GREENWSHAING
GREENWSHAING
GREENWSHAING
BISUS 2s 2013 v2
GREENWASHING
Aline Beatriz Toledo
TRANSIÇÃO DE GERAÇÕES
Lucas Diegues
EMPRESAS SUSTENTÁVEIS
Marina Gêa Rosico Vilar
SONEGAÇÃO
Wearn Hou Wan
PONTÍFICIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE
SÃO PAULO
Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e
Atuariais.
GREENWASHING
2º Semestre 2013
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 1
CAPÍTULO II – GREENWASHING...................................................................... 8
2.1 – O QUE É GREENWASHING?........................................................... 8
2.2 – GREENWASHING NO BRASIL ........................................................ 8
2.3 – CONSUMIDORES ENGANADOS ..................................................... 9
CONCLUSÃO .......................................................................................................... 32
REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 33
1
INTRODUÇÃO
Os consumidores estão cada vez mais atentos aos produtos que usam e como ele afeta
a natureza. Por isso, as empresas estão investindo cada vez mais na sustentabilidade em todas
as fazes de fabricação do produto e principalmente nas embalagens.
O problema surge quando algumas empresas vendem a ideia de que são sustentáveis,
tentando enganar o consumidor e ainda agregar valor a marca, quando na realidade estão
praticando o greenwashing.
Cooperação internacional
Combate à pobreza
Habitação adequada
Proteção da atmosfera
4
Combate ao desflorestamento
Em inglês, market significa "mercado", e por isso o marketing pode ser compreendido
como o cálculo do mercado ou uso do mercado. O marketing estuda as causas e os
mecanismos que regem as relações de troca (bens, serviços ou ideias) e pretende que o
resultado de uma relação seja uma transação satisfatória para todas as partes que participam
no processo.
O marketing tem uma área de atuação muito ampla, com conceitos específicos
direcionados para cada atividade relacionada, por exemplo, o marketing cultural, o marketing
político, o marketing de relacionamento, o marketing social, entre outros. O trabalho do
profissional de marketing começa muito antes da fabricação do produto e continua muito
depois da sua venda. Ele é um investigador do mercado, um psicólogo, um sociólogo, um
economista, um comunicador, um advogado, reunidos em uma só pessoa.
O Marketing Verde, enfim, pode trazer redução de custos para a empresa, na medida
em que a poluição representa, dentre outras coisas, materiais mal aproveitados devolvidos ao
meio ambiente.
Ao adotar o marketing verde, a organização deve informar a seus consumidores acerca das
vantagens de se adquirir produtos e serviços ambientalmente responsáveis, de forma a
estimular e despertar o desejo do mercado por esta categoria de produtos.
Mas existem algumas regras básicas que nos ajudam a identificar o greenwashing:
O Brasil chegou a ficar em segundo lugar no ranking das nações mais preocupadas
com consumoconsciente, na pesquisa Greendex 2009, realizada pela
NationalGeographicSociety.
Para ganhar a simpatia dos consumidores, muitas empresas estão divulgando por aí
suas ações de responsabilidade socioambiental, mas segundo o
relatório MonitordeResponsabilidade Social Corporativa, publicado anualmente pelo instituto
de pesquisas Market Analysis, apenas 6% das companhias divulgam os resultados reais de
suas iniciativas sustentáveis, o que significa que muitas empresas andam praticando
9
―greenwashing‖, ou seja, passando uma imagem ecologicamente responsável que não condiz
com a realidade.
Para saber exatamente quais companhias estão querendo enganar os consumidores
com apelos ecológicos, a Market Analysis realizou uma nova pesquisa, a Greenwashing no
Brasil, para mapear e quantificar os produtos nacionais que, de alguma maneira, tentam iludir
o consumidor em suas embalagens. O estudo cruzou dados com iniciativas semelhantes –
promovidas nos EUA, Canadá, Inglaterra e Austrália, pela consultora internacional
TerraChoice – e apontou que o Brasil é o país que possui menos apelos ecológicos nos rótulos
de seus produtos: nossa média é de 1,8 apelo por artigo analisado, enquanto os EUA lideram o
ranking, com 2,3 apelos por produto.
Além disso, a pesquisa mostrou que o Brasil é o país que apresenta o maior número de
produtos sem qualquer tipo de ―greenwashing‖: foram 87, dos 500 itens analisados. Ainda
assim, 90% dos artigos nacionais avaliados pela iniciativa contém, pelo menos, um apelo
ecológico em suas embalagens, sendo que a maioria desses produtos são lançados no mercado
pelo segmento de cosméticos e higiene pessoal.
No Brasil, o ―pecado‖ mais presente nos rótulos dos produtos é o da Incerteza: 46%
das embalagens nacionais provocam, propositalmente ou não, algum tipo de dúvida no
consumidor, enquanto, nos demais países, o pecado doCusto ambiental camufladoé mais
frequente.
Na sociedade de consumo, porém, a estratégia de chocar para divulgar, ainda que soe
agressiva, muitas vezes foi necessária - para fazer negócios e também para espraiar uma ideia
nova. Nos anos 80 e 90, o fotógrafo italiano OlivieroToscani fundou essa modalidade de
provocação. Em anúncios da grife de roupas coloridas Benetton ele pôs, por exemplo, duas
crianças - uma branca e uma negra - sentadas em penicos. Pôs um padre e uma freira se
beijando na boca. Assim é com a sustentabilidade. "A publicidade é a forma de comunicação
mais rica e poderosa de nosso mundo", disse Toscani quando virou estrela. "Temos
necessidade de imagens que nos ajudem a pensar e a discutir."
Em tempos de internet, com as redes sociais cada vez mais em alta, nada anda se não
puder ter efeito viral. Onde antes havia convocações por megafones e abaixo-assinados, hoje
há as redes sem fio. "Os sites de relacionamento tornaram-se ferramentas para as empresas
divulgarem apoio, estimularem discussões ou iniciarem a mobilização em torno de uma
causa", afirma o publicitário Abaetê Azevedo, CEO da RappLatinAmerica, agência
especializada em propaganda digital. "Ao associar sua marca a iniciativas que despertam a
atenção do consumidor, a empresa ganha status de parceira do público, que se empenha em
lutas comuns." É comportamento que se impõe no século XXI. Se sugerirem a você fazer xixi
no banho porque assim se economiza água, ria, desdenhe, fique assustado, considere exagero -
mas é uma imagem que cola na cabeça, por ser diferente. Com ela, a organização brasileira
SOS Mata Atlântica produziu divulgação espontânea equivalente a 20,6 milhões de dólares,
segundo os criadores da campanha. Fez falar de si mesma e do desperdício de água.
11
"Entendem-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a
coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências
voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia
qualidade de vida e sua sustentabilidade."
―A educação ambiental é a ação educativa permanente pela qual a comunidade educativa tem
a tomada de consciência de sua realidade global, do tipo de relações que os homens
estabelecem entre si e com a natureza, dos problemas derivados de ditas relações e suas
causas profundas. Ela desenvolve, mediante uma prática que vincula o educando com a
comunidade, valores e atitudes que promovem um comportamento dirigido a transformação
superadora dessa realidade, tanto em seus aspectos naturais como sociais, desenvolvendo no
educando as habilidades e atitudes necessárias para dita transformação.‖
Conferência Sub-regional de Educação Ambiental para a Educação Secundária –
Chosica/Peru (1976)
culturas e seus meios biofísicos. A educação ambiental também está relacionada com a prática
das tomadas de decisões e a ética que conduzem para a melhora da qualidade de vida‖.
―A Educação Ambiental, apoiada em uma teoria crítica que exponha com vigor as
contradições que estão na raiz do modo de produção capitalista, deve incentivar a participação
social na forma de uma ação política. Como tal, ela deve ser aberta ao diálogo e ao embate,
visando à explicitação das contradições teórico-práticas subjacentes a projetos societários que
estão permanentemente em disputa.‖
TREIN, E., Salto para o Futuro, 2008
―A EA deve se configurar como uma luta política, compreendida em seu nível mais poderoso
de transformação: aquela que se revela em uma disputa de posições e proposições sobre o
destino das sociedades, dos territórios e das desterritorializações; que acredita que mais do
que conhecimento técnico-científico, o saber popular igualmente consegue proporcionar
caminhos de participação para a sustentabilidade através da transição democrática‖.
13
―Um processo educativo eminentemente político, que visa ao desenvolvimento nos educandos
de uma consciência crítica acerca das instituições, atores e fatores sociais geradores de riscos
e respectivos conflitos socioambientais. Busca uma estratégia pedagógica do enfrentamento
de tais conflitos a partir de meios coletivos de exercício da cidadania, pautados na criação de
demandas por políticas públicas participativas conforme requer a gestão ambiental
democrática.‖
LAYRARGUES; P.P. Crise ambiental e suas implicações na educação, 2002.
Selo Verde
Ecoetiquetas Institucionais
Premiação de
Selo
Qualidade técnica Selo Verde Honra
Institucional
ao Mérito
Empresa Amiga
SELO VERDE Top de marketing,
Exemplo ISO 14.000 DO MEIO
CNDA empresário do ano.
AMBIENTE
Mostra que a
empresa está se
Diferencial de Orienta o tornando Seletividade.
concorrentes,incrementa consumidor, amigável por Destaca a imagem
Utilidades vendas junto a incrementa meio de da marca, indivíduo
outrasempresas, atribui vendas e torna a ajustamentos, e/ou empresa entre
imagem moderna. marca amigável. adequações e que os concorrentes.
dá suporte a
campanhas
16
socioambientais.
Melhora a
imagem da
empresa.
Empresas
Consultores e Organizações da Organizações da comerciais,
Quem
certificadoras sociedade civil – sociedade civil – entidades classistas
Concede
especializadas. OSCIP / ONG. OSCIP / ONG. e organizações da
sociedade civil.
Termos de
ajustamentos,
Laudos,
comprovações de
atestados, Determinadas por
Laudos, atestados e participação em
Critérios auditorias e avais uma comissão
auditorias. serviços, projetos
de executivos da julgadora.
e programas e
empresa.
obediência a
normas simples.
Portanto, não se deixar levar por promessas milagrosas de ―zero‖ impacto é o primeiro
passo. Exigir que o produto que você está escolhendo na prateleira do supermercado seja
claro. De nada adianta um selo na embalagem, se não há meios de entender o que ele quer
dizer.
Segundo o Dossiê Verde do site Ideia Sustentável, a tendência ―verde‖ traz muitas
oportunidades para o mercado. O problema é quando as empresas não têm ―critérios claros a
respaldar suas pretensões ambientais‖ e utilizam ―símbolos e apelos visuais que podem
induzir o consumidor a conclusões erradas sobre o produto ou serviço que deseja comprar.‖.
Rótulo destaca uma qualidade ―verde‖ do produto e esconde outras características que
podem representar uma perda ambiental maior. Ou seja, ao pesar na balança, o malefício não
anunciado é maior que o benefício anunciado.
Pergunte-se: o apelo ecológico está se referindo a apenas uma questão ambiental restrita?
3. Pecado da Incerteza
O produto transmite a impressão errada quando parece que tem um selo confiável enão
tem – tipo desenhos de uma arvorezinha ou de um planeta fofo que estão ali só para ―encher
linguiça‖ e podem confundir o consumidor.
Pergunte-se: o certificado apresentado pelo produto é realmente endossado por terceiros?
5. Pecado da Irrelevância
Quando é dado destaque para informações que não são importantes ou úteis na busca
do consumidor. Ou seja, o rótulo distrai e pode fazer com que a pessoa deixe de procurar
20
opções melhores. Um exemplo citado no estudo é quando uma embalagem traz a mensagem
―não contém CFC‖ como se fosse um diferencial (a substância foi banida por lei há anos).
Pergunte-se: poderiam todos os produtos desta categoria apresentar o mesmo apelo?
O benefício ambiental do produto pode até ser verdadeiro, mas esconde o impacto da
sua indústria como um todo. Por exemplo, pesticidas que se apresentam como ecologicamente
corretos. No Brasil, a pesquisa não encontrou produtos que comentem este pecado – e no resto
do mundo a incidência também foi pequena.
Pergunte-se: o apelo tenta fazer o consumidor se sentir mais “verde” em relação à categoria
de um produto que tem seu benefício ambiental questionado?
7. Pecado da Mentira
3.4 – CONAR
O Conar tem um código que se aplica a organização que faz greenwashing, o código
―U‖.
É papel da Publicidade não apenas respeitar e distinguir, mas também contribuir para a
formação de valores humanos e sociais éticos, responsáveis e solidários.
REGRA GERAL
1.CONCRETUDE
As alegações de benefícios socioambientais deverão corresponder a práticas concretas
adotadas, evitando-se conceitos vagos que ensejem acepções equivocadas ou mais
abrangentes do que as condutas apregoadas.
2.VERACIDADE
As informações e alegações veiculadas deverão ser verdadeiras, passíveis de verificação e de
comprovação, estimulando-se a disponibilização de informações mais detalhadas sobre as
práticas apregoadas por meio de outras fontes e materiais, tais como websites, SACs (Seviços
de Atendimento ao Consumidor), etc.
23
3.EXATIDÃO E CLAREZA
As informações veiculadas deverão ser exatas e precisas, expressas de forma clara e em
linguagem compreensível, não ensejando interpretações equivocadas ou falsas conclusões.
4.COMPROVAÇÃO E FONTES
Os responsáveis pelo anúncio de que trata este Anexo deverão dispor de dados
comprobatórios e de fontes externas que endossem, senão mesmo se responsabilizem pelas
informações socioambientais comunicadas.
5.PERTINÊNCIA
É aconselhável que as informações socioambientais tenham relação lógica com a área de
atuação das empresas, e/ou com suas marcas, produtos e serviços, em seu setor de negócios e
mercado. Não serão considerados pertinentes apelos que divulguem como benefício
socioambiental o mero cumprimento de disposições legais e regulamentares a que o
Anunciante se encontra obrigado.
6.RELEVÂNCIA
Os benefícios socioambientais comunicados deverão ser significativos em termos do impacto
global que as empresas, suas marcas, produtos e serviços exercem sobre a sociedade e o meio
ambiente - em todo seu processo e ciclo, desde a produção e comercialização, até o uso e
descarte.
7.ABSOLUTO
Tendo em vista que não existem compensações plenas, que anulem os impactos
socioambientais produzidos pelas empresas, a publicidade não comunicará promessas ou
vantagens absolutas ou de superioridade imbatível. As ações de responsabilidade
socioambiental não serão comunicadas como evidência suficiente da sustentabilidade geral da
empresa, suas marcas, produtos e serviços.
Anglo American
Promon
CPFL Brasil
Na busca pela diversificação, a CPFL Energia larga na frente no setor de energia rumo
a uma geração cada vez mais limpa. Atualmente, 95% da energia gerada pelo grupo vêm de
fontes renováveis. A maior parte, de hidrelétricas, claro, mas juntam-se à frente verde nada
mais nada menos do que seis usinas de biomassa e 15 parques eólicos.
Natura
Como falar de sustentabilidade, sem falar da Natura? E como falar da Natura, sem
falar da Amazônia? Empresa modelo em responsabilidade socioambiental por natureza, a
Natura resolveu estreitar ainda mais a relação com a região, instalando na capital, Manaus, um
centro de inovação. O projeto é parte de um plano de investimentos para Amazônia de 1
bilhão de reais até 2020.
Dow
Fleury
Disseminar as boas práticas. Com essa diretriz em mente, o Grupo Fleury vem
buscando nivelar ao mesmo padrão de sustentabilidade a sua rede de mil médicos e 200
unidades, por todo o país. Para se ter uma ideia, em 2011, foram disseminadas 155 iniciativas
28
Fibria
Kimberly-Clark
Bunge
Unilever
Melhorar a saúde e o bem-estar dos 2 bilhões de pessoas no mundo que usam pelo
menos um de seus produtos é a meta da Unilever para os próximos dez anos. Nesse sentido, a
empresa já retirou 20 milhões de quilos de açúcar, 3 milhões de quilos de sal e 30 milhões
quilos de gordura trans de sua linha de produtos alimentares. Outra frente de atuação da
Unilever é a redução do desperdício de água, com produtos que exijam menos desse recurso
natural.
29
Ecorodovias
Um dos maiores grupos de logística do país, a Ecorodovias mata dois coelhos com
uma cajadada só: cuida do bem estar de suas estradas e do meio ambiente, ao utilizar pneus
velhos nas rodovias sob sua concessão, através da reciclagem. Na lista, entram gigantes como
o sistema Anchieta-Imigrantes e o corredor Ayrton Senna-Carvalho Pinto, no estado de São
Paulo.
Grupo Boticário
O Grupo Boticário se lançou numa cruzada verde para estimular seus fornecedores a
adotarem práticas cada vez mais sustentáveis. Hoje, a adesão das empresas parceiras já é de
95%. Detalhe, quando esse projeto, que é voluntário foi lançado em 2005, à adesão era de
apenas 20%. O incentivo à adoção de práticas sustentáveis também se estende às 3.260 lojas
da rede de franquias O Boticário.
AES
Itaú Unibanco
Elektro
Masisa
Alcoa
A gigante do setor de alumínio Alcoa quer renovar os ares. Buscando reduzir suas
emissões de gases efeito estufa, a empresa substituiu o óleo combustível usado no seu sistema
em Poços de Caldas, Minas Gerais, por gás natural, menos poluente. Até o momento, a
mudança gerou benefícios equivalentes à retirada de 11.200 carros de circulação.
Whirlpool
Braskem
Embraco
a empresa vem envolvendo seus 400 fornecedores ao redor do mundo com a questão
ambiental, a reciclagem, o reuso de materiais e relações trabalhistas.
Sabin
CONCLUSÃO
Como foi exposto durante o trabalho, esta crescendo cada vez mais entre os consumidores a
consciência ecológica e assim fazendo com que eles se queiram comprar um produto
sustentável.
Parte dessas empresas que se dizem sustentáveis, na realidade, só estão tentando enganar o
consumidor e assim, manter seus clientes e conseguir agregar mais valor a marca.
Durante o trabalho foi explicado o que é e como identificar as empresas que usam do
greenwashing.
Sabendo quais os erros cometidos por essas marcas e com os consumidores mais informados,
fica cada vez mais difícil usar o greenwashing como forma de enganar o consumidor.
33
REFERÊNCIAS
7 sinais da propaganda ecológica enganosa. Revista Veja. Paula Neiva. 2009. Disponível
em<http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/desenvolvimento/7-sinais-propaganda-
ecologica-enganosa-538796.shtml>. Acesso em: 26/08/2013.
Apelos ambientais devem ser relacionados com benefícios ambientais reais. Boletim ideais.
2013. Disponível em < http://www.i-ideais.org.br/admin/arquivos/1370873233.pdf>. Acesso
em: 05/09/2013.
Brasil é o país que menos pratica greenwashing. Mônica Nunes e Débora Spitzoovsky. 2010.
Disponível em
<http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/desenvolvimento/greenwashing-brasil-
marketing-propaganda-verde-produtos-570487.shtml>. Acesso em: 26/08/2013 .
Conar define normas para combater ―greenwashing‖ em propagandas. Rogério Ferro. 2011.
Disponível em <http://www.cte.com.br/site/noticias_tecnologia_ler.php?id_noticia=4391>.
Acesso em: 24/09/2013.
Conar lança novas regras para coibir ―greenwashing‖ das empresas. Disponível em
<http://www.ecodesenvolvimento.org/ecomanagement/conar-lanca-novas-regras-para-coibir-
greenwashing>. Acesso em: 17/09/2013.
Greenpeace apresenta relatório das empresas mais ecológicas. Sérgio Miranda. 2011.
Disponível em <http://tecnologia.terra.com.br/greenpeace-apresenta-relatorio-das-empresas-
mais-ecologicas,9e284b40961ea310VgnCLD200000bbcceb0aRCRD.html>. Acesso em:
14/08/2013.
Greenwashing no Brasil – Apelos Ambientais nos Rótulos dos Produtos. Market Analysis.
2010. Disponível em <https://www.thinkandlove.com.br/index.php/post/132/Greenwashing-
no-Brasil---Apelos-Ambientais-nos-R%C3%B3tulos-dos-Produtos>. Acesso em: 15/09/2013
Greenwashing no Brasil: um estudo sobre apelos ambientais nos rótulos dos produtos.
ThayseKiatkoski Neves. Disponível em
<http://www.marketanalysis.com.br/biblioteca/Relatorio_Greenwashing_FINAL.pdf>.
Acesso em: 30/08/2013.
Os sete pecados da propaganda ―verde‖ enganosa. Lydia Cintra. 2011. Disponível em <
http://super.abril.com.br/blogs/ideias-verdes/tag/greenwashing/>. Acesso em: 20/09/2013.
Por que o marketing não convence. Vanessa Barbosa. 2012. Disponível em <
http://exame.abril.com.br/meio-ambiente-e-energia/sustentabilidade/noticias/por-que-o-
marketing-verde-nao-cola>. Acesso em: 19/08/2013.
Uma breve análise sobre a nova medida do CONAR sobre ―greenwashing‖. Daniela
Albuquerque. 2011. Disponível em < http://certificacaoiso.com.br/uma-analise-sobre-nova-
medida-conar-sobre-greenwashing/>. Acesso em: 24/09/2013.
2º Semestre 2013
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.....................................................................................
................ ............................................................................................... 1
CONCLUSÃO....................................................................................................... ........23
REFERÊNCIAS............................................................................................................24
1
INTRODUÇÃO
Grande parte das mulheres de hoje me dia, se preocupa com sua aparência física. Há
poucos anos atrás essa preocupação já ocorria, mas não em tanta proporção quanto hoje,
mulheres de todas as idades para todos os tipos de reclamação, cabelo, unha, olheiras, celulite,
rugas, hidratação de pele, esse universo está se tornando praticamente infinito.
Nesse trabalho entenderemos melhor como aconteceu esse alto crescimento e como a
inovação influencia na decisão do cliente e exemplos como na Natura que teve a iniciativa de
inovar em seus produtos, seja em embalagem, em modo de preparo, na criação da
segmentação Ekos.
A Ekos foi vencedora de muitos prêmios pela criação dos produtos praticamente
100% naturais, os quais as essências são tiradas diretamente da Amazônia, com uma
metodologia sustentável, na qual não prejudica nenhum ser envolvido (natureza e moradores
da região), que por sinal muito pelo contrario muitas, muitos moradores que viviam da renda
trazida por desconhecido fruto da Amazônia, hoje é super reconhecido por esse projeto.
Hoje em dia, ter uma embalagem bonita e chamativa não tem muita importância, os
consumidores hoje são muito mais informados e por isso procuram fazer pesquisas e a melhor
decisão possível. Por isso, se por algum motivo uma empresa apresenta algum quesito fora
dos padrões, é bem provável que essa empresa obtenha uma má imagem. Contando como
fatores ruins o fato de não ser sustentável também, por isso a alta preocupação.
Afinal o que são cosméticos? Cosmético é aquilo que é relativo à beleza humana.
Alguns produtos de higiene pessoal podem ser considerados cosméticos. Substância ou
tratamento aplicado à face ou a outras partes do corpo humano para alterar a aparência, para
embelezar ou realçar o atractivo da pessoa. Tais preparados podem ser aplicados à pele, às
unhas ou ao cabelo. A palavra portuguesa ―cosmético‖ deriva da palavra grega ko·sme·ti·kós,
que significa ―hábil em adornar‖. Há milhares de anos homens e mulheres utilizam
Além de conferir sensibilidade através de seus receptores para tato, dor e pressão, a
pele é responsável por desempenhar diversas funções vitais, como por exemplo, prevenção à
perda de água; proteção frente a agressões físicas, químicas e microbiológicas do meio
externo e ação termorreguladora. A epiderme, camada mais externa da pele, é muito
importante do ponto de vista cosmético por ser a camada que confere textura e umidade à
pele. A epiderme é um epitélio estratificado, escamoso e queratinizado, sendo que a camada
que está em contato com o meio externo é denominada estrato córneo.
Hoje alguns tipos de vitaminas vêm sendo acrescentadas nesses produtos pelo
simples motivo de ―se embelezar― tem virado um hábito indispensável da população.
É indicada para pessoas que apresentam linhas de expressão, rugas e outros danos causados
pela exposição solar. É indicada também para todos os tipos de pele e todas as idades,
podendo ainda ser substituta dos ácidos pois ela não causa manchas.
Mesmo com todas as contribuições que a Vitamina C traz, as mais procuradas nos
produtos de beleza são A e E.:
A forma pura da vitamina A é o retinol, pertencente à classe dos retinoides, que são
compostos usados em cosmetologia principalmente porque possuem um poder antioxidante.
São incorporados principalmente a cremes e a óleos corporais.
Alguns autores dizem que o mecanismo de ação do retinol pode estar ligado a um
produto do seu metabolismo, o ácido trans-retinoico. Esse ácido se liga a receptores no núcleo
da célula e interage com determinadas sequências do DNA, regulando a produção de certas
proteínas e enzimas, reduzindo os sinais de envelhecimento da pele. Ele também sofre
oxidação antes das estruturas essenciais para a homeostase, daí a sua ação antioxidante.
Visto que essa vitamina presente em nossa pele pode ser destruída através da
exposição à luz solar, ela é também incluída em protetores solares para pele e cabelos.
retinila (forma da vitamina A que possui maior estabilidade química), devem ser usadas na
concentração máxima de 10.000 UI de vitamina A/g, já na sua forma Retinaldeído, a
concentração máxima é de 0,05%, sendo condicionada à comprovação de sua estabilidade
química no produto acabado.
Ela age como lubrificante, hidratante e regenerador da pele que sofreu ação do
tempo, do sol, da poluição e estresse oxidativo, principalmente por proteger membranas
contra a lipoperoxidação. Como é estimulante do colágeno, também aumenta a firmeza e
elasticidade da pele.
Além disso, ela também está presente em cremes para assaduras de bebês, pós-barbas
e hidratantes para mãos e pés em virtude de suas propriedades anti-inflamatórias, calmantes e
cicatrizantes.
"É comum ver pessoas que usaram determinado produto por muito tempo e em certo
momento começam a apresentar alergia. Chega até ser difícil para o médico para convencer o
paciente a suspender o uso", conta. A médica Fátima Rodrigues Fernandes, presidente da
ASBAI-SP (Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia da regional São Paulo), cita
como exemplo comum nos consultórios as mulheres mais velhas que, depois de anos de
tintura, às vezes até da mesma marca, começam a ter eczemas nas orelhas e no pescoço.
A solução para esses também já foi criada, nas gôndolas das farmácias e nas lojas de
cosméticos não é difícil encontrar produtos denominados hipoalergênicos. É preciso ter
cuidado, pois o uso do termo na embalagem não significa passe livre para 100% dos alérgicos.
Alguns esmaltes hipoalergênicos podem tirar toluol, formaldeído e parabeno --que
estatisticamente causam mais alergias-- da fórmula, mas outras substâncias químicas
continuarão lá e elas podem ser prejudiciais para outros tipos de alérgicos.
Ela explica que, por serem naturais, esses cosméticos não colorem com a mesma
potência que os produtos químicos. Os fios brancos ganharão um tom dourado, mas não vão
ficar loiros como nos processos à base de água oxigenada.
Turcato diz que em casos como o da Marina Silva, era usado somente base, corretivo
e blush (após pesquisa para encontrar marcas que não causassem nenhuma reação na pele). Os
maquiadores não passavam base na pálpebra e dessa maneira o próprio tom mais escuro da
área dos olhos dava o efeito de sombra. Nos lábios, beterraba fazia a vez de batom. "Ou a
gente cortava a beterraba na hora e ela dava um beijinho, ou fazíamos uma pastinha e
aplicávamos com pincel", relembra.
e batom, manchando suas bochechas e lábios com suco de frutas vermelhas. Eles também
escureciam seus cílios com incenso negro.
Século 150/160: Durante este período a realeza e sua corte foram os únicos que
usaram cosméticos. Depois de um tempo, as fragrâncias foram se tornando popular na França
e agentes branqueadores eram usados no rosto. Esses produtos eram compostos por carbonato,
hidróxido e óxido de chumbo. Em alguns casos eles causavam paralisia muscular e levavam a
morte.
Por volta de 1800: Quase todas as classes sociais usavam cosméticos, mas ainda
muitos produtos eram tóxicos. Sombras e batons continham ingredientes venenosos como
sulfeto de mercúrio e beladona. O óxido de zinco, que é usado ainda hoje, foi apresentado
como pó facial para substituir as versões mortais.
2.1 – MOTIVAÇÃO
Essa revolução na mente do povo é fácil de ser explicado, hoje o mundo gira em
torno de marketing e orientada ao consumo, as pessoas de marketing jogam a Ideia de seus
produtos com sucesso pessoal, ou seja, totalmente com o psicológico, onde utilizam pessoas
famosas para apresentar seus produtos, e levarem a cabeça do consumidor, melhorar sua
aparência, ou pelo menos dar mais importância a ela. O único problema que essa nova
importância, acaba virando uma tentativa de cópia dessas imagens criadas pelo mercado, mas
o que ninguém lembra é que pelo menos o brasileiro, terceiro maior consumidor de
cosméticos no mundo, está bem longe da nossa realidade biológica.
Nos tempos de hoje, não ser vaidoso é sinônimo de relaxamento e falta de força de
vontade, já que é possível encontrar de todas as maneiras possíveis. Até pesquisas feitas em
dez países pelo Butler ET AL.(2004) foi identificado que no Brasil a autoestima está muito
mais ligada ao peso e beleza do corpo do que sucesso profissional por exemplo. Mesmo outra
pesquisa elaborada pela Unilever dizendo que 89% de mulheres entre 18 e 64 anos estão
insatisfeitas com sua aparência.
Outros exemplos seriam que ao acessar a internet um dos assuntos mais comentados,
mais aparentes no dia a dia de uma mulher, até no seu feed de mais procurados está quanto a
tutoriais de maquiagem, produtos que me melhor se encaixam a seu biótipo, exercícios que
tem aspecto funcional rápido, blogueiras acompanhadas por milhares de mulheres esperando
dica para o visual. É na minha concepção um mercado sem fim, é um ciclo quanto mais usam
mais autoestima, quando mais alto estima mais realizações, quando mais realizações mais a
importância do uso.
Então mais vaidosos e com maior poder de consumo, os brasileiros foram muito
alem da cesta anual de artigos de higiene de primeira necessidade, passaram a investir demais
na estética e ajudam a engordar o faturamento da maior fabricante brasileira de cosméticos e
produtos de beleza. Em 2012, a Natura atingiu a receita liquida consolidada de R$ 6,345
bilhões, uma expansão de 10,3% sobre 2011, tudo vendido por um exército de 1,2 milhões de
consultoras.
Esses tempos todo o único grupo a ser tratado foi das mulheres, no entanto por
último, mas não menos importante apresentamos o novo e arrumado, universo masculino.
O estudo feito pela L'Oreal do Reino Unido com 1.013 homens revelou que um em
cada cinco homens tinge os cabelos para disfarçar os cabelos grisalhos.
Um quarto dos homens usa hidratante facial regularmente e dois em cada cinco
(39%) usam produtos de limpeza facial diariamente para cuidar da pele e combater os efeitos
do estresse do trabalho e do envelhecimento.
cabelos e os tradicionais itens para barbear. ―Hoje, os homens se sentem mais confortáveis em
usar produtos específicos para eles do que antigamente. Além disso, fatores como a poluição e
constantes mudanças climáticas, contribuem para a necessidade de cuidados com cada tipo de
pele‖, afirma Luis Fernando Quintero, gerente de grupo de produtos da Gillette.
Os homens atuais procuram por produtos que ofereçam benefícios para sua pele antes e
depois de barbear e buscam também itens exclusivos como cremes para as mãos e para o
rosto, entre outros cosméticos.
―Esta tendência já acontece nos Estados Unidos e na Europa e está chegando agora
na América Latina‖, diz ele. ―Hoje em dia os homens conhecem suas necessidades. Por
exemplo, ao se barbear, eles sabem o tipo de pele que possuem e procuram por produtos que
sejam apropriados, como para pele sensível, normal ou oleosa‖. Segundo Quintero, para
impulsionar suas vendas, a Gillette investe em distribuição nacional, inovação e publicidade.
Intensificação do culto à estética ao longo dos séculos pode ter colaborado para a
transformação do indivíduo em objeto, dizem especialistas
Produtos de beleza cada vez mais sofisticados, revistas que dão dicas para manter a
boa forma, clínicas de estética e de cirurgia plástica, salões de cabeleireiros e academias de
ginástica. Hoje o mundo está cercado por serviços à disposição de quem deseja cuidar da
aparência ou moldá-la. A preocupação do homem com o corpo, no entanto, não é recente. A
origem do culto ao corpo remonta à Antiguidade. Os gregos acreditavam, há cerca de 2.500
anos a.C., que a estética e o físico eram tão importantes quanto o intelecto na busca pela
perfeição – pensamento traduzido na frase ―mens sana in corpore sano‖ (mente saudável em
corpo são) e na própria história das Olimpíadas.
Apenas no século 18, nos anos que se seguiram às Revoluções Francesa e Industrial,
o corpo voltou a ter destaque no cotidiano do homem ocidental. De acordo com o psicólogo
13
Além disso, a partir desse período, o corpo que tinha condições de fornecer uma
maior produtividade passou a sermais valorizado devido à ascensão do Capitalismo Industrial.
"Pouco tempo depois da primeira Revolução Industrial, no fim do século 19, o mundo já
assistiu ao chamado 'movimento ginástico europeu', que buscava 'construir' homens ideais
para esse novo modelo de sistema, mais fortes e saudáveis, por meio da difusão de métodos
de ginástica", ressalta o professor de Educação Física da Universidade Metodista de São
Paulo, Wilson Alviano.
No século XXI, oom a pressão dos ideais de beleza impostos pela indústria damoda e
alimentados pela mídia, a valorização do corpo perfeito tornou-se uma obsessão global. Hoje
cada vez mais pessoas buscam formas de transformar o
físico, em busca da perfeição de acordo com os padrões.
Segundo Alviano, essa intensificação do culto à estética
já traz danos notórios para a sociedade. "Doenças como
anorexia, bulimia e vigorexia [transtorno caracterizado
pela prática de exercícios físicos em excesso] tomaram
um vulto assustador. Muitos colocam suas vidas em
risco, consumindo remédios para emagrecer e
anabolizantes ou até mesmo fazendo cirurgias
desnecessárias."
Foi em agosto de 1969 que a empresa brasileira que hoje ocupa o topo do mercado
de cosméticos, fragrâncias e higiene pessoal foi fundada por Luiz Seabra, Indústria e
Comércio de Costéticos Berjeaout Ltda em sociedade com Jean Pierre Berjeaout que veio a se
chamar Natura em poucos meses, devido à participação de ativos vegetais na composição dos
produtos. Um ano depois o primeiro ponto de venda foi instalado na Rua Oscar Freire, onde o
vendedor era o próprio Luiz, mas na ainda na Vila Madalena o primeiro endereço de fabrica,
com menos de dez colaboradores.
- A educação ambiental
A Natura por seu comportamento empresarial, pela qualidade das relações que
estabelece e por seus produtos e serviços, será uma marca de expressão mundial, identificada
com a comunidade das pessoas que se comprometem com a construção de um mundo melhor
através da melhor relação consigo mesmas, com o outro, com a natureza da qual fazem parte,
com o todo.
Por meio do Natura Campus, trabalham com a inovação aberta há sete anos,
compartilhando desafios com a comunidade científica no Brasil e no exterior. Isso significa
que, além dos cientistas e das pesquisas internas (são mais de 250 colaboradores
diretamente envolvidos com Pesquisa e Desenvolvimento), seu negócio está fortemente
vinculado às parcerias com instituições científicas do Brasil e do mundo para desenvolver
novos conceitos, metodologias, produtos e processos. Por meio do portal do Natura
Campus, conectam os pesquisadores e lançam editais e desafios para investimento em
pesquisa, além de gerar e compartilhar conhecimento.
17
Com 10 anos que essa empresa foi criada, aprimoraram as técnicas para um melhor
aproveitamento desse refil, que passou a ser produzido a partir de cana-de-açúcar ( fonte de
energia vegetal e renovável ), diferentemente do plástico comum, derivado do petróleo. E a
marca lançou novos sabonetes de murumuru, cupuaçu, maracujá e cacau, com ate 50% de
óleos da biodiversidade, extraídos de oito novas comunidades. Com essa iniciativa passaram a
beneficiar mais de 263 famílias, além das 1.714 que já eram parceiras da Ekos, mantendo
sempre o relacionamento ético e justo com essas. Com esses novos produtos a empresa
ampliou até a sua lista de prêmios, a premiação dessa vez veio da versão brasileira da Idea
Awards uma das principais premiações de design no mundo para o Sabonete Natura Ekos.
18
Para que esses produtos, e prêmios fossem concretizados, foi preciso a ajuda de
muitas pessoas, primeiramente todos os estudos realizados pela própria empresa, parceria com
19 comunidades em
todo o Brasil,
envolvendo 1714
famílias. Castanha,
cacau, pitanga, peu
branco, pióca, guaraná,
cupuaçu são produtos
com 16 ativos da
biodiversidade
brasileira, sendo que
parte do valor
acumulado por eles vai para as cidades e parte para a floresta. Uma forte questão social acaba
entrando nesse projeto, muitas regiões antigamente quase esquecidas hoje tem um
reconhecimento importante, com isso famílias acabam se desenvolvendo e sentindo uma
oportunidade nunca previamente vista.
Luiz Seabra que faz parte da equipe da Natura, comenta sobre o que significa a
segmentação Ekos para eles: que por mais que esse tenha nascido a 10 anos, fez com que eles
repensassem e voltassem pra essência da Natura, buscar na própria natureza brasileira
aditivos, e mostrar que essa natureza humana também fazia parte desse contexto ou seja
respeitar, cultivar e reverenciar todos os tipos de seres vivos.
3.3 – EMBALAGENS
Nessas embalagens Natura Ekos, feitas de PET, uma outra garrafa PET, de mesmo
peso, que antes poderia ir para o lixo comum, é reciclada? É que, além de 100% recicláveis,
as embalagens de PET de Ekos são feitas de 50% de material reciclado pós-consumo, ou seja,
obtido a partir de vários tipos de embalagens e outros materiais de PET, que chegaram até o
consumidor final, foram descartados, recolhidos e processados por empresas recicladoras,
dando origem a resinas de PET recicladas.
O plástico utilizado nas embalagens dos condicionadores e dos refis da linha Natura
Ekos, denominado de Plástico Verde I‘m green™, é produzido com tecnologia brasileira, pela
Braskem, a partir do etanol da cana-de-açúcar, uma fonte 100% renovável.
se biodegrada, o carbono absorvido durante o cultivo da cana é mantido fixo por todo o seu
período de vida e não volta para a atmosfera.
Além disso, o
Plástico Verde é
totalmente reciclável.
Apesar de ser originado
de uma matéria-prima
diferente, esse material
apresenta exatamente as
mesmas características
técnicas do polietileno de
origem fóssil, e, por isso,
pode ser reciclado
juntamente com eles.
Para a indústria da
reciclagem, esse fato é de grande importância, pois não são necessários investimentos em
novos equipamentos ou ajustes técnicos específicos para o reprocessamento do plástico verde.
Mas a preocupação ambiental com a produção do Plástico Verde começa bem antes
do chão de fábrica, já nas plantações de cana, que devem seguir o Código de Conduta para
Fornecedores de Etanol, elaborado pela Braskem, contendo um conjunto de critérios que
incluem o cumprimento das diretrizes ambientais e o respeito à biodiversidade e aos direitos
humanos e trabalhistas.
A opção pelo uso do Plástico Verde é parte da campanha Carbono Neutro da Natura,
que visa reduzir as emissões de carbono tanto dos produtos quanto da cadeia de produção,
através da utilização de materiais sustentáveis, renováveis e do aumento da reciclabilidade dos
recipientes.
Esse avanço tecnológico é o que possibilita que o shampoo Natura Ekos Castanha,
por exemplo, passe a oferecer aos cabelos secos e quebradiços a mesma nutrição e força que o
leite de castanha provê aos povos da floresta que tradicionalmente se alimentam dele.
Para que não seja apenas eles que tenham essa iniciativa no site da Natura Ekos é
possível encontrar algumas dicas de como melhor aproveitar o seu produto, e a melhor forma
de reciclagem, por exemplo a garrafa PET:
O descarte correto das embalagens feitas de PET é um fator que facilita o processo
de reciclagem e o consumidor tem um papel importante nesse sentido. Por isso, sempre que
precisar jogar fora um material feito de PET, descarte-o juntamente com o lixo seco (que pode
conter latas, papéis, plásticos e vidro) e separe-o do lixo úmido (local para restos de
alimentos, cascas e ossos, pó de café e chá, podas e galhos, entre outros) e também do lixo de
banheiro (como papel higiênico, absorventes íntimos e fraldas plásticas). Assim, o material
seco terá mais chances de servir para a reciclagem, diminuindo a quantidade de lixo que vai
para os aterros sanitários.
Se em sua casa ou em seu trabalho não houver coleta seletiva, você mesmo pode
levar suas embalagens de PET a um local apropriado. A Associação Brasileira da Indústria do
PET (ABIPET) possui uma plataforma associada ao Google Maps, conhecida como LevPet,
que auxilia os usuários a identificar os locais adequados mais próximos de sua residência,
como cooperativas, pontos de comércio de reciclagem, pontos de entrega e entidades sociais,
para a destinação correta desse produto.
22
Na conversa com pessoas de baixa renda, foi possível entender que o acesso a esses
produtos é muito fácil, mesmo porque a maioria das revendedoras é dessa categoria e
facilitam a compra. E que a preferência entre os produtos com certeza é Natura entre
concorrentes como Avon, Boticário, mas o que me chamou mais atenção é que praticamente
ninguém sabe que a Natura Ekos, inovou quanto ao seu processo de fabricação, de
embalagens também sustentáveis, reutilizáveis, e que o pensamento desse segmento está
totalmente focado nessa questão da floresta. Já as pessoas de renda mais alta sabem da
existência desse projeto e tudo mais, por anúncios feitos frequentemente, mas essa maioria
continua comprando produtos sem responsabilidade sustentável nenhuma, pelo simples fato
da variedade encontrada no mercado. Então quer dizer que isso acaba sendo por acaso?
Acredito que a empresa tem um dos projetos mais admirados no mercado brasileiro, só que
informação está faltando serem divulgadas, hoje em dia as pessoas prezam muito aqueles
produtos reaproveitáveis e sustentáveis, por isso acredito que seria muito favorável se eles
usassem isso a favor, passar as informações em comerciais, e meios acessíveis que é um
produto natural.
23
CONCLUSÃO
Acontece que por questões de cultura mundial hoje, o mundo vem sofrendo com esse
crescimento por motivos ambientais e pessoas aprenderam que esse grande movimento acaba
gerando, poluição e desmatamento, o que deixa grande da população muito irritada, por
pensar que atitudes pequenas podem acabar com gerações futuras, claramente por outros
motivos também, já que percebemos hoje algumas das mudanças anteriormente previstas por
especialistas.
REFÊRENCIAS
2º Semestre 2013
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 1
CONCLUSÃO ............................................................................................................... 32
REFERÊNCIAS ............................................................................................................ 33
1
INTRODUÇÃO
O esporte é tido pela sociedade, como algo que fazemos por prazer ou para saúde. O esporte
esta no meio da humanidade desde muito cedo, tanto é que nem se sabe ao certo quando
surgiram as primeiras modalidades. E assim a grande maioria das pessoas não se dá conta de
que esse meio vem cada vez movimentando a economia e tomando um papel importante na
economia global, que possou por crise nos últimos tempos, porém não no mundo esportivo
que vem em crescimento continuo.
Desporto, desporte, esporte ou desporto é toda a forma de praticar atividade física que,
através de participação ocasional ou organizada, visa equilibrar a saúde ou melhorar a aptidão
física e/ou mental e proporcionar entretenimento aos participantes. Pode ser competitivo, onde
o vencedor ou vencedores podem ser identificados por obtenção de um objetivo, e pode exigir
um grau de habilidade, especialmente em níveis mais elevados. São centenas os tipos de
desportos existentes, incluindo aqueles para um único participante, até aqueles com centenas
de participantes simultâneos, em equipas ou individualmente. Algumas atividades não-físicas,
como jogos de tabuleiro e jogos de cartas são muitas vezes referidos como desportos, mas um
desporto é geralmente reconhecido como sendo baseada na atividade física.Dizer onde surgiu
o esporte é algo impossível, já que o esporte não é apenas uma modalidade,mas sim um
conjunto de modalidade que surgiram em lugares diferentes,épocas diferentes.
.Assim ninguém sabe ao certo quando surgiu o esporte, mas diz-se que algumas modalidades
já eram praticadas há mais de 3 mil anos por orientais, romanos e, sobretudo, gregos. Nessa
época, os soldados faziam lançamento de disco e bola de ferro para ganhar mais resistência e
defender melhor seu povo nas batalhas.O esporte também servia como forma de homenagem
aos deuses do Olimpo como Apolo, Zeus e Posseidon.
Mas a prática desportiva teve início remoto, onde já havia monumentos de vários estilos dos
antigos egípcios, babilônios, assírios e hebreus com cenas de luta, jogos de bola, natação,
acrobacias e danças.Entre os egípcios, a luta corpo-a-corpo e com espadas surgiram por volta
de 2.700 a.C. e eram exercícios com fins militares. Os outros jogos tinham caráter religioso.
Campeonatos, torneios, olimpíadas, recordes, títulos,medalhas, torcidas e comemorações.
A aura mítica do esporte e seus heróis - os atletas - fazem parte do dia-a-dia de bilhões de
3
pessoas ao redor do planeta. As disputas esportivas têm o poder de colocar países inteiros em
compasso de espera. O Brasil pára para ver os jogos da seleção na Copa do Mundo e o mesmo
se repete na Argentina, na Inglaterra ou na Itália. Nações dos cinco continentes acompanham
as transmissões de provas e partidas dos Jogos Olímpicos, mesmo que seus esportistas não
tenham qualquer chance de vitória.A longa história do esporte ajuda a entender como um
fenômeno surgido há milênios se perpetuou no imaginário do homem. Inicialmente, a
prática esportiva está ligada aos exércitos e às guerras. Aprimorar e desenvolver a força física
do soldado, além de significar mais chances de vitória nas batalhas, serve para demonstrar a
superioridade de um povo.Na China desenvolveu-se o Kung-fu há mais ou menos 5 mil anos.
Acredita-se que foram os gregos e os persas os pioneiros na sistematização da prática do
esporte.
O homem moderno vem deixando de lado as práticas esportivas, o que muitas vezes leva a um
estilo de vida sedentário e provoca distúrbios como má alimentação, obesidade, tabagismo,
estresse, doenças coronarianas, etc.
Como reação a essa atitude, a ciência do esporte vem desenvolvendo estudos e demonstrando
a importância que a prática constante de uma atividade física bem planejada tem para que as
pessoas possam ter uma vida mais saudável.
4
1 – Auto estima
A prática regular de exercícios aumenta a confiança do indivíduo.
2 – Capacidade Mental
Pessoas ativas apresentam reflexos mais rápidos, maior nível de concentração e memória mais
apurada.
3 – Colesterol
Exercícios vigorosos e regulares aumentam os níveis de HDL (lipoproteína de alta densidade,
o ―bom colesterol‖) no sangue, fator associado à redução dos riscos de doenças cardíacas.
4 – Depressão
Pessoas com depressão branda ou moderada, que praticam exercícios de 15 a 30 minutos em
dia alternados, experimentam uma variação positiva do humor já após a terceira semana de
atividade.
5 – Doenças Crônicas
Os sedentários são duas vezes mais propensos a desenvolver doenças cardíacas. A atividade
física regula a taxa de açúcar no sangue, reduzindo o risco de diabetes.
6 – Envelhecimento
Ao fortalecer os músculos e o coração, e ao amenizar o declínio das habilidade físicas, os
exercícios podem ajudar a manter a independência física e a habilidade para o trabalho,
retardando o processo de envelhecimento.
7 – Ossos
Exercícios regulares com pesos são acessórios fundamentais na construção e manutenção da
massa óssea.
5
8 – Sono
Quem se exercita ―pega‖ no sono com mais facilidade, dorme profundamente e acorda
restabelecido.
9 – Stress e Ansiedade
A atividade física libera os hormônios acumulados durante os momentos de stress. Também
funciona como uma espécie de tranquilizante natural – depois do exercício a pessoa
experimenta uma sensação de serenidade.
Conceitos importantes para a prática da atividade física.
Figura 3 Caminhada, esporte popular e barato de fácil Figura 4 Pratica esporte na terceira idade, também é uma
acesso a todos. boa forma de aumentar a qualidade de vida
6
No mundo que vivemos hoje, totalmente globalizado é bastante como termos o mesmo
esporte sendo o mais praticado em vários países diferentes, mesmo aquele esporte não tendo
sendo ―inventado‖ nesses países,como é o caso do futebol, oriundo da Inglaterra, hoje é o
esporte mais popular do mundo e dominado pro brasileiros e espanhóis.
Com tudo, mesmo diante de um mundo totalmente integrado existe vários esporte que só
existem em seus países de origem ou não fazem sucesso em todos os lugares do mundo, como
é o Exemplo do beisebol, esporte adorado por norte-americanos,mas que não faz tanto sucesso
no restante do mundo.
1. Futebol
2. Cricket
3. Hóquei em campo
4. Tênis
5. Voleibol
6. Rugby
7. Baiseball
8. Golf
9. Basquete
Vários esportes nasceram no país, entre eles a peteca, o sandboard, frescobol futebol de
praia, futsal (versão oficial do futebol indoor),footsack, biribol,futetênis o acquaride, e
o futevôlei Nas artes marciais, os brasileiros têm desenvolvido acapoeira, vale-tudo, e o jiu-
jitsu brasileiro.
Outros esportes de considerável popularidade são: basquete, vôlei, Fórmula 1, judô e tênis. A
prática amadora de esportes é muito popular e os clubes são os maiores promotores. Além das
organizações privadas, vários governos estaduais e municipais mantêm estruturas esportivas
tanto para a prática amadora, na forma de lazer, quanto na organização profissional em
estádios e outras estruturas.
Nos últimos anos, as delegações que representam o país em competições como os Jogos Pan-
americanos e os Jogos Olímpicos vêm melhorando seu desempenho. Em 2007, o Rio de
Janeiro sediou a competição continental. Esta foi a segunda vez que o país recebeu o torneio.
Na primeira oportunidade, a competição fora organizada em São Paulo, no ano de 1963.
O Brasil não conquistou nenhuma medalha nos Jogos Olímpicos de Inverno ainda. Por isso,
após os Jogos de Vancouver em 2010, as Confederações Brasileira de Desportos na
Neve (CBDN) eno Gelo (CBDG) apresentaram projetos ao Comitê Olímpico
Brasileiro objetivando o desenvolvimento dos esportes de inverno no país, a presença de mais
desportistas nos Jogos de Sóchi, naRússia, até a construção de um complexo de treinamento
no interior de São Paulo
O Brasil é um pais que ama esporte, e assim a variedade de desporte aqui praticados é
enorme.
Infelizmente nem sempre eles são praticados nas melhores condições para os atletas, mas o
pai mesmo com inúmeras dificuldades consegue se potencia em alguns, como:
Tênis O tênis no Brasil pode ser considerado um esporte popular. Hoje existem
diversas quadras em clubes, em propriedades particulares e para locação,
especialmente em cidades com nível mais elevado do tamanho da população. Também
é encarado por alguns como um passa tempo, ou um esporte a ser praticado depois de
um dia de trabalho ou até mesmo antes dele.
Lutas. O vale-tudo começou na terceira década do século XX, quando Carlos Gracie,
um dos fundadores da luta marcial brasileira Gracie Jiu-Jitsu, convidou cada
competidor de modalidades de luta diferentes. Isso era chamado de "Desafio do
Gracie". Mais tarde, Hélio Gracie e a família Gracie e principalmente, Rickson Gracie,
mantiveram este desafio que passaram a se dar como duelos de vale-tudo sem a
presença da mídia.
14
Nos dias de hoje o esporte desenvolve um papel importante na sociedade que vivemos. Ele
não apenas tem a função de lazer e de vida saudável, mas também exerce a função e
integração na sociedade, seja ela entre crianças tímidas e acham no esporte uma saída para
timidez, para cidade como campeonatos regionais ou entre escolas, mas também entre nações,
como forma de promover a união entre os povos, assim hoje a quantidade de campeonatos
entre nações é enorme e gera expectativa em todos para que cheguem essas datas.
Com tudo, não vivemos em um mundo onde todos são bonzinhos e quere a união dos povos.
Esses campeonatos servem também como uma forma de capitalizar recurso em diversos
setores da economia global, já que vivemos em um mundo totalmente capitalista.
Assim fica clara que campeonatos de nível mundial como: Copa do mundo de futebol,
Olimpíadas, Formula 1, Jogos Pan-americanos, Libertadores, Copa dos Campeões da Europa,
Copa do mundo de Vôlei e Natação, são forma bem sucedidas de conseguir grandes
investimento e desenvolvimento de regiões.
Em uma pesquisa feita pela revista Forbes relaciona o valor dos prêmios dados aos
vencedores das maiores competições no mundo. Dentre as 10, encontramos 4 torneios de
futebol confirmando assim um esporte que conquistou o planeta e se tornou fonte de
investimento a muitos anos. Nessa lista não foi considerada a Liga inglesa de futebol por se
tratar de um torneio longo.
15
O esporte é a paixão que mais movimenta dinheiro no mundo. Estima-se que, em suas mais
diferentes modalidades, do futebol ao tênis, a indústria esportiva gere em torno de US$ 1
trilhão por ano, apresentando um dos maiores percentuais de crescimento entre os principais
16
Quem consome o esporte, seja qual for o tipo de esporte, adquire uma sensação positiva. Ir a
um estádio assistir a uma partida tem o mesmo efeito de um show de música, já que uma
pessoa pode se lembrar de um evento ao qual compareceu por semanas.
A chamada indústria do esporte se refere a toda atividade que acontece no entorno do atleta e
que movimenta dinheiro. Um exemplo claro: um treinador ou um fisioterapeuta, por exemplo,
é remunerado por meio de um salário, e esse valor será usado para consumo ou poupança,
movimentando a economia do esporte. Mas além dessas atividades mais próximas do atleta,
há uma imensa cadeia ao longo da prática esportiva envolvendo produtos e serviços, assim o
esporte já representa uma parcela expressiva do PIB de vários países, e com impacto cada vez
maior nos indicadores econômicos.
17
Alguns números que tornam mais concreta a percepção da importância do esporte, futebol
incluso, nas Economias, e que servem também para algumas reflexões pertinentes sobre o
conceito de ―prioridade‖ na agenda interna de um país.
Acaba de ser divulgada uma pesquisa da Folha de SP, com dados interessantes. Por exemplo,
57% dos entrevistados se dizem contra o investimento público nas ―arenas da Copa 2014″. E
vou ficar apenas com esse dado, pois o objetivo deste post não é a análise da pesquisa.
Eu já escrevi sobre isso. Percebo que é cada vez mais perceptível aos olhos da população um
ranço em relação à mega eventos como Copa Fifa e Olimpíadas. E na opinião de boa parte das
pessoas com quem converso, argumentam que Copa e Olimpíada não são prioridades para o
país, e que os recursos públicos devem ser direcionados para as ―reais‖ prioridades, saúde e
educação, as de sempre.
Sobre a pergunta da pesquisa, cabem dois comentários. Devemos considerar em primeiro
lugar, que todo investimento público deve observar algumas premissas, entre elas o efeito
multiplicador que o mesmo terá na Economia do país. Investir num equipamento esportivo
sustentável que tenha o poder de revitalizar determinadas áreas urbanas, que promova a
geração de riquezas e emprego, e que contribua de alguma forma para a iniciação e prática
desportiva da população, é um bom exemplo. Se isso não é prioridade, o que seria ? Isso
também é investir em saúde. O outro ponto da pergunta é a questão ―arenas da Copa‖. Ora,
não podem e não devem ser vistas como tal. Estamos falando de reestruturar nossa infra
esportiva, que servirão para tudo aquilo que citamos antes para um ciclo de pelo menos 40
anos. Não são ―arenas da Copa‖. São arenas esportivas. Ponto. A palavra chave é
sustentabilidade. Colocar recursos públicos em elefantes brancos é uma coisa (e por isso
critico a escolha de determinadas sedes e projetos), mas não precisa ser assim. Infelizmente,
os maus exemplos causam um efeito devastador na opiniãopública.
E qual a conexão entre a pesquisa da Folha e o estudo da Universidade inglesa?
Algumas conclusões são notáveis. O esporte ocupa hoje um papel na Economia inglesa sem
paralelo nos últimos 25 anos.
18
2,3 % de todo o consumo da ilha, está ligado aos esportes, que emprega 1,8% de toda a mão
de obra, num total de 441.000 trabalhadores.
O PIB esportivo, que em 1985 se situava em £ 3,3 bilhões, saltou para £ 17,3 bilhões no
período 2008/09, um salto superior a 500%.
O futebol é responsável por grande parte desse resultado, mas os demais esportes tem
contribuído decididamente para que a Economia esportiva cresça mais que proporcionalmente
em relação aos demais setores.
Os crescentes valores alcançados pela aquisição de direitos de mídia da Premier League, tem
sido o maior responsável pela contribuição do futebol.
Apesar da região de Londres contribuir com a maior parte do resultado nominal, em termos
―per capita‖, a região de East England possui o maior consumo, com £ 404 anuais em média.
Não existem estudos recentes confiáveis sobre Economia do Esporte no Brasil, mas algumas
projeções antigas estimam algo entre 1,5 e 2% do PIB a participação do setor esportivo. Nos
EUA, já estaria beirando os 3%.
O próximo estudo relativo ao período 2009/10 que se encerrará em outubro próximo, bem
como os dos períodos pré Olimpíadas, deverão apresentar resultados mais expressivos ainda,
já que a produção e venda de artigos esportivos, o licenciamento de produtos com a marca de
um clube, a elaboração de contratos por advogados, a gestão da carreira do atleta, a venda dos
direitos de transmissão de jogos, o patrocínio de clubes e esportistas, entre outras, são
atividades que fazem parte dessa cadeia e que nos levam a considerar o esporte atual como
uma indústria.
O crescimento é tão assustador que a primeira Copa do Mundo, em 1930, no Uruguai, teve
uma arrecadação bruta de 255 mil dólares. O valor é referente apenas à única fonte de renda
do campeonato: a venda dos ingressos dos seus 18 jogos. O dinheiro também era dividido de
maneira diferente: em 1950, no Brasil, a Fifa ficou com 30%, o Brasil com 15%, e os outros
12 países participantes com 55%.
A Copa de 1954 na Suíça arrecadou 1.320.000 dólares (para 943.000 espectadores, sendo
745.804 pagantes), com despesas de 667.380 do comitê organizador, e o lucro de 652.620
dividido com 15% para a Fifa (97.450 dólares), 25% para o governo suíço (162.400) e 60%
(392.770) divididos entre os 16 países participantes, ficando 60.230 dólares para o campeão, a
Alemanha Ocidental, enquanto o Brasil, quinto colocado, recebeu com 21.000 dólares.
19
Em 1970 no México o total arrecadado somou 5.917.920 dólares, com apenas 1.560 mil ainda
em direitos de TV: surgiam nos estádios as placas publicitárias, que rapidamente ganharam
visibilidade – e valor monetário. Em 1974, na Alemanha Ocidental, a arrecadação subiu para
45 milhões de dólares – 24 de ingressos, 12 direitos em transmissão, nove de publicidade.
Em 2014, além das entradas para as suas 64 partidas, a Copa terá especialmente o dinheiro
dos direitos de transmissão e dos patrocínios. Já entre 1998 e 2006 a arrecadação da Fifa com
a Copa do Mundo – somando patrocínios, televisionamento, ingressos e direitos em geral –
tinha subido de 175 milhões de euros na França para 2,1 bilhões de euros na Alemanha.
Os ingressos constituem inclusive a menor parcela do dinheiro da Copa. Para 2014 devem ser
proximadamente 444 milhões de dólares (cerca de 3,7 milhões de entradas a uma média de
120 dólares), contra 1,5 bilhão dos 20 apoiadores comerciais (seis empresas-sócias, oito
patrocinadores, seis apoiadores locais) e 2 bilhões de direitos de transmissão. Num cálculo
superficial, os 255 mil dólares da Copa de 1930 vão subir para 4 bilhões em 2014.
Depois desses dados, será que alguém ainda acha que esporte, além de todos os benefícios de
saúde e inclusão social, não é prioritário para algum país.
Grandes eventos esportivos trazem tanto beneficio, quanto malefícios para a sociedade que irá
receber os grandes eventos realizados hoje em dia.
A muita melhoria na infraestrutura das cidades, como melhores ruas, hotéis, restaurantes,
capacitação da população para receber o publico, transporte publico, aeroportos, portos,
telecomunicação, entre varias outras coisas.
20
Esses fator de melhora é de suma importância na hora da escolha da sete, pois as instituições
não apenas estão preocupadas com a boa realização dos eventos, mas também em deixar um
legado para a sociedade após o termino da competição.
Porem todo esse desenvolvimento também traz efeitos negativos na população. Vejamos
alguns exemplos que aconteceram em alguns eventos esportivos no mundo.
21
poderiam ser afetados por mudanças nas demandas do orçamento na preparação para a Copa
de 2010
Um estudo encomendado pelo Ministério do Esporte apontou qual será o impacto da Copa de 2014
na economia do Brasil.
O estudo apresentado pelo Ministério do Esporte mostrou que o Mundial vai trazer benefícios que
vão além da construção de novos estádios de futebol. Entre recursos investidos e gerados, direta e
indiretamente, R$ 183 bilhões devem circular em torno do evento.
Funciona assim: ao construir um novo estádio, é preciso investir em material, há a necessidade de
mão de obra, novos empregos são gerados e, quem estava desempregado, agora, pode comprar
mais e o consumo aumenta. O governo arrecada com os tributos e o dinheiro circula.
Na geração de empregos, por exemplo. Estima-se que sejam criados 710 mil novos postos de
trabalho, 330 mil permanentes. Estão previstos R$ 33 bilhões de investimento em infraestrutura,
78% provenientes do setor público.
Uma boa parte desta quantia será usada na modernização dos principais aeroportos. O sucesso de
uma Copa também depende da facilidade com que os turistas viajam pelo país. E não é pouca
gente: pelo menos 3,1 milhões turistas nacionais e 600 mil estrangeiros vão circular pelo Brasil
durante os meses do Mundial. Todos gastando mais dinheiro e aquecendo a nossa economia.
―O importante desse estudo é que comparando com a edição da Copa da Alemanha, da Copa da
África do Sul e da Copa da França, nós podemos perceber que, no Brasil, o impacto econômico vai
ser mais relevante. Então a repercussão econômica da Copa da Fifa em 2014 vai ser maior em
nosso país‖, declarou o ministro do Esporte, Orlando Silva.
Mariano Bícego.
Segundo o Secretário Municipal de Esportes, uma pesquisa foi realizada pela Secretaria
apontando significativos números na ordem de R$ 1 milhão. ―Nós entrevistados e
perguntamos tanto para as Federações e Confederações quanto os donos de restaurantes,
hotéis, comércio de maneira geral, o que representou a vinda desses atletas e comissões
técnicas para Paraíso. Com isso, nós tivemos um número alto passando da casa de R$
1milhão, somente em 2010‖, explicou.
Com mais turistas na cidade, a economia é aquecida beneficiando setores como o comércio e
serviço. ―Fizemos uma pesquisa e os atletas gastam em média R$ 15 por dia na nossa cidade,
é uma pizza, um lanche, um açaí, um milk shake, um sorvete, um remédio na farmácia, então
eles gastam bastante. Isso traz também um volume grande para o comércio paraisense‖, disse
o Secretário de Esportes.
O Secretário destaca ainda que Paraíso poderá sediar importantes eventos esportivos em 2012.
―Paraíso foi anunciada como sede da Copa América de Basquete Masculino sub 18, janeiro é
a data inicial quando eles começam a disputar esses jogos, então nós vamos ter todos os
países da América representados aqui e também no dia 24 de janeiro sai o anúncio do Comitê
Olímpico Brasileiro sobre as cidades que serão escolhidas como sub-sedes para a Olimpíada
do Rio 2016. Paraíso está entre as possíveis cidades a serem escolhidas‖, salientou Mariano
Bícego.
O esporte está gerando lucro para o setor de serviços, a exemplo deste restaurante que fornece
refeições diárias para aos atletas.―Representou 30% de crescimento no ano passado‖,
comemorou o proprietário do restaurante, Francisco dos Reis Júnior. Em um levantamento
feito pelo restaurante, nesses 2 anos foram servidas 15 mil refeições aos atletas, sendo 4
refeições diárias. E para atender tanta gente foram criados 14 novos empregos. ―Investimos
em funcionários que nós contratamos para o Centro Olímpico, cada vez que o pessoal vem,
nós contratamos 14 funcionários. Nós contratamos ainda o serviço de padaria e de mercado‖,
afirmou o comerciante. Nesse período, o faturamento aumentou e o comerciante investiu em
sua sede própria.―Esse dinheiro nós fizemos nossa sede própria‖, declarou o proprietário do
restaurante.
25
Outro ramo que lucrou com os atletas foi o setor de transporte. Esta agência de turismo
buscava e levava os atletas com destino às competições. ―A gente buscava os atletas nas
cidades deles em Bauru, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte e São Paulo. Eles vieram
para Paraíso, daí eles fizemos as 1º e 2º etapas, depois levamos eles novamente para suas
cidades de origem. E os times do Bauru e Paulistano que foram para a final, nós os levamos
para o Rio de Janeiro, e os trouxemos de novo para suas cidades‖, disse o administrador e
sócio proprietário da empresa de turismo, Adilson Carvalho dos Santos.
O impacto de grandes eventos para o setor no Brasil é bem variado. No caso de shows
internacionais, por exemplo, sabe-se que tais eventos geram uma receita para as cidades em
que eles acontecem, visto que shows assim costumam atrair pessoas de diferentes municípios
e estados. Desse modo, os frequentadores dos shows acabam usando os serviços disponíveis
nas cidades que sediam os grandes eventos, visto que o público utiliza hotéis e ainda aproveita
para conhecer pontos turísticos dos locais.
26
Conhecer os tipos de impactos que eventos de grande porte podem causar ajuda na prevenção
de problemas, considerando os eventos que já aconteceram. Para que os eventos deixem mais
benefícios do que prejuízos, os organizadores devem fazer estudos e pesquisas de modo que
haja uma programação que tenha como base as características de cada cidade.
Eventos de grande porte também geram impactos culturais, que consistem em alterações nos
costumes culturais da população. Ao sediar um grande evento, qualquer cidade pode ter seu
turismo impulsionado, o que funciona como um incentivo para atividades culturais.
O Brasil sediará dois eventos de proporções gigantes nos próximos anos. No ano que vem, o
país será palco da Copa do Mundo, enquanto em 2016 será a vez dos Jogos Olímpicos.
Eventos esportivos como a Copa e as Olimpíadas são oportunidades para o país atrair
visitantes de inúmeras nações, o que pode contribuir para o turismo, desde que os planos de
investimentos do governo foquem as ações em melhorias ligadas à infraestrutura das cidades,
para que tanto os turistas quanto os moradores fiquem satisfeitos antes e após os eventos.
A capital do Rio de Janeiro ficará encarregada de sediar os Jogos Olímpicos de 2016. Por sua
vez, a Copa Mundial de Futebol de 2014 acontecerá nas seguintes cidades: Rio de Janeiro
27
(RJ), São Paulo (SP), Belo Horizonte (MG), Porto Alegre (RS), Brasília (DF), Salvador (BA),
Cuiabá (MT), Curitiba (PR), Fortaleza (CE), Manaus (AM), Recife (PE) e Natal (RN). Sendo
assim, a preparação para tais eventos requer uma série de cuidados, pois a movimentação no
país será enorme durante as competições, que afetarão as atividades diárias de uma grande
parcela da população.
Empresas devem tomar medidas para que os eventos de grande porte sejam aproveitados para
como oportunidades de negócios. Empreendedores precisam conhecer as dificuldades e
também os desafios que estão previstos. Por isso, planejar com o máximo de antecedência é
primordial, focando as metas em conseguir excelência em serviços.
E você, como avalia a situação do setor brasileiro para sediar eventos de grande porte? Conte
para a gente se você possui alguma experiência com esse tipo de evento e não se esqueça de
continuar visitando nosso site para saber mais sobre outros tipos de eventos!
28
De olho nesse mercado, grandes agências de marketing esportivo do globo se preparam para
aportar no País, principalmente, por conta dos grandes eventos esportivos que acontecerão no
país. O esporte virou business. Segundo especialistas, o setor esportivo mundial deve crescer
a uma taxa anual de 3,8% até 2013. Na América Latina e no Brasil, essa expansão deve ser
ainda mais intensa não só porque são países que estão mais atrasados do que os europeus e
americanos, mas também pela perspectiva de grandes investimentos por conta da Copa e das
Olimpíadas.
Projeta-se que a Copa e as Olimpíadas gerem juntas R$ 183 bilhões entre 2012 e 2016. Mas é
importante lembrar que o setor esportivo não se resume a futebol ou esportes olímpicos, já
que corridas de rua crescem a uma taxa média anual de 25% ao ano e as academias de
ginástica se disseminam, atingindo 4,2 milhões de brasileiros.
A proximidade de eventos como a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016 faz
o PIB, o produto interno bruto, do esporte brasileiro crescer. Segundo economistas, cerca de
20% acima da média da economia nacional. Os economistas afirmam ainda uma certa
contradição nesse cenário, já que dos R$ 4,1 trilhões do PIB brasileiro, apenas 1,6%
corresponde ao esporte, setor de grande potencial de faturamento, mas que é pouco
aproveitado.
Por estar num estágio bem anterior aos países mais desenvolvidos, o mercado esportivo
brasileira possui grande potencial. De fato, tem havido uma profunda transformação neste
setor, principalmente nos últimos 15 anos, com um processo de profissionalização mais
intenso. A receita dos principais clubes de futebol do Brasil, por exemplo, dobrou nos últimos
quatro anos. O voleibol, que antes não era uma modalidade tão popular e vencedora, hoje é o
segundo esporte mais praticado, colecionando mais de 60 títulos com a Seleção Brasileira
29
masculina e feminina. O esporte faz parte da indústria do entretenimento, a que mais cresce
no mundo ao lado da bélica e da automobilística.
Por tudo isso, o mercado do esporte já tem sido olhado como uma possibilidade concreta de
construção de carreira para jovens profissionais das mais diversas áreas: administração,
marketing, educação física, fisioterapia, fisiologia, direito, entre outras.
A indústria do esporte no mundo deve crescer a uma taxa anual de 3,8% até 2013, segundo
relatório da consultoria PriceWaterhouseCoopers. Na América Latina e no Brasil, esse
crescimento deve ser ainda mais intenso não só porque são países que estão mais atrasados do
que os europeus e norte-americanos, mas também pela perspectiva de grandes investimentos
por conta da próxima Copa do Mundo e das Olimpíadas em 2016 serem no Brasil.
O Brasil, inclusive, já nota o crescimento de outras modalidades, além dos esportes mais
tradicionais. O segmento de corrida de rua, por exemplo. O aumento dessa prática no País tem
também ocorrido pela importância cada vez maior das pessoas para o cuidado com sua saúde.
Além de uma alimentação regrada, a prática esportiva já é considerada fundamental para
complementar uma vida mais saudável.
A corrida de rua, por ser uma prática simples, fácil e barata, tem sido uma opção interessante
para a população. Além disso, o aparecimento de grupos de corrida e de participação em mini-
maratonas de equipes tem estimulado o desenvolvimento de relacionamentos entre as pessoas,
o que é mais um atrativo para esse segmento.
Há, portanto, necessidade de capacitar cada vez mais pessoas para atuar de forma profissional
na gestão e no marketing esportivo, para que a máquina econômica deste setor cresça no País.
E o momento é esse.
30
No caso do Rio de Janeiro, alerta o estudo, a ameaça de expulsão de moradores de áreas que
serão usadas para os Jogos de 2016 é real e o governo terá de dar uma solução.
Os exemplos citados pela ONU são inúmeros. Em Seul, em 1988, a Olimpíada afetou 15% da
população, que teve de buscar novos locais para morar – 48 mil edifícios foram destruídos.
Em Barcelona, em 1992, 200 famílias foram expulsas para a construção de novas estradas.
Em Pequim, a ONU admite que 1,5 milhão de pessoas foram removidas de suas casas. A
expulsão chegou a ocorrer em plena madrugada. Moradores que se opunham foram presos.
31
Outra constatação é a alta nos preços de casas. Em Seul, a inflação foi de 20% nos oito meses
anteriores aos Jogos. O preço da terra subiu 27%. Em Barcelona, a alta foi de 131% nos cinco
anos antes da Olimpíada, contra mais de 50% em Sydney. Em Atlanta, 15 mil moradores
foram expulsos de suas casas em 1996 e a inflação no setor imobiliário passou de 0,4% para
8% no ano dos Jogos.
Para Londres/2012, as áreas próximas aos locais dos eventos já sofrem inflação quatro vezes
maior que a média nacional.
CONCLUSÃO
Podemos ver com os argumentos acima expostos que o esporte assumiu um importante papel
no mundo atual. Ele não apenas tem a função de integrar, cidades, estados e ate mesmo
nações, mas também leva desenvolvimento a áreas sem desenvolvimento, melhorando
infraestrutura, transporte publico, rede de hotéis gerando emprego para população local e
melhorando o turismo local, que passa a ser um ponto turístico.
Assim vemos que o esporte passou a ter um papel importante na economia global,
movimentando mais de 1 trilhão pelo mundo na base da paixão e patrocinadores.]
33
REFERÊNCIAS
http://pt.scribd.com/doc/3086770/Historia-do-Esporte
http://www.educacaofisica.com.br/index.php/voce-ef/151-cronicas-artigos-assinados/4118-
beneficios-do-esporte-para-a-saude-fisica-mental-e-o-convivio
http://top10mais.org/top-10-maiores-eventos-esportivos-do-mundo/#ixzz2ln3Vzty3
http://esporte.esp.br/eventos-esportivos-que-movem-o-mundo/
http://www.administradores.com.br/noticias/administracao-e-negocios/movimento-do-
esporte/35619/,
http://raquelrolnik.wordpress.com/2010/03/05/olimpiada-e-copa-trazem-prejuizo-social/
PONTÍFICIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE
SÃO PAULO
Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e
Atuariais.
TRANSIÇÃO DE GERAÇÕES
2º Semestre2013
SUMÁRIO
CONCLUSÃO............................................................................................................... 38
REFERÊNCIAS............................................................................................................ 39
1
CAPITULO I - GERAÇÃO X
O termo Geração X é utilizado para rotular as pessoas nascidas após o chamado ―Baby
Boom‖, que foi um aumento importante na taxa de natalidade dos Estados Unidos após
a Segunda Guerra Mundial. Também conhecida como Gen X, essa geração inclui a população
nascida no início de 1960 até o final dos anos 70, mas também podem ser considerados como
"X" os nascidos no início dos anos 80, no máximo até o ano de 1982.
Criado pelo fotógrafo Robert Capa no ano de 1950, o termo Geração X foi utilizado em um de
seus ensaios fotográficos. O trabalho em questão era sobre jovens mulheres e homens que
cresceram depois da Segunda Guerra Mundial. De acordo com Capa, ―nomeamos esta
geração desconhecida como Geração X e, mesmo em nosso primeiro entusiasmo, percebemos
que tínhamos algo muito maior do que os nossos talentos e bolsos poderiam lidar‖. O projeto
foi divulgado pelo Picture Post do Reino Unido e pelo Holiday, dos Estados Unidos no ano de
1953. Nas palavras do escritor norte americano John Ulrich, a geração X sempre foi
considerada como um grupo de pessoas jovens, sem identidade aparente, que enfrentariam um
mal incerto, sem definição, um futuro hostil.
Ainda segundo Ulrich, o termo ganhou alterações posteriores às definições de Capa. Durante
os anos 60 e 70, sua abrangência, que era global, tornou-se atribuição de conjuntos específicos
na em sub-culturas inglesas. Esses grupos eram, em sua maioria, formados por homens
brancos da classe operária, incluía os mods, os rockers e até mesmo algumas subculturas
punks.
Por ter sido considerada polêmica pela revista, a matéria não foi publicada. Porém, Deverson
juntou-se ao jornalista Charles Hamblett para escrever um livro a partir do estudo inicial.
Então, os dois publicaram a obra Generation X – Perfect hits 1975 – 1981. Tempo depois, em
1991, a Geração X ganhou mais popularidade com o romance do escritor canadense Douglas
2
Coupland, que lançou o livro ―Geração X: contos para uma cultura acelerada‖. No livro, são
romanceadas as atitudes e o estilo de vida dos jovens no final da década de 80.
São Paulo – A sua maneira de pensar e de construir uma apresentação profissional tem mais a
ver com a sua idade e com a sua geração do que você imagina.
Executivos da geração X e anteriores tendem a optar por um tipo de construção distinto dos
profissionais da geração Y. É claro que não é algo tão engessado assim, mas as diferenças são
geralmente visíveis. E embora os profissionais mais jovens estejam mais identificados com o
novo modelo, mais atrativo e com mais recursos visuais, as duas gerações têm pontos fortes e
fracos na hora de elaborar suas apresentações. Confira quais são:Pontos Fortes da geração X
e anteriores.
1.1 - GERAÇÃO X
A Geração X é jovem que nasceram entre 1965 e 1977 e totalizam 40 milhões de pessoas,
somente nos Estados Unidos, para ela há diferentes definições de liderança, lealdade e
incentivos de reconhecimento, como por exemplo, trabalhar não é prioridade número 1 na sua
vida.
Algumas dicas para se ter em mente. Embora pareçam ser generalidades, elas podem ser
bastante úteis quando for trabalhar com pessoas da Geração X.
7. Ela não gosta dos Baby Boomers que geralmente preferem trabalhar independentemente.
11. Ela desafia frequentemente o status quo, sempre olhando para uma maneira melhor.
12. A Geração X gosta mais de dar feedback à comunidade do que apenas trabalho.
13. Ela quer feedback regular e frequentes sobre o desempenho de seu trabalho.
14. Ela está apta em estabelecer maneiras de desafios de como fazer as coisas, razão porque
há sempre melhores maneiras.
16. A Geração X masculina tende a ser orientada para a família e interessada na ausência
paterna, como a Geração X feminina.
Em 1999, houve uma ruptura na força de trabalho nos Estados Unidos por geração, conforme
é demonstrado a abaixo:
4
O papel dos Gerentes de Recursos Humanos é de fundamental importância para lidar com os
anseios e vontades da Geração X. Os gestores que puderem identificar
mais facilmente os diferentes fatores motivacionais que variam de geração para geração,
estarão bem mais equipados e preparados para recrutar e reter os melhores candidatos e
talentos.
Como fatores motivacionais eles deverão: desenvolver programas de incentivos que motivem
a produtividade e bons comportamentos, promoverem
um maior envolvimento deles nos processos de tomada de decisões, diminuir o tempo para
recompensar talentos, procurar um balanço entre estilo de vida e de trabalho para
controlar a sua criatividade, proporcionar treinamento adequado e reforçar a relação entre
gerentes e empregados.
Em resumo, o que pode ser fator importante para gerações anteriores, pode não ser tão
importante para a Geração X. Os valores, culturas e critérios são outros, que
precisam ser entendidos e moldados pelos gestores das empresas.
Mais de um em cada dez membros da geração X estão matriculados em classes para continuar
sua educação formal, segundo um novo estudo da Universidade de Michigan.
5
Além disso, 48% dos 80 milhões de integrantes da geração X continuam a fazer cursos de
educação continuada, treinamentos de serviço e workshops necessários para certificações e
licenças profissionais.
Os resultados mostram que 1.8 milhões de jovens estudam para receber um diploma de
colégio técnico, 1.7 milhões estão buscando um diploma de graduação e quase Dois milhões
estão fazendo cursos para receber diplomas de pós-graduação, doutorado e outros níveis
profissionais.
De acordo com Miller, pouco mais de 40 por cento da Geração X conquistaram um diploma
de bacharelado ou grau superior, e aqueles que vivem nas grandes cidades ou subúrbios tem
mais chance de conseguir um diploma do que aqueles que vivem em pequenas cidades ou
áreas rurais.
A maior parte das pessoas que compõe a geração X, entre 30 e 40 anos, não se sentem
ameaçada pelas organizações, pois não confiam nelas. Uma matéria da Harvard Business
Review relata a insatisfação dessa geração que pretende deixar a vida coorporativa para ter
seu próprio negócio ou trabalhar em pequenas empresas. Alguns dos motivos são:
- A geração X se sente isolada pelas gerações Y e pelos boomers, já que os dois últimos estão
crescendo e aprendendo juntos;
- Não se sentem a vontade com o avanço tecnológico e se incomodam por terem que pedir
ajuda para outras gerações mais novas;
- Não têm muita perspectiva de plano de carreira, já que com o passar da idade, as pessoas se
especializam mais o que afunila o seu crescimento profissional.
É importante lembrar que as organizações necessitam muito dessa geração, pela liderança e
confiança que ela transmitir aos demais. Logo, é importante que as empresas se atentem às
necessidades e vontades dos X's.
O mais importante dessa classificação é a instituição poder trabalhar de forma coerente com
cada um desses biótipos, a adaptação de ambos possibilita o surgimento de inúmeros
benefícios para o trabalhador e também para a empresa. Além disso, existe uma variedade de
conhecimentos muito ampla entre as gerações, capaz de ajudar na troca de experiência e
promover a sinergia entre diferentes públicos.
Entre as 4 gerações, está a X, chamada assim por não possuir uma denominação muito
apurada. No entanto, suas características são bastante interessantes e relevantes. As principais
particularidades se intercalam com a vida pessoal e a profissional, enumeradas da seguinte
forma:
São pessoas que apresentam conhecimento embaçado e mais aprofundado sobre temas, o que
reflete positivamente na hora de elaborar uma apresentação. ―Já montamos, por exemplo, uma
apresentação para um grande executivo de uma multinacional do zero, a partir única e
exclusivamente da bagagem dele‖, diz Grecov.
2- Calma e segurança
O pensamento é mais racional e a pressa é menor. Por isso, a dedicação com que os
profissionais da geração X trabalham uma apresentação traz segurança tanto na hora de
elaborar o material quanto no momento da apresentação. ―São pessoas que, em geral, têm
mais calma para respirar e absorver o conhecimento‖, diz Grecov.
―Eles não têm muita facilidade visual, usam e abusam dos bullet points‖, diz Grecov.
Ausência de recursos visuais pode deixar a apresentação pesada e nada atrativa para quem a
vê.
9
Há um risco de achar que sabe tudo sobre o tema. ―O excesso de segurança pode atrapalhar na
hora de o profissional se abrir para novas ideias. E na hora de transmitir este conhecimento,
há o perigo de nem sempre levar em consideração a bagagem dos ouvintes‖, diz Grecov.
10
CAPITULO II - GERAÇÃO Y
Geração Y, é a geração das pessoas que nasceram após os anos 80, são as pessoas
conhecidas também por serem chamadas de geração do milênio ou geração da Internet, que
surgiu exatamente por essa época.
A geração Y é conhecida por ser uma geração que vivenciou muitos avanços tecnológicos,
crescimento de diversos países, que acabaram tornando-se potências mundiais. As crianças da
geração Y cresceram tendo o que muitos de seus pais não tiveram, como TV a cabo,
videogames, computadores, vários tipos de jogos, e muito mais. Por terem esse contato todo
com a tecnologia, acabaram ficando conhecidos por serem pessoas folgadas, distraídas,
insubordinadas e superficiais, em sua grande parte.
A Geração Y também é conhecida por ter grande ambição, e é normal encontrar jovens dessa
geração que trocam de emprego frequentemente, porque no emprego anterior não eram
desafiados e não tinham oportunidade de crescer profissionalmente.
As empresas, sempre interessadas com o tipo de público que querem atingir, fazem diversas
pesquisas de mercado para saberem qual o produto que a geração Y está interessada, como
eles querem ser atendido, o que eles estão procurando, pois é um público geralmente muito
exigente, sempre antenados em novas tecnologias e novos produtos. A geração Y é um
público ávido por inovações, querem ter sempre a televisão mais moderna, o smartphone do
momento, todos os produtos mais tecnológicos possíveis.
Em contrapartida, a geração Y também ficou conhecida por ser a geração mais preocupada
com o meio ambiente, uma vez que seus pais não se preocuparam tanto, eles estão muito
interessados em deixar um bom lugar para seus filhos viverem.
Eles já foram acusados de tudo: distraídos, superficiais e até egoístas. Mas se preocupam com
o ambiente, têm fortes valores morais e estão prontos para mudar o mundo.
Priscila só faz o que gosta. Francis não consegue passar mais de três meses no mesmo
trabalho. E Felipe leva a sério esse papo de cuidar do meio ambiente. Eles são impacientes,
11
Com 20 e poucos anos, esses jovens são os representantes da chamada Geração Y, um grupo
que está, aos poucos, provocando uma revolução silenciosa. Sem as bandeiras e o
estardalhaço das gerações dos anos 60 e 70, mas com a mesma força poderosa de mudança,
eles sabem que as normas do passado não funcionam - e as novas estão inventando sozinhos.
"Tudo é possível para esses jovens", diz Anderson Sant'Anna, professor de comportamento
humano da Fundação Dom Cabral. "Eles querem dar sentido à vida, e rápido, enquanto fazem
outras dez coisas ao mesmo tempo."
Folgados, distraídos, superficiais e insubordinados são outros adjetivos menos simpáticos para
classificar os nascidos entre 1978 e 1990. Concebidos na era digital, democrática e da ruptura
da família tradicional, essa garotada está acostumada a pedir e ter o que quer. "Minha
prioridade é ter liberdade nas minhas escolhas, fazer o que gosto e buscar o melhor para
mim", diz a estudante Priscila de Paula, de 23 anos. "Fico muito insatisfeita se vejo que fui
parar em um lugar onde faço coisas sem sentido, que não me acrescentam nada."
A novidade é que esse "umbiguismo" não é, necessariamente, negativo. "Esses jovens estão
aptos a desenvolver a auto realização, algo que, até hoje, foi apenas um conceito", afirma
Anderson Sant'Anna. "Questionando o que é a realização pessoal e profissional e buscando
agir de acordo com seus próprios interesses, os jovens estão levando a sociedade a um novo
estágio, que será muito diferente do que conhecemos."
Nessa etapa, "busca de significado" é a expressão que dá sentido às coisas. Uma pesquisa da
Fundação Instituto de Administração (FIA/USP) realizada com cerca de 200 jovens de São
Paulo revelou que 99% dos nascidos entre 1980 e 1993 só se mantêm envolvidos em
atividades que gostam, e 96% acreditam que o objetivo do trabalho é a realização pessoal. Na
questão "qual pessoa gostariam de ser?", a resposta "equilibrado entre vida profissional e
pessoal" alcançou o topo, seguida de perto por "fazer o que gosta e dá prazer". O estudo,
desenvolvido por Ana Costa, Miriam Korn e Carlos Honorato e apresentado em julho, tentou
traçar um perfil dessa geração que está dando problema para pais, professores e ao
departamento de RH das empresas.
12
BERÇO DIGITAL § E essa conversa pode ser ao vivo, pelo celular, e-mail, MSN, Twitter ou
qualquer outra ferramenta de comunicação que venha a surgir no mundo. Essa é a primeira
geração que não precisou aprender a dominar as máquinas, mas nasceu com TV, computador
e comunicação rápida dentro de casa. Parece um dado sem importância, mas estudos
americanos comprovam que quem convive com ferramentas virtuais desenvolve um sistema
cognitivo diferente.
Uma pesquisa do Departamento de Educação dos Estados Unidos revelou que crianças que
usam programas online para aprender ficam nove pontos acima da média geral e são mais
motivadas. "É a era dos indivíduos multitarefas", afirma Carlos Honorato, professor da FIA.
Ao mesmo tempo em que estudam, são capazes de ler notícias na internet, checar a página do
Facebook, escutar música e ainda prestar atenção na conversa ao lado. Para eles, a velocidade
é outra. Os resultados precisam ser mais rápidos, e os desafios, constantes.
É mais ou menos como se os nascidos nas duas últimas décadas fossem um celular de última
geração. "Eles já vieram equipados com a tecnologia wireless, conceito de mobilidade e
capacidade de convergência", diz a psicóloga Tânia Casado, coordenadora do Programa de
Orientação de Carreiras (Procar) da Universidade de São Paulo. "Usam uma linguagem veloz,
faz tudo ao mesmo tempo e vivem mudando de lugar." O analista Francis Kinder, de 22 anos,
não permanece muito tempo fazendo a mesma coisa. "Quando as coisas começam a
estabilizar fico infeliz", diz. "Meu prazo é três meses, depois disso preciso mudar, aprender
mais."
desenvolver foi apontada como fundamental para 94% dos jovens entrevistados pelos
pesquisadores da FIA. Os dados refletem a intenção de estar aprendendo o tempo todo. Mas,
dessa vez, o professor precisa ser alguém ético e competente.
"Esse ambiente onde qualquer um pode ser desmascarado com uma simples busca no Google
ensinou aos mais novos que a clareza e a honestidade nas relações é essencial", afirma Ana
Costa, pesquisadora da FIA. "Não consigo conviver com gente pouco ética ou que não cuida
do ambiente onde vive", diz Felipe Rodrigues, 22 anos, estudante de administração. O
sentimento do rapaz é compartilhado por 97% dos nascidos na mesma época, que afirmam
não gostar de encontrar atitudes antiéticas ao seu redor, de acordo com os dados da FIA.
"Chegou a hora dos chefes transparentes, alguém que deve ensinar. A geração passada
enxergava os superiores como seres para respeitar e obedecer. Não é mais assim."
Mas, além de aprender com os superiores, eles sabem que também podem ensiná-los, em uma
relação horizontal. Os jovens modernos funcionam por meio de redes interpessoais, nas quais
todas as peças têm a mesma importância. "A Geração Y mudou a forma como nós
interagimos", diz Ana Costa. "O respeito em relação aos superiores ou iguais existe, mas é
uma via de duas mãos. Eles só respeitam aqueles que os respeitam, e veem todos em uma
situação de igualdade", afirma.
Uma oficina sobre carreiras com estudantes da Faculdade de Administração da USP mostrou
que a prioridade da maioria deles é ter "estilo de vida", ou seja, integrar o emprego às
necessidades familiares e pessoais - e não o contrário. "A grande diferença em relação às
juventudes de outras décadas é que, hoje, eles não abrem mão das rédeas da própria vida", diz
Tânia Casado. "Eles estão customizando a própria existência, impondo seus valores e criando
uma sociedade mais voltada para o ser humano, que é o que realmente importa no mundo."
14
TRADICIONAIS (até 1945) >>> É a geração que enfrentou uma grande guerra e passou pela
Grande Depressão. Com os países arrasados, precisaram reconstruir o mundo e sobreviver.
São práticos, dedicados, gostam de hierarquias rígidas, ficam bastante tempo na mesma
empresa e sacrificam-se para alcançar seus objetivos.
BABY-BOOMERS (1946 a 1964) >>> São os filhos do pós-guerra, que romperam padrões e
lutaram pela paz. Já não conheceram o mundo destruído e mais otimista, puderam pensar em
valores pessoais e na boa educação dos filhos. Têm relações de amor e ódio com os
superiores, são focados e preferem agir em consenso com os outros.
GERAÇÃO X (1965 a 1977) >>> Nesse período, as condições materiais do planeta permitem
pensar em qualidade de vida, liberdade no trabalho e nas relações. Com o desenvolvimento
das tecnologias de comunicação já podem tentar equilibrar vida pessoal e trabalho. Mas, como
enfrentaram crises violentas, como a do desemprego na década de 80, também se tornaram
céticos e super protetores.
GERAÇÃO Y (a partir de 1978) >>> Com o mundo relativamente estável, eles cresceram em
uma década de valorização intensa da infância, com internet, computador e educação mais
sofisticada que as gerações anteriores. Ganharam autoestima e não se sujeitam a atividades
que não fazem sentido em longo prazo. Sabem trabalhar em rede e lidam com autoridades
como se eles fossem um colega de turma.
2.1 - SENHOR Y
Bruce Tulgan, 42, fundou uma consultoria e se dedica a estudar os jovens que estão entrando
no mercado de trabalho. Seu último livro, NotEveryoneGets a Trophy:
15
HowtoManageGeneration Y (Nem todo mundo ganha um troféu: como lidar com a geração
Y, ainda sem edição brasileira), traça um perfil dessa nova geração.
―É uma geração que sabe lidar com a imagem e com a fotografia‖, diz Grecov. Por isso,
apostar em recursos visuais definitivamente é um ponto forte das suas apresentações. ―A
bagagem é mais visual e criativa‖, lembra o coordenador de conteúdo da La Gracia.
O acesso à informação é pleno. Os jovens da geração Y sabem onde encontrar o que precisam
e não têm dificuldade em lidar com as novas tecnologias. ―Já nasceram com essas
16
ferramentas, por isso a facilidade‖, diz Grecov. Para ele a facilidade de encontrar conteúdo
permite que os jovens tenham maior poder de análise crítica. ―São pessoas que não acreditam
em tudo que elas veem‖, explica.
1- Superficialidade
É simples e rápido buscar e encontrar textos, imagens, filmes, conteúdos para a apresentação.
―O desafio é fazer a curadoria para extrair o que é relevante‖, diz Grecov. O imediatismo dos
jovens atrapalha na hora de se aprofundar sobre os temas.
Outro pecado cometido pela geração Y na hora de organizar uma apresentação é o excesso de
informações. ―É tão fácil conseguir conteúdo que os profissionais podem cair nesta armadilha
de ir colocando conteúdo sem que ele esteja amarrado‖, explica Grecov. O problema, diz ele,
é transformar a apresentação em um grande ―Frankenstein‖ de conteúdo.
Existem muitos artigos publicados atualmente que buscam identificar com precisão, as características da
geração Y, eu mesmo já publiquei alguns e acredito que ainda surgirão outros tantos.
Nesta altura dos acontecimentos, algumas informações já estão bastante divulgadas e se tornam, muitas vezes,
repetitivas e sem novidades para quem já acompanha e estuda o tema com um pouco mais de interesse.
Certamente este não é o caso de quem toma contato com o assunto pela primeira vez. As reações que observo
com maior frequência são da constatação de que realmente, há uma diferença muito grande entre a geração
que chega de forma intensa ao mercado de trabalho, chamada de geração Y, e as demais gerações.
Diante de tantas mudanças comportamentais é comum que surjam teorias que tentem explicar as atitudes dos
jovens. Já estão aparecendo também as primeiras pesquisas traçando perfis e comportamentos comuns entre
eles. Tudo isso é bem apropriado e necessário, contudo observo também algumas coisas bizarras.
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Uma das mais surpreendentes é a quantidade de especialistas e experts apresentando teorias sobre a geração
Y, sem nem ao menos estabelecer qualquer relacionamento mais profundo com estes jovens.
Estes especialistas baseiam-se em pesquisas que usam como referência, os jovens de outras gerações, e,
portanto estabelecem conclusões equivocadas, levando lideres e gestores a adiarem algumas decisões
necessárias, como a adequada transformação de suas realidades às expectativas dos jovens da geração Y.
A falta demodelos adaptados para a geração atual, inevitavelmente provoca especulações, lendas e mitos, o
que tornam ainda mais complexo o relacionamento entre as gerações.
A geração Y não tem dificuldades em apresentar suas expectativas, mas a falta de referenciais mais
comprometidos estabelece atitudes e comportamentos que precisam de um novo foco.
Avaliando algumas destas expectativas, podemos observar aspectos que podem ser verdadeiras armadilhas
no desenvolvimento desta geração:
RECONHECIMENTO - o jovem deseja e pede feedback de todas as suas ações, contudo esta busca de
reconhecimento constante, afeta seu desempenho e seu foco nos objetivos, principalmente quando ele
desenvolve com IMPACIÊNCIA.
INOVAÇÃO - buscar a mudança é uma característica desta geração e um de seus principais instrumentos são
os QUESTIONAMENTOS, conduto se isso ocorre sem uma estratégia na forma de apresentar suas
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LIBERDADE - muitas vezes considerada destrutiva nas organizações, uma vez que coloca dúvidas sobre
modelos e padrões estabelecidos. Esta expectativa precisa ser entendida, não como uma liberação insana e
irresponsável, mas sim, como uma busca de flexibilização, cuja melhor manifestação é a
INFORMALIDADE.
RESULTADOS - esta geração tem foco em resultados desde a primeira vez que aprendeu a brincar com
videogames. Os jovens gostam de saber seus resultados e gostam de compartilhar. A armadilha se instala
quando a COMPETITIVIDADE destrói os valores e os resultados são alcançados no melhor estilo CQC
(custe o que custar).
Cabe as demais gerações assumirem cada vez mais, o papel de educadores e não mais executores, permitindo
que a geração Y tenha seus próprios erros e fracassos, promovendo assim o desenvolvimento destes jovens,
pois caso contrário, teremos muito brevemente um apagão de lideres em nossa sociedade.
Em 2013, algumas habilidades poderão melhorar sua vida profissional, como ser flexível,
trabalhar em equipe, ter visão empreendedora, ser assertivo, e ainda outras. Mas, além dessas,
outra questão que tem feito líderes buscar o Coaching trata da habilidade de lidar e liderar a
Geração Y.
E essa Geração está dando o que falar no mundo corporativo, por demonstrar comportamentos
não muito bem vistos ou aceitos pelas duas gerações anteriores: Geração X (nascidos entre
1960 e 1979) e Baby Boomers (nascidos entre 1945 e 1964), que normalmente ocupam cargos
mais altos nas empresas. Essa não aceitação das diferenças é que está trazendo estresse e
conflitos para a ambiência: justamente quando as duas gerações anteriores ainda estão ativas e
a Y começa a sua carreira, muitas vezes no primeiro emprego.
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Alguns dos comportamentos da Geração Y observados, pelo que relatam clientes e as áreas de
Recursos Humanos, são:
1- Imediatismo, tanto quando se trata de obter respostas rápidas quanto na atitude na hora de
pedir um aumento ou promoção.
2- Multitarefas: são totalmente "plugados", não separam lazer e comunicação na hora em que
desempenham suas tarefas - podendo ouvir música, postar fotos no "Face" e preencher
relatórios simultaneamente.
4- Não valorização da experiência prática das gerações anteriores, por considerarem que tudo
pode ser buscado no Google.
7- Inquietudes quando não concordam, não hesitando em expressar seu inconformismo e não
aceitando decisões do tipo "top-down" (impostas pelas chefias).
9- Foco total quando estão "fazendo o que gostam", podendo virar noites trabalhando para
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criar estratégias, jogos e novas interações, principalmente quando têm permissão de usar redes
sociais no trabalho.
10- Falta de clareza do que é público e do que deve ser mantido privado no ambiente
corporativo.
Obviamente que nem sempre vamos encontrar todas as características acima nas pessoas
dessa geração, pois o ambiente em que está inserido influencia mais o jovem do que o fato de
pertencer a essa ou àquela geração. Empregados da Geração Y que atuem por dois ou três
anos numa empresa de cultura muito arraigada - uma farmacêutica alemã, por exemplo -
poderão demonstrar comportamentos mais semelhantes aos de seus pares do que aos de outros
jovens de empresas diferentes.
O desafio maior fica nas mãos das lideranças diretas, que reconhecem o valor de um
empregado que parece estar "sempre motivado" (já que quando estão insatisfeitos, reclamam e
tomam logo outro rumo, caso não vejam medidas imediatas), mas que gera desgastes ao
enviar fotos suas em festas para o diretor da empresa, julgando que é seu amigo apenas
porque o adicionou no Facebook, por exemplo.
Então, como exercer liderança ou lidar com jovens que não parecemusadas no Brasil são
valorizar o significado da palavra hierarquia? Algumas soluções que já vêm sendo
Quando for delegar, faça o passo-a-passo junto com eles para checar o entendimento do que precisa
ser feito e garantir que a delegação seja eficaz.
Quando der feedback, seja direto, mas faça mais perguntas do que fale, usando técnicas de
Coaching para aproveitar melhor suas ideias e participação.
Crie atividades de jogos, competições e concursos de criatividade envolvendo as atividades diárias
para que seu compromisso com os prazos e entregas aumente.
Crie um ambiente para que empreguem suas habilidades tecnológicas e artísticas e elogie sempre
que houver evidências comprovadas de ganhos para a área.
Caso atue em RH, crie políticas específicas com linguagem adequada para reter os talentos dessa
geração.
Características e perspectivas de
uma juventude que conhece a
internet desde a infância
Há certa resistência entre alguns estudiosos em usar termos muito fechados para definir
povos, regiões ou gerações. Argumentam que definições simplificam os problemas e que toda
simplificação tende a superficializar o debate. Outra corrente defende que, ainda que possam
simplificar o debate, as definições têm o mérito de orientar as discussões. Fiquemos com a
segunda opção. Até pouco tempo atrás, livros e filmes ainda falavam da Geração X, aquela
que substituiu os yuppies dos anos 80. Essa turma preferia o bermudão e a camisa de flanela à
gravata colorida e ao relógio Rolex, ícones de seus antecessores. Isso foi no início dos anos
90. Recentemente, o mercado publicitário saudou a maioridade da Geração Y, formada pelos
jovens nascidos do meio para o fim da década de 70, que assistiram à revolução tecnológica.
Ao contrário de seus antecessores slackers – algo como "largadões", em inglês –, os
adolescentes da metade dos anos 90 eram consumistas. Mas não de roupas, e sim de
traquitanas eletrônicas. Agora, começa-se a falar na Geração Z, que engloba os nascidos em
meados da década de 80.
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A grande nuance dessa geração é zapear. Daí o Z. Em comum, essa juventude muda de um
canal para outro na televisão. Vai da internet para o telefone, do telefone para o vídeo e
retorna novamente à internet. Também troca de uma visão de mundo para outra, na vida.
Conheça um pouco mais sobre esse termo, repudiado por uns especialistas e empregado por
outros, mas que pretende definir a geração daqueles que nasceram sob o advento da internet e
do boom tecnológico.
Televisão ligada enquanto se estuda para uma prova e fones nos ouvidos ao redigir um
trabalho escolar são cenas bem comuns na atualidade entre os jovens nascidos em meados das
décadas de 1980 e 1990.
Alguns especialistas os chamam de Geração Z, uma geração que nasceu sob o advento da
internet e do boom tecnológico e para eles estas maravilhas da pós-modernidade não são nada
estranháveis. Videogames super modernos, computadores cada vez mais velozes e avanços
tecnológicos inimagináveis há 25 anos: esta é a rotina dos jovens da Geração Z. Conheça
agora um pouco mais sobre esta denominação, seus membros e seus costumes.
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Seu mundo é tecnológico e virtual. Para eles é impossível imaginar um mundo sem internet,
telefones celulares, computadores, iPods, videogames com gráficos exuberantes, televisores e
vídeos em alta definição e cada vez mais novidades neste ramo. Sua vida é regada a muita
informação, pois tudo que acontece é noticiado em tempo real e muitas vezes esse volume
imenso acaba se tornando obsoleto em pouco tempo.
Se a vida no virtual é fácil e bem desenvolvida, muitas vezes a vida no real é prejudicada pelo
não desenvolvimento de habilidades em relacionamentos interpessoais. Vive-se virtualmente
aquilo que a realidade não permite. Talvez daí venha o fascínio dos jovens por jogos
fantasiosos onde estes podem ser o que quiserem, sem censura ou reprimenda.
Aliás, obsolescência é algo bastante comum nos membros desta geração. A rapidez com que
os avanços tecnológicos se apresentam atualmente acabaram por condicionar os jovens a
deixar de dar valor às coisas rapidamente. Isso começa bem cedo, quando crianças esperam o
ano todo para ganhar um brinquedo e depois de dois dias ele já está largado em um canto.
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Outra característica marcante da Geração Z são problemas de interação social. Muitos deles
sofrem com a falta de expressividade na comunicação verbal, o que acaba por causar diversos
problemas principalmente com a Geração Y, anterior a sua. Essa Geração também é marcada
pela ausência da capacidade de ser ouvinte.
Enfim, essa geração – chamada também de Geração Silenciosa, talvez pelo fato de estarem
sempre de fones de ouvido (seja em ônibus, universidades, em casa...), escutarem pouco e
falarem menos ainda – pode ser definida como aquela que tende ao egocentrismo,
preocupando-se somente consigo mesmo na maioria das vezes.
Problemas?
Ora, assim como todas as gerações anteriores, esta também passará por problemas,
principalmente em relação a sua atuação profissional. Sua rapidez de pensamento e
incapacidade para a linearidade pode facilitar muito em determinadas áreas, porém em outras
que exigem mais seriedade e concentração podem sofrer algumas dificuldades.
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Contudo, o amadurecimento que vem com o passar dos anos deve trazer também um senso de
responsabilidade a estes jovens (que certo dia deixará de ser jovens) e passarão a se fixar mais
em seus objetivos profissionais.
Dentro da sociedade, a atuação política destes jovens também pode se tornar bastante
preocupante, afinal, a enorme quantidade de itens tecnológicos e informações desnecessárias
acabam por distrair suas mentes, tornando-os, na maioria das vezes, alheios à vida política de
sua comunidade, sua cidade, seu país e o próprio mundo.
Leitores do Baixaki, este foi mais um dos nossos artigos que pretende esclarecer algo.
Esperamos ter alcançado nosso objetivo e que ao chegar aqui, vocês saibam um pouco mais
sobre esta geração que em questão de anos passará ao comando do planeta. Suas ideias
começam a ser construídas agora e, portanto, conscientização é algo extremamente necessário
para salvar o dia de amanhã.
Nascidos em meados da década de 90, esses jovens são conectados com o mundo digital e
prometem outra revolução nas empresas, depois de seus antecessores da geração Y.
Os profissionais da era "zapear" têm pouco mais que 20 anos e são conectados com o mundo
digital. Começam agora a ingressar no mercado de trabalho, trazendo novos desafios para as
organizaçõesque mal aprenderam a lidar com a geração Y e precisam se preparar para receber
esses jovens.
Caroline Calaça, especialista em coaching corporativo, explica que a geração Z é um pouco
parecida com os profissionais da geração Y. Os comportamentos comuns entre as duas
gerações são ansiedade, ambição, impulsividade, ousadia e dinamismo. Já a principal
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Esses profissionais não tiveram que mudar hábitos, como a geração X, e nem se
desenvolveram junto com as mudanças tecnológicas como os da geração Y. Cresceram em
um ambiente ágil e sem barreiras para a informação e a comunicação. Caroline adverte que a
intimidade que a geração Z tem com a internet, eletrônicos, velocidade de informação e
mídias sociais causará impacto nas empresas. Por serem totalmente conectados ao mundo
digital, os Z‘s esperam encontrar um ambiente de trabalho semelhante ao seu, que é interativo,
veloz, repleto de recursos, cheio de autonomia e individualidade, compartilhado e com pleno
acesso aos chefes e gestores.
"O grande desafio das companhias é ter líderes preparados para moderar a geração Z e
conseguir retê-la", afirma a consultora. Ela destaca que os jovens conectados vivem em um
mundo sem fronteiras e experimentam constantemente coisas novas. Trocam de celular a cada
seis meses, por exemplo. São usuários intensivos das redes sociais e não entendem porque
algumas companhias bloqueiam esses serviços. Para eles, navegar por esses sites faz parte do
seu dia a dia.
"A geração Z está sempre em busca de novas experiências e se for trabalhar em empresas que
bloqueiam redes sociais, não vai concordar com a restrição. Eles vão ficar menos tempo nas
companhias". Adverte Caroline. Outra característica, é que esses profissionais navegam por
muitos sites e acham que conseguem acesso aos CEOs com facilidade. "Eles não sabem
porque não podem falar com os presidentes das empresas", diz a consultora.
"O ritmo tende a ser acelerado. Tudo isso significa um prenuncio de que modificações na
linguagem interna, desburocratização, criação de processos mais dinâmicos e a utilização do
apoio da tecnologia serão passos inevitáveis para em um futuro próximo integrar estes novos
trabalhadores", acredita Caroline.
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O ABC da Geração Z
Por que as pessoas nascidas após o ano de 1990 são denominadas sociologicamente como
Geração Z?
Alguns sociólogos definem o grupo de pessoas nascidas a partir da década de 90 como sendo
a Geração Z, termo inspirado na primeira letra da onomatopeia zap, que remete a algo feito
rapidamente e em constante mudança. Segundo a enciclopédia livre Wikipédia, zapear é o ato
de mudar rápida e repetidamente de canal de televisão, websites ou frequência de rádio, de
forma a encontrar algo interessante para ver ou ouvir. É fato que tais atitudes e princípios se
tornaram uma das principais marcas da Geração Z, que passa boa parte do
tempo zapeando nos notebooks, tablets, smartphones etc. Esse é o padrão, a configuração,
enfim, o abc da nova geração. Mas, em minha opinião, há outros aspectos que também
favorecem o emprego da letra ―Z‖ para classificar sociologicamente este grupo de pessoas.
O primeiro aspecto é básico e previsível, pois se trata de simples coerência e respeito para
com o nosso alfabeto. Ora, considerando que a sociologia define como Geração X os que
nasceram entre 1960 e 1980, e Geração Y os nascidos entre 1980 e meados da década de 90,
nenhuma outra letra poderia representar melhor a sequencia de X e Y do que a letra Z, não é
mesmo? É tão óbvio quanto a sequência abc. É tão simples quanto verdadeiro.
O segundo aspecto reside no fato da letra Z ser a primeira letra de um dos modismos e
conceitos mais usados nestes últimos tempos: zumbis. São filmes, revistas, propagandas,
desenhos animados, games, festas, estereótipos e uma série de coisas que, direta ou
indiretamente, passam pela letra Z, de zumbi (aquele mesmo Z que antigamente era de
zabumba e de Zorro). E a maioria da galera da nova geração curte muito esses mortos-vivos
que, é óbvio, são apenas de ficção ou mentirinha.
Por último, o que mais fortalece a candidatura da letra Z para caracterizar as novas gerações é
o uso constante, incondicional e quase compulsivo dos smartphones e similares. Aí o leitor
pode questionar: ―Peraí! Smartphones e similares começam com a letra S e não com Z". É
verdade. Mas já notou a infinidade de jovens e adolescentes que andam pela cidade e
atravessam as ruas sem tirar os olhos dos smartphones e similares? Essa é a questão. Eles
ficam vidrados na telinha, com os músculos enrijecidos, tesos, hipnotizados, como se
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tivessem se transformado em zumbis de verdade. Aí, ó! Viu? Olha o Z de Zumbi outra vez!
Semana passada eu quase atropelei uns cinco desses de uma só vez numa avenida perto de
casa, mas eles nem perceberam. Seguiram em frente sem olhar pros lados, quase catatônicos,
zapeando e zumbizando no celular. E isso não é mentirinha nem ficção.
Considerando que depois da letra Z não existe mais nada, e que as mudanças em nosso tempo
tem acontecido num zap, é bom a gente pensar logo em qual será a letra mais apropriada para
caracterizar a próxima geração. Ou quem sabe as transformações e novidades serão tão
grandes que teremos que usar o abc de outro alfabeto.
O estudo anual, chamado ―Infocom Brasil 2012‖, do Consumerlab, área da Ericsson, pesquisa
o comportamento do usuário e ―ajuda a mapear os caminhos que a sociedade conectada vem
trilhando em todo o mundo‖, de acordo com a empresa.
A pesquisa, realizada apenas com jovens brasileiros, possui dados interessantes: 9 em cada 10
possuem um aparelho celular, 70% têm um computador em casa e 61% já possuem banda
larga em suas residências. Além disso, quase metade passa mais de três horas por dia
conectado e somente 8% deles ainda não são usuários de internet. Eles não se desconectam
nem mesmo assistindo televisão, já que acessam as redes sociais e interagem enquanto
consomem conteúdo (48%).
Os jovens entrevistados usam SMS todos os dias para diversas finalidades (83%) e gostam
tanto de teclar quanto de falar ao telefone (92%). A geração também participa ativamente das
redes sociais: 89% deles fazem uso de pelo menos uma rede social e mais de 64% a acessam
diariamente. A pesquisa também mostra que o público prefere conteúdo gratuito. A maioria
(58%) faz download de músicas e filmes de graça, enquanto somente 37% paga pelo
download de algum tipo de conteúdo. ―Além disso, os jovens também valorizam o novo, não
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gostam de barreiras e não estão preocupados com estabilidade. São criativos, inteligentes,
tolerantes, flexíveis e abertos. Gostam da gratificação instantânea e da novidade‖, afirma a
empresa.
Para eles, os produtos eletrônicos são apenas um meio para a experiência tecnológica, e sua
principal preocupação é com a qualidade e validade do conteúdo. Preferem se comunicar por
chat (62%) ou SMS diariamente do que via e-mail (56%), e, de acordo com a companhia,
fazem parte de um grupo questionador, mas que sabe ouvir. ―É a chamada geração do diálogo,
que precisa receber feedback constante e que aprecia, também, expressar seu ponto de vista‖,
diz a Ericsson.
empresas. A permanência durante muitos anos, em uma mesma organização, será algo utópico
e as corporações terão que saber extrair o melhor destes profissionais enquanto
estiverem atuando na companhia. Caberá aos gestores esta função‖, indica Gilberto Wiesel,
conferencista e consultor da área de desenvolvimento de competências.
A preocupação do universo empresarial com essa geração deve acontecer desde agora. Uma
nova conduta da carreira está se formando: o profissional não quer mais perdurar em uma
organização durante anos. A geração Z estará sempre em busca de novidades. E a grande
questão é que as empresas não pensam em investir em talentos que repentinamente podem
sair da corporação. O esforço de recrutar, selecionar e desenvolver profissionais corre o risco
de ser em vão, vide a rotatividade que essa nova geração irá impor e o grande desafio será que
as corporações criem programas atrativos para a carreira e valorizem seus profissionais, a fim
de reter seus talentos. ―Acredito que, cada vez mais, o mercado tende a trabalhar por projetos.
Permanecer durante muito tempo em uma mesma organização é um conceito que está
diminuindo e tendência é que seja eliminado de acordo com os anos‖, opina ElineKullock,
presidente do Grupo Foco, consultoria de RH.
Essa geração que chega ao mercado de trabalho tem como forte característica executar
multitarefas, ou seja, realizar várias atividades ao mesmo tempo. Esse fato pode ser
positivo por um lado, mas há outro lado negativo: são pessoas que não tem o foco como seu
forte e poderão tornar-se profissionais dispersos, que se concentram muito menos em uma só
ocupação. O desafio estará em capacitar líderes que consigam uma boa comunicação, uma
excelente relação Inter e intrapessoal e que mantenha a equipe focada e motivada.
A presença das gerações X e Y serão fundamentais para que haja uma maior educação
profissional do que é ou não correto, conforme diz Gilberto: ―apesar de, inevitavelmente,
haver o conflito de gerações, a Z precisará muito da X, por exemplo, que ainda estará no
mercado de trabalho‖. Ele diz que os ensinamentos dos profissionais mais velhos, que estão
acostumados com foco em resultado e metas, serão benéficos e vão fazer com que as gerações
interajam dentro da empresa.GERAÇÃO Z MUDARÁ RUMOS DO MERCADO DE
TRABALHO
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É provável que você já tenha ouvido falar da Geração Z. Sucessores dos Y, os também
chamados "nativos da internet" possuem características semelhantes aos seus
antecessores, mas seu dinamismo exacerbado promete uma reviravolta no mercado de
trabalho.
Nascidos a partir da segunda metade dos anos 90, receberam a alcunha de "Z" por causa
do "zapear", verbo que, certamente, define esse grupo.
Para que se entenda, um exemplo de membro dessa geração é o furacão teen Justin Bieber,
nascido em 1994, que usou ferramentas da web para se promover - característica marcante dos
nativos digitais que, desde o nascimento, já tinham contato com a WorldWide Web e
permanecem conectados, não apenas pelo computador, mas também por dispositivos móveis.
Embora ainda não tenham ingressado no mercado de trabalho, já é possível prever quais serão
suas atitudes quando chegarem aos postos de liderança. Wiesel aposta em profissionais mais
exigentes, versáteis e flexíveis. Desapegados aos antigos moldes, serão mais ousados - com
atitudes destemidas -, comunicativos e conectados, devido à sua facilidade em se comunicar
em tempo real por meio de ferramentas tecnológicas.
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Eles são muito jovens, mas já alcançaram a idade de entrar no mercado de trabalho, trazendo
com eles novos desafios para as organizações, que ainda têm dificuldades de lidar com a
geração Y.
Conectado com a modernidade, este grupo de profissionais formado por jovens que nasceram
nos anos 90, em plena Era Digital, chega para trabalhar esperando por uma empresa
semelhante ao seu mundo, com novas tecnologias, rápida, aberta a novas ideias, globalizada,
agitada e muito criativa.
―Não é à toa que a letra que os denomina vem do termo `zapear´, ato de trocar de canal de TV
constantemente pelo controle remoto. A geração Z tem pressa e sua entrada no mercado de
trabalho será complicada no início‖, destaca Viviane Gonzalez, especialista na área de
Recursos Humanos e diretora da Business Partners Consulting Interior São Paulo.
Esta é a primeira vez que três gerações tão diferentes se encontram no mercado de trabalho.
―Nestes últimos 30 anos, com a velocidade das informações e a criação constante de novas
tecnologias, o mundo mudou muito. Apesar da diferença de apenas 10 anos entre os
profissionais X, Y e Z, as diferenças, especialmente de comportamento, podem ser gritantes‖,
explica a especialista.
Como manter uma equipe com tantas diferenças sem prejudicar o desenvolvimento do trabalho
deve ser a principal preocupação das empresas. ―Todos os escalões da empresa precisam se
preparar para receber estes profissionais, que também têm muito a acrescentar. Seria bem
interessante que se investisse em palestras para os funcionários antigos e treinamentos para os
recém-contratados‖, aconselha Viviane.
A mescla de gerações, apesar de conturbada, será muito positiva em um futuro bem próximo.
―É preciso que as empresas encarem essa mudança e atualizem seus negócios, criando novas
formas de liderança e motivação, mas caso decidam manter-se conservadoras frente às
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alterações ocorridas nos últimos anos e lutar contra a maré, poderá morrer na praia‖, conclui a
especialista.
1- Retenção de talentos
O desafio da última década parece que ficará ainda mais desafiante para os RH das empresas: a
retenção de talentos. A nova geração se mostra ainda mais inquieta e está sempre galgando
novas posições.
Segundo Viviane, há pelo menos cinco anos uma nova conduta de carreira está se formando: o
profissional não quer mais perdurar em uma organização durante anos. E a geração Z tem esta
característica muito marcante.
Do outro lado, as empresas têm medo de investir em talentos que repentinamente podem sair
da corporação. O esforço de recrutar, selecionar e desenvolver profissionais corre o risco de
ser em vão, vide a rotatividade que essa nova geração irá impor. ―Uma saída será criar
programas atrativos para a carreira, que valorizem seus profissionais, a fim de reter seus
talentos‖, sugere a especialista.
Alternativa será a empresa contratar profissionais por projetos ―Permanecer durante muito
tempo em uma mesma organização é um conceito que está diminuindo e a tendência é que seja
eliminado com o passar dos anos‖, analisa.
O mundo mudou. O nível de exigência aumentou. ―A primeira impressão é a que fica‖ perdeu
determinado espaço para ―a primeira compreensão é a que fica‖.
Conta a história que, certa vez, questionaram o pacifista Mahatma Ghandi se ele já havia
conseguido perdoar alguém. Ele de imediato respondeu que não. Causou surpresa no
questionador. E o líder espiritual indiano explicou: ―Não é necessário, uma vez que não me
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O tempo passou e num belo dia esse amigo teve um sério problema de saúde. Já na sala de
cirurgia, para sua surpresa, encontrou aquele jovem ofendido, agora como enfermeiro. Sem
titubear, rapidamente esse amigo pediu desculpas.
O rapaz, com um sorriso caridoso, característico de pessoa religiosa, disse: ―Na época, eu
compreendi. Fica tranquilo, relaxa!‖
Jamais podemos nos esquecer de que temos liberdade para escolher nossos pensamentos, falas
e atos, mas somos prisioneiros de suas consequências.
É sabido que os nossos principais problemas são de relações pessoais. Queiramos ou não,
passamos muito tempo de nossa vida pensando em nós mesmos. Tempo descomunal, de
maneira geral. Procure entrar no lugar do outras mais vezes. Olhar com o olhar dele. Com
certeza você ficará mais flexível.
E lembre-se que quanto mais você se elevar moralmente, menos rigoroso será para com o
próximo. Tornar-se-á mais enérgico apenas consigo mesmo.
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Profissionais multitarefa
Como conseguem fazer muitas tarefas ao mesmo tempo, Caroline destaca a importância de as
empresas construírem um ambiente de troca, valorização da diversidade e bom
relacionamento entre as gerações X, Y e Z, além de alguns babyboomers ainda no mercado de
trabalho. Tal interação é fundamental para garantir foco, resultados, assertividade,
flexibilidade e agilidade. "Se não é possível ter tudo isso em uma única geração, porque não
integrar as quatro gerações a favor da empresa, beneficiando a todos os envolvidos?",
questiona ela.
Além disso, as empresas terão de capacitar suas lideranças para engajar as pessoas
promovendo uma gestão participativa, criando o hábito do feedback constante, agregando
valor não apenas para o cliente, mas pra toda a cadeia produtiva e promover aprimoramento
pessoal e profissional personalizados.
"São maneiras de investir e estimular os jovens e a todos os demais profissionais para que se
sintam satisfeitos e realizados. Sendo assim, utilizarão toda a energia da qual dispõem para
oferecer o melhor de si para a empresa. As empresas precisam se reinventar para reter
talentos e se destacar no mercado‖, finaliza Caroline.
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CONCLUSÃO
Generalizar as juventudes é um erro que, graças a estudos sociológicos, tem sido deixado
de lado. Isso porque as juventudes de diversas épocas possuem características diferentes,
devido ao cenário histórico, econômico, cultural e político.
A princípio, a Geração Baby Boomer - nascidos depois da Segunda Guerra Mundial, entre
os anos 40 e 50 - foi a primeira a conquistar o direito de ser jovem,por seu caráter sedento
por mudanças, comportamento que influencia os jovens até hoje.
A geração seguinte, X, foi marcada pela busca do prazer, graças à liberdade conquistada
pelos Baby Boomers. Apesar dos traços entusiastas e inconformados, foram muito
influenciados pelo marketing, tornando-se uma juventude cheia de estereótipos.
Receberam o apelido de "juventude competitiva".
Cada geração é influenciada por diversos fatores que influenciam a cultura da sua época
(como a tecnologia, desenvolvimento econômico atual do país em questão, etc.) e por isso
têm formas distintas de viver e pensar. Até há pouco tempo atrás, quando nos referíamos a
crianças, adolescentes ou pessoas de meia ou terceira idade acabávamos generalizando
comportamento e características, independente da época em que viveram.
Hoje é inaceitável imaginar o comportamento de um adolescente, independente da época
que tenha vivido.
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REFERÊNCIAS
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http://exame.abril.com.br/carreira/noticias/os-pontos-fortes-e-fracos-das-apresentacoes-da-
geracao-x-e-y
http://veja.abril.com.br/idade/exclusivo/jovens/apresentacao.html
http://www.ns.umich.edu/new/noticias-em-portugues/21447-viva-e-aprenda-geracao-x-esta-
continuando-sua-educacao
http://www.rhportal.com.br/artigos/rh.php?idc_cad=2secghy8r
http://comunicacaodegeracoes.blogspot.com.br/2010/04/geracao-x-infeliz.html
http://www.sidneioliveira.com.br/samba/Artigos/o-que-a-geracao-y-espera.html
http://revistagalileu.globo.com/Revista/Galileu/0,,EDG87165-7943-219,00-
GERACAO+Y.html
http://exame.abril.com.br/carreira/noticias/os-pontos-fortes-e-fracos-das-apresentacoes-da-
geracao-x-e-y
http://www.personare.com.br/como-liderar-a-geracao-y-m3109
http://www.jcnet.com.br/Economia/2013/07/geracao-z-chega-ao-mercado-de-trabalho.html
http://www.catho.com.br/carreira-sucesso/noticias/a-chegada-da-geracao-z-no-mercado-de-
trabalho
http://www.tecmundo.com.br/curiosidade/2391-o-que-e-a-geracao-z-.htm#ixzz2jogUZbJu
40
http://computerworld.uol.com.br/tecnologia/2013/02/21/jovens-da-geracao-z-do-brasil-sao-
viciados-em-tecnologia-diz-estudo/
http://cio.uol.com.br/gestao/2012/11/16/prepare-se-para-receber-a-geracao-z/
PONTÍFICIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE
SÃO PAULO
Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e
Atuariais.
SUSTENTABILIDADE E TECNOLOGIA NO
MERCADO DE CALL CENTER
2° Semestre 2013
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 1
CONCLUSÃO ............................................................................................................... 25
INTRODUÇÃO
Em um mundo em que a competividade está cada vez mais acirrada e o cliente sabe o
que quer e como quer, as empresas enfrentam como desafio oferecer um atendimento que
encante e fidelize seus clientes. Kotler e Keller (2012, p.148), definem muito bem esta
situação: ―Atualmente, as empresas têm enfrentado uma concorrência jamais vista. Se forem
capazes, porém, de passar de uma orientação de vendas para uma orientação de marketing,
poderão ter um desempenho melhor que o das rivais‖.
Pesquisa realizada por Barbosa e Minciotti (2007, p.1), também aponta um fato
importante:
Além disso, Kotler e Keller (2012, p.148), expõem de forma clara a situação dos
clientes com relação ao mercado: ―Além de estarem mais informados do que nunca, os
clientes atuais possuem ferramentas para verificar os argumentos das empresas e buscar
melhores alternativas‖.
fatores econômicos, culturais, sociais, familiares e etc., desta forma, pode-se concluir que para
serem bem sucedidas, as empresasdevem estudar seus consumidores, seus comportamentos e
estratégias para satisfazê-los.
Neste cenário de intensa competividade, pode-se afirmar que o call center, que
segundo Mancini (2001) é um termo para se referir a uma Central de Relacionamento ou
Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC), é uma importante ferramenta estratégica no
relacionamento com os clientes e de identificação de suas necessidades (ZENONE, 2011).
Bentes (2012, p.101), explica que o SAC tem como origem o marketing, que tem como
―objetivo conquistar e fidelizar (manter) clientes, visando satisfazer suas necessidades e
expectativas por meio de produtos ou serviços que a empresa oferece‖.
Sua importância é notavelmente reconhecida até mesmo pelo governo, que desenvolve
pesquisas através do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia, o INMETRO
(2011, p.3), por exemplo, para medir o desempenho de call centers de vários setores. E está
completamente relacionada ao que já foi citado sobre o consumidor ter informações em
excesso para se decidir no processo de compra.
Isso demonstra que mais do que saber o que comprar e de quem, o cliente está
sintonizado com o atendimento que as empresas oferecem. Zenone (2011), afirma que
oferecer um atendimento de qualidade é uma das estratégias de competitividade na gestão
moderna e a forma de fidelizar clientes. Ele confirma o call center como uma das ferramentas
que possibilitam maximizar a eficiência do relacionamento com o mercado.
3
Desta forma, pode-se incluir o call center como um importante fator de sucesso para o
marketing de relacionamento, sendo este um dos principais objetivos de Marketing, que
segundo Kotler e Keller (2012, p. 18), pode ser definido como:
Como já citado, o call center é uma das ferramentas de maior importância para
construir o relacionamento com o cliente. Ele é a porta de entrada do contato do cliente com a
empresa. Por isso, cabe refletir sobre a importância de manter a qualidade deste canal de
relacionamento, o que leva a discutir sobre: como sustentabilidade está relacionada ao call
center e como a tecnologia pode contribuir para um call center? O call center realmente pode
ser uma ferramenta de fidelização de clientes?
Diante do exposto, a questão que se coloca e que norteará este trabalho é: Como novas
tecnologias podem contribuir para um call center sustentável?
4
A justificativa para a escolha do tema é o grande foco que as empresas têm dado ao
relacionamento com o cliente, que tem sido cada vez mais explorado através do marketing de
relacionamento. Bogmann (2002, p. 26), define bem o marketing de relacionamento sob a
ótica do cliente:
Além destes motivos para a realização deste trabalho, há o fator pessoal. Como
estudante da matéria TCC 2 em Administração, estou realizando uma pesquisa qualitativa
exploratória, que visa investigar o impacto que o call center tem na imagem da empresa.
Também, como profissional da área de customerservice, uma das minhas principais
responsabilidades é o call center. Por isso, a necessidade de estudar mais sobre o assunto.
Para apresentar estes resultados, o trabalho será dividido em três capítulos. Primeiro se
apresentará o desenvolvimento dos serviços de atendimento ao consumidor e como ele
evoluiu ao modelo de call center atual. Depois se apresentará os conceitos fundamentais de
sustentabilidade e como as empresas de call center tem lidado com essas práticas e na
sequencia haverá um capitulo que tratará sobre tecnologias no setor de call center e como eles
colaboram para a fidelização de clientes.
6
Marques (2006, p.35) afirma que os SAC foram criados na tentativa de criar um canal
centralizado de comunicação entre clientes e empresas. Zenone (2011), explica que o SAC
evoluiu assumindo várias funções que antes eram descentralizadas dentro da empresa. Por
exemplo, antigamente para falar a respeito de contas a pagar, o cliente entrava em contato em
um dos ramais da área, hoje, há uma central, um call center, em que o cliente faz a solicitação
e estes atendentes intermediam o contato entre o cliente e a área.
O call center, que segundo Mancini (2001) também é conhecido como Central de
Relacionamento, é uma ferramenta de vital importância para a construção de um
relacionamento com o cliente. Zenone (2011, p. 166) explica o papel que ele assume e mostra
como ele está ligado ao marketing:
7
pois o avanço da Tecnologia da Informação (TI) viabilizou o call center, e a ferramenta CRM
é essencial para a individualização do atendimento.
Foi no final dos anos 90 que as empresas passaram a ver o SAC como uma ferramenta
capaz de aumentar a rentabilidade dos clientes e colaborar com a fidelização de clientes.
Zenone (2011, p.166) explica este movimento: ―a qualidade no diálogo aliado ao
desenvolvimento de uma estratégia de negócios baseada no relacionamento passa a ser a
atividade do Serviço de Atendimento, que ganha o status de call center‖.
Neste trabalho será utilizado o conceito de call center, que segundo Mancini (2001)
também é conhecido como central de relacionamento, área em que, segundo Barbosa e
9
Definida a importância de um call center para a empresa, pode-se falar das condições
essenciais para que seja estruturado um bom atendimento ao cliente. Barbosa e Minciotti
(2007, p. 4) descrevem essas condições: ―o dimensionamento do volume de chamadas; a sua
distribuição; a sua quantificação; o perfil dos profissionais atendentes; o desenvolvimento de
programas motivacionais‖. Porém, por detrás de todas essas condições encontra-se o ativo
humano. As pessoas que são responsáveis por definir as estratégias, abordagens, demonstrar
criatividade e ―flexibilidade para contornar situações que não podem ser resolvidas através do
contato impessoal com uma máquina‖.
Por isso a importância para a discussão da opção do tipo de call center que a empresa
manterá, se ele será próprio ou terceirizado. Call center terceirizado, pode ser sustentável?
Barbosa e Minciotti (2007, p.9), explicam como pode ser a estrutura de um Serviço de
Atendimento ao Cliente:
Este trabalho se aterá apenas aos aspectos relativos de call centers próprios e
terceirizados.
O conceito de terceirização é definido por Giosa (1997, p.11), como ―a contratação, via
prestação de serviços, de empresas especializadas em atividades específicas, que não cabem
ser desenvolvidas no ambiente interno da organização‖.
10
Mas, qual critério para terceirizar ou não um call center? Mancini (2001, p. 54) explica
quando se opta por um modelo “in house”, ou seja, um call center próprio:
Já os critérios para optar pela terceirização são definidos por Mancini (2001, p. 55) como:
Mais importante do que estes critérios, é levar em conta ―as características do negócio, o
porte da carteira de clientes, o grau de tecnicidade, o tamanho da linha de produtos, a
frequência e estilo de contato entre empresa e cliente e as aplicações desejadas‖ (MANCINI,
2001, p.55).
Torres (2006, p. 43), também analisa as vantagens entre terceirização e call center
próprio:
Se estes são os aspectos técnicos envolvidos, a questão que fica é: é possível ter um call
center terceirizado sustentável? Sim, desde que a empresa contratada tenha práticas
sustentáveis, cabe a empresa contratante monitorar a aplicação destas práticas.
12
Furlan (2013), define sustentabilidade como ―uma palavra usada para definir ações que
visam suprir as necessidades atuais dos seres humano sem comprometer o futuro, seja
ecologicamente ou economicamente.
Asempresas têm percebem o potencial da adoção de práticas sustentáveis, seja para cortar
custos ou engajar os consumidores e parceiros à sua causa e melhorar a qualidade de vida dos
colaboradores. Porém, ‗ser sustentável‘ vai além de práticas ecologicamente corretas. Pode
ser definido como evitar o desperdício, seja de dinheiro, de recursos ou tempo e também
aplicar a responsabilidade social em relação aos colaboradores e clientes.
Há várias formas de um call center ser sustentável em suas operações. Para assegurar a
prevenção e a contenção dos impactos ambientais resultantes da realização de suas próprias
13
Outra forma de ser sustentável é através do descarte dos resíduos sólidos. A Lei
12.305/10, sancionada em dezembro de 2010, pressupõe a prevenção e a redução na geração
de resíduos. Isso é feito por meio da adoção de responsabilidade compartilhada dos geradores
de resíduos: dos fabricantes, importadores, distribuidores, comerciantes, o cidadão e titulares
de serviços de manejo dos resíduos sólidos urbanos na Logística Reversa dos resíduos e
embalagens pós-consumo.
ACS
Atento
Dedic
Na primeira fase, o projeto contemplará a cidade de São Paulo, com uma expectativa
de contratação de cerca de 80% dos profissionais que se destacarem no treinamento.
―Recebemos diariamente uma grande quantidade de currículos com um perfil compatível
com a Dedic, mas que, infelizmente, não atendem a algumas necessidades básicas ou
específicas do segmento e por isso não são selecionados‖, comenta o diretor de recursos
humanos,Wagner Cruz. O projeto tem como meta, ainda este ano, realizar oito turmas de
treinamento, capacitando 250 pessoas. O curso acontece na Universidade Corporativa
Dedic (que subsidia a educação formal de nível superior dos colaboradores da empresa), e
já conta com mais de dois mil alunos.
SPCom
16
Ao longo dos últimos dez anos, a empresa não só procurou incrementar as práticas já
adotadas, como a reciclagem de materiais (papel em especial), como iniciou um processo
de conscientização dos colaboradores em relação à responsabilidade socioambiental.
Algumas ações que focam o tema são a distribuição e plantação de mudas de árvores,
trabalhos com a Sabesp sobre a correta utilização da água, campanhas de doação de
sangue, agasalhos, brinquedos, alimentos não-perecíveis e microcomputadores,
capacitação técnica de moradores de regiões menos favorecidas, além de visitas a tribos
indígenas.
17
Com o avanço da tecnologia, temos disponíveis várias ferramentas que colaboram para o
crescimento e qualidade de um call center. Mancini (2001), lista vários exemplos de modelos,
ferramentas e sistemas tecnológicos que convergem em relação ao call center, ou seja, que
progride em relação a soluções para o call center. Neste trabalho, consideraremos os
principais:
CTI
com o cliente;
CRM
Mancini (2001, p. 86), define CRM não como um produto, mas como ―uma estratégia
de negócios para atender cada cliente conforme suas características e necessidades individuais
visando maximizar sua satisfação e fidelidade‖.
Por outro lado, Kotler (1999, p. 133), define CRM como ―a gestão do relacionamento
com o cliente, trata do gerenciamento cuidadoso de informações detalhadas sobre cada cliente
e dos ―pontos de contato‖ com ele, a fim de maximizar sua fidelidade‖.
Kotler (1999), ainda define ponto de contato, como qualquer ocasião em que o cliente
tem contato com a marca e posiciona o CRM como uma ferramenta que permite que as
empresas ofereçam um atendimento excelente em tempo real.
ERP
O uso de um Sistema ERP em uma empresa dá a seus gestores o controle total sobre a
empresa, auxiliando na tomada de decisões e fornecendo todas as informações vitais de
maneira acessível e clara.
Nas configurações mais simples, o sistema de DAC enfileira as chamadas por ordem
de entrada, direcionando-as para os agentes que tenham permanecido disponíveis (ou ociosos)
por mais tempo, ou para os próximos agentes a se tornarem disponíveis.
O uso dos sistemas de DAC assegura que as chamadas sejam atendidas o mais
brevemente possível e que os recursos humanos sejam aproveitados da melhor maneira. Os
sistemas podem ser configurados de modo a oferecer serviços especiais para clientes
especiais.
Facilidades do DAC
Web callback
Uma outra alternativa para o cliente comunicar-se com um agente do call center. No
site da empresa é criado um link com um texto do tipo: ―Ligue para mim‖. Ao clicar nele,
surge uma página na qual o cliente digita seu nome, um número de telefone para contato e o
horário em que deseja receber a ligação. O programa automaticamente dispara a chamada
para o operador no momento certo e coloca os dados do cliente na tela para o atendimento.
Web colaboration
Aempresa envia páginas da web para o cliente. O agente pode monitorar as páginas
que os clientes estão acessando. Por exemplo, se a pessoa está em uma página sobre
computadores e tem dúvida, pode clicar em um link de ajuda on-line e inicia uma sessão de
chat com o operador.
BOT
Bot, diminutivo de robot, também conhecido como Internet bot ou web robot, é uma
aplicação de software concebido para simular ações humanas repetidas vezes de maneira
padrão, da mesma forma como faria um robô.Alguns bots comunicam-se com outros usuários
de serviços baseados na Internet, através do instantmessaging (IM), de Internet Relay
Chat (IRC), ou de uma outra relação da web. Estes chatterbots podem permitir que as pessoas
façam perguntas e formule então uma resposta apropriada.
Kotler (1999, p. 156) explica que o marketing pode ser definido como ―a ciência e a
arte de conquistar e manter clientes e desenvolver relacionamentos lucrativos com eles.‖
Pode-se entender manter clientes como fidelizar clientes, deste modo, a definição mostra a
importância da fidelização de clientes.
23
Corrêa (2009, p.256), associa a fidelização de clientes e sua satisfação como ações
complementares, ―[..] em que a satisfação é a resposta ao desejo de consumo e a fidelização é
uma iniciativa de compra do consumidor: adquirir novamente um produto e/ou serviço de
uma determinada empresa‖.
McKenna (1997, p.46), explica que o marketing moderno é uma ―batalha pela
fidelidade do cliente‖, pois em um mundo em que os clientes tem cada vez mais informações
e opções, eles tendem a ser instáveis.
Como o call center encaixa-se nesse cenário? Zenone (2011, p.168), descreve a
fidelização de clientes como uma medida de retorno de investimento de um call center:
Por outro lado, Telles, Romboli e Siqueira (2000, p.120) afirmam que a satisfação do
cliente não pode estar relacionada a fidelização:
24
Felipe, Conde e Ribeiro e Imuta (2006, p.4), relacionam CRM a fidelização de clientes:
Logo, podemos concluir que apesar de não contribuir diretamente para a fidelização de
clientes, um call center que faça bom uso da tecnologia, contribui para a satisfação do cliente.
25
CONCLUSÃO
A relação entre sustentabilidade e call center, se dá através das ações que as empresas
tomam a fim de inserir no dia a dia da organização práticas sustentáveis. Exemplo disso,
foram as ações de diminuição de resíduos orgânicos, economia de papel, de energia, suporte a
sociedade, qualidade de vida e outros programas que as empresas de call center fornecem a
seus funcionários.
Apesar da imagem negativa que muitos tem a respeito do call center, empresas sérias e
comprometidas, como o trabalho mostrou, fazem uso da tecnologia para colaborar com um
planeta sustentável.
Além disso, através das ferramentas tecnológicas disponíveis, cada vez mais pode ser
oferecido qualidade no atendimento aos clientes. Apesar do call center e consequentemente as
tecnologias que eles utilizam não resultarem diretamente na fidelização de clientes, essas
ferramentas, se utilizadas de forma correta, colaboram para a satisfação do usuário.
26
REFERÊNCIAS
BLOOM, Paul N.; KOTLER, Philip; HAYES, Thomas. Marketing de serviços profissionais.
2ª ed. Barueri: Manole, 2002.
Contact Centers Sustentáveis.Consumidor Moderno, São Paulo, 01, jul. 2008. Disponível
em: <http://consumidormoderno.uol.com.br/edic-o-127-julho-2008/capa-contact-centers-
sustentaveis>. Acesso em: 05 set 2013.
CORRÊA, Jacinto. Marketing: a teoria em prática. Rio de Janeiro: Senac Nacional, 2009.
FURLAN, Paula. Sustentabilidade: fundamental para o negócio. Portal Contact Center. São
Paulo, 17, out de 2013. Disponível em:
<http://portalcallcenter.consumidormoderno.uol.com.br/indicadores/anuario/sustentabilidade-
fundamental-para-o-negocio>. Acesso em: 01 nov 2013.
GIOSA, Lívio Antônio. Terceirização: Uma abordagem estratégica. 5ª ed. São Paulo:
Pioneira, 1997.
KOTLER, Philip. Marketing para o século XXI: como criar, conquistar e dominar mercados.
São Paulo: Futura, 1999.
KOTLER, Philip; KELLER, Kevin Lake. Administração de Marketing. 14ª ed. São Paulo:
Pearson Education do Brasil, 2012.
MANCINI, Lucas. Call center. Estratégia para vencer. São Paulo: Summus Editorial, 2001.
ZENONE, Luiz Claudio. Gestão estratégica de marketing: conceitos e técnicas. São Paulo:
Atlas, 2011.
PONTÍFICIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE
SÃO PAULO
Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e
Atuariais.
2ºSemestre 2013
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 1
CAPÍTULO I: A REALIZAÇÃO
1.0 - POR QUE O RIO DE JANEIRO?.......................................................... 3
1.1 - INVESTIMENTO &INFRAESTRUTURA ........................................ 5
1.2 - OS CUSTOS DO ORÇAMENTO E A SUA EVOLUÇÃO ................. 14
CONCLUSÃO............................................................................................................... 35
REFERÊNCIAS ............................................................................................................. 37
1
INTRODUÇÃO
Através do estudo das experiências passadas é possível obter o que foi positivo e o que foi
negativo, tentado assim evitar os erros e permanecer com os acertos. Os jogos de Londres
com certeza tem muito a ensinar ao Brasil no que diz respeito à organização e cumprimento
de metas.
Outra forma de estudo é a observação da experiência brasileira com a realização dos Jogos
Panamericanos de 2007, quando o Brasil recebeu a maior competição esportiva do continente
americano e através desta pode obter experiência para uma futura realização dos Jogos
Olímpicos.
É necessária a observação do que foi positivo com a realização do Pan de 2007, contabilizar
os seus custos e perceber qual foi o legado deixado para a população do Rio de Janeiro, e a
estrutura que foi deixada para os atletas de alto rendimento.
O custo dos Jogos Olímpicos para o povo brasileiro é um problema importante que será
explorado ao longo desse trabalho, ainda mais pela preocupação com os orçamentos públicos
no Brasil, que sempre apresentam grandes discrepâncias.
2
O Brasil tem tradição nos esportes coletivos, porém nos esportes conhecidos como olímpicos,
na grande maioria individuais, o país tem pouca tradição e até hoje depende de talentos
individuais. Faz se necessária uma política esportiva no país para o desenvolvimento de
esportes menos conhecidos, e um dos objetivos desse trabalho é a pesquisa sobre de que
forma o governo planeja desenvolver o esporte aproveitando esse cenário olímpico e o seu
legado esportivo.
3
CAPÍTULO I - A REALIZAÇÃO
Em outubro de 2009 o Rio de Janeiro foi anunciado como sede dos jogos Olímpicos e
Paralímpicos de 2016, desde então a cidade se prepara para receber atletas e visitantes no
maior evento esportivo do planeta, a ser realizado pela primeira vez na América do Sul.
O Rio de Janeiro precisou apresentar propostas técnicas para ser escolhido como sede das
Olimpíadas de 2016. Três fatores foram decisivos para essa escolha: a união dos três governos
(municipal, estadual e federal), o fato de os jogos nunca terem sido realizados na América do
Sul e a forma alegre e espontânea do povo brasileiro, como é conhecido mundialmente, de
receber bem os visitantes e de celebrar o esporte.
Para o comitê Olímpico Internacional, essa decisão significou abrir uma nova e promissora
fronteira para inspirar 65 milhões de jovens com mais de 18 anos no Brasil e ainda mais de
180 milhões por todo o continente americano.
Antes de obter sucesso com a candidatura aos jogos de 2016, o Rio de Janeiro já havia tentado
sediar o evento em 2004, 2008 e 2012, porém em todos esses anos sem sucesso. O que desta
vez realmente pesou para a vitória do Rio de Janeiro, foi o forte apoio do Governo Federal e
muitas doações feitas por empresários, como foi o caso do magnata Eike Batista que sozinho
doou R$ 20 milhões.
Espera–se que a cidade passe por uma profunda transformação urbana e social: serão
priorizadas as construções de vias expressas, túneis e moradias, linha de BRT (sigla para Bus
Rápida Transit) corredores exclusivos de ônibus e a prometida e a aguardada muito tempo,
revitalização da zona portuária.
4
Em 2016 a cidade oferecerá duas vilas para hospedar os esportistas e profissionais da mídia
do mundo inteiro que trabalharão no evento.
A previsão de entrega das obras é para 2015, um ano antes dos jogos. Serão 48 prédios de 12
andares com capacidade de acomodação total de 17.700 pessoas. O terreno da futura moradia
dos atletas está próximo do Parque Olímpico, o principal local de competições.
Muitas melhorias para a cidade do Rio de Janeiro foram prometidas, muitos projetos de
infraestrutura serão realizados nos próximos anos, e exatamente por isso foi criada pela
prefeitura do Rio de Janeiro em conjunto com os governos federal e estadual, mais o COB
(comitê olímpico brasileiro) a Empresa Olímpica Municipal.
O parque olímpico, principal obra para os Jogos de 2016 que será o maior legado esportivo
dos jogos, conta com uma parceria publico-privada (PPP) entre o governo federal e o
consórcio Rio Mais, formado pelas construtoras Odebrecht Infraestrutura, Andrade Gutierrez
e Carvalho Hosken, é responsável pela construção das instalações previstas na PPP que
somam um investimento total de R$ 1,4 bilhão.
- Barra da Tijuca
- Deodoro
- Maracanã
6
- Copacabana
A zona da Barra da Tijuca sediará o maior número de competições, por isso ficou conhecida
como coração dos jogos de 2016, terá o maior investimento de recursos de todas as zonas
olímpicas. Para a construção doParque Olímpico com várias arenas esportivas, centro de
mídia e imprensa, vila olímpica para os atletas, o autódromo de Jacarepaguá foi desativadoe
assim praticamente se decretou o fim do automobilismo no Rio de Janeiro, esse foi um dos
pontos que mais gerou discussão até agora nesse ciclo olímpico. A promessa era de que a
demolição de Jacarepaguá só ocorreria mediante a construção de um novo autódromo em
Deodoro, o que claramente não aconteceu.
- Basquetebol
- Handebol
7
- Tênis
- Ciclismo de Pista
- Polo aquático.
- Halterofilismo.
- Tênis de mesa
- Boxe.
- Golfe.
A zona da Barra recebeu a primeira instalação entregue para os jogos do Rio 2016, o Parque
dos Atletas, no bairro do Recreio, onde os cariocas já podem utilizar o espaço para práticas
esportivas. Esse parque abrigará também futuramente a Vila Olímpica e Paralímpica que já se
encontram em construção.
Localizada na Zona Oeste do Rio, a Zona Olímpica de Deodoro é o local do maior quartel do
Brasil e da maior concentração militar da América Latina, com 60.000 homens. As linhas de
trem para o Centro da Cidade e outras regiões do subúrbio ligam a Região Olímpica ao Rio.
A construção de instalações nessa região para os Jogos Panamericanos Rio 2007 facilitam as
coisas para os Jogos de 2016, uma vez que o investimento em arenas será bem menor. Porém
como o padrão de exigência olímpico é bem maior do que o padrão panamericano, algumas
alterações estruturais serão necessárias.
- Hipismo.
9
- Pentatlo Moderno.
- Tiro Esportivo.
- Canoagem – Slalom.
- Esgrima.
Essa região do Maracanã é a juntamente com a região de Copacabana, uma das que menos
precisará de investimentos em arenas esportivas, uma vez que boa parte das instalações já
existe. O próprio estádio do Maracanã foi reformado para a Copa do Mundo e precisará de
poucas adaptações para os jogos olímpicos. No caso do caso de São Januário a mesma coisa,
poucas melhorias têm de serem feitas.
Dona de alguns dos cartões postais mais famosos do Brasil, e porque não também do mundo,
a Zona Olímpica de Copacabana não exigirá muitos investimentos em arenas, uma vez que se
utilizará de suas paisagens para receber algumas modalidades. Com praias mundialmente
famosas, belas montanhas e pontos turísticos como o Pão de Açúcar e o Corcovado, a Região
Copacabana será o local perfeito para as competições de rua.
10
Em termos de arenas, nessa região de Copacabana será necessária a construção de uma arena
temporária para a competição do vôlei de praia, ampliação das instalações da Marina da
Glória para receber até 10 mil espectadores e a ampliação do estádio de Remo na Lagoa
Rodrigo de Freitascom a construção de um píer temporário, com capacidade para 10.000
espectadores, garantindo intensa vibração na chegada das provas.
O conceito de acomodação no Rio de Janeiro para os jogos envolve uma combinação variada
de tipos e localização de quartos. A hospedagem foi planejada para todos os integrantes da
família Olímpica tais como atletas Olímpicos e Paralímpicos, familiares dos atletas, técnicos e
pessoal de apoio, telespectador, efetivo de segurança, imprensa e visitantes, entre outros.
A Vila Olímpica e Paralímpica começou a ser construída em 2013 e tem entrega prevista para
2015, um ano antes dos jogos. Serão 48 prédios de 12 andares com capacidade de
acomodação total de 17.700 pessoas. O terreno da futura moradia dos atletas está próximo do
Parque Olímpico, o principal local de competições.
Outras duas vilas serão construídas para a realização dos Jogos e, posteriormente, terão como
destino a população carioca. A Vila Verde, no bairro de Deodoro (uma das quatro zonas que
receberão os Jogos), irá abrigar oficiais técnicos e pessoal de apoio aos patrocinadores. A
Vila Maracanã, no bairro homônimo (e também uma das zonas de disputa) será destinada aos
técnicos oficiais dos jogos.
No tocante a hospedagem, o COI (comitê olímpico internacional) exige que a cidade sede
tenha pelo menos 40.000 quartos de hotel para poder sediar uma olimpíada, com a valorização
do setor hoteleiro, que deve crescer entre 15 e 20% com a organização dos jogos olímpicos do
Rio 2016, estima se que até o ano de 2015 a cidade tenha mais de 50.000 quartos de hotel.
No que diz respeito a transportes, muitas obras serão realizadas no Rio para adequar a cidade
a necessidade dos atletas e dos expectadores dos jogos de 2016. Uma das obras mais
necessárias para 2016 é a ampliação do aeroporto do Galeão, que vem sendo realizada
Consórcio Novo Galeão (CNG) também para a Copa do Mundo de 2014.
A cidade passará por uma profunda transformação urbana e social: serão priorizadas as
construções de vias expressas, túneis, linhas de BRT (sigla para Bus Rapid Transit, corredor
exclusivo de ônibus) e revitalização da zona portuária.
12
Transoeste: Corredor expresso para ônibus que, já está em funcionamento desde junho de
2012, com nove pontos de integração a outros meios de transporte, beneficia até 220 mil
passageiros por dia. A via liga a Barra da Tijuca a Santa Cruz e Campo Grande, terá 56 km de
extensão e 53 estações de BRT.
Transolímpica: Considerada a maior obra do Rio de Janeiro nos últimos 30 anos, esta via de
26 km encurtará o deslocamento dos atletas entre as instalações dos Jogos Olímpicos de 2016,
13
Porto Maravilha:
Para o Brasil receber os Jogos Olímpicos e Paralímpicos 2016, será necessária a realização de
obras e empreendimentos na cidade do Rio de Janeiro, com o objetivo de melhorar aspectos
relativos,às instalações esportivas, à mobilidade urbana e às acomodações. As ações serão
desenvolvidas por meio de parceria entre os governos federal, estadual e municipal.
O documento apresentava, ainda, os valores projetados para 2016, ano do evento: R$ 38,7
bilhões (US$ 16,7 bilhões). O plano orçamentário divide-se fundamentalmente em dois
segmentos: (i) o de responsabilidade do COJO, destinado ao planejamento, operação do
evento e montagem de estruturas temporárias; e (ii) o segmento de responsabilidade do
governo, iniciativa privada, etc. (não COJO), que engloba as construções da Vila Olímpica,
Vila de Imprensa, estádios, etc.
Como aponta o jornalista esportivo José Cruz, ―depois que o Brasil ganhou, o orçamento
precisou passar por uma atualização. E é isso que o COJO, novamente com os técnicos
brasileiros, está realizando. O objetivo é evitar críticas semelhantes às que surgiram por
ocasião dos Jogos Panamericanos de 2007, quando o primeiro orçamento, elaborado pela
Fundação Getúlio Vargas, ficou em torno de R$ 470 milhões e o evento acabou custando R$
3,4 bilhões‖.
Rocha também alertou para o risco de o orçamento finale, por conseguinte, o início das
principais obras – ser definido tardiamente. ―Na medida em que se acumulam essas obras para
o final, elas tendem a encarecer, porque aí você vai ter que usar três turnos de trabalho – como
está acontecendo em alguns estádios, agora, para a Copa do Mundo‖.
O deputado explica: ―na medida em que você usa dois turnos, é um valor. Na medida em que
você usa três turnos de trabalho, você coloca pessoal pra trabalhar à noite, com hora-extra e
encargos, aí o custo da obra aumenta. Então, por isso é que você tem que dar um tempo
maior, para que o custo seja menor, diz.
16
Uma outra questãoque vem sendo motivo do atraso em grande parte das obras, é a
complexidade na composição dos orçamentos em duas moedas (Dólar e Real), ea
inexperiência do Brasil em apurar um orçamento de um grande evento de grandes proporções
como este.
É exatamente por essa dificuldade em se formular um número sobre o custo dos Jogos, que o
governo federal criouuma lei que concede isenção fiscal total aos organizadores do
evento"onde o Poder Executivo encaminhará ao Congresso Nacional e fará publicar, até o dia
1º de agosto de 2018, prestação de contas relativas aos Jogos Olímpicos de 2016 e Jogos
Paraolímpicos de 2016". Na data, deve ser divulgada a renúncia fiscal total, ou seja, quanto o
COI (Comitê Olímpico Internacional) e seus parceiros deixaram de pagar em impostos ao
governo brasileiro.Ou seja a conta total dos jogos de 2016 só será revelada em 2018.
Essa sem dúvida é uma pergunta que não tem uma resposta fácil. Com a realização dos Jogos
Panamericanos em 2007 o Brasil teve a oportunidade de sediar um evento esportivo grandioso
de proporções continentais, que deixou lições e ensinamentos a serem seguidos.
Durante a campanha do Rio de Janeiro para cidade sede dos Jogos Olímpicos, o Brasil se
utilizou da experiência adquirida com Pan de 2007 para dar um pulo a frente dos países
concorrentes. Porém a experiência deixada pelo Pan, ascende a luz vermelha no que diz
respeito a estrutura e orçamento, uma vez que o Brasil tem sérios problemas em cumprir um
orçamento pré-determinado.
Quando a candidatura do Rio de Janeiro para sede dos Jogos Pan-Americanos de 2007 foi
enviada ao Comitê Olímpico Internacional, em 2001, o custo total inicialmente previsto para o
evento era de R$ 390 milhões. Dois anos após os jogos, quando finalmente foram tornados
públicos os dados relativos a sua organização, descobriu-se um custo final de R$ 3,5 bilhões,
confirmando as denúncias feitas por organizações não-governamentais de que o megaevento
teria custado dez vezes mais do que aquilo que fora ―vendido‖ para a sociedade.
Um dos maiores argumentos da candidatura era de que o evento daria à cidade uma estrutura
olímpica, com arenas de primeiro mundo, além de obras de infraestrutura importantes. Os
Estádios e arenas construídos para o PAN de 2007 são os seguintes:
- Estádio Engenhão
- Velódromo
- Parque de Deodoro
Engenhão: A Construçãodo Estádio Olímpico João Havelange foi a obra mais cara do
Pan,tinha a previsão de custo inicial de R$ 75,5 milhões e acabou custando R$ 380 milhões.
Foi arrematado posteriormente pelo Botafogo por R$ 430 mil anuais, e o Alvinegro custeia a
manutenção do local, de R$ 500 mil mensais. A concessão é por 20 anos e expira em 2027,
para recuperar o investimento, com os valores atuais, a prefeitura do Rio levaria 80 anos. Em
2016, o Engenhão só receberá o atletismo, após uma nova reforma.
Maria Lenk: O Complexo Aquático Maria Lenk estava orçado em R$ 72 milhões em 2003,
porémcustou R$ 84 milhões. De uma vez só, R$ 60 milhões foram liberados pelo governo
federal para ajudar a prefeitura na construção. O local surgiu com o compromisso de que
moradores da região usassem as instalações, o que não aconteceu. O parque aquático ficou
ocioso por quase quatro anos, por exemplo, Cesar Cielo, ídolo da natação brasileira, nunca
usou o espaço de forma regular. Desde 2011, é a sede do CT do Time Brasil. Hoje atende
cerca de 150 atletas de alto rendimento com uma estrutura sofisticada. Tem academia de
ginástica e sala de ciência do esporte. A Federação Internacional de Desportos Aquáticos,
porém, rejeitou a piscina para os saltos ornamentais. O local somente receberá o pouco
conhecido polo aquático.
20
Arena Multi Uso: Projetada em 2003 com custo R$ 19 milhões, a Arena Olímpica do Rio
saiu por R$ 127 milhões. Tem um ginásio para 15 mil pessoas e, desde o fim do Pan-2007, é
administrada pela GL Events, empresa francesa que cuida do Riocentro. Anualmente, o grupo
paga R$ 3,2 milhões pela concessão, que vence em 2016, pouco antes dos Jogos. Batizada de
HSBC Arena (o banco comprou os direitos pelo nome do espaço), recebe shows de estrelas
internacionais, como Beyoncé, e eventos esportivos privados, como o UFC. Em 2016: só
receberá a ginástica.
Os críticos, dizem que o Pan não deixou legados para o país. Porémnem tudo foi ruim nessa
experiência de sediar um evento dessas proporções. O Pan mostrou que o Brasil é capaz de
realizar um evento como esse sem apresentar nenhum problema de segurança, em 2007 não se
apresentou nenhuma situação de problema com este tema que é tão delicado nas cidades
brasileiras.
21
Muito dinheiro público foi gasto para a realização do Pan, e muito pouco foi deixado de
legado para a população carioca, o que se espera dos Jogos de 2016 é que essa realidade seja
diferente, e que o Rio passe de fato a ter um centro olímpico de treinamento para a melhoria
do esporte olímpico no futuro do Brasil.
A proposta das Olímpiadas de Londres é que fossem sustentáveis em todos os sentidos, não só
na forma como a infraestrutura que foi construída, mas também em termos do legado para a
cidade. Dois pontos essenciais para que os jogos trouxessemresultados a longo prazo foram:
Para atingir o primeiro ponto foi necessário antes de mais nada a descontaminação do solo e
canais aquáticos, problema grave da região onde foi construído o parque olímpico após
décadas de uso industrial. Além disso, a área era ocupada por torres e linhas de transmissão de
energia elétrica de alta potência, o que gerava poluição eletromagnética e impedia qualquer
outro uso do espaço. Durante a construção ambos os problemas foram resolvidos,
possibilitando a ressurreição e reativação da área.
Outro elemento importante para a reurbanização foi a participação da iniciativa privada. Antes
mesmo de Londres garantir a sua eleição como sede olímpica, já haviam sido aprovados os
planos para a construção de um dos maiores shopping centers da Europa, exatamente na
entrada do que viria a ser o parque olímpico. A inauguração do shopping foi um enorme
impulso para a criação de empregos locais.
completamente desmontadas. Isto feito, grandes áreas ficaram livres para outros
empreendimentos, preferencialmente habitacionais.
Entre as estruturas que ficaram está a peculiar torre batizada de Orbit , cuja missão foi a de
se tornar uma atração turística permanente. Já o parque aquático com duas alas laterais para
acomodação do público durante os jogos, foram removidas posteriormente trazendo a obra
para uma escala mais compatível com seu uso a longo prazo. Entre os exemplos de estruturas
completamente temporárias está a Arena de Basquete, que foi desmontada após os jogos e
poderá ser reaproveitada em outros locais, inclusive nas Olimpíadas de 2016 no Rio.
Os planos foram impressionantes, porém existiu uma série de desafios importantes para que
eles se materializassem. É neste ponto da discussão que fica em destaque o papel do setor
público. A organização dos jogos olímpicos significou que havia uma data limite concreta
para que todos os projetos acontecessem.
Além disso, durante a organização e realização dos jogos o Comitê Olímpico Internacional
(IOC) possui um poder que se sobrepõe ao processo político local. Esta autoridade
institucional fez com que decisões fossem tomadas com muito mais rapidez do que seria
normal, e garantiu a convergência entre as dezenas de organizações envolvidas no governo
local de Londres. Com isso foi possível conseguir coisas inimagináveis em um processo
democrático usual, como tornar faixas nas principais vias da cidade exclusivas para
convidados VIP dos jogos. Uma vez que as instituições voltaram à sua rotina, houve uma
tendência para que a comunicação se tornasse menos harmoniosa, e que as decisões fossem
mais lentas.
Por fim, outro desafio para a transformação do parque olímpico em uma cidade viva é que o
fluxo de investimentos públicos para a região foi brutalmente reduzido após os jogos, já que
há outras áreas em Londres que carecem tanto ou mais de recursos (por exemplo aquelas onde
aconteceram as revoltas do verão de 2011).
Ocusto total das olimpíadas de 2012 para os ingleses foi algo próximo a9 bilhões de libras
esterlinas, cerca de R$ 30 bilhões . Porém com o final dos jogos, o governo inglês criou um
projeto de 292 milhões de libras para remover instalações temporárias, completar uma
remodelação da Vila Olímpica para criar uma nova comunidade em Londres com 2.800 casas
e instalará novas estradas e caminhos. Esse exemplo serve de lição ao Brasil, na forma de se
direcionar o legado dos jogos a um bom aproveitamento das instalações e o gasto do dinheiro
publico de uma forma bem pensada.
Figura 5 – Orbit – escultura que ficou como símbolo dos jogos de 2012
24
Desde a candidatura para os Jogos Panamericanos, quando em 2002 o Brasil foi eleito o país
sede do evento de 2007, o Governo Federal propõe deixar um legado esportivo e cultural com
a realização de grandes eventos, uma vez que a estrutura esportiva que é montada para as
competições fica no país. Dessa maneira imagina-se que estádios e equipamentos comprados
para os jogos estimulem a prática esportiva dos habitantes da cidade sede e do país como um
todo, e ao mesmo tempo esses lugares passam a servir de espaço de treinamento para atletas
de alto rendimento.
Outro forte argumento para a realização dos Jogos Olímpicos de 2016 no Rio foi a utilização
da estrutura deixada pelo Pan de 2007, porém muito do que foi construído não serve aos
padrões olímpicos, como é o caso do Complexo Aquático Maria Lenk, que foi muito pouco
utilizado após o Pan e não atende as especificações da Federação Internacional de Natação e
por isso será utilizado somente para o Polo Aquático
A experiência do legado do Pan 2007 demonstra que no Brasil nem sempre as coisas
acontecem como deveriam acontecer. Algumas das construções do Pan viraram grandes
―Elefantes Brancos‖ que custaram muito caro aos cofres públicos e agora estão sem
utilização.
Para tentar tornar o legado dos Jogos Olímpicos de 2016 diferente da experiência anterior a
ideia do comitê organizador é ―construir um legado que acelere a transformaçãosocial e
econômica de forma sustentável, através da criação de maior perspectiva de futuro para os
jovens brasileiros, da promoção da prática de esportes e do fortalecimento do Movimento
Olímpico, dando início a uma nova erana cidade do Rio de Janeiro.‖
O segundo é o Legado Social. Ele reúne projetos de inclusão e promoção das populações de
menor renda, especialmente pela via do esporte educativo. Como um microcosmo do Brasil, a
cidade tem parte expressiva de sua população nessas camadas mais vulneráveis. E o Rio 2016
prevê gerar oportunidades inéditas para esses setores. O foco principal está posto na
juventude: na sua qualificação profissional e formação cidadã através dos valores universais
do olimpismo.
Por fim, há o eixo do Legado Urbano e Ambiental. Compreende-se essa dupla temática, aqui,
comouma unidade inseparável. O ambiente do carioca é sua cidade, e a vida nos aglomerados
urbanos é absolutamente dependente do acesso a recursos naturais sustentáveis. Também os
Jogos Olímpicos são inviáveis sem mobilidade, segurança, serviços, qualidade do ar,
transporte público etc. Se as necessidades são complementares, as obras e intervenções têm de
ser sinérgicas, articulando o evento à regeneração estrutural do Rio com vistas ao futuro.
Sem dúvida com o final das competições, os brasileiros receberão um patrimônio gigantesco
no que diz respeito a instalações e equipamentos esportivos, a questão principal é a forma
como tudo isso será administrado após os jogos. Os atletas brasileiros vão poder dispor de
centros de treinamento muito avançados, porém é necessário esperar para ver como as
políticas esportivas serão administradas após os jogos.
26
O Brasil é um país deficiente em uma série de fatores, tais como educação, escolas,
segurança, medicamentos, alimentos, e até de falta d‘água em muitas regiões do país, e
mesmo assim vai sediar em uma questão de dois anos os dois maiores eventos esportivos do
planeta, a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016.
Parece claro que o país tem muitas outras prioridades ao invés de gastar dinheiro com a
construção de estádios, e com um gasto da ordem de R$ 30 bilhões, muitas melhorias
poderiam ser feitas como por exemplo:
(emR$)
de segurança
máxima
Porém como diz o artigo da revista Le MondDiplomatique Brasil ―Por definição, uma cidade
escolhida para sediar as Olimpíadas não é de antemão moderna o suficiente nem exemplar o
suficiente para merecer essa distinção. Ela precisa, paulatinamente, se transformar,
obedecendo a um planejamento e a um plano de ação que a elevará ao patamar de uma
cidade-sede olímpica mundial. O plano de ação urbana é a condição prévia a ser aceita pela
cidade, para que ela possa ter a chance de ser escolhida pelo Comitê Olímpico Internacional e,
antes disso, pelo comitê olímpico nacional. Os Jogos Olímpicos são um conjunto de
competições entre as cidades, assim como entre os atletas. Eles são a ocasião de uma cidade
ser designada como a mais moderna, a de maior mobilidade urbana, a mais cara, porque ela
será a mais valorizada, num universo de referência previamente reduzido.‖
Ainda segundo a Le Mond, ―se alguns países, em especial os Estados Unidos, puderam
utilizar campi universitários como estádios olímpicos, outros, como a França, o Japão ou a
Coreia, só dispunham de espaços pericentrais, que precisavam ser remodelados de modo a
equipará-los às zonas centrais, de acordo com a doutrina olímpica. Por isso, a preparação dos
Jogos é a ocasião de transformar as respectivas cidades em vastos canteiros de obras urbanos,
que acabam se traduzindo na expulsão dos habitantes cujo nível de vida é inferior à média da
população.‖
A expulsão dos habitantes de suas casas para a construção da infraestrutura para os jogos
olímpicos é um problema que atinge a todas as cidades sede, e no Rio de Janeiro não vem
sendo de maneira diferente. Para a construção do Parque Olímpico o antigo Autódromo de
Jacarepaguá foi desativado para as construções dos Jogos, o que não causaria nenhum
28
problema social, desde que ao lado do autódromo não tivesse uma comunidade chamada Vila
Autódromo.
Os moradores dessa favela, Vila Autódromo, obviamente não querem deixar as suas casas,
porém sofrem pressão do poder público para deixar a área. Este impasse ainda não está
resolvido e por enquanto os moradores permanecem em suas casas.
Para uma boa locomoção das pessoas durante os Jogos, quatro linhas expressas estão em
construção no Rio de Janeiro, a Transolímpica, a Transoeste, a Transcarioca e a Transbrasil.
Para a construção dessas linhas expressas muitas pessoas tiveram que deixar as suas casas, e
em alguns casos receberam indenização e em outros não, simplesmente foram tiradas de suas
casas e até agora não receberam nada por isso.
―A preparação das Olimpíadas, no Rio de Janeiro, além dos jogos locais da Copa do Mundo
de futebol, dá lugar, como em Londres e anteriormente em Pequim e Seul, à expulsão de
milhares de habitantes das favelas da cidade, da região central aos confins da zona portuária.
E, no entanto, a anunciada urbanização das favelas, nos últimos anos, supondo sua
manutenção e melhoria, parecia estar efetivamente entre as preocupações.‖
Expulsão, encarecimento de moradia, falta de alternativas e pressão sobre os mais pobres, que
acabam empurrados para as periferias, tem sido algumas das marcas mais características das
Copas do Mundo e dos Jogos Olímpicos.
29
No caso do Rio de Janeiro, o alerta fica para a ameaça de expulsão de moradores de áreas que
serão usadas para os Jogos de 2016 é real e o governo terá de dar uma solução.
Na história das últimas olimpíadas ocorreu o mesmo, em Seul, em 1988, a Olimpíada afetou
15% da população, que teve de buscar novos locais para morar - 48 mil edifícios foram
destruídos. Em Barcelona, em 1992, 200 famílias foram expulsas para a construção de novas
estradas.
Em Pequim, a ONU admite que 1,5 milhão de pessoas foram removidas de suas casas. A
expulsão chegou a ocorrer em plena madrugada. Moradores que se opunham foram presos.
Outra constatação é a alta nos preços de casas. Em Seul, a inflação foi de 20% nos oito meses
anteriores aos Jogos. O preço da terra subiu 27%. Em Barcelona, a alta foi de 131% nos cinco
anos antes da Olimpíada, contra mais de 50% em Sydney. Em Atlanta, 15 mil moradores
foram expulsos de suas casas em 1996 e a inflação no setor imobiliário passou de 0,4% para
8% no ano dos Jogos.Para Londres/2012, as áreas próximas aos locais dos eventos já sofrem
inflação quatro vezes maior que a média nacional.
2)Falta de transparência no
processo decisório.
deslocamento de milhares de
habitantes.
2)Falta de Transparência no
processo decisório.
3)Falta de transparência no
processo decisório
2)Falta de transparência no
processo decisório.
3)Ausência de planos de
realocação para 20 % dos moradores
afetados.
Tabela III – Custo social para população das ultimas cidades sede
31
O grande problema do Brasil no que diz respeito ao esporte é a falta de uma cultura esportiva,
em um país com 180 milhões de habitantes, somente 43,% do total de alunos matriculados em
escolas publicas no Brasil praticaatividades esportivas em quantidade de tempo minimamente
adequado. Sendo que das escolas públicas somente 12% das municipais e 52% das estaduais
possuíam instalações esportivas.
Um país como o Brasil que tem um potencial enorme no que diz respeito a talento para
diversas modalidades esportivas, falta investimento em esportes olímpicos, que poderiam dar
ao país uma série de medalhas olímpicas. Porém aqui o esporte mais praticado e difundido é o
futebol, que por excesso de talentos, gera novos craques todos os dias e os envia para o
exterior por uma questão financeira.
O futebol no Brasil representa bem o que acontece no esporte mundial, onde do excesso de
jogadores se consegue vários talentosos, e alguns excepcionais. Deveria ser assim em todos os
esportes, porém nas terras tupiniquins somente esportes como futebol, vôlei, basquete
(principalmente os coletivos) tem apoio e mídia.
Ás vezes algum talento se sobressai em esportes individuais, como é o caso de Cesar Cielo,
Arthur Zanetti, Gustavo Kurten, Gustavo Borges, Ademar Ferreira da Silva, Joaquim Cruz,
Robert Scheidt, Maurren Magi e de muitos outros.
Porém no Brasil casos como esses citados a cima são geralmente frutos de investimentos dos
clubes particulares, como o caso do Pinheiros, Minas Tênis Clube, Flamengo, Paineiras entre
uma série de muitos outros pelo Brasil a fora.
32
Essa é a cultura brasileira do esporte, onde quem tem condições pratica os esportes
conhecidos como amadores, ou seja os esportes olímpicos. Quem não tem condições, para
praticar esses esportes diferentes tem que contar com alguma bolsa em algum clube ou contar
com algum programa do governo.
O Brasil poderia se espelhar no modelo americano, onde o esporte é muito difundido nas
escolas, depois nas universidades. Muitos alunos entram em universidades caríssimas somente
porque são bons esportistas e integram o time da escola que frequentam.
No caso de Cuba, a pequena ilha do Caribe desde a revolução Cubana de 1959 passou a
investir no esporte e no final da década de 60 já tinha excelentes esportistas, e com uma
população infinitamente menor que a do Brasil, faturava muito mais medalhas olímpicas.
A pratica esportivaem Cuba tem início ainda na escola, onde crianças de uma mesma
localidade competem entre si para ver quem consegue se qualificar para as disputas estaduais
(lá estado é chamado de província) e depois das finais estaduais o certame vira nacional.
O Brasil vive um momento único para o esporte. Os dois grandes eventos que o País sediará
nesta década abrem espaço para pensar o que queremos para o esporte nacional. Por essa
razão, a Atletas defende a proposição de um legado social aproveitando a magnitude dos
investimentos que serão realizados no País.
Segundo o projeto do grupo Atletas pela Cidadania é preciso desenvolver a cultura esportiva
no país, tornando o esporte acessível a todos, para que seus benefícios na saúde, na educação
e na formação de valores façam parte da realidade de milhões de brasileiros.
A chave para o Brasil é o ensinamento da prática esportiva nas escolas, somente tendo grande
quantidade que se consegue qualidade. Porém o que se pode ver mesmo em escolas
particulares com muitos recursos, é que nas aulas de educação físicasó se pratica esportes
coletivos, isso tem que mudar rapidamente se o país ansiar por sepultados melhores no futuro
dos Jogos Olímpicos.
Como o Brasil é um país sem política esportiva e o apoio a maioria dos atletas só acontece
próximo aos ciclos olímpicos, o Governo Federal iniciou um programa para investir pesado
na preparação de atletas com chances de ganhar medalha nos Jogos de 2016.
Com esperança de que o Brasil ganhe 12 posições e termine as Olimpíadas do Rio de Janeiro
na décima colocação geral, o governo brasileiro vai recorrer à ajuda de oito estatais para
investimento de R$ 1 bilhão em atletas e seleções com alguma chance de conquistar uma
medalha em 2016. O Ministério do Esporte já havia separado R$ 1,5 bilhão para atletas
olímpicos até o ano dos jogos.
As medidas deste que ficou conhecido como Plano Medalha são as seguintes:
- O governo federal investe desde 2005 diretamente nos atletas brasileiros, por meio do
programa Bolsa-Atleta.
- O Planovisa dar uma condição ideal aos atletas, para igualar as melhores condições dos
atletas têm no mundo. Com a Bolsa Pódio será investido até R$ 15 mil mensais aos
esportistas, além de garantir o apoio financeiro aos técnicos (até 10 R$ mil mensais) e equipes
multidisciplinares (até R$ 5 mil mensais por profissional).
34
- O Plano Brasil Medalhas garante aos atletas a compra de material e equipamento esportivo
de ponta.
Este Plano demonstra bem como as coisas são feitas no Brasil, onde não se tem estrutura e na
ultima hora, porque afinal faltando menos de 3 anos para os Jogos, que para uma preparação
de ciclo olímpico é pouco tempo, o governo libera muito dinheiro com esperança de bons
resultados, porém como popularmente se diz, a esperança é a última que morre.
35
CONCLUSÃO
Ao longo dos últimos anos o Brasil vem recebendo muitas atrações mundiais, desde que
entrou na mira dos estrangeiros que perceberam um crescimento econômico e um incremento
na renda do brasileiro.
O governo federal brasileiro, querendo aparecer para o mundo resolveu receber em uma
questão de dois anos, os dois maiores eventos esportivos do mundo, a Copa do Mundo de
2014 e os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016.
Nem em países desenvolvidos acontece um despautério como esse, porém o nosso governo
decidiu sem nenhuma consulta popular, receber esses eventos que são extremamente caros.
Muito dinheiro publico vai ser gasto nessa história e o problema é que até agora não há um
orçamento total do evento.
Porém como no Brasil primeiro se gasta os recursos e depois se faz a conta do quanto se
gastou, isso não é problema, uma vez que muitas pessoas vão ganhar com os Jogos no Brasil,
algumas vão faturar muito dinheiro de forma legal e outras vão faturar muito dinheiro de
forma ilegal.
Mas o que se pode tirar de conclusão dos Jogos de 2016 é que uma estrutura esportiva
realmente vai ficar de legado para o país, porém o que se faz necessário é saber como essa
36
estrutura será administrada em um país onde o esporte olímpico está na mão de dirigentes
amadores e na maioria das vezes corruptos.
O povo brasileiro precisa ficar atento aos gastos dos Jogos de 2016, porque afinal quem paga
a conta é sempre o contribuinte brasileiro, e se tem uma modalidade que o Brasil é campeão
mundial, é no LEVANTAMENTO DE ORÇAMENTO!
37
REFERÊNCIAS
CUNHA, Odir. Heróis da América: história completa dos jogos Panamericanos. São
Paulo: Editora Planeta, 2007.
GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 5ª ed. São Paulo: Atlas, 2010.
GIBSON, Alexandre. Rumo a 2016. E onde está o legado do Pan? Disponível em: http://puc-
riodigital.com.puc Acessado em 5 de novembro de 2013.
MERGUIZO, Marcel; CONDE, Paulo. 50 Anos Depois, Os Jogos Panamericanos de São Paulo Ainda
Deixam Legado Positivo. Disponível em: http://albertomurray.wordpress.com/2013/04/20/50-anos-
depois-os-jogos-panamericanos-de-sao-paulo-ainda-deixam-legado-positivo-materia-de-hoje-
na-folha-de-sao-paulo-de-hoje-de-marcel-merguizo-e-paulo-roberto-conde/. Acessado em 10
de novembro de 2013.
MOTA, Miriam. Olimpíadas do Rio 2016: Esporte e Desenvolvimento Humano para o Rio.
Disponível em: http://www.guiadacarreira.com.br/artigos/atualidades/olimpiadas-rio-2016-
hora-virada/. Acessado em: 1de novembro 2013.
Portal Brasil. Saiba como o Rio de Janeiro está se preparando para sediar a Olimpíada de
2016. Disponível em:http://www.brasil.gov.br/esporte/2012/04/rio-2016. Acessado em 5 de
novembro de 2013.
Rio 2016 aprende com Pan 2007 para deixar um legado mais que esportivo. Disponível em:
http://globoesporte.globo.com/olimpiadas/noticia/2013/05/rio-2016-aprende-com-pan-2007-
para-deixar-um-legado-mais-que-esportivo.html. Acessado em: 7 de novembro de 2013.
ROSAS, Rafael. Rio deve gastar R$ 11 bi em melhorias para Olimpíada. Disponível em:
http://www.cebrasse.org.br/materias.php?id_materia=1169. Acessado em: 1 de novembro
2013.
EMPRESAS SUSTENTÁVEIS
2º Semestre 2013
2
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 1
REFERÊNCIAS.......................................................................................................... 32
1
INTRODUÇÃO
―Assim, o Brasil e outros países se deparam com o seguinte desafio: Como equilibrar a
necessária dinâmica econômica com a sustentabilidade ambiental e o equilíbrio social, no
contexto de uma gestão aberta e democrática?O que traz consigo problemas como ofoco no
consumo como um fim em si, e não como meio para promoção do bem-estar coletivo, o que
gera sérios efeitos colaterais ao meio ambiente; o acelerado processo de urbanização e o
consequente crescimento da demanda por serviços básicos, além da necessidade de ações
rápidas da gestão pública, em parceria com a sociedade civil. E então entram as empresas, que
devem cumprir seus objetivos evitando ao máximo danificar a natureza.
Das 100 maiores economias do mundo, 51 são empresas, cujos faturamentos deixam
para trás PIBs de cerca de 90 países. As 200 maiores corporações controlam mais de um
2
quarto da atividade econômica global. Ou seja, elas estão em todo lugar, presentes de muitas
formas em nosso cotidiano. São responsáveis, também, diretamente, pelo bem-estar de
centenas de milhares de pessoas (seus funcionários) e da sociedade como um todo, por isso, se
não tiverem uma percepção clara do que é responsabilidade corporativa e princípios de
sustentabilidade, o planeta pode ficar em uma situação ainda pior do que se encontra hoje.
Sustentabilidade está na moda e deixa bem na foto quem a pronuncia, desde a última
década, asustentabilidade faz parte da agenda das principaisempresas brasileiras públicas e
privadas.
Não é à toa que seis em cada dez empresasnacionais sentem que as mudanças climáticas
já produzem impacto diário em sua cadeia produtiva. Os dados são de estudo sobre o tema
conduzido pelo Instituto Ilos, especializado em logística empresarial. Ainda segundo esse
7
As empresas acreditam que dois em cada três clientes já exigem soluções mais verdes
para os serviços que contratam ou produtos que consomem.E o mercado para o setor no País
ainda tem muito para crescer. Segundo pesquisa realizada pela revista NationalGeographic em
2010, que investigou hábitos de 17 mil consumidores em 17 países, o Brasil ocupa a segunda
posição no ranking de consumo sustentável. Atrás apenas da Índia, o País apresenta bons
índices no uso de materiais renováveis em suas construções e no emprego extensivo de
biocombustíveis.
Reciclar o lixo, reduzir desperdício, economizar água e energia elétrica. São pequenas
ações que, inseridas no ambiente de uma micro ou pequena empresa, podem significar muito,
especialmente quando a empresa passa a ser reconhecida pela sua preocupação ambiental e
faz da sustentabilidade um elemento de competitividade. ―O uso racional dos recursos reduz
os custos e, consequentemente, aumenta a lucratividade‖, afirma Dorli Martins, consultora do
Sebrae-SP.
É o caso da empresa Feitiços Aromáticos, sediada na zona leste em São Paulo, eleita a
segunda empresa de cosméticos mais sustentável pelo ranking As 100 empresas mais
sustentáveis segundo a mídia de 2012. A empresa aparece na classificação à frente de grandes
marcas nacionais e internacionais.
Raquel Cruz, proprietária, conta que realiza ações simples: ―fizemos uma parceria com
uma cooperativa de coleta seletiva para que recolhesse nossos resíduos recicláveis e
convidamos a comunidade ao redor para reciclarem também o lixo doméstico. No escritório,
todos os funcionários do setor administrativo têm suas próprias garrafas de água, evitando o
desperdício de copos de plástico. Além disso, todos os documentos que são picados, quando
não são reciclados, se transformam em preenchimento de caixas para proteger os produtos
durante o transporte‖.
ajudar na claridade. Além disso, foram instaladas torneiras com temporizador e sanitários com
descarga dupla. A economia de energia elétrica e água foram consideráveis no custo fixo da
empresa.
Mas o século 21 trouxe um novo desafio e uma nova vantagem competitiva para as
empresas, a sustentabilidade, uma palavra grande, de muitos significados, mas que não deve
meter medo em ninguém.
especialistas, liderados pela médica GroBrundtland, que havia sido primeira ministra da
Noruega.
Foi a primeira vez que um estudo patrocinado pela ONU concluiu que os recursos
naturais do planeta Terra são limitados e devem ser explorados tendo em vista a existência de
gerações futuras e não apenas a satisfação de necessidades do presente. A partir desse
conceito, JonhElkington, um empresário norte-americano, fundador de uma ONG chamada
Sustainability, criou uma nova maneira de se entender a sustentabilidade nos negócios: ―É
preciso que os negócios sejam feitos levando-se em conta o equilíbrio entre os fatores
ambientais, sociais e econômicos e os resultados das empresas precisam refletir esse
equilíbrio‖.
Em questões sociais os ganhos podem estar na relação ética com seus consumidores e
fornecedores, em participar de forma cidadã nas comunidades que são impactadas por seu
11
negócio, seja a sua rua, bairro ou cidade, em utilizar sua publicidade não apenas para vender
seus produtos e serviços, mas também para reforçar boas práticas e cidadania. No aspecto
econômico, compreender que sua empresa não é apenas uma máquina de ganhar dinheiro,
mas também uma organização que é parte da qualidade de vida de seus gestores, das famílias
envolvidas e das comunidades as quais atende.
O marketing verde tornou possível a expansão de uma nova ideologia voltada para a
preservação do planeta e isso, por sua vez tornou-se uma importante arma publicitária, por
exemplo, empresas divulgando novas ações, como a adoção de materiais recicláveis em seus
produtos, coletas de lixo, plantio de árvores, entre outras.
redução de consumo é uma iniciativa sustentável. Com a ajuda de Tieghi, Dorli e José
Eduardo Amato Balian, professor do curso de Administração da ESPM, Exame.com listou as
principais recomendações paraempreendedores.
Tudo isso, porém, é uma questão de decisão, é começar para ver. Aí vem o primeiro
impasse: Como começar?
Definir o caminho a seguir, lembrando que ele é um processo que irá gerar resultados
menores a princípio, mas sempre crescentes;
Dicas:
Para Tieghi, há casos em que o empresário vai precisar investir a médio e longo prazo.
―Trocar lâmpadas tradicionais por led, substituir o refrigerador antigo ou trocar o ar
condicionado por um que modula de acordo com o consumo de energia‖, exemplifica.
2) Identifique alternativas
Energia limpa, separar o lixo e reutilizar embalagens são algumas questões que entram
no tema da sustentabilidade. Mas, para Balian, é preciso uma pesquisa básica antes que o
empresário comece a adotar medidas em seu negócio.
Para Tieghi, o que tem que ser trabalhado é o entendimento sobre o custo, pois não
adianta começar a investir em produtos mais baratos, mas que não se sabe se é
ecologicamente correto. ―O empresário pode obter receitas de produtos caseiros, por exemplo,
e assim reduzir o consumo de produtos industrializados‖, explica.
4) Envolva todas
5) Controle os gastos
Copos plásticos, papéis e produtos de limpeza são alguns produtos que fazem parte da
rotina da maioria das pequenas empresas. Para Tieghi, o controle é o melhor aliado para a
economia. Uma planilha com registros sendo atualizados mensalmente já auxilia o
empresário.
Desenvolver produtos que serão fabricados com boa parte de matéria prima reciclada e
após seu ciclo de utilização poderá retornar novamente como matéria prima, a partir
da reciclagem.
No projeto de moldes utilizarpráticas que permitem reduzir materiais na construção,
especificando melhores formas de evitar retrabalhos, aumentando a capacidade
produtiva do mesmo.
A documentação gerada em todo o processo de desenvolvimento de produto e projeto
pode ser 95% digital, sendo somente 5% impresso e neste processo utilizar quase que
a totalidade de papel reciclado.
Todo o processo de emissão de Notas Fiscais pode ser eletrônico, não gerando
consumo de papel.
Utilizar de lâmpadas de LED para iluminação
Incentivar funcionários a utilizar canelas de vidro, ao invés de copos plásticos.
No próximo capítulo, serão apresentadas as características do ―novo consumidor‖, o
que é o Conselho Empresaria Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável, exemplos
de organizações sustentáveis, e a lista global das cem maiores empresas consideradas
sustentáveis.
18
Neste capítulo serão abordadasas ideias do novo consumidor consciente, explicando sua
mudança na concepção de sustentabilidade, serão apresentados exemplos de organizações
sustentáveis, uma breve explicação sobre o que é o Conselho Empresaria Brasileiro para o
Desenvolvimento Sustentável e o ranking global das cem empresas consideradas mais
sustentáveis.
O consumidor consciente sabe que pode ser um agente transformador da sociedade por
meio do seu ato de consumo. Sabe que os atos de consumo têm impactos e que, mesmo um
único indivíduo, ao longo de sua vida, produzirá um impacto significativo na sociedade e no
meio ambiente.
Por meio de cada ato de consumo, o consumidor consciente busca o equilíbrio entre a sua
satisfação pessoal e a sustentabilidade, maximizando as conseqüências positivas e
minimizando as negativas de suas escolhas de consumo, não só para si mesmo, mas também
para as relações sociais, a economia e a natureza.
O consumo consciente pode ser praticado no dia-a-dia, por meio de gestos simples que
levem em conta os impactos da compra, uso ou descarte de produtos ou serviços, ou pela
19
O CEBDS é uma associação civil, sem fins lucrativos, fundada em 1997 para
promover o desenvolvimento sustentável entre as empresas que atuam no Brasil.Reunindo os
maiores grupos empresariais do País, o CEBDS é o representante no Brasil da rede do World
Business Council for SustainableDevelopment (WBCSD), que conta com quase 60 conselhos
nacionais em mais de 30 países para disseminar uma nova maneira de fazer negócios ao redor
do mundo.
O CEBDS tem hoje 77 grandes grupos empresariais, que respondem por cerca de 40%
do PIB nacional e atuam nas mais variadas atividades - capital financeiro, energia, transporte,
siderurgia, metalurgia, construção civil, bens de consumo em geral e prestação de serviços.
Esses grupos, ao lado de sua cadeia produtiva, geram milhões de empregos e significativa
parcela da renda nacional para os investimentos públicos.
ABRALATAS
AES Brasil
Águas do Brasil
20
Allianz Seguros
Amil Gerações
AngloAmerican
Brasil Kirin
British Petroleum
Brasil Foods
BASF S.A.
Bayer S.A.
BNDES
Bradesco S.A.
Braskem
Capemisa
CCR
Chevron
CPFL Energia
DNV - DetNorskeVeritas
21
Dow Brasil
EBX
Ecofrotas
Ecopart Assessoria
Eletrobras
GE
Goodyear
Grupo Abril
Instituto Solví
Itaú
Lafarge
Masisa
Monsanto
Pepsico
Organizações Globo
Pirelli Pneus
Philips
Raízen Energia S. A.
Renova Energia
Schneider Eletric
Sebrae MG
Siemens
TIM
Unilever
Unimed
Telefônica / Vivo
Vale
WAL-MART BRASIL
23
1. Petrobras
Integrante do Dow Jones Sustainability Index, índice de sustentabilidade utilizado
como parâmetro para análise dos investidores social e ambientalmente responsáveis, a
empresa brasileira foi escolhida pela European Foundation for Management Development
para promover um projeto-piloto para capacitar executivos com foco na responsabilidade
social.
A Petrobras elaborou um documento, batizado de Diretrizes da Sustentabilidade, que
congrega e prioriza as ações da companhia nesse segmento. As principais ações se dão na área
de proteção da biodiversidade, ecoeficiência das atividades e operações, controle de
contingências e interface social, econômica e cultural das atividades de exploração e produção
de óleo e gás na Amazônia.
2. Banco do Brasil
4. Vale
Uma das empresas líderes globais no setor de mineração, a Vale iniciou em 2010 a
implantação do Sistema de Gestão Ambiental (SGA), protocolo baseado nas diretrizes do ISO
14001.
O ISO 14001 é uma norma internacional que estabelece as melhores práticas a serem
implantadas no sistema de gestão ambiental. A norma é aplicável para qualquer empresa
independente de seu tamanho, segmento de atividade, seja indústria, comercial ou de serviço.
O que interessa é se a empresa tenha vontade e pretenda implantar uma política ambiental que
auxilie a identificar, priorizar e gerenciar seus riscos ambientais e preparar objetivos para um
programa de gestão. Para obtenção e manutenção do certificado ISO 14001, a empresa tem
que se submeter a auditorias, onde será verificado o cumprimento dos requisitos:
5. Furnas
6. Itaipu
para o projetoCultivando Água Boa, que reúne 22 associações de produtores agrícolas que
investem em insumos orgânicos e obtêm renda ao praticar uma atividade que preserva o solo,
sem aplicação de agrotóxicos.
7. Braskem
Em parceria com a Plásticos Suzuki, a Braskem usa as sobras de sua produção industrial
para a confecção de bancos, lixeiras e floreiras que já foram instalados em espaços públicos
das cidades de Paulínia, em São Paulo, e Maceió, nas Alagoas.
8. denovo
A empresa produz tecidos ecológicos obtidos a partir de resíduos, com especial destaque
para o plástico do tipo PET, responsável por 30% dos resíduos sólidos coletados nos
municípios brasileiros. Além desse material, a denovo lança mão de sobras e retalhos de
outras indústrias têxteis, que seriam descartadas.
9. Dow Química
10. Natura
Além de realizar a venda de refis em sua linha de produtos, a empresa agrega suas ações
sustentáveis na marca Ekos. Em associação com 19 comunidades rurais espalhadas pelo País,
a Natura promove o manejo sustentável dos ativos envolvidos na produção dos artigos dessa
linha.
11. Wallmart
O último pilar da área sustentável do Wallmart procura estimular o uso de produtos com
alta preocupação ambiental, além de reduzir em até 70% a presença de fosfato em detergentes
e sabões em pó usados na limpeza da rede até o próximo ano e oferecer ao menos um produto
orgânico para cada categoria de alimentos comercializada.
12. Electrolux
A Electrolux lançou um programa que tem como objetivo sensibilizar os
consumidores sobre a importância da reciclagem. O programa, denominado
VacuumFromtheSea, tem como objetivo recolher os materiais plásticos jogados nos oceanos
e, posteriormente fabricar aspiradores de pó a partir destes materiais (material reciclado).
Cada um dos aspiradores tem o nome do Oceano ou Mar que deu origem a sua estrutura
plástica, feita através da reciclagem dos plásticos recolhidos.
A mensagem é simples, mas assertiva: Os oceanos estão cheios de resíduos de
plástico, mas em terra há uma escassez deste material reciclado, para produzir aspiradores
sustentáveis.
Atualmente a Electrolux tem disponíveis os aspiradores Green, feitos até 70% de
plástico reciclado. ―O objetivo é chegar aos 100% em todos os seus aspiradores‖. Fonte:
http://newsroom.electrolux/pt/2011/01/10/electrolux-apresenta-vacuum-from-the-sea-
%E2%80%93-parte-2/).
27
Telecommunication
36 Vivendi SA France Telecommunication Services
Services
37 BG Group PLC Britain Energy Energy
38 DNB ASA Norway Financials Banks
39 Aeroports de Paris France Industrials Transportation
40 Barrick Gold Corp Canada Materials Materials
41 The CloroxCompany United States Consumer Staples Household&PersonalProducts
42 Accenture PLC Ireland Information Technology Software & Services
Companhia Energética de
43 Brazil Utilities Utilities
Minas Gerais S.A.
44 Daimler AG Germany ConsumerDiscretionary Automobiles&Components
Australia & New Zealand
45 Australia Financials Banks
Banking Group Ltd
46 Geberit AG Switzerland Industrials Capital Goods
Information
47 The SageGroup PLC Britain Software & Services
Technology
Telecommunication
48 Telenor ASA Norway Telecommunication Services
Services
49 Vale SA Brazil Materials Materials
50 Kesko OYJ Finland Consumer Staples Food& Staples Retailing
51 General Electric Company United States Industrials Capital Goods
52 City DevelopmentsLtd Singapore Financials Real Estate
53 Henkel AG &CoKGaA Germany Consumer Staples Household&PersonalProducts
LVMH Moet Hennessy
54 France ConsumerDiscretionary ConsumerDurables&Apparel
Louis Vuitton SA
55 NationalAustralia Bank Ltd Australia Financials Banks
56 Royal Dutch Shell PLC Netherlands Energy Energy
CanadianNational Railway
57 Canada Industrials Transportation
Company
58 Electrolux AB Sweden ConsumerDiscretionary ConsumerDurables&Apparel
Information Technology Hardware
59 Motorola SolutionsInc United States
Technology &Equipment
Telecommunication
60 TELUS Corp Canada Telecommunication Services
Services
61 Prudential PLC Britain Financials Insurance
62 Galp Energia SGPS SA Portugal Energy Energy
63 EisaiCoLtd Japan Health Care PharmaceuticalsandBiotechnology
64 WesfarmersLtd Australia Consumer Staples Food& Staples Retailing
65 HangSeng Bank Ltd Hong Kong Financials Banks
66 StarHubLtd Singapore TelecommunicationServices Telecommunication Services
67 Coloplast A/S Denmark Health Care Health CareEquipment& Services
68 Ramsay Health CareLtd Australia Health Care Health CareEquipment& Services
69 Renault SA France ConsumerDiscretionary Automobiles&Components
Cie Generale
Health CareEquipment&
70 d'OptiqueEssilorInternational France Health Care
Services
SA
71 NexenInc Canada Energy Energy
29
CONCLUSÃO
Ser sustentável representa outra ―qualidade‖, têm em sua essência algo que provoca
admiração do mercado e orgulho de quem pertence aos seus quadros. São duradouras,
dinâmicas, competitivas, lucrativas, éticas e responsáveis. Têm um valor real porque
contribuem de fato com a sociedade, encontrando na sustentabilidade o ponto de partida para
construírem sua perenidade
Esse conceito tem ganhado tal importância que até mesmo o BM&F Bovespa
(associação entre a Bolsa de Mercadorias & Futuros e a Bolsa de Valores do estado de São
Paulo) tem buscado formas de incentivo às empresas para o emprego da sustentabilidade.
Esse órgão criou o Índice de Sustentabilidade Empresarial, que é uma análise comparativa do
comprometimento das empresas listadas na Bovespa em questões de sustentabilidade
socioambiental. Esse índice é, para as empresas, uma forma de despertar o interesse de novos
investidores, socialmente e ambientalmente preocupados.
REFERÊNCIAS
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632408.shtml - Acessado: 18/08/2013 às 12h13min
http://www.atitudessustentaveis.com.br/atitudes-sustentaveis/importancia-sustentabilidade-
ecologica/ - Acessado: 19/08/2013 às 13h15min
http://revista.brasil.gov.br/especiais/rio20/desenvolvimento-sustentavel/sustentabilidade-nas-
empresas-brasileiras - Acessado: 21/08/2013 às 15h22min
http://www.sustentabilidades.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=274:s
ustentabilidade-nas-empresas&catid=3:noticias – Acessado: 23/08/2013 às 14h29min
http://www.amanha.com.br/vida-executiva/4426-sustentabilidade-nas-empresas - Acessado:
23/08/2013 às 17h39min
http://www.investesaocaetano.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=82&
/temid=92 – Acessado: 24/08/2013 às 13h47min
http://www.atitudessustentaveis.com.br/atitudes-sustentaveis/empresas-sustentaveis-
importancia-do-conceito-para-negocios/ - Acessado: 25/08/2013 às 13h51min
http://exame.abril.com.br/pme/noticias/5-dicas-essenciais-para-tornar-sua-empresa-
sustentavel - Acessado: 25/08/2013 às 13h54min
http://www.sustentabilidade.sebrae.com.br/Sustentabilidade/Cartilhas/Sustentabilidade:-
desafios-e-vantagens# - Acessado: 25/08/2013 às 14h37min
33
http://www.administradores.com.br/noticias/administracao-e-negocios/seis-passos-para-
tornar-sua-empresa-sustentavel/23240/- Acessado: 28/08/2013 às 12h52min
http://exame.abril.com.br/pme/noticias/5-dicas-essenciais-para-tornar-sua-empresa-
sustentavel - Acessado: 28/08/2013 às 14h16min
http://www.sustentabilidade.sebrae.com.br/Sustentabilidade/Cartilhas/Sustentabilidade:-
desafios-e-vantagens#sthash.IGPZqbWq.dpuf- Acessado: 29/08/2013 às 19h50min
http://www.infoescola.com/desenvolvimento-sustentavel/consumo-consciente/ -
Acessado: 29/08/2013 às 20h46min
http://www.mma.gov.br/responsabilidade-socioambiental/producao-e-consumo-
sustentavel/consumo-consciente-de-embalagem/quem-e-o-consumidor-consciente -
Acessado: 30/08/2013 às 20h57min
http://www.sebrae-rs.com.br/attachments/article/970/info-empresa-sustentavel-10.pdf -
Acessado: 03/08/2013 às 21h05min
http://mktestudo.blogspot.com.br/2011/04/responsabilidade-social-e.html - Acessado:
03/08/2013 às 16h41min
http://atitudesustentavel.com.br/blog/2013/01/24/100-empresas-mais-sustentaveis-do-mundo/
- Acessado: 07/08/2013 às 14h22min
http://www.inpresspni.com.br/clientes-802-CEBDS---Conselho-Empresarial-Brasileiro-para-
o-Desenvolvimento-Sustentavel.html - Acessado: 21/09/2012 às 16h08min
Anexo
Anexo 1:
- 54% dos empresários brasileiros não percebem a sustentabilidade dos seus negócios como
uma ―oportunidade de ganhos;
- Apesar de mais da metade dos entrevistados não verem a sustentabilidade como uma
―oportunidade de ganho‖, muitos realizam ações com foco na sustentabilidade, como coleta
seletiva de lixo (70,2%), controle do consumo de papel (72,4%), controle do consumo de água
(80,6%) e controle do consumo de energia (81,7%).
A sondagem foi realizada com mais de 3,9 mil empreendedores de todo o Brasil.
Fonte: http://www.sebraesp.com.br/index.php/76-noticias/multissetorial/8797-empresa-
sustentavel-pode-ser-mais-lucrativa - Acessado: 30/08/2013 às 21h07min
35
Anexo 2: SEBRAE-RS
Fonte: http://www.sebrae-rs.com.br/attachments/article/970/info-empresa-sustentavel-10.pdf -
Acessado: 30/08/2013 às 13h16min
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO
2º Semestre 2013
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 1
CONCLUSÃO .............................................................................................................. 31
REFERÊNCIAS ............................................................................................................. 32
1
INTRODUÇÃO
O governo tentou dar palavras de conforto ao seu povo com um depoimento da Dilma, porém
neste momento ela citou que traria médicos estrangeiros para o Brasil e causou grande
alvoroço em todos os médicos desempregados vivendo aqui, que como defesa reclamavam
das péssimas condições que era oferecida a eles e por isso ninguém preenchia essas vagas.
2
Tudo começou em São Paulo no dia 06 de junho e o estopim para que as manifestações
começassem foi o aumento da passagem do transporte público. O primeiro dia de
manifestação trouxe tanta audiência que os manifestantes aproveitaram para seguir
protestando nos dias 07, 11 e 13 de junho, contando cada vez mais com um número maior de
manifestantes.
O povo com todos os manifestos conseguiram atrair a atenção de todo o governo e fazer com
que o brasil ― parasse ― para dar atenção a esses acontecimentos
Primeira fase
Na cidade de São Paulo, a onda de manifestações populares teve início quando prefeitura a e o
governo do estado reajustaram os preços das passagens dos ônibus municipais, do metrô e dos
trens urbanos de R$ 3,00 para R$ 3,20.Desde janeiro de 2011, o preço das tarifas dos ônibus
municipais de São Paulo era de R$ 3,00. Já o valor das tarifas dos trens urbanos e do metrô
havia sido reajustado pela última vez em fevereiro de 2012 para esse mesmo valor. No início
de 2013, logo após começar seu mandato, o novo prefeito Fernando Haddad anunciou que a
tarifa sofreria um aumento ainda no primeiro semestre daquele ano. Em maio, o governo
federal anunciou a publicação de uma medida provisória que desonerava o transporte público
da cobrança de dois importantes impostos (PIS e COFINS )para evitar que os reajustes nas
tarifas pudessem pressionar a inflação. Ainda assim, as tarifas de ônibus, trens urbanos e
metrô foram reajustadas para R$ 3,20 a partir de 2 de junho, desencadeando os protestos.
Houve três manifestações que foram tomando corpo no mês de junho, dias 6, 7 e 11, houve
violência policial nestes dias, levando ao ferimento de alguns manifestantes e policias. Graças
a esta postura, a mídia resolveu noticiar sobre, o que eles classificaram como
vandalismo.Como resposta e insatisfação, na quinta-feira da mesma semana, dia 13 de junho
os protestos espalharam-se para mais cidades chegando a Natal, Porto Alegre, Teresina,
Maceió, Rio de Janeiro, Sorocaba. Também no dia 13, 10 mil pessoas protestaram em
Fortaleza contra o descaso das políticas de segurança pública e a explosão da criminalidade
no Ceará, porém não houve confrontos. Em São Paulo, houve uma represália policial
excessiva, que causou muitos feridos, incluindo vários jornalistas, que gradualmente mudaram
o discurso, e começaram a atacar a postura policial. Neste protesto, houve mais de 300
pessoas detidas, mais de 100 delas "detidas para averiguação", prática comum em ditaduras,
4
já que não há flagrante, e muitas delas foram detidas por portarem vinagre, substância
legalmente permitida no Brasil. Devido a violência, comportamento da mídia, e outros
fatores, depois desse dia houve um crescimento exponencial do número de participantes nas
manifestações.
Segunda fase
A segunda fase dos protestos é marcada por manifestações majoritariamente pacíficas, com
grande cobertura midiática e massiva participação popular, muito diferente da fase anterior. E
há também novas exigências sendo colocadas em pauta e o atendimento de vários governantes
quanto a redução dos valores das tarifas para utilização do transporte público. Marcado para o
dia 17 de junho, uma segunda-feira, cerca de 300 mil brasileiros saíram as ruas para protestar
em 12 cidades espalhadas pelo Brasil. Diferente da primeira fase, as manifestações foram no
geral pacificas, com pequenos focos de vandalismo e represálias. Houve manifestações
diariamente em várias cidades do Brasil entre os dias 17 ao 21. Entretanto, a questão do
transporte começa a sair de pauta, por ser atendida em várias cidades. E se começa uma nova
etapa. Várias cidades conseguiram a reversão do aumento nos valores do transporte público.
Em São Paulo e no Rio de Janeiro o anúncio foi feito no dia 19 de junho, mas com tom
ameaçador, onde os governantes dizem que isto afetará outras áreas, como saúde e educação.
Por volta do dia 20 de junho, as manifestações tomam outro caráter, e começam a ter temas
menos focados na questão do transporte e surgem pautas como as Pecs 37e33‖cura gay‖, ato
médico, gastos com a Copa das Confederações FIFA2013 e com a Copa do Mundo FIFA
2014 ,fim da corrupção. No dia 20 de junho, houve um pico de mais de 1,4 milhão de pessoas
nas ruas com mais de 120 cidades pelo Brasil, mesmo depois das reduções dos valores das
passagens anunciadas em várias cidades.
5
A movimentação nas redes sociais é intensa em todo o país. Centenas de protestos foram
agendadas e organizadas por intermédio do Facebook. Imagens de indignação também
aproveitam a rapidez de transferência de informação para se alastrar e gerar maior comoção.
6
No twitter, os usuários protestam registrando sua indignação ou apoio aos protestantes que
estão nas ruas, a rede social é também um meio de comunicação de pessoas de outros países
que aderem à causa. Pop stars americanas como Avril Lavigne, Beyonce, Katy Perry entre
outros famosos, deixaram seu incentivo.
#vemprarua
#ogiganteacordou
#protestosp
#mudabrasil
#semviolencia
#democracianaotemfranteiras
#changebrazil
Esses números corresponde apenas à segunda-feira dia 17/06/13 mas já podemos ter uma
ideia de como essas manifestações estão mobilizando os brasileiros nas redes sociais.
Brasileiros de pelo menos 13 países se organizaram pelo facebook para promover uma série
de protestos em solidariedade aos manifestantes brasileiros. Foram realizados protestos em
países como: França, Espanha, Reino Unido, Alemanha, Itália, Portugal, Holanda, Irlanda,
Bélgica, Estados Unidos, Canadá, Argentina e México. Pelo número de participantes
confirmados no facebook, os dois maiores protestos foram realizados na Alemanha e na
Irlanda.
Eram 400 mil fãs na primeira semana e hoje já são quase 850 mil fãs. Eles englobam a
manifestação pela redução da tarifa do transporte público, criticam a corrupção, os erros de
governo e injustiças no país.
Manifestações organizadas pelas redes sociais ainda são algo muito novo no Brasil e com
dinâmicas bem diferentes de qualquer outro tipo de manifestação que já aconteceu aqui. Os
governantes que quiserem atuar de forma realmente democrática vão ter que estudar as redes
para poder dar uma resposta à altura dessa nova realidade brasileira, em vez de ficarem só
tentando ―localizar as lideranças‖ do movimento.
Enfim… é em momentos como esse que as relações entre as redes sociais e as ruas se
estreitam. Milhares de pessoas estão nas ruas relatando, pelas redes sociais, o calor da
mobilização social.
Mas também há outras centenas de milhares de pessoas que estão nas redes interagindo,
compartilhando e se posicionando a favor do movimento, o que aumenta ainda mais a
mobilização social, para além das ruas!
E é nessa interação entre as redes sociais e as ruas que principalmente o Facebook ganha um
papel de destaque.
Este grupo diz que eles são formados por uma ideia que surgiu para trazer mudanças e com
um enorme desejo de renovação.
8
Eles explicam que não há um líder e que são unidos pela força, em grupo. Em seu site oficial
eles dizem ―Oficialmente nós não existimos e não queremos existir oficialmente. Nós não
seguimos partidos políticos, orientações religiosas, interesses econômicos e nem ideologias de
quaisquer espécies. Anonymous não pede dinheiro nem qualquer favor ou benefício a
ninguém.‖
Agora o curioso é pensar, como um grupo de pessoas anônimas que aparentemente não tem
um líder e não são reconhecidas, conseguiram movimentar tantas pessoas. Conseguiram não
só movimentar mas ganhar a confiança de tantas pessoas sem nem ao menos se revelarem.
Isso mostra o quão desesperado o povo brasileiro estava, a ponto de deixar para traz tudo o
que era aceito e ir atrás do desconhecido .
A prova que isso nos mostra é que a tecnologia esta aqui não só para o lazer e trabalho mas
para todo e qualquer tipo de interesse . Hoje a internet é o meio mais rápido e eficaz de você
conseguir atingir uma massa sem nem ao menos sair da sua casa. Basta coragem e um bom
motivo.
A mídia reagiu primeiramente contra os manifestantes, uma das grandes redes de televisão, a
Rede Globo, foi uma das que defendeu o governo e falou mal da manifestação , alegando
dizer que era em prol do vandalismo e que tudo aquilo era só por 20 centavos. Todo esse
discurso em pleno horário nobre fez com que os manifestantes ficassem furiosos e
respondessem que não era só por causa de 20 centavos, explicaram sua revolta com cartazes e
mais manifestações reclamando não só da tarifa mas sim de todos os roubos que estavam
acontecendo.
9
Após tanta revolva a Rede Globo entendeu que nada iria adiantar defender o governo só para
ficar bem perante aos que mandam em nosso país e aos poucos começou a transmitir noticias
um pouco mais transparentes.
Todas as manifestações foram televisionadas em tempo real pelas grandes emissoras onde até
quem mesmo não pode ir as ruas, de alguma forma pode participar.
O motivo das manifestações foi bom , porém nem todos os que foram estavam bem
intencionados, houve sim vandalismo e depredação , não só por parte dos manifestantes mas
por parte da policia brasileira que deveria ter tentado conter a situação de uma maneira
diferente e de ter mostrado que estavam totalmente despreparados para uma situação como
esta.
10
Muitos repórteres estavam no local da confusão e puderam documentar como foi estar la na
hora que a policia decidiu reagir.
Não só os manifestantes foram atacados como inúmeras pessoas que estava fazendo seu
trabalho de registrar esse acontecimento histórico .
A mídia pôde mostrar tudo isso de perto , quem se manteve informado nos noticiários , sites e
jornais pode ver o que estava acontecendo de verdade, a mídia muitas vezes atrapalha e
confunde a visão do leitor, porém vai de cada um ir atrás do que te interessa e se informar
antes de formar uma opinião com base em fatos nem sempre reais.
11
Os protestos que tomaram conta das ruas do País pouco antes do início da Copa das
Confederações no Brasil não tiveram a resposta dos governantes pretendida pelos
manifestantes. Esta é a constatação da pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI),
em parceria com o instituto Ibope, divulgada nesta quinta-feira. Mais de 30% da população
desaprova totalmente as ações da presidente Dilma Rousseff, dos governadores e prefeitos de
sua cidade e do Congresso Nacional em resposta às manifestações.
A pesquisa foi feita entre 9 e 12 de julho deste ano, com mais de 7 mil entrevistados em 11
Estados do País. Numa escala de 0 a 10, onde 0 significa que o entrevistado reprova
totalmente e 10 aprova totalmente, a melhor avaliada pela população foi a presidente Dilma
Rousseff, que teve nota média 4. Na média, os governadores obtiveram nota 3,6; os prefeitos,
3,7; Senado nota 3 e Câmara, 2,8.
Após a manifestação que ocorreu no dia 18 de junho de 2013, a presidenta Dilma Rousseff
elogiou, o civismo da população brasileira, que foi às ruas em manifestações nas principais
cidades do país. Segundo Dilma, foi bom ver tantos jovens e adultos defendendo um país
melhor. Em discurso, a presidenta disse ainda que está ouvindo as vozes pela mudança.
―O Brasil hoje acordou mais forte. A grandeza das manifestações de ontem comprovam a
energia da nossa democracia. A força da voz da rua e o civismo da nossa população. É bom
ver tantos jovens e adultos, (…) juntos com a bandeira do Brasil, cantando o hino nacional e
dizendo com orgulho ‗sou brasileiro‘ e defendendo um país melhor‖, disse.
A presidenta afirmou que seu governo está empenhado e comprometido com a transformação
social. Ela citou como exemplo a elevação de 40 milhões de pessoas à classe média. Segundo
Dilma, as pessoas mudam porque o Brasil mudou, com mais inclusão, elevação de renda,
acesso ao emprego e à educação.
―Surgiram cidadãos que querem mais e que tem direito a mais. Sim, todos nós estamos diante
de novos desafios. Quem foi ontem às ruas querem mais. As vozes das ruas querem mais
cidadania, mais saúde, mais educação, mais transporte, mais oportunidades. Eu quero aqui
garantir a vocês que o meu governo também quer mais, e que nós vamos conseguir mais para
o nosso país e para o nosso povo‖, afirmou.
13
Os manifestantes presentes nas passeatas estavam unidos por uma só causa que era a de serem
ouvidos pelo governo e poderem reclamar de toda a injustiça e roubalheira que está
acontecendo, porém nem todos os manifestantes foram para as ruas de forma pacifica , muito
usaram esse momento para depredar a cidade e causar tumulto.
Se demorou dias até que muitos entendessem que a miscelânia de reivindicações se deu por
causa da alienação de décadas e uma crescente insatisfação com tudo que representa as
mazelas do Brazilianwayofdemocracy, só agora começa ficar mais claro que a violência e o
vandalismo que marcam as manifestações de rua também pegaram carona com intenções
muito menos nobres. O movimento contra o aumento das tarifas mostrou que era possível
levar muita gente às ruas e se fazer ouvir, abrindo caminho para outros pleitos, da mesma
forma que vândalos e até criminosos perceberam que poderiam dar vazão aos seus instintos
no meio das multidões.
14
É verdade que dois gatilhos foram acionados - a radicalização de alguns grupos nas primeiras
ondas de protestos e a participação oportunista da militância dos partidos de esquerda e extrema-
esquerda, até que o governo federal também virasse vidraça, estimulando as escaramuças com
grupos que não queriam presentes as bandeiras partidárias.
São esses que agora protagonizam a maioria dos casos de vandalismo, saques e outros crimes.
Como enquanto, a comunidade da Rocinha, a maior favela carioca, no começo da semana foi às
ruas pedir melhorias no morro, um grupo deslocado de vândalos ateava fogo às lixeiras. Ou como
quando, no mesmo dia, do outro lado do Rio de Janeiro, manifestantes fecharam a Via Amarela
reivindicando melhores condições de transporte nos abandonados subúrbios, e bandidos
aproveitaram para fazer arrastão nos carros parados no congestionamento (a ação policial nessa
operação resultou em 10 mortes, sendo dois inocentes).
Misturados com a multidão pacífica, com a sensação de que estão protegidos – quem tem
coragem de enfrentá-los? – esses grupos aproveitam-se do momento histórico que o Brasil vive.
Há também os desgarrados, isolados, pertencentes ou não a alguma fação ou partido, que vão no
vácuo expor seus recalques e exibicionismo.
Ora, os primeiros, no Brasil e no mundo, são um bando de baderneiros, quando muito alinhados a
supremacistas, que pregam o anticomunismo sem saber direito do que se trata. Dos
pseudoanarquistas, nem há muito o que falar, a não ser que eles nada têm daquilo que foi
defendido por Mikhail Bakunin, ErricoMalatesta e Pierre-Joseph Proudhon.
O rastro de destruição gratuita deixado até o momento é muito maior, mas que o Brasil está
vivendo seu momento de Praça Taksim e Ocupe Wall Street é inegável, com chances de dar
melhores resultados do que o movimento de Istambul e de Nova York, guardadas as devidas
proporções.
O Caso mais recente de vandalismo em manifestações foi o que ocorreu no dia 07 de outubro,
mostrando que o povo ainda não entendeu que estão depredando aquilo que lhes pertence.
A raiva por falta de respostas causa alvoroço entre os manifestantes e também abre portas
para aqueles que gostam de bagunça e confusão.
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Cerca de duas horas após o começo do protesto dos professores no Centro do Rio,
manifestantes e policiais tiveram o primeiro confronto no início da noite, em frente ao Quartel
General da Polícia Militar. Uma barreira com PMs foi montada para impedir a chegada dos
manifestantes ao QG da polícia.
Um grupo saiu do caminho e confrontou a Polícia Militar. Houve correria e algumas pessoas
pixaram as paredes do QG com palavras de condenação ao governo, pedindo a saída do
governador Sergio Cabral e do prefeito Eduardo Paes. Alguns manifestantes também atiravam
pedras portuguesas.
Em São Paulo, também no dia 07 de outubro, ocorreu uma manifestação com o propósito de
questionar o auxilio aluguel que estava em atraso, onde houve também depredação e muita
violência.
Cerca de 100 manifestantes, de acordo com a Polícia Militar, bloqueiam a Rua Doutor Luiz
Migliano, naltura do número 55, na região do Morumbi, zona sul da capital, desde as 7h. Eles
fizeram um protesto por melhores condições de moradia.
De acordo com a PM, os manifestantes colocaram fogo em pneus e madeiras e fizeram uma
barricada para fechar as entradas da rua. Um veículo chegou a ser virado.
Uma caminhonete foi colocada em uma das barricadas pelos manifestantes junto a outros
objetos incendiados. Minutos depois houve uma explosão. A área com foco de incêndio foi
isolada pelos bombeiros e os feridos, encaminhados ao Hospital Municipal do Campo Limpo.
A Secretaria Municipal de Saúde informou que a explosão feriu seis pessoas --cinco homens e
um menino de 11 anos. Três deles já foram liberados, mas há dois feridos em estado grave:
um homem de 36 anos, que sofreu queimaduras pelo corpo, teve fratura exposta no braço
18
direito e passou por uma cirurgia, e o garoto de 11, que teve queimaduras pelo corpo e
ferimentos na perna direita, tórax e abdômen.
Após os últimos acontecimentos notamos que o povo não aprendeu ainda que violência só
gera violência, e muitas vezes os prejudicados são os que se aventuram a fazer uma besteira.
O povo após todos esses manifestos está muito insatisfeito pois além das medidas que o povo
está pedindo tanto não serem realizadas, a violência nas ruas permanece e muitos políticos
parecem ser surdos e não ouvir problemas que estão acontecendo devido a descaso e roubo
dos mesmos.
O Brasil está em caos, quando menos esperamos outra manifestação vem a tona e mais
manifestantes raivosos saem as ruas, cada vez com mais raiva por não serem ouvidos .
Nos protestos que têm ocorrido nas últimas semanas em diversas cidades brasileiras e também
nas manifestações que ocuparam as ruas do Egito no início do ano e nos últimos dias, grupos
de pessoas vestidas de preto e encapuzadas têm sido vistos promovendo episódios de
violência e vandalismo. Em muitos casos, eles são influenciados pela "Black Bloc", estratégia
de manifestação que se autodenomina anarquista e prega a desobediência civil nas redes
sociais.
No Brasil, o movimento tem se agrupado pelas redes sociais. Na página do Black Bloc Brasil
no Facebook são postadas diariamente imagens de protestos e de ações da polícia, além de
manuais de como proceder nas manifestações. Textos que elogiam atos de violência, como os
que têm ocorrido no Egito, também foram publicados.
O manual que dá dicas de como proceder nos protestos abre com uma descrição do que é a
desobediência civil, que pode ser feita com ou sem violência, e explica que atos violentos
podem ser interpretados de maneira diferente para diversas pessoas. O texto, entretanto,
lembra que "o que eles fazem conosco todos os dias é uma violência, a desobediência violenta
é uma reação a isso e, portanto, não é gratuita, como eles tentam fazer parecer".
21
Destruição
Por se tratar de uma estratégia, o grupo não é unificado – em um mesmo protesto, é possível
haver várias aglomerações de Black Blocs, seguindo os mesmos preceitos, mas com táticas
diferentes.
22
No Egito, os militantes se definem como "uma geração que descende do sangue dos mártires"
da mobilização popular de 2011, que obrigou Hosni Mubarak a abandonar a presidência do
país, depois de ter ocupado o cargo durante três décadas.
"As revoluções não são feitas com água de flor de laranjeira, mas com sangue", dizem,
afirmando serem "potenciais mártires".
No último dia 8 de outubro, ruas do centro do Rio de Janeiro amanheceram como se houvera
acontecido ali uma batalha. Prédios tinham a fachada manchada por coquetéis molotov,
ônibus estavam queimados, e agências bancárias, de tão danificadas, estavam inutilizáveis.
Entre os estabelecimentos comerciais, eram poucos os que não tinham marcas de destruição.
Nem a sede de um consulado, o de Angola, escapou da depredação.
Na noite anterior, centenas de professores haviam escolhido o local para protestar por
melhores condições de trabalho. Não demorou, no entanto, até que a violência se instaurasse.
A marcha pacífica durou precisamente até o momento em que um grupo vestido de negro,
com capuzes e faixas cobrindo o rosto, se infiltrasse.
23
Os blackblocs são um dos elementos mais polarizadores da série de protestos que desde
meados do ano acontecem no Brasil. Têm como ideologia questionar a ordem vigente –
opõem-se ao capitalismo e à globalização. Sua principal arma é promover o dano material, e
seus alvos costumam ser bancos, empresas e sedes de instituições públicas.
A tática acaba os levando ao inevitável confronto com a polícia – e lhes rendendo a alcunha
de vândalos, adotada por parte da imprensa e pelas autoridades brasileiras. No estado do Rio,
onde estão mais presentes, uma lei foi aprovada no mês passado proibindo o uso de máscaras
em protestos de rua.
―Os blackblocs não agridem pessoas, mas símbolos do poder. Eles não se consideram
violentos porque entendem que um objeto não é vítima de violência. Para eles, violenta é a
polícia, que agride os manifestantes e, ao mesmo tempo, protege o patrimônio dos bancos‖,
afirma o cientista político Pedro Fassoni Arruda, especialista em movimentos sociais da PUC-
SP.
O Black Bloc é hoje mais uma tática anarquista do que uma organização. E não é
exclusividade do Brasil, embora tenha ganhado notoriedade nos últimos meses no país. Seus
adeptos estiveram, por exemplo, na convulsão social de março de 2011 em Londres e nas
marchas estudantis chilenas; causaram confusão nas manifestações de janeiro passado no
Egito, quando se lembrou um ano da revolução; e se infiltraram nos recentes atos contra o
governo da Turquia.
Sua origem, porém, é alemã. O termo Black Bloc (SchwarzerBlock) foi usado pela primeira
vez por um promotor da Alemanha em 1981, ao tentar acusar um grupo violento de
manifestantes por associação a um movimento terrorista. Na época, seus adeptos aderiram aos
protestos contra a energia nuclear e a construção de mais uma pista de decolagem no
aeroporto de Frankfurt.
―Os blackblocs são claramente um produto do movimento de 1968 criado na cena radical de
esquerda em Frankfurt‖, explica o cientista político Wolfgang Kraushaar, do Instituto de
Estudos Sociais (HIS) em Hamburgo. ―Após confrontos de militantes com a polícia na
24
No Brasil, o movimento garante não ter hierarquia – reúnem-se de forma quase instintiva.
Mas, segundo Kraushaar, os blackblocs são mutuamente influenciados por estruturas
informais dentro do grupo, nos quais há porta-vozes e outras autoridades.
Perda de apoio
―Observo uma reação contra os blackblocs. Isso cria uma reação muito negativa por parte da
população civil. Em vez de estimular mudanças sociais, os blackblocs podem estar
estimulando o ódio e a contrariedade por parte de alguns‖, afirma o cientista político David
Fleischer, da Universidade de Brasília (UnB). ―Eles estão perdendo a legitimidade e a
simpatia junto à população.‖
Uma das principais queixas dos defensores do grupo é quanto à rotulação de suas ações como
vandalismo gratuito. Mas, apesar das críticas dos blackblocs às grandes mídias, Kraushaar vê
uma certa troca entre o movimento e a imprensa. Ele diz que, desde o início, houve uma
afinidade entre os dois lados.
―Uma ação violenta parecia ser valorizada pela mídia. Em geral, ações sem violência não
recebiam atenção, muito menos os militantes. Entre a mídia e os militantes existe até hoje
algo como uma aliança secreta. Cada um sabia da existência do outro e o que poderia ser
eficaz em termos de notícia‖, afirma o cientista político alemão.
25
Não são só os impostos e a roubalheira que afligem o povo , a causa mais recente e que
causou fervor na internet foi a denuncia a uma empresa que maltratava animais.
26
Na madrugada do dia 18/10/2013 houve uma das maiores ações contra a violência aos
animais da história do Brasil. O caso ―Instituto Royal‖ tomou proporções imensas devido ao
grau de abuso em que os animais foram encontrados e à dificuldade que os ativistas tiveram
para conseguir resgatá-los.
O grupo garante ter juntado uma série de provas que atestam o exercício de atividades
irregulares no local e agora cobram o apoio da Prefeitura de São Roque e também uma ação
efetiva do Ministério Público (MP) na causa.
Segundo eles, as irregularidades detectadas no laboratório do instituto vão muito além dos
atos criminosos praticados contra os animais. ―Estamos repudiando a conduta do instituto, que
é uma OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público), se utiliza de dinheiro
público e não tem as licenças e alvarás para executar as atividades que pratica‖, explicam.
A recente onda de manifestações que varre o Brasil de Norte a Sul surpreendeu muitas
pessoas, que assistiram atônitas à forma como um movimento que começou pequeno, contra o
aumento da tarifa de transporte público, agora abraça outras causas e conseguiu mobilizar
mais de um milhão de pessoas em cem cidades na quinta-feira.
Para investigar de que forma os atuais protestos se parecem com os ocorridos no exterior nos
últimos cinco anos, a BBC Brasil ouviu jornalistas que trabalham no Serviço Mundial da
BBC.
Eles falaram sobre as mobilizações que sacudiram cada um de seus países - o Irã, em 2009, o
Egito, em 2011, a Espanha, também em 2011, e a Turquia, nas últimas semanas.
27
Apesar de terem motivações diferentes, esses protestos têm em comum o fato de terem sido
organizados e promovidos nas mídias sociais, como as manifestações no Brasil.
Além disso, há outras semelhanças: na Turquia, por exemplo, os protestos também não têm
uma liderança clara, enquanto que, na Espanha, os líderes das manifestações não tinham clara
vinculação partidária.
Estopim
28
O movimento começou pequeno, contra a demolição do Parque Gezi, uma das poucas áreas
verdes de Istambul, localizado na praçaTaksim, no centro da cidade. Começou pacífico, mas
rapidamente se espalhou pelo país e se tornou um movimento contra o governo quando a
polícia respondeu com violência, usando canhões d'água e bombas de gás lacrimogêneo. Os
manifestantes se revoltaram contra o uso da força e acusaram o governo de autoritarismo.
O uso extensivo das mídias sociais foi sem precedentes e desempenhou um papel crucial,
servindo de canal para divulgar as manifestações. Como os principais meios de comunicação
não cobriram os protestos, a internet foi a forma encontrada para divulgar informações e fotos
das mobilizações. O primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, criticou o uso das
mídias sociais e descreveu o Twitter como "encrenqueiro" por causa de seu uso durante os
protestos. Alguns usuários de twitter foram detidos.
Estopim
O movimento no Egito começou inspirado na revolta na Tunísia, que semanas antes tinha
conseguido derrubar o governo do ex-presidente Zine El Abidine Ben Ali. O governo do
29
então presidente egípcio Hosni Mubarak estava com a imagem desgastada, a economia ia mal,
o desemprego era grande e o custo de vida era muito alto.
Estopim
O movimento 15M ou "os indignados" ganhou esse nome por causa do primeiro dia em que
os manifestantes saíram às ruas, 15 de maio de 2011. Nenhum incidente concreto
desencadeou os protestos, mas as manifestações ocorreram em um contexto de crescente
descontentamento popular. Na época, a Espanha enfrentava uma taxa de mais de 20% de
30
desemprego (hoje ultrapassa os 25%) e políticas de austeridade. Além disso, o uso de recursos
públicos para resgatar bancos também causava insatisfação.
Foi essencial. A iniciativa de organização dos protestos surgiu na internet, que também serviu
para propagar o movimento. Depois o movimento montou escritórios, mas nasceu e se
desenvolveu na internet.
Estopim
As mídias sociais foram vitais para o movimento. Na época, o twitter adiou seu programa de
manutenção para que os iranianos pudessem se comunicar. As manifestações foram
31
organizadas via twitter e Facebook, que também serviram de canal de divulgação para fotos e
vídeos sobre as mobilizações.
32
CONCLUSÃO
Acorda Brasil
A partir desta pesquisa , pude tirar de conclusão que a união faz a força, e a massa esta
aprendendo a usar os recursos que tem em mãos para reivindicar seus direitos.
A tecnologia veio para as pessoas poderem se comunicar de maneira mais fácil e rápida, sem
fronteiras e diferenças. A distância criada entre classes sociais, etnias , e culturais não existem
na internet, lá todos podem se comunicar de igual para igual.
O povo já viu seu poder e a partir de agora com certeza irá participar mais das decisões do
governo, os que tem poder certamente irão ouvir mais ou sem dúvidas cairão.
33
REFERÊNCIAS
www.istoe.com.br
www.veja.com.br
www.estadodesaopaulo.com.br
www.folhadesaopaulo.com.br
www.wikipedia.com.br
www.annonymous.com.br
www.redeglobo.com.br
PONTÍFICIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE
SÃO PAULO
Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e
Atuariais.
2° Semestre 2013
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ................................................................................................ 1
CONCLUSÃO ................................................................................................... 31
REFERÊNCIAS.................................................................................................. 32
1
INTRODUÇÃO
Este trabalho tem como objetivo apresentar que a moda e a sustentabilidade têm uma
relação de inovação e tecnologia, e que as pessoas podem mudar o seu jeito de se vestir e sem
agredir o meio ambiente.
Seus objetivos específicos são apresentar o conceito de sustentabilidade voltado à
moda no Brasil e ao mundo a fora, quais são as razões e impactos que essa nova prática
apresenta, algumas grandes marcas e grifes provocam o comércio injusto e antiético com os
trabalhadores escravos da Bolívia e transformar peças usadas ou antigas em novas. Expor a
sustentabilidade nas grandes desfiles como Fashion Week e SP Ecoera, e no futebol brasileiro
que é muito prestigiado e considerado pelo mundo todo.
2
CAPÍTULO I SUSTENTABILIDADE
A moda sustentável é um conceito definido por metodologias de produção que não são
prejudiciais ao meio ambiente. Isto é, a criação de roupas e acessórios sem prejudicar
o ecossistema que existe ao redor das linhas de produção deste item. Este conceito se aplica a
toda à cadeia de produção de um tecido e, em seguida, deriva-se na cadeia de produção de
uma peça de roupa. Em uma terceira avaliação, toda a cadeia de distribuição destas roupas
acabadas também tem de ser avaliada.
Para que um administrador ou engenheiro possa fazer um bom trabalho ao avaliar uma
cadeia de produção de roupas, diversos fatores têm que ser levados em consideração no
processo de avaliação, que variam de acordo com a rede de fornecedores de cada empresa,
mas existem três pilares que não podem ser negligenciados durante a avaliação: a pegada de
carbono de cada peça de roupa, a quantidade de água necessária para produzir cada unidade e
a quantidade de agrotóxicos utilizados no plantio da matéria-prima deste tecido (no caso de
3
Muitas pessoas têm o costume de customizar aquela roupa velha e ficar na moda, ou
usar restos de materiais para criar bolsas, sapatos, anéise outras peças inovadoras. Alguns
designers criaram projetos e produtos sustentáveis como o projeto Green Thing (faça a coisa
verde, em português) que lançou mais uma iniciativa em prol da sustentabilidade e do consumo
consciente: o projeto Saved (salvo). Como eles próprios dizem, a ação é um resgate de camisetas
que as pessoas não usavam mais, e a transformação delas em um novo produto.
Para isso, eles estampam a palavra Saved na própria camiseta, indicando que esse objeto
está sendo reusado e evitando o desperdício de materiais.
4
Além disso, para alavancar o projeto, coletaram cinco camisetas de pessoas famosas, que
foram dadas para as pessoas que adivinharem de quem elas eram. As camisetas podem ser
compradas por £ 20,00 e o dinheiro arrecadado será revertido para outras ações desse projeto.
Além disso, o artista revela que, após se aposentar, resolveu experimentar artesanato,
seguindo uma única regra: os materiais deveriam ser achados, e não comprados.Após de
recolher pilhas de materiais recicláveis interessantes, Yoav se lembrou de um kit de joalheria
que sua cunhada havia lhe dado, e resolveu elaborar algum acessório. O primeiro objeto que
achou foi uma tampa de uma cerveja da marca Goldstar beer, e utilizou a peça para fazer um
anel. O projeto tomou forma e Yoav Kotik decidiu abrir um site para vender os acessórios
reciclados.
6
A pequena marca francesa Les Ouvrières que tem seu slogan inspirador por uma vida
revolucionária: ―Pour une vie révolutionnaire‖. A ideia da marca é mostrar que coisas
aparentemente sem utilidade podem ser reutilizadas.
7
A primeira coleção ainda é tímida, mas reutiliza pequenos retalhos de madeira compensada
descartada para fazer anéis. As peças são recortadas das placas de madeira que são usados como
embalagem para quem compra os produtos. Ao todo, são 11 modelos diferentes. Um deles,
inclusive, reutiliza réguas de madeira.
Além do que observamos pelas ruas, nas revistas e na TV, a indústria da moda
também deixa um rastro que não notamos. Todas as indústrias deixam esse rastro, conhecido,
atualmente, como Pegada de Carbono. E quanto mais acelerarmos a exploração do meio
ambiente, maior é a marca que deixamos em nosso planeta, ou seja, é o uso abusivo de
recursos naturais, a degradação ambiental, o consumo exagerado e a quantidade de resíduos
resultantes são os rastros que deixamos na natureza e não percebemos.
A Pegada de Carbono da indústria da moda é muito grande, é a segunda indústria mais
poluente do mundo, perdendo apenas para a automobilística. A situação é tão crítica que
algumas marcas e estilistas estão se conscientizando para calcular esse dano e tentar reduzi-lo
ao máximo. Já que, qualquer um dos processos realizados pela indústria têxtil - tais como a
fiação, o beneficiamento, a tecelagem, a limpeza, o tingimento, a estamparia, os acabamentos
e até a administração da empresa - causa algum tipo de impacto, seja no solo, no ar, na água
ou à população.
Além disso, sabe aquela camiseta de algodão natural do seu armário que traz
geralmente uma mensagem amigável, insígnia de banda de rock ou política? Na verdade, a
camiseta pode ser a roupa mais ambientalmente tóxica que você possui.
No Brasil cerca de 450 milhões de peças de camisetas são produzidas por ano, de
acordo com estudo do IISD (Instituto Internacional para o Desenvolvimento Sustentável),
11
para confeccionar uma camiseta de 250 gramase na China, utiliza-se, em média, 160 gramas
de agrotóxicos.
Uma pesquisa do Departamento Agrícola dos Estados Unidos aponta ainda que cerca
de um terço dos pesticidas e fertilizantes produzidos no mundo são pulverizados sobre o
algodão.A Organização Mundial de Saúde (OMS) afirma que 25% dos inseticidas produzidos
mundialmente são utilizados na plantação do algodão e quase metade deles são
extremamente tóxicos. E por exemplo, o Aldicarbe (ou Temik 150) é o segundo pesticida mais
utilizado na produção de algodão mundial e apenas uma gota dele, absorvida pela pele, é
suficiente para matar um adulto. Umlevantamento do IISD em conjunto com o Centro para
Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente da Academia Chinesa das Ciências Sociais de
Beijing revela que o algodão está no topo da lista de produtos que precisam de controle
ambiental.
Alguns exemplos de impactos mais específicos dessa indústria são descritos a seguir:
A produção de fibras sintéticas e o beneficiamento do couro geralmente envolvem
resíduos químicos que além de serem tóxicos e utilizarem uma grande quantidade de
petróleo, entre outros componentes, liberam compostos voláteis, contaminando o ar
que respiramos;
As plantações de algodão utilizam uma quantidade de água tão grande que uma
simples camiseta de algodão consome 2000 litros de água para ser produzida.
Também não podemos esquecer o que acontece quando todos esses produtos que
consumiram água e energia, desgastando o solo e poluindo o ar, são descartados após
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Faz bem para as pessoas:Peças desenvolvidas sob a ótica do Fair Trade (traduzido:
Troca Justa ou Comércio Justo) são sustentáveis em diversos níveis: é a segurança de que a
peça que você está adquirindo foi produzida em locais com condições de trabalho seguras e
que as pessoas envolvidas no processo produtivo receberam um valor justo pelo trabalho. Isso
significa muito em uma indústria que, em alguns casos, fica conhecida por práticas de
trabalho discutíveis e cortes de custos que prejudicam os trabalhadores.Sendo assim, comprar
peças onde a troca justa aconteceu mostra que pessoas e lugares são tão ou mais importantes
que as coleções de uma marca.
Os animais também ficam mais felizes: Talvez aquelas botas de couro que você viu
na passarela sejam lindas, mas a vida do animal que provém esse couro deveria fazer com que
se pensasse duas vezes antes de comprá-las. O mesmo pensamento pode ser considerado para
pele e qualquer outro produto de couro (do animal que for). Garanta um guarda roupa que
tenha somente bichinhos de pelúcia!
Dura muito mais: Comprar peças orgânicas e de fibras naturais é a maneira menos
tóxica de consumo, porém também é importante, nesse processo, procurar peças mais
duráveis e atemporais. Investir em algo mais clássico, com cores que durem bem mais que
14
uma estação.Reduzir o descarte e organizar seu consumo ajuda o planeta, tanto em questões
de energia quanto de recursos, bem mais do que estocar tendências diversas no armário.
É mais pessoal: O melhor é pensar localmente. Procure lojas e/ou designers de sua
região (melhor ainda se os produtos forem produzidos localmente) e procure um costureiro de
confiança em sua região para manter suas peças ajustadas ao gosto da pessoa. Além disso,
fugir do shopping vai te proporcionar um serviço mais personalizado e fazer com que seja
mais fácil desenvolver seu próprio senso de estilo.
É mais fácil (e mais barato) cuidar de suas roupas:Comprar de modo mais
consciente é apenas o primeiro passo. A maneira que a pessoa cuida de suas peças também
pode fazer uma grande diferença no impacto ambiental do seu armário.Ao lavar suas peças,
procure utilizar o ciclo de água fria, para economia de energia, e use sabão ou detergente
biodegradável para prevenir que os produtos químicos poluam ainda mais. Secadoras são
práticas, mas seu gasto de energia é excessivo, prefira usar varais para secar suas roupas. Dê
uma pausa ou pelo menos longas pausas com as lavagens á seco, economize tempo, dinheiro e
recursos do planeta.
É mais que apenas orgânico:Já mencionamos o design local e as peças atemporais,
mas vestir-se de modo sustentável também inclui peças vintage e artesanais – ambas aptas a
deixar seu guarda roupa único e exclusivo. Procure brechós para achar estampas e modelos
que você não encontrará em grandes cadeias de lojas. Além disso, você pode resgatar sua
máquina de costura do fundo do armário e adicionar aviamentos e acessórios para que cada
peça torne-se ainda mais exclusiva.
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Nos últimos tempos, grandes grifes nacionais e internacionais, como Zara, Billabong,
Ecko, Gregory, Brooksfield e Tyrol, foram à polêmica devido às denúncias de exploração de
mão de obra escrava no interior de São Paulo. Os trabalhadores-escravos eram, em sua
maioria, recrutados na Bolívia com promessas de melhores condições de vida no Brasil,
porém ao chegarem à cidade, eram obrigados a cumprir jornadas de 16 horas de trabalho e
recebiam apenas R$ 2,00 por peça produzida. Além disso, os empregadores descontavam do
salário desses trabalhadores o custo da viagem até o Brasil e a comida.
As grifes foram investigadas pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e alvo de
uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa de São Paulo
(Alesp). Também, as marcas sofreram uma forte repressão dos consumidores, especialmente
nas redes sociais e suas ações caíram no mercado internacional.
Outro fator,é ter um comércio justo é necessário que seja baseado por uma série de
princípios que buscam a justiça na cadeia produtiva, ou seja, criar uma cadeia produtiva que
gere uma relação de ―ganha-ganha‖ entre todos os elos que fazem parte dela, especialmente
com o pequeno produtor, independentemente, seja ele um artesão ou um produtor rural,
16
homem ou mulher. Por isso, é importante que seja um trabalho com transparência, que tenha a
questão da sustentabilidade, do meio ambiente, não exista o trabalho infantil e haja boas
condições de trabalho. Ademais, existe uma certificação para aqueles produtores ou
comerciante que seguem o comércio justo e lançam seus produtos no mercado. Para terem
esse certificado, uma auditoria avalia a relação comercial destes, e ao recebê-lo deve ser
colocado na embalagem do produto. Assim, o consumidor conseguirá identificar se aquele
produto é de comércio justo ou não.
Felizmente, esse modelo de comércio é uma tendência para o futuro. Começou na
Europa na década de 1960 e hoje já estamos falando de mais de 60 mil pontos de vendas, um
mercado de mais de 3,5 bilhões de euros e que vem crescendo a um ritmo de 30% ao ano. Isso
no Brasil ainda é muito recente, existe pouca informação e não existe um consumidor que
conhece o comércio justo, por isso para os brasileiros ainda não é um mercado claro.
Pode parecer que não, mas na moda existem vários meios de conscientizar as pessoas
a serem sustentáveis, como um modelo de roupa, acessório ou cosmético ser uma tendência,
times de futebol confeccionar camisetas ―verdes‖, ou até mesmo para os amantes da moda,
aqueles eventos de desfile com modelos que vestem roupas de grifes.
A moda, nos últimos anos, tem se tornado a autenticidade. E a tendência atual é clara:
usar e reusar, criar e recriar.Com muitos produtos novos e diversas variedades, cores, modelos
fazem todos os tipos de gostos das pessoas. Mas é necessário pensar sustentavelmente.
Um produto ligado à moda são os esmaltes ecológicos. Eles existem há certo tempo, mas não
é muito aceito no mercado, devido o número limitado de cores e sua baixa durabilidade.
Porém esta imagem está mudando, pois o mercado atual oferece diversas marcas que
disponibilizam cores modernas e clássicas capaz agradar todos os gostos. As linhas de
esmaltes ecológicos apresentam uma formula sem as perigosas substancias químicas. Além
dos esmaltes, as marcas também disponibilizam produtos de tratamento e removedores eco-
friendly.
Algumas marcas de esmaltes ecológicos e o que têm em suas composições são:
RGB Cosmectics: Os esmaltes são livres de substâncias tóxicas como formol,
tolueno, e DBP.
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Scotch Naturals Watercolors:Os esmaltes desta linha são feitos à base de água (H2O),
polímeros acrílicos e corantes naturais. Eles também são 100% biodegradável, vegan,
hipoalérgicos, sem glúten, sem perfume, e, é claro, livre de toxinas e de produtos químicos,
como formol, tolueno, acetatos de butilo e de etilo. Além de tudo, os produtos não são
testados em animais.
Butter London: Esta é a marca favorita entre os designers de Nova York. Já esteve
presente nos desfiles de Victoria Beckham, Calvin Klein, Betsey Johnson, Matthew
Williamson e Yagal Azrouel. Os esmaltes são livres de formol, tolueno, DPB, e parabenos.
Seu diferencial está nas tonalidades com forte pigmentação.
Julep: Esta marca também oferece esmaltes livres de substancias toxicas e ainda
promete um tratamento ecológico para as unhas. Usuários pela internet garantem que os
esmaltes da Julep duram mais tempo que os outros.
21
O poder de uma lingerie também é algo indiscutível na moda. Por isso algumas marcas
criaram modelos de lingeries com o pensamento eco-friendly.
A Do you Green, uma marca francesa foi criada por Sophie Young, designer que
propôs peças de lingeries feitas com tecido desenvolvido a partir de um tipo de pinheiro
(White pine tree). De acordo com a marca, as fibras dos galhos dessa planta resultam em um
tecido, o LENPUR, com o toque de cashmere e conforto da seda. O objetivo de utilizar os
galhos dos pinheiros é causar o menos impacto possível. E além do toque, a fibra também
possui propriedades antitranspirantes e é de fácil manutenção, e devido a sua origem, é
antibactericida e biodegradável.
23
Os produtos da Luva Huva são todos feitos à mão e utilizados tecidos fora de linha,
remanescentes e retraços têxteis que possivelmente iriam para o lixo. Juntamente com essas
matérias primas, são também usados o algodão orgânico e tecidos de fibras de soja, além de
aviamentos que também teriam destino de descarte.
24
A Twins for peace também está envolvida com diversos projetos sociais ao redor do
mundo, como Shoes Project, onde a cada par de sapatos comprados, um par é doado pela
marca para uma instituição social associada à Unicef.
Cada vez mais, as grandes marcas e grifes aderem a esta tendência sustentável na
passarela. Na última edição do São Paulo Fashion Week,o destaque nas passarelas foi para
utilização inteligente e inovadora de materiais como o algodão orgânico e reciclado, couro
pirarucu, juta da Amazônia, malha pet e seda orgânica. E além de causarem menos impacto
do que a produção têxtil convencional, a confecção destes tecidos gera renda para milhares de
famílias.
27
Atualmente, todas as empresas e marcas querem ter uma imagem de ser sustentável.
Isso ocorreu na Copa do Mundo de 2010, a Nike lançou uma linha de uniformes
projetados para melhorar o desempenho dos atletas e ao mesmo tempo um modo de reduzir o
impacto ambiental. Essa novidade foi revelada em um evento de mídia global realizado na
28
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
http://pt.wikipedia.org/wiki/Moda_sustent%C3%A1vel
http://www.personare.com.br/a-moda-das-roupas-sustentaveis-m1539
http://www.dothegreenthing.com/blog/win_a_celebritee
http://atitudesustentavel.com.br/blog/2011/07/04/camisetas-usadas-sao-revendidas-pela-
sustentabilidade/
http://www.mrflymoda.com.br/blog/moda-consciente/acessorios-reciclados/
http://www.mrflymoda.com.br/blog/design-2/7-razoes-para-consumir-moda-sustentavel/
http://ecotece.org.br/blog/tag/moda-sustentavel/
http://www.pensamentoverde.com.br/sustentabilidade/conheca-o-conceito-de-moda-
sustentavel/
http://noticias.bol.uol.com.br/ultimas-noticias/entretenimento/2013/05/02/vivienne-
westwood-cria-uniformes-sustentaveis-para-aeromocas-da-virgin.htm
http://esporte.uol.com.br/futebol/ultimas-noticias/2011/01/25/corinthians-lanca-uniforme-
sustentavel-desenvolvido-a-partir-de-garrafas-pet.jhtm
http://ecocopa.wordpress.com/
http://atitudesustentavel.com.br/blog/2010/06/08/nove-paises-utilizam-os-uniformes-
feitos-de-pet/
PONTÍFICIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE
SÃO PAULO
Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e
Atuariais.
2° Semestre 2013
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 1
CONCLUSÃO ................................................................................................................ 31
1
INTRODUÇÃO
Através desde trabalho podemos analisar de forma sistêmica como a cidade influi direta ou
indiretamente no meio ambiente de trabalho dos cidadãos e qual a importância das políticas
de sustentabilidade para garantir aos mesmos um ambiente de labor ecologicamente
equilibrado, sadio e seguro. Para tanto, a fim de melhor contextualizar o leitor, procurou-se
fornecer noções do que seja a cidade, do que representa o conceito de sustentabilidade sobre a
definição e o alcance do meio ambiente de trabalho e sua conexão com o ideal de cidade
sustentável.
Nessa relação de causa e efeito fica claro que a inserção e o incentivo às ações
sustentáveisnas cidades é fundamental para se ter uma qualidade de vida melhor. Além de
representar um ganho econômico e social relevante, uma vez que o reaproveitamento de
alguns materiais reduz os gastos com água e energia, preservando também os recursos
naturais. Isso sem falar na demanda por mão de obra, aplicada em empresas voltadas para a
sustentabilidade, como por exemplo, as usinas de reciclagem. Ganho para as indústrias e
benefícios para os cidadãos.
econômicas e de consumo, de tal maneira que possam expressar o seu maior potencial no
presente e, ao mesmo tempo, preservar a biodiversidade e os ecossistemas naturais,
planejando e agindo de forma a atingir esses ideais de forma efetiva.
3
CAPÍTULO I - SUSTENTABILIDADE
Podemos dizer ―na prática‖, que esse conceito de sustentabilidade representa promover a
exploração de áreas ou o uso de recursos planetários (naturais ou não) de forma a prejudicar o
menos possível o equilíbrio entre o meio ambiente e as comunidades humanas e toda a
biosfera que dele dependem para existir. Pode parecer um conceito difícil de ser
implementado e, em muitos casos, economicamente inviável. No entanto, não é bem assim.
Mesmo nas atividades humanas altamente impactantes no meio ambiente como a mineração;
a extração vegetal, a agricultura em larga escala; a fabricação de papel e celulose e todas as
outras; a aplicação de práticas sustentáveis nesses empreendimentos; revelou-se
economicamente viável e em muitos deles trouxe um fôlego financeiro extra.
econômico e social para as comunidades que nela vivem por muitas e muitas gerações.
Mantendo a força vital e a capacidade de regenerar-se mesmo diante da ação contínua e da
presença atuante da mão humana.
Todo ser humano precisa entender e se apoiar em conceitos básicos da ecologia para
conseguir construir sociedades sustentáveis. Para Capra (2011) a sustentabilidade é a
consequência de um complexo padrão da organização. Esse complexo padrão apresenta cinco
características básicas que são encontradas em ecossistemas: interdependência, reciclagem,
parceria, flexibilidade e diversidade e salienta Capra (2011)que se estas cinco características
forem aplicadas às sociedades humanas, há chances destas sociedades também se tornarem
sustentáveis.
No Brasil, cerca de 80% das pessoas vivem em cidades, a maior parte delas em grandes
metrópoles, as quais, portanto, concentram a maior porcentagem da população
economicamente ativa – PEA, ou seja, trabalhadores. Autônomos ou empregados que
exerçam ou não suas atividades laborais em prédio fechado próprio ou de seu empregador têm
no ambiente urbano da cidade, direta ou indiretamente, o seu meio ambiente de trabalho, o
qual, segundo ditames constitucionais e internacionais deve ser ecologicamente equilibrado,
hígido e seguro. Ocorre, então, a necessidade de se analisar a questão da sustentabilidade das
cidades como requisito primordial para o gozo desse direito social, à medida que estão
estreitamente ligados, vez ser o meio ambiente do trabalho um dos aspectos do meio ambiente
geral.
5
Figura 1: Sustentabilidade
É muito importante que as próprias agências e a população em geral sejam capazes de dar
preferência aos empreendimentos que sigam as práticas e determinações da aplicação
doconceito de sustentabilidade. Assim, criam-se as forças necessárias para reunir condições
favoráveis para a criação, o fomento e a consolidação de uma visão empresarial mais
consciente e atenta para as questões ligadas ao meio ambiente e ao impacto de seus
empreendimentos nele. Antes de tornar-se um impeditivo; o conceito de sustentabilidade em
tudo para tornar-se um aliado poderoso na venda dos empreendimentos e na construção de
uma imagem positiva para as empresas que adotarem essa visão. O grande entrave para a
criação dessa ―visão sustentável‖ no setor de construção civil é a enorme dificuldade em
relação aos custos, ainda elevados, de determinados elementos que permitirão o
enquadramento do empreendimento no conceito de sustentabilidade. Essas dificuldades
podem criar na mente do empresariado, a errônea idéia de que, se elevar seus custos de
construção, os possíveis benefícios advindos do enquadramento do empreendimento no
conceito de sustentabilidade não serão suficientes para proporcionar uma recuperação rápida
do capital investido ou mesmo, gerar um prejuízo final.
No entanto, essa é uma visão equivocada e errônea que acontece devido principalmente pela
pouca cultura sustentável que esse setor apresenta em nações como a nossa. Felizmente, essa
cultura vem se modificando e os constantes sucessos dos empreendimentos imobiliários e
comerciais baseados no conceito de sustentabilidadecontribuem significativamente para a
mudança dessa mentalidade e para a ampliação, cada vez mais rápida, de novos investimentos
em que se apliquem esses conceitos.
De acordo com Santos (apud Sgarbiet al, 2008), os primeiros estudos teóricos sobre a
sustentabilidade iniciaram-se no campo das ciências ambientais e ecológicas, trazendo à
discussão contribuições de diferentes disciplinas, tais como Economia, Sociologia, Filosofia,
Política e Direito. No entanto, a questão da sustentabilidade ambiental passou a ocupar lugar
de importância no debate acadêmico e político, sobretudo a partir do final dos anos 1960,
porém, as duas últimas décadas testemunharam a emergência do discurso da sustentabilidade
como a expressão dominante no debate que envolve as questões de meio ambiente e de
desenvolvimento social em sentido amplo.
Diniz da Silva (2009) explica que o interesse por sustentabilidade se originou durante a
década de 1980, a partir da conscientização dos países em descobrir formas de promover o
crescimento sem destruir o meio ambiente, nem sacrificar o bem-estar das futuras gerações.
Desde então, o termo se transformou em cenário para causas sociais e ambientais,
principalmente no dos negócios, onde prevalece a ideia de que de geração de lucro para os
acionistas, ao mesmo tempo em que protege o meio ambiente e melhora a qualidade de vida
das pessoas com que mantém interações.
Um dos exemplos de ações de sustentabilidade e que recai sobre o campo das energias
renováveis, é a procura de um substituto ecologicamente aceitável ao petróleo, que além de
altamente poluente, tende a esgotar-se ainda mais rápido por conta do aumento do consumo
ao longo dos séculos XX e XXI. No Brasil, cada vez mais pesquisas vêm sendo realizadas na
busca de uma alternativa através do chamado biocombustível. Outra boa alternativa de
sustentabilidade ambiental é a agricultura orgânica, termo usado para designar a produção de
alimentos e outros produtos vegetais que não faz uso de produtos químicos sintéticos ou
organismos geneticamente modificados, que agridem a natureza e são prejudiciais à saúde. A
10
agricultura orgânica ganha caráter sustentável, pois persegue três objetivos principais: a
conservação do meio ambiente, a formação de unidades agrícolas lucrativas e a criação de
comunidades agrícolas prósperas.
Sustentabilidade ambiental é uma característica que assume toda pessoa ou instituição que se
importa com a continuidade da no planeta.
Cultura e sustentabilidade são dois conceitos complexos: cultura sob a perspectiva artística,
social ou econômica; sustentabilidade sob o ponto de vista social, ecológico, econômico,
ambiental, territorial, político, cultural.
É inegável que a cultura contribui para a integração dos indivíduos, é fundamental para a
educação, possui enorme potencial econômico, deflagra a criatividade, estimula o turismo,
além de ser fonte de lazer. Nos últimos anos, o debate sobre o lugar da cultura na
sustentabilidade vem crescendo, junto com um movimento internacional para integrá-la às
políticas de desenvolvimento das nações.
13
Na Rio+20, os líderes mundiais discutem dois temas centrais, que não mencionam a cultura: a
transição para a ―economia verde‖ e a reforma das estruturas institucionais para o
desenvolvimento sustentável. Do mesmo modo, as sete questões críticas da conferência
(emprego, energia, cidades, alimentação, água, oceanos, desastres) ignoram a esfera cultural.
―A cultura e a diversidade cultural têm de entrar como um eixo estratégico nos planos de
desenvolvimento dos Estados, que hoje pouco se relacionam com elas. Há um potencial
grande de relação entre a cultura e o desenvolvimento sustentável de uma localidade‖,
defende GiulianaKauark, que participa da Rio+20 e faz parte do U40, fórum internacional que
visa promover a convenção da Unesco sobre a diversidade cultural.
14
As cidades sustentáveis tomam medidas para evitar utilização inadequada dos imóveis
urbanos, o gerenciamento do solo, a edificação ou o uso excessivo ou inadequado em relação
à infraestrutura urbana, a instalação de empreendimentos ou atividades que possam funcionar
como pólos geradores de tráfego, a deterioração das áreas urbanizadas; a poluição e a
degradação ambiental.
Outra preocupação das cidades sustentáveis é fazer com que a população faça um uso
eficiente e sem desperdícios de água, energia, e sempre usando materiais renováveis.
Algumas ideias para facilitar e melhorar o clima no planeta é criar espaços multiuso para
evitar desperdícios, colocar tudo num mesmo bairro e incentivar o transporte alternativo,
para diminuir a poluição do planeta e melhor o ecossistema mundial.
A partir do momento em que as leis que operam o ordenamento urbano cumprem com seus
propósitos e no momento em que estes propósitos são resultados de uma participação
democrática que levou à elevação das principais preocupações e interesses públicos
15
Vale ainda lembrar que a Lei 10.257/2001, conhecida como Estatuto das Cidades, em seu art.
2º, inciso I dispõe que a política urbana tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento
das funções sociais da cidade e da propriedade urbana, mediante a garantia do direito
a cidades sustentáveis, entendido como o direito à terra urbana, à moradia, ao saneamento
ambiental, à infraestrutura urbana, ao transporte e aos serviços públicos, ao trabalho e ao
lazer, para as presentes e futuras gerações.
Desta forma, é possível concluir, trazendo o conceito de cidades sustentáveis, exposto por
Odete Medauar, que as define como aquelas em que o desenvolvimento urbano ocorre com
ordenação, sem caos e destruição, sem degradação, possibilitando uma vida urbana digna para
todos.
A importância da sustentabilidade e os efeitos positivos que esta gera para a sociedade e o
meio ambiente são cada vez mais reconhecidos. Com isso, é importante destacar também que
o desenvolvimento sustentável, aliado ao processo de urbanização das cidades, geram
benefícios de diversos tipos para as pessoas.
A urbanização sustentável traz, portanto, vantagens de cunho social, como a melhoria da
qualidade de vida nas cidades; de cunho econômico, refletindo-se na prosperidade da
economia local; e ambiental, contribuindo para a diminuição do problema de aquecimento
global, entre outros.
conceito básico de desenvolvimento sustentável, já que este deve ser um objetivo mundial,
enfrentado em conjunto por todas as nações.
Ações dessa natureza são complexas, pois precisam do envolvimento de cadeias e redes de
organizações. É necessária uma mobilização conjunta de vários atores da sociedade. E,
principalmente, é preciso admitir que os recursos são finitos, sendo a proteção e recuperação
do meio ambiente uma das principais preocupações.
A execução dos projetos é o terceiro passo. Aqui, é necessário atentar para a sustentabilidade
do próprio projeto. Quanto mais conscientização existir, maior o número de pessoas e
recursos envolvidos e maior a possibilidade de continuação. É preciso que haja uma equipe
dedicada, com pessoas que conheçam os problemas abordados e as soluções propostas.
A gestão do projeto e dos recursos deve ocorrer de forma transparente, com a participação de
membros da comunidade, realizando alterações sempre que necessário. Os resultados devem
ser expostos à comunidade e as tecnologias desenvolvidas replicadas em outros projetos ou
comunidades. Se todos abraçarem a mesma causa, o desenvolvimento sustentável deixará de
ser teoria para ser uma prática constante no mundo.
Também conhecido como ―Triple BottonLine‖ , linha de três pilastras, foi criado em 1990,
por John Elkington, inglês, fundador da ONG SustainAbility. Essa concepção de tripé de
sustentabilidade tem recebido críticas de diversas correntes.
O quesito socialmente justo falha na concepção de uma sociedade que se mantém no ciclo
lucrativo da competição que deixa à margem cerca de 2 bilhões de pessoas na miséria no
mundo e, principalmente, nos países mais pobres do mundo alheios a uma política social e
institucional séria.
Também referido como 3P´s depende de questões políticas e culturais, de um alto nível de
coerência para que as dúvidas e falhas relatadas anteriormente possam ser detectadas e
superadas, sempre equilibrando o que é esperado de um projeto de desenvolvimento e o que
está sendo verdadeiramente implementado.
Cada vez mais empresas estão conscientes da importância de ações de sustentabilidade para
preservação do meio ambiente. Atualmente, é possível contar com benefícios fornecidos pelo
Governo para instituições que realizem atividades sustentáveis, como redução de impostos ou
financiamentos para projetos. Inicialmente, é preciso que todos os colaboradores participem
da iniciativa verde proposta e que façam sua parte para que os resultados possam aparecer.
campanhas internas para o seu uso é uma ótima forma de fazer o descarte correto do lixo.
Ainda dispor vários lixeiros em locais estratégicos permite uma melhor higienização do
ambiente.
Utilize os recursos da empresa (como papeis e copos descartáveis) de forma inteligente, isso
contribui para a limpeza do local, diminui a quantidade de resíduos sólidos e reduz custos
para a empresa. Outra dica é utilizar lâmpadas fluorescentes no lugar das comuns, que duram
dez vezes mais e ainda podem ser recicladas. Da mesma forma, trocar o papel comum pelo
reciclado e utilizar lápis de madeira produzidos por companhias que realizam o replantio é
sempre bem-vindo.
Os empresários também podem conscientizar seus colaboradores quanto à carona solidária ou,
caso morem perto do local de trabalho, substituir o uso do carro ou transporte público pela
bicicleta ou caminhada. Além disso, incentivar o uso de menos papel ou criar blocos usando
papéis usados é um diferencial. No verão, permitir o uso de roupas leves evita o uso da
capacidade máxima do ar condicionado. Aproveite para desligar o aparelho uma hora antes do
fim do expediente.
Caso a estrutura do prédio possua vários andares, permita a instalação de janelas melhora a
circulação de ar no ambiente de trabalho, pois dá uma impressão maior de espaço e de
liberdade. Por fim, preferia tons claros nas paredes, pois refletem mais energia solar e
impedem que o local fique quente ou abafado.
Como exemplo de empresa, podemos citar a Unilever. A Unilever Brasil foi eleita a empresa-
modelo 2011 pelo Guia Exame de Sustentabilidade, a mais conceituada publicação do país em
responsabilidade social corporativa. Trata-se da principal categoria do Prêmio que aponta
ainda outras 21 companhias com práticas neste contexto. O case que deu à Unilever Brasil a
importante conquista é o Plano de Sustentabilidade, lançado globalmente em novembro de
2010, mas que no Brasil teve início em junho do mesmo ano, quando o CEO Paul Polman
esteve em São Paulo lançando a visão ―Trabalhar para criar um futuro melhor todos os dias‖.
28
Dentre os pontos avaliados estão a sinergia entre o Plano Global de Sustentabilidade e demais
áreas da companhia como: categorias - com amplo destaque na matéria para as marcas Omo e
Comfort, reconhecidas como inovações sustentáveis - supplychain e customerdevelopment,
além do fato da Unilever ter conquistado em seu relatório de sustentabilidade, o índice GRI
A+.
Outro quesito avaliado pela equipe da Exame é o bem sucedido trabalho da Unilever Brand ,
que por meio do conceito Cada Gesto Conta, vem reforçando o Plano da Sustentabilidade da
empresa, além de representar um diferencial no mercado brasileiro.
Recicle: Você sabia que mais da metade do lixo da sua casa pode ser reciclado? Basta separar
os materiais recicláveis do lixo orgânico e do que não pode ser reciclado e descartá-lo em
centros de coleta seletiva;
Precisa mesmo do ar-condicionado? Na maior parte das vezes, uma janela aberta resolve o
incômodo do calor. Quando for usar o ar-condicionado, aumente em 2 graus. Com essa
atitude, você evita que 900 kg de dióxido de carbono por ano subam para a atmosfera. Uma
29
boa alternativa é usar um bom ventilador, que consome menos energia do que o ar-
condicionado;
Utilize lâmpadas fluorescentes: Elas são mais econômicas e gastam até 65% menos energia,
além de durarem até 10 vezes mais do que as lâmpadas comuns, reduzindo, assim, a geração
de resíduos;
Feche a tampa da panela: Com isso há uma maior concentração de calor e economia de gás
de cozinha;
Feche bem a porta da geladeira: Caso ela fique aberta, há um maior consumo de energia
para manter a temperatura. Pense no que quer pegar antes de abri-la. Evite manter a
temperatura interna do refrigerador inferior a 5 graus. Isso aumenta o consumo energético em
cerca de 7%;
Trabalhe em casa: Se a sua atividade profissional permite, trabalhe remotamente alguns dias
por semana. Ao trabalhar de casa, você gasta menos combustível e diminui o estresse do
deslocamento;
Reduza as impressões: Pense antes de imprimir, com isso há economia de tinta e de papel. A
fabricação de mais papel faz com que sejam derrubadas mais árvores, aumentando o
aquecimento global e diminuindo a qualidade do ar e da água. Caso seja necessário imprimir,
opte sempre pelo papel com selo FSC, imprima só o necessário no modo econômico e utilize
os dois lados da folha;
30
Utilize transporte coletivo: Caso você não possa fazer home office, tente trocar o transporte
individual por coletivo ou bicicleta. Outra opção é dividir o percurso com colegas de trabalho;
Racionalize o uso de pilhas: procure usar pilhar recarregáveis. Quando acabar sua validade,
deposite-as em caixas coletoras específicas. As pilhas contaminam a água e o solo, com
mercúrio e cádmio, e a atmosfera com vapores tóxicos;
Faça revisão regularmente em seu carro: Dessa forma você economiza combustível e
despeja menos CO2 na atmosfera.
Fique atento à conta de luz: perceba quantos aparelhos eletrônicos ficam no modo de espera
(stand-by) constantemente. Crie o hábito de tirar televisão, DVDs, sons e outros aparelhos da
tomada e calcule a economia na conta;
Seja um agente voluntário do “apagão”: Saia por aí apagando todas as luzes seja em casa,
no trabalho, em banheiros públicos, restaurantes ou onde encontrar uma lâmpada acessa
desnecessariamente. A conta nem sempre é você quem paga, mas o prejuízo ambiental reflete
em todo o planeta;
Evite os descartáveis: prefira os alimentos fora das bandejas de isopor, o copo de vidro, as
sacolas e guardanapos de pano, enfim, todo produto que se use, lave e use novamente. Assim,
você economiza os recursos da natureza e diminui a quantidade de lixo, um dos grandes
problemas do nosso tempo.
Leia os rótulos dos produtos: Evite os que possam conter transgênicos. Na dúvida, não
compre.
Reflita, inspire outros, plante: Se cada brasileiro plantar uma árvore, serão 190 milhões de
árvores a mais por ano no país. Se o mundo todo plantar, serão 6,5 bilhões. Uma árvore em
crescimento absorve mais dióxido de carbono da atmosfera do que emite, reduzindo os gases
responsáveis pelo aquecimento global.
31
CONCLUSÃO
As mudanças nas atividades produtivas não podem ser feitas de forma arbitrária, apagar a luz
durante o dia não é sinônimo de sustentabilidade, é preciso intenso estudo sobre os impactos
gerados durante esses processos. A partir deste conhecimento, pode-se definir os métodos a
serem utilizados para tornar a produção eficiente do ponto de vista ambiental. Algumas
medidas a serem adotadas são a especialização da mão-de-obra, redução de resíduos, uso
controlado da energia, utilização de matérias-primas menos tóxicas.
Todos os dias podemos ver exemplos ou novas atitudes sendo tomadas em prol da
sustentabilidade, da preservação ao meio ambiente, etc. São atitudes louváveis que
apresentamos aqui, e que devem ser levadas como inspiração para que cada um de nós possa
fazer a sua parte.
Devemos, todos nós, fazer algo novo para contribuir com a melhoria de nossa própria
qualidade de vida. Abandonar velhos hábitos e cultivar novos, afim de nos re-educarmos, no
que diz respeito ao nosso relacionamento com a natureza.
Dessa forma, podemos abrir caminho para que outras pessoas sejam incentivadas a, da mesma
forma, mudar seus hábitos. A conscientização de que realmente existe um problema e que
podemos trabalhar para resolvê-lo, dia após dia, ano após ano, é uma longa jornada. Mas
acreditamos que seja algo possível, muitas empresas têm trabalhado seguindo novos conceitos
de produção e reutilização de seus recursos, e, ainda que muitas empresas estejam mudando
seus conceitos pela vantagem financeira, todos nós somos beneficiados pela redução aos
danos ao planeta. Percebemos que falta divulgação das empresas que colaboram com o meio
ambiente, e que essa divulgação seria de extrema importância, pois incentivariam as
empresas perceberem o quanto pode ser lucrativo, tanto para elas como para o bem comum.
REFERÊNCIAS
ARAÚJO, Geraldino C.; BUENO, Miriam P.; SOUSA, Adriana A.; MENDONÇA,
PauloS.M. - ―Sustentabilidade Empresarial: Conceitos e Indicadores‖ - artigo do III
Covimbra(2.006)
SUSTENTABILIDADE – ―http://www.pit.org.br/noticia/cidades-enfrentam-dilema-da-
sustentabilidade-frente-ao-aumento-da-popula-o-mundial‖
Atuariais.
SONEGAÇÃO
2° Semestre 2013
SUMÁRIO
REFERÊNCIAS .................................................................................................. 32
1
Com o tempo a sociedade passou por grandes transformações. O Brasil do século XXI é
exemplo disso. O estado absolutista do século XVI deu lugar às instituições democráticas, de
um Estado Burguês³. O tributo pode ser percebido como um instrumento de justiça social, que
auxilia o Estado a auferir os recursos necessários para a manutenção e equilíbrio econômico,
visando a compensar a falta de recursos dos cidadãos menos afortunados.
execução das políticas arrecadadoras do Estado, bem como as limitações ao poder de tributar,
objetivando proteger e garantir os direitos dos cidadãos brasileiros.
Muito embora o texto constitucional garanta a aplicabilidade dos mais diversos princípios,
como por exemplo, o princípio da anterioridade e da anterioridade nonagesimal, existem
ainda lacunas que permitem algumas surpresas ao contribuinte, através da possibilidade de
aprovação de modificações na legislação tributária, seja na forma de Decretos ou de Medidas
Provisórias, que podem vir a ser editados no último dia do ano para aplicação no início do
exercício financeiro seguinte.
Com o passar do tempo, o regime tributário foi se tornando mais e mais complexo, e o Estado,
na tentativa de se adequar às demandas, acabou por instituirmais tributos e expedir
inesgotáveis normas.
Pois bem, nos dias atuais constata-se que a carga tributária imposta sobre a sociedade
brasileira é superior à de outrora, inclusive no aspecto específico atinente ao regime tributário
do setor elétrico. O que não se pode afirmar é que a União esteja arrecadando mais do que em
outros momentos históricos, uma vez que não se trata apenas dos percentuais recebidos das
mais diferentes fontes de arrecadação. A economia atual é muito mais pujante, movimenta
3
uma quantidade de bens muito superiores e tem, por conseguinte, o cidadão acaba tendo de
contribuir com um maior número de tributos.
A cobrança dos tributos atinge toda a população, por isso, é pertinente dizer que a sociedade
deveria participar na elaboração de um novo Sistema Tributário ou de suas alterações. Uma
forma de fazê-lo seria por meio de consultas à sociedade.
Desde 1995, tramita no Congresso Nacional uma Proposta de Emenda Constitucional, para a
Reforma Tributária, é a chamada PEC-175-A, que jamais foi apreciada. Há mais de vinte anos
observa-se, uma vontade e constante necessidade de profundas transformações no Sistema
Tributário Nacional por parte de todos os setores da economia e dos cidadãos contribuintes.
Reivindica-se uma redução da complexidade do sistema Tributário, bem como, da elevada
carga de impostos, a supressão da cumulatividade de certos tributos e a desoneração das
exportações.
Neste sentido, resta como alternativa à sociedade exigir dos representantes políticos uma
racionalização do Sistema Tributário, que deverá conduzir a uma maior arrecadação com a
eficiência dos controles e à transparência da Administração Pública no que diz respeito à
aplicação dos recursos arrecadados em benefício de todos, visando à construção de um
modelo compatível com a realidade e as necessidades do século XXI.
Cumpre ressaltar que nenhum país no mundo conseguiu abrandar as desigualdade sociais e
obter um desenvolvimento harmônico sem adotar uma tributação justa.
4
O conceito de tributo não é unívoco, mas varia de acordo com diferentes perspectivas:
histórica, política, social, econômica e jurídica, bem como em relação ao agente que dele faz
uso.
Sobre a orientação do Direito Tributário por valores, Klaus Tipke afirma que:
Ocorre, porém, que os tributos podem igualmente ser utilizados pelo Estado como
instrumento de parafiscalidade ou extrafiscalidade, ou seja, tanto como uma forma de
intervenção na economia, como um elemento chave na aplicação das políticas sociais e de
redistribuição.
6
“no mundo moderno (...) o tributo é largamente utilizado com o objetivo de interferir na
economia privada, estimulando atividades, setores econômicos ou regiões, desestimulando o
consumo de certos bens e produzindo, finalmente, os efeitos mais diversos na economia”⁶ .
Legalmente, o tributo é definido pelo art. 3° do Código Tributário Nacional como uma
“prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não
constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa
plenamente vinculada”. Assim, uma vez realizado o fato descrito na sua norma de incidência
(fato gerador), estará o contribuinte ou responsável obrigado a recolher aos cofres públicos o
respectivo montante.
Interessante notar que a definição do CTN não traz menção à função ou a destinação que será
dada ao tributo. Ou seja, a legalidade do tributo não está condicionada, a princípio⁷ , a
destinação do dinheiro arrecadado. A definição contida no art. 3° do CTN é composta, assim,
de seis elementos, quais sejam,
a) prestação: Conceituar o tributo como uma prestação significa concebê-lo dentro de uma
obrigação jurídica. Uma obrigação jurídica é uma relação, da qual participam duas partes — o
credor e o devedor — e que tem por objeto o cumprimento de uma prestação pelo devedor ao
credor. No Direito Tributário, a obrigação jurídica tem por partes, de um lado, o Fisco
7
(também chamado de sujeito ativo), representado pelo Estado ou entidades não estatais de
interesse público; e, de outro, o contribuinte (sujeito passivo). Esta obrigação terá por objeto o
dever de pagamento de uma prestação do contribuinte ao fisco. Esta prestação é representada
pelo tributo.
c)compulsória: Aqui, duas interpretações são possíveis. A primeira, que o dever de pagar
tributos é obrigatório, ou seja, independe da vontade do sujeito passivo, que deve pagá-lo
8
mesmo contra o seu desejo. Assim, uma vez ocorrido o fato que enseja a incidência do tributo
(fato gerador), o contribuinte tem a obrigatoriedade de efetuar o pagamento do respectivo
tributo. Esta interpretação, todavia, é objeto de críticas dos doutrinadores, pois, segundo eles,
todas as demais prestações jurídicas (ex. aluguel, preço, salário)
também são compulsórias, ou seja, devem ser pagas obrigatoriamente. Assim, vista por este
ângulo, a compulsoriedade em nada particularizaria nem diferenciaria a prestação de natureza
tributária. Com base nesta crítica, uma
segunda interpretação é dada a este critério: a compulsoriedade diria respeito não à
obrigatoriedade do pagamento do tributo, mas ao nascimento da obrigação de prestar tributo.
Em outras palavras, o nascimento da obrigação de pagar tributo é que compulsório, ―o dever
de pagar tributo nasce independentemente da vontade‖ (MACHADO, 2005 p.71). Ao
contrário de outras obrigações jurídicas (locação, compra e venda, etc), em que o dever da
prestação nasce da vontade das partes envolvidas, o dever de pagar tributo nasce em virtude
de disposição de lei e não de ato de vontade dos sujeitos. Amaro ressalta que o dever de pagar
tributos ―se cria por força de lei (obrigação ex lege), e não da vontade dos sujeitos da relação
jurídica (obrigação ex voluntate)‖(AMARO, 2010 p.44). Assim, a manifestação de vontade do
contribuinte é irrelevante para o nascimento da obrigação tributária, de modo que surgido o
fato que a lei indica como fundamento à ocorrência da relação jurídica tributária (o fato
gerador), deve o contribuinte cumpri-la.
d) que não constitua sanção de ato ilícito: Este critério serve para diferenciar a figura do
tributo de outras prestações pecuniárias igualmente instituídas em lei, mas que, ao contrário
da prestação de natureza tributária, nascem em virtude da prática de atos ilícitos e como forma
de sanção a estes, tais como multas e penalidades pecuniárias. Em outras palavras, a hipótese
de incidência do tributo, o fato previsto em lei e que, ao ocorrer na vida real, dará origem à
obrigação tributária (fato gerador) sempre será um fato lícito (ex. circular mercadorias, prestar
serviços, auferir renda, etc).
9
“Quando se diz que o tributo não constitui sanção de ato ilícito, isto quer
dizer que a lei não pode incluir na hipótese de incidência tributária o elemento ilicitude. Não
pode estabelecer como necessária e sufi ciente à ocorrência da
obrigação de pagar um tributo uma situação que não seja lícita. Se o faz, não está instituindo
um tributo, mas uma penalidade” (MACHADO, 2005 p.73).
Por fim, os tributos são submetidos a diversas classificações pela doutrina brasileira. Vejamos
as principais delas.
— Quanto à espécie: conforme veremos a seguir, os tributos podem ser classificados em
impostos, taxas, contribuição de melhoria, empréstimo compulsório e contribuições especiais
— Quanto à competência: a competência é a aptidão outorgada pela CF/88 para instituir
tributos. Assim, os tributos podem ser federais, se a competência for da União, estaduais, se
foi outorgada aos Estados e municipais se pertencem aos Municípios
— Quanto à vinculação do fato gerador a uma atividade estatal: os tributos podem ser
vinculados — quando o fato gerador se refere à uma atividade estatal especifica e relativa ao
contribuinte, como por exemplo, as taxas e a contribuição de melhoria; ou não vinculados,
quando o fato gerador for uma atividade do contribuinte, como no caso dos impostos e
contribuições especiais.
— Quanto à vinculação do produto da arrecadação — tributos com
arrecadação vinculada — aqueles em que o produto da arrecadação deve ser
aplicado à fi nalidade que deu origem ao tributo, ex: contribuições especiais
e tributos com arrecadação não vinculada são aqueles em que o valor arrecadado não precisa
ser aplicado a nenhuma fi nalidade estabelecida, ex: taxas e impostos.
— Quanto à função: Fiscal, quando seu principal objetivo é a arrecadação de recursos
financeiros para o Estado. Extrafi scal, quando seu objetivo
principal é a interferência no domínio econômico, buscando um efeito diverso da simples
arrecadação de recursos fi nanceiros. Parafi scal, quando o
seu objetivo é a arrecadação de recursos para o custeio de atividades que, em
princípio, não integram funções próprias do Estado, mas este as desenvolve
através de entidades específicas (MACHADO, 2005 p.82).
— Quanto à possibilidade de repercussão do encargo econômico: os tributos podem ser
diretos ou indiretos. Diretos são os tributos que não admitem repassar o encargo econômico a
terceiros, ou seja, quem efetua a arrecadação aos cofres públicos é a mesma pessoa que paga
efetivamente o tributo, ex. IPTU, IPVA, IR, taxas, etc. Já os tributos indiretos são aqueles que
11
Têm-se, atualmente, no Brasil mais de seis dezenas de tributos em vigor. Além dessa enorme
quantidade de tributos, da elevada carga tributária, o contribuinte brasileiro tem, ainda, que
atender a quase uma centena de obrigações acessórias.
12
Essa complexidade tributária no Brasil, faz com que a população, de modo geral, não tenha
um conhecimento exato da realidade dos impostos brasileiros. As empresas precisam cumprir,
em média, cerca de três mil diferentes normas tributárias, de acordo com a advogada
tributarista Letícia Mary Fernandes do Amaral, vice-presidente do Instituto Brasileiro de
Planejamento Tributário (IBPT). Segundo ela, esse fato leva a constantes erros no
cumprimento de obrigações acessórias, o que, muitas vezes, impacta no próprio recolhimento
do tributo. Dessa forma, explica, aumenta-se cada vez mais o número de emissão de autos de
infração com pesadas multas e,
consequentemente, o crédito a ser recuperado pelo fisco. Além disso, a complexidade
tributária impede o aumento do consumo dos mais pobres e faz com que a classe média tenha
gastos em dobro (JORNAL DO COMÉRCIO, 2012¹²).
Caso o contribuinte não cumpra com essa burocracia fiscal, estará sujeito a pesadas multas.
Outro aspecto que merece ser considerado é o elevado custo, para o contribuinte, para atender
a todas essas obrigações acessórias. Estima-se que o custo das obrigações acessórias, para as
empresas, é em torno de 1,5% do seu faturamento. Em 2010, esse custo representou algo na
faixa dos R$ 50 bilhões.
Para acompanhar tais legislações, as empresas precisam investir em atualizações das equipes
responsáveis pelos cálculos dos tributos. Não basta um curso rápido, pois a intensividade das
mudanças exige o acompanhamento periódico, diário, dos impactos legislativos sobre os
produtos e serviços.
13
"O que valia ontem, não necessariamente vale hoje, é que nem inflação - só aumenta, sem
resultados econômicos positivos"
14
É importante enfatizar, no entanto, que o ―tax gap‖ não é exatamente igual à quantidade de
receita adicional que seria coletada por uma imposição mais estrita, pois uma imposição
perfeita afetaria significativamente o cenário econômico (algumas firmas poderiam falir, os
contribuintes modificariam sua oferta de trabalho, os preços e as rendas mudariam, e assim
por diante), de tal forma que a base tributária seria certamente alterada. Como conseqüência,
ao menos na teoria, o rendimento líquido poderia até mesmo ser menor. Assim, as medidas-
padrão de ―tax gap‖ devem ser interpretadas cautelosamente. Elas são somente uma
aproximação dos efeitos imediatos prováveis de melhorias marginais na imposição (Franzoni,
1999).
conhecimento pode ser obtido por meio de auditorias, e neste caso diz-se que a base tributária
é verificável (a um certo custo, obviamente).
De um ponto de vista legal, a sonegação difere da elisão por ser ilegal, e daí sujeita à punição
(ao menos na teoria).
“A elisão fiscal é reconhecida como tal, quando um contribuinte recorre a uma combinação
engenhosa ou que ele efetua uma operação particular se baseando sobre uma convenção não
atingida pela legislação fiscal em vigor. Ele usa o texto legal sem o violar: ele sabe utilizar
habilmente uma brecha do arsenal fiscal" (André Margairaz in La Fraude Fiscale et Ses
Sucédanés).”
"nasce nessa nova ordem social o conceito de "Sociedade de Risco"¹⁶ ". Do ponto de vista do
sistema, os indivíduos que se comunicam e interagem numa intensidade e fraquência cada vez
mais aceleradas são um risco. O estado no mundo globalizado teme o pluralismo, a liberdade
individual, pois podem desequilibrar o funcionamento da vida econômica, ou seja, o
mercado.¹⁷
O conceito de sonegação fiscal pode ser colocado como sendo qualquer ato ilegal ou ilícito
praticado pelo contribuente com o intuito de eximir-se, parcial ou totalmente, do pagamento
de tributos. A sonegação pode ocorrer através de fraude, simulação ou conluio.¹⁸
―Ato ou efeito de sonegar. Deixar de entregar, não fornecer ou ocultar coisa ou informação
relativa a um fato. Constitui crime contra o estado de filiação, deixar em asilo de exposto, ou
outra instituição de assistência, filho próprio ou alheio.‖¹⁹
Art. 1° Constitui crime contra a ordem tributária suprimir ou reduzir tributo, ou contribuição
social e qualquer acessório, mediante as seguintes condutas: (Vide Lei nº 9.964, de 10.4.2000)
17
IV - elaborar, distribuir, fornecer, emitir ou utilizar documento que saiba ou deva saber
falso ou inexato;
I - fazer declaração falsa ou omitir declaração sobre rendas, bens ou fatos, ou empregar
outra fraude, para eximir-se, total ou parcialmente, de pagamento de tributo;
Seção II
Art. 3° Constitui crime funcional contra a ordem tributária, além dos previstos no
Decreto-Lei n° 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal (Título XI, Capítulo I):
I - extraviar livro oficial, processo fiscal ou qualquer documento, de que tenha a guarda
em razão da função; sonegá-lo, ou inutilizá-lo, total ou parcialmente, acarretando pagamento
indevido ou inexato de tributo ou contribuição social;
II - exigir, solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que
fora da função ou antes de iniciar seu exercício, mas em razão dela, vantagem indevida; ou
aceitar promessa de tal vantagem, para deixar de lançar ou cobrar tributo ou contribuição
social, ou cobrá-los parcialmente. Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa.
Os paraísos fiscais são territórios autónomas onde a lei facilita a aplicação de capitais
estrangeiros, cuja origem é desconhecida e nem sempre legal, oferecendo uma espécie de
dumping²¹ fiscal.
"O que… identifica uma área como sendo 'paraíso fiscal' é a existência de um conjunto de
medidas estruturais tributárias criadas deliberadamente para tirar vantagem de, e explorar a
demanda mundial de oportunidades para se envolver em evasão tributária".²²
De acordo com os estudos do João da Silva Medeiros Neto, consultor legislativo. Diz-se que é
cumulativo o tributo que incide em duas ou mais etapas da circulação de mercadorias, sem
que na etapa posterior possa ser abatido montante pago na etapa anterior. Exemplos típicos
destes tributos são a COFINS²⁴ , a contribuição para o PIS²⁵ e a CPMF²⁶ .
Mesmo os tributos que são considerados não-cumulativos como ICMS²⁷ e IPI²⁸ apresentam
algum tipo de cumulatividade. Esses tributos são protagonistas de um caso expressivo de
dupla incidência de imposto sobre imposto. Diz a Constituição que o IPI não integrará a base
de cálculo do ICMS, quando a operação configurar fato gerador de ambos os impostos. O IPI,
no entanto, incide sobre o montante do ICMS agregado ao preço do produto, num caso
flagrante de cobrança de imposto sobre imposto. Por outro lado, o IPI incide nas fases de
industrialização de um produto, mas não nas de comercialização. Isso significa que até a
remessa do industrial para o comerciante, o ICMS não incide sobre o IPI que, convém
relembrar, é calculado por fora. Para o comerciante adquirente, no entanto, o IPI incidente na
aquisição representa custo que se agrega ao valor da mercadoria. Quando ele a revende, no
preço da mercadoria está embutido o montante do IPI, cujo ônus suportou, ao comprá-la.
Logo, torna-se fácil concluir que nessa comercialização o ICMS incide, finalmente, sobre o
IPI.
22
O IPI não incide apenas sobre o montante do ICMS incluído nos preços. Incide, também,
sobre o montante do PIS e da COFINS, tributos igualmente cobrados por dentro. Por sua vez,
o ICMS incide sobre o montante do PIS e da COFINS agregados ao preço, e o PIS e a
COFINS incidem sobre o montante do ICMS agregado ao preço e sobre o IPI que acarretou
custo na fase de comercialização.
O ICMS apresenta um outro tipo de cumulatividade que consiste em incidir sobre o montante
dele mesmo, que está embutido na base de cálculo, isto é, no preço da mercadoria ou serviço.
Isso ocorre porque o ICMS é calculado por dentro, o que torna a alíquota real sempre mais
elevada do que a alíquota nominal.
Vejam-se os seguintes exemplos de alíquotas reais correspondentes às alíquotas nominais do ICMS mais
aplicadas.
Ressalte-se, a propósito, que a COFINS e o PIS também são cobrados por dentro. Como suas
alíquotas nominais são de 3% e 0,65%, suas alíquotas reais alcançam 3,09% e 0,654%.
23
Primeiro gostaria de falar sobre o sistema tributário ideal, depois mostrarei o que ocorre no
Brasil de acordo com as pesquisas. Muitos dizem que a ideia do Sistema tributário ideal não
passa de uma mera utopia, mas será o motivo para não aperfeiçoarmos?
IV – promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e
quaisquer outras formas de discriminação".
24
"um sistema tributário desejável é aquele que desempenha quatro funções básicas: o
financiamento das atividades estatais, a redistribuição justa de renda, a equalização das
desigualdades regionais e a justa repartição das receitas entre os entes federados".
(FATTORELLI, 2003)
Para isso precisa ser simples, desburocratizado, célere, com leis sintetizadas, codificadas e
não esparsas, respeitando a destinação de suas receitas.
Ao que parece todos os segmentos da sociedade brasileira entendem que o Sistema Tributário
Nacional está longe de ser ideal. Para muitos STN é "complexo, moroso, burocrático,
gigantesco e ineficiente". Como já foi dito são mais de 3000 normas tributárias federais e
milhares de normas dos 26 Estados, Distrito Federal e dos 5564 Municípios.
Para termos uma noção da quantidade e a quantidade de tributos que pagamos, direta ou
indiretamente da arrecadação de R$1.000.000.000.000,00 (Um Trilhão de reais). Veja essas
informações sobre a arrecadação no estudo concluído pelo Instituto Brasileiro de
Planejamento e Tributação - IBPT
25
Especialistas afirmam que a participação da carga tributária não deveria ultrapassar os 25% do
PIB. Dessa forma, atenderia melhor as necessidades de crescimento vegetativo da economia e
da infra-estrutura do país. Tributaristas defendem que o país tem de criar uma meta de carga
tributária de 15% do PIB dentro de 15 a 20 anos.³¹
"O Sistema Tributário Nacional não tem cumprido sua função redistributiva. Pelo contrário,
sempre foi um sistema altamente regressivo e concentrador de renda. A tributação no Brasil
onera, principalmente, o trabalho e o consumo, enquanto a renda do capital e o patrimônio
não são tributados de acordo com a capacidade dos seus titulares. Contrariamente aos paises
desenvolvidos onde a maior parte da arrecadação provem de tributos sobre a renda e o
patrimônio, no Brasil cerca de dois terços dos tributos advém da tributação sobre o consumo,
até mesmo de produtos destinados à sobrevivência básica, como alimentos, remédios e
produtos de higiene pessoal".
Em 2008 ela bateu recorde histórico³². Para um PIB de R$ 2,88 trilhões foram arrecadados,
nos três níveis de governo, nada menos de R$ 1,034 trilhão.
O PIB cresceu 5,1% em relação a 2007, enquanto a arrecadação aumentou em 8,3% mais
rapidamente. As cargas tributárias em relação ao PIB, por ente federativo foram:
União – 24,9%
Estados – 9,2%
Municípios – 1,6%
"Para que serviu todo esse gigantesco esforço arrecadatório e o correspondente sacrifício
imposto à sociedade brasileira, especialmente à classe trabalhadora? A resposta é simples e
cruel: Esses recursos adicionais foram esterilizados com o pagamento dos juros da dívida
pública e não reverteram em benefício social para o conjunto da população brasileira. Assim
o aumento da carga serviu apenas para concentrar renda nas mãos dos detentores do capital
financeiro, que em última análise, são os credores da dívida pública brasileira".
Referindo-se aos privilégios do Sistema Financeiro ela menciona estudo da ABM Consulting,
indicando que, no período de 1994 a 2001, "os 10 maiores bancos privados aumentaram seus
lucros em 180%, mas pagaram 50% a menos de impostos".
Fattorelli defende "à necessidade de isenção total de tributos sobre produtos essenciais à
sobrevivência, que não pode se resumir ao ICMS, mas deve alcançar todos os demais (IPI,
COFINS, PIS, etc)".
Ela ataca, com vigor, (e tem razão ao argumentar) a DRU – Desvinculação de Receitas da
União "que significa o desvirtuamento na destinação dos recursos arrecadados". Para ela
"essa desvinculação só interessa ao sistema financeiro e aos especuladores com títulos
públicos, que vêm se apropriando de parcela significativa da arrecadação federal,
configurando, assim, uma perversa concentração de renda. Isto fere todos os princípios de
justiça fiscal, sendo também injustificável do ponto de vista ético, num país que convive com
inúmeras desigualdades, miséria e fome".
Hugo de Brito Machado³³ considera que a excessiva carga imposta aos contribuintes pelo STN
é inflacionária, reduz a atividade econômica e provoca desemprego.
28
O STN também é injusto porque o retorno social é baixo. Em 2005, dos 33,8% do PIB
arrecadados apenas 9,5% retornaram à sociedade na forma de investimentos públicos em
educação (4,4%), saúde (3,5%), segurança pública (1,2%), habitação e saneamento (0,4%).
Sondagem da CNI³4, entre as empresas filiadas, realizada em 2005, aponta como principais
problemas do STN, o grande número de tributos (76%), incidência cumulativa ou em cascata
29
De acordo com a CNI, 74% das empresas exportadoras afirmam que o STN prejudica a
competitividade dos produtos nacionais e para 44% delas o acúmulo de créditos afeta a
decisão de exportar.
Em 2005, 17,4% da arrecadação total teve origem em tributos cuja cobrança é cumulativa
(ISS / CIDE, parte do PIS / COFINS).
Trabalho da FIPE registra que as obrigações fiscais custam, em média, 0,33% do faturamento
das empresas de capital aberto e 1,7% do faturamento das empresas com receita anual de R$
100 milhões.
Conforme o Banco Mundial no Brasil uma empresa padrão gasta 2600 horas/ano para
recolher seus impostos sobre vendas, salários e lucros, contra menos de 500 horas/ano na
maioria das economias com as quais o país concorre no mercado mundial.
Há, ainda, problemas decorrentes da insegurança jurídica, causada pelas freqüntes mudanças
na legislação e excessivas exigências, vinculadas às obrigações acessórias. O Simples exige
nada menos de 6 livros fiscais ou contábeis além de outras obrigações acessórias.
30
A reforma tributária interfere em todos os recursos que são transferidos do setor privado para
o setor público, além de garantir melhores recursos para serviços básicos que são destinados a
sociedade. O principal objetivo dessa reforma é priorizar o crescimento da economia
brasileira que tem seus maiores problemas ligados aos impostos indiretos sobre serviços e
bens.³⁵
Alguns tributos têm a mesma motivação de incidência como, por exemplo, o IRPJ e a CSLL.
Outros, destinam-se a arrecadar recursos para financiar ações em um mesmo setor, como é o
caso da Seguridade Social, que o artigo 194 da CF/88, define como um tripé incluindo Saúde,
Assistência e Previdência Social.
Para financiar a Seguridade Social foram incluídos no STN diferentes tributos como as
contribuições sobre os salários (empregados) e a folha de pagamentos (empregadores).
PIS/PASEP, COFINS, CSLL, SAT, além da possibilidade de financiar estes setores com os
impostos que são tributos desvinculados.
Não há dúvidas de que o número de tributos pode e deve ser reduzido. Por outro lado é
necessário deixar claro que, como afirma Marcel Moraes Mota, "um Sistema Tributário não
pode ser avaliado somente pelo número dos tributos que o compõe".
Ela provoca inflação, elevando os custos dos produtos, prejudica os setores da economia
caracterizados por cadeias produtivas mais longas, distorcendo custos relativos. Também é
nefasta para o consumidor final que certamente paga mais imposto do que pagaria sobre o
valor agregado. Ademais impede que o contribuinte se credite dos valores pagos nas
operações anteriores. O imposto com incidência em cascata, tira a transparência, a visibilidade
da tributação, prejudicando o fortalecimento da cidadania tributária. Assim, devem ser
estudados mecanismos que ensejem a substituição de tributos cumulativos como o COFINS
(cumulatividade parcial) por tributos incidentes sobre o valor adicionado.
33
REFERÊNCIAS
Fonte: <http://jus.com.br/artigos/17218/analise-critica-do-sistema-tributario-nacional-e-sugestoes-para-o-seu-
¹FAUSTO, Boris. Historia do Brasil. 5. ed. São Paulo: Ed. Univ. São Paulo, 1997.
³NOGUEIRA, Rui Barbosa. Imunidades: Contra impostos na Constituição anterior e sua disciplina mais
⁵ TIPKE, Klaus, YAMASHITA, Douglas. Justiça Fiscal e Princípio da Capacidade Contributiva. São Paulo:
Malheiros, 2002, p. 15
2005, p.81.
⁷ A Constituição Federal de 1988, porém, condicionou a arrecadação das contribuições especiais à destinação
específica;
⁸ AMARO, Luciano. Direito Tributário Brasileiro. 16. ed. São Paulo: Saraiva, 2010, p. 42.
⁹ Banco Mundial é uma instituição financeira internacional que fornece empréstimos para países em
¹° O projeto Doing Business fornece medidas objetivas das regulamentações aplicáveis às empresas e seu
¹¹ O IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação) atua desde 1992 para diminuir o impacto dos
impostos sobre as empresas e racionalizar a arrecadação de tributos nos níveis municipais, estaduais e federal. O
além de contribuir para uma governança tributária mais eficiente e inteligente para as empresas, governos e
organizações. Única entidade no território nacional a desempenhar efetivamente essa tarefa, o IBPT tece estudos
e projetos efetivos solucionando e conscientizando cidadãos sobre a complexa carga tributária brasileira,
propondo soluções concretas para a sua simplificação. Independente, O IBPT faz pesquisas, cria estudos, elabora
¹² O Jornal do Comércio é um veículo de mídia impressa brasileiro, editado em Porto Alegre. É voltado para
economia e negócios.
¹³ O Diário Oficial da União (D.O.U.) é um dos veículos de comunicação pelo qual a Imprensa Nacional tem de
tornar público todo e qualquer assunto acerca do âmbito federal. Hoje o D.O.U. pode ser acessado virtualmente
2013.
¹⁴ Um site voltado à informações e guias sobre tributos no Brasil, planejamento fiscal e atualizações legislativas
de impostos.
¹⁶ No entendimento de Hassemer, ―os filósofos sociais falam hoje de ―sociedade de risco‖, referindo-se a que
nós na vida diária nos defrontamos com crescentes dificuldades em encontrar orientações estáveis. A
complexidade de nossas relações sociais é antes de mais nada vivenciada como algo ameaçador, os riscos de
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lesões são ao mesmo tempo abrangentes, devastadores e difusis. Conseguimos preparar-nos apenas
precariamente para lesões esperadas, e não conseguimos remediar os danos inesperados. Os grandes riscos da
ameaça, de estarmos entregues à própria sorte‖. Segurança Pública no Estado de Direito (tradução Carlos
Eduardo Vasconcelos), in Revista Brasileira de Ciências Criminais. São Paulo: Ed. Revista dos Tribunais, ano 2
prevenção e o princípio da legalidade estrita. Revista Brasileira de Ciências Criminais. São Paulo: Ed. Revista
¹⁸ PRADO, Paulo Henrique Coelho Prado. ―A Sonegação e a Elisão Fiscais no Brasil: Uma proposta para
combatê-las‖, Dissertação apresentada à Banca Examinadora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo,
como exigência parcial para a obtenção do título de MESTRE em Economia, 1999, p.91.
set. 2013.
²° Crime material é aquele que exige necessariamente um resultado. Este conceito opõe-se ao conceito de crime
formal. Crime material é aquele cuja descrição legal se refere ao resultado e exige que o mesmo se produza para
a consumação do delito. Assim, o crime material é indispensável para a consumação a ocorrência do resultado
Registro oportuno de se fazer e lembrar é o de não se confundir crime material com a concepção material de
crime (crime em sentido material), pois que o primeiro representa uma categoria doutrinária atribuída aos delitos
e o outro representa a noção teórica de fatores jurídicos e extrajurídicos que estimulam ao aparecimento do
²¹ Dumping é uma prática comercial que consiste em uma ou mais empresas de um país venderem seus produtos,
mercadorias ou serviços por preços extraordinariamente abaixo de seu valor justo para outro país (preço que
geralmente se considera menor do que se cobra pelo produto dentro do país exportador), por um tempo, visando
prejudicar e eliminar os fabricantes de produtos similares concorrentes no local, passando então a dominar o
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mercado e impondo preços altos. É um termo usado em comércio internacional e é reprimido pelos governos
nacionais, quando comprovado. Esta técnica é utilizada como forma de ganhar quotas de mercado.
²³ The International Consortium of Investigative Journalists is an active global network of 160 reporters in
more than 60 countries who collaborate on in-depth investigative stories.Founded in 1997, ICIJ was
launched as a project of the Center for Public Integrity to extend the Center‘s style of watchdog journalism,
focusing on issues that do not stop at national frontiers: cross-border crime, corruption, and the
accountability of power. Backed by the Center and its computer-assisted reporting specialists, public
records experts, fact-checkers and lawyers, ICIJ reporters and editors provide real-time resources and state-
of-the-art tools and techniques to journalists around the world. <http://www.icij.org/about>. Acesso em: 11,
out. 2013.
²⁴ COFINS Contribuição para Financiamento da Seguridade Social, instituída pela Lei Complementar 70
de 30/12/1991.
que tratam o art. 239 da Constituição de 1988 e as Leis Complementares 7, de 07 de setembro de 1970, e 8,
de 03 de dezembro de 1970.
Direitos de Natureza Financeira (CPMF) foi um tributo brasileiro. Sua esfera de aplicação foi federal e
²⁷ ICMS Imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de
Federal.
²⁸ IPI Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) incide sobre produtos industrializados, nacionais e
estrangeiros.
²⁹ BIRD O Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD) foi criado em 1945 e conta hoje
out. 2013.
³²FERNANDES, Adriana, Receita: Carga Tributária em 2008 é Recorde Histórico, Agência Estado – Economia
– 07.07.2009.
³³ MACHADO, Hugo de Brito, Tributos, Inflação e Desemprego, Diário do Nordeste, Fortaleza, CE, 30.01.2004.
brasileiro.