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Alto Forno
Alto Forno
Alto Forno
JAKSON MATTIELLO
Porto Alegre
2016
1
JAKSON MATTIELLO
Porto Alegre
2016
2
JAKSON MATTIELLO
______________________________________________________
Orientador: Prof. Dr. Saulo Roca Bragança
BANCA EXAMINADORA
Porto Alegre
2016
3
A minha família
que sempre me apoiou e deu força.
Ao meu orientador pelo incentivo e ajuda
em todos os momentos dedicados a este trabalho.
4
AGRADECIMENTOS
RESUMO
ABSTRACT
The steel industry, like other sectors of the industry, is seeking alternatives to reduce
production costs and increase productivity. In electric steelworks, the main steel
production costs can be divided, in a simplified way, between the cost of inputs and
the cost of raw materials. Refractories are among the five largest costs in steel
production in semi-integrated mills (mini-mills). However, detailed knowledge of the
microstructure and behavior of these materials is still quite restricted to their
manufacturers. Given the importance of the refractories in the production of steel,
this study aimed to generate knowledge about their microstructure and behavior in
operation, focusing on the reduction of consumption and maximization of profits. For
that, in order to know in detail the microstructure and predict its performance,
characterization analyzes and tests simulating the operating conditions were
performed in the laboratory. After laboratory tests, the selected materials have been
tested in operation in electric arc furnace, seeking to find the best set of materials
from the point of view of stability of the process, and cost of refractories. The
scenario that best results presented, in terms of performance and the specific
consumption, was Configuration A, where bricks A, ramming mix X, repair mix K and
EBT P were used. Moreover, the replacement of Brick B by brick A, generated a cost
reduction of 40%, and the information gathered with the characterization of EBT,
reduced the price of that item by 29.9%.
LISTA DE FIGURAS
de socagem............................................................................................................ 76
Figura 54 – Análise comparativa - Massas de reparo (K e J) – Técnica de
difração de raios X.................................................................................................. 77
Figura 55 – Análise comparativa - Massas de socagem (X, Y e Z) – Técnica de
difração de raios X.................................................................................................. 77
Figura 56 – Fração fina (passante # 48) das massas refratárias sinterizadas a
1400ºC.................................................................................................................... 78
Figura 57 – Difração de raios-X (Luva P)............................................................... 80
Figura 58 – Aspecto Geral (Luva P)....................................................................... 81
Figura 59 – Análise química via microssonda (Luva P) / Pontos e áreas
relacionados à Tabela 5......................................................................................... 81
Figura 60 – Análise química via microssonda (Luva P) / Pontos e áreas
relacionados à Tabela 6.......................................................................................... 83
Figura 61 – Difração de raios-X (Luva Q)............................................................... 84
Figura 62 – Análise química via microssonda (Luva Q) / Pontos e áreas
relacionados à Tabela 7.......................................................................................... 85
Figura 63 – Difração de raios- X (Luva R).............................................................. 86
Figura 64 – Análise química via microssonda (Luva R) / Pontos e áreas
relacionados à Tabela 8....................................................................................... 87
Figura 65 – Luvas P, Q e R (após o uso).............................................................. 88
Figura 66 – Consumo específico de refratários do FEA - Configuração A............. 89
Figura 67 – Consumo específico de refratários do FEA - Configuração B............. 90
Figura 68 – Consumo de refratários por região do FEA......................................... 91
10
LISTA DE TABELAS
LISTA DE SÍMBOLOS
AF Alto-forno
Al Alumínio
Al2O3 Alumina
Al4C3 Carbeto de alumínio
AlN Nitreto de alumínio
B4C Carbeto de boro
BOF Basic oxygen furnace
C Carbono
C2S Silicato de cálcio
CaB2 Diboreto de cálcio
CaO Óxido de cálcio
CO Monóxido de carbono
Cu Cobre
DRX Difração de raios X
DTG Termogravimetria derivada
EBT Eccentric Bottom Tapping
EDS Energy dispersive x-ray
EOF Energy optimizing furnace
Fe2O3 Óxido de ferro (Hematita)
FEA Forno elétrico a arco
FeO Óxido de ferro (Wustita)
FRX Fluorescência de raios X
FTIR Espectroscopia Infravermelho por Transformada de Fourier
K Temperatura Kelvin
LC Lingotamento contínuo
LD Linz-Donawitz
MEV Microscópio eletrônico de varredura
Mg Magnésio
MgCO3 Carbonato de magnésio
MgO Óxido de magnésio
Mn Manganês
12
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.............................................................................. 15
2 REVISÃO DA LITERATURA......................................................... 17
2.1 PRINCIPAIS ROTAS DE PRODUÇÃO DO AÇO.......................... 17
2.1.1 Produção de Aço em Usinas Integradas................................... 18
2.1.2 Produção de Aço em Usinas Semi-integradas.......................... 19
2.2 ACIARIA ELÉTRICA...................................................................... 19
2.2.1 Pátio de Sucatas.......................................................................... 20
2.2.2 Refino Primário dos Aços em Forno Elétrico a Arco............... 21
2.2.3 Refino Secundário....................................................................... 24
2.2.4 Lingotamento Contínuo.............................................................. 25
2.3 REFRATÁRIOS.............................................................................. 26
2.3.1 Refratários Usados em Fornos Elétricos a Arco...................... 28
2.3.2 Refratário Magnesíticos.............................................................. 32
2.3.3 Refratários de Magnésia Carbono (MgO-C)............................... 34
2.4 MECANISMOS DE DESGASTE DOS MATERIAIS DOS 36
REFRATÁRIOS..............................................................................
2.4.1 Corrosão Química........................................................................ 37
2.4.2 Mecanismos de Desgaste Termomecânicos............................. 38
2.4.2.1 Choque Térmico.................................................................... 39
2.4.2.2 Abrasão e Erosão................................................................. 40
2.5 ESCÓRIAS..................................................................................... 41
3 MATERIAIS E MÉTODOS............................................................. 49
3.1 DADOS TÉCNICOS DO FORNO EM ESTUDO............................ 49
3.1.1 Montagem Refratária do Forno Elétrico a Arco........................ 49
3.2 REFRATÁRIOS ESTUDADOS...................................................... 53
3.2.1 Tijolos MgO-C............................................................................... 53
3.2.2 Massas Refratárias de Cura a Quente....................................... 54
3.2.3 Conjunto EBT............................................................................... 55
3.3 ANÁLISES REALIZADAS.............................................................. 56
3.3.1 Análise Granulométrica............................................................... 57
3.3.2 MEV (Microscópio Eletrônico de Varredura)............................. 57
3.3.3 DRX (Análise de Difração por raios X)...................................... 58
14
1 INTRODUÇÃO
2 REVISÃO DA LITERATURA
Originalmente, o FEA era somente uma unidade de fusão para reciclar sucata
de aço. Atualmente, devido a numerosas modificações, tem se tornado um reator
elétrico e químico (MOURÃO, 2007). Pela possibilidade de controlar a temperatura
do banho, as condições de oxidação e de redução da escória, logo foram
reconhecidas as vantagens de utilização do FEA para a produção de aços de
qualidade, sendo que seu campo de aplicação estendeu-se também a aços menos
nobres. Hoje em dia, com o desenvolvimento das mini usinas, o FEA é responsável
por mais de 30% da produção mundial de aço (ARAÚJO, 1997).
O forno elétrico a arco é composto basicamente por uma carcaça metálica
revestida por material refratário e painéis refrigerados. Esta carcaça é coberta pela
abóbada, através da qual descem os eletrodos de grafita, que são os condutores de
22
O aço do distribuidor é vazado pelos veios para o molde (Figura 8), o qual é
considerado a parte mais importante do lingotamento contínuo. Nele, ocorre o início
da solidificação do aço líquido e é quando se definirá o perfil do produto chamado
bloco, placa ou tarugo (MOURÃO, 2007).
26
2.3 REFRATÁRIOS
Outros
Não Metálicos 10%
15%
(cimento, vidro
e cal)
Não Ferrosos
15% (alumínio,
cobre, prrata, Aço
zinco) 60%
De forma geral, a construção dos fornos elétricos a arco pode ser dividida em
tijolos permanentes, tijolos de trabalho e massas refratárias (massas de cura a
quente). Normalmente, como primeiro revestimento da carcaça metálica do forno
elétrico a arco, são utilizados tijolos permanentes magnesianos, podendo ser
utilizada mais de uma camada deste material (Figura 11, detalhe A).
Acima dos tijolos permanentes da soleira do forno é colocada uma camada de
massa refratária seca (Figura 11, detalhe B), a qual entrará diretamente em contato
com o aço líquido e a escória formada no FEA. A resistência mecânica dessa
camada é consequência de sua sinterização no decorrer das primeiras corridas da
campanha. As massas refratárias utilizadas em fornos elétricos são compostas
29
Soleira
Reparo a Quente
31
.
Fonte: SEGADÃES, 1997.
Figura 14 – Representação das Energias Interfaciais (γSL - Sólido - Líquido, γLV - Líquido -
Vapor, γSV - Sólido - Vapor) e Ângulo de Contato
2C(s) + O2 = 2CO(g)
(1)
ΔG°= - 223,426 – 175,3 T
4Al(s) + 3C(s)=Al4C3(s)
ΔG°=- 215,894 + 41.84T, T<932K (3)
36
4Al(l) + 3C(s)=Al4C3(s)
ΔG°=- 266,521 + 96.23T, T ≥ 932K (4)
(resistência à fratura deve ser maior que a carga aplicada) e, para tal, são
importantes os dados de resistência à compressão a quente e módulo de
ruptura.
b) Esforços limitados pela deformação: esforço causado por variações de
temperatura e pela constrição térmica da estrutura. Para avaliar a resistência
do material a cargas térmicas, devem-se avaliar os dados de deformação
limite da estrutura.
Para a maior parte das estruturas refratárias, os esforços limitados pela
tensão são muito menores que os esforços limitados pela deformação, portanto, a
deformação limite é o parâmetro de resistência mecânica mais adequada para
avaliar se uma estrutura refratária pode resistir às forças aplicadas.
2.5 ESCÓRIAS
Para Àvila (2011), a taxa de corrosão dos refratários dos fornos elétricos a
arco é fortemente influenciada pela diferença de concentração de MgO na escória e
por seu limite de solubilidade. Sendo assim, a diferença de concentração é um
parâmetro crucial para a avaliação do potencial de corrosão de uma escória para um
determinado revestimento refratário.
Conforme Ferreira (2010), o segredo para uma escória ideal, do ponto de
vista do desgaste de refratários, é encontrado quando existe o equilíbrio entre os
óxidos refratários e óxidos fundentes. O balanço entre esses, irá gerar uma escória
compatível com a qualidade dos revestimentos refratários empregados. A
complexidade em encontrar o balanço entre os óxidos fundentes, é que uns são
mais fundentes que outros, apresentando assim diferentes efeitos na solubilidade do
CaO e MgO presentes na escória.
Em escórias de fornos elétricos, os óxidos refratários comumente encontrados
são o CaO e MgO; já os óxidos fundentes são o SiO2, a Al2O3, o MnO e os óxidos de
ferro.
O balanço entre os óxidos é comumente expresso em termos de basicidade,
que é a relação entre os óxidos refratários e os óxidos fundentes.
42
Após essa breve análise, pode-se concluir que, mesmo existindo um ponto
eutético entre os dois componentes, a formação de fase líquida não é possível em
temperaturas de produção do aço, fato que demonstra a elevada capacidade
refratária desses óxidos.
Outro importante diagrama binário a ser estudado é o diagrama CaO – SiO2,
representado na Figura 18.
43
1 2
O
A interação dos óxidos de ferro com o MgO é muito importante (Figura 22).
Os raios dos íons Mg2+ e Fe2+ são muito semelhantes e, por esse motivo, o MgO e
FeO formam uma solução sólida em toda a faixa de composição (abaixo dos
1400ºC).
47
3 MATERIAIS E MÉTODOS
Figura 25 - Vista superior da montagem dos tijolos de trabalho do forno elétrico a arco
somente seu último segmento, conhecido comumente como luva externa, fica na
parte de fora do FEA. O espaço vazio entre as sedes e o canal EBT é preenchido
com massa refratária seca para evitar a infiltração de aço durante a campanha. A
montagem detalhada das sedes e do canal EBT pode ser observada com mais
detalhes na Figura 30.
Nos itens abaixo segue uma breve descrição dos refratários estudados neste
trabalho.
X Y Z
J K
Para a análise dos tijolos de MgO-C e das luvas refratárias do canal EBT,
utilizou-se a tecnologia de microscopia eletrônica de varredura. O equipamento
utilizado foi um Microscópio Eletrônico de Varredura - MEV (Hitachi, TM3000), com
um equipamento acessório para espectroscopia por energia dispersiva de raios X
(EDS- Energy Dispersive X-Ray Spectrometer) da marca Oxford Instruments,
modelo SwiftED3000.
Nesta análise, as amostras foram colocadas sobre um suporte de alumínio
previamente preparado com uma fita adesiva de carbono. As amostras foram
obtidas por corte a seco e o polimento foi igualmente realizado a seco, com lixas de
grana crescente (de 100 a 1200).
O princípio de funcionamento do microscópio eletrônico de varredura (MEV)
consiste em utilizar um feixe de elétrons para explorar a superfície da amostra, ponto
a ponto, por linhas sucessivas, e transmitir o sinal do detector a uma tela catódica
cuja varredura está perfeitamente sincronizada com aquela do feixe incidente. O
sinal da imagem resulta da interação do feixe incidente com a superfície da amostra.
O sinal recolhido pelo detector é utilizado para modular o brilho do monitor
permitindo a observação (DEDAVID, 2007).
O EDS (energy dispersive x-ray detector, EDX ou EDS) é um acessório
essencial no estudo de caracterização microscópica de materiais. Quando o feixe de
elétrons incide sobre um mineral, os elétrons mais externos dos átomos, e os íons
constituintes, são excitados, mudando de níveis energéticos. Ao retornarem para
sua posição inicial, liberam a energia, a qual é emitida em comprimento de onda no
espectro de raios X. Um detector instalado na câmara de vácuo do MEV mede a
energia associada a esse elétron. Como os elétrons de um determinado átomo
58
A análise química das massas refratárias foi calculada com base nos óxidos
majoritários, determinados por fluorescência de raios X (FRX), utilizando-se
espectrômetro Shimadzu XRF1800 com fonte de radiação de Rh e potência de 4kW,
operando em 40 kV e 80 mA. A técnica de análise consiste em criar pastilhas a partir
de 3g de amostra e 3g de ligante (ácido bórico), compactados a 20 MPa de pressão.
59
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
microestrutura dos três tijolos (Figuras 44, 45, 46). De acordo com a análise de EDS,
as impurezas presentes nos agregados das três amostras de tijolo são ricas em Si e
Ca, formando eutéticos, como silicatos de cálcio de baixa fusibilidade. Estas
impurezas presentes nos agregados podem favorecer a formação de fases líquidas
em altas temperaturas, mas, normalmente, não comprometem a qualidade do
material refratário. Elas formam uma tonalidade mais clara dentro do agregado,
sendo facilmente observáveis.
É importante destacar que, fora das regiões de eutéticos mencionadas
anteriormente, as impurezas como o Si e o Al presentes nas análises via EDS,
apresentam-se em teores baixos, sendo inerentes à matéria-prima. Quando estes
elementos estão em maiores concentrações dentro da partícula, eles podem
favorecer a formação de eutéticos e comprometer a eficiência do material refratário.
Entre os tijolos analisados, o tijolo B foi o que apresentou maior concentração de Al
ao longo da microestrutura (área 4, Figura 44A). As partículas de tonalidade mais
clara (áreas 1 e 2, Figura 44A), com alto teor de Al, foram identificadas na
microestrutura desse tijolo. Isto representa a utilização de Al (metálico) como
antioxidante neste refratário, normalmente, de dimensões de 100µm. As amostras
dos Tijolos A e C não apresentaram a presença de antioxidantes (Al, Si) na
microestrutura, portanto, uma diferença significativa entre eles.
Amostra (%) MgO Al2O3 SiO2 CaO MnO Fe2O3 P2O5 Umidade
Massa de soleira
X 84,5 0,2 1,1 12,7 0,3 1,1 <0,1 0,14
Reparo
b) Análise Granulométrica
c) Difração de Raios X
Massa de
soleira Z
Massa de
soleira Y
Massa de
soleira X
A parte hidratável das massas de soleira pode ser um fator que venha a
prejudicar o desempenho das mesmas em uso. Ela significa a abertura de
porosidade, prejudicando o empacotamento e atrasando a sinterização, ou mesmo
impedindo-a de forma específica e localizada em um determinado ponto.
78
d) Ensaio de Sinterização
Figura 56 - Fração fina (passante # 48) das massas refratárias sinterizadas a 1400ºC
a) Amostra P
A análise das fases minerais (Figura 57), realizada por meio de difração de
raios X mostra um material de boa pureza, sem a presença de contaminantes em
quantidade significativa. A peça apresenta magnésia, grafite e antioxidante de
alumínio.
Figura 59 - Análise química via microssonda (Luva P) / Pontos e áreas relacionados à Tabela 5
Figura 60 - Análise química via microssonda (Luva P) / Pontos e áreas relacionados à Tabela 6
Outros 1,84 - - - -
84
b) Amostra Q
Figura 62 - Análise química via microssonda (Luva Q) / Pontos e áreas relacionados à Tabela 7
c) Amostra R
Figura 64 - Análise química via microssonda (Luva R) / Pontos e áreas relacionados à Tabela 8
Al - - - - -
1,63
0,20
Outros 0,27 0,12 0,64 0,42
0,39
0,40
88
Como produto final do trabalho, seguem nos gráficos seguintes (Figuras 66,
67 e 68) os resultados dos testes realizados em forno elétrico a arco com as
Configurações A e B.
No gráfico da Figura 66 pode-se identificar uma grande estabilidade do
consumo de refratários da Configuração A ao longo das 6 campanhas. Além disso,
ao desmembrar o consumo por região, nota-se que 54% do consumo de refratários
são provenientes de massa de soleira (massa utilizada na montagem da carcaça),
seguido da massa de reparo à quente com 29% do consumo. Ao analisar o consumo
dos demais componentes refratários da Configuração A, tem-se que 9% do consumo
89
Consumo
Consumo específico
específico dederefratários
refratáriosdo
doFEA
FEApor
porcampanha
campanha- Configuração A A
- Configuração
2.50
2.00
1.60
1.41 1.44 1.37
1.50 1.29 1.35
1.15
Kg/t
Kg/t
Campanha
1.51
1.50 1.42 1.42
1.31
1.23 1.19
Kg/t
1.00 0.81
0.76
0.68 0.71
0.64 0.66
0.52 0.56
0.45 0.44 0.45 0.42
0.50 0.38
0.29
0.24 0.21
0.13 0.11 0.11 0.12 0.15 0.11 0.12 0.12
0.06 0.07 0.09
0.00
1 2 3 4 5 6 Total
Campanha
1
0.75
0.5
0.25
0
Tijolo Massa de Massa de Canal EBT Total
Soleira reparo
Tipo de refratário
Por fim, vale destacar que durante as 12 campanhas de teste, não houve
problemas operacionais causados por nenhum dos componentes refratários que
comprometessem a produção ou a segurança operacional, o que comprova a alta
qualidade dos materiais fornecidos por ambos fornecedores.
Como resultado das análises e testes, foi realizada a substituição do Tijolo C
pelo Tijolo A, gerando dessa forma, uma redução de custo de 40% nesse item,
devido a menor nobreza e consequentemente menor preço do Tijolo A. Além disso,
o conhecimento gerado com as análises dos refratários do canal EBT, assim como
com os testes realizados, trouxe uma redução de 29,9% no custo desses
componentes.
Em relação as massas refratárias identificou-se um consumo praticamente
igual entre os fornecedores, sendo que todas as massas escolhidas para o teste
apresentaram bom desempenho em operação, tanto no que diz respeito ao
consumo quanto a segurança operacional.
92
5 CONCLUSÃO
Por fim, quanto à caracterização dos refratários do canal EBT, após a análise
detalhada das luvas selecionadas e a análise dos testes de desempenho em
operação, concluiu-se que os materiais P, Q e R atendem tecnicamente as
necessidades da aciaria onde foram testadas. Os testes realizados com os
diferentes tipos de canal EBT atestaram a qualidade dos três materiais.
Os materiais P e Q apresentaram grande semelhança em todas as análises,
podendo-se levantar a possibilidade de serem fabricados com as mesmas matérias-
primas, tendo somente a diferença em relação à nomenclatura comercial. Ambos
apresentaram como fases o periclásio, o grafite e o alumínio (antioxidante), elevado
teor de carbono (grafite) e grão/partículas eletrofundidos. A luva R apresentou
somente a fase periclásio, com menor teor de carbono (somente amorfo) e
partículas eletrofundidas.
95
REFERÊNCIAS
LEE, W.E.; MOORE, R. Evolution of in Situ refractories in the 20th century. Journal
of the American Ceramic Society, [S. l.], v. 81, n. 6, p. 1385-1410, Jun. 1998. Nota
de aula. Portable Document Format (PDF).
99
______. Direct and indirect slag corrosion of oxide and oxide-c refractories. In:
INTERNATIONAL CONFERENCE ON MOLTEN SLAGS, FLUXES AND SLAG, 7.,
2004, Johannesburg .Session 6B: Refractories. Johannesburg: Camera Press, p.
309 - 319. Nota de aula. Portable Document Format (PDF).
REED, J. S. Principles of Ceramic Procesing. 2nd ed. New York: Wiley, 1995.
Nota de aula. Portable Document Format (PDF).
YEPREM, A. (2007). Effect of iron oxide addition on the hydration resistance and
bulk density of doloma. Jornal of the European Ceramic Society, [S. l.], v. 27, n. 2-
3, p. 1651-1655, 2007. Nota de aula. Portable Document Format (PDF).
101
ESCOLA DE ENGENHARIA
Diretora: Luiz Carlos Pinta da Silva Filho
Vice-Diretora: Carla Schwengber ten Caten
Mattiello, Jakson
ESTUDO DE CARACTERIZAÇÃO E ANÁLISE DE DESEMPENHO
OPERACIONAL DOS PRINCIPAIS COMPONENTES REFRATÁRIOS
UTILIZADOS EM FORNOS ELÉTRICOS A ARCO / Jakson
Mattiello. -- 2016.
100 f.