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Módulo III - Fundamentos Da Igreja
Módulo III - Fundamentos Da Igreja
Módulo III - Fundamentos Da Igreja
DA VIDA CRISTÃ
Módulo III - Fundamentos da Igreja
2 | Fundamentos Da Vida Cristã
Índice
Módulo III
Fundamentos da Igreja
03 Introdução
03 I. Natureza da igreja
08 II. Metáforas Acerca da Igreja
14 III. Organização e Governo da Igreja
18 IV. A Missão da Igreja
21 Conclusão
22 Questões para estudo
3 | Fundamentos da Igreja
INTRODUÇÃO
Este assunto no âmbito da teologia sistemática se inclui na disciplina
denominada eclesiologia. O tema é vasto, portanto, vamos ressaltar apenas
aspectos essenciais a nossa compreensão da natureza da igreja e sua
expressão no mundo. Sabemos doutra sorte, que a igreja se apostatou de sua
condição inicial apostólica e a reforma a partir do século XVI está cuidando
disso.
Destarte, não é a igreja em seu estágio atual, dividida em denominações,
organizações para-eclesiásticas, ministérios isolados e outras distorções, o
objeto deste estudo, mas a igreja que se originou com os apóstolos: orgânica,
relacional, funcional, dinâmica que expressa o Senhorio de Jesus Cristo, no
poder do Espírito Santo. Uma igreja que vivia em unidade para cumprir o
eterno propósito de Deus de ter uma família de muitos filhos iguais a Jesus
Cristo: “Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou
para serem conforme a imagem de seu filho, a fim de ele seja o primogênito
entre muitos irmãos” (Rm 8.29). Este é o tema que percorre todas as
escrituras, o propósito de Deus de ter um povo para si mesmo, separado do
mundo, para lhe pertencer com exclusividade e que desse testemunho de Sua
glória “Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de
propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que
vos chamou das trevas para sua maravilhosa luz” (1ª Pe 2.9).
I. NATUREZA DA IGREJA
A expressão igreja, aparece pela primeira vez no Novo Testamento em Mt
16.18, através de uma revelação que o Pai faz a Pedro, quando ele responde
acerca da identidade de Jesus (Cf. Mt 16.17-18). Interessante notar que temos
três revelações progressivas do mistério de Deus no Capitulo 16, a saber:
Cristo: Mt 16.16
Igreja: Mt 16.18
Reino: Mt 16.19
É, portanto de suma importância que Cristo Sua igreja e Seu reino sejam
plenamente revelados como se encontram registrados nas escrituras, para que
Deus receba toda a glória que lhe é devida em Cristo Jesus e na igreja (Ef 3.21).
4 | Fundamentos Da Vida Cristã
É, portanto de suma importância que Cristo Sua igreja e Seu reino sejam
plenamente revelados como se encontram registrados nas escrituras, para que
Deus receba toda a glória que lhe é devida em Cristo Jesus e na igreja (Ef 3.21).
1. Etimologia da Palavra
Os dicionários comuns dão dois significados ao termo grego /
ekklesia: 1) ajuntamento popular 2) igreja, sendo o primeiro profano e o
segundo eclesiástico. No Velho Testamento a palavra hebraica é gahal,
significando uma convocação do povo de Israel para uma assembléia solene.
No grego clássico a palavra /ekklesia indicava uma assembléia de
cidadãos convocados por um arauto para decidirem os destinos de uma cidade
(sistema de democracia direta dos gregos). É também uma palavra composta:
/ek-kaléo = / ek: para fora e /kaleo: chamar ou convocar.
Todos estes sentidos definem no Velho Testamento como Deus chamou seu
povo para fora do Egito e o conduziu para a terra prometida para ali formar
uma teocracia. No Novo Testamento Deus chama as pessoas para fora do
sistema do mundo, do império de satanás para ingressarem no seu reino
celestial (Cf. Cl 1.13).
servir a Deus: 1ª Pe 1.15-16). É nesta condição que será recebida pelo Noivo
Jesus Cristo (Ef 5.27) e apresentada perante o Deus Pai (Ef 1.4). Esta é a razão
do trabalho atual do Espírito Santo (1ª Ts 5.23).
d) Unidade
Refere-se à indivisibilidade da igreja. É fator essencial ao crescimento e
testemunho da igreja (Cf. Jo 17.21-23).
GRUPO
GRANDE POVO DE DEUS
ESTRUTURA
VIDA DA TESTEMUNHO
IGREJA
GRUPO COMUNIDADE DO
PEQUENO ESPÍRITO SANTO
5. Organizações Para-Eclesiásticas
Por não ser a igreja propriamente dita as organizações para-eclesiásticas
podem nos ajudar a entender a natureza essencial da igreja exatamente por
que elas atuam com estruturas paralelas. É necessário, portanto, diferenciá-
las. Aqui, cabe ressaltar que as denominações em sua natureza institucional se
incluem entre as organizações para-eclesiásticas, embora nas suas atividades
elas se identifiquem mais com a igreja. Todavia, por ignorar o corpo de Cristo,
promover ministérios pessoais e ou corporativistas, defenderem doutrinas
como sua identidade, valorizar mais a organização que o organismo entre
outros motivos, não podem ser vistas como igreja essencialmente falando. É
necessário portanto, fazer a diferenciação.
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7- Essencial 7- Dispensável
b) Objetivos da unidade
Impactar o mundo pela expressão da vida comunitária onde o amor, a
partilha, a mutualidade são praticadas (Jo 17.21; At 2.42-47; At 4.32-35
e Rm 12.9-21)
Aperfeiçoamento dos cristãos (Jo 17.23 e Ef 4.11-16).
Expressar a reconciliação universal onde os redimidos formam um só
corpo tem acesso ao Pai mediante o Espírito e integram a família de
Deus (Ef 2.13-19) , e são o santuário do Espírito de Deus (Ef 2.20-22).
b) Igreja local
Como pudemos ver os líderes nos primórdios da igreja no primeiro século
enfrentaram problemas por não possuírem escritos inspirados para extraírem
doutrinas, exceto os escritos do Velho Testamento. É até possível que mesmo
no final do primeiro século nem todos os cristãos tenham tido com todos os
16 | Fundamentos Da Vida Cristã
c) Os presbíteros ou bispos
Estes líderes da igreja local são identificados nas escrituras por dois títulos
básicos (Cf. At 20.17: /presbyteroys, que é a palavra para ancião
no grego). Nos dias dos juízes, durante a monarquia, no cativeiro e sob
domínio romano os presbíteros aparecem como integrantes do corpo
governamental da nação judaica. Um conselho de presbíteros presidia cada
sinagoga judaica. A igreja do primeiro século adotou organização semelhante,
modificada de acordo com as circunstâncias. Desta forma a palavra que era
familiar sob a antiga dispensação foi mantida sob a nova. A palavra presbítero
aparece com maior freqüência no Novo Testamento do que a palavra bispo,
especialmente no livro de Atos.
A referência aos bispos aparece apenas uma vez em At 20.28. No restante das
vezes ela aparece nas epistolas paulinas como sinônima de presbítero.
Parece existir uma explicação para os dois termos serem usados
intercambiavelmente. Se Paulo exerceu um ministério especial junto aos
gentios empregou o termo bispo mais do qualquer outro escritor do Novo
Testamento. Ele o fez para ter uma comunicação mais eficaz com judeus e
gentios na igreja neotestamentaria. Επίσκοπος “Episkopos” que é a palavra
para bispo, na língua ateniense era uma palavra usada para designar
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b) Diáconos
As qualificações dos diáconos não diferenciavam muito daquelas exigidas dos
presbíteros, senão vejamos:
Respeitáveis;
De uma só palavra;
Não inclinados a muito vinho;
Não cobiçosos de sórdida ganância;
Conservando o ministério da fé com a consciência limpa;
Irrepreensíveis, maridos de uma só mulher; e,
Que governe bem a sua própria casa.
que teria inicio em Jerusalém e se estenderia até aos confins da terra. Aqui,
vamos nos limitar aos quatro evangelhos: Mateus, Marcos, Lucas e João.
Mateus 28.18-20: Aspectos totalizantes no mandamento de Jesus Cristo:
Toda autoridade (vs 18); todas as nações (vs 19); todas as coisas (vs 19) e
todos os dias (vs 20). Precisamos prestar atenção a estes aspectos porque
podemos minimizá-los ou relativizá-los e ai, perdemos todo sentido
teológico e prático da comissão. O tema da grande comissão em Mateus
é “... fazei discípulos de todas as nações...” e para isto não faltaria
autoridade (vs 18) e presença contínua de Jesus Cristo (vs 20);
João 20.21-23: Jesus destaca aqui a natureza do envio “... Assim como o
Pai me enviou, eu também vos envio”. A Igreja recebe a mesma comissão
que Jesus recebeu do Pai, com o poder de perdoar e reter os pecados em
função da aceitação ou não do evangelho. O Espírito Santo é quem daria
esta capacitação e poder “... Recebei o Espírito Santo” (vs 22), uma
antecipação profética do pentecostes.
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CONCLUSÃO
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