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Retificador Controlado de Silício

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Escola Superior de Ciências Náuticas

Departamento de Máquinas Marítimas


Engenharia Electromecânica
Electrónica de Potência
Rectificadores controlados de silício (SCR)

Nome: Houston Jerónimo Macaze

Docente: Eng. Roberto Tandaucane

Maputo, Maio 2020


Índice
1 LISTA DE SIMBOLOS, ABREVIATURAS E SIGLAS ....................................................... 4
2 LISTA DE FIGURAS ............................................................................................................. 6
3 LISTA DE EQUACOES ......................................................................................................... 7
4 LISTA DE TABELAS............................................................................................................. 8
5 ESTRUTURA DO TRABALHO ............................................................................................ 9
6 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 10
7 METODOLOGIA .................................................................................................................. 11
8 RECTIFICADOR CONTROLADO DE SILÍCIO ................................................................ 12
8.1 Definição ........................................................................................................................ 12
8.2 Simbologia ..................................................................................................................... 12
9 CARACTERÍSTICAS DOS RECTIFICADOR CONTROLADO DE SILÍCIO.................. 13
10 CURVAS CARACTERÍSTICAS DOS RECTIFICADORES CONTROLADOS DE
SILÍCIO ........................................................................................................................................ 14
10.1 Curva Característica ideal do Rectificador controlado de silício ................................... 14
10.2 Curva Característica real do Rectificador controlado de silício ..................................... 15
11 POLARIZAÇÃO DO RECTIFICADOR CONTROLADO DE SILÍCIO ........................ 16
12 PROTECÇÃO DO RECTIFICADOR CONTROLADO DE SILÍCIO ............................. 17
12.1 Protecção contra sobretensão ......................................................................................... 17
12.2 Protecção contra Sobrecorrente ...................................................................................... 18
13 PERDAS TÉRMICAS EM CONDUÇÃO ........................................................................ 18
14 PARÂMETROS DO RECTIFICADOR CONTROLADO DE SILÍCIO .......................... 20
14.1 Trigger current ou corrente de disparo ........................................................................... 20
14.2 Potência por ciclo ........................................................................................................... 21
14.3 Average Power ou potência média ................................................................................. 21
14.4 Potência dissipada .......................................................................................................... 22
14.5 Tensão de carga x Atraso no Disparo (ângulo)- aplicações de meia onda ..................... 22
14.6 Tensão na carga para aplicações de onda completa ....................................................... 23
15 CIRCUITOS DE APLICAÇÃO ........................................................................................ 23
15.1 Circuito em corrente contínua ........................................................................................ 23
15.2 Circuito de alarme 1 ....................................................................................................... 24

2
15.3 Circuito de alarme 2 ....................................................................................................... 25
15.4 SCR como rectificador de meia onda ............................................................................. 26
16 CONCLUSÃO ................................................................................................................... 27
17 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................................... 28

3
LISTA DE SIMBOLOS, ABREVIATURAS E SIGLAS

SCR- Rectificador Controlado de Silício;

- Tensão de disparo;

-Tensão de ruptura reversa;

- Forward Current;

- Reverse Current;
- Corrente de Manutenção;
- Corrente de Latching;
– Perda de potência no SCR durante a condução;
– Tensão ânodo-cátodo durante a condução;
– Resistência em condução;
– Valor médio da corrente de ânodo;
– Valor eficaz da corrente de ânodo;
- Corrente de disparo em amperes;

- Corrente de fuga em amperes;

- Ganho do primeiro transístor;

- Ganho do segundo transístor;

- Potência dissipada por cicl;

- Tensão de anodo antes do disparo;

- Corrente de anodo depois do disparo;

- Tempo de comutação para a tensão de anodo-catodo cair de 90% do valor máximo


para 10%;

- Disspação média de potência;

- Frequência de comutação;

4
- Tensão de ânodo antes da comutação;

- Corrente de ânodo depois da comutação;

- Potência dissipada;

- Queda de tensão no SCR no estado de condução também, chamada de tensão de


saturação;

- Corrente directa;

- Tensão na carga;

- Tensão de pico da tensão senoidal de entrada;

- 3.1416;

- Co-seno do ângulo de condução em graus.

5
LISTA DE FIGURAS

Figura 1– Rectificador controlado de silício;

Figura 2 – Aspecto físico do SCR de potência;

Figura 3 - (a) polarização directa (b) características estática de um SCR ideal;


Figura 4 - Curva Característica real do Rectificador controlado de silício;

Figura 5 - Circuito equivalente do SCR em condução;

Figura 6 - Circuito utilizando SCR em corrente contínua;

Figura 7 - Circuito simples de alarme utilizando SCR;

Figura 8 - Alarme utilizando LDR e SCR;

Figura 9 - SCR como rectificador de meia onda.

6
LISTA DE EQUACOES

Equação 1- Factor de segurança de tensão;

Equação 2- Perda de potência no SCR durante a condução;

Equação 3- corrente de disparo;

Equação 4- Potência por ciclo;

Equação 5- Potência média;

Equação 6- Potência dissipada;

Equação 7- Tensão na carga;

Equação 8- Valor instantânea da tensão de carga.

7
LISTA DE TABELAS

Tabela 1- Características dos Rectificador controlado de silício

Tabela 2- Polarização do rectificador controlado de silício

8
ESTRUTURA DO TRABALHO

Sendo divido em seis (6) fases, este trabalho foi estruturado como a seguir:

1. Introdução: apresentação do trabalho, objectivos e justificativa do trabalho;

2. Metodologia: apresentação da metodologia utilizada para o desenvolvimento do rectificador


controlado de silício;

3. Definições: situações diversas sobre conceitos importantes do trabalho.

4. Desenvolvimento: apresentação de conteúdos investigados e seleccionados


minuciosamente com extrema relevância para realização do trabalho;

5. Conclusão: conclusão acerca da realiza do trabalho (se foi ou não atingido o que foi
previamente mencionado nos objectivos do trabalho, e um resumo do próprio trabalho);

6. Referências Bibliográficas: relação dos artigos, normas, documento, livros e demais


fontes consultadas para elaboração deste trabalho.

9
INTRODUÇÃO

O surgimento do díodo semicondutor de duas camadas nos levou em seguida ao transístor


formado por três camadas, entretanto dispositivos de quatro e até cinco camadas foram
desenvolvidos e possuem grande importância na electrónica de potência. No presente trabalho
abordarei um pouco sobre os componentes de quatro camadas, tratando especificamente dos
rectificadores controlados de silício (SCR).

O rectificador controlado de silício (SCR) é controlador eléctrico de potencia de uso mais


comum. A acção rápida de chaveamento, pequeno porte e aos seus elevados valores nominais de
corrente e tensão somam características que tornaram os rectificadores controlados de silício
muito difundidos na electrónica de potência.

Objectivo geral

 Fazer um desenvolvimento sobre os rectificadores controlados de silício (SCR).

Objectivos específicos

 Definir os rectificadores controlados de silício (SCR);


 Ilustrar os rectificadores controlados de silício (SCR);
 Características os rectificadores controlados de silício (SCR);
 Parâmetros dos rectificadores controlados de silício (SCR);
 Circuitos de Aplicações dos rectificadores controlados de silício (SCR);

10
METODOLOGIA

Para a realização do presente trabalho sobre rectificador controlado de silício realizaram-se


pesquisas bibliográficas, que consistiram na busca minuciosa de informações em livros ou
manuais, artigos, e relatórios.

Também foi-se usado um laboratório electrónico digital (um aplicativo simulador de circuitos
eléctricos), Multisim para esquematizar alguns circuitos ao longo do trabalho.

Para além da ferramenta acima mencionada, deu-se o uso de outro aplicativo para o desenho e
recorte, Paint.

Foi também de forma cautelosa feita à escolha de figuras para o anexo no trabalho.

Para o caso de livros ou manuais, artigos, e relatórios de idiomas diferentes de português


submeteu-se o auxílio de uma ferramenta de tradução para o idioma português.

11
RECTIFICADOR CONTROLADO DE SILÍCIO

1.1 Definição
É o tipo mais largamente utilizado de tirístor. Sua aplicação é tão comum que é corrente
utilizarem-se os termos “SCR” e “tirístor” como sinónimos, embora isso seja, obviamente, um
equívoco. O SCR é na verdade um tríodo tirístor de bloqueio reverso, ou seja, possui três
terminais e permite a passagem de corrente eléctrica num único sentido. Seus terminais
principais chamam-se, da mesma forma como num díodo semicondutor, ânodo (A) e cátodo (K).
O terceiro terminal, que serve como eléctrodo de controlo, é chamado de porta ou gate (G).
Se o potencial do ânodo for positivo em relação ao do cátodo, o SCR poderá estar conduzindo
(ON- com resistência praticamente nula) ou cortado (OFF- com resistência interna praticamente
infinita). Se o potencial de ânodo for negativo em relação ao de cátodo, o SCR necessariamente
estará cortado. A passagem de um SCR para o estado de corte para o de condução é chamada de
disparo e a passagem do estado de condução para o estado de corte é chamada de comutação.

1.2 Simbologia
A figura abaixo mostra a estrutura interna, a simbologia, e a polarização de um SCR.

Figura 1– Rectificador controlado de silício

12
Figura 2 – Aspecto físico do SCR de potência

Pode-se considerar o SCR um díodo controlado pelo terminal de gatilho. No SCR, apesar da
tensão ser positiva, o mesmo ainda permanece bloqueado (corrente nula). Só quando for aplicado
um pulso de gatilho, é que o SCR passará a conduzir corrente, comportando-se como um curto-
circuito. Para observar este fato melhor é mostrada a curva deste dispositivo.

CARACTERÍSTICAS DOS RECTIFICADOR CONTROLADO DE SILÍCIO

Características
1. São chaves estáticas bi-estáveis, ou seja, trabalham em dois estados: não condução e
condução, com a possibilidade de controlo.

2. Em muitas aplicações podem ser considerados chaves ideais, mas há limitações e


características na prática.

3. São compostos por 4 camadas semicondutoras (P-N-P-N), três junções (P-N) e 3


terminais (Ânodo, Cátodo e Gatilho).

4. São semicondutores de silício. O uso do silício foi utilizado devido a sua alta capacidade

13
de potência e capacidade de suportar altas temperaturas.

5. Apresentam alta velocidade de comutação e elevada vida útil;

6. Possuem resistência eléctrica variável com a temperatura, portanto, dependem da


potência que estiverem conduzindo.

7. São aplicados em controlos de relés, fontes de tensão reguladas, controles de motores,


Choppers (variadores de tensão CC), Inversores CC-CA, Ciclo-conversores (variadores
de frequência), carregadores de baterias, circuitos de protecção, controles de iluminação e
de aquecedores e controles de fase, entre outras.

Tabela 1- Características dos Rectificador controlado de silício

CURVAS CARACTERÍSTICAS DOS RECTIFICADORES CONTROLADOS DE


SILÍCIO

1.3 Curva Característica ideal do Rectificador controlado de silício

Um SCR ideal se comportaria como uma chave ideal, ou seja, enquanto não recebesse um sinal
de corrente no gatilho, seria capaz de bloquear tensões de valor infinito, tanto com polarização
directa como reversa. Bloqueado, o SCR ideal não conduziria qualquer valor de corrente.
Quando disparado, ou seja, quando comandado por uma corrente de gatilho , o SCR ideal se
comportaria como um díodo ideal. Condição, o SCR ideal seria capaz de bloquear tensões
reversas infinitas e conduzir, quando directamente polarizado, correntes infinitas sem queda de
tensão e perdas de energia por Efeito Joule.
Assim como para os díodos, tais características seriam ideais e não se obtêm na prática.

14
(a)

(b)
Figura 3 - (a) polarização directa (b) características estáticas de um SCR ideal

1.4 Curva Característica real do Rectificador controlado de silício

Os SCR reais têm, portanto, limitações de bloqueio de tensão directa e reversa e apresentam fuga
de corrente quando bloqueados. Quando habilitados têm limitações de condução de corrente,
pois apresentam uma pequena resistência à circulação de corrente e queda de tensão na barreira
de potencial das junções que provocam perdas de energia por Efeito Joule e consequente
aquecimento do componente.

15
Figura 4 - Curva Característica real do Rectificador controlado de silício

POLARIZAÇÃO DO RECTIFICADOR CONTROLADO DE SILÍCIO

Existem três tipos de polarização possíveis para o SCR:

Polarização do rectificador controlado de silício


Polarização reversa Polarização directa em Polarização directa com
bloqueio condução
Quando <0, o SCR Há várias curvas Para entrar em condução o

16
funciona como uma chave parametrizadas pela corrente SCR deve conduzir uma
aberta, ou seja, não conduz. de gatilho . Quando = 0, corrente suficiente, cujo valor
Na realidade, existe uma o SCR permanece bloqueado, mínimo recebe o nome de
corrente de polarização desde que a tensão seja corrente e retenção . O SCR
reversa muito baixa, inferior a (tensão de não entrará em condução, se a
geralmente na ordem de disparo). Quando = ,o corrente de gatilho for
alguns nA, assim como ocorre SCR dispara e a corrente suprimida antes que a corrente
nos díodos. Porém, quando a cresce, sendo limitada pela de ânodo atinja o valor . Este
tensão reversa atinge o valor resistência da carga, colocada valor é geralmente de duas
da tensão de ruptura reversa em série com o SCR. a três vezes a corrente de
, o dispositivo conduz. manutenção que, uma vez
retirada a corrente de gatilho,
é a suficiente para manter o
estado de condução.

Tabela 2- Polarização do rectificador controlado de silício

PROTECÇÃO DO RECTIFICADOR CONTROLADO DE SILÍCIO

1.5 Protecção contra sobretensão

A protecção é uma das causas mais importantes da falha do SCR. Ela excede o valor nominal de
pico da tensão de alimentação e é provocada, principalmente, por distúrbios no chaveamento,
produzidos pela energia armazenada nos componentes indutivos. O efeito é uma tensão
transitória, cujo pico pode exceder o valor nominal de tensão de bloqueio directo do SCR.
Dependendo da intensidade da sobretensão e da energia que ela representa, o dispositivo pode
experimentar um accionamento falso ou ser danificado, por causa da ruptura reversa.

17
Para proteger um SCR contra sobretensões, é necessário o uso de um díodo ligado a ele em série.
A tensão inversa será compartilhada entre os dois. Entretanto, esse método será ineficiente
quando a queda de tensão no díodo, no momento da condução, introduzir perdas de potência. O
outro método é escolher um SCR com um valor nominal de tensão mais alto, o que cria um
factor de segurança de tensão ( )

( )

Equação 1- Factor de segurança de tensão

1.6 Protecção contra Sobrecorrente

A sobrecorrente pode ocorrer quando houver falha da fonte durante a inversão, a sobrecarga ou
curto-circuito. Costuma-se proteger o SCR com dispositivos protectores convencionar, como
relés de sobrecorrente, fusíveis de acção rápida e circuitos disjuntores de alta velocidade. O
dispositivo protector é necessário porque permite a passagem contínua da corrente normal (para
a qual o SCR tem o valor nominal estipulado) e porque abre o circuito, em caso de curto ou
falha, antes que o dispositivo entre em superaquecimento e seja danificado.

PERDAS TÉRMICAS EM CONDUÇÃO

Durante o ciclo de chaveamento, um SCR apresenta as seguintes perdas de potência (e,


consequentemente de energia):
 Perdas de Potência em Condução;
 Perdas de Potência em Bloqueio (directo e reverso) Tirístor SCR – Rectificador
Controlado de Silício;

18
 Perdas de Potência por Chaveamento (comutação);
 Perdas de Potência por Accionamento do Gatilho.

Em Geral, sob condições normais de operação as Perdas em Bloqueio e por Accionamento do


Gatilho são pequenas o suficiente para serem desprezadas. Em baixas frequências (<400Hz), as
Perdas por Chaveamento também são pequenas e podem ser desconsideradas. Em altas
frequências, especialmente na entrada em condução do SCR, as perdas aumentam
significativamente.
A principal fonte de perdas de potência é durante a condução do SCR.
Analogamente a um díodo, podemos representar o SCR por seu circuito eléctrico equivalente,
( ou ) representa a queda de tensão e ( ou ) representa a resistência quando o
componente está em condução.

Figura 5 - Circuito equivalente do SCR em condução

O SCR conduzindo dissipa uma potência eléctrica (em Watts) na forma de calor que pode ser
calculada por:

Equação 2- Perda de potência no SCR durante a condução

Onde:
– Perda de potência no SCR durante a condução (W)
– Tensão ânodo-cátodo durante a condução (V)
– Resistência em condução (mΩ)
– Valor médio da corrente de ânodo (A)

19
– Valor eficaz da corrente de ânodo (A)

A determinação das Perdas em Condução do SCR tem importância fundamental no chamado


“Cálculo Térmico” para o dimensionamento dos Dissipadores de Calor e Sistemas de
Refrigeração. O seu correto dimensionamento permite que o componente controlo o máximo de
potência sem sobreaquecimento, o que poderia danificá-lo.

PARÂMETROS DO RECTIFICADOR CONTROLADO DE SILÍCIO

1.7 Trigger current ou corrente de disparo

Equação 3- corrente de disparo

Onde:

- Corrente de disparo em amperes (A);

- Corrente de fuga em amperes (A);

- Ganho do primeiro transístor;

- Ganho do segundo transístor.

Obs.: o parâmetro usualmente é dado pelo fabricante do SCR e estaa na faixa entre 0.1mA e
100mA para os tipos mais comuns como os da série TIC da Texas.

20
1.8 Potência por ciclo

Equação 4- Potência por ciclo

Onde:

- Potência dissipada por ciclo em watts (W)

- Tensão de anodo antes do disparo em volts (V)

- Corrente de anodo depois do disparo em amperes (A)

- Tempo de comutação para a tensão de anodo-catodo cair de 90% do valor máximo


para 10% em segundos (s)

1.9 Average Power ou potência média

Equação 5- Potência média

Onde:

- Disspação média de potência em watts (W);

- Frequência de comutação em hertz (Hz);

- Tensão de anodo antes da comutação em volts (V);

- Torrente de anodo depois da comutação em amperes (A).

21
1.10 Potência dissipada

Equação 6- Potência dissipada

Onde:

- Potência dissipada em watts (W);

- Queda de tensão no SCR no estado de condução também, chamada de tensão de


saturação em volts (V);

- Corrente direta em amperes (A).

1.11 Tensão de carga x Atraso no Disparo (ângulo)- aplicações de meia onda

( )

Equação 7- Tensão na carga

Onde:

- Tensão na carga (instantânea emn volts (V);

- Tensão de pico da tensão senoidal de entrada em volts (V);

- 3.1416;

- Co-seno do ângulo de condução em graus.

22
1.12 Tensão na carga para aplicações de onda completa

( )

Equação 8- Valor instantânea da tensão de carga

Onde:

- Valor instantânea da tensão de carga em volts (V);

- Valor de pico da tensão senoidal de entrada em volts (V);

-3.1416;

- Co-seno do ângulo de condução em graus.

CIRCUITOS DE APLICAÇÃO

1.13 Circuito em corrente contínua


Este é um circuito utilizando SCR em corrente contínua. Este circuito tem fim apenas didáctico,
pois ele não é utilizado na prática.

Figura 6 - Circuito utilizando SCR em corrente contínua

23
Para que o SCR dispare, uma corrente no mínimo igual à deve ser aplicada ao gatilho do
SCR. Além disso, a tensão entre anodo e cátodo ( ) deve ser maior ou igual a 0,6 V
( ).Neste caso, o resistor irá determinar (ou limitar) a corrente de gatilho .

Para dimensionar , basta aplicar a Lei de Ohm na primeira malha do circuito.

1.14 Circuito de alarme 1

O circuito da Figura 7 mostra um dispositivo de alarme simples.

Figura 7 - Circuito simples de alarme utilizando SCR

Observa-se que, inicialmente, as chaves Sw1, Sw2 e Sw3 estão fechadas (NF), levando o gatilho
do SCR a zero volt. Portanto, o SCR estará inicialmente bloqueado. Quando qualquer uma das
chaves (Sw1, Sw2 ou Sw3) for accionada, os seus contactos serão abertos e, consequentemente,
o SCR irá disparar. Observe que nesta situação, o gatilho do SCR passa a receber corrente.
Quando o SCR entra em condução, a bobina do relé é energizada e, consequentemente, o seu
contacto é fechado. Neste momento, o alarme é accionado. Quando qualquer chave for

24
accionada, ou seja, se tornar aberta, uma corrente irá circular através do resistor e do gatilho do
SCR, disparando-o. O díodo, em paralelo com a bobina do relê, tem finalidade de protecção
contra surtos de tensão durante a retracção do campo magnético. Este díodo é conhecido como
díodo de roda livre. Para levar o SCR à condição de bloqueio e, consequentemente, desactivar o
alarme, basta pressionar a chave “reset”. Ao pressionar esta chave, a corrente que passa pelo
SCR se anula ( < ) e ele é bloqueado.

1.15 Circuito de alarme 2

O circuito da Figura 8 tem funcionamento semelhante ao circuito da Figura 8 No entanto, o


disparo ocorre quando não existe iluminação sobre o LDR.

Figura 8 - Alarme utilizando LDR e SCR

A resistência do LDR é baixa quando ele está iluminado. Neste momento, o SCR está bloqueado.
A resistência do LDR aumenta quando a iluminação é interrompida. Esta situação poderia
ocorrer, por exemplo, quando houvesse o corte de um feixe luminoso direccionado ao LDR. O
aumento da resistência do LDR provoca aumento de tensão e de corrente no gatilho do SCR,

25
levando-o à condução. Nesta condição, o relé é activado, accionando o alarme. Para interromper
o alarme, basta pressionar o botão “reset”.

1.16 SCR como rectificador de meia onda

A Figura 9 apresenta um circuito que utiliza um SCR como rectificador de meia onda.

Figura 9 - SCR como rectificador de meia onda

Segundo a sua folha de dados, o SCR TIC116B precisa de 20 mA de corrente de gatilho para
garantir o disparo, quando for de 6 VCC. Além disso, para o disparo, a tensão entre ânodo e
cátodo ( ) deve ser igual a VGT (aproximadamente igual a 0,6 V). Desta forma, logo no início
do semiciclo positivo, a tensão da rede de alimentação atinge um valor suficientemente alto para
garantir as condições de disparo de SCR, que conduzirá e acenderá a lâmpada.

26
CONCLUSÃO

Através de pesquisas foi possível compilar diversificada informação, se atingindo assim os


objectivos traçados para elaboração do trabalho.

E sendo assim foi possível concluir que SCR, também conhecido como tirístor, é um dispositivo
semicondutor NPNP de 4 camadas. Em seu estado normal o SCR bloqueia a passagem de
corrente (ou tensão) entre os seus dois terminais. Porém quando o eléctrodo do GATE é
submetido a uma voltagem apropriada, a corrente passará livremente e levando a carga ao estado
ligado ("ON"). Se a voltagem nos dois terminais do dispositivo for invertida o mesmo irá
assumir um estado de alta impedância novamente, não podendo mais ser activado por uma
tensão no gate. Ou seja, o SCR equivale a um rectificador convencional, excepto que o gate
controla o início do seu funcionamento, a partir de quando o dispositivo se torna independente da
tensão do gate. Ainda vale ressaltar que um outro dispositivo, o Gate Controlled Switch (CGS)
exerce as mesmas funções do SCR, mas retém o controle mesmo quando o dispositivo esta no
estado ligado ("ON").

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CASSIGNOL, E. J., Semicondutores - Física e Eletrônica, Editora Edgard Blücher,


1960.

MURRAY JR., Robert, Silicon Controlled Rectifier, Westinghouse Electric


Corporation, 1964.

SEDRA, Adel e SMITH, Kenneth, Microeletrônica, 4ª Edição, Editora Makron


Books, 2000.

BOYLESTAD, Robert. Dispositivos eletrônicos e teoria de Circuitos, 3ª Edição,


Prentice Hall do Brasil, 1984

https://repositorio.uniceub.br/jspui/bitstream/123456789/3373/3/20317542.pdf

http://files.eletrow.webnode.com/200000012-92f9793f1d/EI_cap1.pdf

https://docplayer.com.br/63059339-Tiristores-scr-retificador-controlado-de-silicio.html

https://docplayer.com.br/2599635-Tiristor-scr-retificador-controlado-de-silicio.html

https://www.feg.unesp.br/Home/PaginasPessoais/ProfMarceloWendling/scr_triac_2017.pdf

http://eletronicaemcasa.blogspot.com/2013/08/Como-funciona-um-SCR.html

file:///C:/Users/Houston%20Macaze/Downloads/Aula%2005A%20-%20Tiristores.pdf

http://eletronicaemcasa.blogspot.com/2013/08/Como-funciona-um-SCR.html

Acessados aos 6 de Maio de 2020

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