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Pedagogia Da Autonomia
Pedagogia Da Autonomia
Pedagogia Da Autonomia
1.OBRA ANALISADA:
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 43. ed., São
Paulo: Paz e Terra, 2011.
2.CREDENCIAIS DO AUTOR
Paulo Régis Neves Freire, educador pernambucano, nasceu em 19/9/1921 na cidade do Recife. Foi
alfabetizado pela mãe, que o ensina a escrever com pequenos galhos de árvore no quintal da casa da
família. Com 10 anos de idade, a família mudou para a cidade de Jaboatão.
Na adolescência começou a desenvolver um grande interesse pela língua portuguesa. Com 22 anos
de idade, Paulo Freire começa a estudar Direito na Faculdade de Direito do Recife. Enquanto
cursava a faculdade de direito, casou-se com a professora primária Elza Maia Costa Oliveira. Com a
esposa, tem teve cinco filhos e começou a lecionar no Colégio Oswaldo Cruz em Recife. No ano de
1947 foi contratado para dirigir o departamento de educação e cultura do Sesi, onde entra em
contato com a alfabetização de adultos.
Em 1958 participa de um congresso educacional na cidade do Rio de Janeiro. Neste congresso,
apresenta um trabalho importante sobre educação e princípios de alfabetização. De acordo com suas
ideias, a alfabetização de adultos deve estar diretamente relacionada ao cotidiano do trabalhador.
Desta forma, o adulto deve conhecer sua realidade para poder inserir-se de forma crítica e atuante
na vida social e política.
No começo de 1964, foi convidado pelo presidente João Goulart para coordenar o Programa
Nacional de Alfabetização. Logo após o golpe militar, o método de alfabetização de Paulo Freire foi
considerado uma ameaça à ordem, pelos militares. Viveu no exílio no Chile e na Suíça, onde
continuou produzindo conhecimento na área de educação. Sua principal obra, Pedagogia do
Oprimido, foi lançada em 1969. Nela, Paulo Freire detalha seu método de alfabetização de adultos.
Retornou ao Brasil no ano de 1979, após a Lei da Anistia.
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Durante a prefeitura de Luiza Erundina, em São Paulo, exerceu o cargo de secretário municipal da
Educação. Depois deste importante cargo, onde realizou um belo trabalho, começou a assessorar
projetos culturais na América Latina e África. Morreu na cidade de São Paulo, de infarto, em
2/5/1997.
No livro de Paulo Freire Pedagogia da autonomia o autor aborda, de uma forma simples,
esclarecedora e explicativa sobre a prática educativa no cotidiano da sala de aula sala e fora dela.
Logo, no primeiro momento Paulo Freire esclarece que não há docência sem discencia- além, de
aponta várias diferenças entre diversos educadores desde o educador progressistas, conservadores
até os críticos. Apesar destas diferenças na maneira de pensar, todos os educadores necessitam de
saberes comuns, analisando os procedimentos, atitudes e conceitos que devem ser aplicados desde o
Ensino fundamental à Pós-graduação.
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Discorre sobre a teoria e prática que criam possibilidades do aluno produzir o conhecimento,
criando possibilidades da construção deste conhecimento dentro do ambiente escolar. Além, de
reconhecer que aprendizagem ocorre com a troca de conhecimento e não de simplesmente transferi-
los de maneira que o educando seja um "depósito bancário", onde apenas se penetra os
conhecimentos para os alunos. Na realidade o professor deve despertar no aluno a vontade de
aprender, a ter curiosidade, a buscar o conhecimento e aprender de forma maneira crítica, reflexiva
e democrática.
Freire destaca sobre a necessidade de uma reflexão na prática pedagógica de alguns profissionais,
pois sem a parte teórica e a prática, haveria uma reprodução alienada de educandos. Portanto, o
livro Pedagogia da Autonomia vem explicando suas razões para uma prática pedagógica que
respeita a necessidade do conhecimento que o educando traz de casa para a escola, pois, muitos
professores não valorizar o conhecimento de mundo que o aluno tem, muitos professores acreditam
que os alunos são como uma folha em branco, sem conter nenhuma rasura e aprendizado.
O autor deixa claro que o interesse principal no livro é nos saberes que são indispensáveis na pratica
de alguns educadores, são saberes que demandam de uma pratica educativa em sim mesma, na
realidade uma inovação nas suas práticas na sala de aula como pedagogos. Freire (p. 12) cita que:
“É neste sentido que ensinar não é transferir conhecimentos, conteúdos nem formar é ação pela qual
um sujeito criador dá forma, estilo ou alma a um corpo indeciso e acomodado”. Na realidade, o
professor necessita do aluno para a troca de conhecimento, reciprocidade, o respeito, a simpatia
entre o educador e o educando na qual, proporcionam um trabalho construtivo com uma
aprendizagem significativa para ambos.
Paulo Freire descreve no livro Pedagogia da Autonomia que quando o professor vive com a
autenticidade, transferência do saber, com serenidade exigida pela prática de ensinar e aprender o
professor participar de uma experiência pedagógica de mãos dadas com o docente, conscientizando-
o e estimulando a uma reflexão crítica e reflexiva sobre a realidade em que estão inseridos. Assim o
educador defende que ensinar exige rigorosidade uma forma metódica que é uma de suas tarefas
primordiais para aproximar o aluno do professor.
Podemos perceber que esta rigorosidade metódica não tem nada que ver com o discurso "bancário"
meramente transferido do perfil do objeto ou do conteúdo. Na realidade, o ensinar e aprender exige
uma pesquisa de conteúdos e métodos que reflita sobre uma concordância do pensamento entre
sujeito e objeto. O autor na (pág. 15) do livro Pedagogia da Autonomia cita que: “A "dodiscência" -
docência-discência - e a pesquisa, indicotomizáveis, são assim práticas requeridas por estes
momentos do ciclo gnosiológico” enfim, na gnosiologia é importante refletir sobre a origem e
limites do conhecimento do processo cognitivo do aluno.
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O autor citar que (p. 20) “Ensinar exige risco, aceitação do novo e rejeição a qualquer forma de
discriminação”. Dessa forma, podemos entender que a aceitação do novo para alguns é difícil de
compreender e de entender, principalmente para profissionais que tem muito tempo de profissão,
pois, muitos não acreditar no sistema inovador de ensino. Na verdade, é necessário uma reflexão na
prática de ensino de muitos professores, o que na atualidade vemos é uma crise na carreira do
magistério.
Quando lermos em jornais, revistas e pesquisas sobre a temática discutida vermos a insatisfação de
grande parte dos professores e dos órgãos públicos que apontam uma carência muito grande deste
profissional em diversas áreas. Muitos citam e criticam sobre os baixos salários, que muitos
professores têm que trabalhar em duas ou três escolas para poderem ter uma renda condizente com
seus gatos, além, de trabalharem 60 horas e fora a quantidade de trabalhos extraclasses que estes
inúmeros profissionais trazem para casa, portanto, o resultado disso tudo são professores
extremamente cansados, com pouco tempo e recursos para prepara suas aulas com qualidade e
inovação.
Ao falar sobre a identidade cultural o autor explica que faz parte da dimensão individual e a de
classe dos alunos cujo respeito é absolutamente fundamental na prática educativa progressista.
Portanto, durante muito a questão da identidade cultural não foi tão problematizada, mas, com o
desenvolvimento das sociedades modernas, muitos teóricos viram como é perigoso o avanço das
transformações tecnológicas, políticas e econômicas, desta forma, este é um problema que não pode
ser desprezado.
Freire citar que “Ensinar não é transferir conhecimento” (p.27), pois, muitos professores mais criar
um ambiente em que haja a troca de conhecimento para ambas as partes, tanto para o educando
quanto para o educando, na realidade, as duas atividades se explicam e se complementam.
O autor explica a diferença entre o inacabado que não se sabe como tal e o inacabado que histórica
e socialmente alcançou a possibilidade de saber-se inacabado. E o que seria este sujeito inacabado?
Seria inacabado que histórica e socialmente alcançou a possibilidade de saber? Outro saber
necessário à prática educativa é o da inclusão da criança, do jovem e do adulto onde muitas vezes o
educador não da à devida atenção a estes educando que sofrem com a falta de atenção deste
profissional. Será que este educador estar pronto para receber os alunos com algum tipo de
deficiência? Pois as necessidades destes educando com deficiência são as mesmas de qualquer um
que é aprender e conviver com o outro.
Freire diz que: (p. 35) “Qualquer discriminação é imoral e lutar contar ela é um dever por mais que
se reconheça a força dos condicionamentos a enfrentar. A boniteza de ser gente se acha, entre outras
coisas, nessa possibilidade e nesse dever de brigar”. A respeito da autonomia e à dignidade o
educando tem que ter a sua liberdade, independência e autossuficiência para a construção da sua
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aprendizagem e a capacidade de organizar, ou seja, que sejam capazes de toma suas próprias
decisões.
O profissional idôneo, honesto e correto conduz a sua vida e seu trabalho dentro dos princípios
legais e éticos. O educador tem que ter prazer em ensinar, não apenas trabalhar pelo dinheiro ou por
que ocupa o seu tempo, mas pelo prazer de ensinar. Paulo Freire cita que: (p.43) “A esperança de
professor e alunos juntos podemos aprender, ensinar, inquietar-nos, produzir e juntos igualmente
resistir aos obstáculos à nossa alegria. Na verdade, do ponto de vista da natureza humana, a
esperança não é algo que a ela se justaponha. A esperança faz parte da natureza humana”. Portanto,
termos que acreditar numa educação com esperança de mudança e de uma transformação, dessa
forma, é preciso entender que a desesperança não é maneira de estar sendo natural do ser humano.
O autor expõe que: (p.45) “Tenho o direito de ter raiva, de manifestá-la, de tê-la como motivação
para minha briga tal qual tenho o direito de amar, de expressar meu amor ao mundo, de tê-lo como
motivação de minha briga porque, histórico, vivo a História como tempo de possibilidade e não de
determinação”. Estimular o aluno as perguntas, os questionamentos, os por quês fazem parte da
reflexão crítica sobre a própria pergunta, nasce à curiosidade saber sempre algo. O bom professor
consegue provocar no aluno enquanto falam trazer a intimidade de seu pensamento através das
discussões, métodos e das técnicas. O professor que ensinar com segurança, acaba estimulando ao
aluno a buscar cada vez mais conhecimentos escondidos em lugares secretos, na qual só um
educador fascinante poderia leva-lo.
Enfim, “a afetividade não se acha excluída da cognoscibilidade”. A afetividade acompanha o ser
humano durante toda sua vida e tem um papel fundamental dentro do seu processo de aprendizagem
que está presente em diversas áreas da nossa vida, desde a inteligência emocional, afetiva, suas
relações humanas e suas interações sociais. A função do educador é contribuir para o
desenvolvimento integral e social, fortalecendo e ampliando sua relação e olhar sobre o mundo. O
aluno deverá ser estimulado de maneira que possam sentir e expressar seus sentimentos em relação
às outras pessoas. Além disso, ter a capacidade de se expressa oralmente e argumentando as suas
ideias.
Paulo Freire cita que: (p.89) “Na verdade, preciso descartar como falsa a separação radical entre
seriedade docente e afetividade. Não é certo, sobretudo do ponto de vista democrático, que serei tão
melhor professor quanto mais severo, mais frio, mais distante e "cinzento" me ponha nas minhas
relações com os alunos, no trato dos objetos cognoscíveis que devo ensinar”. É necessário, valorizar
e aprimorar o seu potencial de inteligência e criatividade, fortalecendo com princípios de uma boa
convivência em grupo, expondo para o educando a importância da lealdade, companheirismo,
generosidade, cordialidade e a cooperação através dos laços afetivos entre professor e aluno.
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4.INDICAÇÃO DA OBRA
5.REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA: