraco que se vai fazer em seguida.
Foto 7 Foto 8
Foto 9. As dobradiças e gonzos colocam-se nos locais que lhes
compete e, com o punção, marcam-se os buracos que serão feitos. Deve-se
espetar bem a ponta para servir de guia à ferramenta com que se faz a
penetração, especiamente para realizar um furo.
Foto 10. Se não houver compasso, pode se traçar um círculo sobre
qualquer superfície superfície. Numa tira de material resistente faz-se uma
cavidade que serve de guia ao lápis; conforme o raio necessário, espeta-se
um prego que atravesse a tira. O buraco será tapado com massa.
Foto 9 Foto 10
Foto 11. As folhas que precisam ser unidas para revestir uma
superfície devem ser marcadas com um número que corresponderá ao da
placa. Isto é importante quando há várias placas a folear. Os números
determinaram, ao se recomporem, a direção do veio que dispomos
antecipadamente. Atenção: marque sempre pelo avesso, para se evitar que
restos de mina de chumbo ou de giz (embora aparentemente se tenham
apagado) se introduzam nos poros da folha e reapareçam quando se der o
tratamento à superfície.
Foto 11
Foto 12
Página 22.
Foto 12. Galgar uma placa que se deve ajustar a um contorno
irregular: apoia-se o lápis contra um taco de madeira (que terá de 5 mm a 10
mm mais do que a separação entre a placa e o que se pretende tapar) e segue-
se o contorno. Ao se recortar a placa, ela encaixará.
Final da lição sobre traçar e marcar madeiras.
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Página 25.
Foto 4
Foto 5. A união conseguida por simples colagem, sem cravos,
linguetas ou aparafusamentos, não é resistente. Eis aqui um exemplo de um
aglomerado folheado cuja união não suportou a ação de dobrar.
Foto 6. Um método de união pelo qual os topos não ficam à vista:
as placas cortam-se à 45º e unem-se com pedaços de um perfil angular
(contraplacado) cujos elementos se colocam de 10 cm em 10 cm.
Foto 5 Foto 6
Foto 7. Facetar um topo à 45º. Deve-se prestar atenção aos cortes
à meia-esquadria, que são difíceis de fazer com uma máquina de pouca
potência. É necessário experimentar previamente.
Foto 8. As dobradiças correntes não são as mais adequadas para
fixar acessórios nos aglomerados. O melhor será introduzir pelo topo cravos
que coincidam com a introdução dos parafusos de fixação das dobradiças.
Foto 7 Foto 8
Foto 9. A colocação de uma dobradiça de piano não se pode
realizar com cravos (veja-se a foto 9). Mas pode-se colocar uma ripa quadrada
de madeira dura introduzida numa ranhura feita no topo.
Foto 10. As placas de pouca espessura têm tendência para se
fenderem quando se introduz um cravo. Para evitar esse inconveniente,
aperta-se um grampo que comprime a placa durante a operação.
Foto 9 Foto 10
Foto 11. Quando se perfura um aglomerado, pode suceder que a
parte oposta se estrague à saída da broca. Para evitar que isso aconteça,
coloque um taco de madeira, indispensável quando se abre um sulco em um
aglomerado folheado.
Foto 12. Eis uma técnica para se conseguir um aperto das
cantoneiras durante a colagem: com dois grampos e uns calços de madeira,
comprime-se um tubo de aço quadrado.
Foto 11 Foto 12
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Foto 13. Um friso de madeira maciça de certa largura proporcionará
resistência ao topo e dará aparência de maior grossura à placa ou à prateleira,
que não vergará mesmo com um peso grande.
Foto 14. Naqueles trabalhos em que não necessitam de ser
folheados os topos e os cantos, devem amassar-se simplesmente antes de
se pintarem. Economizaremos massa se previamente lhes aplicarmos uma
demão de cola.
Foto 13 foto 14
Foto 15. Os aglomerados folheados têm que ser revestidos de
ambos os lados, pois do contrário eles empenam. A solução mais adequada
é utilizarmos o mesmo material para as duas faces.
Foto 15
Foto 16. Sobre um soalho desigual ou sobre pavimento de tacos
deteriorados não se pode colocar bem um tapete. A placa de aglomerado de
19 mm proporcionará um bom suporte de base.
Foto 17. Um revestimento estratificado de um aglomerado parte-se
quando se serra. Isto evita-se se na linha de corte utilizarmos fita adesiva
(neste caso utilizou-se fita isoladora).
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Foto 16 Foto 17
Espessura em mm Utilizações
8 Traseiras e fundos de gavetas
10 Gavetas e compartimentos
13 Compartimentos, lados pequenos de gavetas ou armários.
Fundos de gavetas.
16 Construções de móveis ligeiros
19 Construções de móveis, pavimentos tetos falsos
22 Construções de móveis, pranchetas de trabalho
25 Pranchetas de trabalhos resistentes para cozinhas
Colagem
As uniões coladas, se feitas de maneira correta, podem ser muito mais
duradouras do que a própria madeira. Para isso é muito importante uma boa
pressão. Nesta lição explicamos como realizar estas uniões.
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Foto 1 Foto 2
Foto 1. Os utensílios aqui representados são os necessários para se
realizar a colagem. Além disso, é imprescindível uma boa preparação.
Foto 2. Quando se trabalha com madeira pintada, deve-se eliminar
a pintura das superfícies a serem coladas, antes de se aplicar a cola.
Foto 3 Foto 4
Foto 3. Em superfícies pequenas, aplica-se a cola com uma trincha:
em áreas grandes, uma espátula dentada distribui a cola com regularidade.
Foto 4. A cola em excesso sobra quando se aperta, sendo
conveniente, portanto, eliminar este excesso. Para pintarmos a madeira, a cola
tem que estar seca.
Foto 5 Foto 6
Foto 5. Há grampos com sapatas de cortiça ou de plástico para
não deixarem marcas. Se não tivermos, intercalemos um bocado de madeira.
Foto 6. Também não deixará sinais na madeira este sistema de
aperto quando intercalamos uma tira de fibra.
Foto 7. Podemos apertar os folheados dos cantos e topos utilizando
grampos colocados a pouca distância entre si.
Foto 7 Foto 8
Foto 8. As meias esquadrias apertam-se com estas tenazes feitas
de arame de aço, as quais devem ser colocadas com alicates especiais ou à
mão.
Foto 9 Foto 10
Foto 9. Colagem de uma placa formada por várias tábuas: fixamos
uns pregos sobre duas ripas, a fim de fazer altura, e introduzimos cunhas ou
calços.
Foto 10. As colagens em ângulo realizam-se com um torniquete. Os
pedaços de madeira colocados nos cantos evitam as imperfeições.
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Chamuscar a madeira
Se desejar uma superfície de madeira com caráter especial e de
aspecto rústico há a possibilidade de a chamuscar, em vez de pintar; utiliza-se
o maçarico e exige poucas ferramentas.
As partes mais queimadas são eliminadas com uma escova de pelos
vegetais ou metálicos
Todas as madeiras resinosas de coníferas são aptas para este
tratamento.
A madeira que vai chamuscar-se não necessita ser antes lixada; basta
aplainá-la manual ou mecanicamente.
A chama é passada lentamente de um lado para o outro da madeira,
seguindo a direção dos veios, até que todos os anéis desapareçam sob uma
mesma coloração escura. Comprova-se antes, com qualquer pedaço de
madeira, a intensidade da chama e a distância conveniente.
Depois do chamuscado, escove para eliminar as partículas de
madeira carbonizada mais branda e conseguir um relevo da superfície no qual
as fibras queimadas ficam escuras e os poros, rebaixados, ficam mais claros.
Se o tom resultante for demasiado escuro, pode-se utilizar novamente a
escova metálica. É muito importante escovar sempre seguindo a direção dos
veios.
As partes dos móveis que estão diretamente em contato com a roupa
(mesa, assentos, espaldares que são parte da cadeiras ou similar em que se
apoiam as costas de quem se senta) não deverão ser escovados, pelo que
convém não utilizar nelas uma chama muito forte.
Também não deve manter o maçarico demasiado perto da madeira
(distância aproximada de 20 cm a 30 cm). Assim apenas se tostam os poros,
ao passo que os veios ficam de cor clara.
Também podem ser chamuscadas madeiras folheadas, mas as folhas
devem ser serradas e terem, como mínimo, uma grossura de 2,5 mm.
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Foto 1
Foto 1 No caso de madeira torneada deve-se trabalhar com uma
chama fraca, visto que ela se queima com facilidade nas arestas. As zonas
mais claras conseguem dar mais relevo à madeira torneada.
Foto 2 Foto 3
Foto 2. Em superfícies grandes, como é o caso das pernas de uma
mesa, pode-se aplicar uma chama um pouco mais forte. Para se obter uma
coloração mais uniforme, quime depois de ter o móvel montado.
Foto 3. A esfrega da madeira chamuscada é feita com uma escova
de pelos duros. Para não riscar a superfície, escova-se sempre seguindo a
direção dos veios. Em seguida, pode-se dar uma camada de base de verniz
transparente ou de cera celulósica.
Foto 4. Tostamento posterior de um revestimento de madeira já
tratado. É muito aconselhável proteger o estofamento do móvel com uma placa
de amianto.
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Foto 4 Foto 5
Foto 5. Madeira de pinho (da esquerda para a direita desta foto):
natural, sem escovar e chamuscada, chamuscada e escovada. A imagem da
madeira pode-se conservar clara se não escovarmos previamente os veios.
Neste caso trata-se de uma placa de aglomerado folheada.
Foto 6 Foto 7
Foto 6. Madeira de pinho tostada, previamente aplainada, mas não
lixada. Produz um grande efeito se a madeira tiver um veio largo.
Foto 7. O abeto tostado é muito apropriado para ser escovado, pois
é uma conífera branda. É conveniente utilizar uma escova de pelos muito
duros.
Foto 8. O veio da madeira de ramos não é muito visível, mas se for
tostado, ficará mais evidenciado como vemos na foto 8 ao lado. Nas tábuas
moldadas deve-se chamuscar por todos os lados.
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Foto 8
Lixar a madeira
Segundo os peritos, lixar bem a madeira constitui uma arte. É certo
que, devido a um manejo defeituoso das máquinas, ou por uma escolha errada
da lixa, pode-se estragar facilmente a superfície de uma valiosa madeira. Mas
com um pouco de experiência dos materiais e com algum conhecimento
técnico, qualquer marceneiro mesmo com menos experiência poderá competir
com um especialista. Nesta lição tentaremos demonstrá-lo.
Lixar a madeira mecanicamente é muito difícil. Além disso, ao utilizar
máquinas de grandes velocidades com as quais se tenha de trabalhar fazendo
pressão, é muito fácil fazer estragos irreparáveis. Mas também para lixar
manualmente é necessária muita prática e, sobretudo, saber escolher a lixa
própria, porque nem todas as lixas são próprias para lixar todos os tipos de
madeira. Todavia, existem folhas de lixa que são de uso universal para
madeira, metal, materiais sintéticos, verniz etc.
No comércio especializado existem folhas de lixa com granulação que
vão desde o número 24 ao número 600. (quanto mais baixo é o número, maior
é o grão. Quanto mais elevado for o número utilizado, mais fino será o lixado
final.)
1) Disco para lixar com máquina universal por meio de pratos brandos
utilizados para eliminar oxidações em alguns trabalhos em madeira.
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2) A lixa de água utiliza-se para acabamentos finos em metais e
esmaltes.
3) Disco universal para lixar madeira, metal, ladrilhos, fibrocimento e
materiais sintéticos.
4) Lixa de papel para madeira.
5) Lixa de pano para metais, mas que também serve para madeira.
6) folhas para polir com grãos especialmente resistentes, cujo suporte
não se rasga nem enruga e que pode ser limpo com uma escova. A sua
duração é maior do que a das lixas normais.
Foto 1
Portanto, é muito conveniente recomendar ao marceneiro,
especialmente se este é um iniciante, que antes de começar proceda a uma
prova simples.
Para os marceneiros iniciantes ou amadores, o mais habitual é
trabalhar com a lixadeira orbital, porque esta efetua a pressão necessária com
o seu próprio peso é não é necessário obedecer à direção das fibras nem ao
veio da madeira, ao contrário do que sucede empregando outros tipos de
acessórios para lixar com qualquer máquina elétrica.
Os trabalhos mais delicados são os que tem que efetuar com discos
de lixar adaptados à máquina. As orlas do disco, girando a grande velocidade,
podem ocasionar sem querer profundas depressões e cortes na madeira, se
não se tomar cuidado especial no manejo da máquina.
No entanto, há trabalhos nos quais é imprescindível a sua utilização,
como, por exemplo, quando se tem que alisar superfícies muito irregulares, ou
no caso de eliminar os restos de verniz numa superfície que se tenha pintado.
Foto 2. Lixando com disco brando: muito prático, mas difícil, porque
requer muita experiência com a máquina universal.
Foto 3. As superfícies já envernizadas são alisadas quase sem
pressão, porque de contrário se eliminaria a camada de verniz.
Foto 2 Foto 3
Foto 4. Trabalhar com a lixadeira orbital é mais simples, pois
oferece uma vantagem: não é obrigatório trabalhar no sentido dos veios.
Foto 5. Em um só processo de trabalho se lixam os cantos e
desenham-se as arestas. Dobre-se a lixa e aperte-se a cortiça contra um taco.
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Foto 4 Foto 5
Foto 6. Assim se lixa um rebaixe ou uma ranhura redonda: enrola-
se a lixa em um pedaço de varão e obtém-se a forma para um lixado curvo.
Foto 7. Em volta da cortiça enrolam-se dois terços da folha de lixa.
Foto 8. Nunca se deve lixar a madeira contra a direção dos seus
veios.
Foto 6 Foto 7
Foto 9. O disco abrasivo de grande granulação é o apropriado para
lixar superfícies envernizadas. Os grãos não se gastam. É necessário usar
óculos de proteção para evitar acidentes.
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Foto 8 Foto 9
Foto 10. Para lixar o piso com veios desencontrados utilizam-se as
lixadeiras orbitais, pois ao usar outro método os solos poderiam ficar riscados.
Foto 10 Foto 11
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Foto 13.1 Foto 13.2
Foto 14. A eficácia destes discos será mais duradoura se os
limparmos com uma carda (escova).
Foto 14
Final da lição sobre lixar a madeira.
Foto 1 Foto 2
Foto 3. As bordas facetadas do espigão proporcionam um espaço
em que se costuma acumular o excesso de cola
Foto 3
Foto 4
Foto 5. Malhete direito. Neste caso, o topo do malhete fica invisível
do lado de fora. Dá bastante mais trabalho fazer a caixa. O comprimento do
malhete será exatamente igual à profundidade da caixa. O excesso de cola sai
por cima e deverá ser eliminada imediatamente com um trapo que antes
umedecemos.
Foto 5 Foto 6
Foto 6. Encaixe à meia-esquadria. Esta união requer muita precisão
e cuidado, porque fica visível. Recomenda-se fazer todos os cortes com um
serrote de costela e, caso seja possível, utilizar uma guia.
Foto 7. Encaixe com espigão adicional. O espigão adicional não
excederá mais de 1/3 do comprimento do espigão, evitando torções da peça
horizontal. Este encaixe é utilizado em portas expostas a grandes esforços.
Foto 8. Espigão com dois cravos. Esta junção, seja fora a fora, ou
seja, cega, utiliza-se para traves intercalares ou também angulares. Para lhe
dar maior estabilidade deve ser devidamente reforçada com cravos.
Foto 7 Foto 8
Foto 9. Espigão de fora a fora com cunha. As cunhas são
introduzidas de fora, nos dois entalhes do espigão, para evitar que o mesmo,
ao sofrer um esforço de tração, se desloque e saia da caixa. As cunhas têm
igualmente um efeito de compressão da espiga contra as paredes da caixa.
Foto 10. Espigão com moldura. Os nivelados do espigão terão um
perfil idêntico ao da peça vertical da caixa. Deve utilizar-se uma serra de
rodear.
Foto 11. Espigão com quatro nivelados. Especialmente indicado
para ligações em “T”. Existem também espigões com três livelados para
ligações angulares. A sua vantagem é que as bordas mal acabadas da caixa
de encaixe ficam embutidas.
Foto 9 Foto 10
Foto 12. Espigão duplo. É bastante aconselhável utilizar este tipo de
espigão quando a peça horizontal em questão é demasiado largo para um só
espigão. Também se pode realizar este espigão cego de fora a fora.
Foto 11 Foto 12
Foto 13 Foto 14
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São pouco frequentes as junções de peças por malhete e cola. Quem
quiser construir móveis sólidos, ou reparar os antigos., deve conhecer a sua
técnica.
Foto 1. Malhete é uma cavidade ou encaixe na extremidade de uma peça de
madeira ou de metal, efetuada para receber a parte saliente de outra peça e
com ela formar uma ensambladura que é o ato ou efeito de embutir peças de
madeira por meio de entalhe.
Quem quiser fazer montagens com peças com malhetes deve saber
desfrutar desse trabalho de precisão e praticar o tempo necessário, pois só
assim poderá mostrar a sua destreza, especialmente na realização de
encaixes ocultos. Não é por acaso que se trata de uma das provas no exame
de mestria. De qualquer modo, é menos complicado do que parece.
Uma união por malhete simples pode-se
fazer inclusive com uma serra circular. Apenas é
necessário um acessório especial. No entanto,
pode-se efetuar esta união sem necessidade de
utensílios complicados porque pode ser feita
com uma simples serra de dentes finos e um
formão.
O problema destes encaixes reside na necessidade de ajuste perfeito,
pois as peças devem permitir união sem forçá-las e, ao mesmo tempo, não
devem ficar frouxas. Uns simples dois décimos de milímetro a mais pode
estragar todo o trabalho. Uma união com folga em excesso é menos resistente
do que a colagem direta e a topo madeira com madeira.
As uniões feitas com malhetes não só são bonitas, como
extremamente sólidas. Excetuando-se o caso do encaixe por malhete simples,
os demais podem resistir à tração mesmo sem terem sido colados. De qualquer
forma, na prática, são sempre colados, e assim podem aguentar qualquer
sobrecarga, por maior que seja.
Em princípio, para qualquer tipo de encaixe por malhete realizam-se
os mesmos processos. Utilizando-se como exemplo um encaixe com malhete
e cola, perceberemos aos poucos como se deve proceder. Quem o faça pela
primeira vez é melhor começar a sua prática com uma madeira barata, até
conseguir pouco a pouco a destreza necessária.
Foto 2. Marcar a profundidade dos malhetes: com o graminho
marcar-se a espessura da outra peça que se vai ligar.
Foto 3. Os malhetes são marcados e serrados com o serrote fino,
seguindo o traço pela parte que se elimina.
Foto 2 Foto 3
Foto 4. A parte que se arranca saltará com a ajuda de um formão.
Para isso, a madeira deverá estar bem segura.
Foto 5. Os malhetes fêmeas marcam-se após os malhetes machos,
assinalando-se os contornos sobre a madeira.
Foto 4 Foto 5
Foto 6. Serra-se e vaza-se como se fez anteriormente. Unem-se as
tábuas para as provar e, se necessário, repassam-se.
Foto 7. Aplicando cola branca e unir definitivamente as peças.
Elimine a cola em excesso.
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Foto 6 Foto 7
Foto 8. Encaixe com malhete simples (direto): São os de mais fácil
execução. Mas como não resistem a esforços ou trações, usam-se
principalmente para encaixes do fundo das gavetas.
Foto 9. Esta é a forma autêntica dos encaixes por malhetes com
cola: neste caso as protuberâncias da peça macho transpassam a fêmea com
maior profundidade, permanecendo à vista.
Foto 8 Foto 9
Foto 10. A versão semioculta é tipicamente utilizada nas frentes das
gavetas. Não se vê a união na parte da frente e as peças machos são mais
profundas.
Foto 11. A união fica invisível por ambos os lados se os malhetes
forem feitos em um rebaixe. Por fora, surge como uma união sobreposta de
tábuas.
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Foto 10 Foto 11
Foto 12. União por encaixe totalmente escondido. A união é feita
à meia-esquadria e os malhetes ficam ocultos. Este é o tipo de execução mais
difícil e a sua realização é coisa de mestre.
Foto 13. Variação da forma normal. Esta união é de uma solidez
insuperável. Embora também apresente a qualidade de ser muito decorativa,
e é muito pouco frequente.
Foto 12 Foto 13
Construção de gavetas
Quando se trata de construir gavetas são muitos os que se sentem
fraquejar. Nesta lição tentamos facilitar aos iniciantes a construção dessas
peças de mobiliário. Não seguimos a maneira artesã à base de uniões tipo
cauda de andorinha, mas outra em que usamos ranhuras e linguetas.
Foto 1. Rebaixamos com uma plaina os topos dianteiro e traseiro das
laterais da gaveta. O rebaixo terá um quarto da grossura da madeira e a
profundidade de metade da espessura.
Foto 1 Foto 2
Foto 2. Os cantos traseiros de cada lado devem ser recortados. Isto
permitirá que a gaveta entre com mais facilidade no alojamento que lhe irá
corresponder.
Foto 3. Com a serra circular fazendo as ranhuras. Para que a abertura
fique perfeita, convém passar depois com a plaina. É conveniente fazer um
teste em um pedaço de madeira.
Foto 3
Foto 4. Os cantos das laterais são aplainados ligeiramente na sua
parte de trás para permitir uma saída paulatina do ar. Devemos também
arredondá-los por fora. Devemos utilizar proteções de plástico nas mandíbulas
do torno de madeira para evitar causar estragos nas peças, muito
especialmente na frente da gaveta.
Foto 4
Foto 5. Com a ajuda de um gastalho prendemos as peças durante a
colagem. A pressão será mais uniforme se utilizarmos uma tábua que assente
em cada extremo sobre um par de ripas. Mas o que é um “gastalho”?
Foto 5 Foto 6
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Foto 6. Quando a cola tiver secado, introduzimos o fundo nas
ranhuras previstas. Se arredondarmos os seus cantos será mais fácil a
penetração. O fundo é fixado às costas com parafusos.
Foto 7. Depois de terminado tudo isto, colocamos a segunda frente,
colocando-a, ou aparafusando-a por dentro. Devemos fazer com que a frente
se adapte com espaços iguais para ambos os lados.
Foto 7
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Foto 11. Seção transversal do armário e da gaveta vista de cima. A
frente sobreposta encosta ao lado do armário e, como tal, deve ser
devidamente ajustada.
Foto 12. Uma gaveta tanto pode deslizar sobre duas guias, como
sobre uma altura de folga. A guia impede que vejamos a ligeira inclinação do
lado da gaveta quando esta é puxada.
Foto 11
1. Perfil do armário 2. Perfil da gravura
3. Fronte simples 4. Frente sobreposta
Foto 13. Este método somente é apropriado para os lados de madeira
maciça, já que estes podem levar um golpe onde entra a guia de deslizamento.
A profundidade do golpe deve ser algo maior do que metade da grossura do
lado.
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Foto 14. Através de uma guia colada na parte superior do lado da
gaveta, esta deslizará sobre outra peça de madeira dura, a qual está fixada na
parte interior do lado do armário.
Foto 15. Com esta guia de deslizamento em forma de T, podemos
colocar duas gavetas uma ao lado da outra. Nos outros dois extremos as
suspensões são executadas tal como mostra o desenho em anexo.
Foto 15
Final da lição sobre construção de gavetas.
A colagem
Necessitamos de um suporte rígido, plano liso e limpo. O mais comum
é utilizar uma tábua de madeira (aglomerado, compensado e inclusive madeira
prensada) que tenha pelo menos 16 mm ou 19 mm de espessura.
Aconselhamos para que as tábuas que precisamos colar estejam em lugar
seco e com temperatura amena (de 18º a 20º) junto com a placa e a cola que
vamos utilizar.
Deixamos secar ambas as superfícies durante uns 20 a 30 minutos,
já que as colas de contato à base de neopreno têm um tempo determinado de
secagem.
O importante é colocar corretamente a placa de “fórmica” sobre a
superfície que vamos revestir, sem que fiquem em contato ambas as
superfícies e de tal modo que a “fórmica” rebaixe de maneira uniforme todas
as bordas do suporte. Se as superfícies que temos que unir são muito grandes,
podemos intercalar entre elas umas folhas de jornal, as quais são facilmente
retiradas com um puxão quando encararmos ambas as superfícies pelo outro
lado.
Depois de colocarmos o material na posição correta, estabelecemos
então o contato entre as superfícies que precisamos colar rápida e
energicamente, esfregando a seguir com bastante força o lado direito da
fórmica com um rolo, insistindo especialmente em todas as bordas.
Depois de termos colado uma das faces é conveniente –
particularmente quando a tábua é de pouca espessura – folhear a outra, para
compensar a tensão que um material duro exerce sobre a tábua.
Foto 4 Foto 5
Foto 6. A cola de contato deve parecer seca antes de unirmos ambas
as superfícies. Para comprovar é melhor utilizarmos as costas da mão do que
os dedos.
Foto 7. É um bom recurso intercalar umas tiras de sobras de fórmica
entre os materiais, as quais vamos retirando à medida que se procede ao
contato de suas superfícies.
Foto 8. Esfregamos energicamente toda a superfície com um rolo de
pressão ou auxiliando-nos de um pano de fibras suaves. Devemos insistir nas
bordas da placa.
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Foto 6 Foto 7
Foto 9. Com uma plaina de lâmina muito afiada ou com uma plaina-
lima “surform” (foto 1) eliminamos a parte excedente da fórmica. Trabalhando
oblicuamente, eliminamos as lascas.
Foto 8 Foto 9
Foto 10. Aplicação de uma folha de rebordo para cantos através de
um ferro elétrico, o qual amacia a cola incorporada na folha, visto que é
termofundível.
Foto 11. Acabamento do canto com tira termocolante com uma faca
ou formão bem afiados. Se revestimos os cantos com tiras de fórmica, fazemos
o acabamento com uma faca ou com uma lima.
Foto 10 Foto 11
Página 59.
Foto 12. Depois de corrigirmos as arestas, lhes proporcionamos uma
chanfradura com lixa incorporada em um taco, tanto sobre as superfícies,
quanto sobre o revestimento dos cantos.
Foto 12
Final da lição sobre folheado com “fórmica”.
Foto 1 Foto 2
Foto 3. Este tipo de folheado de um recorte com tão pouco espaço
interior poderá ser feito com um ferro elétrico. Podemos, contudo, utilizar um
frisador elétrico, ainda que o mais prático seja um ferro de soldar ao qual
aconselhamos que se retire o terminal.
Foto 4. Simples recurso para folhear cantos curvos de pouco raio
mediante uma vara redonda. Quando formos lixar a placa, a mesma vara
enrolada com lixa pode prestar magníficos serviços. Devemos lixar sempre no
sentido dos veios.
Foto 3 Foto 4
Foto 5. Para a folheagem de uma guarnição curvada como a da
ilustração, devemos adquirir uma chapa de bastante largura. Como vemos, a
melhor solução neste caso, será a utilização exclusiva de um ferro de soldar,
trabalhando com paciência e de forma sistemática.
Foto 6. Para folhear os cantos de uma peça curva, recortamos a
chapa em fragmentos que são cortados à medida exata e aplicados. Colamos
com o ferro de soldar, evitando que se superponham ou fiquem espaços
descobertos. Corrigimos (igualmente arestas) imediatamente com um “X-Act”,
que é um material médico utilizado para imobilizações.
Foto 5 Foto 5
Foto 7. Inclusive os varões podem ser folheados por termocolagem.
Aplicamos o calor e vamos girando o varão à medida em que o ferro atua.
Estas peças de madeira pobre folheada, podem muito bem substituir as varas
de madeira nobre em que se note grande diferença.
Foto 8. O folheado interior de um orifício de pequeno diâmetro é feito
com um ferro de soldar. O comprimento da chapa que é aplicada deve ser um
pouco maior do que o perímetro interior do círculo para que possamos cortar
e ajustar exatamente.
Foto 7 Foto 8
Foto 9. No folheado do canto interior do orifício de uma placa, uma
tira de papel adesivo impedirá que a chapa se rache ou parte durante a
colocação. Podemos utilizar uma chapa com cola termofusível e outra chapa
comum com cola rápida de dois componentes.
Foto 10. As uniões e correções devem ser feitas com “X-Act” ou com
uma fava bem afiada. Para conseguirmos cortes perfeitos devemos utilizar
uma régua metálica como guia. A incisão deve ser profunda, e para isso
pressionaremos fortemente a faca.
Foto 9 Foto 10
Final da lição sobre folheado por termocolagem.
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Marchetaria I
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Foto 4
Foto 5. O esquema de base é realizado sobre um papel de desenho
e passado com papel carbono para folhas de madeira. Não devemos utilizar
papel carbono azul, porque faz borrão com grande facilidade.
Foto 6. A faca bem afiada é empregada sem exercer grande pressão
e em uma única direção. Mesmo que a chapa se lasque um pouco, não
devemos interromper a operação, mas, continuá-la até que a peça fique
separada.
Foto 5 Foto 6
Foto 7. Com a ajuda da própria faca separamos o fragmento
recortado. É fundamental que o fragmento tenha ficado completamente
cortado, em caso contrário poderemos produzir falhas.
Foto 8. Ao recortar a chapa é importante partir do ponto onde os
traços são mais agudos. Caso contrário as portas poderiam partir-se, o que
obrigaria a repetir com todos os inconvenientes o trabalho.
Foto 7 Foto 8
Foto 9. A ligação dos diferentes fragmentos vai constituindo um
molde para a colocação dos restantes. Para evitar os erros, os fragmentos
cortados são colados com papel adesivo para emendas.
Foto 10. As diferente peças já prontas que constituem a marchetaria,
são unidas entre si com papel para emendas (adesivo). Antes de colocar outra
peça devemos umidecer um pouco o papel para emendas.
Foto 9 Foto 10
Foto 11. Pelo avesso (se bem que em imagem invertida) observamos
o efeito de contraste entre os diversos fragmentos. Se uma das peças não ficar
bem, poderá ser substituída por outra que se adapte ao gosto do executante.
Foto 12. Depois da marchetaria ficar pronta verificamos se todos
os fragmentos se ajustam entre si. Colocando a peça contra a luz, podemos
observar as emendas folgadas e as peças que deverão ser substituídas.
Foto 11 Foto 12
Foto 13. Uma folha de papel de jornal colocada entre a marchetaria
e o prato de prensa evitará que esta se cole ao prato destruindo o trabalho. A
cola branca é espalhada com uma espátula sobre as superfícies que irão ser
coladas.
Foto 14. As maxilas dos grampos devem situar-se próximas do
centro da peça que se está colando, para evitar a formação de partículas de
ar. O tempo médio de colagem é de 12 horas.
Foto 13 Foto 14
Foto 15 Esboço de algumas experiências possíveis que permitirão
ganhar certa prática nesta técnica. A marchetaria pode ser empregada em
tampos de mesas, portas de armários, quadros etc.
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Foto 15
Foto 16. Decorrido o tempo necessário para a cola secar,
eliminamos todo o papel para emendas, operação que se efetua depois de o
umedecer levemente com água, raspando-o pouco a pouco com uma faca.
Foto 17. A peça deve ser lixada na sua face com lixa de granulação
muito fina (240). Em seguida esfrega-se suavemente com uma escova de
pelos metálicos finos.
Foto 16 Foto 17
Foto 18. O fundo é protegido com verniz aplicado com bomba
aerossol. Nunca devemos utilizar aqui um pincel, pois as cores das várias
chapas desbotam umas para as outras.
Foto 18
Página 69.
Foto 19
Foto 19. Marchetaria já concluída. Com a superfície envernizada as
tonalidades das diferentes chapas destacam-se muito mais e contrastam
bastante melhor.
Final da lição sobre marchetaria I.
Marchetaria II
A arte da marchetaria e da incrustação deve ser aprendida sem
pressas e com perseverança. O trabalho com as serras de recortes e serrinhas
e “U” permite obter os mais complicados desenhos. O mais interessante da
marchetaria é que, para a sua realização são apenas necessárias poucas
ferramentas.
Como continuação dos conselhos inicialmente apresentados, damos
aqui algumas normas complementares relativas à utilização da serra de
recortes e à outras técnicas particularmente aplicadas em marchetaria. Com a
serra de recortar conseguimos os perfis mais difíceis, quase impossíveis de
obter com o simples recorte anteriormente descrito. Esta técnica de recorte
deverá ser feita com o auxílio de um suporte onde iremos colar as frágeis
placas que vamos perfilar, sempre dispostas de modo a que os seus veios se
encontrem contrapostos aos do suporte. Em alguns casos intercalamos entre
as duas superfícies um papel de marchetaria um pouco grosso (cartolina).
Como as superfícies deverão ser descoladas mais tarde, devemos usar uma
cola quente ou de pasta amolecida em banho-maria.
Como este tipo de cola é um pouco difícil de encontrar há a
possibilidade de utilizar como alternativa placas adesivas cuja cola poderá ser
amolecida apenas com o calor de um simples ferro de engomar. Neste caso,
a colagem e a descolagem poderão ser igualmente feitas.
Os dentes da serra em “U” costumam ser muito finos, para evitar
possíveis falhas produzidas muitas vezes por dentes mais grossos. As mais
recomendáveis para estes trabalhos são as chamadas serras para metais. A
lâmina da serra deverá sempre ser mantida perfeitamente perpendicular à
superfície recortada, para que as diferentes peças encaixem umas nas outras
logo à primeira tentativa.
Depois de separarmos a chapa de revestimento intercalamos o motivo
com a ajuda de papel de união, colando-o sobre o painel que vai ser coberto,
como já explicamos na lição anterior sobre este assunto. Sobre a parte oposta
à chapa , colocamos uma contracapa que dará maior consistência ao conjunto.
Depois de colarmos a superfície da marchetaria apenas falta lixá-la (com uma
lixa fina) e fazer o acabamento.
Foto 1. Bandeja na qual gravamos em marchetaria, duas iniciais e uns
adornos de canto. De cada motivo é sempre feito um positivo e um negativo.
Foto 2. Para podermos traçar simultaneamente várias figuras de perfil
particularmente complicado, convém colar as chapas com papel a um suporte
que as mantenha estáveis.
Foto 1 Foto 2
Página 71.
Foto 3. Os elementos que serão colados são primeiramente
aquecidos com um ferro de engomar. Esta operação deverá ser feita
rapidamente para ir amolecendo a cola.
Foto 4. A figura ou imagem que desejamos fazer é desenhado em um
papel que quando colado, formará a primeira camada de compensado que
trabalhamos.
Foto 3 Foto 4
Foto 5. Próxima da linha de recorte fazemos um pequeno orifício de
1 mm, por onde passará a serra em “U”. Este furo poderá ser feito com uma
máquina universal.
Foto 6. Para recortar devemos utilizar uma serra o mais fina possível
(para metal), o que permitirá perder uma menor quantidade de material. A serra
atua perpendicularmente ao trabalho.
Foto 5 Foto 6
Foto 7. Depois de termos serrado os elementos a embutir devemos
mergulhá-los lenta e regularmente em água fria, até conseguirmos arrancar
com facilidade, a chapa de suporte.
Foto 8. Para evitar que a madeira curve e deforme, devemos
umedecê-la com um pano embebido em água, colocando-a depois entre duas
placas que a protegem e mantém plana.
Foto 7 Foto 8
Foto 9. Depois de secos, os elementos que irão constituir a
marchetaria são devidamente ligados pela parte anterior e seguros com papel
colado autoadesivo.
Foto 10. Depois de colarmos as peças sobre o suporte, realizamos o
lixamento de toda a superfície, que se efetua primeiro com lixa 100 e depois
com lixa 150.
Foto 9 Foto 10
Foto 11. O mesmo desenho em negativo e positivo. Quando vamos
utilizar devemos realizar um intenso tratamento superficial para que as
camadas de marchetaria não se estraguem.
Foto 12. Podemos converter este painel de marchetaria em bandeja,
para isso, basta aplicar-lhe umas ripas à volta. Os cantos são unidos a meia
esquadria e forçados com linguetas.
Foto 11 Foto 12
Final da lição sobre marchetaria II.
Tingir e Chamuscar
Em duas lições anteriores já falamos das operações de tintura (com
mordentes) e de chamuscar (com chama) a madeira. Vamos agora tratar dos
casos em que estão combinadas as duas operações que nos dão certos efeitos
especiais na textura da madeira. Nestes casos fazemos primeiro a operação
de tintura e depois, para conseguirmos um relevo mais evidente da textura,
fazemos a operação de chamuscar os poros da madeira
Talha I
A arte de entalhar a madeira é muito antiga e nos oferece imensas
possibilidades criativas. Para a sua execução são necessários utensílios muito
simples. O que é fundamental é prestar atenção ao estado em que se
encontram as peças de corte e talha, principalmente se estão corretamente
afiadas. A madeira de tília é a mais indicada para estes trabalhos de talha, mas
é também a mais cara; por isso não podemos praticar com ela. A base de
trabalho pode consistir em uma simples mesa de cozinha ou qualquer outra
mesa protegida com uma capa com um papel.
O que é madeira de tília?
É uma madeira de baixa densidade, muito leve, estável, muito
utilizada na construção de corpos de guitarras e baixos. A Tília na verdade, é
um gênero botânico pertencente à família Malvaceae que determina 27
diferentes espécies de árvores que tem em comum esse nome. Veja os
exemplos das fotos 1 e 2, logo abaixo.
Foto 1
Foto 2
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Foto 3
Foto 3. Utensílios necessários para trabalhos de talha de madeira:
diferentes tipos de facas e lâminas, um compasso, lápis e esquadro. Além
disso, a lixa para polir.
Foto 4 Foto 5
Fotos 4, 5 e 6. Estas fotos mostram dois exemplos de talha de
madeira com lâminas. A forma de obter a roseta em espiral vista logo acima à
esquerda, na foto 4 vem explicada nas fotos 8 e 12, da página seguinte. O
motivo (imagem) da foto 6 foi feito a partir de figuras de compasso. Os dois
castiçais da foto 5 permitem verificar que não é indispensável utilizar apenas
superfícies planas para a realização de talhas. Antes de realizar qualquer
trabalho definitivo com madeira de boa qualidade (tília ou cedro) convém
primeiro treinar com madeiras mais baratas.
Foto 6
Foto 7. As lâminas devem ser bem afiadas antes de iniciarmos o
trabalho. Basta fazer deslizar a lâmina sobre a pedra de afiar e depois passá-
la por uma pedra fina com óleo.
Foto 8. O desenho é marcado com o compasso. Mas antes devemos
centrar bem o motivo sobre a peça de madeira utilizando régua e esquadro.
Utilizamos lapiseira com grafite.
Foto 7 Foto 8
Foto 9. A peça que vamos talhar deve ser muito bem presa à mesa
de trabalho com uns grampos ou pinças. Aqueles que já tenham uma certa
prática podem prescindir destas fixações.
Foto 10. O fundamental é manter as lâminas com uma pressão
constante e regular que seja sempre igual em profundidade e com a inclinação
adequada.
Foto 9 Foto 10
Foto 11. Em seguida faz-se os entalhes dos perfis interiores. A mão
“descansa” sobre o polegar, que serve assim de ponto de rotação e de apoio
para a realização dos movimentos necessários.
Foto 12. Os entalhes encontram-se no centro, no final do arco de
círculo: devemos trabalhar com força na realização dos recortes. Uma linha
deficiente pode prejudicar todo o efeito do motivo (desenho).
Foto 11 Foto 12
Foto 13. A superfície da madeira é coberta com incisões como as que
aqui mostramos, depois de feito o quadriculado correspondente à peça que
desejamos entalhar.
Foto 14. A superfície entalhada depois poderá ser lixada no sentido
dos veios. Os melhores resultados óticos são obtidos invernizando a superfície
reduzindo assim o efeito de relevo.
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Foto 13 Foto 14
Foto 15
Foto 15. Se desejamos tingir uma peça entalhada devemos agir com
a máxima atenção, pois entre as zonas entalhadas poderão formar-se
manchas ou tons mais intensos.
Final da lição sobre talha I.
Talha II
Para quando for necessário fazer rosetas em alto relevo ou quando
desejarmos talhar algumas letras em relevo sobre um fundo, a técnica é
sempre a mesma.
Depois de ter alguma prática na realização da talha de elementos
simples ou apenas escavados (ver lição anterior), podemos passar para
trabalhos de maior envergadura e para a própria realização de filigranas
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Filigrana é um trabalho ornamental feito de fios muito finos e
pequeninas bolas de metal, soldadas de forma a compor um desenho. O metal
é geralmente ouro ou prata, mas o bronze e outros metais também são usados.
Para estas operações serão necessárias ferramentas mais
sofisticadas e perfeitas que as utilizadas no caso anterior: goivas com
diferentes formas de corte e de incisão. Nesta lição vamos mostrar como
proceder para obtermos a roseta que está em destaque nesta página.
Para realizar talha com a máxima perfeição e com várias
profundidades é necessário dispormos de uma gama completa de goivas.
Devemos trabalhar de preferência com a mão diretamente e só recorrermos
ao maço quando encontrarmos dificuldades de incisão. O maço deve ser de
preferência de madeira em vez de metal. Mesmo que não disponhamos de
uma bancada para entalhar há diversas maneiras de segurar firmemente as
peças, utilizando grampos adequados.
Maço ou macete, é uma ferramenta que serve para
golpear ou percutir, e usado sobretudo em carpintaria e
cantaria. A sua forma é semelhante à do martelo; no entanto a
cabeça é de maior peso e dimensão, e pode ser fabricado em
madeira, plástico ou ferro.
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Foto 3. Uma incisão em forma de lábio curvo feita diretamente com
uma goiva em “V”. A incisão em nenhum caso poderá deixar de ser feita na
mesma direção.
Foto 2
Foto 2. Eis o sistema mais simples de conseguirmos um arco de
madeira curvada e colada. O molde consta de uma placa grossa recortada e
dotada de uma série de orifícios.
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Na verdade, se dobrarmos diversas ripas até a curvatura desejada e
se colarmos entre si depois de moldados, de modo que a madeira e a cola
sequem simultaneamente, enquanto se encontram fixadas em um molde
previamente elaborado, de acordo com a curvatura desejada, teremos a
absoluta garantia de que, após essa secagem, a peça assim obtida manterá
essa forma. No máximo serão produzidos ligeiros desvios praticamente sem
qualquer importância, no momento de ligação da peça obtida com os restantes
elementos construtivos que formam o móvel completo.
Por meio de arcos curvos, de maior ou menor raio, será possível
obtermos móveis e várias estruturas, cuja solução a partir do processo
tradicional de união de peças de madeira posteriormente recortadas em linhas
curvas, não apresentariam a beleza que têm as peças obtidas por curvatura
direta.
Para facilitar a curvatura, convém que as ripas não estejam muito
grossas. É preferível utilizar cinco ripas com 4 mm de espessura do que quatro
ripas de 5 mm, para conseguimos a mesma peça de 20 mm. A partir desta
regra fundamental é quase certo a obtenção dos maiores êxitos nos trabalhos
de torção.
Para conseguirmos a fixação pretendida, as ripas, antes de serem
dobradas, devem ser submetidas a vapor de água ou então mergulhadas em
água a ferver. Este último processo pode ser utilizado pelo marceneiro para
dobrar pequenas peças que caibam numa panela, mas terá que ser
completamente posto de lado quando trabalharmos com peças mais
compridas.
Foto 3
Foto 3. No esboço acima mostramos a maneira de obter o vapor de
água necessário para curvar a madeira. Utilizando uma simples chaleira
hermeticamente fechada, montamos um dispositivo de produção de vapor para
encurvar a madeira. Devemos segurar bem a tampa e envolver o bico com um
tubo de plástico mole incluindo em seu interior outro tubo mais duro
Com o vapor obtido com a fervura da água na chaleira podemos
curvar entre 3 e 4 ripas de 1,5 m. Basta encher de novo o recipiente para obter
o vapor necessário para mais peças, se for preciso.
As ripas que quisermos amolecer com vapor devem ser passadas, a
todo o comprimento, diante do fluxo que sai do “difusor” Devemos trabalhar
com lentidão, de modo que o vapor se vá infiltrando paulatinamente nas fibras
da madeira. Após duas ou três passagens sobre toda a ripa, segurando-a com
as duas mãos pelas extremidades, de modo que pouco a pouco se vá
dobrando, podemos aplicar vapor com mais insistência naqueles pontos em
que notamos certa relutância a uma curvatura contínua e regular, que se deve
aproximar o mais possível de um arco de circunstância.
A seguir curvamos outra ripa e incorporamos à anterior, depois de
termos desapertado os grampos e aplicado a cola conveniente em todas as
superfícies que devem ser coladas.
Depois disso voltamos a apertar os grampos e prepararmos outra ripa,
até termos atingido a espessura desejada.
A madeira deve ser molhada antes de ser vaporizada. Nunca
devemos forças muito a ripa ao dobrá-la. Devemos trabalhar com paciência e
segurança.
Foto 4. Em uma placa aglomerada de 22 mm colocamos uns pregos
de forma curva. Depois de colar as ripas seguramos com grampos o mais
apertados possível.
Foto 5. Antes de fazermos a vaporização convém impregnar a
madeira com água, para a amolecer. A maneira mais rápida consiste em
embebê-la com água quente
Foto 4 Foto 5
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Foto 6. Por meio da aplicação de vapor conseguiremos encurvar
facilmente a madeira. Para isso devemos dispor de um produtor de calor, que
deve incidir sobre um ponto determinado.
Foto 7. As ripas de certa espessura são difíceis de encurvar através
dos sistemas mais rudimentares. Se recortarmos estrias até 2/3 da
profundidade as dificuldades são superadas.
Foto 6 Foto 7
Foto 8. A seguir introduzimos cola branca nos recortes efetuados. A
ripa encontra-se então preparada para ser dobrada à medida desejada.
Intercalar papel entre as ripas e o molde.
Foto 9. Se o comprimento de uma ripa não é suficiente para a
curvatura desejada, podemos colar duas ripas de topo mediante um corte
muito inclinado.
Foto 8 Foto 9
Enxertar
Os nós encontrados na madeira não são nada raros quando
trabalhamos com peças procedentes de coníferas. Em certos casos têm uma
aparência muito decorativa pois contrastam sobre o fundo listrado das fibras.
Mas nem sempre são adequados, pois alguns contém muita resina, outros são
muito duros e oferecem muita resistência à polaina ou ao polimento e em
outros casos produzem imperfeições na superfície. Em tais casos, essas
imperfeições podem ser eliminadas cortando-se o nó e enchendo-o com uma
nova madeira.
Foto 1. Os nós dependem do corte mais ou menos interior do tronco.
A tábua inferior tem menos nós do que a de cima que é de uma parte mais
próxima do exterior.
Foto 2. Com um furador de corte periférico obtemos estes tacos de
enchimento. Com o furador ou fresa de corte obtemos a perfuração adequada
para eliminar o nó.
Foto 1 Foto 2
Foto 3. Para eliminarmos o nó de uma tábua devemos arrancá-lo
mediante a utilização de um furador periférico, que conseguirá um tronco
cilíndrico que permitirá uma boa colagem.
Foto 3 Foto 4
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Foto 4. Para a sua eliminação devemos penetrar profundamente na
madeira com a fresa cilíndrica da máquina universal. Então furamos até
extirpar o nó.
Foto 5 Foto 6
Foto 5. Se o nó for muito grande faremos vários furos contíguos (
adjacentes ou próximos; vizinhos) Os tacos ou cravos que iremos utilizar como
enxerto são incorporados depois em cada furo e bem colados.
Foto 6. A substituição de um grande nó que parecerá uma espécie de
flor. Para que o enxerto de madeira não seja arrancado, colamos e depois
lixamos bem toda a superfície.
Final da lição sobre enxertar.
Foto 3 Foto 4
Foto 5. A união por cunha por quatro lados é adequada para
consolidar mediante uma cruz. Fazemos primeiro o encaixe a meia-esquadria
e o ajuste das peças; depois faz-se o orifício de alojamento da mecha.
Foto 6. Dois cortes entrecruzados no espigão servem de
assentamento às cunhas. Estas são obtidas mediante plaina ou então, em
qualquer caso, por corte de cinta. O ângulo das cunhas é muito agudo.
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Foto 5 Foto 6
Foto 7. Uma união muito eficaz e segura será obtida por meio de uma
cunha por quatro lados numa cruz de qualquer aro ou armação. Também neste
caso a união pode ser realizada com cola ou sem ela.
Foto 7
Final da lição sobre espigão com cunha.
Foto 1. Foto 2
Foto 3. Com a marcação das pontas fazemos as perfurações para
alojar as cavilhas. Sempre que possível, devemos utilizar um suporte vertical,
onde firmaremos a máquina universal.
Foto 4. Recomendamos que as cavilhas sejam estriadas, para que o
excesso de cola que entrou no orifício possa sair livremente.
Foto 3 Foto 4
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Foto 5. Para facilitar a saída da cola é preferível fincar um prego no
lugar que corresponde ao orifício, por onde sairá imediatamente a cola.
Foto 6. A ligação de uma peça com a outra é realizada com um maço
ou martelo e intercalando-se um taco de madeira.
Foto 5 Foto 6
Foto 1 Foto 2
Página 96.
Foto 2. Com um serrote de costela de dentes finos fazemos os dois
cortes interiores que determinam a forquilha. A peça está inclinada para poder
ser trabalhada em sentido plano.
Foto 3 Foto 4
Foto 5. Depois de termos obtido a peça com o espigão, passamos ao
trabalho de caixa. Utilizamos um escopro ou formão de boca estreita.
Foto 6. Antes de iniciarmos o trabalho de união propriamente dito
devemos impregnar ambas as peças com cola. Esta união é de grande
resistência.
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Foto 5 Foto 6
Foto 1
Foto 2 e 3 Os cortes de serrote devem ser limpos e precisos. As zonas
indicam claramente por onde devemos começar a serrar.
Foto 4. A união é realizada após passarmos cola em todas as
superfícies que entram em contato. Verificamos mais atentamente o orifício da
cavilha que reforça a união.
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Foto 2 Foto 3
Foto 4
Foto 1
Foto 2. Primeiro executamos o espigão e não a caixa. Após termos
fixado a peça no torno de bancada para ficar aprumada, marcamos a golpe de
serra.
Foto 3. A seguir inclinamos a peça e serramos uma espécie de
triângulo até roçar o fundo do espigão.
Foto 2 Foto 3
Foto 4. Endireitamos a peça e acabamos de serrar até ao fundo com
o serrote perfeitamente na horizontal.
Foto 5. Para completar o espigão e eliminar as faces serramos
perpendicularmente pelo traço marcado anteriormente.
Foto 7 Foto 8
Foto 9. Paramos neste trabalho de aprofundamento quando tivemos
alcançado cerca de 2 mm da parede oposta da caixa.
Foto 10. Acabamos as extremidades da caixa e rematamos o interior
com a ferramenta, de modo a tirar finas aparas a cada golpe.
Foto 9 Foto 10
Foto 11. Somente falta proceder a um último ajuste entre ambas as
peças e à sua colagem definitiva.
Caixa e espigão (propriamente dita)
Foto 1. Marcamos a caixa e o espigão. A primeira não tem todo o
comprimento do segundo no momento do traçado
Foto 2. Serramos as bases do espigão, tal como fazemos para a
execução de uma mecha (espigão simples)
Foto 3. Recortamos as bases que devemos eliminar de cada um dos
lados da ripa. Não serramos além do que é necessário.
Foto 7
Foto 4 Foto 5
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A primeira delas é uma união a topo das peças cortadas em ângulo
de 45º no sentido transversal à largura da tábua. Para conseguirmos este
corte, basta utilizar um serrote de dentes finos e agir com cuidado para
evitarmos desvios. É evidente que este corte oblíquo deverá ser realizado
comodamente com uma serra circular, que seja como acessório da máquina
universal ou com um motor integral. Graças à inclinação da platina do
acessório podemos realizar com muita precisão estes cortes enviesados. Os
dois extremos das tábuas são colados e pregados procurando embutir as
cabeças do pregos para obtermos um trabalho mais cuidadoso. Bastará
utilizarmos cola branca ou cola de contato.
O outro tipo de encaixe é o de meia madeira, também de fácil
realização. Basta realizar no extremo de cada peça um rebaixe cujas medidas
correspondam à grossura das peças, no que diz respeito à profundidade, e à
metade de sua largura neste mesmo sentido (devemos ter em conta que
ambas as peças têm largura idêntica).
Também neste caso a união se consolida através da utilização de cola
e prego. O rebaixo é realizado com um serrote de costela para uma maior
precisão do corte.
A última das uniões que aqui descrevemos é o encaixe a topo no meio
de um madeiro que ultrapassa lateralmente a união. É, por exemplo, a que
pode ser utilizada para fixar o elemento posterior de uma gaveta aos lados da
mesma. Neste caso, trata-se de praticar em umas e outras peças um talho
parecido com o de meia-madeira, anteriormente explicado, para receber um
ressalto realizado na outra peça, de modo que ambos os lavrados coincidam.
Mas neste caso não se realiza o encaixe em ambos os extremos das peças,
mas só em uma, enquanto na outra o trabalho será realizado mais recuado ou
afastado do extremo.
Portanto, é o resultado da primeira peça que se aloja no recorte da
segunda, efetuado no ponto intermediário que convenha na peça. A união é
colada e é ainda pregada a partir do exterior das laterais.
Foto 1 Foto 2
Página 109.
Foto 2. Colemos cuidadosamente as zonas que devem ficar unidas
com cola branca de boa qualidade. Também podemos utilizar cola de contato.
Foto 3. Depois de reunir ambas as peças, colamos alguns pregos com
o objetivo de reter as peças durante a secagem da cola de modo a reforçar a
união.
Foto 4. Para conseguirmos um acabamento mais cuidadoso,
utilizamos um punção para embutir as cabeças dos pregos.
Foto 3 Foto 4
Foto 1 Foto 2
Página 110
Foto 1. Marquemos os rebaixes das extremidades. A largura do
rebaixe é a metade das peças e sua profundidade, a grossura delas.
Foto 2. Para realizar os rebaixes, é necessário utilizarmos um serrote
de costela ou então uma serra vaivem.
Fotos 3 Foto 4
Foto 3. Realizar uma boa colagem das superfícies das duas peças
que têm de entrar em contato.
Foto 4. Com o objetivo de se conseguir uma melhor resistência,
devemos reforçar a união com pregos, embutindo as respectivas cabeças.
Encaixes retos simples
Quer se trate de encaixes retos ou de encaixes rabo-de-andorinha, o
princípio deste tipo de união fundamenta-se em um múltiplo encaixe de partes
sobressalentes, machos, em outras que, por serem os alojamentos das
primeiras, denominam-se fêmeas. Na realidade, vem a ser uma união múltipla
de caixa e espigão feita entre duas tábuas que se unem formando ângulo.
Os vínculos retos comuns são os mais simples, pois consistem em
ressaltos paralelepipédicos que encaixam em ranhuras idênticas, mas
naturalmente desencontradas, alternando umas com as outras. Poderíamos
dizer, para estabelecermos um paralelismo, que vem a ser uma união múltipla
de forquilhas. A realização deste tipo de união de encaixe reto simples é muito
mais fácil do que a que tem os lados oblíquos do tipo rabo-de-andorinha. Trata-
se de marcar no canto uma série de traços paralelos com igual distância entre
si e dividir a peça em um número inteiro de espaços. A seguir são realizados
cortes de serra com a profundidade desejada e são arrancados as partes que
devem ser eliminadas com um formão, de modo que alternem um saliente com
uma entrada. Convenientemente encaradas para que coincidam, as peças são
coladas e, se desejamos, são fixadas com pregos para reforçar a união.
Uniões de rabo-de-andorinha
Embora esta união se baseie no mesmo princípio do encaixe de
alguns elementos machos e outros fêmeas, é uma união muito diferente da de
encaixes retos, pois neste caso os espigões e as cavidades possuem uma
forma trapezoidal que proporciona grande estabilidade à união e uma
resistência muito importante à tração.
Nas fotos que se seguem apresentamos uma união de rabo-de-
andorinha simples, isto é, na qual os trabalhos ficam descobertos, mas
também podem ser feitas uniões cegas de rabo-de-andorinha, tal como foi
explicado anteriormente para os encaixes retos.
O traçado do rabo-de-andorinha é complexo e deve ser efetuado com
a ajuda de um falso esquadro, que permite conservar sempre o mesmo ângulo
para marcar as linhas de corte. Estes cortes devem ser feitos com uma serra
de dentes finos, prestando atenção à profundidade dos mesmos e arrancando
imediatamente os elementos que devam ser eliminados com um formão. O
encaixe das peças deve ser feito sem forçá-lo, ainda que possamos ajudar
com um golpe de maço. Convém colar e reforçar com pregos.
Foto 1 Foto 2
Foto 3. Arrancar as partes que devem ser eliminadas com ajuda do
formão. Utilizar este instrumento perfeitamente perpendicular à peça.
Foto 4. A seguir executamos a colagem minuciosa dos encaixes
(machos e fêmea) com uma boa cola branca (vinílica)
Foto 5. Para reforçar a união, uma vez colada podemos pregar,
procurando não produzir rachaduras na madeira.
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Foto 3 Foto 4 Foto 5
Foto 5 Foto 6
Foto 6. Depois de haver secado, unimos uma peça com a outra
mediante o oportuno processo de colagem.
Foto 7
Foto 7. Reforçar a união por meio de pregos e eventualmente embutir
as cabeças dos mesmos.
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Página 116.
Foto 1. Marcamos no centro da peça fêmea uma linha paralela ao
lado largo da mesma. Este traço delimitará a profundidade dos encaixes e das
ranhuras. Traçar a seguir uma série de linhas paralelas entre si, tal como foi
feito na marcação dos encaixes retos simples. O traçado não precisa ser
transportado sobre o outro lado da peça.
Foto 1 Foto 2
Fotos 2 e 3. A retirada do material é neste caso mais delicada do que
nos sistemasanteriores e tem que ser exclusivamente realizada através de um
formão. Marcar primeiro a linha assinalada no lado, indicar também as linhas
de separação entre os encaixes e depois ir arrancandoa madeira a partir do
extremo. Repetimos a operação as vezes que for necessário até se obter um
entalhe limpo.
Foto 3
Foto 4. Colar entre si as duas peças, com a ajuda de golpes suaves
de maço.
Foto 4.
Foto 4 Foto 5
Foto 6. Cole e encaixe as peças ente si. Deve-se prestar muita
atenção a esta operação, pois os rabos-de-andorinha são muito frágeis.
Foto 7. Conseguimos o reforço da união fincando um prego na parte
mais larga dos rabos.
Foto 6 Foto 7
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Página 121
Trabalho artesanal para ranhura e lingueta
Foto 1. Traçamos com um graminho e sobre o canto das peças as
linhas que definem a ranhura e a lingueta. Riscar as partes que devemos
eliminar.
Foto 2. A lingueta é efetuada com um avivador. Utilizamos uma
espécie de plaina fêmea com uma lâmina fendida ou com duas lâminas
separadas.
Foto 1 Foto 2
Foto 3. A ranhura é realizada com uma plaina macho denominada
garlopa. Seve de guia ao próprio parâmetro da tábua.
Foto 3 Foto 4
Foto 4. A junta mecânica é colada. Em alguns casos de tábuas e
tabuinhas macho-fêmea (para assoalhos e marchetaria) reforçamos com
pregos.
Página 123
Foto 4 Foto 5
Página 124
Foto 1 Foto 2 Foto 3
Foto 4 Foto 5
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Página 125.
As uniões a meia-esquadria permitem, de maneira semelhante às de
caixa e espiga, unir duas peças de madeira de igual espessura que formem
entre si um certo ângulo e que se liguem pelos extremos ou na metade de uma
delas ou então atravessando-a. Costumamos recorrer à união a meia-
esquadria para ligar duas madeiras que se cruzem em ângulo reto ou obliquo.
Necessitamos levar em conta que é uma das uniões menos estáveis
de todas as que podem ser executadas e que requer uma boa colagem para
que fique com uma certa solidez.
Qualquer que seja o tipo particular de união a meia-esquadria que se
execute, fazemos em uma das peças um entalhe cujo comprimento
corresponda à largura da peça que vamos encaixar e cuja profundidade
corresponda à metade da espessura de ambas as peças.
A mais clássica das uniões à meia-esquadria é a que permite unir
duas peças que formam um ângulo reto pelos seus extremos.
É a maneira típica de conseguir a montagem de diversas molduras e
armações.
Neste caso utilizamos o graminho para fazer a marcação de cada um
dos extremos das madeiras e em seguida começamos a executar o rebaixe,
cuja profundidade corresponderá à largura da outra peça.
Página 126.
Neste caso fazemos um rebaixe em vez de um entalhe, visto que o
trabalho está aberto por um dos seus lados.
Depois de termos marcado com o graminho, só falta fazer o rebaixe
com a ajuda de um serrote e proceder em seguida a uma ótima colagem.
A união em meia-esquadria e em cruz permite reunir duas madeiras
que se entrecruzam dispostas em seu sentido plano. Podem entrecruzar-se
formando ângulos de 90º ou então obliquamente. De modo que os ângulos da
mesma abertura se oponham pelo vértice e que, naturalmente, a abertura do
ângulo menor fique suplementada pela do ângulo maior.
Foto 6.
Foto 6. O encaixe de ambas as peças é realizado com o auxílio de
um maço, depois de termos colado as superfícies que entram em contato.
Foto 1 Foto 2
Foto 3 Foto 4
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Página 130.
Uniões (VII) Uniões à base de
forquilha
Na realidade a União à base de forquilha é uma simplificação da união
à base de caixa de espiga, já vista anteriormente. Estas uniões têm ampla
ocasião de serem utilizadas em muitos trabalhos de carpintaria, já que a sua
maior facilidade de realização é inegável, além de serem mais sólidas e
efetivas do que as de meia-esquadrias, também descritas anteriormente.
Sua maior facilidade está em que a parte fêmea ou oca recebe uma
espiga ou parte macho da outra peça e só exige uma ação de lavrado sobre
as três faces, em vez de um alojamento interior na madeira por quatro faces,
como requer a caixa. Portanto, o lavrado (trabalho) em profundidade da caixa,
trabalhoso e que necessita de habilidade, fica muito reduzido neste caso, já
que só precisamos fazer uma serração muito exata e desbastar o material com
o formão. Também a espiga ou elemento macho da união se consegue com
simples serração, rebaixando ambas as faces, anterior e posterior, da madeira,
tal como são obtidos os lavrados a meia-esquadria.
A união em forma de “T”
é preparada com um entalhe em
uma das extremidades das duas
peças e realizando a espiga na
metade da outra peça. Para seu
traçado precisamos dividir a
largura da peça em três partes, a
fim de que a parte do meio
corresponda à espiga da união. É
obtida simplesmente por dois
cortes de serrote de costela,
tanto em lavrado como no outro (o macho e a fêmea), Só no caso da segunda
precisamos recorrer ao formão para desprender o material, o qual, sendo
eliminado, dá lugar ao oco onde será introduzido o elemento macho. Portanto,
as medidas tiradas e marcadas com o graminho serão colocadas sobre ambas
as peças igualmente.
Geralmente, auxiliamo-nos de um maço para encaixar as peças
depois de lhes termos passado cola. A união ou encaixe com forquilha em
forma de ângulo é inda muito mais fácil, já que basta dividir as testas ou
extremidades das peças reunidas em três partes, de modo que a parte oca de
uma corresponda à cheia da outra.
O trabalho é realizado com o serrote de costela e com o formão ou
escopro.
Esta mesma união em forquilha pode ser utilizada em ângulos de 45º.
O traçado é semelhante ao da forquilha comum, mas, em vez de dividirmos a
espessura em três partes, a dividiremos em quatro, de maneira que se
correspondam duas a duas. Um traçado complementar permitirá obter um
recorte obliquo, de modo que os dois entalhes fêmeas se enfrentem com duas
partes machos salientes da outra peça, depois de terem sido cortadas em um
ângulo de 45º. Isto proporciona uma melhor estabilidade da união à tração que
possa vir a ser exercida.
Foto 1 Foto 2
Foto 3. Com o formão desbastamos o material que deve ser eliminado
na peça fêmea.
Foto 4. Se foram trabalhadas com precisão, as duas peças terão que
ser encaixadas com o auxílio de um maço.
Foto 3 Foto 4
Página 133.
União de forquilha dupla
Foto 1. O traçado é semelhante ao que efetua para encaixes simples,
mas sem fazer tantas linhas. Neste caso, as peças são divididas em quatro
partes.
Foro 2 e 3. Para arrancarmos as partes que devem ser eliminadas
utilizamos um serrote de costela e um formão de boca não muito longa.
Teremos duas espigas em uma peça e três na outra.
Foto 4. Encaixamos ambas as peças com um maço depois de termos
passado cola nas superfícies que irão entrar em contato. O ajustamento everá
ser exato.
Foto 1 Foto 2
Foto 3 Foto 4
União de forquilha
com ângulo de 45º nas espigas
Foto 1. Depois de termos dividido as extremidades das peças em três
partes, marcamos a linha de corte obliquo a 45º.
Foto 2. A serração deve ser muito precisa (utilizamos um serrote de
costela), aperfeiçoada com um trabalho com o formão.
Foto 1 Foto 2
Foto 3 Foto 4
Foto 3. Para realizarmos o corte oblíquo de 45º, fazemos
primeiramente o corte vertical e a seguir o obliquo.
Foto 4. Obtemos o encaixe depois de termos passado cola, com o
auxílio de um maço. Este tipo de união tem um acabamento melhor do que as
demais uniões de forquilha.
Juntas em meia-madeira
Para encaixar duas peças de madeira, especialmente nas estruturas
leves, em que o ponto de junção não é submetido a pressão, utiliza-se a junta
em meia-madeira. Basta fazer entalhes uniformes nas duas peças e uni-las,
fixando com cola. Para um acabamento mais resistente, reforce a junta com
pregos ou parafusos.
Foto 1. Quando as duas peças de madeira têm a mesma espessura,
faça os entalhes a meia profundidade, isto, é, até metade dessa espessura.
Utilize fita métrica, lápis e esquadro para marcar corretamente as medidas. Em
seguida, corte com a serra de costa. Alise as bordas com lixa média, aplique
cola nos dois entalhes e fixe a junta com pregos ou parafusos. Por último retire
o excesso de cola.
Foto 1
Foto 3
Foto 2
Foto 2. Para fazer a junta em “T”, marque e corte, na profundidade
necessária, a peça horizontal. Remova a madeira entre os dois cortes com o
auxílio de um formão. Prepare a segunda peça (vertical), fazendo um entalhe
em meia madeira. Lixe as bordas de ambas as peças, aplique cola, junte-as e
prenda firmemente. Para conseguir um encaixe perfeito e um bom
acabamento, prenda a peça na morsa até secar completamente.
Foto 3. Proceda da mesma maneira para fazer a junta em cruz. Só
que, neste caso, as duas peças de madeira recebem entalhe central.
Foto 4. Para juntar duas peças de espessura diferentes, marque e
corte o entalhe a meia profundidade na peça mais fina. Em seguida, corte na
mesma medida a peça mais grossa.
Foto 4 Foto 5
A armação que aparece à esquerda é toda feita por juntas em meia-
madeira. São juntas simples em ângulo reto, mas você poderá utilizar a meia-
esquadria para um acabamento melhor. Uma junta em cruz é utilizada no
centro da armação. As demais são juntas em “T”.
Foto 5. Para fazer a junta de meia-esquadria em meia madeira,
proceda da seguinte forma: coloque a primeira peça em um gabarito para
cortes de meia-esquadria e corte-a em ângulo de 45º, até a metade da
espessura. Prenda a peça verticalmente na morsa e complete o corte do
ângulo. Antes de cortar a segunda peça, sobreponha-a à primeira, para se
certificar de que está cortando do lado certo (há diferença se a junção é à
esquerda ou à direita). Coloque-a então no gabarito e corte a ponta em um
ângulo de 45º. Se removê-la ainda, faça um corte na base do ângulo, até a
metade da espessura. Prenda a peça na morsa e elimine a parte excedente.
Lixe as bordas de ambas as peças, aplique cola e prenda firmemente.
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Página 138.
Para se obterem juntas perfeitas com ângulo de 90º, como no caso de
molduras, o melhor sistema é o de meia-esquadria. Ele exige, no entento,
absoluta precisão nos cortes. Para facilitar, apresentamos um gabarito, que
você poderá utilizar sem dificuldades, acompanhando as explicações a seguir.
GABARITO
1. Prenda o gabarito na bancada, com parafusos, ou firme-o na morsa.
Com lápis, marque a linha de corte na madeira, deixando 1 mm a mais para
acabamento.
Página 139.
3. Para cortar a outra ponta da peça, empurre a madeira no gabarito
e, com a mão esquerda, mantenha-a firme contra a parede lateral. Corte como
da vez anterior.
FIXAÇÃO DA JUNTA
5. Para fixar a junta, utilize cola e pregos sem cabeça. Comece
aplicando a cola nas duas extremidades que irão formar um dos cantos.
Coloque as peças na morsa e aperte bem com o auxílio de calços, para que
Figura 5
fiquem firmes e não se desloquem. Aplique então um prego sem cabeça ( ou
uma cavilha de madeira de tamanho adequado, se as peças forem muito
grossas), como se vê na ilustração 5, e, com o punção, empurre-o para baixo
da superfície.
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BORDA CONTRA FACE
Figura 4. Se você quiser juntar travessas com suportes verticais,
prenda inicialmente as duas peças juntas, em forma de “L” ou em um ângulo
de 90º. Verifique se as superfícies estão niveladas e trace linhas cruzadas,
como da vez anterior.
Figura 5. As marcas a lápis no topo do suporte indicam a direção das
linhas a serem traçadas na outra face. Para isso, gire o suporte e prolongue o
traçado.
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Página 143.
Juntas Rebaixadas
Estas juntas são excelente recurso na construção de pequenos
objetos de mobiliário que não estejam sujeitos a fortes pressões.
Umas das formas mais simples e rápidas de unir duas peças de
madeira em ângulo reto é, sem dúvida, a chamada junta rebaixada.
Ela é frequentemente utilizada na montagem de peças que não
estarão sujeiras a grandes esforços, tais como gavetas, caixas e estojos, entre
allgumas outras.
Esse tipo de junta pode ser feito por meio de rebaixo recortado apenas
em uma ou em ambas as peças a ser unidas (veja as figuras 1 e 2 )
a) Para firmar a junta, basta utilizar cola. Quando é necessário maior
esforço, podem ser utilizados pregos ou parafusos.
b) Para fazer com perfeição uma junta rebaixada, jamais recorte
rebaixos maiores do que ¾ da espessura da madeira e nunca menores do que
a metade.
c) Serre sempre aquém da linha de corte, sobre a porção excedente
da madeira, para garantir uma junta forme e sem folgas.
d) No acabamento, utilize uma junta média, antes de aplicar a cola.
Com auxílio de régua e esquadro, marque o perfil do rebaixo na peça
A. Utilize a serra de costa para cortar em uma profundidade que corresponda
à espessura da peça B. Faça o acabamento do corte com lixa média. A cola
deve ser aplicada na parte interna do rebaixo, sobre o qual será encaixada a
peça B. Se for necessário, utilize também pregos sem cabeça ou parafusos.
Introduza-os pelo lado menos visível da junta. Limpe o excesso de cola com
um pano limpo e úmido.
Para fazer uma junta rebaixada dupla, recorte a peça A em uma
profundidade não superior a ¾ da peça B, com lápis duro e bem apontado.
Recorte e alise com lixa média. Aplique cola em um dos rebaixos e junte as
duas peças. Se for necessário assegurar uma resistência maior à união,
coloque também pregos sem cabeça ou atarraxe com parafusos. Faça esta
operação no lado menos visível da peça.
Página 144.
Página 145.
Juntas de Respiga
Unindo com grande resistência duas peças de madeira, a junta de
respiga é ideal para molduras pesadas, travessas de apoio e articulações em
“T”. Ela é formada por uma cavidade retangular a respiga ou fêmea, na qual
é encaixada a ponta moldada da outra peça. Tal extremidade é chamada de
macho ou mecha pelos profissionais
Garanta a robustez da junta traçada na madeira com um molde com
medidas exatas. Com isso, a mecha será encaixada na respiga sem folga.
Toda vez que você utilizar o serrote, não esqueça de fazê-lo perto e
nunca sobre a linha de corte. E sempre na porção de madeira que irá sobrar.
É um cuidado obrigatório para obter ajuste final, firme e correto.
Respiga e mecha podem atravessar a madeira, de lado a lado (junta
passante), ou ficar embutidas. Na junta passante, o encaixe é comum, com
mecha linguiforme reforçada por cunhas. Mas pode ser também duplo ou
múltiplo; ou forquilhado; ou com a chamada cadeirinha. Nas juntas embutidas
o encaixe pode ser reforçado por tarugos ou por cunhas inseridas na mecha.
TRAÇADO DA JUNTA
Na lateral da peça A, delimite o espaço da respiga (linhas pontilhadas
na figura 1a), correspondente à largura da peça B, em cuja extremidade será
recortada a mecha. Para essa marcação, utilize lápis e esquadro. A mecha
deve ter a mesma profundidade. Assinale tais dimensões em torno da peça B
(figura 1b)
JUNTA PASSANTE
Prenda a peça A na morsa antes de começar a perfurar a respiga.
Ajuste a broca da furadeira em um compasso apropriado (figura 2) e faça
orifícios na área anteriormente demarcada. Apoie a peça sobre um pedaço de
madeira, para a saída da broca na outra extremidade da peça não causar
rachaduras.
Figura 3
Página 148.
Figura 4a Figura 4b
Figura 4c
Figuras 6 e 6a
JUNTA EMBUTIDA
Neste caso, a mecha é um pouco mais curta e não aparece no lado
oposto. Pode ser reforçada por tarugos (figura 7) ou por cunhas parcialmente
assentadas, antes do encaixe da mecha (figura 8).
Figura 7
Figura 8
Encaixe com cadeirinha. A mecha tem uma cadeirinha na parte
superior, e a respiga, um recesso correspondente. A cadeirinha deve ter a
mesma altura da mecha e corresponder, no máximo, à quarta parte do
comprimento (figura 9).
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Página 151.
Figura 9
Encaixe duplo ou múltiplo. É utilizado em juntas cuja largura exige
mais de uma mecha. Nesse caso, a espessura de cada mecha e a distância
entre elas devem ser as mesmas (figura 10).
Figura 10
Encaixe forquilhado. Para maior reforço, as mechas são interligadas
por cadeirinha. A respiga é recortada com rebaixo adequado (figura 11).
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Página 152.
Figura 11
Figura 1.
Com Auxílio do metro, esquadro e lápis, meça e risque com exatidão,
nas quatro faces da peça B, a profundidade da fêmea a ser recortada.
a) Tal profundidade deve corresponder à largura da peça A, em cuja
extremidade será recortada o macho.
b) A profundidade da fêmea deve ser recortada em ângulo (veja a
figura 1).
c) Marque a linha de corte nas duas faces laterais da peça em
diagonal, da face externa à linha da base, na face interna.
d) Verifique com o esquadro se o ângulo está correto.
e) Prenda a peça B na morsa, em posição horizontal, e serre através
da linha de esquadria, cuidadosamente.
f) Com auxílio do graminho, risque a largura do macho, que terá, neste
caso a terça parte da espessura da peça A.
g) Faça a marcação tanto na face interna (lado da esquadria) quanto
na face externa da peça, até a linha da base.
h) Depois, prenda a peça verticalmente na morsa e recorte através da
linha marcada, até a profundidade necessária.
i) Remova as sobras com formão apropriado, dirigindo-o dos cantos
para o centro.
j) com a mesma regulagem do graminho, risque no topo e na face
interna da peça A a posição do macho, até a linha da base.
k) Da mesma forma como foi feito na peça B, marque a linha da
esquadria (diagonal de meia esquadria).
l) Prenda a peça A horizontalmente na morsa e serre até a linha da
base; depois coloque-a em ângulo e recorte as sobras do macho.
m) Lixe, passe cola, encaixe e deixe secar; se quiser, reforce com
pregos ou parafusos.
EM FORMA DE “T”
Neste tipo de junta, as peças A e B devem ter pelo menos um dos
lados com a mesma largura (veja a figura 2).
a) Marque sobre a peça horizontal A a posição do macho; e na
extremidade da peça vertical B, a fêmea.
b) Prenda a peça A na morsa, horizontalmente com a face para cima,
e recorte os dois lados do macho, até a linha marcada com o gabarito.
c) Vire a peça e corte do outro lado, da mesma forma.
d) Com um formão bem afiado, remova as sobras, dirigindo a
ferramenta a partir dos cantos para o centro.
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Figura 2
e) Proceda da mesma forma para recortar a fêmea na extremidade da
peça B.
f) Alise todos os cortes com lixa média, monte todas as peças e confira
se a junção é firme, sem folgas.
g) Depois aplique cola, encaixe e deixe secar. Pode reforçar com
pregos ou parafusos.
Quando se deseja obter cantoneiras de alta resistência,
especialmente em peças sujeiras a esforços frequentes de deslocamento –
nas gavetas, por exemplo -, recorre-se às chamadas juntas rabo-de-andorinha,
empregadas na indústria de móveis em geral e na caixotaria especializada
Existem variações nesse tipo de junta; no geral, quanto mais largas
as peças a serem unidas, maior é o número de espigas e encaixes. As espigas
são de dois tamanhos: as maiores são chamadas caudas, e as menores, pinos.
Figura 1
É importante que você observe cuidadosamente a ordem e o
espaçamento dos recessos e acessos das duas extremidades. Numa junta de
três caudas, por exemplo, a ordem será: meio-recesso, cauda, recesso
inteiro, cauda, recesso inteiro (veja Esquema de montagem).
Página 158.
Decida qual é o número de caudas que você pretende recortar e divida
por esse número a largura da peça. Por exemplo: se você recortar três caudas
e a largura da peça é de 90 mm, a divisão dará como resultado 30. Divida esse
número por 5, para encontrar a unidade básica de medida. Neste caso será 6.
Dobre o valor da unidade básica para encontrar a largura da base do recesso
(12) e triplique-o para encontrar a largura da base das caudas (18). Os meio-
recessos correspondem sempre a uma unidade. Assim, neste exemplo as
medidas serão: 6, 18, 12, 18, 12, 18, 6, perfazendo o total de 90 mm (veja
Esquema de montagem).
Marque cada uma dessas medidas pela linha da base e, com o
gabarito ou o esquadro, trace os ângulos de 80º a partir de cada ponto, para
direções alternadas, trabalhando pela largura da peça, da esquerda para a
direita (veja a figura 2). Depois de marcar o primeiro meio-recesso, meça sua
parte mais estreita. Esta não deverá ser inferior a 4 mm. Se estiver entre 3 e 4
mm, reduza a largura de todas as caudas em 1 mm de cada lado (aumentando
o recesso). Se tiver com menos de 3 mm, reduza o número de caudas para
obter recessos com abertura igual ou superior à mínima. Para facilitar o
trabalho, faça antes o desenho sobree papel milimetrado. Prepare, então, um
gabarito de alumínio ou aço inoxidável, de acordo com as medidas indicadas.
(veja a figura 3).
Figura 2 Figura 3
Dobre as medidas do alumínio ou aço para direções opostas, em
ângulos de 90º, e apoie, o gabarito contra a borda da madeira onde serão
recortadas as juntas. Faça o traçado lateral de uma cauda, vire o gabarito,
apoiando o lado oposto contra a borda, e marque a cauda seguinte. Corte com
a serra de costa pelo lado da sobra e termine de acertar com a serrinha tico-
tico. Deixe 2 mm sem cortar no fundo do recesso para ser retirado com o
formão; cave até a metade de um lado , depois do outro.
Se, estiver fazendo várias juntas, ganhe tempo pregando as peças de
madeira umas sobre as outras e prendendo-as depois na morsa; assim você
poderá recortá-las ao mesmo tempo. Mas tenha o cuidado de manter o serrote
perfeitamente a prumo, para que não ocorram alterações nas medidas de uma
peça para outra.
Você poderá também utilizar uma peça pronta como gabarito para
recortar a seguinte. Segure a peça pronta sobre a borda da outra, formando
um ângulo reto, e risque com um estilete afiado o contorno das caudas (veja a
figura 4). Marque as sobras com o lápis; marque também a linha de base, da
mesma forma como na primeira peça. Risque então as linhas de corte a partir
das marcas feitas no topo da peça (veja a figura 4) até a linha de base.
Recorte os pinos e remova as sobras.
Figura 4
Não faça ajustes com o formão antes de experimentar a junta. Monte
as peças e verifique: se a junta estiver muito justa, retire o necessário como
formão; se estiver folgada, calce com um pedacinho de folha de madeira ou
uma pequena cunha. Aplique cola nas superfícies de contato – inclusive nos
calços, se for o caso, monte a junta, confira o esquadro e prenda com
sargentos até secar bem.
Depois de seca a junta, apare com a plaina e passe uma lixa enrolada
em um toco de madeira.
Três variações de junta rabo-de-andorinha
As três variações de juntas rabo-de-andorinha tratadas neste
capítulo – junta sobreposta, sobreposta dupla e de meia esquadria –
devem ser utilizadas apenas em juntas em “L” e peças estruturais.
JUNTA SOBREPOSTA
Foto 1 Foto 2
Foto 2. Firme os machos sobre a ponta da peça em que os encaixes
serão recortados e risque seus perfis com a faca. Rabisque as sobras com
lápis, para evitar confusão ao cortar (veja a foto 2).
Prolongue com o esquadro os riscos feitos no topo da peça até a linha
de profundidade. Corte com a serra de costa os lados do encaixe,
diagonalmente, da linha de profundidade de uma extremidade até a marca de
profundidade do encaixe, na outra extremidade.
Foto 3. Corte sempre do lado da sobra para manter as medidas
exatas e depois, com o formão bem afiado, faça o acabamento (veja a foto 3).
Foto 3
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Página 162.
A fim de assegurar uma linha de junta reta na face interna, prenda
sobre a linha de profundidade um peço de madeira, que servirá como guia de
formão. Isso permite realizar um corte exatamente no esquadro.
Fotos 4 e 5. Tome cuidado ao recortar o encaixe. Se ele ficar muito
largo, enfraquecerá a junta (veja as fotos 4 e 5).
Fotos 4 e 5.
JUNTA SOBREPOSTA DUPLA
Essa espécie de junta requer total exatidão, não permitindo a mínima
margem de erro. Trata-se de uma junta muito forte e que deixa apenas
pequena parte exposta, mas sua construção somente se torna possível com
peças de espessuras idênticas.
Foto 6. Faça primeiro os rebaixos sobre as peças que formarão a
frente e o fundo (ou o tampo e a base) do objeto que você pretende construir
(veja a foto 6).
Foto 6.
A profundidade será de no mínimo 5/6 e no máximo 2/3 da espessura
da madeira; a largura varia entre 1/3 e 1/6 da espessura.
Marque a linha de profundidade na face interna da madeira, a uma
distância da borda equivalente à espessura. Os encaixes são marcados (sobre
a face cortada do rebaixo) e e serrados em primeiro lugar (veja a foto 6).
Para desbastar a sobra, utilize formão com um pedaço de madeira
como guia (veja a foto 3).
Foto 7
Foto 7. Depois de recortar os encaixes, apoie a peça na qual serão
feitos os machos contra o rebaixo e marque sobre ele os contornos dos
encaixes, com um estilete afiado. Sombreie à lápis as áreas das sobras, para
evitar confusão na hora de cortar (veja a foto 7).
Fotos 8, 9 e 10. Marque a linha de profundidade na peça em que
serão recortados os machos, utilizando a peça na qual foram feitos os
encaixes. Corte os machos com um formão bem afiado (veja as fotos 8, 9 e
10).
Foto 8
Foto 9
Foto 10
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Página 165.
JUNTA DE MEIA ESQUADRIA
Foto 12 Foto 13
Foto 14 Foto 15
Página 167.
Fotos 14 e 15. Tome muito cuidado ao cortar a junção de 45º. De
preferência, prepare um gabarito e corte com um formão de desbaste, longo e
muito bem afiado. Ao prender as peças, a junta interna deverá ficar invisível
(veja as fotos 14 e 15).
OBSERVAÇÃO: para unir as peças, utilize pouca, a fim de evitar que
a junta fique defeituosa, e limpe bem todo o excesso com um pano limpo e
úmido.
Página 169.
JUNTA PASSANTE
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Página 172.
Fotos 5, 6 e 7. Junta rabo-de-andorinha passante. Esta junta é própria
para unir o topo de uma peça com a face de outra da mesma largura, formando
um “T”.
Foto 1
Página 176.
Foto 1. Para folhear um painel pequeno é mais cômodo colocá-lo
sobre a folha de revestimento e marcar o seu contorno. Podemos ainda traçar
o seu contorno diretamente sobre o painel de revestimento, com um lápis de
cera, verificando sempre a perfeita exatidão das medidas. É sempre preferível
pecar por excesso do que por defeito, porque, no primeiro caso, o excedente
pode ser aparado com uma lima ou com uma fresa mecânica.
Foto 2. Traçadas as linhas de corte, iremos cobri-la com fita adesiva
transparente. Evitamos assim que haja falhas na “fórmica” durante as
operações de corte. Recortamos a “fórmica” com serra circular.
Foto 3. Podemos utilizar um serrote de dentes finos. Se bem que
possamos ainda serrar as peças com um serrote de recortes ou de vaivém, o
corte nunca ficará tão certo como o feito com a serra de circular.
Foto 1 Foto 2
Foto 4. Se protegermos a linha de corte com uma fita adesiva, os
painéis serrados ficarão perfeitamente recortados sem qualquer defeito,
imperfeições de qualquer espécie, que de outro modo seriam inevitáveis nas
bordas da prancha.
Foto 5. Esse mesmo processo de proteção das linhas de corte com
fita adesiva serve também para os painéis que vêm de origem cobertos com
um tratamento de características semelhantes à “fórmica”.
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Página 177.
Foto 4 Foto 5
Foto 6. As tiras que servem para folhear os cantos de uma placa são
recortadas pelo mesmo sistema indicado anteriormente, quer dizer, com o uso
da fita adesiva transparente para cobrir as linhas de corte. Devemos sempre
considerar a perda originada pela espessura da folha da serra.
Foto 7. O painel que será revestido com “fórmica” é coberto com cola
de contato. Se utilizarmos uma espátula dentada a distribuição da cola será
muito mais regular e homogênea. Em seu lugar também podemos utilizar
nessa operação uma lâmina de serra.
Foto 6 Foto 7
Foto 8. A cola de contato espalhada deve ficar a secar até que ao ser
tocada com os dedos já não se prenda a eles. O tempo desta secagem que
depende muito das diversas temperaturas ambientes, costuma ser de
aproximadamente 12minutos a 15 minutos.
Foto 9. Depois de cobrir com papel uma parte da superfície colada,
colocamos por uma das extremidades o painel de revestimento que iremos
colar. Neste caso foi utilizado um papel de silicones como suporte de um fólio
autoadesivo. Em seu lugar também podemos utilizar jornal.
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Página 178.
Foto 8 Foto 9
Foto 10. Depois de verificarmos a perfeita coincidência dos elementos
superpostos, batemos com força e com golpes secos, interpondo uma ripa de
madeira entre o martelo e a superfície.
Foto 10
Foto 11. Depois de prendermos a parte colada (para garantir a
segurança da operação podemos utilizar uns grampos), retiramos o papel
previamente intercalado entre as duas superfícies.
Foto 12. A seguir colamos por meio de pancadas secas de uma
qualquer ferramenta contundente e pesada, o resto das superfícies, interpondo
também aqui um taco ou ripa entre o instrumento de percutir e a superfície.
Foto 11 Foto 12
Foto 13. As beiradas de revestimento que saiam para fora das
superfícies que estamos a folhear podem ser eliminadas com uma lima fina ou
então com uma fresa adequada.
Foto 14. Para colarmos os cantos também é necessário deixar que a
cola aplicada seque primeiro até que venha a adquirir a aderência que mais
nos convenha
Foto 15. Os revestimentos para os cantos são aplicados do mesmo
modo que para as superfícies maiores: colocação aderência por impacto de
uma extremidade e posterior aderência da superfície restante.
Foto 16 Foto 17
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Página 180.
Foto 17. A mesma operação pode ser feita com uma fresa de coluna,
deslizando o painel sobre um tampo ou mesa de fresar, trabalhando da direita
para a esquerda.
Final da lição sobre boa aplicação de “fórmica”
Foto 1 Foto 2
Foto 3. Espalhe a cola por aqui.
Foto 4. Alinhe as bordas para acertar a posição do laminado.
Foto 3 Foto 4
Foto 5. Utilize ripas de madeira para impedir a colagem antes dos
acertos finais.
Página 183.
Foto 5
Foto 6 e 7
Foto 6. Ao revestir as bordas, utilize tachas longas para apoiar as tiras
de laminado ou as ripas de madeira.
Foto 7. Utilizando cola sintética, firme a peça com sargentos.
Final da lição sobre como trabalhar com laminados
Página 184.