Estrutura 52
Estrutura 52
Estrutura 52
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NESTE NúMERO
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338 ESTRUTURA - N• 52
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peristah s. a.
laminação e comércio
secção de vendas:
rua líbero badaró, 293 - 329 - tel.: 37-3581
são pauto
av. rio branco, 156 - s/ 281 O
guanabara - tel.: 52-8292
RSTRUTURA ~ N• 52 339
VOCf VAI PROJflAR fSlRUlURAS Df
CONCRflO ARMADO!
MATRICULE-SE NO CURSO DE PRATICA DE PROJETOS
ESTRUTURAIS DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CI-
MENTO PORTLAND
1. Edifício de habitação
2. Edifício industrial
3. Ponte em laje
4. Ponte em vigas
5. Castelo dágua
340 ESTRUTURA - N• 52
ESTRUTURA
revista técnica
19 6 3
AN O 7 • VOL. 12 das construções
REDAÇÃO REDATORES:
.\liTIGO:-. Tf;<'XH'O:-.
\,\lHOS
O t'll'"'" fundantt•ut ai
Barra-. laruinatlas l!t.' :11;u t•mn ~alií'twia~, ton·ida-. :• frio, par.1. t•orwretu ut
matlu, ('..\ '1'.3'> • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • . • . . . • • • • • • • • • • • • ..t:i·l
Ol,rignturieda!lo.• Ju~ numl:l~ tht .\.B .X.'!'. .......... ...... .•. • ... ......... •138
:\OTIClAH LHYEfl...; \S
342 ESTRUTURA - N~ 52
BOLE'TIM ESTRUTURAL
( 'OilfOI'llH' !)I'Qll tPtélllOS IIU llÍlllWI'tl ~llft•t•io t·, HJliT:'Il'llfatllOH, 111'.~1<• JIÍliiH'l'Ol
tuna repol't<t$!t'lll u l'C'speito ela ponte de ,\ r i':11J id :-~ st.ln·e o Hin l>uut·o na c•icl:u lt:
cto P i'irto cm Portugal.
Xo JHÓXÍIIIO níuli<'I'O <'s<·t'l'\'l't'I'IIJOs sf1hrc <Hitl'u g-l'ande <'lllJ)l'I' <'IH1ímruto da
engenharia rnrtngursn: a ~t'UJHh· poutr :.ôbr<· o Hio Tejo nu Li:shl•<:t. J·)t;\n
ponte rolll t:PI'<' H de• 1.0] :.l IIH'Il'o;; flp 'ào (> do tipo iHlsJWU!-;<L :-iuu ftUitlação
atiJ1)!e a pt·ofun<licla<le de t:rt·c•a d1• H:, utt•lt·o:s ah11ixo do nÍ\rl cl'água.
Hrc·Plwmus do romitê de h<Hll'a t•nca t't'Pg:tdo de lto tHL'IIHgt• a t' ;1 llt(•mc:'ll'ia dt•
Bngf'll<' Fl'ryssinC'I. ttllt t'Oll \' ÍtC' pm·u partii'ÍJ1HI' das ct·l'imônias a Sl'l'ClH lenlllas
a efeito ent Parit;. Como, t<tl\'I'Z, niio possamos <•ompareel'l', desejamos dest1c j{L
11 p •·es(•n ta r nosso <l poio às hont euag'('lls um is 11Ue .inst ns e lon ,-n 1' o grancle
et·eadOJ' do torter·cto prol l'll(lido.
Foi constituído o nô,·o IJII I'Wll elo ('omité l'ermanetltt• fla " .\ssoci:-llion
Tntenw1 ion:tlr dt•s P on t;.; l'l l'hm·Jwn1s", <'irito t'lll l'l'tlllião hn ,·ida t•m Zuriq nc-
Snír:a. t'ltl sl'tc·ml11·o ,]p I !l63, que \l'ntou tamhém dt~ IIHXlmlos n•lati,·os ao ''Ylll
C'ongl'r:;xo fntt•t'lHtt· iunal th· Pon11·s I' Bst1·utur·:1s", a se t't'Hli7.-tt· enlt'P ns rlir~s H
i't 15 cl<' agôsto dr l!Hi-l, na C'iélnd<• rio Rio d<' .Janeiro.
ESTRUTURA~ N • 52 HJ
PRO}ETOS DE CONCRETO
ARMADO
CONCRE'l'O PROTENDlDO
PONTES
CASCAS
HESERVATORIOS
CONSULTAS E PARECERES
ESCRITORlO TSCNICO
ADERSON MOREIRA DA ROCHA
311 ESTRUTUR.A - N~ 52
,
PON'T'E D A ARRABIOA
- Ouradcríslica.~ ria o/1m :l.OO m no l'r<·lw ~' U10 m nas twse<'n·
J•:utt·<· os duio.; at·<·os <·xiste um rull·
\'ilS.
..., ;\o din ~:! <lt• junho do c·m'l'l'lll<' a11o lnl\·cnttunrnto cnt X dsíYel na figura
l'oi innn~m·Ml;1 ,. Pontp <la .\l'l'ilhi<la :3.
sil111·r o I'Ío Dout·o, na eidadt• ,Jo l'i}t·tn . \s ~ec<·Õcs tlus u t·cos são ôcus. sHI m
cm Pm·t n~al. no f~rho ·~· JHh JlllS<'Cttc,:ns. r silo ronst i·
Fi!!. I
Trata-se da ponte rlr (•mwt·rto at·ma- t.ultlas pol' doi" hanzos (lc Psp<.'!i.'ntl'it
do de mnior vão já c·olot<Hlu 1'11\ lL'úfc- YUrÍáYCi 1'111 I'(' (),:JO ll1 l' 0,6!1 111 <' pOl'
~o. superando a dP Santlô 1111 :-iu~<·in . :3 almas com a ""pc....~m·a <'Onstanle rl<>
.\<; earacterístira" pritwipnis <lu 0.30m .
pontp da .Arr{tbida são: A direi t'i1. <lo an~o coL·respondc srn-
sh elmente ao antifnnicular das carga"
Lnrg-ura do tabnleit·o - ~6,:>0 m pct·m:mcnt P.<;. c l'Olllo parte destas car-
Comprimento total - tll+.OO 111 ~a<: é (l·alll'lllilida ao arc·o por intcr-
Vão do arco vrinripal mPrlio rlP pilnt•c..,, C""a diretriz niío ~
(teó•·ico) :no,oo m '"la curva contínua, mas sim uma po
52,00 m ligona l !k ln<lns t·uJ·vilíncos rom os Yt'r·
tites corrt'..,pundenclo aos pontos de in-
A estl'ulnra principull' C'onstituí<la S<' rc:ílo elo~' pil<ll'<'"'; êstes pilares, rlgi·
dt• tlois nrros de s<•c<;iio Plll formn de clamrnlt• ligaclos ao <11'<'0 r ao tahniPÍI'O
<·Hixão, coni'ol'lne se Yê na l'il!tll'a 2. eo- qne 'lllpot·tnm, "iio ciNJs, para economia
loeado.':l \lm no lado do outro . <lc pêso.
.\ largura (Jp rada al'<·o é di' , ,00 m .\<: l'iJ!urlls I c fl moc;tram outros
<' 11 e~ptu,;amento line rntr<> Pies é de detalhes da ~l'lliHlr olwa. notando-se na
7,60 m. A <>spPssm·a elo. at·<·o, medida fig11l'a -! <1 t•sln•ltC'za r ao mesmo tempo
rnl t·c As face-; externas do c·aixiio é d e rnonnmcnla I iclaclt• elo projrlo.
ESTR,UTURA - N• 52 315
8
Fig. 2
346 ESTRUTURA- N• 52
Fig. :{
Fig. 1
ESTR.UTUR.A ~ N~ 52 347
Pi!(. 5
318 ESTRUTURA - N 9 52
tcs; c o-: elos HSsrntanwntos l'l'YCI'sín•il:l c,) 8olicitac;ões permanentes, sohr<'-
rrsttltantf'~, !Winc·i ralml'lltr, elas snlwr- c·lll·gns n •rt ka is c fl'C'llilp:l'lll - va-
<'11L'~M. t•ia~õr.<; dC' tcmpcratlll'<l unifor-
O Ynlor· atlot a elo, para a hipóte· llll's c clif<'J'rncilli!-l- (l:!K kg/em ~) .
se tl!' Ulll IIS!H'llf Hllll'lltO UIIÍ forme Jl!l- c') Solicitac;ões p el"munentes, sobt·ecar-
l'H I!'lo ao esfÔl'<.:O, foi é! a ordem elo~ gas - vt'rt ira is e frrnagrm - vn-
I~ mm nas sapatas dos ell<·onlt'Of' rlo riac.ões ele temperatura - unifor·
nl'<·o, JHll';l a trnsão pN·m:mentP nnifor· llll'S e cl i fCI"<'nc.'iais - ,·ento de
ml'fl<' 10 k~/em ~ . 1;10 kg/ m 2 , <' as.-;<'ntam<'ntos irre-
[<'01'<1111 uett!l'lll inados OS 1110\'illH.'ll tos \'l' t'sÍ\·eis <los apoios ( 1-J.O kg/cm~ ) .
lilll'Hl'<'S horizontais <' \'Crticais r os c" ) ~olic·itac;õcs prt·HHliJentes. val"iac:õrs
m<n-imentos angnl<-ti'CS 1n·oc.lnúdos pehp; de l<'11111eJ·atm·n e vento rle ...
-;olirita<;ões JH'rmanentes r prlns sobre· 250 kg-/ 111 2 ( 1j 3 kg/ C'm 2 ) .
cat'gas. Para os pl'imeii'Os foi admitido
r-'" ) Solicitnc~õcs prt·man('nf <'s, vm·iM;ii<'s
que o 1116clnlo c'lr rlas1iC'idadc> elo rou·
él<' t c'll1JWI'I1tlll·a <' mrgasismo t•uino-
c•rrto armado <'1'<1 I :10 000 kg/cm~, por
so ( 117 kg"/CIH~ ) .
SN'I'Ill Jcll\(JS, ('lHJllflllfO Cflll" pal'll OS se-
g'llJJdOs (rrYet·.síYeis) -l!iO 000 kg/ c·m · - 2 t1 ) :-lolieitae,ões pct•m;mentes, sobreear-
isto é, tr.Ss \'PZes snJwl·ior, por sr tmt:n· ga,-; n'l't i<·ais - l't'Pnag<'m - , nt-
ele açõrs rápidas. J·ÜH;Õ<'s ele t rmpcl'llt m·;1, nssent;J •
Fon11n aincln tidas cm conta a ft·e· me11tos ren•rsín.> i;; I! 111Pg·n,;imo l'liÍ-
liOSO ( 1fi-J. kg/rm~ ) .
nnl!rnt c a clrl'ormat)io INJta elo ron-
Hdo. Foram estudadas as seguintes As tensões de ~t',!{Ul'Hl1~u - tensüe,-
c•ombiuaçõrs das soliC'ita<:Õ<'s mais des- Jlormais dr romJn·pssão parn o concre-
fayoráYeis, pa1·a NtLla unw tl:ls qnais s<' to annaclo - fix~HlH~ como atltnü;sÍvPi,;
intlira, Pnf t'<' pnl'rnteseN1 a trnsiio míí- fot•am:
xima que pl'o\"oea:
Hi]JÓt<'sr n) - 100 kgo/em~
a) C'arl!aS pct·ncunctllt•s ( !l.J: kg/ cm2 ) .
Tfipótrsc h) - 110 kg/Iom~
lt ) ~olicitar:õeo; permanrnt<'s, ilüo ~.
Hipótese c) - HO l\gjcm~
r-n1·g-a }Wt'n1Hil!'l11r to1nl, tollfl'iH:iio,
defot·nwção lenbl c as.o;;entmneutos Hipótrsr cl ) - lRO kg/ C'm 2
irrC\'C'rsíwis elos ;1poio.'> ....... . ~o C\'ltntlo <ln rstabilidudc da ponte
( H~ k~/cm~ ) . ;fOI'aJn :ulotnclas :ts lliH is moclrmns t ér·
<· 1 ) Solicita<;ões permanentes c· sohr<'· niens, hasradns 11;1 teoria da Hesistência
car::ras Yrrticnis incluindo a a~ão do ~ l atct·iais e ele Blatit:idadc, qncr
clinftmica ( 1~3 kg/ cm. 2 ) . i111'a\·rs ela nnálisc> algébeira quer cla rx-
ESTRUTURA - N • 52 349
FiJ.:. 7
Fi!,(. 8
350 ESTRUTURA - N• 52
Fig. 9
Fi~~: . 10
352 ESTRUTURA .- N• 52
..
e Serviços Municipalizados de Vila TODOS OS CAMINHOS
Nova de Gaia. CONDUZIAM A PONTE DA
ARRABIDA
5 - A inaug1ma.ção da Ponte da
Arrábida Uma multidão começou cedo a mo-
vimentar-se na cidade para assistir ao
A inauguração da Ponta da Arrá- momento culminante de um grande
bida foi acompanhada de uma série de acontecimento. Todos os caminhos con-
festas populares nas quais tomou par- duziam à ponte - uma obra de arte
te tôda a população da cidade do monumental, lançada entre o planalto
Pôrto. da Arrábida, da urbe portuense, e o
,,' planalto do Canelai, da "anticalle de
Além daquela do dia da inaugura-
r Gaia". a transpor majestosamente o
ção da ponte com a presença do Pre-
curso do Douro, próximo da foz do rio,
sidente da República de Portugal, hou- dominando uma panorâmic!l deslum-
ve no dia 21 uma recepção no edifício brante, com os dilatados longes do ho-
da Bôlsa (traje: fraque) e na Câma- rizonte marítimo no enfiamento <la
l ra Municipal do Pôrto (traje: casa- bar a.
ca). No dia 22 à noite foi realizado um A cerimônia festiva inaugural esta-
sarau no Palácio dos Esportes. va marcada para a 16 horas, sob a pre-
A cidade estêve em festa durante sidência do Chefe do Estado, mas an-
vários dias com as ruas iluminadas e tes, muito antes mesmo, tôda a zona
decoradas. Em quase tôdas as ruas ha- circundante era tomada pelo povo, que
via uma iluminação transversal em que se estendia e se aglomerava nos recin-
• se reproduzia a silhueta da ponte da tos mais próximos do local onde iam
I Arrábida. As vitrines das casas comer- decorrer os atos solenes. Uma massa ele
ciais apresentavam fotografias e ma- gente formava cascata nas terras so-
quetes da ponte com homenagem aos branceiras aos parques ele estaciona-
engenheiros projetistas e executores da mento, nos terrenos do Estádio Univer-
obra. sitário, buscava sítio onde houvesse um
O povo conhecia os nomes dos prin- palmo vazio a disputar.
cipais engenheiros que colaboraram na Soberbo aspecto o ela estrada pano·
execução da obra, principalmente do râmica do Douro e das vias de circula-
projetista, eng0 Edgard Cardoso c do ção interna, tôclas engalanadas, sobres·
execmtor, eng0 José Pereira Zagallo, saindo ricos painéis com o emblema na·
que se tornaram, assim, heróis popu- cional. Dominando a ponte, uma tri·
lares. huna de honra onde se reuniram mais
de mil convidados. Panejamentos ver-
Para a inauguração da obra foram melhos ele seda com franjas douradas
convidadas as maiores autoridades em decoravam essa tribuna, forrada por
técnica estrutural do mundo, sendo um dossel branco intercalado pelas cô-
dois engenheiros do Brasil e os outros rcs da Bandeira Nacional. Salientavam-
da França, Itália, Suíça, Inglaterra, se esferas armilares nos topos dos mas-
Suécia, Alemanha e Espanha. tros. Ao centro as bandeiras dos con·
Sôbre os acontecimentos do dia da celhos elo Pôrto e ele Vila Nova de
inauguração da Ponte da Arrábida, Gaia. Completavam a decoração vasos
reproduzimos a seguir a notícia publi- ele flores e arbustos.
cada no jornal do Pôrto - "O Pri- Na zona central do tabuleiro ela
meiro de Janeiro", datado de 23 de ponte, num alto mastro drapejava a
junho de 1963: Bandeira Nacional. Visto do Pôrto, o
ESTR.UTUR.A ~ N• 52 357
comprimento, a sua ligação ao cimbre 8 - E:JJecução da obra
e os dispositivOil de tração mereceram
especial estudo e definição através de A dOilagem de concreto foi de 300 kg
cálculos analíticos. As tenções nos cabos de cimento por m' para as fundações
foram devidamente determinadas e e de 400 kg de cimento por m', para a
constantemente verificadas durante a obra em elevação.
operação da montagem, devendo pôr-se Para êste último concreto era obriga-
em evidência que as trações medidas tória a resistência mínima aos 28 dias,
corresponderam às previstas. de 400 kg/cm', tendo sido utilizado um
A e.~colha da tra<_;ão inicial dos ca- concreto de granulometria descontínua
bos teve influência fundamental na na- com resistências médias de 604 kg/cm',
com o máximo de 720 kg/cm', aos 28
tureza e valor dos esforços instalados
dias, sem mistura de plastificantes ou
no arco biarticulado, a pós a retirada outros correctivos.
dos cabos. Quer dizer, a existência das
articulações não resolveu só p0r si o A dosagem dos concretos foi feita
problema. em pêso, para todos os ma teria is, por
meio de balança acouplada às betonei-
Uma vez realizada a elevação com- ras. O contrôle da água de amassadura
pleta do tramo central, foi mediào o fêz-se por meio àe contadores-registra-
espaço existente· em cada junta, a fim dores nas betoneiras.
de se executarem em oficina as barras
que formariam a articulação. Antes de qualquer concretagem es-
tudava-se a corre<;ão do módulo de fi-
É altura de referir que o encaixe do nura e do teor de humidade dos ma-
tramo central no espaço entre as con- teriais.
solas, se fêz com a folga de apenas uns
As instalações de concretagem eram
poucOil centímetros de cada lado. Se semifixas, sendo o concreto transporta-
se observar que o espaço livre entre as do ao local de aplicação por graus mó·
consolas se reduziu de cêrca de 30 cm veis e "blondin". A compactação foi
no momento em que o tramo central feita por vibração da massa e por vê-
foi suspenso, mais uma vez se faz res- zes dos moldes.
saltar a delicadeza do estudo feito. A verificação da qualidade do con-
As barra de articulação foram ins· creto constituiu preocupação constante
taladas às primeiras horas da madru· no decorrer dos trabalhos; para tal ins-
gada, a fim de que o aumento de tem· talou-se na obra um laboratóri devida-
peratura iniciasse o primeiro alívio dos mente equipado, dependente do Labo-
cabos. No início da tarde do mesmo dia, ratório Nacional de Engenharia Civil,
os cabos começaram a ser aliviados, e dispondo de pessoal próprio, o qual
tendo-se realizado o alívio completo sem tinha por missão não só as determina-
qualquer ocorrência digna de menção, ções e correções de granulometria e teor
a não ser a verificação de que a rota- da água de am~ssadura, já referidos,
ção das duas fases da articulação foi como também a realização de ensaios
perfeitamente sensível e de acôrdo com sistemáticos sôbre provetes cúbicos de
o previsto. 0,20 m de aresta, do concreto retirado
Por último procedeu-se ao encastra- da própria massa a aplicar.
mento da articulação, por meio de es· Para elucidação basta referir que,
treitas barras soldadas entre as chapas só no concreto de 400 kg, foram subme-
das almas e completada por cobre-jun- tidos a ensaio cêrca de 3500 provetes
tas. com a seguinte distribuição:
ESTRUTURA - N• 52 359
piras, para acerto das possibilidades de telefônicas, tendo durado cêrca de dois
curso dos êmbolos da aparelhagem. dias o deslocamento de 15 m, entre as
O esfôrço por cada macaco orçou duas posições.
pelas 500 t devendo notar-se que a par- Uma vez cGlocado o cimbre no ali-
tir de certa fase era possível trabalhar nhamento da segunda costela (a de ju-
apenas com os macacos de intradorso. sante), procedeu-se à sua elevação para
Conseguiu-se, assim, baixar o cim- a posição correta, de modo que as mes-
bre de cêrca de 40 cm, desligando-o mas seções transversais das duas coste-
completamente do arco de concreto e fi- la ficassem ao mesmo nível.
cando êste a funcionar isoladamente. Esta manobra foi realizada de for-
As operações foram realizadas si- ma análoga à do descimbramento, mas
multâneamente nas duas nascenças, e desta vez por ordem inversa e apoian-
a sua duração não ultrapassou três do o cimbre nas mesmas piras de "bo-
dias. lachas" de madeira.
Dado que o cimbre foi concebido, Colocado o cimbre na posi<_:ão cor-
por motivos de economia, e como .iá se reta, a execução da segunda costela foi
idisse, com a largnm apenas suficiente descrito para a primeira, assim como
pam a execn~ão de uma costela do levada a efeito de modo análogo ao já
arco, uma vez concluída a primeira, as operações ulteriores de descimbra-
houve que a deslocar da sua posição mento.
inicial para a da segunda costela. Esta Para a execução dos contraventa-
operação com a designação de ripagem, mentos entre as duas costelas do arco
foi a mais interessante de tôda a obra, de concreto, ripou-se novamente o cim-
sob o ponto de vista técnico. bre, agora para uma posição intermé-
Para tal foram concebidos disposi- dia.
tivos especiais de manobra e caminhos A cofragem dos contraventamentos
de rolamento. apoiou-se, assim, no cimbre que, uma
O cimbre, já descido, pousava sôbre vez levantado, se encostou no intrador-
três "charriots" metálicos um para cada so do arco.
costela, por intermédio duma vigia, Cncretados os contraventamentos,
executada no local. cm concreto arma- baixou-se o cimbre e tornou a ser ripa·
do de constituição. adequada para su- do, desta vez para uma posição lateral,
portar o pêso total do cimbre 24 horas ainda debaixo das duas costelas, cor-
1depois de betonada.
respondente à primeira posição da sua
Por sua vez os "charriots" apoia- demontagem.
vam-se em caminho de rolamento de Seguiu-se a fase de execução dos pi-
chapa metálica de grande espessura lares e tabuleiro sôbre o arco, visto que
embebida num macico de concreto ar- o tabuleiro e os pilares dos viadutos
mado. •
já estavam construído ante da monta·
Aos "charriots" ligaram-se cadeias gem do cimbre.
de barras de olhal - as que já tinham A construção do tabuleiro da ponte
servido para elevação do tramo central realizou-se com o auxílio de um cavale-
do cimbre - as quais, acionadas pelos te de madeira, que na zona das margens
macacos hidráulicos de 100 t também se apoiou no terreno e na zona do rio
utilizados nessa operação, puxavam o ficou sustentado pelo arco de concreto.
cimbre pelas nascenças. A superestrutura foi concretada por
O movimento era sincronizado, seções (aduelas) abrangendo tôda a al-
numa e noutra margem, por ligações tura e tôda a largura do tabuleiro, se-
Fig. 1
'
e) a chapa é homogênea e as deformações elásticas são
desprezíveis em face das deformações plásticas;
f) Os rôlos têm velocidade angular constante.
Analisemos o processo de laminação da fig. 1, considerando as
hipóteses acima.
Em regime, como a quantidade de mltssa que entra é. igual à
que sai, devemos ter v, mllior que v1•
Os pontos do arco XZ, pertencentes ao rôlo, terão velocidades
diferentes dos pontos da chapa em contacto, sem o que não seria
possível v 1 diferente de v 2, uma vez que o rôlo tem velocidade cons-
tante. Haverá no entanto, um ponto Y, em que a todo instante
rôlo e chapa terão a mesma velocidade. Nesse ponto as fôrças de
ESTRUTURA - N• 52 369
Podemos escrever (2'):
cos (p - a) - cos p
sen 1{; = ---"--::----'-----'--
2sen p
que determina Y.
Vejamos agora como calcular as tensões que ocorrem na lâmina,
estudando as regiões em que não há plastificação, bem como aquelas
que se mantêem em regime plástico.
O equilibrio do elemento tracejado na fig. 2, exige que:
donde:
dh dO"
3) 2p (tg o- tg p) = (]"-
dx
+h-
dx
dh dO"
3') 2p (tg o+ tg p) =(]"di+ h di
1 dh
Como, porém - - = tg O podemos escrever as duas equa-
2 dx '
ções 3) e 3'):
4)
sob êsse aspecto, não pode ser integrada. Mas, com as simplifica-
ções seguintes devidas a Tselikov, podemos consegui-lo.
370 ESTRUTURA - N• 52
~~
I I
I
"i e-r
Prfgedx I I
I
IP -
dx- I P=Pr
l rcos81
I 1
I 1
I I
P-Pr dx I
Fig. 2
ÉSTR.UTUR.A.- N• 52
Ponhamos sob a forma
O't = p (1 + 14 tg e)
{
O'a = O'
6) 0', = p (1 - 14 tg e) - O'
donde:
6') dO'= (1 + 14 tg e) dp
Levando na equação 3) e notando que dx =
2
~~ e
7) dh [( 1 + tg (p - e) ) p -
tge
O",*
1+14tge
J+h dp =O
A simplificação de Tselikov consiste em supor que para peque-
e
nos ângulos, pode ser feito constante e igual à metade do ângulo de
contacto.
Façamos
tg (p- e)
e tge =c
dp dh
7')
(1 + c) p - 0',1 = - h
que integrada, levando em conta que na entrada h = h 1 e p = p 1,
fornece:
O'/ ) ( h, )11~ 0'/
S) p = ( p, - 1+ c h + 1+ c
372 ESTRUTURA - N• 52
Se a laminação não se realizar forçada, então u = O na entrada;
*
virá P1 = 1 +O'~ tg e = u.' e teremos de 8):
9) p = 'P•
c - 1 [
c' ( - h
h,
)c'-1 - 1J
onde:
tg(p+O)
c'= tgO
e P• = 1 - 1J tgO
Fig. 3
BST~lJTUJM - N• 52 313·
A resultante de tôdas as pressões P1 verticais, se obtém com a
fórmula (5), que nos permite escrever:
+,5 I I
+ I I I 1/
I I I
3,5
gI I
~
~!'
Pm 3
Dé 2,5
~
"6
fi/ f !:>
v
2
jf1// y~\ v
lt:/ /
1,5
1
J_ ~ /
-- r--
~
A pressão média
p
11) Pm=
área de contacto
ESTRUTURA - N• 52
12)
Pm = (ht - h2) (/l - 1)
em que:
h.y é a abertura no ponto neutro.
Com essa equação tem-se o abaco da fig. 4, onde se vê como p,.
aumenta com p,, qualquer que seja a redução na espessura da lâmina.
Um valor muito alto de Pm, pode ocasionar trações transversais,
como ocorre nos ensaios de compressão. E para abaixar Pm, será
mister dimiduir p,, com o que respondemos formalmente às questões
formuladas de início, dando as expressões que permitirão um cálculo
preciso.
BIBLIOGRAFIA
1- The mathematical theoty of PlaBticity - R. HILL, Oxford -
Clarendon Press - 1950, pg. 188.
2 - lntroduction to the theory of PlaBticity for engineers, OscAR HoF-
MAN e GEORGES SACHS - Me Graw-Hill book Cy., 1953, N.
Y., pg. 214.
3 - PlaBticity for mechanical engineers - W. JOHNSGN e P. B. -
MEI,LOR, pg. 243, D. Van Nostrand Cy. Ltd., Londres- 1962.
4 - L. R. UNDERWOOD - The rolling of metals - Chapman &
Hall Ltd., Londres, 1950.
ESTR.UTUR.A - N• 52 3'1.-5
DIMENSIONAMENTO NO ESTA-
DIO III DE SEÇÕES CIRCULA-
RES MACIÇAS DE CONCRETO,
ARMADO SOLICITADAS A
PRESSO-FLEXÃO
RONY RUSCHEL
1. - Generalidades
As simplificações admitidas pela NB-1 para o cálculo no Está-
dio III nf;o podEm aplicar-se nos casos de flexão acompanhada de
cem pressão, senão de uma maneira grosseira. Na seção circular,
principalmente, o problema se apresenta complexo à primeira vista,
devido à forma variável da área de compressão à disposição uni-
forme da armadura junto à periferia da seção, isto é, situando-se
cada ferro a Lrna distância diferente dos outros com relação à linha
neutra.
Vamos abordar aqui o problema de maneira diferente do que
se t< rn tentado fazer até agora, a saber: Supõe-se urna seção circular
maciça com urna armadura periférica uniformemente distribuída.
Esta seção é submetida a um estado de deformação plano, em que
na borda mais comprimida é atingido o encurtamento de ruptura
do concreto. Definido o estado de deformação, por meio dos dia-
grBrnas que correlacionBm BS deformações com as tensões, tanto no
concreto cerno da arrnt1dura; ficam autornàticarnente determinadas
as tenstes normais internas da peça naquela seção. Integrando estas
tensões para a área total comprimida no concreto e para tôda a arma-
dura, ternos definidos (em função do diâmetro da seção, da densi-
dade e do tipo da armadura, e da tensão de ruptura do concreto)
a reaçf.o nmrnal e o rncrnento fletor em tôrno do diâmetro da seção,
característicos do estado de deformação arbitrado. Estendendo êste
cálculo a diverms estados de deformação, suficientemente próximos
entre si, obtemos outros tantos grupos de equações que nos dão os
valores de "N" e "M" em função do diâmetro da seção, da tensão
376 ESTRUTURA - N• 52
de ruptura do concreto e da densidade da armadura. Por meio
dessas equações podemos calcular tabelas para o dimensionamento
da seção estudada, onde 0s valores são obtidos por meio de inter-
polação entre aqueles dados pelos estados de deformação estudados.
O presente estudo abrange quatro tipos de aço a saber: o 37-CA,
CAT-40, CAT-50 e CAT-60; êste último ainda não citado na NB-1,
porém já de uso corrente em nosso pais.
As hipóteses de cálculo admitidas no presente trabalho funda-
mentam-se nas conclusões mais recentes do "Comité Européen du
Béton" (C.E.B.) e divulgadas aqui, dentre outros, pelos seguintes
engenheiros:
- lVES SAILLARD: numa palestra pronunciada no Clube de
Engenharia do Rio de Janeiro sob o titulo "A unificação internacional
dos métodos de cálculo à ruptura e das normas de concreto armado",
e publicada em "ESTRUTURA", N. 0 41, páginas 358 e seguintes.
-FRANCISCO CORREIA DE ARAFJO: numa conferência realizada
nas 1.•• Jornadas Luso-Brasileiras de Engenharia Civil, em Lisboa,
sob o titulo "Os modernos conceitos europeus do betão armado",
e publicada em ESTRUTURA, N.0 45, páginas 390 e seguintes.
-FERNANDO LFIZ LoBo B. CARNEIRO: num trabalho apresen-
tado ao "Simpósio de Cálculo de Estruturas no Regime Plástico",
organizado pela A.B.P.E. sob o titulo "Sugestões para uma norma
de cálculo plástico de estruturas hiperestáticas de concreto armado",
e publicado em ESTRUTURA, N. 0 38, páginas 49 e seguintes. In-
teressa particularmente nêsse trabalho os diagramas tensão-defor-
mação dos aços e do concreto.
A seguir passaremos a expor, uma a uma, as hipóteses admitidas,
bem como o ct~Jculo adotado para a confecção das tabelas, e o em-
prêgo destas.
2. - Deformações
2.1 - As deformações são sempre planas (hipótese de Navier),
conforme recomendação do C.E.B., e as armaduras, graças à ade-
rência com o concreto, acompanham a deformada plana da seção.
2.2 - O encurtamento de ruptura do concreto na borda mais
comprimida foi tomado como: ER = 3°/oo. O C.E.B. recomenda o
cálculo com um encurtamento de 3,5 por mil: o valor por nós admi-
tido situa-se, por ·conseguinte, ao lado da segurança.
BSTRUTUR.A - N• 52 377
2.3 - Para pequenas excentricidades tomou-se o critério de
adotar valores gradativamente decrescentes para 'ER, atendendo a
resultados de ensaios em corpos de prova cilindricos que, subme-
tidos à compressão simples, revelaram que o concreto se deforma
na ruptura com um valor que em geral não ultrapassa a metade
daquêle que atinge na flexão ou na pressão-flexão com plano de
deformação acentuadamente oblíquo.
á 3d ______~
~~ 4 ~o.ss-t--sd______ 4 o,md
J -
Fig. 1
Fig. 2
3. - Tensões no Concreto
3.1- A tensão de ruptura no concreto - UR - correspondente
a ER = 0,003, será de acôrdo com a NB-1, ítem 89, segundo a qua-
lidade do concreto a ser usado.
3.2--;: Para a função Uc = j (Ec) o C.E.B. recomenda uma pará-
bola. A ONORM B4200 (norma austríaca) preconiza uma parábola
do 2.0 grau até ER = 2 °/oo; dêste ponto em diante, até ER = 3 °/oo
a tensão seria constante e igual à de ruptura.
Sôbre esta questão citamos Francisco Correia de Araújo (no
trabalho acima mencionado): "Sem mencionar as formas geomé-
tricas propostas e os faliveis argumentos lógicos que as justificam,
ESTRUTURA - N• 52 379
interessa registrar a única conclusão legítima que hoje pode tirar-se:
dentro de certos limites, qualquer diagrama de tensões de compressão,
convenientemente estabelecido, permite obter resultados suficiente-
mente exatos".
Em vista disto, pareceu-nos mais acertado adotar a curva de
deformação elasto-plástica que se desenvolve segundo uma parábola
do 4.0 grau, estudada pelo Eng.0 W aldemar Tietz ("Fundamentos
de uma nova Teoria do Concreto Armado", Revista ESTRUTURA,
N. 0 s 14, 15 e 22):
a= 1 - (1 - õ)• (1)
u. E E
onde a=- e Ó=-=--
UR ER 0,003
·-·
Fig. 3
4. - Armaduras
4.1- A armadura é suposta uniformemente distribuída a uma
distância da periferia da seção correspondente a 0,12 · r= 0,06 : D
(ver figura 5). Sendo a área total da armadura representada por
s, e "p!' sua densidade, tem-se: s, = f.L • u · r•.
4.2 - Estudou-se, nas deformadas, o comportamento de quatro
tipos de aço mais usados nas construções: uma aço doce (o 37-CA)
e três encruados a frio: CAT-40, CAT-50 e CAT-60.
·BSTJWTUR.A - N• 52 381
Os diagramas tensão-deformação "estilizados", que serviam de
base para os cálculos, constam na figura 40 As. simplificações in-
troduzidas nos diagramas dos aços encruados situam-se a favor da
segurança quando comparados com as respectivas recomendações do
CoEoB.
CAT-60
6000
'
''
''CAT-50
5000 - - - - - - - - - - - - - - -
+800 -----'-----------
+000
3200 r
r
1
37- CA
1400
r
I
r
r I
I I
I I
o 8/}05 4)81 4,857 e,o/oo
Fig. 4
382 ESTRUTURA - N• 52
4 000
Na fase de escoamento (para . E;::: e. = ·
2.100.000
+ 0,002 =
= 3,905 °/oo OU 5;::: 1,302):
u1 = u. = 4.000 kg,'cm 2•
c) Aço CAT-50: Na fase elástica: UJ = 6.300 · 5 (para E~ Ep =
= 1,905 °/oo OU 5 ~ 0,635).
000
= O,S . 5·
2.100.000
Na fase de transição: Uf =1.212.5+3.230 (para 0,635<5<1,460).
Na fase de escoamento (p ara E_ > E,-- . 5.000
00.000 + 0,002 =
21
= 4,381 °/oo ou 5;::: 1,460):
u, = u. = 5.000 kg/cm 2 •
d) Aço CAT-60: Na fase elástica: UJ = 6.300 · o (para E~ Ep =
= ~~~~Ó: = 2,286 °/oo OU 5 ~ 0,762).
Na fase de transição: u,=L400·ó+9.733 (para 0,762<5<1,619).
Na fase de escoamento (para E_ > e, -- 2l.OO.OOO
6.000
+ 0,002 =
= 4,857 °/oo OU O;::: 1,619).
u, = u, = 6.000 kg/cm •.
4.3 - Para efeito de cálculo supôs se a armadura constituída
de 36 ferros igualmente espaçados entre si (sendo 9 situados em cada
quadrante do círculo), formando um total de 18 pares de ferros com
iguais deformações e tensões para ambos por simetria com relação
ao diâmetro normal ao eixo de giro da seção. Para cada um dêstes
pares de ferros foi calculada. sua tensão em função da deformação u,
verificada naquele ponto, e de acôrdo com as equações desenvol-
vidas em 4.2 acima.
A fôrça de reação de cada par de ferros será portanto:
X 81
UJ
18 = u,. p, ·_ 18 71' • r•
ESTR.UTUR.A - N• 52 31!3
:·T :!'
x- -~·.-.J·-·-·-·-·-·-···.
• • ·-X
j
!
Fig. 5
fJ. • 7r · r• fJ. • 1r • r•
M, = ~ O"J 18 ~ y' = 18 • ~,. y = i
1
= o,1745 · f.l. • r · ~ O"J • y
'
sejam:
J ou:
N
n=
r2 UR
= _;ii + m. ..1!:. (2')
• UR
M
m.=
r' · UR
+CD • ..f!:__
UR
(3)
BSTR.UTUR.A - N• 52 385
na ruptura para as pequenas excentricidades, as densidades de armá-
duras necessárias nos estados próximos à compressão simples (canto
direito superior das tabelas), vão se tornando, para os aços encruados,
independentes do tipo de aço, tendendo para os valores necessários
calculados para o aço CAT-40. De acôrdo com êste critério, o uso
de aço de altas resistências não redunda em economia na região dos
grandes valores de n correspondendo a pequenos momentos m. Na
região central das tabelas, que é a de maior aplicação nos casos con-
correntes, já se percebe a vantajosa utilização dos aços especiais.
1!:._ X 105
(J"R
= 2.03!J; donde, com (J"R = 135 kg/cm 2 :
/L = 2.03!) . 135 . 10 = 2,75%.
8.4 - A armadura deve ser colocada uniformemente distribuída
junto à periferia da seção com os centros das barras não afastados
da borda mais do que 6% do diâmetro da peça. Quando isto não
fôr possível, convém dimensionar a seção com um diâmetro ·'d'"
menor do que o real, a saber:
d- 2e (4)
d' = -"--c::_:...
0,88
Valares de n = __!!___
2
(Continua)
r · UR
"m'-
"
n
0,001 0,051 0,101 0,151 0,201 O, 51 0,301 0,351 0,401 0,451 0,50 0,551 0,601 0,651 0,701 0,751 0,80
0,05 -
0,10 -
0,15 396 287 180 -
0,20 538 431 328 226 -283
0,25 683 580 478 378 191 -
0,30 831 730 631 537 446 355 269 216 177-
0,35 982 890 801 712 662 540 457 374 294 215 -
0,40 1137 849 963 878 794 712 632 553 475 399 337 280 232 -
0,45 1297 1212 1128 1046 965 886 809 733 658 585 527 473 427 384 351 323 307
0,50 1462 1379 1297 1217 1139 1062 987 914 842 772 717 667 623 583 552 527 513
0,55 1631 1548 1467 1389 1312 1238 1166 1095 1027 961 908 862 819 782 753 730 718
0,60 18ó4 1721 1640 1563 1487 1415 1345 1278 1213 1151 1100 1057 1015 980 954 934 922
0,65 1978 1895 1805 1738 1665 1594 1526 1462 1400 1342 1294 1253 '1213 1180 1155 1137 1126
0,70 2152 2070 1992 1917 1845 0776 1711 1648 1590 1534 1489 1449 1411 1380 1356 1340 1329
0,75 2327 2246 2169 2095 2025 1958 1895 1835 1779 1726 1684 1645 1610 1580 1557 1543 1533
0,80 2502 2423 2348 2276 2208 2143 2081 2023 1969 1918 1879 1842 1809 1781 1759 1745 1736
0,85 2678 2602 2529 2459 2393 2330 2271 2215 2162 2112 2076 2039 2008 1981 1960 1947 1939
0,90 2854 2779 2707 2640 2575 2515 2458 2404 2354 2308 2272 2236 2207 2182 2161 2149 2142
0,95 3031 2957 2887 2821 2759 2701 2646 2595 2547 2504 2468 2433 2406 2383 2362 2351 2345
1,00 3209 3136 3067 3003 2942 2886 2833 2785 2740 2700 2665 2630 2605 2583 2564 2554 2549
1,05 3388 3317 3250 3187 3128 3074 3023 2976 2934 2896 2862 2828 2805 2784 276.> 27.>6 2752
1,10 3568 3498 3433 3372 3315 3262 3213 3169 3129 3093 3059 3027 3004 2984 2966 2958 2955
1,15 3749 3681 3617 3558 3503 3452 3405 3362 3324 3290 3256 3227 3204 3185 3167 3160 3158
1,20 3932 3864 3801 3743 3689 3640 3595 3554 3518 3487 3454 3427 3404 3386 3369 3362 3361
1,25 4116 4051 3991 3934 3882 3834 3790 3751 3715 3684 3651 3626 3604 3587 3570 3564 3563
1,30
1,35
4301
4486
4238
4424
4179
4367
4124
4314
4073
4265
4027
4219
3984
4178
3946
4141
3911
4108
3818
4079
3849
4047
3826
4025
3840
4004
3788 3771 3765
37~~
3989 3973 3968 396
1,40 4672 4612 4556 4504 4457 4413 4373 4336 4304 4726 4245 4225 4205 4190 4174 4169 4171
1,45 4858 4800 4746 4696 4650 4607 4568 4533 4502 4474 4445 4425 4406 4391 4376 4372 4374
1,50 5045 4989 4937 4889 4844 4802 4764 4730 4699 4672 4644 4625 4605 4592 4.>76 4573 4576
1,55 5232 5178 5127 5079 5036 4995 4959 4925 4895 4869 4843 4825 4807 4793 4778 4775 4779
1,60 5420 5368 5319 5273 5231 5192 5156 5123 5093 5067 5043 5025 5008 4994 4979 4977 4981
1,65 5608 5558 5511 5467 M26 5388 5353 5320 5291 5265 5243 5225 5209 5195 5181 5179 5183
1,70 5797 5749 5703 5661 5621 5584 5549 5518 5489 5663 5443 5426 5410 5396 5382 5380 538.!:;
1,75 5986 5940 5896 5855 5817 5781 5747 5716 5688 5662 5643 5626 5610 5597 5584 5582 5587
1,80 6176 6131 6089 6049 6012 5977 5944 5913 5886 5860 5843 5826 5811 5798 5785 5785 5789
1,85 6366 6323 6282 6244 6208 6174 6142 6112 6085 6060 6044 6027 6012 5999 5987 5986 5991
~~~~
1,90 6557 6516 6476 6439 6404 6371 6340 6311 6285 6260 6243 6227 6213 6200 6188 6187
1,95 - 6671 6633 6599 6567 6537 6509 6484 6460 6444 6428 6414 6401 6389 6389
2,00 6660 6644 6628 6615 6603 6590 6590 6597
m/
/ 0,00 0,05 0,10 0,151 0,20 0,251 0,301 0,351 0,40 0,45 0,50 0,55 0,60 0,651 0,70 0,751 0,80
/ n
""n
m"I 0,85 0,90 0,9511,0011,0511,1011,1511,201 1,25 1,3011,351 1,401 1,45 1,50 1,551 1,60 1,05
m/
I/ n 0,851 0,90 0,9.õl1,6011,051 1,10 1,15 1,20 1,25 1,3011,35 1,40 1,451 1,50 1,551 1,60 1,65
~"~11,7011,751 1,80 1,851 1,90 1,9512,0012,201 2,40 2,6012,8013,0013,201 3,401 3,60 3,8014,00
0,05 812 947 1080 1213 13461 1479 1612 2144 2675 3207 3732 4257 4783 5308 5833 6359 6884
0,10 883 1019 1155 1291 1426 1562 1696 2229 2762 3291 3820 4349 4877 5404 5931 6458 6985
0,15 983 1114 1248 1384 1519 1655 1790 2327 2863 3398 3928 4458 4987 5515 6041 6568 7094
0,20 1091 1225 1369 1513 1657 1785 1914 2435 2972 3505 4037 4570 5103 5633 6160 6688 -
0,25 1228 1360 1492 1623 1754 1884 2015 2557 3100 3621 4155 4686 5216 5746 6277 6808 -
0,30 1340 1477 1618 1758 1892 2024 2156 2679 3239 3783 4284 4806 5339 5869 6397 6926 -
0,35 1458 1599 1736 1871 2006 2144 2282 2819 3342 3881 4466 4967 5465 5991 6522 -
0,40 1581 1714 1848 1989 2129 2268 2402 2947 3483 4006 4527 5110 5655 6150 6647 -
0,45 1713 1847 1979 2112 2244 2379 2519 3068 3612 4146 4670 5191 5752 6338 6238 -
0,50 1837 1974 2111 2247 2379 2510 2642 3189 3734 4277 4810 5335 5855 6395 6981 -
1,55 5434 5516 5599 5682 5765 5848 5933 6282 6635 -
1,60 5635 5702 5784 5867 5950 6033 6116 6466 6818 -
1,65 5827 5895 5968 6051 6135 6218 6302 6650 -
1,70 6020 6088 6155 6236 6320 6404 6488 6830 -
1,75 6211 6279 6348 6420 6504 6588 6673 -
1,80 6402 6471 6550 6599 6687 -
1,85
1,90
6593 6662 -
1,95
2,00
ESTRUTURA - N• 52 389
onde ''e" é a distância entre o centro de uma barra e a borda da
seçiio. Por exemplo, com d = 40 cm e e = 4 cm, devemos dimen-
sionar a seçã.o como se ela tivesse um diâmetro:
40-2·4
d' = = 36 4 cm isto é· r = 18 2 cm em vez de 20.
0,88 ' ' . '
9. - Exemplos númericos
Dados: r = 30 cm, O'R = 135 kg/cm 2• Com M = 28,95 tm e
N = 210,05 t, resultam:
28,95 210,05
m = O 3' . 1350 = 0,7942 e n = -::--c-::-~=c=-
0,32 . 1350
1,7288.
' .
- 135
O"c = - - = 67,5 kg/cm 2
2
resultam:
M 28,95 N --
-2 - --=2..::.10::2,.::.:05=-- = 3,46
r' . O"c -0-,-=3,=.=-67_5_ = 1' 59 e 1" • Uc 0,3 2 • 675
ESTRUTURA - N• 52 391
•
PECULIARIDADE DO SISTEMA
DE PROTENSÃO FREYSSINET,
EM FACE DA NORMA P-NB-116
CARLOS FREIRE MACHADO
392 ESTRUTURA ~ N• 52
vos dos dois materiais numa mesma secção. Assim sendo, estando o
aço obrigado a acompanhar as deformações da fibra de mesmo nível
no concreto, as deformações da peça ficam menores e a distribuição
das fissuras eventuais mais uniformemente repartidas.
Ainda referente às definições de concreto protendido estabele-
cidas na NB-116, às aplicações correntes do processo FREYSSINET
se distribuem nos casos de protensão completa e protensão limitada.
Na protensão completa estão incluídos os tirantes, reservató-
rios, tubos sob pressão, obras marítimas em geral, peças imersas ou
em contato com meio agressivo, as pontes ferroviárias. Em tôdas
estas obras a tensão mínima admissível no concreto, nos bordos da
secção, deve ser superior a zero, isto é, haverá sempre uma com-
pressão residual permanente, para qualquer hipótese de carrega-
mento.
Nos casos de protensão limitada de pontes rodoviárias, prefe-
rimos limitar a tensão na borda tracionada a 1,50 "T adotando o
limite de 2uT permitido pela NB-116 para as obras em que o risco
de fissuração não é importante, como nos edifícios, em geral. Neste
último caso, o cálculo deverá satisfazer as normas do concreto ar-
mado para a flexão composta, uma vez que podendo a peça estar
fissurada, não são mais aplicáveis as expressões simples do cálculo
de tensões da Resistência dos Materiais para seções homogêneas.
A influência de deformação imediata do concreto na fôrça de
protensão, pode ser analisada da seguinte maneira no sistema
FREYSSINET :
r
D..z, = . z .!!... dl
}o E
u = Na
S
+ Na ea
W'
Mp
W'
(1)
A
U(J' a =
E'a . Ea =
Eac
E Ug
cabo (n - 1) ............. . ~
S, E,
cabo (n) ............. , .... : zero
o encurtamento total será:
l ""n-I
Ucg n (n - 1) Ucg l
E, "--r 2 E,
a perda média por cabo é de:
~1a = _:L_ • n (n I)
n 2
E (n - 1) u,0
Aua =_a
E, 2
ESTRUTURA - N• 52 395
na prática (n - 1) u,0 ~ 50 kg/cm 2 e ~: = 6 resulta:
50
11 O'a = 6 X - = 150 kg/cm 2
2
Observando ainda, que em geral Na não é constante ao longo
da peça, diminuindo do centro para a extremidade, a influência da
deformação imediata é menor ainda. Além disto, com o emprêgo
de unidades de protensão maiores, fazendo diminuir o número n
delas, podemos admitir desprezível a influência da deformação ime-
dita nas obras pelo processo FREYSSINET.
À deformação lenta é particularmente importante no concreto
protendido porque estando cm geral a peça em serviço, descarre-
gada, permanentemente comprimida na zona da armadura de pro-
tensão, resulta uma diminuição da fôrça de protensão com o tempo.
Além disto, se a peça tiver vínculos ou fôr incorporada, com de-
terminada idade e outras partes de uma mesma estrutura, resultam
esforços importantes devidos a deformação lenta.
Examinaremos o efeito da perda de protensão nas obras com o
processo FREYSSINET. Para êste cálculo determinamos o que se chama
coeficiente de deformação lenta final, que é função da idade t da
peça em que aparecem os esforços que dão origem a deformação
lenta, particularmente, a protensão.
Pela NB-116, temos:
= 'Pa
7 +3t
ípoo
4 +6t
1- /J-T
'Pa = 8 3 _ 2 JJ-,
idade t ípoo
(dias)
3 3,2
7 2,8
14 2,4
28 2,0
90 1,5
>360 1,0
- - - - - - - - - <,t+Et
------1------- el
~
------t-------- 1
'-------'-------
Fig. 3
Ez
como se admite num tempo t: - = <P
E,z
resulta: <Pt = <{! ro [ 1 - e-f(t)]
A NB-116, não nos diz como calcular numa idade t da peça.
Em geral o fazemos admitindo as seguintes reduções:
idade
t (dias)
r
30 0,40
90 0,60
360 0,80
720 0,90
900 0,95
1080 1,00
(t em meses)
AI~
Ll.va
= ~la . E~a
la
outra após a injeção em que a aderência iguala os alongamentos
relativos dos dois materiais e:
E. (<pro ) cr,
.--
A"
'"' CTa =E - 'Pt
c
H
• soo+---+-
1
Fig. 4
Para t = 0: temos:
no concreto devido a pro tensão mais pêso próprio e cargas per-
manentes: u' cao - u'v
no aço: Uao
ESTRUTURA - N• 52 399
seja o total:
O"rcaO - O"rp 1 - '1)1 1
Ecl = '(JI - u'caO q'coO
Ec Ec 2
no aço temos:
1- 7] = ~ (1 - 7JI)
Er = 20 X 10-•
Er = (1 - J.l.r)
0
/oo
No caso da retração a NB-116 estabelece a f&rmula:
Ert =
(1 ,5+ t) t Er
1 +4t +1 2
ESTRUTURA - N• 52 401
ó atrito dos {labos nas bainhas metâlieas provoca
FREYSSINET
uma perda adicional de protensão. A expressão geral da perda de
atrito de um trecho em curva de cabo é: ·
donde
(I)
também temoR:
(2)
8 o
Fig;. 5
AT =TA· ja (5)
TA - TB = AT = TB . ia. (6)
1 - e-ta. = 0,3 a
402 ESTRUTURA - N• 52
1tl{J
sendo a = , para cp em gráus:
180
052
1- ela = - cp = 0,52% de cp
100
Devido a sinuosidade do cabo resulta uma perda em linha tam·
bém por atrito do cabo na bainha. A NB-116 estabelece para êste
tipo de atrito coeficiente de perda de O. 4% por metro, dependendo
da folga entre cabo e bainha.
Temos então:
0 4
TB - Te= AT = 100
' l
04 10
Ã"T = TB - T c-
- X
' 100 TB = 0,034 TA
O"ac
O"aA = Ü,S
5
+ I 500 = 1,I8 O"ac + I 500
se a •• = 8.500 kg/cm•, tensão final usual nos projetos FREYSSINET,
teremos:
O"aA = 1,18 X 8 500 + 1.'500 = 11 500 kgjcm 2
A NB-116 permite tracionar o aço na ocasião da protensão
numa tensão:
O" a ::=; O, 75 O"at OU
temos então:
Ua ::;; 10 500 kgfcm 2 ou
Ua::;; 10 800 kgfcm'
M"
~----~(C
"iA"
1- curv;. relo
Fig. 6
100
404 ESTRUTURA - N• 52
sé atingir o trecho AM":
Fig. 7
<TaA - <Ta• l
Ãl.. = <TaA - <Ta• = 0,4 X 1o-• l. <TaA
2 S. E. "
2
Ao_'-'-,
=-
ula
4::...:.X_:__:cl:.::o-_'_u::.:•::A,_z"'.'-' <TaA la
- --
2S.E. 10'
<TaA - <Tax = 0,52 X lo-2 <TaA + (<TaA - 0,52 X 1o-• <TaA) 0,4 X 1o-• l.
S.~ a
/)4 <Tf (0,4 + 4,5 J.L.)
ESTRUTURA - N• 52 -f05
sendo:
S, área de um tirante fictício (zona hachurada da fig. abaixo)
!lt = Pt + p,
p 1 = soma dos perímetros das bainhas
p2 = soma dos perímetros da armadura suplementar
n7rrZZ,_ ,
T = - --_ hO"t = S, · O"ct
4
Fig. 8
4T 4 S, Uct
iJ.t = 1rdn = UJ d
UJ • d
~ du1 = a
!lt 4 O",t UJ (0,4 + 4,5 f.l,)
d (0,4 + 4,5 f.l,)
expressão que nos permite calcular dma.. dados os demais valôres.
Na prática, para as tensões de 2.200 kg/cm' admitida para aço
_CAT-50, obtemos valôres de d...w.•. em tôrno de 5 a 8 mm.
Observamos ainda que a expressão acima equivale ao cálculo
da fissuração limitando a abertura das fissuras a E ::::; 0,2 mm como
aconselha o art. 86 da NB-1•1960.
406 ESTRUTURA - N• 52
A NB-116, obrigando o cálculo das tensões em serviço com as
as sobrecargas multiplicadas pelo coeficiente de segurança 1,2
( it. 5 .1.1) temos inutilmente, as peças assim calculadas, frágeis.
Entende-se por peça frágil, aquela em que o momento de fissu-
raÇão se aproxima do momento de rutura.
M, = MP + 1,2 M,
Mr = 1,65 MP+ 2,0 M, = 1,65 (Mp + 1,2 M,) = 1,65 M,
De fato, nas peças de concreto protendido temos sem sobre-
carga o diagrama de tensão :
isto é, compressão máxima na fibra pré-comprimida. Ao ser carre-
gada com as sobrecargas, aquêle diagrama se altera para:
o;; (compresiiio>
Fig. !J
M,
ou seja, se u, = 120 kgIcm 2 = 1,2 Wt .
!:J.uc' = 20 kgfcm 2
M,+M,- M. = M
M M,
Uct = - W' = - W' -
ou seja:
então:
M'1 = ( -40- 120) W'
M, = (-40- 100) W'
M', 160
M, = 140 = 1•14
e os coeficientes de segurança à fissuração:
K, = 1,20
sendo
K, = M, = 1,65
M,+ 1,2M.
Fig. 10
pelo item 4. 5.1 IJ; = .eP o que resulta de se admitir uma distribuição
a 45° das tensões oriundas da ancoragem.
O afastamento a + c depende do tipo de ancoragem FREYSSINET,
sendo:
cabos 12 f25 5 : a + c = 13 cm
cabos 12 f25 7 : a + c = 16 cm
cabos 12 f25 1/2" : a + c = 25 cm
ESTR.UTUR.A - N• 52 409
.As ancoragens FREYSSINET causando um carregamento parcial,
devem satisfazer ao item 5. 3. 4 da NB-116 e art. 99 da NB-1-1960,
o que se consegue fàcilmente adotando espaçamento conveniente
entre as referidas ancoragens, alargando as extremidades das vigas
c pré-fabricando placas de concreto onde ficam alojados os cones
FREYSSINET.
CÁlCUlOS , fSJRUJURAIS
,
ESCRITORIO TECNICO
CALCULOS ESTRUTURAIS
ESCRITóRIO T~CNTCO
CAROS LEITORES
ESTRUTURA - N• 52 415
fina. O problema nestes pontos ê man- alongamehto relativo do cabo, donde o
ter o cabo ordenado, pois caso êle se esfôrço no mesmo.
esparramasse, deixaria de apoiar-se to-
d) Proteção e aderência do cabo.
talmente sôbre as chapas de desliza-
mento, criando atritos incompatíveis As nervuras dà viga, ao longo da
com o cálculo. trajetória do cabo; são providas de in-
Admitindo-se uma mudan\;a de di- dentações (pregando-se tacos de ma-
reção superior cada camada do cabo se deira nas fôrmas) e de grampos que
apóia na inferior por meio de chapas abraçam o cabo após o esticamento.
espaçadoras padronizadas. A camada Os cabos são revestidos por concre-
de baixo repousa diretamente na cha- tagem direta com vibradores comuns.
pa de deslizamento. Os cabos menores Uma vez preparada a fôrma, coloca-se
são deixados livres lateralmente; para em volta do cabo concreto 1 :1 :2llz em
os grandes cabos, colocamos nos lados volume, com pedra O; por sôbre o ca-
também chapas de deslizamento apoia- bo, verte-se nata de cimento e água;
das com cal\;Os de madeira. Os disposi- com o vibrador se adensa bem o reves-
tivos laterais só trabalharão se o cabo timento, fazendo subir todo o ar. A
apresentar tendência de desarrumação. deformação lenta do concreto da viga
transmite compressão ao revestimento
c) Contrôle de atrito. do cabo.
Os únicos pontos de contato dos ca- 4) Protocolo de Protensão
bos com as vigas são as mudanças de Para cada obra se determina pre-
direção, onde os dispositivos de desli- viamente a relação entre os alongamen-
zamento reduzem as perdas ao mínimo. tos do cabo e os esforços nos macacos.
O sistema permite um contrôle rigo- O efeito do atrito pode ser interpre-
roso de atrito, pois entre cada duas tado como se o cabo tivesse um com-
mudanças de direção podemos medir o primento fictício menor que o real.
f)es/ocamenfos A
416 ESTRUTURA - N• 52
A curva da esquerda dá a previsão inicial 10,5 t/cm'. Para 0 5 mm, área
teórica para coeficientes de atrito 0,00 10,6 mm', esfôrço inicial 2,06 tonela-
e 0,10. Esta curva depende do tipo de das. A cura permanece pràticamente
aço e do comprimento do cabo. Na prá- elástica até a tensão inicial.
tica, intervém o movimento morto Lo
devido à acomodação do cabo. l!:ste 5) Exemplo de contrôle de Protensão.
movimento se determina prolongando
a reta das medidas até o eixo das ab- Para fixar idéias, apresentamos um
cissas. Lo pode chegar até 5 cm ou relatório sumário de uma protensão
mais. Importa determinar o valor de efetuada na ponte sôbre o rio São João,
Lo a fim de se comparar a curva real na localidade de Barra de São João,
corrigida (isto é, sem movimento mor- estrada RJ-5.
to) com as curvas teóricas. Em casos
a) Os cálculos estáticos revelaram
anteriores, observamos que o atrito ini-
cial é de 20%, caindo depois a 7%. a necessidade de uma fôrça de proteu-
Naturalmente, interessam mais os va- são final de 536 t por caixão.
lôres nas etapas finais de protensão. Levando em conta as perdas por de-
Os deslocamentos, alongamentos e formação lenta e retração do concreto,
perdas por atrito ao longo do cabo e as provenientes da relaxação do aço
podem ser perfeitamente controlados chegaremos a uma fôrça de protensão
!:
I fazendo-se marcas a tinta ou giz nos inicial igual a 620 t por caixão, na
cabos e na viga antes e depois de cada qual não está incluída a perda devida
diafragma.
ao atrito.
Em cada trecho reto do cabo, a di-
ferença entre os deslocamentos conco- b) Tendo em vista as considerações
mitantes nos dois extremos fornece acima, foi proposta a seguinte marcha
,, o alongamento do trecho. Comparando- para a execução da protensão :
se os alongamentos em dois trechos ad- b 1) Aplica-se inicialmente uma
jacentes, obtém-se medida direta da fôrça de 695 t por caixão.
perda de esfôrço por atrito no diafrag-
A tensão no arame será :
ma divisório. De um modo geral, basta
controlar o deslocamento do bloco mó- = 11.000 kg/cm'
vel que é a somatória dos alongamentos 0,8 X 14.000 =
absolutos dos trechos retos. Se os des- = 11.200 kg/cm'
locamentos do bloco móvel forem sen-
sivelmente menores que os previstos, As tensões do quadro abai-
será possível localizar por medidas di- xo foram calculadas para
retas os pontos de atrito exagerado. a secção transversal incom-
os arames com alívio de tensão têm es· pleta (caixão sem guarda-
coamento convencional ( 0,20%) míni- rodas e passeio e laje su-
mo 13.1 tjcm', adotando-se a pressão perior enfraquecida).
ESTRUTURA ~ N• 52 417
Tensões t/m2 Tensões t/m2
I l
Secção
I "• l <li Secção
·I u,
I <li
418 ESTRUTURA ~ N• 52
iià-sé autoportante, sendo capaz de su- 6 - Evolução dos Projetas.
portar o resto da carga permanente
a) O nosso sistema foi preparado a
sem necessitar auxílio de escoramento.
princípio exclusivamente para estrutu-
Na segunda protensão, a fôrça de ras contínuas moldadas no local, cm
380 t foi aplicada sôbre o caixão já secção transversal formada por uma ou
completo (a laje superior tinha na oca- duas caixas.
sião a idade de 12 dias) e assim su- Encontram-se em tráfego duas pon-
cessivamente até a última protensão, tPs d êsse tipo :
na qual foi atingida uma fôrça de
a 1) sôbre o rio São João, RJ-5,
690 t. Conforme já foi exposto, voltou- com 200 m de comprimento,
se em seguida para uma fôrça de secção com 2 caixas.
610 t e concretou-se a junta ocupada
a 2) sôbre o rio Bossoroca, BR-37
pelos macacos.
RS, com 110 m de compri-
O sistema, utilizando cabo externo, mento, secção em 1 caixa.
permite um contrôle rigoroso de tôdas
b) Com maior experiência nos blo-
as fases da protensão. Pontos de refe- cos de ancoragem, desenvolvemos um
rência sôbre o cabo e na parede do cai- tipo de viga I, com dois cabos poligo-
xão permitiram controlar a tensão no nais, um de cada lado da nervura. Di-
cabo em cada trecho, possibilitando a versas obras foram construídas com
determinação da perda por atrito em êsse tipo:
cada diafragma. Mias uma vez foi cons- Rio Laranjeira (50 m), rio Cabaí
tatado de que não há movimento re- (70 m), rio Piraí (55) viaduto sôbre
lativo entre os arames de um cabo con- a viação férrea (36m) - tôdas na
centrado. Finalmente foi constatado BR-37 RS, rio Carandaí (26 m) aces-
um coeficiente de atrito nos pontos de so a BR-3 :MG; em vias de conclusão
mudança de direção, entre 5 e 7 por temos as pontes sôpre o rio J aguarão
cento, na etapa final (75 m) BR38 RS e sôbre o córrego
Na figura temos um gráfico de Água Limpa ) 36 m) na BR-80 lVIG.
alongamento total do cabo, contra-fôr- ll:stes projetas tiveram escoramento
ça de protensão aplicada pels macacos convencional. O tabuleiro apresenta
(medida pelos manômetros previa- três ou quatro vigas longitudinais e a
mente aferidos). Foram desenhadas laje protendida transversalmente.
curvas teóricas para diversos coeficien- c) Após estudos comparativos de
tes de atrito, entre O e 0,25. A curva consumo de materiais, rapidez de exe-
real mostra que o atrito é superior a cução, simplicidade de equipamento de
0,20 no início, caindo até 0,05 no final protensão, concluímos que o melhor
da protensão. 1<1ste resultado foi con- projeto para ponte rodoviária comum
firmado pela observação direta das moldada in loco é o de apenas duas
perdas em cada diafrá~a. vigas longitudianais protentidas, com
420 ESTRUTURA - N• 52
DEBATES DA 4." REUNIÃO
De"Mf;es sôbr"e a om{et'ência d.() eng. 3. F:ng. Flávio Rib&itro de Castro
Wal~er C ou to Pf elil
Pede ao conferencista que, levan-
A) DEBATEDORES do em consideração o fato de que
os blocos de ancoragem constituem
1. Eng. A. COfflos de Vasooncellos as peças mais importantes do siste-
Faz as seguintes perguntas: a) du- ma, seja indicado um pormenor
rante a protensão o que é que se sôbre ancoragem do.~ cabos dentro
desloea, o cabo on a placa? b) qual dêsses blocos.
o deslocamento que se verifica en-
4. F:ng. Hélio dos Santos
tre as placas, durante a protensão?
c) no caso de um macaco andar Faz um ligeiro histórico da intro-
mais que o outro, há meios de con- du~ão da protensão no Brasil, e la-
trôle? d) pode haver flexão nos menta a falta de divulgação de
êmbolos dos macaco.~? obras brasileiras, citando o caso da
ponte do Galeão, que, sendo pionei-
~. Eng. Carl-os Freire Machado ra no Brasil, e constando de quase
Levanta as seguintes questões, pe- tôdas as publicações técnicas do
dindo ao conferencista que as escla- mundo, não tem sido divulgada en-
reça : a) quando, a pós a protensão, tre nós. Faz um apêlo para que se
o concreto da peça já está proten- sane essa falha, fazendo diversas
dido, o revestimento do cabo ainda sugestões.
não está, havendo portanto, poste-
5. Eng. Fernando L. Lobo Carneiro
riormente, o aparecimento de ten-
sões de tração nesse revestimento; Inicialmente declara que o eng.
b) no caso de ser a armadura Walter Pfeil também colaborou na
colocada assimetricamente, como redação da norma P-NB 116, en-
quando há cabo externo de um só viando emendas ao primeiro ante-
lado da nervura, surgem esforços projeto, tôdas elas aceitas pela Co-
secundários, horizontalmente; c) as missão da A. B . N. T. Entre essas
flechas dos cabos tendem a ser di- emendas cita a que elevou de ...
ferentes das flechas da peça; há ar- 2.000 kg/cm• para 2.200 kg/cm• a
madura prevista para igualar essas variação de tensão admissível na
deformações? armadura de protensão, quando
ESTRUTURA - N• 52 421
utilizada para resistir aos esforços rante a operação de protensão os
de tração, na pro tensão ·limitada; macacos são obrigados a andar
essa elevação, em relaç.ão ao valor como queremos, por meio de um
da norma alemã, foi baseada na contrôle especial de torneiras e ma-
existência do coeficiente de ma,jo- nômetros. Não há perigo de flexão
ração 1,2 para as cargas móveis. dos êmbolos dos macacos, que são de
tipo especial, semelhante a panelas.
Levando cm conta o fato de qu(',
uo sistema descrito pelo conferen- :l. Em rela~ão às questões levantadas
cista, o concreto do revestimento pelo eng. Carlos F'reire Machado,
dos cabos não é inicialmente pro- responde que a flexão da viga não
tendido, havendo a possibilidade de tem a menor importância, pois os
nêle surgirem tensões de tração estribos que ligam o cabo à nervu-
quando atuarem tôdas as cargas, ra ,gão calculados de modo a asse-
pergunta: a) si a ação ulterior da gurar sua eficiência até a ruptura
deformação lenta da peça é sufi- da peça. O objetivo do revestimen-
ciente para transmitir a êsse con- to é proteger o cabo e fazer com
creto de revestimento uma proten- que êste desenvolva resistência até
são suficiente; b) como enquadrar
a ruptura, assegurando a aderên-
PBse sistema na norma, nos casos em
cia. Existe além disso armadura su-
que esta exige pro tensão completa;
plementar na viga. A deformação
c) como assegurar a proteção dos
cabos, nestes casos, especialmente lenta do concreto da viga assegura
quando há agentes agressivos exter- a protensão do revestimento do
nos: d) si uma solução satisfatória cabo.
não seria carregar antes a estrutu- 3. Concorda com o eng. Flávio Ribei-
ra com uma carga equivalente à ro de Castro que a ancoragem é
ação das cargas totais do projeto, problema crucial, e que foi levado
e só após isso executar o revesti- a adotar blocos extremamente con-
mento dos cabos. centrados. O dimensionamento é
feito pela teoria das bielas, e tem
B) Resposta do conferencwta, cng.
realizado experiências e ensaios de
W·alter Co·uto Pfeil
blocos de ancoragem até a ruptura,
1. Ao eng. A. Carlos de Vasconcellos especialmente para estudar a ques-
responde que durante a protensão tão da fissuração, Descreve em se-
não há deslocamento entre o cabo guida detalhes dêsses blocos.
e a placa, deslocando-se aquêle jun- 4. Respondendo ao eng. Fernando
tamente com esta, e que o desloca- Lôbo Carneiro, declara que quando
mento entre as placas varia em as fissuras são de abertura limita-
cada caso, sendo calculado em fun- da, não há perigo para as armadu-
ção do comprimento do cabo. Du- ras, e que nos casos especiais de
122 ESTRUTURA ~ N• 52
meios agressivos, podem ser especi- opinião é de que o que se deve fa-
ficados meios de proteção. Existem zer é revestir os cabos imediatamen-
muitos meios de proteção, como as te após a protensão. Quanto mais
pinturas externas. Quanto ao car- cedo forem revestidos os cabos,
regamento prévio da estrutura, an- tanto mais o concreto dêsse revesti-
tes de executar o revestimento dos mento se beneficiará da deforma-
cabos, acha que seria muito dispen- ção lenta da viga, que nêle provo-
dioso e mesm impraticável. Sua cará tensões de compressão.
Srs. Engenheiros!
A revista ESTRUTU RA precisa de vossa
colaboração e espera que tomeis a IniCia-
tiva de enviar um anúncio de vossa firma,
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ESTRUTURA - N• 52 423
O ENSINO FUNDAMENTAL(·~
CESAR DACORSO NETO
124 ESTRUTURA - N• 52
rico essencial para resistir ao tempo e dotada de maleabilidade su-
ficiente para o acesso às particularidades técnicas mediante rápida
integração nos conhecimentos abstratos por ventura necessários_
ESTRUTURA - N• 52 425
É o ensino pelo qual, mediante adequado programa comum
para todos os alunos nos dois primeiros anos, se· procura assegurar
imprescindível formação mental para o curso profissional, ao tempo
em que se visa a habilitar para quaisquer oportunos ajustamentos
a especializações ou extensões profissionais. É o ensino pelo qual
se aparelha o estudante para a posição cada vez mais destacada que
o engenheiro vem tendo na civilização tecnológica em que vivemos,
fornecendo-lhe cultura suficiente para análise e interpretação do
substrato social.
Recomenda-se, pois, relevante ênfase ao ensino fundamental
pelo seu earáter predominantemente formativo, dando-se conve-
niente desenvolvimento ao estudo das matérias que contribuem para
formar o engenheiro especializado sem deficiência da cultura geral
ESTRUTURA - N• 52 427
Atendendo aos aspectos aludidos quanto à posição e ao desem-
penho do engenheiro na área das atividades húmanas contempo-
râneas, cabe perfeitamente uma cadeira cm que se vise à humani-
zação do ensino superior mediante judiciosas e sérias reflexões sôbre
o incontestável desiquilíbrio entre os arrojados avanços da técnica
e os lentos progressos do espírito. Procurar-se-ia, assim, preparar
os futuros técnicos e cientistas de modo que IW éra da automação,
para que marcha a humanidade, não faltem também os benéficos
e generosos surtos espirituais.
Sem a preocupação de eBpecialização alguma, mas apenas ce-
dendo à finalidade primordialmente formativa do Ensino Funda-
mental, as matérias mencionadas seriam ministradas indistintamente
a todos os candidatos a particularidades profissionais.
(j . A Jlfatemát ion
A multiplicidade de questões que usualmente surgem em tôrno
do ensino da Matemática para profissionais que muito necessitam
dela, mas que não aspiram a ser geômetras, leva a ligeiras consi-
derações sôbre a posição dessa ciência no Curso Básico da Enge-
nharia.
Observe-se de início a diferença essencial entre o caráter dos
cursos científicos em geral, e em particular da Análise Matemática,
professados nas faculdades de ciências e de filosofia, e a natureza
dos cursos correspondentes lecionados nas escolas técnicas de grau
superior. Nestas últimas o objetivo principal do ensino da Análise
Matemática é o estudo do aspecto formal das questões para habili-
tar os estudantes aos problemas de cálculo freqüentes na conside-
ração das realidades concretas a que conduzem as atividades pro-
fissionais nas diversas ordens da técnica. Nas faculdades de ciên-
cias, o propósito principal dos cursos se define pela investiga~ão do
aspecto intrínseco das questões c pelo apr·ofundamcnto do respec-
tivo domínio conceituai.
O currículo da Matemática nas Escolas de Engenharia deve
ser objetivo, uma vez que essa ciência para os engenheiros é apenas
um instrumento e não uma finalidade. Mas ao lado do propósito in-
formativo não se pode dispensar a indeclinável feição educativa do
ensino da Matemática, mesmo numa Escola de Engenharia, pois que
os futuros engenheiros devem ser dotados de atributos mentais de
428 ESTRUTURA - N• 52
discernimento, conCisao e rigor que só se adquirem ho hábito das
elevadas abstrações, das prolongadas reflexões e das acuradas con-
catenações lógicas proporcionadas pelos estudos matemáticos. Não
pode o futuro engenheiro renegar de todo o rigor matemático, pois
tal como o cientista puro necessita conhecer a firmeza do terreno
que irá pisar e a excelência do equipamento que irá manejar.
;
A Matemática deve ser ensinada dentro dos limites impostos
pelas demais cadeiras dos vários cursos de Engenharia, sem exces-
sivas cogitações de natureza abstrata ou de lógica pura, mas redu-
zida aos conceitos e métodos exigidos pelas aplicações técnicas. Na-
turalmente o engenheiro não pode mais se restringir à matemática
do século XVIII, senão (jUe tem de acompanhar as audaciosas con-
quistas que já ultrapassaram as concepções clássicas do Cálculo e
da Geometria Analítica e cujos primeiros reflexos práticos já se fa-
zem sentir através de eventuais intervenções na ordem técnica. Mas
antes de se cogitar de equipar os jovens para as excepcionais con-
dições que possam encontrar no futuro desempenho especializado,
impõe-se habilitá-los ao eficiente e proveitoso aprendizado das dis-
ciplinas que compõem o normal currículo profissional. Essa deve ser
a preocupação no Ensino Fundamental. Em cursos extra-curricula-
res ou de aperfeiçoamento poderá ser complementado êsse ensino bá-
sico e ministrados conhecimentos ajustados aos desenvolvimentos
técnicos mais recentes.
O Departamento de Matemática deve conter uma cadeira de
Análise Infinitesimal onde seria feito o tratamento alternativo de
Cálculo Diferencial e Cálculo Integral e onde seriam, ainda, dados
os princípios de Cálculo Numérico como simples aplicação prática
das operações diferenciais de primeira ordem. A cadeira de Geome-
tria Analítica seria apresentada simultâneamente com as noções e
métodos básico~ do Cálculo Vetorial. A linguagem vetorial seria
mesmo usada no estudo da Análise Infinitesimal.
Noções de Geometria Projetiva e de Geometria Descritiva se-
riam incorporadas ao estudo do Desenho Técnico. Sem negar o efeito
educativo da Geometria Projetiva na formação de uma mentalidade
lógica e na interpretação dos fatos geométricos, sem desfazer no re-
curso de visualização contido nos processos da Geometria Descritiva,
deve-se reconhecer que tais objetivos também podem ser alcança-
dos por meio do l~álculo e da Geometria AnaHtica, com mais pro-
8. O regime diiúitico
~30 ESTRUTURA - N• 52
rêneia pelo próprio professor, terá as características de um pro-
grama analítieo a ser complementado em aula com os apropriados
desenvolvimentos dos temas nele contidos e as convenientes eluci-
dações dos exemplos nele apontados.
O ensino prático poderá constar de debates, argmçoes, traba-
lhos escolares e práticas de laboratório sob a orientação de profes-
~ôres assistentes. Recomenda-se a instituição de um laboratório de
Matemática para o processamento de cursos de caráter técnico-prá-
tico, ligados às cadeiras de Análise e Geometria, como cálculo nu-
mérico, cálculo gráfico, nomografia, cáleulo mecânico, etc. e outros
cursos de caráter excepcional tendo sempre em vista as aplicações .
.~c\o laboratório de Matemática seria anexado um museu onde seriam
recolhidos trabalhos e modelos executados pelos alunos com os re-
eursos e instrumentos do laboratório. Ressalta-se esta recomenda-
ção porque a instalação de laboratórios e museus de Matemátiea
vem eonstituindo novidade em nosso meio universitário.
E, consignando a importância de uma biblioteca especializa<la
para cada Departamento do Ensino Fundamental, aconselhável se
torna, ainda, como moderno recurso de auxílio às tarefas docentes,
uma filmoteca também de natureza especializada. Indiscutível a
ajuda que as projeções fixas e as películas movimentadas podem
dar às aulas de preleções.
9. O corpo docente
Resumindo:
I) Preconiza-se um Ensino Fundamental geral a ser seguido
das especialidades, abrangendo os elementos comuns básicos de qual-
quer ramo da Engenharia.
li) Recomendam-se métodos de ensino que propiciem cultura
teórica ampla, mediante novos processos de demonstrações e visua-
lização dos fatos.
III) Aconselha-se a instituição dr laboratórios para tôdas no.
cadeiras, nas quais se fa<;am ensaios, se executem medidas, se reali-
zem experiências e sr construam modelos dos objetos idealizados.
IV) Opina-se pela adoção do livro-texto, de conteúdo extenso
mas de earáter sintético de modo a permitir flexibilidade na esco-
lha dos assuntos e dos métodos de tratamento e de forma a exigir
o concurso do aluno através rla complementação, em aula, dos te-
mas considerado.~.
V) Entende-se ser do muio1· int!'I'P'se a existência de uma co-
ordenação atenta, orientadora e fiscalizadora no sentido da eficaz
concatenação das cadeiras do Curso Básico,
VI) .Julga-se qne o conjunto de disciplinas do Curso Básico
deve ser constituírlo de :"Análise Matemática com elementos de Aná-
lise Vetorial, (ieometria Analítica com elementos de Cálculo Veto-
ria!, Cálculo das Observações e Estatística, l<'ísica, Química, Mecâ·
nica Racional, Desenho Técnico com elemento de Geometria Proje.
tiva e Geometria Descritiva, e Humanirlades.
TABELA I
CA T40 <ic = 80 kg/cm2 r= 0,207 k = 4,28
CA T50 fie = 80 r= 0,212 k = 4,50
i
TABELA II
UR = 200 220 230
CA 37 r = 0.111 0,106 0,102
CA 50 0,106
..
~
CA T40 0,122
CA T50 0,125
!
I
BARRAS LAMINADAS DE AÇO COM
SALIENCIAS, TORCIDAS A FRIO,
PARA CONCRETO ARMADO, CA-T58
APRESENTAÇÃO a) Serem obtidas pela torção a
frio de barras laminadas de aço co-
A "Associação Brasileira de N or-
mum com saliências.
mas Técnicas" vem dar à publicidade
o projeto de norma elaborado de acôr- b) Apresentarem-se isentas de de-
do com o item 86 da NB-1, pelo Ins- feitos prejudiciais, sejam êles devidos
tituto Nacional de Tecnologia, para o à própria qualidade do aço, sejam de-
aço CA-T58. lllste texto, destinado a vidos a outras causas (bôlhas, fissu-
receber sugestões, é entregue ao exa- ras, esfoliações, etc.).
me e à crítica dos interessados, como e) A presentarem homogeneidade
"Especificação em Estágio Experimen- quanto às suas propriedades.
tal". Trata-se de um complemento da d) As saliências devem ser dispos-
Especificação EB-130, aprovada cm tas de modo a assegurar elevada ade-
1960. rência entre as barras e o concreto.
Qualquer apreciação do uso da pre- Além das saliências contínuas helicoi-
sente Especificação deverá ser envia- dais devem existir saliências descon-
da, dentro do prazo de 6 meses de sua tínuas (cristas) .
publicação, à sede da ABNT, no Rio
2. 2 De acôrdo com os característi-
de Janeiro.
cos exigíveis, as barras abrangidas por
esta Especificação são designadas corno
1. OBJETIVO
da categoria CA-T58.
1.1 Esta Especificação fixa os ca- 2. 3 Para o fornecimento, cada bar-
racterísticos exigíveis no recebimento ra deve trazer, numa das extremida-
de barras laminadas de aço, com sa- des e de acôrdo com o indicado no
liências, torcidas a frio, categoria Anexo, o distintivo da categoria a que
CA-T58, destinadas a armar concreto. pertence, além das outras indicações
eventualmente exigidas pelo compra-
2. CONDIÇõES GERAIS dor.
2.1 As barras de aço torcidas a 2. 3.1 O pêso real do fornecimento
frio para concreto armado (classe deve ser igual ao seu pêso nominal
CA-T58) devem preliminarmente sa- com tolerância + 6%. Pêso nominal
tisfazer às seguintes condições gerais: é o obtido multiplicando o comprimen-
ESTRUTURA - N• 52 435
6 .1. 4 Caso um qualquer dêsses c) Aderência (item 31 e 98 da
novos resultados não satisfaçam as re- NB-1) : tensão admissível
feridas exigências, o lote será rejei-
R
tado. -O"16·-
< 12kg/cm2
Com s&li-
ências ex-
ternos he-
CA-T58 Côr azul licoidais e 1,1 Ue 58 8,0 6e 180•
sali€-ncias
descontí- .
nuas (cris-
tas)
ESTRUTURA - N• 52 437
OBRIGATORIEDADE DAS NORMAS
DA ABNT
Pela lei n 9 4.150, cujo texto adeante tornado costume: e é essa, a nosso ver,
te reproduzimos e que, depois de vo- a condição mais eficaz para que uma
tada na Câmara e no Senado, foi san- legislação realmente se execute.
cionada com a assinatura do Presi- Devemos, ainda, observar que a lei
dente da República e de todos os mi- sugere, com a necessária prudência, a
nistros, as normas da ABNT passam instituição do regime de "marca de
a ser obrigatórias cm todos os servi- conformidade" às normas, pelo qual
ços executados, dirigidos ou fiscaliza- há nada menos 15 anos nos vimos ba-
dos pelas repartições públicas e pelos tendo. Bastará dizer que no n 9 4 do
órgãos paracstatais bem como em to- "Boletim" (de setembro de 1948) já
dos os serviços subvencionados ou fei- publicávamos urna nota sôbre o "Re-
tos em regime de convênio. latório do Secretário Geral da ABNT
Numa palavra, a não ser para con- apresentado ao Conselho Diretor "in-
tratos puramente particulares, pode sistindo pela necessidade do estudo
se dizer que em todos os mais as nor- da questão da marca de conformida-
mas da ABNT são obrigatórias. de às normas". E ainda recentemente,
Éessa, sem dúvida, a coroação da em Reunião da Diretoria da Associa-
obra normalizadora a que a nossa As- ção, foi aprovado o regulamento para
sociação se vem dedicando há tantos que funcione o "Serviço de Marca de
Conformidade e de Contrôle da Qua-
anos.
lidade" o qual já tem entrado em con-
Devemos observar que não quize- tato com várias indústrias para a con-
mos que essa obrigatoriedade fôsse cessão da "marca"; e está à disposição
tornada lei mais cedo, conforme nos de tôdas as indústrias que desejem
fôra inclusive proposto. Achamos que tal concessão.
era preciso esperar que as normas en-
Institui o regime obrigatório de
trassem de fato na prática e nos há-
preparo e observância das normas téc-
bitos da indústria, do comércio, das
nicas nos contratos de obras e com-
repartições, para só então legalizá-las.
pras do serviço público de execução
Hoje a normalização está aceita, direta, concedida, autárquica ou de
pode se dizer que universalmente, nos ou de economia mista, através da As-
meios oficiais, industriais e comer- sociação Brasileira de Normas Técni-
ciais. A lei vem, então, dar a sua san- cas, e dá outras providências.
ção definitiva àquilo que já se tinha O Presidente da República:
ESTRUTURA - N• 52 439
MINISTERIO DA INDúSTRIA E DO COMERCIO
Portaria n• 29 de 19 de setembro de 1962
O DIRETOR-GERAL DO INSTITUTO NACIONAL DE
PESOS E MEDIDAS, de acôrdo com o disposto no artigo 10 § 3•
do Decreto-lei n• 592 de 4 de agôsto de 1938 (Lei Metrológica),
RESOLVE substituir a Resolução n• 16 da Comissão de Metrologia
pela seguinte:
Portaria n• 29
440 ESTRUTURA - N• 52
6 - Quando o valor numenco de uma grandeza parte fracio-
nária, o símbolo da unidade respectiva não deve ser in-
tercalado entre a parte inteira e a parte fracionária do
número, mas deve ser levado imediatamente à direita desta
parte fracionária.
Esta recomendação não se aplica à representação de
de importâncias em dinheiro nacional, cujo símbolo, de
acôrdo com o Decreto n• 4 791, de 5 de outubro de 1942,
deve preceder ao número indicativo da importância".
EXEMPLOS
134,289 m 134,m2iJ9
5h lOmin 7s 5" 10' 7"
15' 12' 14" 15' 12m 148
14' 16' 18,2" 14 o 16' 18",2
50,350 g 50,•350
0,25 g 0,25 gr
50 cm• 50 c c ou 50c/c
8 mm 8 m/m
120 mm 2 120 mmq
96 A ou 96 ampéres 96 amp. ou 96 amps.
12 kg ou 12 quilogramas 12 quilos
40km/ (para exprimir velocida· 40 kms
de)
PAULO SÁ
Diretor-Geral
442 ESTRUTURA - N• 52
tar os estatutos definitivos do Comité La- EstroW!ra ào Comitê Latitno Americano ào
tino Americano do Concreto, conforme a Concreto
A_B,N.T., através do Comité Brasileiro do
O Comitê Latino Americano será coristi-
Concreto, por ela organizado, como Secretaria
tuído por Comitês ou grupos nacionais, orga-
Permanente do organismo.
nizados nos países la tino-americanos. Cada
Comitê nacional elegerá delegados oficiais às
Histórico àa (J(iação ào Comitê
Reuniões Plenárias, e a Presidência será
Como se sabe, a A.B.N.T. é, desde se- exercida em rodízio pelos diversos países.
tembro de 1960, membro observador do Co- Além das reuniões plenárias haverá reuniões
mité Europeu do Concreto ("Comité Européen das diversas Comissões de Trabalho, com par-
du Béton, C.E.E.). ~ste organismo, consti- ticipação ampla de todos os técnicos em con-
tuído por 23 países europeus ( 18 da Europa dições de contribuir eficazmente para os ob-
Ocidental e 5 do Leste Europeu), possui jetivos do Comitê.
apenas três membros fora da Europa, com De um modo geral os Conselhos Diretores
o caráter de "observadores": os Estados dos Comitês Nacionais deverão ter represen-
Unidos, o l\1éxico e o Brasil. Há mais de 6 tantes dos organismos oficiais de normaliza-
anos trabalha o C. E. B. na elaboração de ção (como, no Brasil, a A.B.N.T.), das
um projeto de norma internacional de cál· associações de engenheiros, dos institutos
culo e execução de concreto armado. Tem tecnológicos, das escolas de engenharia, das
também orientado programas internacoinais associações de fabricant'es de cimento e de •
de pesquisas, dos quais participou, no Brasil, aço para armadura, e dos sócios individuais
o Instituto Nacional de Tecnologia, com a (engenheiros e :firmas ligados ao projeto ou
colaboração do Conselho Nacional de Pesqui- à execução de obras de concreto). Essa com-
sas. Dado o interêsse excepcional despertado posição assegurará um justo equilíbrio entre
em diversos países da América Latina pelos os diversos setores de associados, com predo·
trabalhos do C. E. B., surgiu a idéia de criar. minância dos organismos técnicos (órgãos
se em nosso continente a organização seme- oficiais de normalização, institutos tecnoló-
lhante, idéia essa que passou a concreti- gicos, escolas de engenharia, associações téc-
zar-se principalmente por oca..~ião da "tour- nicas de engenheiros, etc.).
née" do engenheiro Yves Saillard, Secretá- O primeiro Conselho Diretor do Comitê
rio-permanente do C.E.B., que percorreu di- Brasileiro foi organizado pela A. B. N. T.
versos países da América Latina, pronuncian- dent.ro d-êsse espírito. Dada a grande exten-
do conferências e mantendo contacto com os são territorial do Brasil, poderão ser orga-
meios técnicos. nizadas nos diversos Estado da Federação,
Fimalidade ào Comitê e em Brasília, delegacias regionais, que terão
também direito a enviar um representante,
São os seguintes os objetivos do Comitê cada uma, ao Conselho Diretor.
Latino Americano do Concreto: a) promover O Comitê Brasileiro do Concreto tem sede
o estudo dos problemas científicos e técnicos na Associação Brasileira de Normas Técni-
relacionados com o progresso da indústria da cas, Avenida Almirante Barroso 54, 15° pa-
construção em concreto simples, armado e vimento, salas 1503/1505, Rio de Janeiro,
protendido. Guanabara.
O Comité Latino Americano terá indepen- ENGENHARIA ESTRUTURAL
dência técnica e administrativa total, mas DINAMICA
trabalhará em estreito contacto com o C.E.E.
Uma das primeiras iniciativas do Comitê Recebemos do eng9 Henrique Carlos
Brasileiro do Concreto, (que é a seção bra- Mayall, membro da Associação Internacional
sileira do Comité Latino Americano e sua de Pontes e Estruturas e da A.B.P .E.,
secretaria provisória), será a publicação da uma carta solicitando divulgação da recente
tradução portuguêsa do Projeto de Norma fundação da "International Association for
Internacional para o Cálculo e a Execução Earthquake Engineering". Da elaboração dos
de Obras de Concreto Armado, que acaba de estatutos em causa participou, como delega-
ser ultimado no sPio do Comitê Europeu do do da A.B.P.E., o re:Eerido engenheiro.
Concreto Essa publicação será feita através De acôrdo com o disposto no Art. 3 dos
da Revista Estrutura, com o caráter de pu- estatutos do I.A.E.E., é necessário que se
blicação o:Eicial da A. B. N. T., e servirá de passe à organização de um "Comité Brasi-
elemento precioso para a atualização futura leiro de Engenharia Estrutural Dinâmica".
das normas estruturais de concreto brasi1ei- Ocorre que os problemas estudados nos
ras, bem como para os trab&,lhos do Comitê Congressos mundiais de Engenharia Estrutu-
Latino Americano. ral Dinâmica embora principalmente ligados
----x----
ESTRUTURA - N• 52
O próximo ciclo de conferencias que será proferido pelo
Prol. Stefan Soretz durante o mes de novembro
Aum.-nt o " " rtll-'l'nr l a do C:/o 31 4110 ne rva1'0R.~60
Ttttdo adli\l.t•IYt'l eh~ 16 t1:11mm' t: ••~oractm por ean•
t:bo:.t a li a tf!ndtt a4mlu h •I de Ji ka t mol• At'tn c a.oebo•
ttrm.tn•la.
Cara.ttu1at.Jua d• •d·r~nda - fiN tU&mtft.LO - n ......
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448 ESTRUTURA - N• 52
APARELI-IOS DE APOIO DE BORRACHA FRETADA
~~
e
conferencial
Aderência contínua sem orientação preferencial das
e Maior facilidade para lançamento e compactação do
concreto
barras e As barras não se deformam com a passagem dos
COMPORTAMENTO TECNICO: operários