Zen Budismo para Todos Vol. 1 - Daniel Abreu de Queiroz
Zen Budismo para Todos Vol. 1 - Daniel Abreu de Queiroz
Zen Budismo para Todos Vol. 1 - Daniel Abreu de Queiroz
Para Todos
Versão 1.01
© 2019, Daniel Abreu de Queiroz
ISBN: 9781798523001
Capa: Produção digital, com detalhe da estátua de porcelana “明晚期
德化窯白瓷達摩坐像” (Bodidarma Meditando), feita por autor desconhe-
cido no século XVII, na China.
Todas as imagens utilizadas neste livro foram colhidas na área de
Acesso Público em The Metropolitan Museum of Art.
A162c
Zen Budismo para todos / Daniel Abreu de Queiroz. – Belo
Horizonte: Edição do autor, 2019
ISBN: 9781798523001
2. Religião – Budismo. I. Abreu de Queiroz, Daniel. II. Título
CDD: 290 CDU: 224.245
Daniel Abreu de Queiroz
Zen Budismo
Para Todos
Vol. I:
Esse próprio corpo é o nirvana
Belo Horizonte
Edição do autor
2019
para todos
Prefácio
7
Xícara de chá
9
Nada permanece
11
Uma fornalha
12
Castelos de areia
14
Não persiga labirintos
15
Preferência
16
Não consigo sair de casa
19
Aos monges
22
Escrito pela monja Ryonen em seu leito de
morte
23
Pedras na água
24
Anfitrião e visitante
25
Lingyun e as flores de pêssego
26
Poema ecoando poemas
27
Ao ver a pintura de um pessegueiro em
flor
28
Um velho ditado
29
Cuidado
Cuidado com as formigas ao varrer o chão.
Cobrindo as velas com lanternas de papel,
Para proteger as mariposas.
30
“Desfile de Insetos”
Nishiyama Kan’ei – Japão (Século XIX)
31
O grande tolo da imensa tolerância
33
Livre
34
Caligrafia na balança
36
“Profunda Sinceridade”
(慈雲尊者筆 「至誠心」)
Jiun Sonja – Japão (ca.1780–90)
37
Conhecendo a si mesmo
38
Dinheiro à beira da estrada
39
Fragrância
40
Joshu quando jovem
42
De volta para casa
43
Um fim ao karma ruim
45
Como?
46
Remix da iluminação imediata
A Verdade é percebida
De forma instantânea.
As Seis Virtudes e as Dez Mil Práticas
Amadurecem completamente.
48
Nada se compara
49
Apalpando como um cego
51
O Caminho está próximo
53
Mais do mesmo
54
Mais e mais...
55
Nem sim, nem não
56
Procurando os dedos com a mão
57
Como se estivessem num sonho
58
Peixes se divertem?
59
Zhuangzi
60
De quando as pessoas viajavam a pé
61
“Hodogaya na Estrada Tokaido,
Trinta e Seis Perspectivas do Monte Fuji”
da série
(冨嶽三十六景 東海道保土ケ谷)
Katsushika Hokusai – Japão (ca. 1830)
62
Dando duro
63
Hanshan
64
Nem uma única gota
65
Redemoinho de poeira
66
Surdo e mudo
67
Definição de kalpa
68
Si mesmo e outro
A transmissão verdadeira
Evita combates inúteis.
Kalpas e kalpas de desiluminação
Erguem-se do sentimento de si mesmo e ou-
tro.
Carregar si mesmo e outro é uma bagagem pe-
sada.
Quando o vazio encara uma borboleta,
O corpo inteiro fica leve.
69
Agradecer exatamente a quê?
71
Em cima da ponte
73
O outro lado do rio
74
Carregando uma moça
75
A velocidade em que a vida vai
76
O riacho como um travesseiro
77
Ensinamento além das palavras
78
Acelere!
79
O eco
80
Hyakujo e Baso
82
Em alguma parte
83
Vacas e cachorros
84
O oceano tem água?
85
Se você não perguntar, como vai saber?
86
E agora?
87
Um pardal na estátua de Buda
88
Correntezas em cambalhotas
89
O animal satori
90
Bobo Roshi
92
Despedida Entre Amantes: A Cortesã e Seu Amante
Kitagawa Utamaro – Japão (ca. 1800)
93
Pra cada coisa, um começo
94
O Bárbaro Ruivo Barbado que veio do
Oeste e uma cadeira por perto
95
Hsiang Lin
96
Um segundo balde
97
Uma árvore no jardim
98
Musgo
99
Fake news
100
Aqui não...
101
Idiota
102
Nem eu
103
Um único verso zen
104
Como uma agulha
105
Água na bandeja-d’água
106
Como entre o orvalho e a cor da folha
107
Dois lados de um mesmo milagre
108
Cuidado: é particularmente difícil de re-
mover dos olhos
109
Segura essa
110
De verdade
111
Lâmpada em plena luz do dia
112
“caixa com desenho de hossu”
Autor desconhecido – Japão (Século XIX)
113
Cabeças inchadas
114
O cachorro e a Lua
116
Nem lua, nem dedo
É usando o dedo
Que pode-se apontar para a lua.
É por causa da lua
Que pode-se compreender o dedo apontado.
A lua e o dedo
Não são diferentes nem iguais.
Essa ilustração é utilizada apenas
Para guiar os estudantes em direção à ilumi-
nação.
Quando você realmente vê as coisas como elas
são,
Não há mais a lua, nem o dedo.
117
Reto e em frente, como uma flecha
Aponte diretamente
Para a mente;
Veja a sua natureza
E se torne Buda!
118
Labirintos não levam a Roma
Ensinamento
Além do ensinamento;
Nenhum aprendizado
Em palavras e símbolos.
119
Esse encontro seria exatamente como e
entre quem?
Encontrando Shakyamuni,
Mate-o!
Encontrando Bodidarma,
Mate-o também!
120
Muito alto
121
Famosa metáfora
Dois espelhos
Refletem um ao outro.
122
Onde estamos?
123
Mandando o super
124
Retrato falado
Quando espalhada,
Cobre todo o mundo;
Quando retraída,
Não há espaço para um cabelo.
125
Grávido vazio
Chame -
Não há resposta.
Observe -
Não tem forma.
126
Curto e grosso
Palavras
Falham.
127
Aprendizado além do ensinamento
A pessoa que
Já bebeu da água,
Sabe se está
Quente ou fria.
128
Simples assim
129
Vento suave
130
Poderes sobrenaturais? Claro!
131
Constrangimentos zen budistas
Que vergonha.
Sei que não é grande coisa,
Mas eu chupei todo o doce
Da suculenta ameixa
Do mundo.
132
Hyakujo e a raposa
136
Comentário:
Verso:
137
Vai e volta
138
Adivinha...
Se você acha
Que a pessoa iluminada
É controlada
Ou não é controlada,
A raposa
É você!
139
Magnífico naufrágio
140
A “Pureza Original” do mestre Langye
Comentário:
Verso:
144
“Bodisatva Guanyin de onze-cabeças”
(清乾隆 滿繡十一面觀音唐卡)
Autor desconhecido – China (1778)
145
Que frio
146
Wang-Bangue
147
Nada além disso
148
Muitas vezes é difícil pensar em um título
Vida longa;
Os pinheiros selvagens também desejam.
149
O peixe e a rede
Comentário:
Verso:
151
Esse próprio corpo é o nirvana
152
Auréolas à tarde; chifres à noite
155
Frágil
156
Estamos aqui
157
Tanto faz
158
Todo mundo se entristece
159
Íntimo e sozinho
160
Triste por quê?
161
De cabelo raspado e batina, um monge
parece uma tartaruga
162
Sem comida, mais uma vez
163
Tudojuntoaomesmotempoagora
164
Carta a um amigo
O tempo esfriou
E este vaga-lume
Deixou de brilhar.
Será que um coração caridoso
Poderia me enviar um pouco de saquê?
165
Ei você
166
Tentação
Peônias selvagens
No topo de sua glória.
O mais perfeito desabrochar.
Preciosas demais para colher;
Preciosas demais para não colher.
167
De um monge nascido em 1394
168
Cansado de nomes
Cansado de santidade
Ou de Seja-lá-qual-for-o-nome-que-você-prefe-
re.
Cansado de nomes.
Dedicando cada poro ao que está aqui.
169
Cansado até de aplauso
Poesia é ridículo
Escreva e orgulhe-se.
Pavoneie-se para o espelho.
Acredite que sabe.
170
Ralhando com os outros
Caia de joelhos
Como um tolo.
Reze.
Para quê?
Amanhã é ontem.
171
Procurando em vão
172
Fumaça
173
Lu
175
E se Lu entrar pela porta?
176
Orgulhoso
178
Mais um pouco de Yoka Daishi
Os filhos de Shakyamuni,
São notoriamente esfarrapados.
Apesar de sua aparência,
Sua vida espiritual não conhece a miséria.
Por ser pobre, veste-se em trapos.
No coração, leva uma joia de valor inestimá-
vel.
A pessoa iluminada
Caminha sozinha
E atravessa sozinha.
A sua vida é uma música.
181
Dois lados de um mesmo pano
182
Nanyue polindo um tijolo
Verso:
185
Meditando formalmente
186
“Bodidarma Meditando”
(明晚期 德化窯白瓷達摩坐像)
Autor desconhecido - China (século XVII)
187
Um pedaço de verdade
188
Apenas a primavera pode
189
“Cortina com desenho de cerejeira em flor”
Autor desconhecido - Japão (século XIX)
190
Performance de atos
191
Quem mais pode te ajudar
192
O mestre é você
193
Pergunte à pessoa certa
194
Aqui
195
Açúcar refinado e manteiga clareada
196
Depois de tamanha disputa
197
Você é feliz
198
A iluminação de Pangyun
Comentário:
Verso:
200
Mapa do tesouro
A localização da mani-joia
Permanece um mistério para a maioria.
Cada um a possui:
Escondida profundamente
No tesouro do tudojuntoaomesmotempoagora.
201
Por mais que se use a essa joia, ela não se gas-
ta.
Podem beneficiar-se dela todos os interessa-
dos;
Sem nenhuma restrição e em qualquer oca-
sião –
Sem reserva alguma e por toda a eternidade.
A pessoa iluminada
Tem a compreensão total de uma só vez.
A pessoa média, ou inferior, na falta de uma
verdade profunda,
Pode até aprender muito, mas acredita em
pouco.
202
Transparente
Todos os pensamentos
Esgotados;
Vou até a floresta
E colho
Ervas para comer.
Como o córrego,
Atravessando
Fendas musguentas,
Quietamente eu também
Fico transparente.
203
Quando cai a ficha
204
Qual realidade?
205
Conselhos de Zengetsu
207
Ryokan: “Minhas regras”
209
Risadas por toda parte
210
Na verdade, funciona assim
211
Covarde!
212
Sutra do coração
Escute, Sariputra,
Este próprio corpo é o Vazio.
O próprio Vazio é este corpo.
Este Corpo não é diferente do Vazio
E o Vazio não é diferente deste Corpo.
O mesmo acontece com as emoções,
Sentimentos, símbolos e consciência.
Escute, Sariputra,
Todo fenômeno carrega a marca do Vazio
E sua verdadeira natureza
É a natureza do não-nascimento e do não-ex-
termínio;
A natureza onde não há mácula, nem pureza;
A natureza do que não aumenta, nem dimi-
nui.
213
Sem olho, ouvido, nariz, língua, corpo, ou men-
te;
Sem forma, cheiro, som, textura, gosto ou sím-
bolo que lhe represente.
Desde o Reino da Não-visão,
Até que chegamos ao Reino da Não-consciên-
cia;
Para o Vazio, não há entidades separadas e
independentes.
215
Vazio manifesto na forma
216
O filho do ladrão
218
Hua tou
219
Aproveite o morango
220
Tem, mas acabou
222
Índice:
Prefácio 5
Xícara de chá 8
Nada permanece 10
Uma fornalha 12
Castelos de areia 13
Não persiga labirintos 15
Preferência 16
Não consigo sair de casa 17
Aos monges 20
Escrito pela freira Ryonen em seu leito de morte 23
Pedras na água 24
Anfitrião e visitante 25
Lingyun e as flores de pêssego 26
Poema ecoando poemas 27
Ao ver a pintura de um pessegueiro em flor 28
Um velho ditado 29
Cuidado 30
O grande tolo da imensa tolerância 32
Livre 34
Caligrafia na balança 35
Conhecendo a si mesmo 38
Dinheiro à beira da estrada 39
Fragrância 40
Joshu quando jovem 41
De volta para casa 43
Um fim ao karma ruim 44
Como? 46
Remix da iluminação imediata 47
Nada se compara 49
Apalpando como um cego 50
O Caminho está próximo 52
Mais do mesmo 54
223
Mais e mais... 55
Nem sim, nem não 56
Procurando os dedos com a mão 57
Como se estivessem num sonho 58
Peixes se divertem? 59
Zhuangzi 60
De quando as pessoas viajavam a pé 61
Dando duro 63
Hanshan 64
Nem uma única gota 65
Redemoinho de poeira 66
Surdo e mudo 67
Definição de kalpa 68
Si mesmo e outro 69
Agradecer exatamente a quê? 70
Em cima da ponte 72
O outro lado do rio 74
Carregando uma moça 75
A velocidade em que a vida vai 76
O riacho como um travesseiro 77
Ensinamento além das palavras 78
Acelere! 79
O eco 80
Hyakujo e Baso 81
Em alguma parte 83
Vacas e cachorros 84
O oceano tem água? 85
Se você não perguntar, como vai saber? 86
E agora? 87
Um pardal na estátua de Buda 88
Correntezas em cambalhotas 89
O animal satori 90
Bobo Roshi 91
Pra cada coisa, um começo 94
224
O Bárbaro Ruivo Barbado que veio do Oeste e uma
cadeira por perto 95
Hsiang Lin 96
Um segundo balde 97
Uma árvore no jardim 98
Musgo 99
Fake news 100
Aqui não... 101
Idiota 102
Nem eu 103
Um único verso zen 104
Como uma agulha 105
Água na bandeja-d’água 106
Como entre o orvalho e a cor da folha 107
Dois lados de um mesmo milagre 108
Cuidado: é difícil de remover dos olhos 109
Segura essa 110
De verdade 111
Lâmpada em plena luz do dia 112
Cabeças inchadas 114
O cachorro e a Lua 115
Nem lua, nem dedo 117
Reto e em frente, como uma flecha 118
Labirintos não levam a Roma 119
Esse encontro seria exatamente como e entre quem? 120
Muito alto 121
Famosa metáfora 122
Onde estamos? 123
Mandando o super 124
Retrato falado 125
Grávido vazio 126
Curto e grosso 127
Aprendizado além do ensinamento 128
Simples assim 129
225
Vento suave 130
Poderes sobrenaturais? Claro! 131
Constrangimentos zen budistas 132
Hyakujo e a raposa 133
Vai e volta 138
Adivinha... 139
Magnífico naufrágio 140
A “Pureza Original” do mestre Langye 141
Braços e olhos de Guanyin 142
Que frio 146
Wang-Bangue 147
Nada além disso 148
Muitas vezes é difícil pensar em um título 149
O peixe e a rede 150
Esse próprio corpo é o nirvana 152
Auréolas à tarde; chifres à noite 153
Frágil 156
Estamos aqui 157
Tanto faz 158
Todo mundo se entristece 159
Íntimo e sozinho 160
Triste por quê? 161
De cabelo raspado e batina, um monge parece uma
tartaruga 162
Sem comida, mais uma vez 163
Tudojuntoaomesmotempoagora 164
Carta a um amigo 165
Ei você 166
Tentação 167
De um monge nascido em 1394 168
Cansado de nomes 169
Cansado até de aplauso 170
Ralhando com os outros 171
Procurando em vão 172
226
Fumaça 173
Lu 174
E se Lu entrar pela porta? 176
Orgulhoso 177
Mais um pouco de Yoka Daishi 179
Dois lados de um mesmo pano 182
Nanyue polindo um tijolo 183
Meditando formalmente 186
Um pedaço de verdade 188
Apenas a primavera pode 189
Performance de atos 191
Quem mais pode te ajudar 192
O mestre é você 193
Pergunte à pessoa certa 194
Aqui 195
Açúcar refinado e manteiga clareada 196
Depois de tamanha disputa 197
Você é feliz 198
A iluminação de Pangyun 199
Mapa do tesouro 201
Transparente 203
Quando cai a ficha 204
Qual realidade? 205
Conselhos de Zengetsu 206
Ryokan: “Minhas regras” 208
Risadas por toda parte 210
Na verdade, funciona assim 211
Covarde! 212
Sutra do coração 213
Vazio manifesto na forma 216
O filho do ladrão 217
Hua tou 219
Aproveite o morango 220
Tem, mas acabou 221
227