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Aula 01-Português (Noturno)

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Aula 01-Português para Enem e vestibulares (noturno) – Significação das Palavras

Com relação ao significado, as palavras são organizadas em grupos, a saber: os sinônimos, os antônimos e a polissemia.
1. Sinônimos - são palavras que têm significados semelhantes, parecidos. Ex.: Homem, indivíduo, ser, pessoa.
2. Antônimos - apresentam significados contrários, opostos, adversos. Ex.: Escuro: luzente, luminoso, brilhante,
cintilante, reluzente, claro, claridade, resplandecente.
3. Polissemia - é a característica que uma palavra apresenta ao expor mais de uma acepção em diversos contextos. Ex.:
Posto (cargo, local de atendimento)
4. Homônimos - são palavras pronunciadas da mesma forma (semelhança relativa ao som ou à grafia), porém, possuem
significados distintos. Os homônimos são classificados em três grupos.
4.1- Homônimos perfeitos - Os homônimos perfeitos são vocábulos como mesmo som (homófonos) e a mesma grafia
(homógrafos). Veja o exemplo: cedo (verbo)/ cedo (substantivo); livre (adjetivo)/ livre(verbo); são (verbo)/ são (forma
reduzida de santo)
4.2- Homônimos imperfeitos – Homófonos - Já os homônimos imperfeitos homófonos são vocábulos com o mesmo som,
porém com grafias e significados diferentes. Observe os exemplos: Cessão (ato de ceder) / Seção (repartição) - Sessão
(espaço de tempo/reunião)
4.3- Homônimos imperfeitos – Homógrafos - Os homônimos imperfeitos homógrafos são vocábulos com grafia igual,
mas diferentes nos sons e nos significados. Observe os exemplos: Colher (verbo) / colher (substantivo)
5. Parônimos - As palavras parônimas são semelhantes na grafia e na pronúncia, mas possuem significados diferentes.
absolver (perdoar, inocentar) absorver (aspirar)
aprender (adquirir conhecimento) apreender (capturar)
Em Resumo: A correta utilização dos sinônimos, antônimos, parônimos e homônimos evita o risco de usar alguma palavra
com o sentido inconveniente ou errado, por isso, fique atento ao contexto em que esses vocábulos aparecem e ao
significado que eles têm no texto.
Questões
1. ENEM
Mandinga — Era a denominação que, no período das grandes navegações, os portugueses davam à costa ocidental da
África. A palavra se tornou sinônimo de feitiçaria porque os exploradores lusitanos consideravam bruxos os africanos
que ali habitavam — é que eles davam indicações sobre a existência de ouro na região. Em idioma nativo, manding
designava terra de feiticeiros. A palavra acabou virando sinônimo de feitiço, sortilégio. COTRIM, M. O pulo do gato 3. São Paulo:
geração Editorial, 2009 (fragmento).
No texto, evidencia-se que a construção do significado da palavra mandinga resulta de um(a)
a) contexto sócio-histórico. c) descoberta geográfica. e) contraste cultural.
b) diversidade étnica. d) apropriação religiosa.
2. Mackenzie
Marketing viral ou publicidade viral são técnicas de marketing que tentam explorar redes sociais pré-existentes para
produzir maior divulgação de uma marca. São processos parecidos com o de uma epidemia, uma doença.
Inicialmente, marketing viral era a prática de vários serviços livres de e-mail de adicionar publicidade às mensagens
que saem de seus usuários para alcançar um usuário suscetível, que será infectado e reenviará o e-mail a outras pessoas
suscetíveis, infectando-as também.
Atualmente, o conceito de marketing viral não está associado a uma ameaça para o computador, e o termo “viral” está
relacionado com a velocidade de propagação da informação. Adaptado de www.significados.com.br
Sobre o Texto I, assinale a alternativa correta.
a) A palavra suscetível (linha 7) pode ser corretamente substituída por “indiferente”, sem que com essa alteração sejam
modificados sentidos originais do trecho.
b) A partícula as (linha 8) refere-se ao trecho “a uma ameaça para o computador”, estabelecendo coesão anafórica. c)
No trecho associado a uma ameaça para o computador (linhas 9-10) o uso de acento indicador de crase é opcional na
partícula a.
d) A palavra propagação (linha 11) pode ser corretamente substituída por “disseminação”, sem que com essa alteração
sejam modificados sentidos originais do trecho.
e) Nas palavras inicialmente (linha 5) e atualmente (linha 9) o sufixo -mente indica que ambas podem ser classificadas
3. ESPM
Amizade entre cronistas é um perigo: todo papo esbarra em crônica, já que toda crônica é uma espécie de papo. Foi
numa conversa com o Antonio Prata, meu ex-amigo-platônico – “ex” não por não ser mais amigo, mas por não ser mais
platônico – que a bola começou a quicar. “Isso dá uma crônica”, ele disse. Mas nenhum dos dois escreveu, por escrúpulos
de estar roubando a ideia do outro. Eu, que tenho menos escrúpulos e menos ideias, resolvi escrever.
Palavras, percebemos, são pessoas. Algumas são sozinhas: Abracadabra. Eureca. Bingo. Outras são promíscuas
(embora prefiram a palavra “gregária”): estão sempre cercadas de muitas outras: Que. De. Por.
Algumas palavras são casadas. A palavra caudaloso, por exemplo, tem união estável com a palavra rio – você
dificilmente verá caudaloso andando por aí acompanhada de outra pessoa. O mesmo vale para frondosa¹, que está sempre
com a árvore. Perdidamente, coitado, é um advérbio que só adverbia o adjetivo apaixonado. Nada é ledo² a não ser o
engano, assim como nada é crasso³ a não ser o erro. Ensejo é uma palavra que só serve para ser aproveitada. Algumas
palavras estão numa situação pior, como calculista, que vive em constante ménage, sempre acompanhada de assassino,
frio e e.
Algumas palavras dependem de outras, embora não sejam grudadas por um hífen - quando têm hífen elas não são
casadas, são siamesas. Casamento acontece quando se está junto por algum mistério. Alguns dirão que é amor, outros
dirão que é afinidade, carência, preguiça e outros sentimentos menos nobres (a palavra engano, por exemplo, só está com
ledo por pena - sabe que ledo, essa palavra moribunda, não iria encontrar mais nada a essa altura do campeonato).
Esse é o problema do casamento entre as palavras, que por acaso é o mesmo do casamento entre pessoas. Tem sempre
uma palavra que ama mais. A palavra árvore anda com várias palavras além de frondosa. O casamento é aberto, mas para
um lado só. A palavra rio sai com várias outras palavras na calada da noite: grande, comprido, branco, vermelho - e
caudaloso fica lá, sozinho, em casa, esperando o rio chegar, a comida esfriando no prato.
Um dia, caudaloso cansou de ser maltratado e resolveu sair com outras palavras. Esbarrou com o abraço que, por sua
vez, estava farto de sair com grande, essa palavra tão gasta. O abraço caudaloso deu tão certo que ficaram perdidamente
inseparáveis. Foi em Manuel de Barros. Talvez pra isso sirva a poesia, pra desfazer ledos enganos em prol de encontros
mais frondosos. (Gregório Duvivier, 02/02/2015, Folha de S.Paulo)
O que justificaria haver palavras “promíscuas” (ou “gregárias”) como “que”, “de” e “por” seria o fato de estas:
a) serem elementos de ligação ou estabelecerem relações entre as palavras.
b) serem regidas por verbos ou adjetivos.
c) concordarem com qualquer termo da oração. d) variarem de gênero conforme o termo a que se referem.
e) substituírem nomes ou pronomes.
4. Insper
Fotos, macacos e deuses
Segundo a Wikipedia, o direito autoral do autorretrato, o “selfie” para usar o termo da moda, que uma macaca fez
com o equipamento que furtara de um fotógrafo pertence ao animal. A discussão surgiu porque David Slater, o dono da
máquina, pedira aos editores da enciclopédia que retirassem a imagem por violação de direitos autorais.
Como piada, a argumentação da Wikipedia funciona bem. Receio, porém, que essa linha de raciocínio deixe uma
fronteira jurídica desguarnecida. Se os direitos pertencem à macaca, por que instrumento legal ela os cedeu à
enciclopédia?
Não são, entretanto, questiúnculas jurídicas que eu gostaria de discutir aqui, mas sim a noção de autoria. Obviamente
ela transcende à propriedade do equipamento. Se a foto não tivesse sido tirada por uma macaca, mas por um outro
fotógrafo com a máquina de Slater, ninguém hesitaria em creditar a imagem a esse outro profissional.
Só que não é tão simples. Imaginemos agora que Slater está andando pela trilha e, sem querer, deixa seu aparelho cair
no chão, de modo que o disparador é acionado. Como que por milagre, a máquina registra uma imagem maravilhosa, que
ganha inúmeros prêmios. Neste caso, atribuir a foto a Slater não viola nossa intuição de autoria, ainda que o episódio
possa ser descrito como uma obra do acaso e não o resultado de uma ação voluntária.
A questão prática aqui é saber se o “selfie” da macaca está mais para o caso do fotógrafo que usa a máquina de outro
profissional ou para o golpe de sorte. E é aqui que as coisas vão ficando complicadas. Fazê-lo implica não só decidir
quanta consciência devemos atribuir à símia mas também até que ponto estamos dispostos a admitir que nossas vidas são
determinadas pelo aleatório. E humanos, por razões evolutivas, temos verdadeira alergia ao fortuito. Não foi por outro
motivo que inventamos tantos panteões de deuses. (Hélio Schwartsman, Folha de S.Paulo, 09/08/2014)
Ao discutir a questão do direito autoral relacionado ao episódio do suposto “selfie” de uma macaca, o autor emprega
diferentes estratégias argumentativas. Um desses recursos, o levantamento de hipótese, pode ser identificado em
a) “Se os direitos pertencem à macaca, por que instrumento legal ela os cedeu à enciclopédia?”
b) “Segundo a Wikipedia, o direito autoral do autorretrato (...) pertence ao animal”
c) “Não são, entretanto, questiúnculas jurídicas que eu gostaria de discutir aqui...”
d) “E é aqui que as coisas vão ficando complicadas.”
e) “E humanos, por razões evolutivas, temos verdadeira alergia ao fortuito.”
5. Faceres Medicina
Um dos produtos mais curiosos da indústria cultural digital é a chamada selfie, autorretrato feito com celular, que
virou mania geral. Em lugares públicos e privados, o usuário, como quem porta um espelho, vira a câmera do telefone
para o próprio rosto e, “espelho, espelho meu”, descobre, por meio das redes sociais, que não existe no mundo ninguém
mais bonito do que “eu”.
O autorretrato foi prática comum na história da pintura e da fotografia. Hoje em dia ele, é hábito de quem tem um
celular à mão. Em qualquer dos casos, a ação de autorretratar-se diz respeito a um exercício de autoimagem no tempo
histórico em que técnicas tradicionais, como o óleo, a gravura, o desenho, foram a base das representações de si. Hoje ele
depende das novas tecnologias que, no mundo dos dispositivos, estão ao nosso alcance mais simples.
Não se pode dizer que a invenção da fotografia digital tenha intensificado apenas quantitativamente a arte de
autorretratar-se. Selfie não é fotografia pura e simplesmente, não é autorretrato, como os outros. A selfie põe em questão
uma diferença qualitativa. Ela diz respeito a um fenômeno social relacionado com a mediação da própria imagem pelas
tecnologias, em específico, o telefone celular. De certo modo, o aparelho celular constitui, hoje, tanto a democratização
quanto a banalização da máquina de fotografar; sobretudo, do gesto de fotografar.
O celular tornou-se, além de tudo o que ele já era, enquanto meio de comunicação e de subjetivação, um espelho.
Nosso rosto é o que jamais veremos senão por meio do espelho. Mas é o rosto do outro que é nosso primeiro espelho. O
conhecimento de nosso próprio rosto surge muito depois do encontro com o rosto do outro.
Em nossa época, contudo, cada um compraz-se mais com o próprio rosto do que com o alheio. O espelho, em seu
sentido técnico, apenas nos dá a dimensão da imagem do que somos, não do que podemos ser. Ora, no tempo das novas
tecnologias que tanto democratizam como banalizam a maior parte de nossas experiências, talvez a experiência atual com
o rosto seja a de sua banalização. TIBURI, Márcia. Culto do espelho- Selfiee narcisismo contemporâneo. Disponível em:
http://revistacult.uol.com.br/ home/2014/11/ culto-doespelho/. Acesso em: 9 mar. 2015.
A respeito da selfie, a autora:
a) considera que essa prática eleva a autoestima, uma vez que permite ao indivíduo amar sua própria imagem e ser
visto.
b) levanta a questão de essa prática representar a era em que vivemos: da exposição e da aparência.
c) a classifica simplesmente como uma modernização da fotografia clássica, que passou do meio analógico para o
digital.
d) acredita que essa prática possa revelar nossas fragilidades e nossa essência bizarra.
e) considera que essa prática torna todas as pessoas iguais, sem as características físicas que diferenciam uns dos outros.
6. PUC-SP
Ganhar dinheiro e fazer o bem
Algumas pessoas vão trabalhar em setores que pagam bem, como o financeiro, para terem um estilo de vida que inclui
mansões e carros velozes. Hoje em dia, porém, há quem o faça na esperança de ajudar a sociedade, não só a si mesmo.
O movimento é chamado de "altruísmo eficaz", e um de seus membros é Matt Wage, sobre quem o colunista do
"NYT" Nicholas Kristof escreveu.
Na Universidade Princeton, em Nova Jersey, Wage se destacava em filosofia e era conhecido por pensar que tinha o
dever de fazer algo para tornar o mundo um lugar melhor. Mas, depois de se formar, em 2012, foi trabalhar para uma
firma de corretagem de arbitragem financeira.
Seu raciocínio: por ganhar mais dinheiro, ele teria mais chances de mudar a vida de outras pessoas para melhor. Em
2013 Wage doou US$ 100 mil (R$ 300 mil) para fins beneficentes -mais ou menos a metade de sua renda bruta, revelou
ao "NYT". Ele disse que pretendia continuar a trabalhar para o setor financeiro e doar metade do que recebia.
Uma das entidades que se beneficia de suas doações é a Against Malaria Foundation, que, ao que consta, consegue
salvar a vida de uma criança com cada US$ 3.340 (R$ 10.020) doados.
Kristof escreveu: "Tudo isso sugere que Wage talvez salve mais vidas com suas doações do que salvaria se tivesse se
tornado funcionário de uma ONG".
Kristof observou que a abordagem de Wage pode ser questionada. Será que doar uma parte do salário é o bastante?
Existem causas mais merecedoras de ajuda que outras? E será que é realmente correto aceitar um emprego só pelo
dinheiro? "Não sei se isso funcionaria para todos", ele escreveu, mas aplaudiu a prática de maneira geral.
Existem outras maneiras de alcançar metas semelhantes; uma delas é o chamado "investimento de impacto", a prática
de usar o capital "para produzir um bem ou fornecer um serviço que cause impacto social positivo, ao mesmo tempo em
que gera algum nível de retorno financeiro".
Essa definição saiu do livro "Impact Investment", de Keith A. Allman, do Deutsche Bank, e Ximea Escobar de
Nogales, diretora de gestão de impacto numa firma de private equity.
O livro explica como envolver-se no setor de investimento de impacto, desde analisar a missão de uma empresa até
determinar até que ponto ela tem êxito em alcançar essa meta e também manter-se rentável.
O professor de economia de Harvard Sendhil Mullainathan espera que seus estudantes se sintam atraídos por esse
altruísmo e não se tornem simples "pessoas que buscam receita".
Escrevendo no "NYT", ele notou que quase 20% dos alunos que foram trabalhar depois de se formar em Harvard em
2014 foram para o setor financeiro.
Ele não vê com maus olhos o desejo deles por bons empregos, mas questiona: "Será que é uma decisão boa para a
sociedade?"
Mullanaithan escreveu que todo trabalho possui o potencial de beneficiar a sociedade. "Um advogado que ajuda a
redigir contratos precisos pode beneficiar o bom funcionamento do comércio; desse modo, gera riqueza."
O setor financeiro também pode melhorar a vida das pessoas comuns, ajudando-as a poupar dinheiro para a faculdade
de seus filhos, oferecendo seguros para pequenos produtores agrícolas ou possibilitando às pessoas conseguir
financiamentos imobiliários com prestações viáveis.
Para seus alunos que optam por trabalhar no setor financeiro, Mullanaithan disse: "Espero que eles percebam que têm
o potencial de fazer o bem, e não apenas de ganhar dinheiro". TESS FELDER. http://www1.folha.uol.com.br/fsp/newyorktimes/218594-
ganhar-dinheiro-e-fazer-o-bem.shtml
Qual efeito de sentido decorre do uso do verbo sugerir nesta passagem?
“Tudo isso sugere que Wage talvez salve mais vidas com suas doações do que salvaria se tivesse se tornado funcionário
de uma ONG.”
a) Certeza. c) Exemplificação. e) Condição.
b) Possibilidade. d) Negação.

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