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Textos para 6º Ano

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6º ANO

CONTO: A PRINCESA E A ERVILHA E O CONTO: FIM DE


SEMANA - COM GABARITO

CONTO: A PRINCESA E A ERVILHA


Leia o texto com atenção:
Era uma vez um príncipe que queria se casar com uma princesa,
mas uma princesa de verdade, de sangue real meeeeesmo. Viajou pelo
mundo inteiro, à procura da princesa dos seus sonhos, mas todas as que
encontrava tinham algum defeito. Não é que faltassem princesas, não:
havia de sobra, mas a dificuldade era saber se realmente eram de sangue
real. E o príncipe retornou ao seu castelo muito triste e desiludido, pois
queria muito casar com uma princesa de verdade.
Uma noite desabou uma tempestade medonha. Chovia
desabaladamente, com trovoadas, raios, relâmpagos. Um espetáculo
tremendo!
De repente bateram à porta do castelo e o rei em pessoa foi atender,
pois os criados estavam ocupados enxugando as salas cujas janelas
foram abertas pela tempestade.
Era uma moça, que dizia ser uma princesa. Mas estava encharcada
de tal maneira, os cabelos escorrendo, as roupas grudadas ao corpo, os
sapatos quase desmanchando... que era difícil acreditar que fosse
realmente uma princesa real. A moça tanto afirmou que era uma princesa
que a rainha pensou numa forma de provar se o que ela dizia era verdade.
Ordenou que sua criada de confiança empilhasse vinte colchões no
quarto de hóspedes e colocou sob eles uma ervilha. Aquela seria a cama
da “princesa”. A moça estranhou a altura da cama, mas conseguiu, com
a ajuda de uma escada, se deitar.
No dia seguinte, a rainha perguntou como ela havia dormido. Oh!
Não consegui dormir - respondeu a moça - havia algo duro na minha
cama, e me deixou até manchas roxas no corpo!
O rei, a rainha e o príncipe se olharam com surpresa. A moça era
realmente uma princesa!
Só mesmo uma princesa verdadeira teria pele tão sensível para
sentir um grão de ervilha sob vinte colchões!!!
O príncipe casou com a princesa, feliz da vida, e a ervilha foi
enviada para um museu, e ainda deve estar por lá...
Acredite se quiser, mas esta história realmente aconteceu!
(Adaptação do conto de Hans Cristian Andersen).

Questões 1 a 6 - Assinale a alternativa correta.


1. O assunto dessa história é:
(A) a organização do casamento de um príncipe.
(B) como fazer uma cama de princesa
(C) como uma rainha descobriu uma princesa de verdade.
(D) uma família real e seu castelo.

2. Na frase:
"A moça tanto afirmou que era uma princesa que a rainha pensou numa
forma de provar se o que ela dizia era verdade", a palavra grifada refere-
se a:
(A) moça. (B) rainha.
(C) forma. (D) verdade.
3. A rainha soube que a moça era uma princesa de verdade porque ela:
(A) conseguiu subir nos 20 colchões e dormir.
(B) afirmou que a ervilha deixou seu corpo com manchas.
(C) merecia uma cama de "princesa".
(D) afirmou que era uma princesa.
4. Em "Chovia desabaladamente", a palavra grifada tem o sentido de:
(A) levemente. (B) repentinamente.
(C) fortemente. (D) raramente
5. No texto, o uso do sinal de exclamação (!) ocorre todas as vezes que
o autor quer:
(A) reforçar uma situação.
(B) demonstrar dúvida.
(C) dizer que a história continua.
(D) causar medo.
6.O gênero desse texto é
(A) notícia. (B) reportagem
(C) conto de fadas. (D )fábula

Compreensão de texto dissertativa:


1 1) Qual é o título do texto?
A princesa e a ervilha
2) Quais são os personagens do texto?
O príncipe, a princesa, o rei, a rainha e os empregados.
3)Quem é o autor desta história?
O autor é Hans Christian Andersen
4)Quantos parágrafos existem no texto?
Este texto tem 11 parágrafos.
5)O que o príncipe queria? Foi fácil atingir este objetivo?
O príncipe queria se casar com uma princesa verdadeira. Isso não
foi fácil, pois todas as que ele encontrava tinha algum defeito.
6) Como estava o tempo quando a moça bateu na porta do rei?
O tempo estava chuvoso, com trovoadas, raios e relâmpagos.
7) Quem era esta moça?
Ela era uma princesa.
8)O que o rei fez para comprovar o que ela disse?
O rei ordenou que uma criada empilhasse vinte colchões no
quarto de hóspedes e colocasse sob os colchões uma ervilha.
9) No texto existem três palavras grifadas, procure no dicionário seus
significados e escreva abaixo.
Desiludido: decepcionado, frustrado, desenganado, etc.
Medonha: horrível, assustadora, terrível, etc.
1 10) Faça uma ilustração da história.

CONTO:
FIM DE SEMANA
O redemoinho disse basta pra si mesmo e ameaçou girar pro
outro lado. Mas percebeu que seria a mesma coisa, mais cedo ou mais
tarde falaria atsab até que um dia ia ver que as voltas que dava não
levariam mais Ionge que a um galeão encalhado na areia mais funda do
mar. O redemoinho sabia muito, mas não dava pra se livrar do nojo do
cadáver inchado e cuspindo pra cima, que não saía de sua correnteza.

Mas o culpado era ele mesmo. O pobre do sujeito estava feliz com
sua boia de pneu, fingindo de herói pra família, que aplaudia suas
bravuras sentada em volta de um piquenique. Uma braçada pra lá, três
quatro mais pro fundo, dando só tempo de acenar e enfiando a cara na
água. O cara parou pra respirar e medir o oceano que era só dele. Tirou
a boia e encostou a cabeça, feliz.
Na praia, a mulher, que conhecia o marido muito mais do que
gostaria, tratou de virar as costas pro mar e pensar noutra coisa. Mas
como? Há nove anos que ela tentava, e sempre que conseguia ele
voltava do trabalho, do futebol, do banheiro. O casal amigo do escritório
parou de rir. Zeca estava indo longe demais, ele mesmo tinha dito que
não era dessas coisas nadando, como é que ia voltar daquela lonjura? O
sogro se levantou e apontou o mar com uma perna de frango: mas aonde
vai aquele imbecil?
O piquenique virou uma pergunta, Zeca virou um cadáver e o
redemoinho parou de virar. De mar calmo, o domingo foi melhor ainda.
Desagradável foi só à noite, o engarrafamento na serra, o rádio do carro
quebrado e o Zeca fedendo daquele jeito.
Guilherme Cunha Pinto. Contos jovens-5.

1.Essa narrativa apresenta tempo e espaço delimitados. Identifique-os:


Tempo: O piquenique durante o dia.
Espaço: praia e o mar.
2.Qual é a personagem principal?
Redemoinho.
3. O redemoinho pode ser considerado uma personagem?
( X ) sim ( ) não
Justifique sua resposta.
Porque o conto gira em torno do redemoinho.
4. Explique o uso da palavra destacada no trecho "mais cedo ou mais
tarde falaria atsab, [...]"
É que o redemoinho estava cansado de girar só pra um lado.
5. Já no primeiro parágrafo aparece um elemento de tensão. Qual?
O afogamento de uma pessoa.
6. Releia o primeiro parágrafo. Quantos períodos há nesse trecho? Qual
o sujeito do segundo período?
Oito períodos. O sujeito é redemoinho.
7. Que situações reais da vida de Zeca ficam evidentes nos seguintes
trechos?
a) [...] fingindo de herói para a família.
A alegria de ser aplaudido pelas suas bravuras.
b)[...] parou pra respirar e medir o oceano que era só dele.
Por não saber nadar, e vir a morrer afogado.
8. Como Zeca era visto?
a) Pela mulher.
Uma pessoa atrapalhada e irresponsável.
b) Pelos colegas de escritório.
Como uma pessoa divertida.
c) Pelo sogro.
Como um imbecil e inconsequente.
9. Após a leitura do texto, e as respostas das questões 6 e 7, qual
alternativa representa melhor o tema desse conto?
( X ) Os perigos do mar.
( ) Um piquenique na praia
( ) A necessidade humana de mergulhar na fantasia.
( ) O ser humano vencendo a natureza.
10. Desde o início do texto o leitor sabe o que aconteceu com o
protagonista, mas no final do conto há um elemento surpreendente.
Qual?
“O Zeca fedendo daquele jeito”.
A CAUSA DA CHUVA

(MILLOR FERNANDES, Fábulas Fabulosas)

Não chovia há muitos e muitos meses, de modo que os animais ficaram inquietos. Uns diziam que ia
chover logo, outros diziam que ainda ia demorar. Mas não chegavam a uma conclusão.
– Chove só quando a água cai do teto do meu galinheiro, esclareceu a galinha.
– Ora, que bobagem! disse o sapo de dentro da lagoa. Chove quando a água da lagoa começa a
borbulhar suas gotinhas.
– Como assim? disse a lebre. Está visto que chove quando as folhas das árvores começam a deixar
cair as gotas d’água que tem dentro.
Nesse momento começou a chover.
- Viram? gritou a galinha. O teto do meu galinheiro está pingando. Isso é chuva!
– Ora, não vê que a chuva é a água da lagoa borbulhando? disse o sapo.
– Mas, como assim? tornava a lebre. Parecem cegos? Não vêem que a água cai das folhas das
árvores?

1. Percebe-se claramente que a causa principal da inquietação dos animais era:


a.( ) a chuva que caía
b.( ) a falta de chuva
c.( ) as discussões sobre animais
d.( ) a conclusão a que chegaram
2. A resposta à questão 1 é evidenciada pela seguinte frase do texto:
a.( ) “Uns diziam que ia chover…” (parágrafo 1)
b.( ) “… outros diziam que ainda ia demorar.” (parágrafo 1)
c.( ) “Mas não chegavam a uma conclusão.” (parágrafo 1)
d.( ) “Não chovia há muitos e muitos meses.” (parágrafo 1)

3. O sapo achou que o esclarecimento feito pela galinha era:


a.( ) correto b.( ) aceitável c.( ) absurdo d.( ) científico

4. A expressão do texto que justifica a resposta da questão 3 é:


a.( ) “Como assim?” (par. 4) b.( ) “Viram?” (par. 6)
c.( ) “Ora, que bobagem!” (par. 3) d.( ) “Parecem cegos?”

5. A atitude da lebre diante das explicações dadas pelos outros animais foi de:
a.( ) dúvida interrogativa b.( ) aceitação resignada
c.( ) conformismo exagerado d.( ) negação peremptória

6. A expressão do texto que confirma a resposta à questão 5 é:


a.( ) “Como assim?” (par. 4) b.( ) “Viram?” (par. 6)
c.( ) “Ora, que bobagem!” (par. 3) d.( ) “Parecem cegos?” (par.

7. A fábula de Millôr Fernandes é uma afirmativa de que:


a.( ) as pessoas julgam os fatos pela aparência
b.( ) cada pessoa vê as coisas conforme o seu estado e seu ponto de vista
c.( ) todos tem uma visão intuitiva dos fenômenos naturais
d.( ) o mundo é repleto de cientistas

8. O relato nos leva a concluir que:


a.( ) a galinha tinha razão
b.( ) a razão estava com o sapo
c.( ) A lebre julgava-se dona da verdade.
d.( ) as opiniões estavam objetivamente erradas.

9. Cada um dos animais teve sua afirmação satisfeita quando:


a.( ) a discussão terminou
b.( ) chegaram a um acordo
c.( ) começou a chover
d.( ) foram apartados por outro animal

10. Toda fábula encerra um ensinamento. Podemos sintetizar o ensino desta fábula através da frase:
a.( ) A mentira tem pernas curtas.
b.( ) As aparência enganam.
c.( ) Água mole em pedra dura tanto bate até que fura.
d.( ) Não julgueis e não sereis julgados.

GABARITO:
1-B 2-D 3-C 4-C 5-D 6-A 7-B 8-D 9-C 10-B

ATIVIDADES

QUESTÃO 01
Leia o texto a seguir.

Xote ecológico

Não posso respirar


Não posso mais nadar
A terra está morrendo
Não dá mais pra plantar
Se plantar não nasce
Se nascer não dá
Até pinga da boa
É difícil de encontrar
Cadê a flor que estava aqui
Poluição comeu
O peixe que é do mar
Poluição comeu
O verde onde é que está
Poluição comeu
Nem Chico Mendes sobreviveu
(Aguinaldo Batista e Luiz Gonzaga)
A música tem como tema
(A) desmatamento das florestas.
(B) a morte de Chico Mendes.
(C) Poluição do meio ambiente.
(D) ausência do reflorestamento no Brasil.

Leia o texto a seguir para responder às questões 02 a 09.


A incapacidade de ser verdadeiro
Paulo tinha fama de mentiroso. Um dia chegou em casa dizendo que vira no campo dois dragões-da-independência
cuspindo fogo e lendo fotonovelas.
A mãe botou-o de castigo, mas na semana seguinte ele veio contando que caíra no pátio da escola um pedaço de lua,
todo cheio de queijo. desta vez Paulo não só ficou sem sobremesa como foi proibido de jogar futebol durante quinze dias.
Quando o menino voltou falando que todas as borboletas da Terra passaram pela chácara de Siá Elpídia e queriam
formar um tapete voador para transportá-lo ao sétimo céu, a mãe decidiu levá-lo ao médico. Após o exame, o Dr.
Epaminondas abanou a cabeça:
- Não há nada a fazer, Dona Coló. este menino é mesmo um caso de poesia.
(ANDRADE, Carlos Drummond de)

QUESTÃO 02
Quando Paulo chegou em casa dizendo que vira no campo dois dragões-da-independência cuspindo fogo e lendo fotonovelas,
a mãe
(A) colocou-o de castigo.
(B) deixou-o sem sobremesa.
(C) levou-o ao médico.
(D) proibiu-o de jogar futebol.

QUESTÃO 03
A mãe de Paulo ficou preocupada com o filho porque ele
(A) machucou-se no pátio da escola.
(B) contava histórias criativas.
(C) desistiu de jogar futebol.
(D) queixou-se do médico.

QUESTÃO 04
A preocupação da mãe que a fez levar o filho ao médico deveu-se à

(A) fábula dos dragões-da-independência cuspindo fogo e lendo fotonovelas.


(B) histórias do pedaço de lua, cheio de queijo no pátio da escola.
(C) passagem das borboletas pela chácara de Siá Elpídia formando um tapete voador.
(D) imaginação do menino ao criar suas histórias fantasiosas.

QUESTÃO 05
O parecer do médico "Este menino é mesmo um caso de poesia", sugere que Paulo
(A) agia dessa forma pelo excesso de castigo.
(B) brincava com coisas verdadeiras.
(C) era um menino imaginativo e criativo.
(D) estava precisando do carinho familiar.

QUESTÃO 06
Dona Coló castigava o filho porque acreditava que ele estivesse

(A) brincando.
(B) sonhando.
(C) mentindo.
(D) teimando.

QUESTÃO 07
O texto sugere que

(A) mentira e teimosia andam juntas.


(B) mentira e fantasia são sinônimas.
(C) mentira e sonho parecem brincadeiras.
(D) mentira e imaginação são diferentes.
QUESTÃO 08
O trecho do texto que indica ser a fala de um personagem é

(A) "Paulo tinha fama de mentiroso [...]".


(B) "- Não há nada a fazer, Dona Coló. Este menino é mesmo um caso de poesia".
(C) "Após o exame, o Dr. Epaminondas abanou a cabeça".
(D) "Desta vez Paulo não só ficou sem sobremesa como foi proibido de jogar futebol [...]".

QUESTÃO 09
No trecho "A mãe botou-o de castigo [...]". O pronome "o" refere-se ao
(A) pátio.
(B) castigo.
(C) menino, Paulo.
(D) médico.
Leia o texto a seguir para responder às questões 10 a 15.
Procura-se
Os beija-flores ou colibris estão entre as menores aves do mundo e são as únicas capazes de ficar voando no mesmo
lugar, como um helicóptero, ou de voar para trás. Para isso, porém, as suas pequenas asas precisam movimentar-se muito
depressa, o que gasta muita energia. Assim, eles precisam se alimentar bastante, e algumas espécies podem comer em um
único dia até oito vezes o seu próprio peso. Uau!

O balança-rabo-canela é um beija-flor pequeno que pesa apenas nove gramas e só existe no Brasil. Ele tem as costas
esverdeadas e a parte de baixo do corpo na cor canela, com um tom mais escuro na garganta. As penas da cauda, por sua
vez, são de cor bronze e têm as pontas brancas. A ave possui ainda uma fina listra branca em cima e embaixo dos olhos.

Assim como os outros beija-flores, o balança-rabo-canela geralmente se alimenta de pequenos insetos, aranhas e
néctar(um líquido doce produzido pelas flores). Para sugá-lo, essas aves têm uma língua com ponta dupla, que forma dois
pequenos canudos.

É comum os beija-flores ficarem com os grãos de pólen das flores grudados nas penas e no bico depois de sugarem o
néctar. Assim, acabam levando-os de uma flor a outra, à medida que seguem seu caminho. Como as flores precisam do pólen
para produzir sementes, os beija-flores, sem querer, ajudam-nas ao fazer esse transporte e acabam beneficiados também:
afinal, o néctar das flores é um dos seus alimentos.
Os beija-flores enxergam muito bem, e muitas flores possuem cores fortes, como vermelho ou laranja, para atraírem a
sua atenção. Embora muito pequenas, essas aves são muito valentes e sabem defender seus recursos, como as flores que
utilizam para se alimentar. Assim, alguns machos podem até expulsar as fêmeas da sua própria espécie caso elas cheguem
perto da comida. Na luta pela sobrevivência parece não haver espaço para gentileza: machos e fêmeas geralmente se juntam
apenas na época da reprodução.
O balança-rabo-canela coloca seus ovos de setembro a fevereiro e choca-os durante 15 dias. A fêmea é quem constrói o
ninho e também cuida dos filhotes por quase um mês após o nascimento para que eles consigam sobreviver sozinhos.
O pequeno balança-rabo-canela está ameaçado de extinção por conta da destruição do ambiente onde vive, ou seja, do
seu habitat. As matas que servem de lar para essa ave estão sendo destruídas de maneira acelerada para a criação de
animais, o cultivo de alimentos, a instalação de indústrias e pelo crescimento das cidades. Portanto, precisamos preservá-las
para que esse belo beija-flor não desapareça para sempre.

Fonseca, Lorena c.n; Alves, Maria Alice. Procura-se! Ciência hoje para crianças, Rio de Janeiro, n.159, jul. 2005.

QUESTÃO 10
O balança-rabo-canela é um beija-flor que
(A) pesa apenas nove gramas.
(B) põe ovos o ano inteiro.
(C) possui uma lista branca nas asas.
(D) tem as costas cor de bronze.

QUESTÃO 11
Em "Assim, acabam levando-o de uma flor a outra, à medida que seguem o caminho" (4º parágrafo), o pronome "o" refere-se
a

(A) brotos em geral.


(B) colibris pequenos.
(C) grãos de pólen.
(D) insetos comestíveis.

QUESTÃO 12
O balança-rabo-canela, depois de sugar o néctar,

(A) alimenta-se de insetos variados.


(B) auxilia as fêmeas na criação dos filhotes.
(C) contribui para a reprodução das flores.
(D) cuida dos filhotes por quase um mês.

QUESTÃO 13
Os beija-flores estão ameaçado de extinção porque

(A) comem até oito vezes o seu próprio peso.


(B) o ambiente em que eles vivem está sendo destruído.
(C) gastam muita energia para voar.
(D) têm de lutar constantemente por seus recursos.

QUESTÃO 14
O texto "Procura-se"

(A) informa sobre o perigo de extinção dos beijas-flores chamados de "balança-rabo-canela".


(B) inventa algumas características sobre os beija-flores chamados de "balança-rabo-canela".
(C) traz um relato de experiência científica com os beijas-flores chamados de "balança-rabo-canela".
(D) anuncia que alguém está procurando beija-flores chamados de "balança-rabo-canela" para comprar.

QUESTÃO 15
A questão central tratada no texto é

(A) a preservação dos beija-flores.


(B) a reprodução de animais silvestres.
(C) o crescimento das cidades.
(D) o hábito alimentar das aves.
QUESTÃO 16
Leia o texto a seguir.
Futebol na raça
Criado na Inglaterra em 1863, ele desembarcou no Brasil 31 anos depois, na forma de uma bola trazida debaixo do braço
pelo estudantes paulista Charles Miller. Chegou elitista, racista e excludente. Quando se organizaram os primeiros
campeonatos, lá pelo começo do século, era esporte de branco, rico, praticado em clubes fechados ou colégios seletos.
Negros e pobres estavam simplesmente proibidos de chegar perto dos gramados, mas mesmo à distância, perceberam o jogo
e deles se agradaram.
Estava ali uma brincadeira feita sob medida para pobre. não exige equipamento especial além de um objeto qualquer que
possa ser chutado como se fosse bola. Pode ser praticado na rua, no pátio da escola, no fundo do quintal. o número e o tipo
de jogador dependem apenas de combinação entre as partes. Jogam o forte e o fraco, o baixinho e o altão, o gordo e o magro.
[...].
(Maurício Cardoso. Revista Veja)
O texto lido
(A) é narrativo porque relata os primeiros jogos oficiais no Brasil.
(B) é descritivo porque relata as características do inventor do futebol.
(C) faz o leitor refletir sobre as diferenças sociais, como rico e pobre.
(D) é informativo porque traz dados sobre a origem do futebol.

QUESTÃO 17
Leia o texto a seguir.

Centro-Oeste

Os bandeirantes paulistas trouxeram para a região a cultura do Sudeste. A dança do Cururu, encontrada no interior de São
Paulo, aqui ganhou mais força. dela, somente os homens participam. Eles tocam viola de cocho, típico instrumento mato-
grossense, e reverenciam os santos com rimas e sapateados. A pamonha, iguaria apreciada nos arraiais do centro do país,
vem do acaçá, prato africano feito de milho ralado quente envolvido em folhas de bananeira.

No texto, a palavra "iguaria" poderia ser substituída, sem perda de sentido por

(A) festa.
(B) dança.
(C) comida.
(D) cânticos.

QUESTÃO 18
Leia o texto a seguir.

[...] Seu Veiga, amante de boa leitura e cuja cachaça era colecionar livros, embora colecionasse também filhos, talvez com a
mesma paixão, levou sua mania ao extremo de batizar os rebentos com nomes que tivessem relação com livros. Assim o mais
velho chamou-se Prefácio da Veiga; o segundo Prólogo; o terceiro, Índice, e, sucessivamente, foram nascendo o Tomo, o
Capítulo e, por fim, Epílogo da Veiga, caçula do casal [...].

(PORTO, Sérgio. História de um nome)

Pelo contexto da história, é possível deduzir que a palavra "rebentos" significa

(A) filhos.
(B) livros.
(C) velhos.
(D) nomes.

QUESTÃO 19
Leia o texto a seguir.
Rio de Janeiro, 20 de março de 2009.
Haroldo,
Estou muito chateada com você. A gente briga toda hora, você não me compreende e... é um grosseirão! Cansei de esperar
que você mudasse, e nada! Agora é tarde demais!
Cansei, não me procure mais.
Marta.

O trecho "Estou muito chateada com você" demonstra

(A) o cansaço de Marta.


(B) a insatisfação de Marta.
(C) a incompreensão de Marta.
(D) a arrogância de Marta.

QUESTÃO 20
Leia o texto a seguir.

[...] Os morcegos surgiram há milhões de anos. Seus hábitos noturnos, a vida nas cavernas, a aversão à luz fizeram com que
as pessoas relacionassem esses seres ao mal, ligando-os a histórias de terror, mistério e a imagens de vampiros [...].

No texto, a palavra "seus" refere-se a

(A) milhões.
(B) noturnos.
(C) hábitos.
(D) morcegos.

GABARITO
1. C; 2. A; 3. B; 4. D; 5. C; 6. C; 7. D; 8. B; 9. C; 10. A; 11. C; 12. C; 13. B; 14. A; 15. A; 16. D; 17. C; 18. A; 19. B; 20. D.

A velha contrabandista
Stanislaw Ponte Preta

Diz que era uma velhinha que sabia andar de lambreta. Todo dia ela passava pela fronteira
montada na lambreta, com um bruto saco atrás da lambreta. O pessoal da Alfândega – tudo
malandro velho – começou a desconfiar da velhinha.

Um dia, quando ela vinha na lambreta com o saco atrás, o fiscal da Alfândega mandou ela
parar. A velhinha parou e então o fiscal perguntou assim pra ela:

– Escuta aqui, vovozinha, a senhora passa por aqui todo dia, com esse saco aí atrás. Que diabo
a senhora leva nesse saco?

A velhinha sorriu com os poucos dentes que lhe restavam e mais os outros, que ela adquirira
no odontólogo e respondeu:
– É areia!

Aí quem sorriu foi o fiscal. Achou que não era areia nenhuma e mandou a velhinha saltar da
lambreta para examinar o saco. A velhinha saltou, o fiscal esvaziou o saco e dentro só tinha
areia. Muito encabulado, ordenou à velhinha que fosse em frente. Ela montou na lambreta e foi
embora, com o saco de areia atrás.

Mas o fiscal ficou desconfiado ainda. Talvez a velhinha passasse um dia com areia e no outro
com muamba, dentro daquele maldito saco. No dia seguinte, quando ela passou na lambreta
com o saco atrás, o fiscal mandou parar outra vez. Perguntou o que é que ela levava no saco e
ela respondeu que era areia, uai! O fiscal examinou e era mesmo. Durante um mês seguido o
fiscal interceptou a velhinha e, todas as vezes, o que ela levava no saco era areia.

Diz que foi aí que o fiscal se chateou:

– Olha, vovozinha, eu sou fiscal de alfândega com 40 anos de serviço. Manjo essa coisa de
contrabando pra burro. Ninguém me tira da cabeça que a senhora é contrabandista.

– Mas no saco só tem areia! – insistiu a velhinha. E já ia tocar a lambreta, quando o fiscal
propôs:

– Eu prometo à senhora que deixo a senhora passar. Não dou parte, não apreendo, não conto
nada a ninguém, mas a senhora vai me dizer: qual é o contrabando que a senhora está passando
por aqui todos os dias?

– O senhor promete que não “espaia” ? – quis saber a velhinha.

– Juro – respondeu o fiscal.

– É lambreta.

1) O que a velhinha carregava dentro do saco, para despistar o guarda?


2) O que o autor quis dizer com a expressão “tudo malandro velho”?
3) Leia novamente o 4º parágrafo do texto e responda: Quando o narrador citou os dentes que
“ela adquirira no odontólogo”, a que tipo de dentes ele se referia?
4) Explique com suas palavras qual foi o truque da velhinha para enganar o fiscal.
5) Quando a velhinha decidiu contar a verdade?
6) Qual é a grande surpresa da história?
7) Organize corretamente as frases abaixo, observando a ordem dos acontecimentos.
( ) O fiscal verificou que só havia areia dentro do saco.
( ) O pessoal da alfândega começou a desconfiar da velhinha.
( ) Diante da promessa do fiscal, ela lhe contou a verdade: era contrabando de lambretas.
( ) Todo dia, a velhinha passava pela fronteira montada numa lambreta, com um saco no
bagageiro.
( ) Mas, desconfiado, o fiscal passou a revistar a velhinha todos os dias.
( ) Durante um mês, o fiscal interceptou a velhinha e, todas as vezes, o que ela levava no
saco era areia.
( ) Então, ele prometeu que não contaria nada a ninguém, mas pediu à velhinha que lhe
dissesse qual era o contrabando que fazia.

Respostas:
1- Carregava areia.
2- Quis dizer que os fiscais eram experientes.
3- Estava se referindo aos dentes postiços, artificiais.
4- Resposta esperada: Carregava sacos de areia na garupa para distrair a atenção dos guardas sobre
o verdadeiro contrabando.
5- Quando o guarda lhe jurou que não contaria a verdade a ninguém.
6- O final, quando a velhinha revela que contrabandeava lambretas.
7- 3, 2, 7, 1, 4, 5, 6

O homem que espalhou o deserto

Ignácio de Loyola Brandão


Quando menino, costumava apanhar a tesoura da mãe e ia para o quintal, cortando folhas das
árvores. Havia mangueiras, abacateiros, ameixeiras, pessegueiros e até mesmo jabuticabeiras.
Um quintal enorme, que parecia uma chácara e onde o menino passava o dia cortando folhas.
A mãe gostava, assim ele não ia para a rua, não andava em más companhias. E sempre que o
menino apanhava o seu caminhão de madeira (naquele tempo, ainda não havia os caminhões
de plástico, felizmente) e cruzava o portão, a mãe corria com a tesoura: tome, filhinho, venha
brincar com as suas folhas. Ele voltava e cortava. As árvores levavam vantagem, porque eram
imensas e o menino pequeno. O seu trabalho rendia pouco, apesar do dia-a-dia, constante, de
manhã à noite.

Mas o menino cresceu, ganhou tesouras maiores. Parecia determinado, à medida que o tempo
passava, a acabar com as folhas todas. Dominado por uma estranha impulsão, ele não queria ir
à escola, não queria ir ao cinema, não tinha namoradas ou amigos. Apenas tesouras, das mais
diversas qualidades e tipos. Dormia com elas no quarto. (…)

Só que, agora, ele era maior e as árvores começaram a perder. Ele demorou apenas uma semana
para limpar a jabuticabeira. Quinze dias para a mangueira menor e vinte e cinco para a maior.
Quarenta dias para o abacateiro que era imenso, tinha mais de cinquenta anos. E seis meses
depois, quando concluiu, já a jabuticabeira tinha novas folhas e ele precisou recomeçar.
Certa noite, regressando do quintal agora silencioso, porque o desbastamento das árvores tinha
afugentado pássaros e destruído ninhos, ele concluiu que de nada adiantaria podar as folhas.
Elas se recomporiam sempre. É uma capacidade da natureza, morrer e reviver. Como o seu
cérebro era diminuto, ele demorou meses para encontrar a solução: um machado.

Numa terça-feira, bem cedo, que não era de perder tempo, começou a derrubada do abacateiro.
Levou dez dias, porque não estava habituado a manejar machados, as mãos calejaram,
sangraram. Adquirida a prática, limpou o quintal e descansou aliviado.

Mas insatisfeito, porque agora passava os dias a olhar aquela desolação, ele saiu de machado
em punho, para os arredores da cidade. Onde encontrava árvore, capões, matos atacava,
limpava, deixava os montes de lenhas arrumadinhos para quem quisesse se servir. Os donos
dos terrenos não se importavam, estavam em vias de vendê-los para fábricas ou imobiliárias e
precisavam de tudo limpo mesmo.

E o homem do machado descobriu que podia ganhar a vida com o seu instrumento. Onde quer
que precisassem derrubar árvores, ele era chamado. Não parava. Contratou uma secretária para
organizar uma agenda. Depois, auxiliares. Montou uma companhia, construiu edifícios para
guardar machados, abrigar seus operários devastadores. Importou tratores e máquinas
especializadas do estrangeiro. Mandou assistentes fazerem cursos nos Estados Unidos e
Europa. Eles voltaram peritos de primeira linha. E trabalhavam, derrubavam. Foram do sul ao
norte, não deixando nada em pé. Onde quer que houvesse uma folha verde, lá estava uma
tesoura, um machado, um aparelho eletrônico para arrasar.

E enquanto ele ficava milionário, o país se transformava num deserto, terra calcinada. E então,
o governo, para remediar, mandou buscar em Israel técnicos especializados em tornar férteis
as terras do deserto. E os homens mandaram plantar árvores. E enquanto as árvores eram
plantadas, o homem do machado ensinava ao filho a sua profissão.

PARTE 1 – Interpretação
1) Este texto se classifica em: ( ) narrativo ( ) informativo ( ) poético
2) O narrador participa da história: ( ) sim ( ) não
3) Quantos parágrafos há no texto? ( ) 10 ( )8 ( )9
4) Reescreve as frases, substituindo as palavras ou expressões destacadas pelos sinônimos do
quadro:

a) O desbastamento das árvores tinha afugentado os pássaros.

b) O seu cérebro era diminuto.

c) Chegaram máquinas do estrangeiro.

d) Eles voltaram peritos de primeira linha.


e) Costumava apanhar a tesoura da mãe e ia para o quintal.

5) Escreve uma frase empregando o verbo apanhar em sentido diferente do que foi usado no
texto.
6) Assinala as características do personagem principal:
( ) compulsivo
( ) amigo do meio ambiente
( ) de inteligência diminuta
( ) alegre
( ) obsessivo
( ) destruidor
7) Responde:
a) O narrador diz que “naquele tempo, ainda não havia os caminhões de plástico, felizmente”.
O que ele quis dar a entender com a palavra felizmente?
b) O narrador afirma que o cérebro do personagem era diminuto e que ele demorou a
encontrar uma solução. Que relação o autor pretende estabelecer entre a destruição da
natureza e a inteligência?

c) Descreve o quintal antes e depois da ação do garoto, mostrando o contraste.

d) Tu gostaste do texto? Por quê?

e) Releia o trecho que mostra como a mãe se comportava em relação às atitudes do filho. Na
tua opinião, que influência teve a mãe na educação do menino?

f) Que ensinamentos podemos tirar da leitura deste texto?

g) Existe relação entre o texto e a realidade em que vivemos? Explica.

8) Observa a seguinte frase: “As árvores eram imensas, e o menino pequeno.”


a) Que palavras indicam contraste, isto é, têm sentido oposto?
b) Agora, escreve palavras que indiquem ideias contrárias às seguintes:
“…afugentando pássaros”:
“…destruindo ninhos”:
“…as árvores levavam vantagem”:

PARTE 2 – Produção de Texto


Cria um texto oposto a esse, ou seja, que traga uma mensagem positiva sobre o homem e o
meio ambiente.

PARTE 3 – Acentuação
1) Justifica o uso do acento das seguintes palavras retiradas do texto:
árvores
até –
só –
más –
só –
2) Retira do texto 3 proparoxítonas:
3) Relaciona:
(1) oxítona ( ) menor ( ) natureza
(2) paroxítona ( ) folhas ( ) perder
(3) proparoxítona ( ) fábricas ( ) buscar

PARTE 4 – Substantivo e Adjetivo


Classifica as palavras destacadas no texto, em substantivo ou adjetivo.

Respostas:
PARTE 1
1- Narrativo
2- Não participa.
3- 8
4- a) O desbastamento das árvores tinha espantado os pássaros.
b) O seu cérebro era insignificante.
c) Chegaram máquinas do exterior.
d) Eles voltaram experientes.
e) Costumava pegar a tesoura da mãe e ia para o quintal.
5- Reposta pessoal.
6- compulsivo, obsessivo, destruidor, de inteligência diminuta
7- a) O narrador usa a palavra felizmente porque o plástico é um material que polui muito
mais, demora a se decompor, prejudica o meio ambiente.
b) Pessoas inteligentes não destroem a natureza, pois sabem que precisamos dela.
c) Antes havia mangueiras, abacateiros, ameixeiras, pessegueiros e até mesmo jabuticabeiras,
era um quintal enorme, que parecia uma chácara. Depois, sem árvores, sem plantas, o quintal
ficou silencioso, porque o desbastamento das árvores tinha afugentado pássaros e destruído
ninhos.
d) Resposta pessoal
e) A mãe incentivava o filho a cortar as folhas, achava aquilo bom, pois tinha medo de que o
menino saísse para a rua e encontrasse más companhias. Ela influenciou negativamente a
educação do filho; sem querer, ajudou-o a se tornar um destruidor da natureza.
f) Reposta pessoal
g) Resposta pessoal
8-a) imensas, pequeno
b) atraindo, construindo, desvantagem

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