Teste HIS 11º Ano 1º Período 1
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ANOS
HOMENS MULHERES HOMENS MULHERES
Pierre Goubert, L’Ancien Régime – 1: La Société, Armand Colin, Paris, 1969, pp. 36-37.
1. A partir dos dados dos documentos1 e 2, identifiqueas opções corretasque completam cada afirmação:
(A) O modelo demográfico do século XVII era marcado por diversas características:
1. a população aumentava mais em consequência do desenvolvimento tecnológico.
2. a mortalidade infantil era diminuta.
3. era marcado pelo caráter cíclico e repetitivo das crises de mortalidade.
4. era afetado pelos maus anos agrícolas ligados a problemas climáticos (secas ou chuvas em excesso, gelo) ou
pragas).
5. a estagnação da população anulava o crescimento populacionalanterior.
6. a natalidade era alta e cada família tinha em média mais de cinco filhos.
7. a diferença entre a natalidade e a mortalidade era positiva assegurando o crescimento da população.
2. Explicite três fatores que possibilitaram o crescimento populacional a partir do século XVIII.
B-Não é do meu interesse tomar ao meu serviço homens de uma categoria eminente. Antes de mais é preciso estabelecer a
minha própria reputação e dar a conhecer ao público, através da própria categoria onde os tomei, que a minha intenção não
é partilhar com eles a minha autoridade. Interessa-me que não concebam esperanças mais altas do que aquelas que eu
lhes queira dar, o que é difícil para as pessoas de alto nascimento.
Luís XIV, Memórias.
No Antigo Regime o absolutismo régio fez da corte um palco de projeção da autoridade real, destinado a
impressionar os súbditos e a veicular princípios ideológicos.
A sua resposta deve abordar, pela ordem que entender, três aspetos para cada um dos tópicos de desenvolvimento:
César de Saussure, «Cartas escritas de Lisboa Virgínia Rau, Estudos sobre a História Económica e Social do
no ano de 1730», O Portugal de D. João V visto Antigo Regime, Editorial Presença, Lisboa, 1984, p. 29.
portrês forasteiros, p. 269.
MÓDULO 4
1. A população da Europa nos séculos XVII e XVIII: crises e crescimento
2. A Europa dos estados absolutos e a Europa dos parlamentos
Para cada resposta, identifique claramente o grupo e o item.
Apresente as respostas de forma clara e legível.
Todos os itens são de resposta obrigatória.
Apresente apenas uma resposta para cada item.
Utilize, de forma adequada, os conceitos específicos.
3. No excerto transcrito, Malthus alude a fatores que, de forma direta, originam “crises
demográficas”, como:
A) a fome e os trabalhos excessivamente custosos.
B) a fome e as epidemias.
C) a pobreza e a má alimentação das crianças.
D) a pobreza e os excessos de todo o tipo.
Peso demográfico dos três estados, na França Gravura francesa do século XVIII
do século XVIII
Charles Alexandre, visconde de Calonne, advogado que se César de Saussure (1705-1783), viajante de origem
tornou Ministro des Finanças do rei Luís XVI, em 1783 suíça que visitou a corte de D. João V, em
O Portugal de D. João V visto por Três Forasteiros,
(Retrato de Élisabeth-LouiseVigéeLeBrun, 1784) Biblioteca Nacional, 1983
Os reis são chamados deuses pelo profético rei David porque o seu trono representa a vontade de Deus
na Terra e a Ele devem dar contas daforma como exercem a sua administração. […] As obrigações e a
lealdade do povo para com o seu rei legítimo, a obediência que lhe deve, são-lhe prestadas como lugar-
-tenente de Deus na Terra, obedecendo às suas ordens em todas as coisas […] reconhecendo-lhe o poder
que Deus lhe deu sobre todos, o poder de todos julgar e de só ser julgado por Deus […]. Deve temer-se o
rei como se teme o juiz e amá-lo como se ama um pai. […]
Os monarcasforam os criadores das leis, não foram as leis que criaram os monarcas. No Parlamento –
que nada mais é do que uma reunião do rei com os seus vassalos – os súbditos apenas solicitam as leis,
que o rei faz a seu pedido. Porque, enquanto o rei fazdiariamente decretos e outras ordenanças que
entende fazer, nenhum parlamento tem o poder de fazer qualquer tipo de leis sem que o rei as autorize,
dando-lhes força de lei. […] Um bom rei deve agir de acordo com as leis, embora apenas lhes esteja
sujeito para dar bom exemplo aos seus súbditos. […] O rei, relativamente ao povo, é, com razão,
comparado a um pai e à cabeça de um corpo com diversos membros.
Jaime I, rei de Inglaterra entre 1603 e 1625, A Verdadeira Lei das Monarquias Livres
Os Ingleses, sempre que podem, gostam de se comparar aos antigos [cidadãos] romanos. […] Mas há
uma diferença essencial entre Roma e Inglaterra, que resulta em favor desta última: é que, enquanto as
guerras civis romanas tiveram como fruto a escravidão, as de Inglaterra tiveram como resultado a
liberdade. A nação inglesa é a única sobre a Terra que conseguiu limitar o poder dos reis, resistindo-lhes,
eque, passo a passo, conseguiu por fim estabelecer um governo sábio em que o príncipe, todo-poderoso
para fazer o bem, tem as mãos atadas para fazer o mal; onde os senhores são grandes sem serem
insolentes e sem terem vassalos e onde o povo partilha o governo sem desordem.
A Câmara dos Pares e os Comuns são os árbitros da nação e o rei supervisiona-as. Este equilíbrio faltava
aos Romanos: os grandes e o povo estavam sempre desavindos sem que houvesse um poder mediador
que pudesse conciliá-los.
Foi difícil, sem dúvida, estabelecer a liberdade em Inglaterra. Foi num mar de sangue que os Ingleses
afogaram o ídolo do poder despótico. Mas os ingleses não sentem ter pago caro de mais as boas leis que
possuem. […]
Os franceses acham que o governo desta ilha [da Inglaterra] tem sido mais tumultuoso que o mar que a
rodeia, e é verdade; mas isto aconteceu quando o rei começou a tempestade, quando se quis tornar dono
de um navio do qual não é senão o primeiro piloto.
Coluna A Coluna B
A) Governo de Cromwell
B) Revolução Gloriosa
C) Restauração da monarquia
D) Guerra civil entre os partidários do rei e os partidários do Parlamento
E) Declaração dos Direitos
FICHA 3
(CORREÇÃO)
MÓDULO 4
2. A Europa dos estados absolutos e a Europa dos parlamentos
2.1Estratificação social e poder político nas sociedades de Antigo Regime
2.2A Europa dos parlamentos: sociedade e poder político
Grupo I
“Ele foi em Portugal […] o verdadeiro Restaurador, Protetor e Conservador das letras e dos Sábios.”
O rei, que teve uma educação esmerada, acarinhou as letras enriquecendo, “com mão larga”, os que a elas se
dedicavam (Doc. 1), e “concedendo benefícios perduráveis” a instituições do saber, como as universidades
de Évora e Coimbra ( Doc.1). Foi também pródigo na criação de bibliotecas e fundou a Academia Real da
História.
Grupo II
1. Explicitar os direitos reiterados na Petição assinada por Carlos I, em 1628.
A Petição dos Direitos reitera determinações antigas que resguardam os súbditos do poder discricionário do rei,
como:
a obrigatoriedade do consentimento do Parlamento para o levantamento de impostos;
a salvaguarda de pessoas, bens e direitos, dos quais os Britânicos só podem ser privados por decisão de um
tribunal legitimamente constituído.
“… Não vejo aqui a Câmara dos Lordes para que esteja constituído um Parlamento”
O Parlamento que julga Carlos I fora depurado, por Cromwell, dos seus elementos mais conservadores
oriundos, maioritariamente, do clero e da nobreza. Daí que os Lordes não se encontrassem presentes e que o
rei conteste a legitimidade do órgão, dado que lhe falta uma das câmaras que o constituem.
5. Desenvolver o tema:
A vitória do parlamentarismo em Inglaterra
Introdução: Referência às origens do parlamentarismo inglês, que remontam à Idade Média, com a imposição da
Magna Carta ao rei João Sem Terra.
A tensão entre Carlos I e o Parlamento, motivada pelas pretensões do rei em assumir um governo de cariz
absolutista, conduz à cedência do rei, que assina a Petição dos Direitos (Doc. 3). Este documento reitera as
antigas liberdades inglesas, assentes na existência de um parlamento, órgão representativo do povo inglês
que limita a atuação do rei (Doc.2).
A insistência do rei em governar sem o Parlamento desemboca, em 1642, numa guerra civil. As forças
monárquicas cedem perante os “cabeças-redondas”, exército de ideais republicanos, chefiado por Cromwell.
O rei é julgado e condenado à morte (Docs. 1 e 3).
Entre 1649 e 1660, vigora em Inglaterra o regime republicano que, no entanto, não cumpre os ideais de
liberdade e governo partilhado que lhe dera origem.
Em 1660 é restaurada a monarquia na pessoa de Carlos II, filho do anterior rei. Durante este reinado, novos
documentos reiteram e ampliam os direitos e liberdades dos ingleses, com destaque para o Habeas Corpus,
em 1673.
O autoritarismo de Jaime II, irmão e sucessor de Carlos I, bem como a fé católica que este abertamente
professava, originam uma nova revolução: a Revolução Gloriosa (1688). Jaime II é deposto e substituído pelo
stathouder da Holanda, Guilherme d’Orange, casado com a filha mais velha do rei. O casal deixa as Províncias
Unidas para assumir o trono inglês (Doc. 4).
Pouco depois, os novos soberanos juram solenemente um documento fundamental para a consolidação do
regime parlamentar, a Declaração dos Direitos, onde se definem claramente os limites do poder real e a
esfera de atuação do Parlamento.
A legitimidade da luta dos ingleses contra o poder absoluto do rei foi teorizada por John Locke, no seu
“Tratado do Governo Civil”.
Segundo Locke, os homens nascem livres e iguais, pelo que não podem ser governados contra sua vontade
(Doc. 4). Toda a autoridade emana, pois, dos governados e é-lhes conferida através de um contrato tácito, em
que estes se comprometem a zelar pelo bem comum.
Quando esse contrato é desrespeitado pelos soberanos, os governados têm o direito de retomar o poder e
substituir o mau príncipe, como aconteceu na Revolução Gloriosa, com a destituição de Jaime II.
Grupo III
1. No texto A, Luís XIV reivindica para o rei um poder absoluto porque:
c) Os reis foram colocados no trono por Deus e só a Deus devem prestar contas.
3. Esclarecer qual o órgão que, nas Províncias Unidas, corresponde à “Assembleia Soberana” referida por Jan de
Witt.
Os Estados Gerais da República.
4. SebastienMercier rebate a opinião dos ingleses quanto ao sistema político francês, com o seguinte argumento:
d) o poder do rei é limitado pelos costumes do reino.
5. Explicar a razão pela qual Mercier põe na boca de um inglês a crítica ao poder do rei de França.
A crítica parte de um inglês em virtude do sistema parlamentar vigente em Inglaterra e da luta tenaz que os
ingleses travaram para o consolidar. Estes factos levam a supor que os ingleses não aprovariam o regime
absolutista francês.