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Supervisãoe Orientação Educacional
Supervisãoe Orientação Educacional
Supervisãoe Orientação Educacional
ORIENTAÇÃO
EDUCACIONAL
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NVDA
VLIBRAS
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Francisca Francirene Tomaz Parente
SUPERVISÃO E ORIENTAÇÃO
EDUCACIONAL
1ª Edição
Sobral/2017
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Sumário
Apresentação do Professor
Sobre os autores
Bibliografia
Bibliografia Web
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Apresentação do Professor
Bons Estudos!
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Sobre os autores
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ENTENDENDO A SUPERVISÃO
EDUCACIONAL NO BRASIL:
CONCEITOS E FUNÇÕES
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Introdução a Supervisão Educacional no Brasil: conceitos
e funções
Sabe-se que a escola não é formada somente para professores e alunos, mas
também pela direção, orientação educacional, coordenação pedagógica, pais, pois é
com o trabalho coletivo que se alcança as metas educacionais com êxito.
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Baseado nas fundamentações teóricas de Saviani (2003, p. 26), a função de
supervisor escolar surge: “[...] quando se quer emprestar à figura do inspetor um
papel predominantemente de orientação pedagógica e de estímulo à competência
técnica, em lugar da fiscalização para detectar falhas e aplicar punições [...]”.
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Precisam ser ampliadas as atribuições legais da supervisão educacional para
além das ações burocráticas, superando a visão restrita que tem caracterizado a
atuação do inspetor escolar no Brasil durante o período republicano (1889-1945).
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Para relatar o processo histórico em que surgiu o serviço de supervisão
educacional e o seu desenvolvimento deve-se estabelecer relações com o contexto
sócio-político e econômico brasileiro de cada tempo. Desde os primórdios da
civilização humana, o trabalho está presente na história, sendo seu objetivo inicial, a
sobrevivência. A partir daí surgem às fábricas e, consequentemente, o aumento da
produção.
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Esta nova estrutura do curso de Pedagogia criava a compreensão de
profissionalização da supervisão educacional, através das condições consideradas
básicas para se estabelecer a atividade com importância da profissão. Seria a
validação da necessidade social, considerando a realidade do mercado de trabalho
permanente e a preparação dos novos profissionais através do curso de Pedagogia
reconstituído para formar, entre os vários técnicos, o supervisor educacional.
18
natureza.” (AGUIAR, 1991, p. 37). Dessa forma, o trabalho do supervisor
educacional pode ser entendido como a realização do homem no seu processo de
interação com o meio social para a evolução da humanidade, partindo do princípio
da educação como essência da humanidade.
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De acordo as ideias de Ferreira (2009) um novo conteúdo se impõe hoje para
a supervisão educacional:
Um dos assuntos mais discutidos atualmente e que vem sendo muito estudado
no mundo do conhecimento é a educação, no seu sentido de formação de conceitos
e valores humanos. As transformações do mundo são decorrentes das ações dos
homens, fazendo surgir efeitos de seus pensamentos. Desta forma, a educação
deve ser supervisionada nos contextos escolares de forma democrática e
participativa em prol de uma educação de qualidade. O supervisor escolar é aquele
que direciona o trabalho pedagógico baseado nas propostas curriculares
relacionando pessoas e processos.
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acompanhar as transformações do conhecimento no mundo globalizado em que
vivemos.
Para Saviani (1999, p. 24) “[...] a ideia da supervisão ganha contornos mais
nítidos ao mesmo tempo em que condições objetivas começam a abrir perspectivas
para se conferir a essa ideia estatuto de verdade”.
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PARA SABER MAIS:
Acesse: http://www.webartigos.com/artigos/supervisao-escolar/49292/
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necessárias para que se promovam uma gestão participativa visando à formação
integral do aluno.
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aprendizagem valorizando as experiências dos alunos no processo de
democratização do ensino público.
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PROCESSO DE
PROFISSIONALIZAÇÃO DO
SUPERVISOR EDUCACIONAL
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Introdução ao processo de Profissionalização do
supervisor educacional
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O supervisor escolar deve ser habilitado e capacitado para desenvolver suas
atividades de assessoria ao professor desde o planejamento, o desenvolvimento
curricular e o processo avaliativo através do processo contínuo de ação-reflexão-
ação. Na formação do supervisor educacional é importante sensibilizar o grupo para
as mudanças educacionais, seu fazer deve considerar as diferenças para mediar os
conflitos através de diálogo aberto.
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Formação e atuação do supervisor educacional no
contexto da sociedade contemporânea
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Libâneo (2002) faz referência ao supervisor educacional como um agente de
mudanças, um mediador entre o conhecimento, o professor, o aluno e a família, um
profissional capaz de fazer a articulação entre equipe de educadores, educandos e
demais integrantes da comunidade escolar para colaborar no desenvolvimento
integral do aluno e, principalmente na formação ética e solidária do cidadão.
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Práticas pedagógicas do supervisor escolar
O supervisor escolar deve ser aquele profissional que age como intermediário
no desenvolvimento das atividades educativas do professor. O supervisor
educacional é aquele que orienta, aprende e ensina que requer uma liderança
pedagógica, tornando-se um parceiro no processo educativo. Para contribuir para
um processo de ensino e aprendizagem significativo e contextualizado, o supervisor
educacional deve desenvolver atividades pedagógicas que promovam o pleno
conhecimento do processo didático como suporte de apoio aos professores com
interação, diálogo, acompanhamento da prática docente e troca de experiências.
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A supervisão educacional deve auxiliar a escola na promoção do convívio
social, reconstruindo as ações pedagógicas e educacionais, proporcionando a
articulação de valores que resultem em atitudes éticas no âmbito do convívio escolar
e comunitário.
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A SUPERVISÃO
EDUCACIONAL NO
PROCESSO EDUCATIVO DA
GESTÃO DEMOCRÁTICA
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38
Introdução à supervisão educacional no processo
educativo da gestão democrática
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A gestão democrática do supervisor educacional pressupõe a
possibilidade de participação dos membros da comunidade escolar nos
processos decisórios que dizem respeito ao cotidiano, vinculados ao processo
de ensino e aprendizagem. Assim, busca-se a defesa de uma sociedade mais
igualitária, na qual as oportunidades e direitos sejam os mesmos para todos.
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Segundo Fazenda, “o princípio se justifica porque a educação escolar é
um direito inerente, por excelência, aos cidadãos” (FAZENDA, 2001 p.1).
Assim, a educação escolar é assumida como “dever” tanto do Estado como da
família, conforme regulariza a Constituição Federal de 1988 no artigo 205, a
educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e
incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno
desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua
qualificação para o trabalho.
41
PARASABER MAIS:
42
A escola é um espaço educativo que ainda necessita de grandes
mudanças para atender a demanda social, ainda se encontra no plano de suas
concepções teóricas e práticas alienadas, sem iniciativa de formar
fundamentações teóricas para melhor orientar e compreender a prática, ainda
se encontra baseada em modelos já estabelecidos.
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identificar e entender as demandas da escola e a sociedade que está em
processo permanente de mudanças.
Atividade de Aprendizagem:
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Princípios e valores do supervisor educacional: agente
da educação escolar
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Algumas definições clássicas
sobre quem é o Orientador
Educacional
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48
Introdução
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Quem é o Orientador Educacional?
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trabalho que envolva, entre outras temáticas, valores morais, éticos, entre
outros.
51
significativa para os objetivos propostos no projeto pedagógico
da escola (PLACCO, 1994, p. 30).
52
um todo, não apenas como um ser que deva ser
adequadamente ensinado e que deva aprender (GIACAGLIA;
PENTEADO, 2010, p. 60).
Por fim, para fechar esta primeira unidade de estudo, não pode deixar de
enfatizar que o Orientador Educacional é integrante da equipe de gestão
escolar/pedagógica constituída pelo gestor escolar, coordenador pedagógico e
pelo próprio orientador educacional como apresentado no início deste material
didático-pedagógico, os quais, em sinergia, desenvolvem um trabalho coletivo
de ações e atividades pedagógicas necessárias para a concretização das
finalidades do processo educativo. Sublinhamos que não somente a execução
destas atividades, mas também o acompanhamento e a avaliação das mesmas
devem ser compartilhados com a população docente, às famílias e a
comunidade escolar, como um todo.
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Algumas definições clássicas
sobre o que faz o Orientador
Educacional
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56
Introdução
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aprendizagem, o qual precisa de intervenção e recuperação. Logo, esta
atividade deve ser desenvolvida de modo coletivo com a Supervisão Escolar,
posto que a recuperação não vise somente levar o estudante a alcançar certas
notas, mas, também, a pesquisar e identificar as causas que os levaram a este
comportamento de desinteresse, conflito, desajuste e funcionamento fragilizado
da escola, dentre outros.
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preferências, motivações, predileções e colaborando, acima de tudo, para que
os mesmos se descubram profissionalmente. Logo, como explicam Pascoal,
Honorato e Albuquerque (2008):
60
contexto da sala da aula, mas também nos intervalos e atividades
desenvolvidas em outros contextos da instituição escolar, como: biblioteca, sala
de informática, quadra, entre outros. Logo, emerge como vital uma estreita
relação entre o Orientador Educacional, os professores e as famílias dos
estudantes de modo a construírem um trabalho coletivo visando o bem-estar e
o desenvolvimento, como um todo, dos discentes. Assim, convém frisarmos a
relevância do trabalho desse profissional como sujeito corresponsável pelo
desenvolvimento e aprendizagem dos discentes.
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PARA SABER MAIS:
62
O trabalho do Orientador
Educacional enquanto sujeito
da equipe da gestão escolar
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64
Introdução
Construindo o Debate
65
interior da escola, numa perspectiva contra-hegemônica de luta
que não se submete aos ditames do capital neoliberal (RUIZ,
2008, p. 225).
Gestor Coordenador
Escolar pedagógico
Orientador
educacional
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No tocante a uma formação que os possibilitem desenvolver
qualitativamente sua função, Orientador Educacional e coordenadores
pedagógicos, de acordo com a legislação atual, faz-se necessário que os
mesmos sejam detentores de graduação em curso de Licenciatura Plena, pois,
os referidos profissionais desempenham funções específicas na Educação
Básica.
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Em uma mesma linha de raciocínio, queremos acentuar que o trabalho
do Orientador Educacional, em uma perspectiva de gestão democrática,
pressupõe a participação da família, comunidade, bem como autonomia e um
trabalho articulado ao coordenador pedagógico, ao gestor escolar, entre outros.
Logo, não é demais reiterar que no cotidiano da escola, o Orientador
Educacional, o coordenador pedagógico e o gestor escolar, em parceria com
os professores, estudantes e familiares, bem como a comunidade escolar em
geral, devem consolidar um trabalho que pauta-se no exercício da democracia
e da participação. Como desdobramento, estarão formando estudantes que
assumirão essa mesma postura em relação às questões político-sociais do
País, ou seja, o Orientador Educacional, em parceria com o coordenador
pedagógico e o gestor escolar, estará cumprindo seu papal de intervir na
formação dos discentes.
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possibilitem superarem as dificuldades detectadas. Convém acrescentarmos
que o trabalho do Orientador Educacional, sempre que necessário, se articula
ao conselho tutelar.
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coordenador pedagógico e gestor escolar é de fundamental importância para o
trabalho docente, pois como assinala Vasconcellos (2007):
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participem da escola do projeto da escola de diferentes formas,
desde o planejamento do projeto pedagógico até as decisões
que a escola deve tomar (GRINSPUN, 2002, p. 107-109).
71
72
Bibliografia
73
FAZENDA, Ivani (Org). Novos enfoques da pesquisa educacional. 4 ed.
São Paulo: Cortez, 2001.
74
PARECER Nº 252/69. In: Currículos Mínimos dos cursos de graduação. 4
ed. Conselho Federal de Educação, Brasília, 1981.
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__________. A supervisão educacional em perspectiva histórica. In:
FERREIRA, N. S. C. Supervisão educacional para uma escola de qualidade. 8.
ed. São Paulo: Cortez, 2010.
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Bibliografia Web
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2009. Disponível em: https://www.webartigos.com/artigos/o-papel-do-
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OLIVEIRA, Eny da Luz Lacerda; ALENCAR, Eunice Maria Lima Soriano de.
Criatividade e escola: limites e possibilidades segundo gestores e
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Psicologia Escolar e Educacional, SP. Volume 14, Número 2, Julho/Dezembro
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RUIZ, Maria José Ferreira. Trabalho coletivo na escola pública:
contribuições pedagógicas de Anton Semionovitch Makarenko. Org&
Demo. Marília, v.9, n.1/2, p. 223-240, jan./dez. 2008. Disponível em:
http://www2.marilia.unesp.br/revistas/index.php/orgdemo/article/view/62/68
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