Administração Financeira Módulo 1
Administração Financeira Módulo 1
Administração Financeira Módulo 1
Contábil e Financeira
Introdução aos conceitos, métodos e aplicações
Administração Contábil e Financeira
Módulo I
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Sumário
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O que é Finanças ?
Tendo em vista que a maioria das decisões na empresa são tomadas com base
financeira, o papel da administração financeira dentro da empresa é extremamente
importante. Há uma grande necessidade de todas as áreas da empresa de
interagirem com a área de finanças, como produção, marketing, pesquisas,
contabilidade, recursos humanos. Tais áreas dependem da alocação de recursos
do setor financeiro, tanto para seu funcionamento como para seu desempenho.
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A administração financeira está relacionada com todas as áreas da empresa e
da mesma forma ela também está relacionada com diversos outros campos do
conhecimento:
• Economia: Considerando que as empresas desempenham o seu trabalho
dentro de uma economia, o administrador financeiro deve entender muito
bem o seu funcionamento. Quase todas as decisões financeiras são
tomadas com base na avaliação dos benefícios marginais contra os
custos marginais, que é um conhecimento básico da economia (Análise
Marginal).
• Contabilidade: A administração financeira e a contabilidade nem sempre
se distinguem com facilidade por atuarem sempre juntas. A principal
função do contador de uma empresa é fornecer dados para medir o
desempenho da empresa, avaliar a sua posição financeira e pagar
impostos. Já o administrador financeiro enfatiza o fluxo de caixa, ou seja,
as entradas e saídas de caixa para garantir que a empresa tenha fluidez
no tempo certo para cumprir com todas as suas obrigações. Uma outra
grande diferença entre a contabilidade e a administração financeira é a
tomada de decisões: enquanto o contador está preocupado com a coleta
de informações, o administrador financeiro analisa os demonstrativos
contábeis, desenvolve dados adicionais e toma decisões baseando-se
em suas avaliações acerca dos riscos inerentes.
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• Esforços contínuos para a melhoria das operações e aperfeiçoamento
dos processos, com a finalidade de atingir uma maior eficiência e atender
os clientes internos e externos.
• Retorno: quanto mais cedo são recebidos os retornos, maiores são seus
rendimentos no futuro ao serem reinvestidos;
• Fluxo de caixa: é disponibilizado aos acionistas por meio do pagamento
de dividendos e pela venda de ações;
• Risco: os acionistas são geralmente avessos ao risco, eles devem ser
melhor recompensados quanto maior for o risco.
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• Despesas de monitoramento: auditorias e medidas de controle das ações
dos administradores para que somente atendam aos melhores interesses
dos proprietários;
• Despesas com cobertura de seguros: protegem a empresa contra danos
causados por atos desonestos dos administradores;
• Custos de oportunidade: devido à perda de oportunidades lucrativas.
Ilustrando a inabilidade de algumas administrações;
• Despesas de estruturação: incentivam os administradores a atuarem em
prol da empresa. Podem existir por meio de planos de incentivo, que
compensam de acordo com o preço das ações. Há também planos de
desempenho, que concedem ações a eficientes administrações ou
pagam em dinheiro.
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Logo após o conhecimento da atuação da empresa no mercado e suas
possibilidades, o administrador deve fazer um planejamento, haja vista que a
empresa não pode dar nenhum “passe em falso”. Daí, o planejamento estratégico
torna-se uma ferramenta da administração, que permite desencadear mecanismos
de participação em diversos níveis de decisão e direcionar a aplicação dos
recursos disponíveis objetivando a execução de objetivos a curto, médio e longo
prazos, permitindo que seja estabelecida ma rota comum com o conhecimento das
dificuldades e facilidades do ambiente, ou seja, uma maneira de ajudar uma
empresa a desempenhar sua missão de maneira mais eficiente.
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Em se tratando de futuro, a visão do administrador financeiro deve estar voltada
para o valor do dinheiro no tempo, pois os projetos de investimentos envolvem
fluxos de desembolsos e de entradas de caixa. Considerando o valor do dinheiro
no tempo, a seleção dos projetos a serem implementados visará aumentar, ou,
pelos menos, manter o valor de mercado da empresa.
Macroeconomia
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macroeconômica não conhecem limites geográficos; antes, elas visam
estabelecer uma estrutura internacional segundo a qual os recursos fluam
livremente entre instituições e nações, a atividade econômica seja estabilizada e o
desemprego possa ser controlado.
Microeconomia
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empresas e ao estudo da produção de preços dos diversos bens, serviços e
fatores produtivos.
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Enquanto a relação da demanda descreve o comportamento dos compradores,
a relação da oferta descreve o comportamento dos vendedores, evidenciando o
quanto estariam dispostos a vender, a um determinado preço.
Os vendedores possuem uma atitude diferente dos compradores, frente aos
preços altos. Se estes desalentam os consumidores, estimulam os vendedores a
produzirem e venderem mais. Portanto quanto maior o preço maior a quantidade
ofertada.
Quantidade ofertada
Fornecedor Preço ($ por unidade)
(milhões por semana)
A 10,00 260
B 08,00 240
C 06,00 200
D 04,00 150
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Relação entre a procura de um bem e o preço de outros bens:
a. Aumento no preço do bem Y acarreta em aumento na demanda do bem X:
isso significa que os bens X e Y são substitutos ou concorrentes. Um
exemplo é a relação entre o chá e o café;
b. Aumento do preço do bem Y ocasiona a queda da demanda do bem X: os
bens em questão, nesse caso, são complementares. São bens consumidos
conjuntamente, como o café o e o açúcar.
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Para um vendedor, faz realmente muita diferença o fato de ser elástica ou não a
demanda com a qual ele se defronta. Se a demanda for elástica e ele reduzir o
preço, obterá mais receita. Por outro lado, se a demanda for inelástica e ele redzir
o preço, obterá menos receita.
A Contabilidade Doméstica
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Saúde (médico, farmácia, dentista)
Lazer
Outras despesas
Total
Saldo (positivo ou negativo)
A coluna dos gastos realizados é onde você deve escrever exatamente quanto
desembolsou para pagar cada uma das despesas.
Fique atento: apesar de o orçamento ser mensal, nada impede que você e sua
família façam um controle diário ou semanal das despesas.
Assim, se perceber que os gastos estão acima do que pode ser desembolsado,
você poderá rapidamente conseguir o equilíbrio das contas – antes que o mês
acabe.
Gerenciando os gastos
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Ao fazer suas compras é importante lembrar que o comércio disponibiliza
diferentes formas de pagamento. Evite comprometer o seu orçamento, analise a
necessidade da compra.
• À vista – opte por esta forma de pagamento. Você pode obter bons
descontos.
• A prazo – fique atento às taxas de juros cobradas no financiamento,
compare o preço à vista com o total das parcelas e lembre-se que:
o Mesmo no parcelamento “sem acréscimo” geralmente estão
embutidos altos juros.
o Atrasos no pagamento da prestação de financiamento
implicam multa de até 2%.
o É assegurada ao consumidor a liquidação antecipada dos
débitos, total ou parcialmente, mediante a redução
proporcional dos juros e demais acréscimos.
Gerenciando os investimentos
Os investimentos devem ter objetivos definidos: fundo de emergência, férias,
previdência, compra de automóvel, etc.
• Qual o objetivo ao fazer este investimento?
• Qual é a expectativa de rentabilidade?
• Quanto tenho disponível para investir?
• Quando vou precisar desse dinheiro?
• Tenho todas as informações sobre este tipo de investimento?
• A diversificação da minha carteira é consistente com meu perfil de risco?
• Acompanhe a performance do(s) seu(s) investimento(s).
Os meios de pagamento
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• Cheque especial – evite entrar no limite do cheque especial, já que as taxas
de juros costumam ser muito elevadas; não faça desse limite um segundo
salário.
• Cartão de crédito / parcelado no cartão – o controle das despesas
realizadas com cartão exige cuidados. Verifique a conveniência de ter mais
de um cartão, não se esquecendo de incluir em seu orçamento, as
anuidades do(s) cartão(ões). Pague a fatura integralmente na data do
vencimento. Além de multa de até 2% por atraso no pagamento, os juros
cobrados no parcelamento do saldo devedor são muito altos. Em situação
de inadimplência, seu cartão poderá ser cancelado.
Noções de Contabilidade
Suponha que você seja o contador de uma empresa. Você vai iniciar a
contabilização dessa empresa.
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A escrituração é uma das técnicas da Contabilidade que consiste em registrar,
nos livros próprios, os fatos que provocam modificações no Patrimônio da
empresa.
Veja um exemplo:
Para comprovar essa venda foi extraída uma Nota Fiscal. Mediante essa Nota
Fiscal, o contador providenciará o registro do fato (venda da máquina) no livro
Diário. Inicia-se aí o processo de contabilização.
NOTA:
• Não se pode escriturar nada nos livros contábeis sem que documentos
idôneos comprovem que aquilo que está sendo registrado é verdadeiro.
Patrimônio
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Sendo assim, podemos imaginar o Patrimônio da seguinte maneira:
BENS
DIREITOS
PATRIMÔNIO =
OBRIGAÇÕE
S
Bens
Sob o ponto de vista contábil, pode-se definir como Bem tudo aquilo que uma
empresa possui, seja para uso, troca ou consumo. Para exemplificar esse conceito,
tomemos a nossa empresa comercial, que compra e vende calçados.
Suponhamos, ainda, que essa empresa possua somente os seguintes Bens:
balcão, prateleira, vitrina, caixa registradora, espelho, calçados para venda
(mercadorias), papel para embrulho, material para limpeza da loja e meio quilo de
pó de café. Neste caso, temos:
Balcão
Calçados para venda
Prateleira
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Vitrina
Caixa registradora
Espelho
Bens de consumo
Papel para embrulho
Meio quilo de pó de
café
• Fundo de Comércio: Suponhamos, por exemplo, que José tenha uma loja.
Todos os moradores da região estão acostumados a comprar na sua loja, já
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que existe há vários anos. Reinaldo, também interessado em comércio,
pretende comprar a loja de José. José faz um levantamento de tudo o que
possui e chega a conclusão, que somando os valores dos seus Bens,
Direitos e Obrigações, o Patrimônio da sua empresa vale R$50.000. Porém,
José cobra de Reinaldo R$70.000. A diferença de R$20.000, cobrada a
mais, corresponde ao preço pelo qual José avaliou o seu ponto (local de
trabalho, clientela, fama da sua loja, o tempo em que trabalhou ali). Na
contabilidade de Reinaldo, que está comprando, esse valor de R$20.000
será registrado como Bem imaterial, com o título de Fundo de Comércio.
Direitos
Constituem Direitos para a empresa todos os valores que ela tem a receber de
terceiros (Terceiros, no caso, são os clientes, os fregueses da empresa).
Exemplos:
Elementos Expressão
Duplicatas A Receber
Promissórias A Receber
Aluguéis A Receber
Obrigações
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É comum, também, as empresas efetuarem compras a prazo. Quando isso
ocorre, a empresa não paga a compra no ato; deverá pagar futuramente, porque a
compra foi a prazo, não é mesmo? Nesse caso, a empresa fica com a obrigação
de pagar o valor da compra no prazo determinado.
Elementos Expressão
Duplicatas A Pagar
Promissórias A Pagar
Aluguéis A Pagar
Salários A Pagar
Impostos A Pagar
Aspectos de Patrimônio
PATRIMÔNI
O
BENS
DIREITOS
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Somente com essas informações será possível avaliar o tamanho desse
Patrimônio?
Aspecto qualitativo
Bens:
Dinheiro
Veículos
Máquinas
Direitos:
PATRIMÔNIO =
Duplicatas a
Receber
Promissórias a
Receber
Obrigações:
Duplicatas a Pagar
Com esse aspecto, já melhorou a idéia que se pode ter do Patrimônio da minha
empresa. Mas ainda não basta, pois: Quanto de dinheiro possuo? Quanto de
veículos tenho? Daí a necessidade do segundo aspecto.
Aspecto quantitativo
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Este aspecto consiste em dar a esses Bens, Direitos e Obrigações seus
respectivos valores, levando-nos a conhecer o valor do Patrimônio da minha
empresa. Assim:
Bens:
Dinheiro ................... R$
5.000
Veículos ................... R$
50.000
PATRIMÔNIO = Máquinas ................. R$
10.000
Direitos:
Duplicatas a Receber ...... R$
3.000
Promissórias a Receber... R$
2.000
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Entradas
a) Contas a receber
b) Empréstimos
c) Dinheiro dos sócios
Saídas
a) Contas a pagar
b) Despesas gerais de administração (custos fixos)
c) Pagamento de empréstimos
d) Compras a vista
Além de permitir analisar a forma como uma empresa desenvolve sua política
de captação e aplicação de recursos, o acompanhamento entre o fluxo projetado e
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o efetivamente realizado permite identificar as variações ocorridas e as causas
dessas variações.
O montante exato que deve ser deixado em caixa varia de acordo com a
empresas, sua área de atuação e estratégia do empresário, sendo que o objetivo é
preservar uma liquidez mínima para a empresa, já que somente valores acima
desta quantia serão efetivamente considerados como excedentes de caixa.
Caixa Mínimo
Plano de Vendas
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O primeiro passo na elaboração do fluxo de caixa da sua empresa é, sem
dúvida, estabelecer um plano de vendas. Este plano deve ser elaborado pela área
de vendas da empresa, sendo que, para tanto, podem ser usados dados internos e
externos.
Plano de Gastos
Dentre os itens que devem ser incluídos no plano de gastos, podemos citar:
compra de materiais, máquinas e equipamentos, aluguel, condomínio, salários
(aqui é importante analisar se vale à pena montar reserva para pagamento de
férias, décimo terceiro, etc.), outros encargos trabalhistas, pagamento de
duplicatas, pagamento de juros de empréstimos, recolhimento de impostos,
distribuição de dividendos aos sócios, o pagamento de pró-labore, etc. Enquanto
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alguns encargos são fixos, como aluguel e condomínio, outros variam de acordo
com o volume de vendas (ex. compra de materiais, gastos com impostos, etc.).
Para cada mês, o fluxo líquido de caixa será determinado com base na
diferença entre o resultado projetado para as vendas e para os gastos. Para se
projetar o saldo de caixa da empresa, no final do mês, deve-se somar o saldo
inicial ao valor do fluxo líquido de caixa. A este valor deve-se subtrair a
necessidade mínima de caixa como discutimos anteriormente, para então se
estimar o total de caixa excedente, ou a necessidade de financiamento da
empresa.
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• Receita financeira: caso haja excesso de caixa, estes recursos são
aplicados na poupança a uma taxa de 0,65% ao mês.
• Despesa financeira: caso a empresa tenha déficit em caixa, ela levanta
recursos através da linha de um banco a uma taxa de 2,25% ao mês.
• Impostos: pagamento à vista com alíquota de 5% sobre vendas.
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e) Impostos 375,00 393,80 412,50 431,30
Total (2) 5.825,50 7.518,60 8.827,70 9.467,40
Fluxo Líquido (1-2) - 5.075,50 - 4.481,10 - 3.390,20 - 1.517,40
(*) Vale lembrar que Vendas e Materiais são pagos a prazo, portanto só influenciando no
cálculo do fluxo de caixa quando o pagamento é efetivado.
Na tabela abaixo verificamos, com base no fluxo estimado acima, qual a posição de caixa
da empresa no início e final de cada mês, assumindo como hipótese que o objetivo é ter,
no mínimo em caixa o equivalente a R$ 1.500,00.
Agora será feita uma soma do Fluxo de Caixa dos meses. Lembre-se que o
objetivo é ter no mínimo o valor de R$ 1.500,00 no caixa, portanto temos:
Como fica evidente pela análise da evolução acima, quando o saldo final do
caixa é maior do que o caixa mínimo necessário para a empresa ocorre um
excesso de caixa que pode ser aplicado e gera no mês seguinte uma receita
financeira. Em contrapartida, caso o caixa final seja menor do que o mínimo
necessário, então será preciso levantar recursos no mercado, o que acarretará o
pagamento de despesas financeiras no mês seguinte.
Entretanto, os dados acima acabam não sendo suficientes para assegurar que a
empresa em questão não irá atrasar seus pagamentos, pois não passa de uma
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fotografia de como o caixa irá fechar o mês, com base nos fluxos mensais
previstos.
Agora que você já sabe como deve proceder para montar o fluxo de caixa da
sua empresa está na hora de aprender algumas técnicas de avaliação deste fluxo,
que irão ajudá-lo a melhorar a gestão de caixa da sua empresa.
O fluxo de caixa de uma empresa deve ser dividido em quatro grandes grupos:
Operacional, Permanente, Acionista e Financeiro.
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• Operacional: Em termos de entradas, inclui os recursos obtidos com a
venda dos produtos ou serviços que a empresa produz o presta,
enquanto as saídas são compostas de gastos com a produção e venda
destes mesmos produtos e/ou serviços (ex. matéria prima, salários, etc.)
• Permanente: Está relacionado com os bens móveis e imóveis da
empresa, como máquinas, equipamentos, fábricas, etc. As entradas
refletem recursos recebidos com a venda dos itens que ficaram
obsoletos, ou então precisam ser renovados. Por sua vez, as saídas, em
geral mais freqüentes, incluem gastos com a compra, renovação ou
manutenção destes bens.
• Acionista: Em termos de entradas, inclui todos os aportes de capital
efetuados pelos acionistas na empresa, já as saídas representam
pagamentos efetuados em favor dos acionistas pela empresa, como
pagamento de dividendos, etc.
• Financeiro: Equivale ao resumo dos três grupos acima, e é calculado
como sendo a diferença entre a soma de todas as saídas. Caso este
fluxo seja positivo, pode-se dizer que a empresa tem excesso de caixa e
pode investir estes recursos, enquanto, se for negativo, indica
necessidades de recursos adicionais. Também estão incluídos neste
grupo os pagamentos e recebimentos de juros oriundos das
necessidades de financiamento, ou excesso de caixa.
Enfoque Analítico
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Um erro comum entre as empresas é dedicar muito empenho e esforço ao
processo técnico de elaboração do fluxo de caixa, e dedicar pouca atenção à
análise das informações que são usadas na elaboração deste documento.
Como qualquer modelo ou ferramenta de análise, a máxima: “entra lixo sai lixo”,
ainda vale. Em outras palavras, de nada adianta investir apenas nos modelos de
controle e projeção de caixa, se a qualidade da informação usada nestes
processos é ruim.
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• Análise de Otimização: Somente depois que o empresário estiver
satisfeito que, através da análise comparativa entre vários períodos,
existe consistência no fluxo de caixa elaborado, é que se pode falar em
análise de otimização. O objetivo deste tipo de análise é estabelecer
alternativas que permitam que a empresa alcance os melhores resultados
possíveis em termos de geração de caixa. Dentre os questionamentos
feitos neste tipo de análise podemos cita: É possível melhorar o fluxo
operacional adiando alguns pagamentos, ou antecipando receitas?
Existem alternativas de investimento mais atrativas, em termos de taxa
de juro paga, para serem consideradas? O prazo dos empréstimos pode
ser aumentado? É possível efetuar aos poucos os investimentos
necessários? Não vale mais a pena reinventar lucros do que levantar
empréstimos adicionais?
Exercícios
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1. Uma empresa fechou o mês com vendas de R$ 5 mil, das quais
recebeu à vista 60%. Considerando que as despesas do mês foram pagas à vista e
ficaram em R$ 2 mil, e que o caixa mínimo previsto é de R$ 1 mil. Qual a situação
da empresa ao final do mês?
a) Não pode sacar recursos, mas também não precisa de financiamentos.
b) Teve excesso de caixa de R$ 3mil.
c) Teve excesso de caixa de R$ 1 mil.
d) Teve necessidade de caixa de R$ 2 mil.
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6. Qual grupo de fluxo de caixa é resultado da soma dos outros?
a) Financeiro
b) Acionista
c) Permanente
d) Operacional
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Respostas:
1.a ; 2.c ; 3.a ; 4.d ; 5.b ; 6.a ; 7.c ;
8.d ; 9.b
Fature prontamente
Você fica tão ocupado em tocar a empresa e cumprir prazos que não consegue
encontrar tempo para faturar os clientes regularmente? Acredite, você não é o
único. Um empresário conhecido meu às vezes adia o envio de faturas de
pequenos serviços de reformas residenciais até chegar próximo ao prazo do
pagamento dos tributos mensais da empresa, e é nessa hora que ele percebe não
ter dinheiro suficiente para cobrir suas obrigações.
Evite desde logo clientes que demoram a pagar ou que não pagam
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A melhor forma de evitar problemas de fluxo de caixa pela falta de recebimento
de pagamento é nem fazer negócio com o tipo de cliente que não paga ou que
demora a pagar. Assim, se você tiver algum grande cliente à vista, faça seu
trabalho de casa antes. Peça referências de crédito e não esqueça de conferi-las.
Entre em contato com outras empresas que trabalham com aquele cliente.
Também é uma boa idéia contratar serviços de verificação de crédito de
organizações como a CheckExpress que pode ter seus serviços acessados
diretamente dos aplicativos do Office.
Muitas vezes, reduzir o estoque pode ser muito simples. Alguns restaurantes
optam por diminuir o tamanho de suas adegas, concentrando-se na qualidade dos
vinhos de algumas poucas regiões em vez de tentar agradar todos os comensais
com vários tipos de bebida. Se o cliente ainda tiver boas opções na carta de
vinhos, talvez nem perceba que há menos variedades que antes.
Sei que quase sempre é difícil para a pequena empresa pedir dinheiro
emprestado. Mas fico surpreso com a quantidade de pretextos usados pelos
empresários para tomar um empréstimo. Conheço um pequeno empresário que
tem apenas um funcionário mas possui quatro empréstimos diferentes
relacionados à empresa: um para equipamento, outro para o carro, uma linha de
crédito empresarial e um cartão de crédito empresarial.
• Se você também tem vários empréstimos atrelados ao seu negócio,
reveja as taxas e termos de cada um deles. Talvez você consiga consolidar
dois ou mais empréstimos em uma conta a juros mais baixos e assim
melhore seu fluxo de caixa. Não sou fã da dilatação do prazo de
empréstimos, se você estiver pensando em conversar com o financiador
para tentar consolidar os empréstimos existentes em um novo empréstimo,
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pode ser uma boa idéia escolher um prazo mais longo em troca de
prestações mensais menores.
Tratamento de Fundos
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O Administrador Financeiro está mais preocupado em manter a solvência da
empresa, proporcionando os fluxos de caixa necessários para honrar as suas
obrigações e adquirir e financiar os ativos circulantes e fixos, necessários para
atingir as metas da empresa. Ao invés de reconhecer receitas no ponto de vendas
e despesas quando incorridas, reconhece receitas e despesas somente com
respeito às entradas e saídas de caixa.
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Comparando as duas demonstrações financeiras, pode-se perceber que,
enquanto sob o ponto de vista contábil a empresa é bastante lucrativa, de acordo
com a ótica financeira é um fracasso. Sem entradas adequadas de caixa para
saldar suas obrigações, a empresa sobreviverá a despeita do seu nível de lucros.
Tomada de Decisão
A Função Financeira
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chave na operação da empresa. É importante que os executivos responsáveis por
decisões em todas as áreas – contabilidade, produção, mercadologia, pessoal,
pesquisa, etc. – tenham uma compreensão básica da função financeira. Durante os
últimos dez anos, registrou-se a tendência de um número cada vez maior de
executivos de cúpula surgirem da área financeira. Em resposta a esta tendência, a
maioria das universidades tem experimentado um número crescente de matrículas
no programa financeiro, tanto em nível de graduação quanto de pós-graduação.
Presidente
Vice-
Vice- Vice-
Presidente
Presidente Presidente
de
de Produção de Finanças
42 Marketing
Tesoureiro Controller