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Curso Higiene Ocupacional

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Instrutor

Geovane R. Pereira
Grad Eng. Produção
Técnico em Segurança do Trabalho
MTE-RJ: 1127.4
Membro Efetivo da ABHO: 1108
CURSO DE HIGIENE
OCUPACIONAL
O que é Higiene Ocupacional?
Ciência que visa prevenção da doença
ocupacional por meio da antecipação,
reconhecimento, avaliação e controle dos
agentes ambientais.
Objetivos da Higiene Ocupacional?

 Entender e controlar todas as exposições;


 Ter como meta manter todos os trabalhadores com
sua exposição de longo prazo dentro de critérios de
tolerabilidade definidos (LT-MP);
 Identificar e controlar também as exposições
agudas a agentes ambientais;
 Adotar os melhores critérios de tolerabilidade para
as exposições.

3
CURSO DE HIGIENE
OCUPACIONAL
Ciclo da Higiene
Ocupacional CONTROLE ANTECIPAÇÃO

AVALIAÇÃO RECONHECIMENTO

MEDIR X AVALIAR
4
AGENTES FÍSICOS
Os agentes físicos são alguma forma de
energia liberada pelas condições dos
processos e equipamentos a que será
exposto o trabalhador. Sua denominação
habitual: ruído, vibrações, calor/frio
(interações térmicas), vibração, radiações
ionizantes e não ionizantes, pressões
anormais;

5
RUÍDO

Conceito:
Ruído é um som ou conjunto de sons
desagradáveis e/ou perigosos, capazes de
alterar o bem estar fisiológico ou psicológico
das pessoas, de provocar lesões auditivas
que podem levar à surdez e de prejudicar a
qualidade e quantidade do trabalho.
6
RUÍDO
Porque a escala deciBel [dB]?
Unidade de Medida da Pressão Sonora: Pa
1Pa = 1N/m²
Limiar da Audição: 20 μPa a 200000000 μPa
0,00002 a 200 N/m²
20 μPa = 0,00002 N/m² = 0 dB
200000 μPa = 0,2 N/m² = 70 dB
356000 μPa = 0,356 N/m² = 85 dB
200000000 μPa = 200 N/m² = 140 dB
N/m²: Newton por metro quadrado
μPa: microPascal
7
dB: deciBel
Avaliação Ocupacional do Ruído
Base Legal Literatura Técnica

NR – 15 NHO 01 - Fundacentro

8
Avaliação Ocupacional do Ruído
Avaliação Pontual
Instrumentos de Medição Necessários:
Medidor de Nível Sonoro
Calibrador Acústico

Decibelímetro: que instrumento é esse?

9
Avaliação Ocupacional do Ruído
Avaliação Pontual
Ruído de impacto: Aquele que apresenta picos de energia acústica de duração
inferior a 1 (um) segundo, a intervalos superiores a 1 (um) segundo.

Os níveis de impacto deverão ser avaliados com medidor de nível de pressão sonora
operando no circuito linear e circuito de resposta para impacto. As leituras devem
ser feitas próximas ao ouvido do trabalhador. Nos intervalos entre os picos, o ruído
existente deverá ser avaliado como ruído contínuo.
O limite de tolerância para ruído de impacto será de 130 dB (linear). Nos intervalos
entre os picos, o ruído existente deverá ser avaliado como ruído contínuo. Em caso
de não se dispor de medidor do nível de pressão
sonora com circuito de resposta para impacto,
será válida a leitura feita no circuito de
resposta rápida (FAST) e circuito de
compensação "C". Neste caso, o
limite de tolerância será de
120 dB(C).
Fonte NR-15
10
Avaliação Ocupacional do Ruído
Avaliação Pontual

Ruído Contínuo ou Intermitente


 Situação Acústica: cada parte do ciclo de exposição na qual o trabalhador está exposto a
níveis de ruído considerados estáveis.

 Ciclo de Exposição: conjunto de situações acústicas ao qual é submetido o trabalhador, em


sequência definida, e que se repete de forma contínua no decorrer da jornada de trabalho.

 Zona Auditiva: região do espaço delimitada por um raio de 150 mm +- 50 mm, medido a
partir da entrada do canal auditivo.

A avaliação deverá ser feita sempre na zona auditiva do trabalhador.

Observações:
Condições de trabalho que apresentem dinâmica operacional complexa,
como, por exemplo, a condução de empilhadeiras, atividades de
manutenção, entre outras, ou que envolvam movimentação constante do
trabalhador, não deverão ser avaliadas por esses métodos alternativos.
Fonte: NHO 01 – Fundacentro.

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Avaliação Ocupacional do Ruído
Ciclo de Exposição de um Pedreiro

Operando Operando Operando


Betoneira Serra Circular Makita

Situação Acústica 1 Situação Acústica 2 Situação Acústica 3

Ciclo de Exposição

12
Avaliação Ocupacional do Ruído
Cálculo do Ciclo de Exposição
C1 + C2 + C3 + Cn
T1 T2 T3 Tn

Onde:
Cn: tempo total que o trabalhador fica exposto a um nível de ruído
específico;
Tn: máxima exposição diária permissível a este nível.

Se no cálculo exceder a unidade, a exposição estará acima do


limite de tolerância.

13
Avaliação Ocupacional do Ruído
Limites de Tolerância
Contínuo ou Intermitente:
85 dB(A) – 480 minutos

Impacto:
130 dB Linear ou
120 dB(C)

Nível de Ação:
80 dB(A) – 480 minutos
115 dB(A) – Lmax

14
Avaliação Ocupacional do Ruído
Importância do Nível de Ação:
80 dB(A) – 480 minutos
115 dB(A) – Lmax

Teste do Nível de Ação do NIOSH


Se o nível de ação for respeitado num dia típico, existe uma
probabilidade maior que 95% de que o limite de exposição será
respeitado nos outros dias de trabalho (95% de confiança).

15
Validando uma Avaliação
Quanto ao Medidor de Nível Sonoro
- Norma IEC 651 e ANSI S1.4-1983 (Classificação
mínima tipo 2)
- Precisão
- Certificado de Calibração
- Intrínsecamente Seguro
- Possui proteção contra rádio frequência

Quanto ao Calibrador Acústico


- Norma ANSI S1.40-1984 ou IEC 942-1988
(Classificação mínima tipo 2)
- Precisão.
- Certificado de Calibração
16
Avaliação Ocupacional do Ruído
Dosimetria de Ruído

Instrumentos de Medição Necessários:


Audiodosímetro;
Calibrador Acústico.

17
Avaliação Ocupacional do Ruído
Configuração do Dosímetro:

Critério de Referência (CR): nível médio para o qual a exposição, por um


período de 8 horas, corresponderá a uma dose de 100%.

Incremento de Duplicação de Dose (q): incremento em decibels que,


quando adicionado a um determinado nível, implica a duplicação da dose
de exposição ou a redução para a metade do tempo máximo permitido.

Nível Limiar de Integração (NLI): nível de ruído a partir do qual os valores


devem ser computados na integração para fins de determinação de nível
médio ou da dose de exposição.

18
Avaliação Ocupacional do Ruído
Configuração do Dosímetro:
Correlação Português x Inglês
Critério de Referência (CR): Criterion Level (CL)

Incremento de Duplicação de Dose (q): Exchange Rate (q ou ER)

Nível Limiar de Integração (NLI): Threshold Level (TL)

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Avaliação Ocupacional do Ruído
Literatura Técnica x Base Legal
Fatores conflitantes
PARÂMETRO NHO NR-15
Incremento de Duplicação de Dose (q): 3 5
Nível Limiar de Integração 80 85
Configurando o Dosímetro
PARÂMETROS CONFIG. NORMA
Nível Limiar de Integração 80 NHO 01
Incremento de Duplicação de Dose (q): 5 NR-15
Critério de Referência 85 NR-15
20
Avaliação Ocupacional do Ruído
Realizando a Avaliação
a) Realize os ajustes preliminares no equipamento e sua calibração, com
base nas instruções do manual de operação e nos parâmetros corretos.

b) Coloque o medidor no trabalhador a ser avaliado e fixe o microfone


dentro da zona auditiva.

c) Posicione e fixe qualquer excesso de cabo de microfone para evitar


qualquer dificuldade ou inconveniente ao usuário.

d) Adote as medidas necessárias para impedir que o usuário, ou outra


pessoa, possa fazer alterações na programação do equipamento,
comprometendo os resultados obtidos.

e) Inicie o processo de integração somente após o microfone estar


devidamente ajustado e fixado no trabalhador.
21
Avaliação Ocupacional do Ruído
Realizando a Avaliação
f) Cheque o dosímetro periodicamente, durante a avaliação, para se
assegurar de que o microfone está adequadamente posicionado e que o
equipamento está em condições normais de operação.

g) Retire o microfone do trabalhador somente após a interrupção da


medição.

h) Determine e registre o tempo efetivo de medição, sempre que a medição


não cobrir a jornada integral de trabalho.

i) Quando a medição não cobrir toda a jornada de trabalho, a dose


determinada para o período medido deve ser projetada para a jornada
diária efetiva de trabalho, determinando-se a dose diária.

Simulação de Dosimetria de Ruído


22
Avaliação Ocupacional do Ruído
Interpretação dos Resultados:
Limite de Exposição (LE): parâmetro de exposição ocupacional que representa
condições sob as quais acredita-se que a maioria dos trabalhadores possa estar
exposta, repetidamente, sem sofrer efeitos adversos à sua capacidade de ouvir e
entender uma conversa normal.

Limite de Exposição Valor Teto (LE-VT): corresponde ao valor máximo, acima do


qual não é permitida exposição em nenhum momento da jornada de trabalho.

Nível Equivalente (Neq): nível médio baseado na equivalência de energia,


conhecido como LEQ.

Nível de Exposição Normalizado (NEN): nível de exposição, convertido para uma


jornada padrão de 8 horas diárias, para fins de comparação com o limite de
exposição.

Nível Médio (NM): nível de ruído representativo da exposição ocupacional relativo ao


período de medição, que considera os diversos valores de níveis instantâneos
ocorridos no período e os parâmetros de medição predefinidos.
23
Fonte: NHO 01
Avaliação Ocupacional do Ruído

Limites de Exposição:
Correlação Português x Inglês
Limite de Exposição (LE): Threshold Limit Value (TLV)

Limite de Exposição Valor Teto (LE-VT): Threshold Limit Value-Ceiling (TLV-C)

Nível Equivalente (Neq): Equivalent Level (Leq)

Nível Médio (NM): Average Level (Lavg ou TWA)

Fonte: NHO 01

24
Validando uma Avaliação
Quanto ao Dosímetro
- Norma ANSI S1.25-1991 (Classificação mínima do tipo 2)
- Integração de Eventos
- Precisão
- Certificado de Calibração

Quanto ao Calibrador Acústico


- Norma IEC 651 e ANSI S1.25-1991 (classificação mínima tipo 2)
- Precisão
- Certificado de Calibração

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Validando uma Avaliação de Ruído

RESULTADO DA DOSIMETRIA DE RUÍDO


Setor: Fundição
Empregado Avaliado: José da Silva
Data: 08/12/2017 Início: 07:39

Lavg dB(A): 85,0 Dose 8h (%): 100 XXXXX:

Atenuação Método B (NRRsf): 75,0

O que está faltando nesta avaliação?

O que tem de estranho nesta avaliação?


26
Duplo Canal – Dual Channel
Será que estamos fazendo o suficiente??
Segundo nossa NHO 01: Quando forem identificadas
diferenças significativas entre os níveis de
pressão sonora que atingem os dois
ouvidos, as medições deverão
ser realizadas do lado
exposto ao maior nível.

Mas tem como saber antes


de avaliar??
27
Dosimetria em bandas de 1/1 oitava

Pressão Sonora? “Que pressão é essa?”

Nós consideramos a frequência


[Hz] do ruído na avaliação?

Temos um plano B??

28
Dosimetria de Ruído

RESULTADO DA DOSIMETRIA DE RUÍDO EM DUPLO CANAL


N Equip.: 15502 Setor: Manutenção
Função: Planejador de Manutenção Empregado Avaliado:
Atividade:
Data: 01/08/2014 Início: 09:19:58 Tempo: 07:29:15
Lavg L. Máx. Dose 8h ANÁLISE DA FREQUENCIA EM BANDAS DE 1/1 OITAVA (Hz)
Perfil
dB(A) dB(A) (%) 125 250 500 1000 2000 4000 8000
Esquerdo 87,3 137 137,72 64,5 77,7 88 98,4 92,9 81,9 70,4
Direito 83,5 122 80,2 63,7 72,3 81,9 86,3 80,8 74,7 70,7
Atenuação Método B Perfil Esquerdo: 64,3 Atenuação Método A (Longo) Perfil Esquerdo: 68,4
Atenuação Método B Perfil Direito: 60,5 Atenuação Método A (Longo) Perfil Direito: 60,4

29
Dosimetria em bandas de 1/1 oitava

Método Alternativo: C – A
No instrumento de medição
 A Slow
 C Slow

30
Métodos de Atenuação do Protetor Auditivo

Norma S.12.6 da ANSI


A Longo: 98% de confiabilidade
B NRRsf: 84% de confiabilidade
Método mais usado no Brasil

Protetor Auditivo [EPA] CA 14235


Frequência (Hz) 125 250 500 1000 2000 3150 4000 6300 8000 NRRsf
Atenuação dB: 9,2 20,4 28,4 37,4 32,4 - 34,1 - 36,4 21
Desvio Padrão: 4,2 4,7 3,3 5,4 2,8 - 3,8 - 2,8 --

O que fazemos com isto? Método B

31
Métodos de Atenuação do Protetor Auditivo

Norma S.12.6 da ANSI

A Longo: 98% de confiabilidade

Protetor Auditivo [EPA] CA 14235


Frequência (Hz) 125 250 500 1000 2000 3150 4000 6300 8000 NRRsf
Atenuação dB: 9,2 20,4 28,4 37,4 32,4 - 34,1 - 36,4 21
Desvio Padrão: 4,2 4,7 3,3 5,4 2,8 - 3,8 - 2,8 --
Atenuação Assumida
5 15,7 25,1 32 29,6 -- 30,3 -- 33,6 --
do Protetor Auditivo

Utilizamos para o Método A Método B


32
Vibração
“A Prima Rica do Ruído”

Aceleração é a grandeza que determina a taxa de


variação da velocidade em função do tempo.

Unidade de Medida: m/s²


m/s1.75

Base Técnica: NHO 09 e NHO 10

Limites:
AREN, VDV, VDVR, Fator de Crista

Instrumento Necessário: Medidor de Vibração

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Vibração

Unidade de Medida: m/s² (velocidade em função do tempo)


m/s1.75
Base Técnica:
NHO 09: Corpo Inteiro
NHO 10: Mãos e Braços

Limites:
AREN: Aceleração Resultante da Exposição Normalizada
VDV: Valor da Dose de Vibração
VDVR: Valor da Dose de Vibração Resultante
Fator de Crista

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Vibração
Partes que Compõem o Medidor de Vibração:

 Console – Unidade de Medição;

 Acelerômetro de Assento – seat;

 Acelerômetro de Punho.

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Avaliação Triaxial

36
Validando uma Avaliação de Vibração
RESULTADO DA AVALIAÇÃO DE VIBRAÇÃO
Data: 16/03/2018 N Equip.: 10345 Setor: Transporte
Função: Motorista de Caminhão Empregado Avaliado:
Máquina / Veículo: Caminhão Ford Cargo, modelo 1317
Tipo de Assento: Espuma injetada Tipo de Pneu: Sem câmara
Posição do Corpo: Sentado Tipo de Pavimento: Asfalto, bloquetes e terra batida
Operação / Procedimento: Transporte de água através de caminhão.
Jornada de Trabalho: 08h00. Tempo Efetivo de Operação (h:min): 05h00min
Ponderação (WB) Tempo AREN Nível Limite de
Posição NA LT
X Y Z Exp. (Min) (m/s²) de Ação Exposição
Corpo Inteiro – Assento 0,10 0,14 0,12 300 0,18 0,50 1,10 Não Excedido Não Excedido
Fator de Crista Tempo LT Limite de
Posição Máx Nível de Ação
X Y Z Exp. (Min) Fator de Crista Exposição
Corpo Inteiro – Assento 3,91 3,45 4,27 300 4,27 9,0 NA Não Excedido
VDV Tempo VDVR Nível Limite de
Posição NA LT
X Y Z Exp. (Min) (m/s1.75 ) de Ação Exposição
Corpo Inteiro – Assento 1,22 1,64 1,36 300 4,73 9,10 21,0 Não Excedido Não Excedido
Legenda:
AREN: Aceleração Resultante da Exposição Normalizada.
NA: Nível de Ação.
LT: Limite de Tolerância.
VDV: Valor da Dose de Vibração.
VDVR: Valor da Dose de Vibração Resultante.

37
Avaliação Ocupacional do Calor
Calor:
Energia térmica em trânsito e que flui de um corpo
para outro em razão da diferença de temperatura
existente entre eles, sempre do corpo mais quente para
o corpo mais frio.
Temperatura:
É uma grandeza física que
mede o estado de agitação
das partículas de um corpo,
caracterizando seu estado
térmico.
38
Avaliação de Calor
instrumentos de medição necessários:
Conjunto de Termômetros
Medidor de Stress Térmico

- Termômetro de Bulbo Úmido


Pavio deve ser em tecido de algodão branco;
Pavio deve ser umedecido com água destilada.
- Termômetro de Globo
Deve ter 152,4 milímetros pintado
em preto fosco;
Deve ser hermeticamente vedado.
- Termômetro de Bulbo Seco. 39
Fonte: NHO 03
Avaliação de Calor
Situação Térmica: Cada parte do ciclo de exposição onde
as condições do ambiente que interferem na carga térmica a
que o trabalhador está exposto podem ser consideradas
estáveis.

Ciclo de Exposição: Conjunto de situações térmicas ao


qual o trabalhador é submetido, conjugado às diversas
atividades físicas por ele desenvolvidas, em uma sequência
definida, e que se repete de forma contínua no decorrer da
jornada de trabalho.

Fonte: NHO 06

40
Avaliação de Calor
Ciclo de Exposição de um Cozinheiro

Trabalhando Lavando Cortando


no fogão louça alimentos

Situação Térmica 1 Situação Térmica 2 Situação Térmica 3

Ciclo de Exposição

41
Avaliação de Calor
Equações:
Ambientes internos ou externos sem carga solar:
IBUTG = 0,7 tbn + 0,3 tg

Ambientes externos com carga solar:


IBUTG = 0,7 tbn + 0,1 tbs + 0,2 tg

onde:
tbn = temperatura de bulbo úmido natural
tg = temperatura de globo
42
tbs = temperatura de bulbo seco.
Avaliação de Calor
Equações:
______
IBUTG = é o valor IBUTG médio ponderado para
uma hora, determinado pela seguinte fórmula:
______
IBUTG = IBUTG1 x T1 + IBUTG2 xT2...
60
Sendo:
IBUTG = valor do IBUTG no local de trabalho.
T = tempo de exposição em minutos.
43
Avaliação de Calor
_
M = é a taxa de metabolismo média ponderada para uma hora,
determinada pela seguinte fórmula:

_
M = M1 x T1 + M2 x T2...
60
Sendo:
__
M – Taxa metabólica média ponderada no tempo em kcal/h
Mt - taxa metabólica da atividade no local de trabalho.
Tt – tempo total de exercício da atividade em minutos. 44
Avaliação da Temperatura Efetiva
Temperatura efetiva é aquela que produz sensação térmica
equivalente a uma temperatura medida com o ar saturado
(100% de umidade relativa) e praticamente parado. Ou seja,
uma temperatura efetiva de 25oC é aquela que mede 25oC
com umidade de 100% e o ar parado. Essa temperatura
efetiva corresponde, então, a todas as demais combinações
de temperaturas ambientais, umidades relativas do ar e de
velocidade do vento, que produzem a mesma sensação
térmica. (Iida,2005).
Grandezas??

45
Avaliação da Temperatura Efetiva
Base Legal – NR 17:
17.5.2. Nos locais de trabalho onde são executadas atividades que exijam
solicitação intelectual e atenção constantes, tais como: salas de controle,
laboratórios, escritórios, salas de desenvolvimento ou análise de projetos,
dentre outros, são recomendadas as seguintes condições de conforto:
a) níveis de ruído de acordo com o estabelecido na NBR 10152, norma
brasileira registrada no INMETRO;
b) índice de temperatura efetiva entre 20ºC (vinte) e 23ºC (vinte e três
graus centígrados);
c) velocidade do ar não superior a 0,75m/s;
d) umidade relativa do ar não inferior a 40 (quarenta) por cento.

46
Ábaco de Temperatura Efetiva

47
Avaliação da Temperatura Efetiva
Instrumentos de Medição Necessários:

Anemômetro

Termômetro de Bulbo Seco

Higrômetro

Termômetro de Bulbo Úmido

48
Iluminamento
Luminância
A luminância descreve a medição da quantidade de emissão de luz, que
passa através ou é refletida a partir de uma superfície em particular em um
certo ângulo. Ela também indica o quanto de energia luminosa pode ser
percebida pelo olho humano. Isto significa que a luminância indica o brilho
da luz emitida ou refletida de uma superfície.

Iluminância É essa que eu quero!!!


A iluminância é um termo que descreve a medição da quantidade de luz
que cai (iluminando e espalhando) sobre uma determinada área de
superfície. A iluminância também se correlaciona com a forma como os
seres humanos percebem o brilho de uma área iluminada.

49
Iluminamento
Base Técnica
NHO-11 Avaliação dos níveis de iluminamento em ambientes
internos de trabalho

Base Legal
NR – 17, Item 17.5.3 - Em todos os locais de trabalho deve
haver iluminação adequada, natural ou artificial, geral ou
suplementar, apropriada à natureza da atividade.

50
Iluminamento
Instrumento Necessário

Iluminancímetro
• com fotocélula
• com correção do cosseno
• com correção de cor
• com temperatura ambiental
entre 15°C e 50°C, sempre
que possível.

Luxímetro??
Lembra do decibelímetro??
51
Avaliação de Iluminamento
A iluminância deve ser medida no campo de trabalho.
Quando este não for definido, entende-se como tal o nível
referente a um plano horizontal a 0,75 m do piso.

Campo de trabalho
Região onde, para qualquer superfície nela situada, exigem-
se condições de iluminância apropriadas ao trabalho visual a
ser realizado.

52
AGENTES QUÍMICOS
Agentes químicos são substâncias, compostos ou
produtos que podem penetrar no organismo pela via
respiratória, ou que, pela natureza da atividade de
exposição, podem ter contato ou serem absorvidos pelo
organismo através da pele, vias aéreas ou por ingestão.

53
AGENTES QUÍMICOS
Avaliação Qualitativa, é válida?

NR 15 – Anexo 13:

1. Relação das atividades e operações


envolvendo agentes químicos, consideradas,
insalubres em decorrência de inspeção
realizada no local de trabalho. Excluam-se
desta relação as atividades ou operações
com os agentes químicos constantes dos
Anexos 11 e 12.
54
AGENTES QUÍMICOS
NR 15 – Anexo 13 (Avaliação Qualitativa):

HIDROCARBONETOS E OUTROS COMPOSTOS DE


CARBONO
Pintura a pistola com esmaltes, tintas, vernizes e solventes
contendo hidrocarbonetos aromáticos.

Na FISPQ da tinta consta a substância tolueno, e agora?

NR 15 – Anexo 11 (Avaliação Quantitativa):

QUADRO N.º 1
TABELA DE LIMITES DE TOLERÂNCIA
Tolueno – 78 ppm – 290 mg/m³ 55
AGENTES QUÍMICOS
Nós Temos LIMITES!!!
Brasil
NR 15 - Limite de Tolerância:
Concentrações dos agentes químicos presentes no meio
ambiente de trabalho sob as quais acredita-se que a grande
maioria dos trabalhadores pode ficar exposta dia após dia, sem
sofrer efeitos adversos à sua saúde.
- Limite de Tolerância - Média Ponderada: jornada de trabalho
de 8 horas diárias e 48 horas semanais.
- Limite de Tolerância - Valor Teto: concentração máxima que
não pode ser excedida em momento algum da jornada de
trabalho.
NR 09 - Nível de Ação:
0,5 do limite de tolerância 56
AGENTES QUÍMICOS
Os outros também tem LIMITES
EUA
TWA (Time Weighted Average) - Média Ponderada pelo Tempo:
Concentração média ponderada pelo tempo para uma jornada normal
de 8 horas diárias e 40 horas semanais, à qual a maioria dos
trabalhadores pode estar repetidamente exposta, dia após dia, sem
sofrer efeitos adversos à saúde.
STEL (Short-Term Exposure Limit) – Limite de Exposição de Curta
Duração: Exposição média ponderada pelo tempo durante 15 minutos
que não pode ser excedida em nenhum momento da jornada de
trabalho.
Nota: Exposições acima do TLV-TWA, mas abaixo do TLV-STEL devem ter duração
inferior a 15 minutos, não mais que quatro vezes ao dia, com intervalo mínimo de 60
minutos entre as exposições.
TLV-C (Threshold Limit Value – Ceiling) – Limite de Exposição Valor
Teto: é a concentração que não pode ser excedida durante nenhum
momento da exposição do trabalhador.
57
AVALIAÇÃO DE AGENTES
QUÍMICOS
Algumas questões a serem levantadas

Há Limite de Exposição?
Exposição possibilita a avaliação?
Há metodologia válida?

Vamos ao primeiro agente:

58
POEIRAS
Poeiras:
Partículas formadas por ruptura mecânica de um sólido.

Tipos:
Mineral: Granito, mármore, sedimentos.
Vegetal: Madeiras
Animal: Penas de aves, pelagem de
animais.
Metálica: Metais

59
POEIRAS
Limites de Exposição
Poeiras Minerais – Sílica (SiO2): NR – 15
O limite de tolerância para poeira respirável, expresso em mg/m3,
é dado pela seguinte fórmula:

L.T. = _____8____ mg/m3


% quartzo + 2

O limite de tolerância para poeira total (respirável e não -


respirável), expresso em mg/m3, é dado pela seguinte fórmula:

L.T. = _____24_____mg/m3
% quartzo + 3
60
AVALIAÇÃO DE POEIRAS
Poeiras Minerais – Sílica (SiO2): NR – 15

Instrumentos Necessários:

Bomba de Amostragem;

Calibrador de Vazão;

Seletor de Partículas – Ciclone (Nylon, HD ou Alumínio).

Amostrador – Cassete 37 mm de PVC

61
AVALIAÇÃO DE POEIRAS
Poeiras Respiráveis
NIOSH 0600
Vazão: 1,7 L/min – Ciclone de Nylon
2,2 L/min – Ciclone de HD
Volume: 20 a 400 L

Sílica (SiO2)
NIOSH 7602
Vazão: 1,7 L/min – Ciclone de Nylon
2,2 L/min – Ciclone de HD
Volume: 400 a 800 L

Dá pra fazer avaliação poeira total com quantificação de Sílica?

Cálculo:
T: V/Q 62
FUMOS
Ocorrem quando um metal ou plástico é fundido
(aquecido), vaporizado e resfriado rapidamente, formando
partículas muito finas que ficam suspensas no ar.

Tipos:
Fumos Metálicos;
Fumos de Plástico;
Fumos de Asfalto.

63
FUMOS
Limites de Exposição:

Fumos Metálicos

Metais que compõem o eletrodo - FISPQ

NR – 15 - Manganês e Chumbo

ACGIH – Possui uma gama maior de metais

64
AVALIAÇÃO DE FUMOS
METÁLICOS
Metodologia NIOSH 7300

Vazão: 1 a 4 L/min

Volume (min e máx): Chumbo - 50 a 2000 L


Manganês - 5 a 200 L

Logo, nosso volume deve ficar entre?

Cálculo:
T: V/Q
65
AVALIAÇÃO DE FUMOS
Instrumentos Necessários:

Bomba de Amostragem;

Calibrador de Vazão;

Amostrador – Cassete 37 mm de Éster Celulose

66
NÉVOAS
Pequenas gotas que ficam em suspensão em operações
de pulverização de um líquido.

Tipos:
Névoas de Óleo – lava-jato
Névoas Metálicas – “pigmento” – Pintura à pistola

67
AVALIAÇÃO DE NÉVOAS
Óleo Mineral

Limites de Exposição:

ACGIH= 5 mg/m³ (TWA)


10 mg/m³ (STEL)

68
AVALIAÇÃO DE NÉVOAS
Agente: Óleo Mineral

Metodologia: NIOSH 5026

Vazão: 1 a 3 L/min

Volume (min e máx): 20 a 500 L

Cálculo:
T: V/Q

69
AVALIAÇÃO DE NÉVOAS
Agente: Óleo Mineral

Instrumentos Necessários:

Bomba de Amostragem;

Calibrador de Vazão;

Amostrador – Cassete 37 mm com membrana de PVC

70
VAPORES
Fase gasosa de uma substância que em condição normal
de temperatura e pressão (25ºC e 760 mmHg) é sólida ou
líquida.

Tipos:

Tolueno, etanol, xileno, acetato de etila, estireno, ...

Limites de Exposição:

Conforme FISPQ (Ficha de Informações de Segurança de


Produtos Químicos)

71
AVALIAÇÃO DE VAPORES
Agente: Estireno

Metodologia: NIOSH 1501

Vazão: 1 L/min

Volume (min e máx): 1 a 14 L

Cálculo:
T: V/Q

72
AVALIAÇÃO DE VAPORES
Agente: Estireno

Instrumentos Necessários:

Bomba de Amostragem;

Calibrador de Vazão;

Redutor de Vazão;

Amostrador – Tubo de Carvão Ativo 100/50 mg

OBS: No caso de bomba de baixa vazão, não há


necessidade de redutor de vazão.
73
Gases
São substâncias que nas condições normais de
temperatura (25ºC) e pressão (760 mmHg)
encontram-se no estado gasoso.

Exemplos: CO, CO2, H2S...

74
Avaliação de Gases
Limites de Tolerância:

Monóxido de Carbono (CO) - NR 15: 39 ppm

75
AVALIAÇÃO DE GASES
Agente: Monóxido de Carbono

Metodologia: OSHA ID-210

Vazão: 0.01 to 0.05 L/min

Volume (min e máx): 2 a 5 L

Cálculo:
T: V/Q

76
AVALIAÇÃO DE GASES
Agente: Monóxido de Carbono

Instrumentos Necessários:

Bomba de Amostragem;

Calibrador de Vazão;

Redutor de Vazão

Amostrador Balão de tedlar de 5 L


(não exceder 80%)
77
VALIDANDO UMA AVALIAÇÃO
DE SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS
Bomba possui certificado de calibração?

Pode ser acoplado à bomba um redutor de vazão?

A bomba possui sistema de compensação de vazão?

Calibrador possui certificado de calibração?

A avaliação segue a metodologia?

Amostrador é válido? (não está vencido)

Amostrador foi enviado por via terrestre (no caso de bag)?

Amostrador “tratado” de forma correta?


78
EFEITO ADITIVO PARA MISTURAS
Substâncias diferentes que produzem o mesmo efeito
sobre a saúde e atingem o mesmo órgão ou sistema
devem ser consideradas aditivas.

Equação:

C1 + C2 + ... + Cn
T1 T2 Tn

Se a soma das frações exceder a unidade, o limite de


exposição da mistura deverá ser considerado excedido.

Fonte: Livro TLV e BEI (ACGIH)

79
EFEITO ADITIVO PARA MISTURAS
Observemos o quadro abaixo:

Substância Resultado Limite de Base do TLV


Tolerância
ACGIH (ppm)
Dodecil 0,04 0,1 Irritante TRS
Mercaptana
Epicloridrina 0,2 0,5 Irritante TRS
Dietilamina 2 5 Irritante TRS

O nível de ação foi excedido?

Com o cálculo de efeito aditivo para misturas? O que


aconteceu?
80
Agentes Químicos

Se fizermos mais de uma avaliação por exposição / GHE?

R: Ah não, planilha da IHSTAT (AIHA)??

81
Agentes Biológicos
Base Legal: NR 15
Relação das atividades que envolvem agentes biológicos,
cuja insalubridade é caracterizada pela avaliação qualitativa.

“Trabalho ou operações, em contato permanente com...”

Contato permanente?

82
Geovane R. Pereira
27 99616 7394
geovane@vitoriasms.com.br
https://www.linkedin.com/in/geovane-reis-2bba3b40/

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