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Apostila CTV 9º Ano PDF
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UNIVERSO
O Universo é tudo o que existe, a matéria a energia e o próprio espaço, não sendo possível
definir-lhe o limite. Actualmente aceita-se que esses limites estão a aumentar num processo de
expansão no qual o universo se desenvolve em todas as direcções.
O termo Universo pode ser usado em sentidos contextuais ligeiramente diferentes, denotando
conceitos como o cosmo, o mundo ou natureza.
Teoria Do Big-Bang
A explicação melhor aceite pelos cientistas é a teoria do big-bang. Segundo esta teoria, a
situação inicial seria a de uma pequena bola de densidade infinita e com uma temperatura de
milhões de graus, contendo toda a massa do universo. Posteriormente, deu-se uma gigantesca
explosão o big-bang que marcaria o inicio da explosão do universo e espalharia a matéria que iria
formar as estrelas, os planetas e outros astros. Esses astros não se formariam de modo
desordenado, mas sim ir-se-iam agrupados em conjuntos de astros.
CONSTITUIÇÃO DO UNIVERSO
O universo é constituído por centenas de milhar de milhões de galáxias formadas por: gases
poeiras e uma infinidade de corpos celestes;
Galáxias → são grandes aglomerados de bilhões de estrelas, gases e poeiras cósmicas unidas
por forças gravitacionais e girando em torno de um centro de massa comum.
Classificação Das Galáxias
O astrónomo Eduino Hubble classificou as galáxias quanto a forma como as estrelas se dispõem
umas as outras em:
A Nossa Galáxia
A galáxia em que nos encontramos, é a via láctea também designado por estrada de Santiago.
É uma galáxia em espiral, tem um núcleo central onde a densidade das estrelas é maior e dois
braços em espiral. Num dos braços se localiza o sistema solar. A via láctea é uma galáxia grande
que contém mais de 100.000 milhões de estrelas.
O diâmetro da Via Láctea é de cerca de 10.000 anos-luz.
O sistema solar dista de 27.000 anos-luz do núcleo central da Via Láctea.
DISTÂNCIAS NO UNIVERSO – unidades de medidas do universo.
Uma Unidade Astronómica (UA) corresponde por definição à distância da Terra ao Sol.
Um ano-luz - ( a.l.) é a distância que um raio de luz percorre em um ano. Um raio de luz do Sol
demora 8,3 minutos a chegar à Terra.
O parsec é uma unidade ainda maior e utiliza-se para indicar distâncias no Universo para além
do Sistema Solar.
O que precisas de saber:
a velocidade da luz é 300 000 km/s ou seja 3,00 x 108 m/s
1 UA = 150 milhões de km ou seja 1 UA = 1,50 x 108 km (unidade astronómica)
1 a.l. = 9,5 biliões de km ou seja 1 a.l.=9,5 x 1015 km (anos-luz)
1 pc = 3,26 a.l. (parsec)
Para podermos calcular as distâncias no Universo recorremos a uma regra de três simples para
efectuar os cálculos.
Desta forma, por exemplo 3,5 UA são 3,5 x 150 milhões de km = 525 milhões de km ou seja:
1 UA --------------- 150 milhões de km
3,5 UA ------------ x
x = 150 milhões de k x = 525 milhões de km
Exercício: A Estrela Polar está 252 pc da Terra. Calcula essa distância em anos-luz.
Resolução: 1 pc -------------------- 3,26 a.l.
252 pc ------------------ x
x x = 822 a.l.
R: A Estrela Polar está a 822 a.l. da Terra. O que quer dizer que a luz que vemos demorou 822
anos a chegar à Terra.~
Sistema solar – conjunto formado por uma estrela (sol) por todos os astros que giram a sua
volta.
CONSTITUIÇÃO O SISTEMA SOLAR
O sistema solar é constituído por: uma estrela, o Sol, oito planetas principais que giram em torno
do Sol (Mercúrio, Vénus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Úrano e Neptuno), planetas
secundários, satélites naturais ou lua, planetas anãs como Plutão, Ceres, Éris e pequenos corpos
tais como os cometas e os astróides (cintura de astróides) e meteoritos. Existe ainda um meio
interplanetário constituído por material de natureza diversa.
Vários equipamentos têm fornecido um número cada vez maior de informação sobre o universo e
em especial o sistema solar. Foi Galileu o primeiro que descobriu pormenores dos astros, do
século XVI com a sua luneta astronómica.
Telescópios – instrumentos utilizados pelos astrónomos para observar estrelas. Mas permite
estudar o sistema solar, os planetas, nuvens gasosas da via láctea e as galáxias longínquas.
Temos dois tipos de telescópios:
Telescópios espaciais – são colocados em orbita acima da atmosfera para se obter maior
imagem do espaço.
Satélites artificiais – são aparelhos que os cientistas enviam para o espaço para nos transmitir
imagens captadas ao girarem em torno da terra e de outros
planetas. Tem diferentes utilizações, por exemplo: nas
telecomunicações e na meteorologia.
O Ambiente Pré-Biótico
ACREÇÃO
Admite-se que todos os protoplanetas do Sistema Solar, na sua fase final de formação, por efeito
gravitacional agregaram-se a si materiais residuais da nebula, dando origem a corpos
sucessivamente maiores. Por efeito de uma contracção gravítica subsequente, deu-se uma
redução de volume (fig 1).
O conhecimento actual sobre o sistema solar leva-nos a supor que a temperatura a que se deu a
acreção dos planetas seria menor à medida que nos afastamos do Sol. Deste modo, a
temperatura avaliada para a acreção da Terra situa-se entre os 127ºC.
DIFERENCIAÇÃO
Durante os primeiros anos (4.5 a 4.2 mil milhões de anos) o protoplaneta, diferenciado, terá
sofrido um conjunto de transformações, das quais resultou um aquecimento da ordem dos 5000
ºC no interior e cerca de 1000 ºC na parte externa. Julga-se que, para este aquecimento, terão
concorrido principalmente os seguintes fatores (fig 2):
Em resultado deste aquecimento, tudo leva a crer que não haveria terra firme, nem oceanos, nem
lagos. A água que eventualmente esguichava em jactos de vapor de água das entranhas da terra
seria tão quente que permaneceria na alta atmosfera sob a forma gasosa. Os metais mais
pesados, como o ferro e o níquel; que devem ter constituído o primeiro conjunto que se fundiu,
formaram uma camada mais densa e progressivamente mais espessa. Esta camada, ao afundar-
se, constitui o núcleo, na parte central da terra.
Ao mesmo tempo que decorria a diferenciação da crosta ter-se-ão libertado, do interior quente da
terra, vapor de água, dióxido de carbono e outros gases, responsáveis pela hidrosfera e
atmosfera primitivas.
Na terra actual os oceanos ocupam 75% da superfície, enquanto os continentes apenas ocupam
os 25% restante. A configuração de uns e outros tem variado no decorrer dos tempos. Existe
ainda a atmosfera, com uma composição peculiar que permite o desenvolvimento da vida.
Formação dos continentes – existe uma ideia muito vaga relativamente ao modo como se
teriam formado os continentes. Supõe-se que a lava, fundido da parte fundida interna da terra, se
espalharia à superfície e, formaria uma fina crosta. Esta crosta primitiva, fundindo e solidificando
repetidas vezes, permitiu a separação gradual dos componentes menos densos, que se
distribuíram à superfície. Expostos posteriormente à acção das águas das chuvas e de outros
agentes, seriam fragmentados e alterados. O produto final de tal processo foi a formação de
áreas continentais primitivas que cresceram com a continuação do processo.
Origem dos oceanos – a água que constitui os oceanos poderia ter tido a sua origem nos
cometas, segundo alguns astrofísicos, pois que a riqueza dos cometas em água é cerca de 95%
da totalidade dos seus componentes. Para originar os oceanos bastaria que 25% dos impactos
meteoríticos, ocorridos durante os 500 primeiros M.a. da história da terra, fossem provocados por
fragmentos dos cometas.
Estudos mais recentes, contudo parecem apoiar mais a hipótese da origem interna da água dos
oceanos a partir da desgaseificação do manto terrestre ocorrida durante a intensa atividade
vulcânica.
Na terra primitiva, ainda com a crosta recém-formada muito quente, os fenómenos de vulcanismo
seriam generalizados.
Por todas as fissuras havia derrame de lavas e juntamente seriam libertadas grandes quantidades
de gases.
Os cientistas pensam que 80 a 85% dos gases atmosféricos resultam da desgaseificação da terra
durante os primeiros cem milhões de anos da sua existência. O resto ter-se-ia formado
lentamente durante os 4400 M.a restantes.
Foi com base nas medidas feitas de certos elementos radioactivos, que os geofísicos chegaram a
essa conclusão.
No decorrer dos tempos, vários modelos foram propostos para a composição da atmosfera
primitiva. Um destes modelos gozou de bastante aceitação durante vários anos. Segundo ele a
atmosfera primitiva corresponderia a uma mistura de metano (CH4), amoníaco (NH3), vapor de
água e hidrogénio. Deveria ter ainda monóxido ou mesmo algum dióxido de carbono, sulfureto de
hidrogénio e dióxido sulfuroso em proporções ainda indeterminadas.
Esta atmosfera primitiva teria sido próxima da mistura gasosa emitida pelos vulcões actuais, mas
com menor oxigenação e maior grau de hidrogenação. Teria um caracter redutor ou neutro,
contrariamente à atmosfera actual, que apresenta características oxidantes.
Provavelmente essa atmosfera primitiva teria evoluído para a atmosfera actual. O vapor de água
dissociar-se-ia em hidrogénio e oxigénio. O hidrogénio por ser pouco denso, escapar-se-ia para o
espaço e oxigénio combinar-se-ia com vários componentes. Combinando-se com o NH3 poderia
formar N2 e H2O; reagindo com o CH4 teria originado CO2 e H2O. Poderia ainda combinar-se
com diversos materiais da crosta terrestre, originando óxidos.
Hoje, à luz de novas investigações científicas, outros modelos são propostos para a composição
e evolução da atmosfera primitiva.
Segundo o modelo considerado na figura (8), na atmosfera primitiva o CO2 e o N2 deveriam ser
predominantes. Haveria vestígios de CH4,NH3,SO2 e HCl. Com o decorrer dos tempos, a
atmosfera teria evoluído para a composição que apresenta na actualidade.
Existem diversas técnicas que permitem colher os gases contidos em calotes polares de gelo
muito antigo e obter informações relativamente à composição da atmosfera em tempos passados.
• A existência provável de uma certa quantidade de CH4 e NH3 que permitiram a formação do
material orgânico.
Sabe-se que a temperatura da superfície terrestre resulta do equilíbrio entre a radiação solar
absorvida e a emissão de radiações infravermelho emitidas pelo nosso planeta. Uma grande
parte dessa emissão é bloqueada por gases como o dióxido de carbono e o vapor de água, que
absorvem a radiação infravermelho impedindo que ela abandone o planeta. Em consequência
verefica-se o aquecimento da superfície terrestre, pois as radiações são retidas pela atmosfera.
Este processo denomina-se de efeito de estufa.
Na terra primitiva, seria a presença de CO2 que teria condicionado uma temperatura tal que
permitiu a formação e persistência da água no estado liquido.
A terra teria, então, escapado à glaciação devido à elevada quantidade de CO2existente nessa
altura, que teria desempenhado um papel de protecção através do referido efeito de estufa.
Al longo do tempo a concentração de CO2 na atmosfera teria baixado para os valores atuais, que
são cerca de 20000 vezes inferiores aos da concentração desse gáz na atmosfera primitiva.
Só há cerca de 2000 M.a. o oxigénio começou a acumular-se na atmosfera. Deste modo ir-se-ia
passando para uma atmosfera oxidante tal como existe actualmente.
ESTRUTURA DA TERRA
Desde o séc. XVII que a Terra é considerada um planeta organizado em camadas concêntricas,
apesar de só serem conhecidos os seus constituintes superficiais. A partir da segunda metade do
séc. XX, com o contributo dos dados geofísicos, foram surgindo modelos mais consistentes sobre
a estrutura do globo terrestre.
Pressão – a pressão aumenta com a profundidade. Ela altera a estrutura dos minerais
tornando-os mais densos e faz subir o ponto de fusão dos mesmos.
Temperatura – aumenta igualmente com a profundidade. Em certas regiões as condições
da pressão e da temperatura devem combinar-se de tal modo que se torne possível a fusão
do material, parcial ou totalmente.
Densidade dos materiais – a densidade média do planeta é cerca de 5,5. Como os
materiais conhecidos na crosta são bem menos densos, então tem de se admitir-se que a
densidade aumenta com a profundidade e que no interior do globo devem existir materiais
muito densos que podem atingir densidades de 12 a 13 no núcleo.
Velocidade das ondas sísmicas – varia de acordo com a profundidade. A velocidade é
condicionada pela rigidez e pela densidade dos materiais, aumentando com a rigidez e
diminuindo com o aumento da densidade. A variação brusca da velocidade das ondas
sísmicas já atingirem deter minadas profundidades permite detectar superfícies de
descontinuidade que separa zonas cujos materiais têm diferentes propriedades.
MÉTODO PARA O ESTUDO DO INTERIOR DA TERRA
Habitamos o planeta terra, mas ainda estamos longe de o conhecer e compreender em todas as
suas dimensões.
Existem métodos utilizados pelos investigadores para melhor conhecimento da terra. São eles:
Métodos directos
Métodos indirectos
Métodos Directos – são métodos que nos permite tirar conclusões directamente a partir da
observação. O conhecimento directo da terra está ainda limitado a uma pelicula muito fina
relativamente as dimensões do nosso planeta, e tem sido conseguido através de diferentes
atividades.
De acordo com a composição química admite-se que a terra é constituída basicamente por três
unidades estruturais concêntricas: Crosta ou crusta; Manto; Núcleo. Separados por
superfícies de descontinuidade.
Modelo segundo as propriedades físicas
É nas rochas que se encontram os registos das diferentes etapas da história da Terra, sobretudo
nas chamadas rochas sedimentares, que estudarás mais adiante, cujas camadas em que se
dispõem – estratos – acabam por equivaler às «páginas» do «grande livro da história do nosso
planeta». De entre os registos que contêm, os fósseis dão um inestimável contributo para
reconstituir a história da evolução da vida na Terra e conhecer a evolução das características da
superfície do planeta.
Os fósseis indicam-nos as características dos seres vivos que habitaram o nosso planeta no
passado, os tipos de ambientes em que viveram, sobretudo o clima, o momento em que se
formaram e a distribuição das áreas oceânicas e continentais, isto é, permitem-nos caracterizar
algumas etapas da história da Terra.
Para reconstruir o passado da Terra, o geólogo procede como um detective, investigando em dois
planos distintos: No terreno regista observações e recolhe amostras e, posteriormente, no
laboratório, utiliza nos seus estudos as informações obtidas e os materiais recolhidos.
Para o estudo da história da Terra, como não se pode «regressar ao passado», estudam-se os
fenómenos atuais e comparam-se com os registos geológicos, partindo do princípio que às
mesmas causas correspondem os mesmos efeitos (figura 3). Conhecidos e estudados os registos
geológicos, determina-se a ordem pela qual ocorreram no tempo, desde o passado até à
actualidade.
FÓSSEIS
Os fósseis são vestígios, marcas ou restos de seres vivos que viveram há muito tempo no nosso
planeta e são contemporâneos da formação das rochas em que se formaram.
Para que a fossilização ocorra, ou seja, para que se formem fósseis, é necessário que existam
certas condições no ambiente e no próprio ser vivo, para que os restos ou vestígios do animal ou
as impressões por ele deixadas, como as suas pegadas, não sejam destruídas.
A transformação de um organismo vivo num fóssil é um processo muito lento, que pode demorar
milhões de anos. A fossilização depende de condições particulares relacionadas com o
organismo e com o meio onde ele se encontra. Após a morte, qualquer ser vivo é destruído, num
tempo mais ou menos curto, por ação conjunta de agentes químicos, mecânicos e de
microrganismos.
Para se formar um fóssil, é necessário que após a sua morte o organismo fique ao abrigo das
condições que poderiam provocar a sua destruição. É necessário que se deposite sobre ele um
material isolador – um depósito de sedimentos (figura 4).
Existem diferentes processos de fossilização, tais como moldagem, marcas, mineralização, restos
rígidos e conservação total.
MOLDAGEM
Os fósseis que correspondem a moldes internos e externos dos seres vivos são o tipo de fóssil
mais frequente. Neste tipo de fossilização desaparecem as partes moles do ser vivo, ficando
apenas um molde das suas partes duras, como, por exemplo, concha, ossos, dentes, caules ou
nervuras.
Por vezes não se conservam partes dos seres vivos, ficando apenas impressões, marcas e
vestígios da sua presença ou atividade. Assim, têm sido encontrados nos sedimentos marcas ou
provas de atividades variadas dos seres vivos, como por exemplo da sua reprodução (ovos) e
deslocação (pegadas e rastos – figura 6).
MINERALIZAÇÃO
Com frequência, os seres vivos aquáticos, que após a morte se depositam no fundo, ou os seres
terrestres, cujos corpos ficam nas margens de um rio ou lago, formam fósseis por mineralização.
Neste tipo de fossilização, a matéria que constitui o ser vivo é substituída por certos minerais,
como a calcite e a sílica, quando os sedimentos que envolvem o organismo sofrem compressão
devido ao peso dos que sobre eles se vão acumulando, acabando os minerais que os compõem
por cimentar e formar rocha.
Na figura seguinte podes observar as principais etapas de formação de um fóssil de um
dinossáurio por mineralização.
Restos Rígidos
Muitos fósseis correspondem a vestígios rígidos de organismos, tais como ossos, conchas ou
dentes.
Mumificação ou conservação «total»
Em situações especiais podem surgir fósseis raros, de todo ou quase todo o organismo, mesmo
das suas partes moles. Dois bons exemplos deste processo são os casos do mamute – ser
extinto há milhares de anos –, encontrado conservado por congelamento nas regiões das neves
eternas (figura 10), e dos insectos conservados em âmbar.
ESTRATOS
• Princípio do Sincronismo Paleontológico – qualquer fóssil tem a mesma idade do estrato que
os contém.
Estas deformações nos estratos, assim como a erosão, que pode remover camadas inteiras,
tornam difícil a tarefa de os datar. Contudo, a identificação dos fósseis existentes em cada
camada pode, em certos casos, permitir a determinação da sua idade.
Os fósseis, como acabas de estudar, permitem-nos, por um lado, conhecer a idade das rochas
independentemente do intervalo de certeza associado e, por outro, indicam-nos as características
da fauna e da flora do passado e, desse modo, a evolução dos seres vivos. Finalmente, deixam
conhecer a distribuição, ao longo do tempo, dos meios marinhos e terrestres e,
consequentemente, permitem a reconstituição dos ambientes passados.
O estudo dos fósseis é fundamental para explicar a evolução dos seres vivos. Através destes
estudos, concluiu-se que o nosso planeta foi habitado por seres vivos diferentes dos que existem
atualmente. Enquanto uns se extinguiram, outros sofreram diversas alterações nos seus
organismos ao longo do tempo, isto é, foram evoluindo. Por exemplo, o fóssil de transição
Ichtyostega apresenta características dos peixes e dos anfíbios atuais, sugerindo que estes
últimos evoluíram a partir dos primeiros (figura 14).
O estudo dos fósseis permite também reconstituir os ambientes do passado – paleoambientes.
Os fósseis fornecem informações sobre a distribuição das áreas marinhas e continentais e sobre
as condições climáticas existentes no passado. Por exemplo, a presença de fósseis de corais em
certas áreas atualmente emersas, leva a concluir que no passado estavam cobertas por mares de
águas límpidas, pouco profundos e com temperaturas entre os 25°C e os 29 °C.
Todos os organismos vivos, tanto os atuais como os que outrora povoaram a Terra, apresentam
várias características, quer externas, como o revestimento ou a forma do corpo, quer internas,
como o tipo de órgãos, adaptadas ao meio em que vivem e sobre o qual nos proporcionam
diversas informações.
Assim, o estudo dos fósseis permite verificar, por exemplo, que em certos períodos só existiram
seres vivos nos meios aquáticos, enquanto noutras épocas as plantas dominaram a Terra em
ambientes pantanosos ou em grandes florestas.
Para esses estudos são fundamentais os fósseis designados por fósseis de fácies. Este tipo de
fósseis aparece apenas em ambientes que tiveram, no passado, condições muito específicas,
fornecendo-nos importantes indicações sobre o meio em que esses seres viveram. Por exemplo,
ao serem encontradas rochas com amonites podemos concluir que no passado essas rochas se
formaram em ambiente marinho, mesmo que na atualidade se encontrem em zonas afastadas do
mar.
GRANDES ETAPAS DA HISTÓRIA DA TERRA
A figura 17 apresenta um gráfico circular em que a área de cada sector é proporcional à duração
da respetiva Era. Verifica-se que a Era Pré-Câmbrica representa a maior «porção», equivalendo a
87% da área do círculo, enquanto as três Eras mais recentes correspondem a uma área de
apenas 13%.
Como foi possível construir a escala do tempo geológico?
A determinação do tempo geológico é muito complexa, sendo particularmente difícil quando não
existem registos fósseis. Por este motivo, existem mesmo, na actualidade, opiniões divergentes
sobre os limites das grandes etapas.
Os geólogos admitem que a Terra tem cerca de 4600 milhões de anos e consideram este tempo
dividido em dois intervalos – o primeiro é designado por Criptozóico e o segundo por Fanerozóico.
O Criptozóico é geralmente subdividido nos Éons Arcaico e Proterozóico. O Éon Fanerozóico é
subdividido em três Eras: Paleozóica, Mesozóica e Cenozóica.
A Era Paleozóica é caracterizada pela evolução da vida no mar – Era das trilobites. É também no
decorrer do Paleozóico que surgem os primeiros peixes e anfíbios e que os répteis colonizam os
continentes.
Nesta Era grandes florestas cobrem a Terra. O final da Era Paleozóica é marcado pela extinção
de cerca de 70% dos répteis e anfíbios, bem como pelo desaparecimento das trilobites, ficando a
Terra quase despovoada.
A Era Mesozóica é considerada a Era das amonites. Surgem os dinossaúrios, que se tornam
dominantes, as aves, os mamíferos e as primeiras plantas com flor. No final do Mesozóico, ocorre
uma grande extinção, não só dos dinossáurios mas também de grande parte das espécies
existentes.
Na Era Cenozóica, devido à extinção dos dinossáurios, os mamíferos passam a povoar todos os
ambientes, tornando-se dominantes. A fauna e a flora evoluem e originam as formas de vida
atuais. Surge o ser humano há relativamente pouco tempo.
As causas indicadas para o desaparecimento dos seres vivos são geológicas ou cosmológicas.
Como causa geológica é apontada a intensa atividade vulcânica, que poderá ter provocado
alterações ambientais significativas.
As causas cosmológicas que atualmente reúnem mais consenso, consideram como causa das
extinções a explosão de uma estrela próxima do Sistema Solar ou o impacto com a Terra de
corpos vindos do Espaço, como cometas ou asteróides.
Uma forma curiosa de «olharmos» para o tempo geológico que corresponde à história da Terra é
«condensarmos» esse tempo num único ano do nosso calendário. Podes verificar que a espécie
humana, com menos de dois milhões de anos de idade, só apareceu nos últimos segundos do dia
31 de Dezembro. Somos uma espécie muito jovem no planeta, mas talvez sejamos a que mais
tem contribuído para a alteração da vida na Terra, tal como a conhecemos.
SÍNTESE
Muitos acontecimentos, ao longo dos milhões de anos de existência da Terra, não deixaram
vestígios que chegassem à atualidade, mas muitos outros deixaram testemunhos que ficaram
registados nas rochas, constituindo registos geológicos.
Para o estudo da história da Terra, como não se pode «regressar ao passado», estudam-se os
fenómenos atuais e comparam-se com os registos geológicos, partindo do princípio que às
mesmas causas
Fósseis são restos, marcas ou outros vestígios de seres vivos existentes no passado. Existem
vários processos de formação dos fósseis, tais como: moldagem e mineralização, restos rígidos,
marcas e conservação total.
O estudo dos fósseis e a reconstituição dos seus organismos permitem conhecer a fauna e a flora
do passado, a distribuição dos ambientes marinhos e terrestres, as modificações climáticas e a
idade das rochas, tornando possível reconstituir o ambiente da Terra em épocas passadas.
A determinação do tempo geológico é difícil quando não há registos fósseis, mas na atualidade já
existem técnicas e equipamentos para o fazer. Os geólogos admitem que a Terra tem cerca de
4600 milhões de anos e consideram este tempo dividido em dois intervalos – o primeiro é
designado por Criptozóico – subdividido nos Éons Arcaico e Proterozóico – e o segundo por
Fanerozóico – subdividido em três Eras: Paleozóica, Mesozóica e Cenozóica.
As etapas da história da Terra são marcadas por extinções em massa geradas por ca tás trofes à
escala planetária – causas geológicas –, como a intensa atividade vulcânica, que poderá ter
provocado grandes alterações ambientais, ou à escala cósmica – causas cosmológicas – como o
impacto com a Terra de corpos vindos do Espaço, possivelmente cometas ou asteróides.
VULCANOLOGIA
Objectivos da vulcanologia
Alguns processos vulcânicos constituem um perigo natural enorme, enquanto outros são
altamente benéficos para a sociedade. Os vulcões e as suas erupções, contudo, são meramente
a expressão à superfície de processos magmáticos que se iniciam em profundidade na Terra.
Assim, o estudo do vulcanismo, é inevitavelmente interdisciplinar, altamente ligado à Geofísica, a
outros ramos da Geologia tais como a Petrologia e a Geoquímica.
1. Alterações climáticas;
2. Destruição das zonas habitadas (catástrofes)
3. Poluição atmosferica
4. Danificação agricula
Vulcões – são aberturas naturais na superfície terrestre que põe em contacto o interior e o
exterior da terra. Durante os seus períodos de actividade – erupção vulcânica – são expelidos
para o exterior da terra grandes quantidades de materiais e energia.
CONSTITUIÇÃO DE UM VULCÃO
O vulcão se apresenta normalmente sob forma de uma elevação cónica – cone vulcânico – que
resulta da acumulação de materiais expelidos durante as erupções vulcânicas, sendo por isso a
sua formação posterior a primeira erupção. No interior da terra existe locais – câmara magmática
– onde o magma, material que existe no interior da terra em estado de fusão, se acumula.
Quando o magma ascende a superfície a superfície pela chaminé, sai para o exterior através da
abertura do cone vulcânico - a cratera. Durante uma erupção vulcânica podem produzir
diferentes tipos de materiais: gases, lava, piroclastos.
Chaminé vulcânica – Canal que estabelece a comunicação entre a câmara magmática e a
cratera. É por este canal que o magma atinge a superfície.
Cone vulcânico – Elevação de forma cónica que resulta da acumulação do material magmático
projectado durante a erupção. A sua formação é sempre posterior a primeira erupção.
Magma – Material líquido viscoso muito quente resultante da fusão das rochas no interior da
terra.
Gases – São libertados pela cratera ou por fissuras do cone vulcânico. Ex: vapor de água,
monóxido de carbono, amoníaco sulfureto de hidrogênio.
Tipos de piroclastos
CARACTERISTICAS DO MAGMA
O magma é formado por uma mistura de silicatos fundidos, por cristais em suspensão e por
diversos gases. Quanto a composição é habitual classificar os magma de acordo com a riqueza
em sílica
Tipos de lavas:
Lavas básicas – a sua percentagem em silício é de 45% a 50%e representa cerca de 80% das
lavas expelidas pelos vulcões; possui baixa viscosidade e temperatura que oscila entre 1100 a
1200 ºC
Lavas intermédias – têm uma composição intermédia em silício, entre 50 a 70%
Lavas ácidas – a percentagem de silício é superior a 70%; são muito viscoso, solidificam dentro
da cratera ou próxima dela, impedindo assim a saída dos gases que provoca grandes explosões.
Causas de uma erupção Vulcânica
No interior da Terra encontra-se o magma, constituído de substâncias em estado de fusão e em
altíssimas temperaturas. Essas altas temperaturas do magma criam enormes quantidades de
gases tóxicos, os quais tendem a aumentar de pressão consideravelmente no interior da Terra –
como se fosse uma grande panela de pressão. Esses gases podem se acumular por séculos até
romperem a crosta terrestre em algumas regiões, em especial em montanhas calcárias menos
resistentes, provocando um jato inicial de gás, poeira e cinzas, sendo seguido pelo magma. As
lavas escorrem pelo edifício vulcânico, alterando e criando novas formas na paisagem.
ACTIVIDADE VULCÂNICA
Entre os vários factores que influenciam a actividade vulcânica, são de grande importância:
A composição do magma
A temperatura
A quantidade de gases dissolvidos
Formas de Actividades Vulcânicas
Características:
Magmas básicos
Emissão lenta de lavas
Deslocam-se a grandes distâncias
Grande fluidez
As características do magma permitem a
libertação tranquila dos gases.
Se o magma é muito viscoso Actividade Explosiva
Actividade explosiva – As lavas são mais viscosas, pelo que fluem mais lentamente, dificultando
a libertação de gases a partir do magma, o que provoca explosões violentas. Nas erupções
explosivas as lavas não chegam, por vezes a derramar, constituindo estruturas arredondadas,
chamada domas ou cúpulas, dentro da própria cratera. Noutras situações a lava solidifica
mesmo dentro da chaminé vulcânica, formando agulhas vulcânicas que podem mais tarde ficar
a descoberto devido a erosão do
cone, ou devido a pressão dos
gases que empurram para cima.
Características:
Características
Explosões violentas
Emissão lenta de lava
Escoadas lávicas são geralmente curtas
Os gases têm dificuldade em libertar-se.
Tipo de Vulcaniano Havaiano
vulcanismo & &
Estramboliano estramboliano
Materiais expelidos pelos vulcões
Tipos De Vulcanismos
O vulcanismo consiste numa manifestação da geodinâmica da Terra, em que grandes
quantidades de matéria e energia são transferidas do interior da Terra para a superfície.
Distinguem-se dois tipos de vulcanismo, o vulcanismo primário e o vulcanismo secundário ou
residual.
O vulcanismo primário pode ser, essencialmente, de dois tipos: o vulcanismo central,
caracterizado pela presença de um vulcão, e o vulcanismo fissural, em que os materiais
vulcânicos são expulsos através de fraturas da superfície terrestre.
O vulcanismo secundário refere-se a um conjunto de manifestações secundárias menos
espetaculares que as verificadas no vulcanismo primário, como a libertação de gases e/ou água a
temperaturas elevadas, com origem no interior da Terra. As manifestações do vulcanismo
secundário podem ser fumarolas, géiseres e nascentes ou fontes termais.
Vulcanismo primário
Vulcanismo do tipo central – forma-se uma conduta tubular, chamada
chaminé vulcânica, por onde ascendem os materiais até a superfície
Uma Caldeira vulcânica é geralmente uma grande estrutura vulcânica de colapso localizada
sobre uma câmara magmática.
As caldeiras apresentam formas circulares a elípticas com diâmetros que vão de pelo menos um
quilómetro, podem ultrapassar dezenas de quilómetros, estando delimitada por altas margens
topográficas (representadas por vulcões marginais ou diques anelares, em geral). O processo de
colapso ocorre com o esvaziamento da câmara magmática durante uma grande erupção
vulcânica, que poderá lançar até 100 km³ de material magmático (lava e piroclastos). Sem a
ascensão de novo magma a câmara ficará vazia e não suportará o peso exercido sobre ela, ou
seja, o peso de alguns quilómetros de crosta e edifícios vulcânicos. Poderá, posteriormente,
haver a formação de nova(s) câmara(s) magmática(s) e dar origem a novos cones vulcânicos
dentro da própria caldeira. Há ainda, por vezes, a instalação de lagos dentro da caldeira, caso a
zona tenha bastante pluviosidade.
Formação da Caldeira Vulcanica
Por vezes acontece que na parte superior de muitos vulcões formam-se depressões de
dimensões muito maiores do que as dimensões das crateras, e que correspondem ao
abatimento/afundimento da parte central do vulcão, após fortes erupções em que grande
quantidade de magma e piroclastos são rapidamente expelidos, ficando um vazio na câmara
magmática. Estas depressões tomam o nome de caldeiras.
Exemplo: Caldeiras das Sete Cidades, nos Açores, e que
está ocupada actualmente por uma Lagoa.
Etapas:
Tipos de Vulcões
Não existe um consenso entre os vulcanologistas para definir o que é um vulcão “ativo”. O tempo
de vida de um vulcão pode ir de alguns meses até alguns milhões de anos. Por exemplo, em
vários vulcões na Terra ocorreram várias erupções nos últimos milhares de anos mas atualmente
não dão sinais de atividade. Alguns cientistas consideram um vulcão ativo quando está em
erupção ou mostra sinais de instabilidade, nomeadamente a ocorrência pouco usual de pequenos
sismos ou novas emissões gasosas significativas. Outros consideram um vulcão ativo aquele que
teve erupções históricas.
Os vulcões extintos são aqueles que os vulcanólogos consideram pouco provável que entrem
em erupção de novo, mas não é fácil afirmar com certeza que um vulcão está realmente extinto.
As caldeiras têm tempo de vida que pode chegar aos milhões de anos, logo é difícil determinar se
um irá voltar ou não a entrar em erupção, pois estas podem estar dormentes por vários milhares
de anos.
Vulcões adormecidos são considerados aqueles que não se encontram atualmente em atividade
(como foi definido acima) mas que poderão mostrar sinais de perturbação e entrar de novo em
erupção
A maior parte dos vulcões rodeia a costa do Pacífico, formando o ANEL DE FOGO DO
PACÍFICO, como o Pinatubo e o Kilauea.
Os mais violentos vulcões ocorrem em zonas de subducção, em que a litosfera com crosta
oceânica mergulha debaixo da crosta continental, sendo fundida. Outros vulcões localizam-se ao
longo das dorsais médias oceânicas, como é o caso da DORSAL MÉDIO-ATLÂNTICA.
Vulcanismo Nacional
Em Portugal Continental, apesar do vulcanismo primário estar inactivo há milhões de anos, ainda
é possível encontrar testemunhos dessa actividade no passado, nomeadamente, na
ESTREMADURA (Lisboa, Mafra, Monsanto, Loures e Odivelas,...) e no ALENTEJO.
Todas as ilhas e ilhéus da REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA (Madeira, Porto Santo, Desertas
e Selvagens) são de origem vulcânica. As erupções que conduziram à sua formação iniciaram-se
há cerca de 20 milhões de anos. Tendo em conta que as últimas erupções ocorreram há 1,7
milhões de anos, considera-se o seu vulcanismo primário extinto.
No entanto, é ainda possível observar estruturas resultantes dessa actividade eruptiva,
nomeadamente, os Arcos da Galheta e de S. Jorge, que constituem, na actualidade, os restos de
vulcões já desmantelados. Na ilha de Porto Santo, é, também, observável uma imponente
formação de rocha vulcânica. Assim, em Portugal, o vulcanismo primário activo está praticamente
reduzido ao arquipélago dos AÇORES, sendo histórica a erupção do vulcão dos Capelinhos,
Faial, que durou mais de um ano.
SISMOLOGIA
Sismologia é o ramo da geofisica que trata da interpretação fisica dos sismos e dos diversos
movimentos que ocorrem na superfície do globo terrestre.
Os sismos são basicamente a ocorrência de uma fractura a uma certa profundidade. As ondas
elásticas geradas propagam-se por toda a Terra.
Sismograma é o registo em papel feito pelos sismógrafos dos movimentos do solo, ou seja,
os terremotos. Serve para determinar a magnitude de um sismo, que é dada pela Escala de
Richter.
_A razão principal é o movimento das placas tectonicas (quanto mais perto do limite das placas
maior é a sismicidade);
_Outra razão menos ocorrente é devido ao abatimento de grutas e aos deslisamentos de terra.
Sismos Tectônicos – são gerados pela fractura das rochas quando estas estão sob a acção de
fortes tensões tectônicos devido ao movimento das placas litosféricas. São os mais frequentes.
Sismos Vulcânicos – são abalos de tremores que acontecem antes e durante a erupção
vulcânica.
Sismos de colapso – são originados pelo colapso de certas estruturas geológicas como
cavernas, ou devido ao movimento em massa.
Sismos induzidos
Acção humana – são sismos que acontecem durante a actividade humana, nomeadamente o
uso de explosivo escavações de terrenos, armazenamento de água e desabamento de minas.
• sismos pouco profundos - A maior parte da energia anual, cerca de 85 %, é libertada por
sismos pouco profundos (com profundidade focal inferior a 70km). No sistema de cristas
oceânicas os focos têm profundidades inferiores a 10-15 km.
•Os sismos intermédios, isto é, com profundidade focal entre 70 e 300km, são responsáveis por
cerca de 12 % da energia sísmica global anual.
•Os sismos profundos, com hipocentros localizados a profundidades superiores a 300 km,
libertam anualmente apenas cerca de 3 % da energia sísmica global. Estes ocorrem apenas no
arco circum-Pacífico e na zona mediterrânica transasiática e acompanham o processo de
subducção.
Nos sismos superficiais (em que a profundidade focal é inferior a 15 - 20km) em que a magnitude
é superior a 6, a ruptura na crosta litosférica propaga-se até à superfície, provocando ruptura
superficial (isto é, modificação da superfície topográfica). Normalmente forma-se, aí, uma escarpa
de falha.
Microssismo – são sismos de pequena intensidade, que muitas vezes são imperceptíveis pelo
homem
Antes e depois do sismo principal acontecem abalos premonitórios – que são pequenos abalos
que acontecem antes do abalo principal e replicas – que são abalos mais fracos que se seguem
a um sismo principal e que podem repetir durante dias ou meses.
Uma onda sísmica é uma onda que se propaga através da Terra, geralmente como
consequência de um sismo, ou devido a uma explosão. Estas ondas são estudadas pelos
sismólogos, e medidas por sismógrafos, sismómetros ou geofones. Nos estudos sísmicos de
jazidas de petróleo também podem ser utilizados hidrofones.
Epicentro- Local situado na superfície, na vertical do Hipocentro onde o sismo se sente primeiro
e atinge o máximo de intensidade.
Isossistas – linhas curvas fechadas que unem pontos de igual intensidade sísmica.
Quando o epicentro de um sismo se localiza no mar, pode ocorrer a formação de ondas gigantes
- que se designam marmoto, ou tsunami
- Abalos premonitórios – que são pequenos abalos que acontecem antes do abalo principal.
- Replicas – que são abalos mais fracos que se seguem a um sismo principal e que podem
repetir durante dias ou meses.
Propagação Das Ondas Sísmicas
Onda sísmica - são ondas elásticas formadas apartir da energia libertada e propagam-se em
todas as direcções.
Frente de onda – superfície esférica definida pelo conjunto de pontos que se encontram na
mesma face do movimento.
Um sismo pose ser avaliado pela sua intensidade ou pela sua magnitude.
Intensidade – é um parâmetro que tem em conta os efeitos produzidos pelos
sismos em pessoas, objectos e estruturas.
Magnitude – é calculada apartir dos registros contidos nos sismogramas;
quantifica a energia libertada pelo sismo no hipocentro.
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Cuidados A Ter Durante Um Sismo
Evitar o pânico;
Manter a serenidade e calma de outras pessoas
Se está em casa ou dentro de um edifício
Se estiver na rua
Afasta-se dos edifícios, dirige-se para um local aberto com calma e serenidade
Não corra e não anda a vaguear pelas ruas
Afasta dos muros que podem desabar.
se estiver conduzindo
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DINÂMICA INTERNA DA TERRA
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Argumentos que apoiam a Teoria de Wegner:
a) Topográficos – semelhança de contornos de zonas costeiras de continentes actualmente
separados;
b) Geológicos – identificação de camadas rochosas com a mesma idade em regiões de vários
continentes actualmente distantes (falhas e dobras de um continente para outro);
c) Paleontológicos – testemunhos fósseis de fauna e flora com a mesma idade em diferentes
continentes;
d) Paleoclimáticos – análise de depósitos glaciares em rochas sedimentares, em diferentes
continentes.
Dados Actuais
e) Conhecimento da topografia submarina – por sondagens acústicas conhece-se a topografia
dos fundos oceânicos. Existe uma imensa cadeia montanhosa, com 1000 a 3000 km de largura
e 65000 km de comprimento, conhecido por dorsal oceânica, que se estende pelos diferentes
oceanos do globo. A dorsal oceânica em todo o seu comprimento é dividida a meio por um
vale chamado rifte que contem um alinhamento de vulcões
f) Idade dos fundos oceânicos – é feita através de perfurações no fundo dos oceanos e recolha
de amostras das rochas que informam a idade destas. O fundo oceânico é constituído
essencialmente por basalto. A idade do basalto aumenta com a distância do rifte, havendo
simetria de idades para um e outro lado do rifte.
g) A variação da distância entre os continentes – é feita por intermédio de satélites que
mostram as distâncias entre os continentes variando ao longo dos tempos. Os continentes
americano e euro africano afastam a uma velocidade de dois centímetros por ano. O oceano
atlântico esta a alargar, ou seja está em expansão
h) OBS: Essa teoria ficou conhecida como a deriva dos continentes.
TEORIA DE TECTÔNICA DE PLACA
Tectônica: é o ramo da geologia que estuda as deformações da crosta terrestre, por acção de
forças internas.
Placa – é uma grande porção de litosfera individualizada em que as fronteiras são o Rifre e a
zona de convergência (fossas abissais, zona de choque)
O interesse pela deriva dos continentes reacendeu por volta de 1950 quando se começou a
analisar os resultados da exploração dos fundos oceânicos e o magnetismo das rochas estes
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novos conhecimentos abriram o caminho para a formulação de uma nova teoria, a tectônica
de placas
Segundo esta teoria a litosfera está dividida em várias placas rígidas - placas litosfericas – (7
grandes e várias mais pequenas) que se deslocam uma em relação a outras á velocidade de
alguns centímetros por ano.
Existem três tipos de placas litosféricas:
Grandes placas:
Placa africana
Placa americana norte
Placas pequenas:
Placa americana sul
Placa euro-asiática Placa das caraíbas
Placa Antártida
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Enquanto, a teoria da deriva continental é o movimento dos continentes a teoria da tectónica
das placas é um modelo que admite o movimento da litosfera que flutua sobre uma camada de
natureza plástica – a Astenosfera.
Apesar de apenas uma pequena porção do fundo oceânico ter sido visto pelo homem, este
foi totalmente cartografado, através de técnica da onda sonora.
Um navio ao cruzar o oceano lança ondas sonoras por meio de um altifalante submarino.
Como o som se propaga bem na água reflecte-se no fundo oceânico enquanto um
microfone submarino detecta os ecos. Um computador calcula a distância percorrida pelas
ondas sonoras mostrando, assim a profundidade do oceano e os contornos do fundo.
Através da utilização dos sonares foi possível chegar a um modelo geral da morfologia do
fundo dos oceanos.
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No bordo dos continentes existe um patamar que desce suavemente para o oceano – a plataforma
continental- que termina num declive acentuado mais ou menos abrupto- o talude continental.
Junto ao bordo dos continentes surgem, por vezes zonas muito profundas – as fossas abissais – na
continuidade das quais existem grandes falhas – as zonas de subdução.
Plataforma continental – é uma zona levemente inclinada que prolonga os continentes para
baixo das águas oceânicas por extensões que atingem os 200km. É onde se encontram a maioria
das espécies marinhas.
Talude continental – é um declive acentuado que se segue a plataforma continental, até aos
4000m de profundidade e marca a separação entre a crusta continental e oceânica.
Fossa oceânica ou abissal – é uma depressão estreita, muito profunda, que se localiza nos bordos
dos certos continentes.
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Planície abissal – É uma superfície mais ou menos plana com cerca 4000m de profundidade e
situa-se a seguir ao talude.
Rifte – é um sulco profundo e estreito com mais de 2000m de profundidade situado no meio das
dorsais, e permanentemente saem de lá materiais que renovam a crosta oceânica.
Wagner não conseguiu encontrar a explicação para a movimentação dos continentes, mas acerca
de 50 anos depois da sua morte comprovou-se que a sua teoria estava certa.
Os estudos que se realizam permitiam descobrir que a litosfera está fracturada em diversas placas
– placas litosféricas – são essas placas que se movem, por acção das correntes de convecção da
astenosfera.
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Este movimento circulatório é devido ás diferenças de temperatura existentes no manto o que gera
diferenças de densidade, pois quanto mais quente menos denso, tendo tendência a subir no manto
e quanto mais fria mais densa vai ficando em baixo, desencadeando um movimento circulatório
responsável pelo deslocamento das placas Litosféricas
- Zona de convergência – as placas se aproximam sendo pressionadas umas contra as outras. Este
processo pode ser de subducção ou de obdução.
Subducção – as placas movem-se em direcção a outra e a placa oceânica (mais densa) mergulha
sob a continental (menos densa).
Obdução ou colisão – choque entre duas placas na porção continental – acontece em virtude da
grande espessura dos trechos nos quais estão colidindo.
O movimento das placas altera lentamente o contorno do relevo terrestre, elevando as cordilheiras
e abrindo abismos marinhos.
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Quando se movem, as placas podem:
Afastarem-se uma da outra – movimento de divergência
Aproximarem-se uma da outra – movimento de convergência.
Deslizarem uma ao lada do outro - movimento de deslizamento lateral ou transformante
O limite entre duas ou mais placas é chamado de fronteira. Existem três tipos de fronteiras,
consoante o tipo de movimento das placas litosféricas:
Limite divergente: é a fronteira entre duas placas que se afastam uma da outra; é onde está o
Rifre e onde nova crosta é formada
Limite convergente: é a fronteira entre duas placas que se aproxima uma da outra; dependendo
do tipo de placas envolvidas pode ocorrer afundamento de uma placa ou um choque e deformação
das placas com a formação de cadeias montanhosas:
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Convergência entre uma placa oceânica e uma placa continental: a placa oceânica mergulha sob
a placa continental, um fenômeno conhecido por subducção. Na subducção ocorre destruição de
da placa oceânica.
Convergência entre duas placas oceânicas: a placa mais densa mergulha sob a placa menos
densa, ocorrendo também subducção. Neste caso ocorre a formação de vulcões submarinas e o
aparecimento de ilhas vulcânica
Convergência entre duas placas continentais: como as duas placas têm densidades semelhantes
não ocorre subducção, mas sim a colisão. A colisão entre as placas provoca a sobreposição de uma
sobre a outra e o enrugamento da crosta, formando cadeias montanhosas. O Himalaia, na Ásia, e
os Alpes, na Europa, foram formados nesse processo.
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Limite ou falha transformante: é a fronteira entre duas placas que deslizam lateralmente uma ao
lado da outra. Essas falhas fazem a ligação entre as outras formas de fronteiras.
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DEFORMAÇÃO DA SUPERFÍCIE
A parte mais superficial da terra, está submetida a forças que a deformam. Na crosta geram-se
forças que produzem grandes deformações nas rochas que a constituem. Desta maneira, os
sedimentos depositados em camadas horizontais são sujeitas a forças que podem conduzir a
formação de montanhas.
Falhas – são fracturas em massas rochosas rígidas, seguida de deslizamento, provocado por forças
de extensão.
Tipos de Falhas
Falha normal – Tecto desloca-se para baixo relativamente ao muro (ângulo obtuso entre o plano
de falha e o plano horizontal). Este tipo de estrutura resulta da actuação de tensões distintivas;
Falha inversa - Tecto desloca-se para cima relativamente ao muro (ângulo agudo entre o plano de
falha e o plano horizontal;
Falha de desligamento – O movimento pode ser lateral direito ou lateral esquerdo, se o bloco no
lugar oposto da falha, relativamente ao observador, se desloca para a direita ou para a esquerda.
Dobras- são ondulações ou deformações que podem afectar massas consideráveis de rochas e
são provocadas por enormes forças de compressão. As rochas têm um comportamento
plástico face a estas forças e por isso, deformam-se para sempre.
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Existem vários tipos de dobras, conforme o seu anglo de inclinação:
Denomina-se anticlinal quando a dobra tem a concavidade voltada para baixo e sinclinal
quando a dobra tem a concavidade voltada para cima.
A crosta e a parte superior do manto superior constituem a unidade rochosa a que chamamos
litosfera.
Rochas – são massas sólidas naturais formadas por minerais em determinada quantidade. Ex
basalto, granito, Xisto, mármore etc.
Essenciais – são aquelas cuja a presença caracteriza a rocha e estão em grande quantidade.
Acessórios – são aqueles que não caracterizam a rocha podendo ou não estar presente nela.
Félsicos – tem cor clara e são ricos em sílica. Ex: o quartzo e moscovite.
Máficos – tem a cor escura, são ricos em ferro. Ex: a olivina.
As rochas diferenciam-se umas das outras pela cor, dureza textura, estrutura, percentagem
do mineral e a origem ou génese.
Textura de uma rocha – é uma característica relacionada com o grau de cristalização dos
minerais que a constituem.
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Rochas Magmáticas
Estudo do Granito
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A Paisagem Granítica
Em muitas regiões graníticas são também frequente o aparecimento das penhas, que são
elevações acentuadas de massas rochosas que emergem bruscamente de uma zona plana.
A formação dos blocos graníticos resulta de um processo de desagregação lenta nos locais
onde a rocha aparece a superfície da terra designada afloramento devido a acção e variações
de temperatura, da água, do vento e de alguns seres vivos.
Estas correspondem a zonas onde a alteração da rocha é mais intensa, o que faz perder
coesão acabando por se separar em blocos mais ou menos arredondados.
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A Paisagem Basáltica
As paisagens basálticas são marcadas pela cor escura da rocha. Por vezes pode observar-se
um dos aspectos mais belos desta paisagem resultante das diáclases das massas rochosas que
originam o aparecimento de inúmeros prismas alinhados, os quais fazem lembrar os tubos
dos órgãos das igrejas. A este tipo de fracturação dá-se o nome de disjunção prismática.
Plutónica Vulcânica
Totalmente cristalizada. Só alguns cristais alcançam um desenvolvimento
pleno
Disperso no seio de uma massa amorfa.
Cristais grandes, observáveis a vista Numerosas cavidades pequenas.
desarmada.
Os minerais aparecem misturados sem ordem Estruturas em forma de colunas, devido ao
de distribuição. arrefecimento.
Muito compacto, sem espaços ocos e sem Sem fosseis.
fosseis.
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Rochas Sedimentares
Qualquer rocha sujeita a erosão transforma-se, mais tarde ou mais cedo, em pedras e areia
que se designam por sedimentos.
Rochas sedimentares são rochas formadas a partir de matéria preexistente, ao longo dos
tempos e a superfície do globo.
A formação das rochas sedimentares ocorre geralmente em quatro fases: Erosão, transporte,
sedimentação e diagénese.
Erosão
Diagénese
Sedimentação Transportes
Depósito-------------compactação…………Cimentação………..aparecimento de novos
materiais.
Formação de estratos
Actividade: Material:
Sedimentação: Princípios:
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A ordem de sedimentação dos detritos é condicionada pelas dimensões e pelas densidades
desses materiais. Primeiro depositam os detritos de maiores dimensões e mais densos e
posteriormente, os mais pequenos e leves.
Cada uma dessas camadas individualmente, designam-se por estratos e é delimitada por duas
superfícies.
A formação de cada estrato corresponde a sedimentação que ocorre num período de tempo
em que as condições de material disponível e de deposição se mantem globalmente
constantes.
Estratos são camadas sobrepostas, em regra paralelas, formadas por sedimentos que se
distinguem pela diferente espessura e dimensão dos materiais.
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Areia
Formação do Petróleo
O Petróleo teve origem há muitos milhões de anos quando, no fundo dos oceanos, se
acumularam sedimentos juntamente com restos de seres vivos microscópicos (plâncton e
algas) e outros organismos marinhos. Estes depósitos foram sendo cobertos, lentamente, por
outros sedimentos. À medida que as camadas se acumulam, a pressão e a temperatura
aumentam. É nestas condições, que a matéria orgânica inicial através de reacções químicas
complexas (que ocorrem sempre na ausência de oxigénio) transforma-se ao longo de
milhões de anos, numa massa líquida negra- o conhecido petróleo. A rocha sedimentar
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formada pelos sedimentos e restos orgânicos onde o petróleo se formou, designa-se de
rocha-mãe. Mais tarde, o petróleo originado na rocha-mãe desloca-se através de poros das
rochas porosas e permeáveis para outras camadas mais à superfície, denominadas por
rochas-reservatório. A movimentação do petróleo pode não acabar já nesta fase. Caso no seu
percurso não encontre uma rocha impermeável e que impeça a sua ascensão- chamadas de
rochas-armadilhas, é devido a estas que se criam os depósitos/jazidas de petróleo-, o
petróleo atinge a superfície. Nessa situação, volatiliza-se acabando por se perder no tempo e
no espaço.
Formação do carvão
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AGENTES MODELADORES DAS ROCHAS SEDIMENTARES
Águas De Infiltração
Partes da água das chuvas infiltram-se no solo constituindo as águas subterrâneas.
Essas águas têm um grande poder de dissolução de certas substâncias minerais. Ao
penetrarem em certas rochas, dissolvem-nas até encontrarem uma camada rochosa mais
resistente à dissolução originando os lençóis freáticos ou lençóis de água.
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É nos maciços calcários que a água subterrânea tem uma acção erosiva mais intensa.
Ao penetrar no calcário ataca a rocha, dissolvendo-a e perfurando-a ao mesmo tempo
que forma grutas e paisagens subterrâneas.
As regiões calcárias são mais modeladas pelas águas de infiltração. Estas regiões
apresentam um modelo típico e inconfundível, o modelado cársico. Esta paisagem é
caracterizada à superfície pela presença de campos de lapiás (terrenos calcários
rasgados por inúmeras fendas e cavidades). Assim se explica que a água das chuvas se
infiltre através destas ranhuras, originando um terreno árido, sem cursos de água
superficiais. Um outro aspecto exterior da morfologia cársica são as dolinas, que são
depressões mais ou menos circulares onde se pode acumular um depósito argiloso de
cor vermelha, terra rosa, bastante fértil. Podem também observar-se nos maciços
calcários, poços naturais – Algares, posteriormente, podem contactar com as galerias e
grutas subterrâneas (onde se podem encontrar estalactites e estalagmites).
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Acção Do Mar
A água do mar é a principal responsável pelo modelado da paisagem ao longo da costa,
originando uma serie de aspectos característicos. Os meios que o mar dispõe para
modificar o relevo costeiro são as ondas e as correntes marítimas.
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Acção das correntes marítimas.
Estas exercem sobretudo um trabalho de transporte e acumulação. Os materiais
resultantes do desgaste da costa acabam por se depositar e acumular em lugares mais ou
menos distantes originando praias se for junto à costa em lugares abrigados, cordões
litorais que são estreitas faixas arenosas que penetram mar adentro. Pode acontecer que
os cordões litorais isolem pequenas porções do mar originando as lagunas e pode
acontecer ainda que areia e outros materiais rochosos se acumulem entre a costa e uma
ilha próxima, ligando a ilha ao continente por uma faixa arenosa designada por
tômbolo.
Acção Do Rio
Rios – correntes de água com um caudal significativo, que desloca em leito próprio e
sentido definido. A acção erosiva do rio chama-se erosão fluvial.
Os cursos de água permanentes como os rios são condicionados pelo clima e pelas
características morfológicas do seu traçado (perfil). Podem estabelecer-se, num rio 3
secções ou traços principais:
O curso superior – apresenta um declive elevado, correspondente a uma região
montanhosa;
O curso médio – tem menor declive, com um traçado transversal mais longo;
O curso inferior – onde o declive é muito pequeno e com vales muito mais
alargados.
A acção dos rios faz-se sentir por meios de processos de erosão, de transporte e de
deposição. Quanto mais acentuado for o declive do leito de um rio maior será a
velocidade das águas e, consequentemente, maior a sua capacidade erosiva. O declive
diminui de nascente para a foz, assim próximo da nascente o processo erosivo é maior
do que na foz e nesta o processo de deposição é mais acentuado.
A maior parte da erosão dos rios tem lugar sobre as margens e o leito pela acção de
desgaste dos fragmentos transportados. Á medida que estes se deslocam, choca com as
rochas sobre as quais o rio corre provocando assim o seu desgaste. Quando o rio corre
numa superfície plana, a velocidades das suas águas diminui, em resultado disso muitos
dos fragmentos transportados são depositados constituindo aluviões (são sedimentos
depositados pelas águas correntes e compostos por lodo, areia, cascalhos e outos
materiais).
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Paisagens fluviais
Vale em V ou garganta – vale profundo e estreito de vertentes abruptos.
Vale em U – vale mais ou menos largo, pouco profundo, de vertente mais ou
menos suave.
Estuários - formam-se quando o rio desagua numa costa aberta, sujeita a fortes
marés, onde os materiais se depositam em forma de barra.
Deltas – formam-se quando o rio desagua numa costa pouco aberta, de mares
fracas, originando grandes deposições sobre os quais o rio corre em forma de
braços.
Planície – são acumulações de sedimentos mais ou menos extensos, junto á
costa onde desagua ou nas suas margens.
Marmitas de gigantes – são cavidades mais ou menos circulares escavadas nas
rochas do leito do rio devido ao movimento turbilhantes das águas.
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Blocos rochosos arredondados e estriados (com pequenos sulcos) – são
designados rochas acarneiradas, visto que de longe parecem rebanhos de
carneiros.
Vales em U
Moreiras – deslocamentos de grandes quantidades de material rochoso pela
acção de transporte dos glaciares.
Blocos erráticos – são grandes blocos transportados até grandes distâncias,
sendo descobertos quando o gelo dos glaciares se funde.
Fiordes – antigos vale glaciares que posteriormente foram invadidos pelas águas
do mar.
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Fim do II Trimestre
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ROCHAS METAMÓRFICAS
TIPOS DE METAMORFISMO
METAMORFISMO REGIONAL
Quando os sedimentos
depositados nas bacias oceânicas
atingem espessuras muito
elevadas, o peso provoca o
afundamento do fundo da bacia. As
rochas sedimentares vão sendo
arrastadas para as zonas
profundas, ficando sujeitas a temperatura
e pressão elevadas, modificando o seu
aspecto – passam a ser rochas
metamórficas.
METAMORFISMO DE CONTACTO
O contacto do magma proveniente do
interior da Terra com as rochas pré
existentes, faz com que estas se
modificam o seu aspecto e a sua
composição, devido ao calor e a circulação de fluidos originando uma rocha
metamórfica.
89
CARACTERÍSTICAS DAS ROCHAS METAMÓRFICAS
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ENERGIA DE MANUTENÇÃO DO CICLO DAS ROCHAS
O ciclo das rochas é mantido pela energia solar e pela energia interna da Terra.
91