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Estudos de Harmonia
Estudos de Harmonia
Estudos de Harmonia
SUMÁRIO:
Todos os exercícios, como se vê, estão em dó. Se você não tem ainda o hábito de
transpor com facilidade, realize-os em outros tons.
Agora os próximos, em modo menor.
1º bloco de exercícios
Uma variante:
Será útil, num canto dado, fazer algumas observações: de início, compreender bem
como ele oscila da tônica à dominante. Os exemplos deste capítulo sempre começarão
e terminarão na tônica. Antes desta, freqüentemente, haverá um acorde da dominante,
o qual será muitas vezes precedido do 4o ou 2o graus, e às vezes, do 6o.
Por outro lado, o estudante suporá uma dominante no 2o compasso, e tônica no 1o.
Escreverá, talvez, um baixo como o que se segue:
Este baixo é por demais monótono, com duas oscilações de tônica à dominante. Mas
poderemos harmonizar o mi, do início, com um acorde de lá menor. Depois, como um
sol no baixo daria 5as, tomaríamos, então, o acorde de ré menor; em seguida, o acorde
de Sol viria naturalmente com o si.
Depois então, voltar ao dó não seria um erro, mas, no entanto, haveria aí alguma
monotonia. O encadeamento de sol a lá seria melhor. Depois desse acorde de lá
menor, será necessário não prolongar este baixo (lá) sob o lá do canto, por causa das
8as que daí resultariam com o acorde de Sol, logo após. Escolheremos então sob o lá
do CD (canto dado) o acorde de Fá maior. Donde o baixo definitivo:
Há evidentemente três períodos 1, com uma respiração no sol (1) e outra no si (2).
Pode-se interpretar cada uma dessas notas como que portando o acorde da dominante
(isto é, em sol maior, no nosso canto que está em dó maior). Pode ser até mais variado
supor o acorde de dó sob o 1o sol (1) e o acorde de sol sob o si (2). Para o final
[penúltimo compasso], colocaremos os acordes de fá sob o dó e de sol sob o si. O que
daí resulta:
Chegaremos a (1) com um fá no baixo sob o lá do canto, pois o ré aí nos daria 5as.
Seria bem indicado de chegar a (2) pelo acorde de ré sob o ré do canto - não
poderíamos ter aí o acorde de sol, pois isto resultaria numa harmonia sincopada.
Se agora solucionarmos o resto com acordes de tônica e dominante, teremos uma
harmonia um pouco monótona, se bem que bem assentada.
Logo, deveremos recorrer a outros acordes nos locais indicados como (3), (4) e (5),
que aqui foram intencionalmente colocados de uma maneira bastante pobre. Mas nada
nos impede de ter o lá no baixo em (3); lá também em (5) e mi em (4). Depois, para
não ter apenas o ré (6) em todo o compasso, escreveremos fá em (6) sob o lá do canto.
Resultado:
Nota:
1. O autor chama de período o que chamamos atualmente (e principalmente na
moderna literatura musical americana) de frase.
3 - Mudanças de posição
1o) uma troca de posição de notas de uma só voz não anula a impressão de 5as ou 8as
consecutivas : o resultado continua sendo errôneo:
2o) E mais, mesmo que haja mudanças em outras vozes, se há 5as ou 8as na saída e na
chegada de um novo acorde, o erro persiste. Explica-se pelo exemplo seguinte:
3o) Se as 5as ou 8as acontecem sobre tempos fracos simétricos, ficam muito em
evidência, e devem ser evitadas:
4o) Se as 5as ou 8as estão separadas por uma duração maior que um compasso, são
admissíveis (esta regra é análoga à utilizada em exercícios de contraponto estrito, 2a e
4a espécies):
5o) No caso das síncopes, o próximo exemplo é análogo ao anterior; as 5as daí
resultantes são faltosas:
6o) Há, finalmente, casos em que 5as e 8as diretas são toleradas, mesmo com
movimento disjunto. Considera-se desejável, no entanto, que uma 3a voz realize um
movimento contrário, contrabalançando a 8a direta.
Estes exercícios deverão ser realizados apenas com tríades na posição fundamental.
Em caso de tonalidades menores, use a dominante com a nota sensível, isto é, a 3a
maior.
(Quando uma mínima porta duas cifras sucessivas, isto indica, naturalmente, um
movimento de semínimas em uma ou mais vozes.)
1o exercício comentado
Percebi então que o 6 no 1o compasso, sobre o lá, é mais natural, com o movimento
do baixo; admitirei provisoriamente 5 sobre o dó e sobre o mi; e usarei a 1a inversão
sobre o segundo mi, a fim de variar a harmonia. Por conseguinte, terei:
Sei, então, que poderei me decidir pelas variantes (julgando questões de possíveis 5as
ou 8as etc.). Realizando as outras vozes, teremos:
E ainda: como não somos obrigados a harmonizar cada nota por um acorde diferente,
poderemos ter também:
2o exercício comentado
Antes de realizarmos os exercícios referentes a esta seção, analisemos o canto aqui
presente. Seja a seguinte proposta:
Mas, é evidente que, para esse ritmo um tanto proeminente, acordes no estado
fundamental dariam um baixo mais sólido, e posso escrever então:
Examinando o que vem a seguir, vejo que o repouso na dominante, próximo ao fim,
ficará muito bem se precedido de um acorde de subdominante:
Para o final, os 3 sib serão harmonizados naturalmente pelo que se chama de cadência
plagal.
Daí a minha realização:
Mas (a) é decididamente um tanto fraco. E (b) resulta em 5as, pois a impressão de 6
(no fá) sucedendo o 5 não é suficiente para "salvar"!. Por outro lado, em (a) não posso
escrever fá no tenor (por causa das 5as com o soprano) se eu mantenho o mib
precedente. Poderei ter então:
4o bloco de exercícios
Estes exercícios deverão ser realizados apenas com tríades na posição fundamental e
na 1a inversão.
Por fim, um exercício com baixo e canto impostos:
5o bloco de exercícios
Estes exercícios deverão ser realizados apenas com tríades e suas inversões.
Acorde de sensível
Colocado no modo maior, este acorde tem um "tendência modulante" para a relativa.
(Difícil realização)
Cantos dados