Edicao 0082 PDF
Edicao 0082 PDF
Edicao 0082 PDF
REVISTA
®
2012 • R$ 28,00 • Nº 82
ABLP - Associação
Brasileira de
Resíduos Sólidos
e Limpeza Pública
www.ablp.org.br
Coordenadoria da Revista
Antonio Simões Garcia
Walter de Freitas
Alexandre Gonçalves
Secretaria Carlaine Santos de Azeredo
PRODUÇÃO EDITORIAL
Delorenzo Assessoria Gráfica & Editorial e
Editora Tennis.View Ltda. – Tel.: (11) 3832-1548
E-mail: marcosdelorenzo@uol.com.br
Jornalista Responsável:
Adriana Delorenzo – MTb 44779
Edição e Reportagens: Adriana Delorenzo
Revisão: Neide Munhoz
Criação e Editoração: Heidy Yara Krapf Aerts
Fotografia: Marcos Delorenzo
Tiragem: 4.000 exemplares
MDelorenzo
Oportunidade de avançar na
área dos resíduos
Nesta edição trazemos o
relato dos assuntos que se Foram convidados administradores O Ecos da Sardenha envolveu a mo-
destacaram no seminário e técnicos de diversos países para a bilização e a colaboração de muitas
troca de experiências. Da América pessoas e entidades às quais queremos
Ecos da Sardenha, realizado
Latina, tivemos representantes do Peru, agradecer. Na impossibilidade de citá-
na última semana do mês Colômbia e Equador. Contamos ainda -las nominalmente, referimo-nos às as-
de agosto, no Instituto de com a presença de um representante sociações coirmãs, que nos deram apoio
Engenharia de São Paulo. da Espanha e dos Estados Unidos, institucional; às empresas, associadas
este, membro do International Waste ou não, que nos deram o importante
Em sua quinta edição, o se-
Working Group (IWWG), entidade que patrocínio necessário para o evento;
minário repercutiu no Brasil, patrocina o evento na Sardenha e que, aos palestrantes, coordenadores de
os debates apresentados nesta oportunidade, também nos deu mesa, convidados especiais, inclusive
um apoio especial. os estrangeiros e representantes de
no Simpósio da Sardenha,
A troca de informações com outros entidades públicas; aos associados e
realizado na Itália, em países nos permitiu avaliar, em parte, aos participantes em geral, que, com
setembro de 2011. Durante a posição do Brasil na América do Sul sua presença, prestigiaram o seminário,
o evento, procuramos nos e, desta, em relação à Europa e Estados contribuindo para a realização de seus
Unidos. Ainda temos um grande cami- objetivos.
aprofundar nos temas mais
nho a percorrer como país. Aproveitando a presença de nossos
adequados e importantes Entre os debates realizados ficou ampla- convidados estrangeiros, iniciamos os
para as realidades de nosso mente demonstrada a preocupação com preparativos para realizar, em setembro
a implementação da Lei 12.305/2010, de 2013, em São Paulo (SP), um gran-
país, no que se refere à ges-
que instituiu a Política Nacional de de evento internacional: o Senalimp/
tão, tratamento e disposição Resíduos Sólidos. Apesar da impressão GRAL – Seminário Nacional de Limpeza
final de resíduos sólidos. de perda da disposição inicial, de falta Pública/Gestión de Resíduos en America
de interesse e de entusiasmo de muitos Latina. Na ocasião, pretendemos trazer
municípios para executá-la, não pode- ao Brasil representantes de todos os
mos desaminar. Com a PNRS, temos a países latino-americanos e contar com
oportunidade para vencer o atraso de a participação de muitos brasileiros.
nosso país nessa área. Para avançar, é Será uma nova rodada de trocas de
preciso pensar iniciativas que envolvam ideias e informações para melhorar
toda a coletividade para que todos o tratamento e o gerenciamento dos
participem dessa evolução. A realização resíduos sólidos.
de eventos como o Ecos da Sardenha é
uma contribuição nessa direção. Tadayuki Yoshimura – Presidente da ABLP
Com o avanço tecnológico, cada vez Atividades manuais como varrição, lava- de limpeza urbana (Siemaco), José Moacyr
mais equipamentos modernos começam gem de equipamentos e até mesmo a Pereira, reconhece que os equipamentos
a integrar os serviços de limpeza urbana. coleta já ganharam o reforço das máquinas são positivos para a melhoria do trabalho
Varredeiras, contêineres, caçambas esta- e tecnologias. A Loga, concessionária res- dos funcionários e para a cidade. “Há
cionárias de grande capacidade (Rollon), ponsável pela coleta de resíduos em prati- sempre uma preocupação sobre a perda
guindastes, cestos aéreos, compactado- camente metade da cidade de São Paulo, de postos de trabalho, mas não podemos
res, basculantes satélites, sugadores de está colocando em operação o sistema de olhar para o nosso umbigo sem pensar nos
alta pressão, sopradores, entre muitos coleta mecanizada. Já foram instalados benefícios de toda a sociedade”, diz. “É
outros produtos, são usados nas cidades três contêineres subterrâneos na capital um trabalho penoso, e, dependendo do
para mantê-las limpas. paulista e 25 de superfície. Até o final de equipamento, é positivo.” Pereira ainda
Para Carlos Balote, superintendente de 2012, segundo informações da empresa, destaca que hoje há um problema em en-
comunicação da Inova Gestão de Serviços serão 700 contêineres de superfície. Com contrar mão de obra em todos os setores.
Urbanos, as principais vantagens da esse sistema, os coletores não necessitam “Obviamente os trabalhadores procuram
mecanização na limpeza urbana são os mais correr pelas ruas recolhendo e ati- vagas que exigem menos esforço físico”,
ganhos de produtividade, da qualidade e rando os sacos de lixo espalhados pelas comenta.
a possibilidade de alocar os funcionários calçadas nos caminhões. Na opinião de Balote, “as novas demandas
para serviços menos insalubres. O presidente do sindicato dos trabalhadores de serviços têm gerado a necessidade
privados. Para mim, isso é bom, porque se de utilizar a incineração. Deve-se usar de
Os prefeitos não estão
pode comparar a eficiência, o custo, e ver forma inteligente, incinerar só materiais que
acostumados a gastar qual é o melhor. são difíceis de reciclar, perigosos ou tóxicos,
muito com tratamento Limpeza Pública – E em geral qual e recuperar energia.
de resíduos, gastam modelo apresenta melhores serviços Limpeza Pública – A incineração seria
prestados? uma etapa seguinte para os países que
somente com coleta Luis Diaz – Eu diria que agora é o setor já erradicaram seus lixões, têm aterros
e transporte, mas privado, porque, em geral, falta ao setor sanitários bem operados e altas taxas
despejam em qualquer público a capacidade técnica. de reciclagem?
Limpeza Pública – Nos Estados Unidos, Luis Diaz – Primeiramente se deve reduzir a
lugar, e a população
há uma grande diferença em relação quantidade de resíduos gerados. E isso deve
não sabe, não vê aos índices de reciclagem entre um ser feito em conjunto com as empresas e
estado e outro. Por quê? Há relação indústrias para pensarmos melhor a maneira
população não gosta do prefeito que diz que
com o modelo de serviço? como vendemos os produtos. E também
se for eleito, as pessoas vão ter que pagar
Luis Diaz – O governo federal tem metas pensarmos melhor como compramos os
50 reais por mês. A população não votará
a serem cumpridas para a reciclagem, são produtos. Por exemplo, as sacolas plásticas,
no candidato. A parte de financiamento é
objetivos, não é uma lei. Os estados têm a vamos a uma loja e pegamos uma, a outra
um problema muito sério e impede que as
possibilidade de decidir se vão ou não pedir loja, e mais uma. Vamos acumulando. Creio
leis sejam colocadas em prática.
que todos os seus municípios alcancem que temos que trabalhar em conjunto com
Limpeza Pública – Nos Estados Unidos,
determinado índice de reciclagem. Eles as indústrias para que as embalagens sejam
há diferentes legislações de acordo com
têm essa liberdade. Assim, estados como recicladas, os produtos tenham menos
os estados. Como funciona, existem
Washington, Oregon e Califórnia estabele- embalagens. Também não queremos que
taxas para os resíduos?
cem obrigações. Califórnia, por exemplo, as empresas fechem porque precisamos de
Luis Diaz – Primeiramente, a responsa-
tem a meta de 50% até o ano de 2020. Até seus produtos. Tampouco queremos que os
bilidade legal da gestão de resíduos é do
lá, todos os municípios do estado devem alimentos sejam embalados em materiais
município. Isso é igual em praticamente
chegar a esse nível de reciclagem, caso que não sejam saudáveis. Lembro de ter
todos os países. O município tem que ofe-
contrário, serão multados. E é uma multa visto em países em desenvolvimento pesso-
recer esses serviços. Mas, em alguns casos,
bem alta, algo como 10 mil dólares por dia. as que compram um peixe e embalam em
o município pode contratar uma ou mais
Mas, tudo isso depende do estado, há locais um jornal, isso não é saudável. Temos que
empresas para prestar os serviços. Então
onde a reciclagem não importa. No caso da considerar a saúde pública.
contrata as empresas X ou Y, e elas prestam
Califórnia, o governo reagiu porque muita Limpeza Pública – Nos Estados Unidos
os serviços de coleta, transporte, tratamento
gente exigiu a reciclagem. A população dis- predominam os incineradores ou os
e disposição final. Essas empresas são as
se “queremos reciclagem”. Com a pressão e aterros sanitários?
que cobram pelos serviços diretamente. A
exigência dos moradores, os políticos apro- Luis Diaz – É muito parecido com outros
empresa envia uma fatura e cobra um valor
varam essa lei. E por isso vem crescendo. países. A incineração tem se desenvolvido
por mês. O município também pode pagar a
Limpeza Pública – Já no caso da incine- no leste do país, como em Nova Iorque e
uma empresa para que preste o serviço, por
ração, o Sr. afirmou que tem crescido a Nova Jersey. Nesses lugares faz sentido
um limite de tempo, que permita investir em
resistência da população. Por quê? porque são regiões muito povoadas, muito
equipes. Há outros municípios que prestam
Luis Diaz – A reciclagem é mais bem vista urbanizadas. Não há espaço para um aterro
os serviços por eles mesmos. O setor público
pelas pessoas. Muita gente não acredita que sanitário. Essas cidades têm que usar trens
tem suas próprias equipes de coleta, de
uma planta de incineração possa operar de ou caminhões para levar os resíduos a Ohio
transporte, de aterros sanitários e plantas
forma limpa. E a outra questão é o pensa- ou a Texas. Para reduzir esse custo, essas ci-
de compostagem. Há ainda municípios que
mento de que se queima tudo e se perdem dades construíram incineradores. Mas agora
mesclam a prestação de serviços públicos e
recursos naturais. Mas essa não é a maneira a população está dizendo: “não queremos”,
Tendências e
soluções para
os resíduos
Promovido pela ABLP,
evento reuniu palestrantes
internacionais e brasileiros,
que discutiram o setor
Entre os dias 26 e 29 de agosto, a ABLP
realizou a quinta edição do seminário Ecos
da Sardenha, em São Paulo (SP). No primei-
ro dia, foram ministrados dois minicursos
na sede da Associação: sobre tratamento
de chorume com o espanhol Juan Fornieles,
diretor da Hera Holding, na parte da manhã;
e sobre energias renováveis a partir do lixo,
com Luis Diaz, membro do International
Waste Working Group (IWWG) à tarde. Em
seguida, os participantes tiveram dois dias
de palestras e debates sobre gestão, trata-
mento e destinação final de resíduos sólidos
no Instituto de Engenharia de São Paulo.
a situação nesses países. Collazos utilizou como referência o Os resíduos que vão para aterros sanitários
documento Informe de la Evaluación Regional del Manejo de
% % na % % na
Residuos Sólidos Urbanos en America Latina y el Caribe 2010, ela-
PAÍS resíduos América PAÍS resíduos América
borado pela Organização Pan-Americana da Saúde, a Associação no país Latina no país Latina
Interamericana de Engenharia Sanitária e Ambiental e o Banco
Colômbia 81,8 6,8 R.Dominicana 33,7 0,6
Interamericano de Desenvolvimento (BID).
O levantamento mostra que, em 2010, mais da metade da po- Chile 81,5 2,5 Equador 30,2 0,8
pulação da América Latina já dispunha seus resíduos em aterros
sanitários adequados. Em 2008, era apenas um quarto dos El Salvador 78,2 0,9 Guatemala 15,4 0,4
habitantes. É claro que não são todos os países, nem todas as
regiões, que estão avançando, mas os investimentos e esforços Costa Rica 67,5 0,6 Venezuela 12,9 0,7
de alguns lugares têm elevado os índices de todo o continente.
México 65,1 13,1 Honduras 11,7 0,2
O número de aterros sanitários está crescendo, enquanto o de
lixões está caindo. Em 2002, o percentual de resíduos destinados
Argentina 64,7 4,7 Uruguai 3,8 <0,1
para aterros sanitários era de 22,6%; em 2010, o índice subiu
para 54,4%. Brasil 55,0 19,2 Belize 0,0 0,0
Conforme apresentou Collazos, a Colômbia é hoje o país que
mais dispõe seus resíduos adequadamente em aterros sanitários Bolívia 44,7 0,8 Jamaica 0,0 0,0
(81,8%). O Brasil está na sétima posição, com 55% dos resíduos
urbanos dispostos em aterros sanitários. “É muito mais fácil para Perú 43,5 2,3 Nicaragua 0,0 0,0
um país pequeno, como a Colômbia, do que para o Brasil com
Panamá 41,7 0,3 Guiana S.I. S.I.
seus 5.565 municípios”, destacou. Com maior quantidade de
resíduos gerados, 19,2% de tudo que vai para aterros sanitários
Paraguai 36,4 0,4 AL e Caribe 54,4 54,4
no continente é do Brasil. Neste item, o país está na liderança.
Fonte: Héctor Collazos - *S.I.: sem informação
3 países em números
Colômbia
População: 46 milhões
Resíduos: 9,5 milhões toneladas/ano
Destinação final: 70% em aterros
sanitários, o restante em lixões, queima e
outras formas inadequadas
Equador
População: 14 milhões
Resíduos: 3,5 milhões toneladas/ano
Destinação final: 59% em aterros
sanitários, o restante em lixões a céu
aberto
Estados Unidos
População: 314 milhões
Resíduos: 250 milhões toneladas/ano
Destinação final: 34,1% são reciclados,
54,2% vão para aterros sanitários e
Luis Diaz, do IWWG: "Participação da sociedade civil é essencial"
11,7% são incinerados
O Brasil passa por um momento de incertezas e dúvidas cerca de dois te para se manter de pé”, disse Ariovaldo Caodaglio, presidente do
anos depois da aprovação da Política Nacional de Resíduos Sólidos Sindicato das Empresas de Limpeza Urbana no Estado de São Paulo
(PNRS). Começam a surgir perguntas como: Será que a lei não “pegou”? (Selur), no Ecos da Sardenha. “Em geral, os planos são sem qualidade”,
Será que o país conseguirá eliminar seus lixões até 2 de agosto de 2014? afirmou na mesa que debateu a PNRS.
A apreensão acerca da implantação da lei ganhou um revés no último 2 Em artigo publicado na imprensa, às vésperas de vencer o prazo, o pre-
de agosto, um dos primeiros prazos trazidos pelo marco regulatório. Na sidente da ABLP, Tadayuki Yoshimura, já alertava para o “preocupante
data, os municípios e estados deveriam estar com seus planos de gestão silêncio da grande maioria das cidades quanto à elaboração dos planos
de resíduos elaborados. Mas a maioria dos municípios não o fez. locais para a gestão dos resíduos sólidos, uma competência inalienável
Sem planos, as cidades ficam impedidas de receber recursos federais do poder público municipal”. E alertava para uma das causas: “As di-
para a limpeza urbana. Quando um município ou estado for solicitar re- ficuldades começam no processo de capacitação dos profissionais. Não
cursos da União, destinados à gestão de resíduos sólidos a algum órgão há condições de prepará-los, do dia para a noite, de modo que possam
do governo federal (como por exemplo, o Ministério do Meio Ambiente, atuar de maneira eficiente nesses planos”.
Ministério das Cidades, Funasa, Caixa Econômica Federal, Banco do Os municípios tiveram dois anos para criar seus planos, um prazo que
Brasil e BNDES) será necessário, neste momento, apresentar o plano. seria suficiente se a área não sofresse anos de abandono. “Há uma
De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, somente 448 municípios espécie de ‘desimportância’ dos resíduos sólidos”, afirmou Caodaglio.
dos 5.565 do país poderão acessar recursos federais. Já a Confederação “Da década de 1970 para cá, os investimentos no setor foram ridículos”,
Nacional de Municípios estima que, até o prazo, 49% das prefeituras disse. Após tramitar por cerca de 20 anos no Congresso Nacional, a
não haviam começado a elaborar seus planos e 42% não tinham ter- PNRS previu uma mudança dessa realidade, porém, como ressalta o pre-
minado. sidente do Selur, há “passivos ambientais que devem ser tratados”. Em
“Muitos dos planos de gestão entregues não têm estrutura suficien- sua opinião, essa cultura que não dá a importância devida aos resíduos
sólidos, contamina a própria população, que é parte fundamental nesse Para o presidente da Associação Brasileira de Empresas de Tratamento de
processo de mudança necessária. Resíduos (Abetre), Diógenes Del Bel, para que os novos aterros sanitários
Para o jornalista e colunista do jornal O Estado de S. Paulo, Washington estejam prontos para operar até 2014, o poder público já deveria estar
Novaes, o panorama na área de resíduos é constrangedor. Ele diz isso com projetos e planos elaborados e iniciando processos licitatórios. “Não
porque o Brasil ainda tem 2.906 lixões em 2.810 municípios, segundo estamos vendo isso acontecer com a velocidade necessária”, afirmou.
estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O mesmo Como pagar a conta
estudo ainda mostra que apenas 18% das prefeituras dispõem de coleta A PNRS trouxe aos municípios uma série de responsabilidades. Elas co-
seletiva. meçaram com a questão do planejamento e passam pela implantação de
Disposição final adequada sistemas de coleta seletiva, compostagem, incentivo às cooperativas de
Pôr fim aos lixões significa substituir o local de disposição final dos catadores, encerramento dos lixões e recuperação das áreas degradadas.
resíduos no município. No caso, a opção viável é construir um aterro “É impossível progredir em termos de gerenciamento de resíduos sem
sanitário, que evita a poluição dos solos e águas subterrâneas. “O aterro ter investimento”, sustentou o conselheiro da ABLP e gerente do grupo
sanitário é uma obra civil que tem todas as proteções ambientais, não é Solví, Eleusis Di Creddo. Segundo ele, o problema dos municípios brasi-
um negócio de risco, se for feito adequadamente com todos os requisitos leiros é a insuficiência financeira. “A melhoria de tecnologia, capacitação
cumpridos”, explicou o diretor da ABLP e da Geotech, Clóvis Benvenuto. técnica das prefeituras, tudo isso exige dinheiro. Nós, como sociedade,
Os cuidados envolvem a drenagem e tratamento do chorume, captação temos que estar dispostos a colocar a mão no bolso”, afirmou. “Nós te-
do biogás, cobertura imediata, impermeabilização, monitoramento da mos um país onde 50% dos municípios cobram [pelo serviço de limpeza],
estabilidade, entre muitos outros itens. “É todo dia, se virar as costas vira e aqueles que cobram, cobram quase 50% do que deveriam cobrar para
um lixão”, comentou. um sistema que ainda não tem as tecnologias que devem ser implantadas
Caodaglio destaca experiências, no passado, onde as construções dos e as melhorias que a PNRS exige”, concluiu. Os números se baseiam na
aterros eram financiadas, sem dar a atenção necessária aos custos da análise dos dados de 2.500 municípios feita a partir do Sistema Nacional
operação. Resultado: os aterros se transformaram em lixões. Por isso, de Informações sobre Saneamento (Snis), do Ministério das Cidades. O
ele defende que os novos aterros sejam operados por meio de parcerias diretor da Fral Consultoria, Francisco de Oliveira, concorda: “O setor não
público-privadas, onde uma empresa é contratada para operar o aterro se paga. Se essa virada econômica não for feita ou bem articulada, não
por toda a sua vida útil. Isso permite à inciativa privada amortizar investi- vamos avançar”.
mentos e a garantia de que o serviço não será interrompido. “O governo Na opinião de Del Bel, existe um cenário de convicções, muitas vezes re-
federal não está disposto a passar recursos aos municípios se não houver forçado pela mídia, de que a limpeza urbana não custa nada, é gratuita,
o setor privado para tocar esses empreendimentos”, destacou. e que “lixo é dinheiro”. No entanto, os custos crescem e a reciclagem
professora. Ela defende que a universidade Um dos principais desafios do setor de resíduos, os custos nem sempre são abordados na
esteja a serviço da pesquisa para a melhoria literatura científica internacional e nacional. Segundo o professor da Fundação Getúlio
de técnicas e soluções para o setor. Nesse Vargas, Claude Machline, nos congressos e revistas técnicas, a quase totalidade dos artigos
sentido, de acordo com Maria Eugênia, a apresentados aborda ecologia e tecnologia. “Faz-se silêncio sobre custos.”
USP, em parceria com o Ministério do Meio Machline apresentou, no Ecos da Sardenha, os resultados de um estudo realizado a partir
Ambiente, está solicitando verbas ao BNDES de uma amostra de 40 aterros sanitários de pequeno, médio e grande porte, que recebem,
para estudar alternativas sustentáveis para respectivamente, 100, 800 e 2 mil toneladas diárias de resíduos urbanos domiciliares e indus-
municípios pequenos, com baixa geração triais Classe II-A. O levantamento foi realizado em parceria com a Associação Brasileira das
de resíduos e poucos recursos. “Nos gran- Empresas de Tratamento de Resíduos (Abetre), em 2008. Machline apresentou os resultados
Benvenuto sugere ainda que os resíduos só- De acordo com o levantamento, enquanto o custo total de um aterro grande ficava em torno
lidos sejam um indicador ambiental, como de 22 dólares por tonelada, o médio subia para cerca de 27, enquanto o pequeno chegava a
há em outras áreas. “O país que resolve aproximadamente 50 dólares. “Os aterros médios ostentam custos 10% maiores. Os peque-
seus problemas nessa área consegue resol- nos aterros têm custos duas vezes maiores do que os grandes”, disse o professor.
ver em outras”, sustentou. O levantamento considera o custo do terreno nas contas e, ao valor, ainda devem ser acres-
Segundo Di Creddo, o plano nacional de centados impostos municipais, estaduais e federais, além da margem de lucro líquido necessá-
resíduos sólidos, que deverá ser publicado ria para manter o equilíbrio econômico-financeiro do projeto. O trabalho analisa os custos ao
em dezembro deste ano, será um grande longo de toda a vida do empreendimento, que dura 42 anos, desde os estudos de viabilidade,
avanço. “Ele terá um indicador se há taxa construção, operação, até o monitoramento depois de encerrado.
ou não nos municípios. A ABLP tinha Machline avalia que são necessários outros estudos sobre o tema, que considerem os benefí-
proposto também um indicador de autos- cios decorrentes da recuperação energética do biogás e possíveis créditos de carbono. Outro
suficiência, que indicasse se a taxa, quando estudo, sugerido pelo professor, é um comparativo entre aterro sanitário e incinerador para
município”, disse.
Vantagens e desvantagens
Veja o que diz Juan Fornieles, da Hera Holding, sobre alguns processos de tratamento de chorume:
Tratamentos biológicos – São realizados mediante a ação de microorganismos que atuam na matéria orgânica e inorgânica. Tem
o inconveniente de não eliminar a fração não biodegradável do chorume, por isso é incompleto, teria que passar antes por um
processo físico-químico para os metais. É mais econômico, mas limitado.
Processos físico-químicos – São utilizados para eliminar sólidos em suspensão, metais pesados e outros compostos tóxicos.
Funcionam como um pré-tratamento, já que não garantem os parâmetros permitidos de DQO, DBO5 e amônia.
Osmose reversa – É a única tecnologia que consegue cumprir parâmetros mais restritivos dos contaminantes. Como resultado do
processo, tem-se o permeado (70% do volume), que pode ser despejado em corpos hídricos ou reutilizado. Já os outros 30%
concentram os contaminantes e podem ser injetados novamente no aterro de forma controlada.
Evaporação – Para pequenos aterros, dependendo das condições climáticas, pode ser viável. Na Europa, a tecnologia não é aceita.
Efluente tratado e
gerado no processo
de osmose reversa,
padrão água de reúso,
lançado em lagoa de
reservação
Vega
do equipamento, o aterro conta com a opção do tratamento externo.
Contêiner do processo
Em 2008, o aterro de São Leopoldo recebeu mais uma inovação com de osmose reversa
a cobertura flutuante com geomembrana, a primeira do Brasil. A tec-
nologia acabou sendo levada para outros empreendimentos do grupo
Vega
Francisco de
Oliveira: "É pre-
ciso lembrar que
energia é uma
commodity"
Usina da Biogás no aterro São João
Prós e contras
Outro aspecto apontado por Oliveira Francisco de Oliveira, da Fral Consultoria, compara as vantagens e
desvantagens dos aterros sanitários e da incineração, confira
é que energia é uma commodity, cujo
preço varia conforme o mercado. Além Aterros sanitários Usina de incineração
disso, ele explica que a transmissão e • Dispõem o lixo de maneira • Reduz cerca de 95 - 98% do volume
impostos são os maiores custos. Tudo adequada ambientalmente. original dos RSU dependendo da
isso deve ser levado em conta na hora de • Menor geração de energia. composição.
investir na geração de energia a partir do • O tempo de aproveitamento do • Gera significativa quantidade de
lixo. Quanto mais próximo do mercado biogás depende da vida útil do aterro, energia.
consumidor, mais competitividade. que é em media de 25 anos. • Necessita de triagem dos resíduos que
Há ainda outras formas de aproveitamen- • São necessárias grandes áreas para não podem ser inseridos diretamente
to energético, conforme demonstrou Luis a implantação. no incinerador.
Diaz, como as tecnologias de plasma, di- • Precisa de um sistema de tratamen- • A usina requer menores áreas para
gestão anaeróbica, pirólise, entre outras. to do “chorume”. sua instalação.
O importante, diz ele, é ter informações • Depois de esgotado o aproveita- • Requer sofisticados sistemas de
confiáveis e baseadas em fundamentos mento dos gases precisa de manuten- filtragem sobretudo em função de
científicos. “As decisões sobre as opções ção por pelo menos 30 anos. poluentes tais como NOx, CO, SOx,
devem levar em conta a saúde pública e • Baixos custos de instalação. material particulado, dioxinas e furanos.
ocupacional, a proteção ao meio ambien- • Custo operacional baixo. • Elimina emissões de CH4.
te, a conservação dos recursos naturais • Elevados custos de instalação.
e as condições sociais e econômicas do • Custo operacional alto.
país”, concluiu.
Revista
Revista Limpeza Pública –– 33
Limpeza Pública 33
Ecos da Sardenha
Enterpa
municípios. Como eles são volumosos, aterrá-los deve dos em quatro tipos (Classes A,B,C e D),
Schalch apresentou dados do IBGE, que re- ser a última opção. “Não dá para passar conforme a Resolução 307, do Conselho
Atividades:
• Estudos Ambientais e
Viabilidade para Aterros
• Recuperação de Áreas
Degradadas e Contaminadas
• Estabilidade Geotécnica
• Monitoramento Geotécnico
e Ambiental
Enterpa
• Instrumentação Geotécnica
(Piezômetros e Sondagens)
• Projetos Básicos, Executivos
e Licenciamento Ambiental
• Plano Municipal de Gestão
Integrada de Resíduos Sólidos
• Geotecnia Ambiental, Áreas
Agregado reciclado pode de Risco, Encostas, Taludes
ter diferentes usos
e Contenções
Nacional de Meio Ambiente (Conama), de 2002. Schalch criticou a Resolução 431, do
Conama, de 2011, que considera gesso como material reciclável. A mudança ocorreu depois Tel.: (11) 3742-0804
que a Associação Brasileira dos Fabricantes de Chapas para Drywall apresentou estudos com-
provando a viabilidade da reciclagem do material. “Nas experiências que conheço, o material,
www.geotech.srv.br
na verdade, está sendo reutilizado”, comentou.
Outra questão apontada pelo professor é que algumas peças grandes de concreto precisam ser
marretados para ser triturados nas usinas de reciclagem. Em São Carlos, a usina desenvolve um
trabalho de ressocialização de presos, em regime semiaberto. São eles que operam a recicla-
gem do entulho na usina, que recebe 300 toneladas diariamente. “Em São Carlos, usamos o
material reciclado para guias de pavimentação, bancos de jardim, entre outros”, disse.
são negativa. Todo o ar interno passa por dos negaram presença de odor, enquanto
um tratamento antes de ser emitido para a céu aberto, esse índice era de 85,71%.
a atmosfera. Mesmo com a eficiência e O método utilizado no entorno do Ponte
monitoramento a partir de sensores em Pequena, de acordo com Fein, traz a
tempo real, foram realizadas pesquisas vantagem de incluir a participação dos
com 17 voluntários moradores, num raio moradores no processo de avaliação
de 500 metros do entorno. ambiental. Segundo Fein, trata-se de um
Segundo Fein, entre dezembro de 2010 método simples, de baixo custo, cujos
e julho de 2012, foram nove campanhas, resultados podem ser facilmente sistema-
sendo oito, com operação a céu aberto, e tizados e rastreáveis. No entanto, diz ele,
uma com a operação já realizada de for- “os residentes eram o principal foco, devi-
ma enclausurada. Os resultados mostra- do a reclamações, mas foram os que mais
ram que, com os resíduos depositados em abandonaram a pesquisa. Um grande
ambiente fechado, a percepção de odor número de formulários não foi entregue
ficou quase nula: 98,92% dos entrevista- de volta”, concluiu.
LOGA
Unidade opera com
pressão negativa e O local antes funcionava
tratamento do ar a céu aberto
INTRODUÇÃO
Este trabalho tem como objetivo apresentar um roteiro para o estudo de solu-
ções compartilhadas para o Tratamento e Destinação Final de Resíduos Sólidos
Urbanos, para municípios de pequeno porte.
A adoção de soluções compartilhadas para o tratamento e destinação final de RSU´s tem
sido, mais recentemente, não só objeto de incentivo por parte de instituições federais
(MMA – Projeto da Política Nacional de Resíduos Sólidos) e estadual – SP (IEMA – ES),
mas também por programas de Governo (Promata – PE e Espírito Santo sem Lixões – ES),
que visam, através deste tipo de solução, resolver o problema de destinações inadequadas,
ou lixões, que existem em mais de 60 % dos municípios do país, geralmente associado a
danos ambientais, por contaminação de corpos hídricos superficiais e subterrâneos, pela
presença de catadores buscando receitas de subsistência, através da coleta e venda de
materiais recicláveis, bem como, e quase sempre associados a outras ações danosas ao meio
ambiente, tais como o desmatamento de bosques ou várzeas, e a queima descontrolada
dos resíduos.
Ao final deste trabalho é apresentado um exemplo da aplicação desta metodologia para um
estudo desenvolvido para a região da SERRA DE CAPARAÓ Capixaba, para o CONSÓRCIO
DO CAPARAÓ/ ES, formado por onze municípios, com o apoio do Instituto Estadual do
Meio Ambiente e Recursos Hídricos – IEMA – ES.
4.2. Segunda Etapa: Construir, a partir deste diagnóstico, um mapa 5. EXEMPLO DE APLICAÇÃO DA
ou uma matriz de condicionantes socioeconômicas e ambientais que METODOLOGIA PROPOSTA
permita localizar, preliminarmente:
− unidades de triagem e transbordo DIAGNÓSTICO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DA REGIÃO DO CAPARAÓ
− unidades de destinação final CAPIXABA – Síntese Geral
4.3. Terceira Etapa: Definição de custos, envolvendo:
− custos de implantação e operação das unidades a implantar; Considerações Iniciais
− custos de adequação e operação das unidades; Este Diagnóstico cumpre uma das demandas da Agenda 21 Local - Plano
− custos de recuperação de passivos ambientais e sociais; Vale Mais de Desenvolvimento Sustentável da Região do Caparaó
− custos de transporte associados a cada roteiro tendo em conta Capixaba - 2006 – 2026 e do IX Encontro de Educadores Ambientais do
o tempo de viagem associado a cada via de ligação existente, onde é Caparaó, ocorrido em 2006:
refletido e onerado/ valorizado, nas condições de segurança o reflexo • Solicitante: Consórcio Caparaó – Contrato 004/2007
das características da via: • Apoio: Instituto Estadual de Meio Ambiente do Estado do Espírito
• acidentada ou plana; Santo – IEMA/SEAMA
• condições de tráfego do pavimento; • Realização : EPT – Eng. e Pesquisa Tecnológica S.A.
• intensidade do tráfego; • Municípios participantes do Consórcio Caparaó:
• risco de acidentes, entre outros. • Micro-região do Caparaó - ES
4.4. Quarta Etapa: Composição e Avaliação Técnica / Econômica das • Alegre
soluções alternativas advindas do estudo de diretrizes. • Divino de São Lourenço
4.5. Quinta Etapa: Hierarquização dos resultados e proposição das • Dores do Rio Preto
soluções cujos cenários técnico/econômico e socioambiental sejam • Guaçuí
favoráveis e, evidentemente, alinhados com a proposição inicial • Ibatiba
(programa de governo ou programa de consórcio privado). • Ibitirama
4.6. Sexta Etapa: Avaliação da capacidade econômico-financeira dos • Irupi
municípios e as fontes de recurso alternativas: • Iúna
− verificação da capacidade de pagamento dos municípios frente às • Jerônimo Monteiro
atuais receitas e despesas aplicadas nos atuais e respectivos sistemas • Muniz Freire
de limpeza urbana / tratamento e destinação final do seus RSU´s; • São José do Calçado
−
verificação da capacidade potencial de endividamento dos Objetivo - Estabelecer uma estratégia para resolver o problema regional
municípios, para eventual financiamento dos investimentos que se mais critico: A Destinação Final em Lixões - Tema central do trabalho:
farão necessários; • Avaliação da Viabilidade Técnica e Financeira para o Adequado
− verificação de outras fontes de recursos existentes, para financiar Tratamento e Destinação Final de Resíduos Sólidos na Região do Caparaó
os investimentos e a operação do sistema, quer seja para o setor Meta 1 – Solução Ambientalmente Adequada e Economicamente Viável
público, quer para o setor privado. – ATERRO SANITÁRIO COMPARTILHADO
4.7. Sétima Etapa: Indicação do cenário alternativo de melhor sustentabilidade Meta 2 – Solução Financeira e Institucionalmente Sustentável: -
técnico-econômica e socioambiental para o compartilhamento: CAPACIDADE DE GESTÃO DOS MUNICÍPIOS
− proposição de um estrutura institucional que minimize os riscos
com relação à implantação e operação do sistema proposto; METODOLOGIA:
− proposição de alternativas de gestão dos recursos, de modo a Estrutura de Relatórios do Diagnóstico de Resíduos Sólidos
garantir a sustentabilidade técnico/operacional e ambiental do do Caparaó:
sistema proposto frente à capacidade de pagamento dos municípios Formulado a partir de três estudos:
e às fontes alternativas disponíveis. • Diagnóstico:
4.8. Oitava Etapa: Definição das proposições estratégicas das fontes o 11 cadernos - Caracterização da Atual Gestão de Resíduos
de recurso que irão dar sustentabilidade ao programa, tais como: em cada município;
atualização de valores de tributos, criação ou atualização do valor de o 1 caderno - Caracterização da Atual Gestão de Resíduos
taxas, viabilização da transferência de valores de fundos compensatórios. síntese regional.
4.9. Nona Etapa: Definição dos Marcos Regulatórios (a nível estadual e • Estudo Logístico:
municipal) necessários para a efetivação da implantação do programa o Caracterização do Viário Intermunicipal;
proposto. o Estudo de Alternativas de Compartilhamento;
DESTINO DE
Alegre Divino de Dores 85 Guaçuí Ibatiba Ibitirama Irupi Iúna Jerônimo Muniz São José
RESÍDUOS
S. Lourenço do Rio Preto Monteiro Freire do Calçado
SOLIDOS
Coletado 9,0 0,8 1,0 5,8 7,4 6,5 2,9 3,0 9,7 3,9 12,8
Jogado em 23,6 19,9 15,9 16,3 20,8 2,1 24,2 21,1 15,9 23,5 18,5
logradouro publico
Queima 65,9 67,7 73,0 74,0 64,7 60,4 67,3 66,4 73,4 65,9 64,3
Joga no rio 1,0 2,7 0,0 0,8, 1,8 0,0 2,7 3,0 0,7 0,0 2,8
Outro Destino 0,4 8,9 10,0 3,2 5,3 0,3 2,9 10,0 0,4 5,7 1,6
Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0
– Custo de capital OBS: As Avaliações visuais dos agentes de Limpeza dos municípios foram
• Mão de Obra (informada na pesquisa de campo - baseada nos cargos, descartadas por poderem conter distorções, uma vez que não existe
quantidade de funcionários e salários informados pelos municípios) equipamento de mensuração apropriado, isto é, NÃO HÁ BALANÇA PARA
• Leis sociais = 40% PESAR O RESÍDUO EM NENHUM MUNICIPIO.
• Custo de Locação - Valores informados pelos agentes municipais
• Quantitativos de Geração de Resíduos - IBGE 2000 e 2007 CUSTOS OPERACIONAIS
Divino de São Lourenço 21.013,78 252.165,36 4.837 1,21 442,44 R$ 569,95 1,64% 4,74%
Dores do Rio Preto 25.597,83 307.173,96 6.106 2,30 840,88 R$ 365,30 3,11% 5,77%
Jerônimo Monteiro 61.646,02 739.752,24 10.701 5,23 1.908,41 R$ 387,63 7,06% 13,90%
Muniz Freire 36.808,84 441.706,08 18.196 5,43 1.980,51 R$ 223,03 7,32% 8,30%
São José do Calçado 48.499,91 581.998,92 10.570 5,34 1.949,86 R$ 298,48 7,21% 10,94%
TOTAL 443.359,89 5.320.318,68 171.189 (média) 6,74 (média) 2.458,62 (médio) R$ 267,23 100% 100%
Revista
Revista Limpeza Pública –– 58
Limpeza Pública 58
• Manutenção do Sistema através dos anos: Haveria a necessidade – O mecanismo de vinculação da cobrança de taxas ligadas a
de adequar à estrutura orçamentária: fornecimento de serviços essenciais como água ou luz garantem que a
– 1º Adequando sua estrutura orçamentária através da otimização inadimplência seja reduzida.
dos custos da coleta. • Desenvolvimento Econômico Municipal (relacionado à
– 2º Implantando novas taxas ou aumentando as existentes; atividade turística):
• Prazo para implantação – Para a promoção da atividade e atração de turistas para quem
– construção e adequação orçamentária : 1 ano já trabalha no setor é possível se tirar partido de uma certificação
– Implantação de novas taxas: Ibatiba no 2o.ano, Alegre no 4o. ano. ambiental, isto é, a qualificação do território dentro das melhores praticas
e Ibitirama no 6o. ano. Outros municípios não necessitariam aumentar ambientalmente sustentáveis. Nos municípios em que a prefeitura
a arrecadação por conseguirem os recursos apenas com a adequação e a comunidade já trabalham para o turismo rural e ecológico como
orçamentária. saída econômica, essa providência passará a interessar a empresários e
Avaliação: o aumento de impostos configura um Impacto Social. trabalhadores que sobrevivem desta atividade, além de se tornar mais
Somente três municípios teriam que apelar para esta medida, pois um motivo para atrair novos investimentos para o setor na região
têm pouca margem de readequação de orçamento e necessitam de – Os trabalhadores da atividade turística podem configurar um dos
incentivos e recursos para manter o sistema. parceiros iniciais e foco especial das ações de comunicação social do
município na implementação do novo modelo de gestão de resíduos
ESTRATÉGIA – GESTÃO DE RESÍDUOS associando-as ao Projeto de Desenvolvimento Turístico Regional.
Considerações sobre Inadimplência da Taxa Específica e Opinião Agradecimentos especiais às Sras :
Pública Adriana de Souza Mello Barbosa - Coordenadora Técnica do Consórcio Caparaó;
• Forma de Cobrança: Dalva Vieira de Souza Ringuier – Secretária Executiva do Consórcio Caparaó
Referências bibliográficas
CONSÓRCIO CAPARAÓ "Caparaó Capixaba Vale Mais - Plano de – Andaluz Consultoria – “Plano Diretor Participativo do Município de
desenvolvimento sustentável - 2006-2026”, 2006; São José do Calçado”, 2007;
– Diagnostico de Agricultura Familiar do Território do Caparaó”, 2006; – Rota do Caparaó: um caminho feito pela natureza (Turismo); 2006
– Fundação Ceciliano Abel de Almeida – “Plano Diretor Participativo FRAL CONSULTORIA "Plano de Gestão integrada de Resíduos Sólidos
do Município de Alegre”, 2007; para os municípios da Zona da Mata Norte".Viabilidade
– Andaluz Consultoria – “Plano Diretor Participativo do Município de Técnica, Econômica e Ambiental, 2006;
Divino de São Lourenço”, 2007; GALBIATTI, J.et al. “ Substratos e lâminas de irrigação em suas espécies
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Dores do Rio Preto”, 2007; 12/2005;.
– Andaluz Consultoria – “Plano Diretor Participativo do Município de LEITE, Paulo Roberto - Logística Reversa: meio ambiente e competitivi-
Guaçuí”, 2007; dade. São Paulo: Prentice Hall, 2003;
– Andaluz Consultoria – “Plano Diretor Participativo do Município de MINISTÉRIO DA ECONOMIA, FAZENDA E PLANEJAMENTO " Atlas
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Ibatiba”, 2007; WARNER, M.L. et PRESTON, E.H. "Review of Environmental Impact
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do Município de Jerônimo Monteiro”, 2007 Environmental Protection Agency; 1974.
As cooperativas na implementação da
Política Nacional de Resíduos Sólidos
Passado bastante tempo após a edi- dores de material reciclável são a grande obterem melhor qualificação, renda, situ-
ção da Política Nacional de Resíduos aposta do Governo para viabilizar esse ação socioeconômica e condições gerais
Sólidos (PNRS), ainda há pouco avan- desafio. Essas organizações se multipli- de trabalho.
ço significativo no atendimento das cam dia a dia e esses trabalhadores se Na referida norma, foram alinhados os
disposições legais de gerenciamento organizam cada vez mais para estarem direitos e garantias fundamentais do
de resíduos sólidos urbanos. capacitados e aptos a contribuir com a cooperado, como a limitação da jornada
Concretamente, verifica-se atraso dos efetividade da norma. de trabalho, retiradas não inferiores
setores ambiental e sanitário, da coleta, Contudo, apesar de diversos programas ao piso da categoria, repouso semanal
tratamento e destinação final do esgoto privados, já instituídos, que realizam par- remunerado, adicional sobre atividades
e da coleta, triagem e aproveitamento cerias com as organizações de catadores insalubres e perigosas, além de seguro de
do lixo reciclável e de transformação dos de material reciclável, este cenário de acidente do trabalho.
resíduos sólidos. Por outro lado, multi- organização ainda é um ideal para o país. Assim, com a nova legislação, os cata-
plicam-se as normas sobre resíduos nos Em 19 de Julho de 2012, foi publicada a dores de material reciclável passaram a
diversos Estados e Municípios brasileiros. Lei Federal nº 12.690, que dispõe sobre ter instituídos direitos e deveres, como
Apesar das diversas publicações legais, a organização e o funcionamento das observância às normas de saúde e segu-
com exigências cada vez mais complexas Cooperativas de Trabalho, instituindo rança do trabalho. Vale ressaltar, no que
e rebuscadas, até o momento, os prazos o Programa Nacional de Fomento às tange à implementação da PNRS, que os
previstos na PNRS não foram cumpridos Cooperativas de Trabalho, PRONACOOP. contratantes das Cooperativas de serviço
e o Poder Público se vê diante de um A nova norma reforça o aspecto legal se tornam expressamente responsáveis
enorme desafio para implementação da e social da participação dos catadores, solidários ao cumprimento das normas
coleta seletiva e erradicação dos lixões priorizando incentivos, capacitação e de saúde e segurança do trabalho,
nos municípios brasileiros. melhoria da produção e condições de quando os serviços forem prestados no
Outros dois grandes pontos de discussão e trabalho das Cooperativas, além de insti- seu estabelecimento ou em local por eles
atenção previstos na PNRS são a Logística tuir um regime de comando e controle na determinado.
Reversa e a integração dos catadores de atuação desse segmento. Além das responsabilidades acima men-
material reciclável nas ações que envol- Com a publicação da Lei 12.690/2012, cionadas, as Cooperativas estão sujeitas
vem a responsabilidade compartilhada foram abertos novos caminhos para o à fiscalização do Ministério do Trabalho e
pelo ciclo de vida dos produtos. trabalho das Cooperativas no país. A Emprego e, inclusive, em caso de fraude
Sobre esses dois pontos, nesses dois anos regulamentação poderá ser útil na dimi- à legislação trabalhista e previdenciária, à
de vigência da PNRS, o grande desafio nuição do receio dos empreendedores/ sanções penais e administrativas cabíveis,
do setor público, privado e da sociedade tomadores de serviço em assumir passi- sem prejuízo de ação judicial visando à
brasileira é implementar ações, procedi- vos trabalhistas e sofrer as mais diversas dissolução da Cooperativa.
mentos e meios destinados a viabilizar a espécies de fiscalizações. Pelo exposto, verifica-se que a participa-
coleta e a restituição dos resíduos sólidos Nos termos da Lei 12.690/2012, ção dos catadores na implementação da
ao setor empresarial, para reaproveita- considera-se Cooperativa de Trabalho, a Política de Resíduos terá que se adequar
mento em seu ciclo ou em outros ciclos Sociedade constituída por trabalhadores aos novos moldes impostos pela norma,
produtivos ou outra destinação final para o exercício de suas atividades la- o que nos parece trazer um pouco mais
ambientalmente adequada. borativas ou profissionais, com proveito de exeqüibilidade para o sistema de ge-
As Cooperativas e Associações de cata- comum, autonomia, e autogestão, para renciamento de resíduos.
Simone Paschoal Nogueira é advogada, coordenadora de Legislação da ABLP e sócia do Setor Ambiental do Siqueira Castro Advogados.
Iris Zimmer Manor é advogada, pós-graduanda em Direito e Gestão Ambiental.
O uso de geossintéticos em aterros sanitá- deve a diversos fatores, “como crescimento vez mais a geomembrana de PEAD vem con-
rios tem crescido no país. Esses materiais da economia, das normas e publicações para quistando espaço em projetos para diferentes
apresentam diversas vantagens em relação o uso dos geossintéticos, como também uma aplicações, onde as obras exigem de fato
às soluções convencionais, como argila maior confiança dos usuários com relação a preocupação e cuidado ambiental”, ressalta.
compactada. Hoje, existem no mercado esses produtos”. Skortzaru ainda destaca que nos últimos anos
diversos tipos de geossintéticos (geotêxteis, Para Carlos Eduardo Pires Fonseca, da houve um amadurecimento das indústrias,
geomembranas, geocompostos, georedes, Sansuy, a ampliação do grupo de fabrican- dos projetistas e dos órgãos públicos. Em
geocélulas, geotubos, geogrelhas), que tes e distribuidores internos e entrada de tempos de implantação da Política Nacional
apresentam diferentes funções. empresas do exterior também contribuíram de Resíduos Sólidos, a expectativa é que
Conforme explica André Skortzaru, da para o crescimento do mercado. “Antes novos aterros sanitários sejam construídos.
Nortene, esses produtos não só possuem vistos como algo estranho, como ‘plásticos O engenheiro alerta: “Não basta isso ser
vantagens na aplicação e instalação, como aplicados em obras’, os geossintéticos pro- feito a toque de caixa, sem prestar atenção
ocupam menos espaço que o agregado varam que trazem enorme benefício para o nos materiais e a forma como são instalados.
natural, ampliando a vida útil do aterro cliente, com custo menor que as soluções Temos que ter certeza de que realmente [o
sanitário. convencionais”. aterro] está sendo impermeabilizado”.
Além das vantagens técnicas em relação Na opinião de Denis Urtado, da NeoPlastic, o
às soluções convencionais, Carlos Vinícius crescimento do uso dos geossintéticos é uma Instalação
Benjamin, da Ober Geossintéticos, acredita tendência irreversível. “Seguindo o padrão Os cuidados na instalação dos materiais são
que o aumento do uso dos geossintéticos se internacional GRI-GM 13 de fabricação, cada um dos grandes desafios. Os fabricantes
Professor Orêncio
avaliam que a instalação correta é tão impor- Vilar falou sobre os
tante quanto o material de qualidade. Hoje, geossintéticos no Ecos
da Sardenha 2012
estima-se que existam centenas de instala-
dores que prestam os serviços sem cuidados,
como o uso de equipamentos de proteção
individual (EPI) e a realização de testes nas
soldagens. Essas empresas, em geral, cobram
preços mais baixos, promovendo uma concor-
rência desleal. E, em casos de vazamentos,
o fabricante pode ser cobrado por algo que
não foi responsável. Para evitar esse tipo de
situação, a Nortene apresenta a seus clientes
uma lista de instaladores certificados e que
obedecem as normas.
Fonseca também reitera a “necessidade de
maior rigor nas especificações de projeto, na
inspeção de recebimento nas obras, e controle
de qualidade de instalação, para que os bons
fabricantes e instaladores sejam diferenciados
Empresas associadas
da ABLP por
área de atividade
Consultoria e Projetos
FABRICANTE/FORNECEDOR
EQUIPAMENTOS
Veículos
LOCADORA DE EQUIPAMENTOS
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www.campinas.sp.gov.br Campinas, SP - Órgão Público Municipal.
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• Identificação dos pontos críticos da coleta
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• Redução do risco com indenizações indevidas
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com manutenção de veículo R. Helena, 275 – 12º andar – CEP 04552-050
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Notícias ABLP
Fernando de Castro Estudante Universidade Veiga De Almeida – Uva Rio De Janeiro RJ 28/05/2012
Dalton Hiratsuka Eng. Ambiental Proactiva Meio Ambiente Brasil Mogi Das Cruzes SP 04/06/2012
Vinícius Pedreira Coimbra Estagiário Proactiva Meio Ambiente Brasil Ltda. Iperó SP 13/06/2012
Everton de Oliveira Geólogo Hidroplan Hidrogeologia e Planejamento Ambiental Ltda. Cotia SP 19/06/2012
José Mario Loureiro Borges Eng. Civil Cavo Ambiental Construtora Ltda. Niterói RJ 26/06/2012
Atualpa Nasciutti Veloso Eng. Civil Dbo Engenharia Ltda. Goiânia GO 28/06/2012
Juarez José Miorando Empresário Metalúrgica C&A Ltda Chapecó SC 13/07/2012
Jamaci A. do Nascimento Junior Engenheiro Sanitarista Fundação Nacional De Saúde – Funasa Brasília DF 20/07/2012
Antonio Cordeiro Cavalcanti Administrador Solar Ambiental E Montadora Ltda. Ilhéus BA 27/07/2012
Eduardo de Paula P. Nogueira Biólogo Autônomo Belo Horizonte MG 27/07/2012
Coletivos
Empresa Ramo de atividade Uf Adesão
Lagoa Azul Com. Importação e Exportação Ltda. Comércio de Equipamentos Para Limpeza Ba 17/05/2012
Gascom Equipamentos Industriais Ltda. Fabricante de Equipamentos de Apoio Logístico Sp 06/06/2012
Centroprojekt Do Brasil S/A Tratamento de Água, Efluentes, Resíduos e Controle Poluição Atmosférica Sp 25/06/2012
Sotkon Brasil Indústria Com. Imp. e Exp. Ltda. Rslu Sp 11/07/2012
Df Implementos Industriais Ltda. Fabricação de Máquinas e Equip. P/ Saneamento Básico e Ambiental,
Peças e Acessórios Go 17/07/2012
Ecoflex Imp. e Exp. de Materiais de Limpeza Ltda. Fábrica De Vassouras Industriais Sp 26/07/2012
Norsan Impermeabilização, Construção e Comércio Ltda. Engenharia (Impermeabilização e Drenagem) Ba 21/08/2012
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versos níveis de governo, para a elabo- professores e operadores. Em 2015, Brasília (DF) sediará dois
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na revisão e atualização das mesmas. a participação, em seu quadro social, com o apoio institucional da ABLP: o
Colabora permanentemente com os de empresas e profissionais das diver- VII Simpósio Brasileiro de Geossintéticos
Ministérios das Cidades e do Meio sas áreas dos resíduos sólidos e da lim- (Geossintéticos 2015) e o VIII Congresso
Ambiente, o CONAMA, a ANVISA, o peza pública de todo o país. Informe- Brasileiro de Geotecnia Ambiental (REGEO
CONESAN e a ABNT. se, venha dividir e somar experiências
2015). Os eventos são organizados pela
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A Revista LIMPEZA PÚBLICA, publicada des- Av. Paulista, 807 - 19º. Conj. 1909/1913
de 1975, é única no país sobre o assunto, Brasília (UnB), Universidade Federal de
CEP 01311-100, São Paulo - SP -
é um meio de divulgação das novas tec- Tel.: 11- 3266-2484 www.ablp.org.br Goiás (UFG) e Centro Universitário de
nologias, publicando artigos selecionados, ablp@ablp.org.br Brasília (Uniceub).
limpeza urbana os projetos, passando pela operação e a obtenção de licenças junto aos órgãos am-
bientais, até o monitoramento após o encerramento da vida útil do aterro. Créditos
em Portugal de carbono e geração de energia a partir do biogás gerado no aterro sanitário tam-
bém fazem parte da programação.
Entre 18 e 25 de novembro de 2012, o Nos cursos promovidos pela ABLP, os participantes têm dois dias de aulas teóricas,
Grupo About Media Brasil levará brasi- na sede da Associação, com os principais técnicos e especialistas do setor. No ter-
leiros para conhecer como é feito o ge- ceiro dia, são realizadas visitas técnicas a empreendimentos, onde é possível obter
renciamento de resíduos em Portugal. uma visão prática do assunto.
O objetivo é visitar sete instalações de Inscreva-se em www.ablp.org.br
resíduos sólidos naquele país. Estão no
programa um aterro sanitário, central
de incineração, estação de triagem,
central de compostagem, de digestão Diretores da ABLP na mídia
anaeróbia, unidade de preparação de Com a Política Nacional de Resíduos Sólidos em fase de implantação, cresce o in-
combustível derivado de resíduos e teresse pela área, e diversas matérias sobre o tema têm sido divulgadas na imprensa. Os
de usina de resíduos de construção e diretores da ABLP têm sido consultados com frequência, explicando tecnicamente os de-
demolição. A ABLP apoia a iniciativa. safios e soluções da área no Brasil. Nos últimos dois meses, João Gianesi Netto, Francisco
Para saber mais acesse o site: de Oliveira, Ariovaldo Caodaglio e Clóvis Benvenuto concederam entrevistas a diversos
www.redeportugalbrasil.about.pt. veículos, entre eles, Agência Brasil, Valor Econômico, Rádio Nacional e Band News. Assim,
os técnicos da ABLP contribuem para a divulgação das práticas sustentáveis necessárias
para o país avançar.