Slide - Movimentos Sociais Na República Velha
Slide - Movimentos Sociais Na República Velha
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Fanatismo religioso,
Durante a República Oligárquica ocorreu centrado na figura do
padre Cícero
um serie de movimentos sociais que
refletiam a frustação de grandes partes da
sociedade com a politica implementada Fenômeno do
cangaço em todo
pelas elite brasileiras. Por meio desses o Nordeste.
movimentos, camponeses, operários,
marinheiros e pobres em geral
Guerra de
expressavam suas reivindicações, Canudos
normalmente associadas as precárias
condições de vida e de trabalho. Greves
operarias
Revolta contra a vacina
Guerra do
Contestado
Revolta da Chibata
Canudos-movimento rural
Movimentos rurais
Nas três primeiras décadas da republica, o Brasil era um pais tipicamente agrário.
Calcula-se que cerca de 70% da população habitava o campo nesse período. A
maioria dos trabalhadores rurais não era proprietária da terra ou vivia da pequena
lavoura de subsistência, não tendo acesso a assistência medica e a educação. Esse
cenário desfavorável contribuiu de forma significativa para a eclosão de agitações
sociais que ocorreram na zona rural durante a Primeira República.
Antônio conselheiro e os sertanejos de Canudos
Antônio Vicente Mendes Maciel, o Antônio Conselheiro, foi um líder do
movimento messiânico que reuniu milhares de sertanejos no arraial de Canudos,
no Nordeste da Bahia, à margem do rio Vasa- Barris, onde resistiu às tropas do
Governo Federal.
A comunidade de canudos praticava a agricultura ,artesanato e a criação de
animais. O excedente da produção era vendidos nos municípios vizinhos. No arraial
havia duas escolas, lojas, e diversas moradias.
Guerra de Canudos (1896-1897)
Guerra de Canudos, ou Campanha de Canudos, foi o confronto entre o Exército Brasileiro e os
integrantes de um movimento popular de fundo sócio religioso liderado por Antônio
Conselheiro, que durou de 1896 a 1897, na comunidade de Canudos, no interior do estado da
Bahia, no nordeste do Brasil. Quatro expedições foram realizadas pelos governo estadual e
federal e enviadas a região pra prender Antônio Conselheiro e dissolver de canudos.
Nas três primeiras tentativas das tropas governistas em combater o arraial de Canudos
nenhuma foi bem sucedida. Os sertanejos e jagunços se armaram e resistiram com força contra
os militares. Na quarta tentativa, o governo da Bahia solicitou apoio das tropas federais. Militares
de várias regiões do Brasil, usando armas pesadas, foram enviados para o sertão baiano.
Massacraram os habitantes do arraial de Canudos de forma brutal e até injusta. Crianças,
mulheres e idosos foram mortos sem piedade. Cerca de 7 mil soldados com 18 canhões
investiram contra canudos. Os combates se iniciaram em junho, e em, agosto, mais de 3 mil
soldados foram enviados a região em outubro quando ocorreu a ofensiva final contra canudos
praticamente toda a população local já havia sido exterminada. Os poucos sobreviventes foram
feitos prisioneiros. Antônio Conselheiro foi morto durante a batalha em 22 de setembro de 1897
provavelmente por ferimentos causados por uma granada.
A Guerra do Contestado (1912-1916)
A Guerra do Contestado foi um conflito armado que ocorreu na região Sul do Brasil, entre
outubro de 1912 e agosto de 1916. O conflito envolveu cerca de 20 mil camponeses que
enfrentaram forças militares dos poderes federal e estadual. Ganhou o nome de Guerra do
Contestado, pois os conflitos ocorrem numa área de disputa territorial entre os estados do
Paraná e Santa Catarina.
A estrada de ferro entre São Paulo e Rio Grande do Sul estava sendo construída por uma
empresa norte-americana, com apoio dos coronéis da região e do governo. Para a construção da
estrada de ferro, milhares de família de camponeses perderam suas terras. Este fato, gerou
muito desemprego entre os camponeses da região, que ficaram sem terras para trabalhar. Outro
motivo da revolta foi a compra de uma grande área da região por de um grupo de pessoas
ligadas à empresa construtora da estrada de ferro. Esta propriedade foi adquirida para o
estabelecimento de uma grande empresa madeireira, voltada para a exportação. Com isso,
muitas famílias foram expulsas de suas terras.
Nesta época, as regiões mais pobres do Brasil eram terreno fértil
para o aparecimento de lideranças religiosas de caráter messiânico.
Na área do Contestado não foi diferente, pois, diante da crise e
insatisfação popular, ganhou força a figura do beato José Maria. Este
pregava a criação de um mundo novo, regido pelas leis de Deus, onde
todos viveriam em paz, com prosperidade justiça e terras para
trabalhar. José Maria conseguiu reunir milhares de seguidores,
principalmente de camponeses sem terras.
Os primeiros choques armados ocorreram em 1912, O governo
passou a acusar o beato de ser um inimigo da República, que tinha
como objetivo desestruturar o governo e a ordem da região. Com isso,
policiais e soldados do exército foram enviados para o local, com o
objetivo de desarticular o movimento. Os soldados e policiais
começaram a perseguir o beato e seus seguidores. Armados de
espingardas de caça, facões e enxadas, os camponeses resistiram e
enfrentaram as forças oficiais que estavam bem armadas. Nestes
conflitos armados, entre 5 mil e 8 mil rebeldes, na maioria
camponeses, morreram. A guerra terminou somente em 1916,
quando as tropas oficiais conseguiram prender Adeodato, que era um
dos chefes do último reduto de rebeldes da revolta. Ele foi condenado
a trinta anos de prisão.
O cangaço
Entre o final do século XIX e começo do XX (início da República), surgiu, no
nordeste brasileiro, grupos de homens armados conhecidos como
cangaceiros. Estes grupos apareceram em função, principalmente, das
péssimas condições sociais da região nordestina. O latifúndio, que
concentrava terra e renda nas mãos dos fazendeiros, deixava as margens da
sociedade a maioria da população.
O cangaço foi um fenômeno social, caracterizado por atitudes violentas
por parte dos cangaceiros. Estes, que andavam em bandos armados,
espalhavam o medo pelo sertão nordestino. Promoviam saques a fazendas,
atacavam comboios e chegavam a sequestrar fazendeiros para obtenção de
resgates. Aqueles que respeitavam e acatavam as ordens dos cangaceiros
não sofriam, pelo contrário, eram muitas vezes ajudados. Esta atitude, fez
com que os cangaceiros fossem respeitados e até mesmo admirados por
parte da população da época.
Como não seguiam as leis estabelecidas pelo governo, eram perseguidos constantemente pelos
policiais. Usavam roupas e chapéus de couro para protegerem os corpos, durante as fugas, da
vegetação cheia de espinhos da caatinga.
Existiram diversos bandos de cangaceiros. Porém, o mais conhecido e temido da época foi o
comandado por Lampião (Virgulino Ferreira da Silva), também conhecido pelo apelido de “Rei do
Cangaço”. O bando de Lampião atuou pelo sertão nordestino durante as décadas de 1920 e 1930.
Morreu numa emboscada armada por uma volante, junto com a mulher Maria Bonita e outros
cangaceiros, em 29 de julho de 1938. Tiveram suas cabeças decepadas e expostas em locais
públicos, pois o governo queria assustar e desestimular esta prática na região. Depois do fim do
bando de Lampião, os outros grupos de cangaceiros, já enfraquecidos, foram se desarticulando até
terminarem de vez ,no final da década de 1930.
Movimentos urbanos- A Revolta da Vacina(1904)
Movimentos urbanos
O desenvolvimento industrial foi acompanhado pelo processo de
crescimento das cidades, principalmente no Sul e no Sudeste do Brasil , que
se expandiram sem planejamento urbano e politicas publicas de saúde e
habitação. Além disso , a modernização ocorrida nos grandes centros
urbanos entre o fim do século XIX e inicio XX não beneficiou todas as regiões
camadas sociais da mesma maneira.
A Revolta da Vacina (1904)
A Revolta da Vacina foi uma revolta popular ocorrida na cidade do Rio de
Janeiro entre os dias 10 e 16 de novembro de 1904. Ocorreram vários
conflitos urbanos violentos entre populares e forças do governo (policiais e
militares).
A principal causa foi a campanha de vacinação obrigatória contra a varíola,
realizada pelo governo brasileiro e comandada pelo médico sanitarista Dr.
Oswaldo Cruz. A grande maioria da população, formada por pessoas pobres
e desinformadas, não conheciam o funcionamento de uma vacina e seus
efeitos positivos. Logo, não queriam tomar a vacina.
O que aconteceu durante a revolta
- Muitas pessoas se negavam a receber a visita dos agentes públicos que deviam aplicar a
vacina, reagindo, muitas vezes, com violência.
- Prédios públicos e lojas foram atacados e depredados
- Trilhos foram retirados e bondes (principal sistema de transporte da época) foram virados.