Geometria Espacial 02032020 PDF
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P7) Por uma reta pode ser traçada uma infinidade de planos.
retas perpendiculares:
retas ortogonais:
Determinação de um plano
Lembrando que, pelo postulado 5, um único plano passa por três pontos não-
colineares. Um plano também pode ser determinado por:
a) reta contida no plano: se uma reta r tem dois pontos distintos num plano
, então r está contida nesse plano:
P11) Se dois planos distintos têm um ponto em comum, então a sua intersecção
é dada por uma única reta que passa por esse ponto.
Note que:
Observe, na figura abaixo, por que não basta que r seja perpendicular a uma
única reta t de para que seja perpendicular ao plano:
c) planos paralelos
Dois planos, , são perpendiculares se, e somente se, existe uma reta de
um deles que é perpendicular ao outro:
Observação: Existem infinitos planos perpendiculares a um plano dado; esses
planos podem ser paralelos entre si ou secantes.
Projeção ortogonal
A projeção ortogonal de um ponto P sobre um plano é a intersecção do
plano com a reta perpendicular a ele, conduzida pelo ponto P:
O ângulo entre uma reta e um plano é o ângulo que a reta forma com sua
projeção ortogonal sobre o plano:
Observações:
Triedros
Três semi-retas não-coplanares, com origem num mesmo ponto, determinam
três ângulos que formam uma figura geométrica chamada ângulo triédrico, ou
simplesmente triedro:
Ângulo poliédrico
Sejam n ( ) semirretas de mesma origem tais que nunca fiquem três num
mesmo semiplano. Essas semirretas determinam n ângulos em que o plano de
cada um deixa as outras semirretas em um mesmo semiespaço. A figura
formada por esses ângulos é o ângulo poliédrico.
Poliedros
Chamamos de poliedro o sólido limitado por quatro ou mais polígonos planos,
pertencentes a planos diferentes e que têm dois a dois somente uma aresta em
comum. Veja alguns exemplos:
Os polígonos são as faces do poliedro; os lados e os vértices dos polígonos
são as arestas e os vértices do poliedro.
Isso não acontece no último poliedro, pois, em relação a duas de suas faces,
ele não está contido apenas em um semi-espaço. Portanto, ele é denominado
côncavo.
Classificação
Os poliedros convexos possuem nomes especiais de acordo com o número de
faces, como por exemplo:
4 vértices
6 arestas
Tetraedro
6 faces quadrangulares
8 vértices
12 arestas
Hexaedro
8 faces triangulares
6 vértices
12 arestas
Octaedro
12 faces pentagonais
20 vértices
30 arestas
Dodecaedro
20 faces triangulares
12 vértices
30 arestas
Icosaedro
Relação de Euler
Em todo poliedro convexo é válida a relação seguinte:
V-A+F=2
Poliedros platônicos
Diz-se que um poliedro é platônico se, e somente se:
a) for convexo;
Prismas
Na figura abaixo, temos dois planos paralelos e distintos, , um polígono
convexo R contido em e uma reta r que intercepta , mas não R:
Para cada ponto P da região R, vamos considerar o segmento , paralelo à
reta r :
Assim, temos:
Chamamos de prisma ou prisma limitado o conjunto de todos os segmentos
congruentes paralelos a r.
Elementos do prisma
Dado o prisma a seguir, consideramos os seguintes elementos:
Veja:
prisma reto
prisma oblíquo
Chamamos de prisma regular todo prisma reto cujas bases são polígonos
regulares:
Áreas
Em um prisma, distinguimos dois tipos de superfície: as faces e as bases.
Assim, temos de considerar as seguintes áreas:
b) área lateral (AL): soma das áreas dos paralelogramos que formam as faces
do prisma.
d) área total (AT): soma da área lateral com a área das bases.
AT = AL + 2AB
a) paralelepípedo oblíquo
b) paralelepípedo reto
Se o paralelepípedo reto tem bases retangulares, ele é chamado de
paralelepípedo reto-retângulo, ortoedro ou paralelepípedo retângulo.
Paralelepípedo retângulo
Seja o paralelepípedo retângulo de dimensões a, b e c da figura:
db = diagonal da base
dp = diagonal do paralelepípedo
Área lateral
Sendo AL a área lateral de um paralelepípedo retângulo, temos:
AL= ac + bc + ac + bc
AL= 2ac + 2bc
AL = 2(ac + bc)
Área total
Planificando o paralelepípedo, verificamos que a área total é a soma das áreas
de cada par de faces opostas:
AT= 2( ab + ac + bc)
Volume
Por definição, unidade de volume é um cubo de aresta 1. Assim, considerando
um paralelepípedo de dimensões 4, 2 e 2, podemos decompô-lo em 4 . 2 . 2
cubos de aresta 1:
V = abc
Cubo
Um paralelepípedo retângulo com todas as arestas congruentes (a=b=c)
recebe o nome de cubo. Dessa forma, as seis faces são quadrados.
Diagonais da base e do cubo
Considere a figura a seguir:
dc=diagonal do cubo
db = diagonal da base
AL=4a2
Área total
A área total AT é dada pela área dos seis quadrados de lado a:
AT=6a2
Volume
De forma semelhante ao paralelepípedo retângulo, o volume de um cubo de
aresta a é dado por:
V= a . a . a = a3
Generalização do volume de um prisma
Para obter o volume de um prisma, vamos usar o princípio de Cavalieri
(matemático italiano, 1598 - 1697), que generaliza o conceito de volume para
sólidos diversos.
Dados dois sólidos com mesma altura e um plano , se todo plano , paralelo
a , intercepta os sólidos e determina secções de mesma área, os sólidos têm
volumes iguais:
Vprisma = ABh
Cilindro
Na figura abaixo, temos dois planos paralelos e distintos, , um
círculo R contido em e uma reta r que intercepta , mas não R:
Para cada ponto C da região R, vamos considerar o segmento , paralelo à
reta r :
Assim, temos:
Elementos do cilindro
Dado o cilindro a seguir, consideramos os seguintes elementos:
bases: os círculos de centro O e O'e raios r
altura: a distância h entre os planos
geratriz: qualquer segmento de extremidades nos pontos das
circunferências das bases ( por exemplo, ) e paralelo à reta r
Classificação do Cilindro
Um cilindro pode ser:
Veja:
Secção
Secção transversal é a região determinada pela intersecção do cilindro com
um plano paralelo às bases. Todas as secções transversais são congruentes.
Assim, a área lateral do cilindro reto cuja altura é h e cujos raios dos círculos
das bases são r é um retângulo de dimensões :
c) área total (AT): soma da área lateral com as áreas das bases.
Volume do cilindro
Para obter o volume do cilindro, vamos usar novamente o princípio de
Cavalieri. Dados dois sólidos com mesma altura e um plano , se todo
plano , paralelo ao plano , intercepta os sólidos e determina secções de
mesma área, os sólidos têm volumes iguais:
Vcilindro = ABh
Cone circular
Dado um círculo C, contido num plano , e um ponto V (vértice) fora de ,
chamamos de cone circular o conjunto de todos os segmentos .
Cone reto
Todo cone cujo eixo de rotação é perpendicular à base é chamado cone reto,
também denominado cone de revolução. Ele pode ser gerado pela rotação
completa de um triângulo retângulo em torno de um de seus catetos.
g2 = h2 + R2
Secção meridiana
A secção determinada, num cone de revolução, por um plano que contém o
eixo de rotação é chamada secção meridiana.
Se o triângulo AVB for equilátero, o cone também será equilátero:
Volume
Para determinar o volume do cone, vamos ver como calcular volumes de
sólidos de revolução. Observe a figura:
S=área da superfície
Pirâmide
Dados um polígono convexo R, contido em um plano , e um ponto V (vértice)
fora de , chamamos de pirâmide o conjunto de todos os segmentos
.
Elementos da pirâmide
Dada a pirâmide a seguir, temos os seguintes elementos:
base: o polígono convexo R.
arestas da base: os lados do polígono.
arestas laterais: os segmentos .
faces laterais: os triângulos VAB, VBC, VCD, VDE, VEA.
altura: distância h do ponto V ao plano.
Classificação
Uma pirâmide é reta quando a projeção ortogonal do vértice coincide com o
centro do polígono da base. Toda pirâmide reta, cujo polígono da base é
regular, recebe o nome de pirâmide regular. Ela pode ser triangular,
quadrangular, pentagonal etc., conforme sua base seja, respectivamente, um
triângulo, um quadrilátero, um pentágono etc. Veja:
Observações:
Assim, temos:
A base da pirâmide é um polígono regular inscritível em um círculo de
raio OB = R.
AT = AL +AB
em que:
Volume
O princípio de Cavalieri assegura que um cone e uma pirâmide equivalentes
possuem volumes iguais:
Tronco de pirâmide
Se um plano interceptar todas as arestas de uma pirâmide, paralelamente às
suas bases, dividirá o sólido em dois outros: uma nova pirâmide e um tronco de
pirâmide. Dado o tronco de pirâmide regular a seguir, temos:
a) área lateral (AL): soma das áreas dos trapézios isósceles congruentes que
formam as faces laterais.
b) área total (AT): soma da área lateral com a soma das áreas da base
menor (Ab) e maior (AB).
AT =AL+AB+Ab
Volume
O volume de um tronco de pirâmide regular é dado por:
Tronco de cone
Se um plano interceptar todas as arestas de um cone, paralelamente às suas
bases, dividirá o sólido em dois outros: um novo cone e um tronco de cone.
Sendo o tronco do cone circular regular a seguir, temos:
as bases maior e menor são paralelas;
a altura do tronco é dada pela distância entre os planos que contém as bases.
Áreas
Temos:
a) área lateral
b) área total
Volume
Sendo V o volume do cone e V' o volume do cone obtido pela secção, são
válidas as relações:
Esfera
Chamamos de esfera de centro O e raio R o conjunto de pontos do espaço cuja
distância ao centro é menor ou igual ao raio R.
Volume
O volume da esfera de raio R é dado por:
Superfície esférica
A superfície esférica de centro O e raio R é o conjunto de pontos do espaço
cuja distância ao ponto O é igual ao raio R.
Calota esférica
É a parte da esfera gerada do seguinte modo:
A área da calota esférica é dada por:
Fuso esférico
O fuso esférico é uma parte da superfície esférica que se obtém ao girar uma
semicircunferência de um ângulo em torno de seu eixo:
A área do fuso esférico pode ser obtida por uma regra de três simples:
Cunha esférica
Parte da esfera que se obtém ao girar um semicírculo em torno de seu eixo de
um ângulo :
O volume da cunha pode ser obtido por uma regra de três simples: