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Educação Primitiva
Educação Primitiva
Educação Primitiva
HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO:
UMA EDUCAÇÃO PRIMITIVA
CURITIBA/PR
2019
A educação durante a Pré-História tem como objetivo a sobrevivência do grupo. Embora
sem ter consciência de que estavam educando e misturando arte com magia, os mais velhos
transmitiam aos jovens os conhecimentos e habilidades necessários à sobrevivência do grupo.
De fato, educação, arte e magia – na Pré-História – estavam intimamente relacionadas. Podemos
citar o exemplo das pinturas rupestres, que tinham significado mágico (reproduzir na vida real o
que estava desenhado), serviam para mostrar aos mais jovens as táticas de uma caçada sem
deixar de ser a primeira forma de manifestação artística humana.
DEFINIÇÃO DA PRÉ-HISTÓRIA
Por muito tempo a Pré-História foi definida como o período que vai desde o aparecimento
do homem (mais ou menos três milhões de anos a.C.) até a invenção da escrita (mais ou menos
quatro mil anos a.C.).
Atualmente, os historiadores discutem este conceito, pois, ainda que uma civilização não
tenha desenvolvido a escrita, não significa que ela não tenha sua própria história.
Mesmo na ausência de documentos escritos, é possível reconstruir o passado através de
estudos de fósseis, artefatos, pinturas rupestres etc.
A Pré-História é convencionalmente dividida em três períodos significativos: Paleolítico
(Idade da Pedra Lascada), Neolítico (Idade da Pedra Polida) e Idade dos Metais.
Recebe este nome porque os instrumentos desta época já eram feitos de pedra polida. É
neste período que acontece a “Revolução Verde”, ou seja, os seres humanos descobrem a
agricultura.
Como a maioria dos coletores eram mulheres, provavelmente foram elas que observaram
como as plantas germinavam e como as estações do ano influenciavam em seu crescimento e
época de colheita. Podemos realmente chamar de Revolução Verde, pois, com o domínio da
agricultura, o ser humano muda radicalmente seu estilo de vida.
Agora, produtor de seu próprio alimento, ele deixa de ser nômade para fixar-se à terra;
torna-se sedentário.
As primeiras aldeias são criadas próximas a rios, de modo a usufruir da terra fértil (onde eram
colocadas sementes para plantio) e água para homens e animais. Também neste período
começa a domesticação de animais (cabra, boi, cão etc.). O trabalho passa a ser dividido
entre homens e mulheres, os homens cuidam da segurança, caça e pesca, enquanto as
mulheres plantam, colhem e educam os filhos. A disponibilidade de alimento permite também
às populações um aumento do tempo de lazer e a necessidade de armazenar os alimentos e
as sementes para cultivo, o que leva à criação de peças de cerâmica, que vão gradualmente
ganhando fins decorativos.
Este é período que antecede a invenção da escrita. Agora os instrumentos de pedra foram
substituídos pelos de metal.
A princípio o cobre, por ser muito maleável, era moldado a frio [...]. Tempos depois os metais
passaram a ser aquecidos [...]. Entre os metais, o ferro foi o mais difícil de manusear [...]. Em
razão de sua durabilidade e flexibilidade, ele foi capaz de substituir os outros metais na
confecção de numerosos artigos. (BRAICK; MOTA, 2010, p. 25).
HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO
PERÍODO PRIMITIVO
Homo sapiens, que já tem características atuais: possui a linguagem, elabora múltiplas
técnicas, educa os seus “filhotes”, vive da caça, é nômade, é “artista” (arte naturalista e
animalista), está impregnado de cultura mágica, dotado de cultos e crenças, e vive dentro da
“mentalidade primitiva” marcada pela participação mística dos seres e pelo raciocínio concreto,
ligado a conceitos-imagens e pré-lógico, intuitivo e não-argumentativo.
A educação dos jovens, nesta fase, torna-se o instrumento central para a sobrevivência do
grupo e a atividade fundamental para realizar a transmissão e o desenvolvimento da cultura. No
filhote dos animais superiores já existe uma disposição para acolher esta transmissão, fixada
biologicamente e marcada pelo jogo-imitação.
Todos os filhotes brincam com os adultos e nessa relação se realiza um adestramento, se
aprendem técnicas de defesa e de ataque, de controle do território, de ritualização dos instintos.
Isso ocorre – e num nível enormemente mais complexo – também com o homem primitivo, que
através da imitação, ensina ou aprende o uso das armas, a caça e a colheita, o uso da
linguagem, o culto dos mortos, as técnicas de transformação e domínio do meio ambiente.
Depois desta fase, entra-se (cerca de 8 ou 10 mil anos atrás) na época do Neolítico, na
qual se assiste a uma verdadeira e própria revolução cultural.
Nascem as primeiras civilizações agrícolas: os grupos humanos se tornam sedentários,
cultivam os campos e criam animais, aperfeiçoam e enriquecem as técnicas (para fabricar vasos,
para tecer, para arar), cria-se uma divisão do trabalho cada vez mais nítida entre homem e
mulher e um domínio sobre a mulher por parte do homem, depois de uma fase que exalta a
feminilidade no culto da Grande Mãe (findo com o advento do treinamento, visto como “conquista
masculina”).
A revolução neolítica é também uma revolução educativa: fixa uma divisão educativa
paralela à divisão do trabalho (entre homem e mulher, entre especialistas do sagrado e da defesa
e grupos de produtores); fixa o papel - chave da família na reprodução das infra-estruturas
culturais: papel sexual, papéis sociais, competências elementares, introjeção da autoridade;
produz o incremento dos locais de aprendizagem e de adestramento específicos (nas diversas
oficinas artesanais ou algo semelhante; nos campos; no adestramento; nos rituais; na arte) que,
embora ocorram sempre por imitação e segundo processos de participação ativa no exercício de
uma atividade, tendem depois a especializar-se, dando vida a momentos ou locais cada vez mais
específicos para a aprendizagem.
CONCLUSÃO
Entende-se
REFERÊNCIAS
BRAICK, Patrícia Ramos; MOTA, Myriam Becho. História das cavernas ao terceiro milênio. 2. ed. São Paulo:
Moderna, 2010.