Historia 1 A Serie Ensino Medio 2 A Etapa
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01-
"...o desejo de dar uma forma e um estilo ao sentimento não é exclusivo da arte e da
literatura; desenvolve-se também na própria vida: nas conversas da corte, nos jogos, nos
desportos... Se, por conseguinte, a vida pede à literatura os motivos e as formas, a literatura,
afinal, não faz mais do que copiar a vida.”
(Johan Huizinga, O Declínio da Idade Média).
Na Idade Média essa relação entre literatura e vida foi exercida principalmente pela:
(A) vassalagem. (B) guilda.
(C) cavalaria. (D) comuna.
(E) monarquia.
02- A formação do sistema feudal, dominante principalmente nos territórios do Império Carolíngio,
durante a Idade Média, esteve ligada:
(A) à integração de instituições romanas e germânicas, tais como o colonato e o Comitatus.
(B) ao fim da importância das leis baseadas nos costumes e aos ataques vikings.
(C) às constantes invasões dos bárbaros germânicos, que levaram à queda do Império Bizantino.
(D) à decadência do escravismo romano e ao gradativo processo de êxodo rural.
(E) ao fortalecimento do poder real, devido à distribuição de benefícios aos guerreiros fiéis.
O ícone, pintura sobre madeira, foi uma das manifestações características da Civilização
Bizantina, que abrangeu amplas regiões do continente europeu e asiático. A arte bizantina
resultou:
(A) do fim da autocracia do Império Romano do Oriente.
(B) da interdição do culto de imagens pelo cristianismo primitivo.
(C) do "Cisma do Oriente”, que rompeu com a unidade do cristianismo.
(D) da fusão das concepções cristãs com a cultura decorativa oriental.
(E) do desenvolvimento comercial das cidades italianas.
06- As caravanas do Sudão ou do Niger trazem regularmente a Marrocos, a Tunes, sobretudo aos
Montes da Barca ou ao Cairo, milhares de escravos negros arrancados aos países da África
tropical (...) os mercadores mouros organizam terríveis razias, que despovoaram regiões inteiras
do interior. Este tráfico muçulmano dos negros de África, prosseguindo durante séculos e em
certos casos até os mais recentes, desempenhou sem dúvida um papel primordial no
despovoamento antigo da África.
(Jacques Heers, O trabalho na Idade Média.)
(A) Maomé começou a pregar a Guerra Santa no Cairo como condição para a expansão da
religião de Alá, que garantia aos guerreiros uma vida celestial de pura espiritualidade.
(B) atuaram no tráfico de escravos negros, dominaram a África do Norte, atravessaram o
estreito de Gibraltar e invadiram a Península Ibérica.
(C)a expansão árabe foi propiciada pelos lucros do comércio de escravos, que visava
abastecer com mão de obra negra as regiões da Península Ibérica.
(D)os reinos árabes floresceram no sul do continente africano, nas regiões de florestas
tropicais, berço do monoteísmo islâmico.
(E) os árabes ultrapassaram os Pirineus e mantiveram o domínio sobre o reino Franco, até o
final da Idade Média ocidental.
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07- Houve, nos últimos séculos da Idade Média ocidental, um grande florescimento no campo da
literatura e da arquitetura. Contudo, se no âmbito da primeira predominou a diversidade
(literária), no da segunda predominou a unidade (arquitetônica). O estilo que marcou essa
unidade arquitetônica corresponde ao:
(A) renascentista. (B) românico.
(C) clássico. (D) barroco.
(E) gótico.
08-
O Quarto Concílio de Latrão, em 1215, decretou medidas contra os senhores seculares caso
protegessem heresias em seus territórios, ameaçando-os até com a perda dos domínios. Já
antes do Concílio e como consequência dele, as autoridades laicas decretaram a pena de morte
para evitar a disseminação de heresias em seus territórios, a começar por Aragão em 1197,
Lombardia em 1224, França em 1229, Roma em 1230, Sicília em 1231 e Alemanha em 1232.
(Nachman Falbel. Heresias medievais, 1976.)
09- O culto de imagens de pessoas divinas, mártires e santos foi motivo de seguidas controvérsias na
história do cristianismo. Nos séculos VIII e IX, o Império bizantino foi sacudido por violento
movimento de destruição de imagens, denominado "querela dos iconoclastas”. A questão
iconoclasta:
(A) derivou da oposição do cristianismo primitivo ao culto que as religiões pagãs greco-romanas
devotavam às representações plásticas de seus deuses.
(B) foi pouco importante para a história do cristianismo na Europa ocidental, considerando a
crença dos fiéis nos poderes das estátuas.
(C)produziu um movimento de renovação do cristianismo empreendido pelas ordens mendicantes
dominicanas e franciscanas.
(D)deixou as igrejas católicas renascentistas e barrocas desprovidas de decoração e de
ostentação de riquezas.
(E) inviabilizou a conversão para o cristianismo das multidões supersticiosas e incultas da Idade
Média europeia.
11-
Foi nesse terreno de cerca de 3,5 milhões de km 2 e predominantemente desértico que, na
primeira quadra do século VII, se constituiu (...) a religião (...), a qual, num espaço de tempo
relativamente exíguo, o empolgaria por inteiro, e foi também a partir dele que, na quadra
seguinte, os conversos saíram para fazer a sua entrada decisiva no palco da história universal,
construindo um dos mais poderosos impérios da face da Terra e ampliando de maneira
considerável o número de adeptos da nova fé.
12- Sobre as cidades europeias na época moderna (séculos XVI a XVIII), é correto afirmar que, em
termos gerais,
(A) mantiveram o mesmo grau de autonomia política que haviam gozado durante a Idade Média.
(B) ganharam autonomia política na mesma proporção em que perderam importância econômica.
(C) reforçaram sua segurança construindo muralhas cada vez maiores e mais difíceis de serem
transpostas.
(D) perderam, com os reis absolutistas, as imunidades políticas que haviam usufruído na Idade
Média.
(E) conquistaram um tal grau de autossuficiência econômica que puderam viver isoladas do
entorno rural.
14- Leia as afirmações a seguir que exemplificam a exploração da natureza ao longo da história.
No período da Idade da Pedra, os homens usavam armas e ferramentas, lapidando pedaços
de rochas encontradas na natureza.
O uso do cobre para a fabricação de utensílios domésticos, provavelmente, deve-se à
constatação de sua fusão em uma fogueira feita sobre rochas que continham esse minério.
Os primeiros registros de uma bebida alcoólica, feita a partir da fermentação de cereais, datam
das civilizações mesopotâmicas, podendo ser considerada uma das mais antigas técnicas de
produção.
Na Idade Média, o processo de conservação das carnes era feito por meio da salga e da
defumação (secar ou expor à fumaça).
Analisando esses fenômenos, pode-se afirmar que ocorre a transformação química apenas nos
processos de:
(A) lapidar rochas e fundir cobre.
(B) fundir cobre e defumar carne.
(C) fundir cobre e fermentar cereais.
(D) lapidar rochas e fermentar cereais.
(E) fermentar cereais e defumar carne.
16- Dentre os fatores que possibilitam o reino da França afirmar-se como a primeira potência
europeia no século XIII, podemos destacar:
(A) O rei da França controla diretamente uma grande e fértil parte dos territórios do reino.
(B) Os reis da França detêm o título imperial e contam com o sustento dos reis da Inglaterra,
seus vassalos.
(C) A união incondicional entre a Igreja e os reis franceses permitiu a reunião de grandes
fortunas e extensões de terras férteis, passando a constituir-se um dos primeiros núcleos dos
estados nacionais.
(D) O reino da França é o maior e o mais populoso da Europa. Os soberanos consolidam as
instituições monárquicas e a centralização do poder, exercendo um forte controle sobre a
feudalidade.
17- O fenômeno das cruzadas se estende ao longo de dois séculos de história europeia. Desde a
conquista de Jerusalém pelos turcos (séc. XI) até a queda de São João D’Acre, última fortaleza
cristã (séc. XIII) dominada pelos turcos muçulmanos. Das inúmeras causas da difusão do
"espírito da cruzada”, destaca-se:
(A) A necessidade dos abastados nobres europeus de encontrar aventura, glória e de obter o
principal prêmio: o casamento com uma jovem nobre, bela e rica.
(B) O cumprimento de uma obrigação religiosa: combater o infiel muçulmano era uma ação santa
e representava a possibilidade de salvação eterna.
(C) A presença de um profundo zelo religioso, característico da medievalidade, acompanhada de
motivos econômicos e sociais da Europa.
(D) A predominância de interesses econômicos das cidades comerciais que desejavam expandir
suas atividades mercantis.
18- A "morte” do estado, como era concebida no mundo antigo, coincide com a afirmação do feudalismo.
Isso pode ser explicado, pois:
(A) a autoridade central delegou cada vez mais o exercício dos poderes públicos aos senhores
feudais, que se tornaram praticamente soberanos em seus feudos.
(B) a figura do soberano se reduz àquela de um fantoche nas mãos da Igreja e dos grandes
senhores feudais.
(C) a nobreza aproveitou-se para conseguir, do poder do soberano, concessões cada vez
maiores, como a hereditariedade dos feudos.
(D) o controle das frequentes insurreições camponesas contra o abuso de poder dos senhores e
do mal governo torna-se difícil.
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19- Dentre as consequências do declínio da escravidão na Idade Média, podemos citar:
(A) A melhoria das condições de vida dos camponeses, possibilitando uma considerável
diminuição da miséria.
(B) A economia, já atingida pelo declínio do comércio e pela insegurança geral, tornou-se
gravemente prejudicada.
(C) Muitas propriedades de terras foram abandonadas em decorrência da escassez de mão-de-
obra, e a floresta e os pântanos voltaram a cobrir grande parte dos campos.
(D) A busca de soluções para tornar eficiente o trabalho humano foi incentivada, reencontrando a
técnica e desenvolvendo a reabilitação do trabalho manual.
20- O capítulo mais recente dos conflitos de fragmentação da antiga Iugoslávia ocorreu na província
de Kôsovo, habitada por 90% de muçulmanos e por uma minoria sérvia. De origens remotas, os
conflitos religiosos, étnicos e políticos entre cristãos e muçulmanos, marcaram, nas últimas
décadas, a região.
Dentre as origens mais remotas desses conflitos, podemos destacar:
(A) a conquista da região balcânica, em 556, pelos califas Árabes Omar, Otman e Ali promoveu,
ao longo de séculos de dominação muçulmana, a conversão forçada de grande parte da sua
população ao Islamismo.
(B) o fim do domínio do Império Turco Otomano, nos territórios europeus balcânicos da Albânia,
Bósnia, Kôsovo e Sérvia, promoveu, no século XIV, o acirramento dos conflitos políticos,
religiosos e étnicos entre os seus habitantes.
(C) a fragmentação religiosa da Arábia, levada a contento pelos xiitas, em 632, fez com que
considerável parcela de muçulmanos descontentes emigrasse para regiões da Península
Balcânica, gerando guerras religiosas contra os cristãos ortodoxos sérvios.
(D) a conversão, no final do século XIX, de parte da população da região de Kôsovo ao
Islamismo desencadeou os conflitos religiosos entre os cristãos da BósniaHerzegóvina,
Croácia, Eslovênia, Macedônia, Monte Negro e Sérvia contra os muçulmanos.
(E) a derrota dos sérvios, pelo Império Turco Otomano, na Batalha de Kôsovo, em 1389, marcou
o declínio da Sérvia medieval. Os sérvios assistiram à maciça imigração de albaneses para
a região, estimulada pelos otomanos, com a condição de se converterem ao Islamismo.
21-
...doentes atingidos por estranhos males, todos inchados, todos cobertos de úlceras,
lamentáveis de ver, desesperançados da medicina, ele [o Rei] cura-os pendurando em seus
pescoços uma peça de ouro, com preces santas, e diz-se que transmitirá essa graça curativa aos
reis seus sucessores.
(William Shakespeare, Macbeth.)
23- Muito se tem falado sobre a origem do islamismo. Os contatos entre o mundo muçulmano e o
Ocidente marcaram profundamente a história de ambos, seja pelos conflitos, tão constantes no
percurso da humanidade, seja pelos intercâmbios culturais, tão necessários ao desenvolvimento
de todos. Sobre a cultura islâmica durante o período medieval, é correto afirmar:
(A)O islamismo nasceu com a tribo dos sunitas, povo de origem indo-europeia.
(B)Os europeus da Península Ibérica foram responsáveis pela introdução da filosofia grega na
cultura dos muçulmanos.
(C)A expansão muçulmana, liderada pelos árabes, foi marcada pelo respeito aos costumes e
crenças dos povos conquistados.
(D)A lenta difusão do Islã explica-se pela complexidade de seus preceitos, que dificultaram o
aumento do contingente de crentes no Mediterrâneo.
(E)A supremacia econômica da Europa feudal incentivou o desenvolvimento do comércio no
Império Árabe.
24-
O sistema feudal formou-se de maneira lenta. Suas origens estruturais encontram-se nas
sociedades romana e germânica, cuja fusão e transformação se processaram ao longo da Alta
Idade Média. Foi então que se deu a passagem do escravismo ao feudalismo, entre os séculos
IV e X.
(AQUINO, p. 388)
25- A região de Kosovo tornou-se conhecida nos últimos anos pelos violentos conflitos envolvendo
cristãos e muçulmanos. As raízes do conflito são bem antigas. Em 1389, na chamada Batalha de
Kosovo, tropas cristãs, lideradas pelo Duque Lazar, foram derrotadas pelos muçulmanos
comandados por Murad I. A respeito desse conflito é correto afirmar:
(A) Trata-se de mais uma das Cruzadas, ou seja, uma das muitas expedições cristãs em direção
a Jerusalém, dominada a essa altura pelos muçulmanos.
(B) Trata-se do marco inicial do Reino da Sérvia, quando os eslavos penetraram pela primeira
vez a região dos Bálcãs.
(C) Trata-se de um dos momentos da expansão otomana e da montagem do Império Turco na
Ásia Menor e nos Bálcãs.
(D) Trata-se do processo de expansão do Império Bizantino, que estabeleceu uma política de
alianças com os muçulmanos para expulsar os invasores sérvios de seu território.
(E) Trata-se de uma das muitas etapas da expansão islâmica levada adiante pela dinastia
Omíada, época em que a sede do califado foi deslocada da Península Arábica para
Damasco.
(A) Até o final do século VI, a população árabe vivia dividida em tribos constituídas pelos
beduínos e pelas tribos urbanas, que desenvolveram grandes centros comerciais. Entre
esses centros, destacava-se Meca, para onde as pessoas se dirigiam a fim de praticar
comércio e visitar o santuário da Caaba, que abrigava as imagens dos deuses das diversas
tribos árabes.
(B) Maomé, após tornar-se governador da cidade de Iatreb, converteu-se em chefe guerreiro,
conquistou a cidade de Meca e estabeleceu a unificação política e religiosa da Arábia, unindo
os árabes em torno do ideal comum de realizar a jihad, guerra santa, que consistia na luta
pela conversão de todos os infiéis.
(C) A unidade do Império foi destruída sob o reinado da dinastia abássida que, em 752, substituiu
a dinastia omíada, possibilitando a partir do desmembramento do império islâmico o advento
de Califados independentes como Bagdá na Pérsia, Cairo no Egito e Córdova na Espanha.
(D) A ruína do Império Islâmico foi acompanhada pela desagregação da unidade religiosa,
quando ganharam força seitas islâmicas divergentes: os sunitas, partidários de um chefe
eleito pelos crentes e os xiitas, que defendiam o ideal absolutista de Estado, admitindo
o Corão como a única fonte de ensinamento religioso.
(E) A hegemonia do Império Islâmico entrou em decadência a partir da conversão dos turcos
otomanos ao cristianismo, consolidando o domínio dos seldjucidas na região de
Constantinopla, garantindo a peregrinação dos cristãos à Terra Santa.
27- O conflito entre o tempo da igreja e o tempo dos mercadores afirma-se pois, em plena Idade
Média, como um dos acontecimentos maiores da história mental destes séculos, durante os
quais se elabora a ideologia do mundo moderno, sob a pressão da alteração das estruturas e
das práticas econômicas. Jacques Le Goff - Para um novo conceito de Idade Média
Dentre as diferenças de concepções mentais entre burgueses e clérigos durante a Idade
Média, podemos destacar que:
(A) o tempo foi considerado pelos homens como uma mercadoria que pertencia a Deus e,
portanto, não cabia aos burgueses atribuir a ele um valor econômico. Tal concepção era
antagônica ao pensamento da igreja medieval, que privilegiava a prática da usura.
(B) diante de uma intensa ruralização da vida social e econômica, coube aos mercadores os
papéis de preservar e difundir os conhecimentos da civilização ocidental cristã, enquanto
aos clérigos coube a função de manter a coesão social.
28- O cavaleiro se situava no centro de vários círculos concêntricos, cuja coesão se devia à lealdade
dele. Devia ser leal aos componentes de todos esses círculos. Porém, havendo exigências
contraditórias, devia prevalecer a fidelidade aos mais próximos.
Georges Duby. Guilherme, o marechal.
Assinale a alternativa que apresenta alguns deveres e valores que faziam parte da ética de um
cavaleiro medieval.
(A) Ser leal a todos os componentes de seu exército; agir com valor e coragem, combatendo
com o objetivo de vencer e obedecendo a determinadas leis, como a de enfrentar o inimigo
à vista dele e em campo aberto.
(B) Em troca de proteção, os cavaleiros deviam aos senhores feudais algumas obrigações e
taxas. Obrigações, como o juramento de fidelidade que os obrigava a combater os inimigos
dos vassalos e taxas, como a talha e a corveia.
(C) Os ideais de honra eram baseados em um rígido sistema de castas, e as normas de
fidelidade e conduta dos cavaleiros baseavam-se em relações dinâmicas de produção que
determinavam a posição econômica dos suseranos e dos senhores feudais.
(D) Seus deveres compunham-se de compromissos de reciprocidade vertical entre senhores e
cavaleiros. Os seus valores definiam a sua condição de submissão e a sua exploração
pelos membros da nobreza e do clero.
(E) Através da cerimônia da homenagem, era oficializada uma relação de dependência
recíproca entre os cavaleiros que passavam a obedecer a seus suseranos. Essa cerimônia
era o alicerce da relação entre os servos e os senhores feudais.
29- Entre os anos de 1315 e 1317, chuvas extremamente fortes e constantes atingiram, de forma
inesperada, parte significativa da Europa, ao norte dos Alpes. Pode-se relacionar esse episódio à:
(A)série de transformações climáticas enfrentadas pela Europa desde o século VIII, que
derivaram do uso intenso de materiais poluentes nas fábricas e nas guerras.
(B)devastação florestal ocorrida na busca de mais terras cultiváveis para abastecer a população
que, em virtude de inovações tecnológicas e do controle temporário das pestes, crescia
rapidamente.
(C)escassez de recursos de controle de pluviosidade pelos feudos, desestruturados após as
revoltas de servos, que se transferiram para as cidades e fizeram ressurgir o comércio entre
as várias partes da Europa.
(D)religiosidade dos povos locais que conseguiram, com sua fé, obter as chuvas necessárias
para o sucesso da produção agrícola e o decorrente aumento na produção de alimentos.
(E)inexistência de alternativas de irrigação de áreas agriculturáveis, o que forçava os senhores
de terras a recorrer exclusivamente às chuvas para manter suas plantações vivas.
31- Para compreender a unificação religiosa e política da Arábia por Maomé, é necessário conhecer:
(A) a atuação das seitas religiosas sunita e xiita, que contribuíram para a consolidação do Estado
Teocrático Islâmico.
(B) os princípios legitimistas obedecidos pela tribo coraixita, da qual fazia parte.
(C) os fundamentos do sincretismo religioso que marcou a doutrina islâmica.
(D) as particularidades da vida dos árabes nos séculos anteriores ao surgimento do islamismo.
(E) a atuação da dinastia dos Omíadas que, se misturando com os habitantes da região do
Maghreb, converteram-se à religião muçulmana e passaram a ser chamados de mouros.
33- Sobre as invasões dos "bárbaros" na Europa Ocidental, ocorridas entre os séculos III e IX, é
correto afirmar que:
(A)foi uma ocupação militar violenta que, causando destruição e barbárie, acarretou a ruína das
instituições romanas.
(B)se, por um lado, causaram destruição e morte, por outro contribuíram, decisivamente,
para o nascimento de uma nova civilização, a da Europa Cristã.
(C) apesar dos estragos causados, a Europa conseguiu, afinal, conter os bárbaros,
derrotando-os militarmente e, sem solução de continuidade, absorveu e integrou os seus
remanescentes.
(D) se não fossem elas, o Império Romano não teria desaparecido, pois, superada a crise do
século III, passou a dispor de uma estrutura socioeconômica dinâmica e de uma constituição
política centralizada.
(E)os Godos foram os povos menos importantes, pois quase não deixaram marcas de sua
presença.
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34- As cruzadas no Oriente Médio (séculos XIXIII) tiveram profunda repercussão sobre o feudalismo
porque, entre outros motivos,
(A) diminuíram o prestígio da Santa Sé, em virtude da separação das Igrejas cristãs de Roma e
de Bizâncio.
(B) impediram os contatos culturais com civilizações refinadas como a bizantina e a árabe.
(C) aceleraram o comércio e o desenvolvimento de manufaturas, promovendo o crescimento de
uma nova camada social.
(D) desintegraram o sistema de comércio com o Oriente, gerando a decadência dos portos de
Veneza, Gênova e Marselha.
(E) estimularam a expansão da economia agrária, que minou a economia monetária dos centros
urbanos.
35- Se, para o historiador, a Idade Média não pode ser reduzida a uma "Idade das Trevas”, para o
senso comum, ela continua a ser lembrada dessa maneira, como um período de práticas e
instituições "bárbaras”.
Com base na afirmação acima, indique e descreva:
a) duas contribuições relevantes da Idade Média.
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36- A cidade antiga (grega, entre os séculos VIII e IV a.C.) e a cidade medieval (europeia, entre os
séculos XII e XIV), quando comparadas, apresentam tanto aspectos comuns quanto
contrastantes.
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37- Sabe-se que o feudalismo resultou da combinação de instituições romanas com instituições
bárbaras ou germânicas.
Indique e descreva no feudalismo uma instituição de origem:
a) romana.
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b) germânica.
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38- Ao longo da Baixa Idade Média, a Igreja (com o papa à frente) e o Estado (com o imperador ou
rei à frente) mantiveram relações conflituosas como, por exemplo, durante a chamada Querela
das Investiduras, nos séculos XI e XII, e a transferência do papado para Avignon, no sul da
França, no século XIV.
Sobre essa disputa, indique:
a) os motivos.
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39- Em 1348 a peste negra invadiu a França e, dali para a frente, nada mais seria como antes. Uma
terrível mortalidade atingiu o reino. A escassez de mão de obra desorganizou as relações sociais
e de trabalho. Os trabalhadores que restaram aumentaram suas exigências. Um rogo foi dirigido
a Deus, e também aos homens incumbidos de preservar Sua ordem na Terra. Mas foi preciso
entender que nem a Igreja nem o rei podiam fazer coisa alguma. Não era isso uma prova de que
nada valiam? De que o pecado dos governantes recaía sobre a população? Quando o historiador
começa a encontrar tantas maldições contra os príncipes, novas formas de devoção e tantos
feiticeiros sendo perseguidos, é porque de repente começou a se estender o império da dúvida e
do desvio.
(Adaptado de Georges Duby, A Idade Média na França (987-1460): de Hugo Capeto
a Joana d’Arc. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1992, p. 256-258.)
a) A partir do texto, identifique de que maneira a peste negra repercutiu na sociedade da Europa
medieval, em seus aspectos econômico e religioso.
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"Os esforços exigidos são tais que só sociedades em plena expansão econômica e
politicamente estabilizadas puderam erguer, a partir de meados do século XII, a floresta de
catedrais góticas, com a consciência nova de que a humanidade do Ocidente tinha entrado numa
época de progresso irreversível...”
KURMANN, P., "Catedrais”. In DUBY, G. (coord.), História artística da Europa.
A Idade Média, Trad., Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1998, p. 223.
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42- A imprensa de tipos móveis de madeira foi inicialmente uma invenção chinesa do século XI.
Posteriormente, em meados do século XV, a imprensa foi introduzida, com modificações, na
Europa, difundindo-se a produção de livros religiosos e, logo depois, de livros de literatura, de
poesia e de viagens, tudo isto com extraordinária rapidez. Considerando o texto, indique:
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43- Observe a ilustração e responda:
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44- No ano de 1070, os habitantes da cidade de Mans revoltaram-se contra o duque da Normandia.
O bispo fugiu e relatou: "Fizeram então uma associação a que chamam comuna, uniram-se por
um juramento e forçaram os senhores dos campos circundantes a jurar fidelidade à comuna.
Cheios de audácia, começaram a cometer inúmeros crimes. Até queimaram os castelos da
região durante a Quaresma e, o que é pior, durante a Semana Santa”.
(Adaptado de J. Le Goff, A Civilização do Ocidente Medieval, Lisboa, Estampa, 1984, vol. 2, p. 57.)
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45- Na Baixa Idade Média, iniciaram-se as mudanças na Europa Ocidental que, a seguir,
desencadearam o processo de montagem do sistema capitalista. Relativamente a essas
mudanças, julgue os itens a seguir colocando VERDADEIRO ou FALSO:
46- Momentos decisivos na história da humanidade foram marcados por crises socioeconômicas.
Entre essas crises destacam-se:
(1) A crise do escravismo no fim do Império Romano do Ocidente, que atingiu o processo
produtivo, resultando na adoção da servidão rural como alternativa para as necessidades da
população.
(2) A violenta repressão à revolta camponesa, na Alemanha Reformada, que fortaleceu o poder
da nobreza latifundiária, influindo no apoio ao movimento religioso liderado por Lutero e na
expansão do protestantismo na Europa.
(04) A crise que levou à Revolução de Avis, no Portugal do século XIV, e que decorreu do apoio
da nobreza, da burguesia comercial e do povo à união do reino português com o reino de
Castela.
(08) A Guerra de Secessão nos Estados Unidos, que resultou da luta dos grupos escravos
rebeldes contra grandes latifundiários dos Estados do Sul, que se aliaram aos industriais dos
Estados do Norte.
(64) A crise financeira de 1929, que abalou profundamente a estrutura do capitalismo liberal
norte-americano, no qual o controle do Estado era praticamente nulo.
47- O Mediterrâneo e os mares Báltico e do Norte, ao final da Idade Média, eram rotas comerciais
importantes.
a) Quem desenvolvia as atividades comerciais nesses mares?
R.: ___________________________________________________________________________
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R.: ___________________________________________________________________________
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48- A religião islâmica foi originalmente pregada por Maomé entre os árabes da Península Arábica e
hoje está presente em várias partes do mundo.
a) Caracterize o islamismo, indicando quatro preceitos originalmente pregados por essa religião.
R.: ___________________________________________________________________________
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R.: ___________________________________________________________________________
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49- O tempo medieval é chamado pelo historiador Georges Duby de "o tempo das heresias vencidas,
ou antes, das heresias sufocadas." Considerando então a heresia num período histórico bem
delimitado, responda:
R.: ___________________________________________________________________________
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b) Qual o instrumento de repressão mais frequentemente utilizado pela Igreja contra os heréticos?
R.: ___________________________________________________________________________
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50-
"Pelas palavras das Escrituras somos instruídos de que há duas espadas: a espiritual e a
temporal... é preciso que uma espada esteja sob o domínio da outra por conseguinte que o
poder temporal se submeta ao espiritual"
(Bonifácio VIII, Bula Unam Sanctum, 1302).
Explicite e comente o conflito histórico presente nestes dois textos do início do sec. XIV.
R.: ___________________________________________________________________________
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51- O ventre contraído pelo temor da privação, pelo medo da fome e do amanhã, assim segue o
homem do ano 1000, mal alimentado, penando para, com suas ferramentas precárias, tirar seu
pão da terra. Mas esse mundo difícil, de privação, é um mundo em que a fraternidade e a
solidariedade garantem a sobrevivência e uma redistribuição das magras riquezas. Partilhada, a
pobreza é o quinhão comum. Ela não condena, como hoje, à solidão o indivíduo desabrigado,
encolhido numa plataforma de metrô ou esquecido numa calçada. A verdadeira miséria aparece
mais tarde, no século XII, bruscamente, nos arredores das cidades onde se amontoam os
marginalizados.
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(Georges Duby, Ano 1000 ano 2000: na pista de nossos medos.)
A partir do fragmento, pode-se concluir que o surgimento da miséria no século XII associou-se:
(A)aos valores medievais, que favoreciam a concentração de riquezas.
(B)às ações do clero, que desestimulavam a livre iniciativa e a busca do lucro.
(C)à estrutura produtiva medieval, que assegurava apenas a subsistência.
(D)ao crescimento do comércio, que trouxe consigo a busca do lucro individual.
(E)à economia solidária, que não estimulava o aumento da produção.
52-
"Os cristãos fazem os muçulmanos pagar uma taxa que é aplicada sem abusos. Os
comerciantes cristãos, por sua vez, pagam direitos sobre suas mercadorias quando atravessam
o território dos muçulmanos. O entendimento entre eles é perfeito e a equidade é respeitada.”
Ibn Jobair, em visita a Damasco, Síria, 1184. In: Amin Maalouf, 1988.
53-
A longa crise da economia e da sociedade europeias durante os séculos XIV e XV marcou
as dificuldades e os limites do modo de produção feudal no último período da Idade Média. Qual
foi o resultado político final das convulsões continentais dessa época? No curso do século XVI, o
Estado absolutista emergiu no Ocidente.
(Perry Anderson, Linhagens do Estado Absolutista.)
R.: ___________________________________________________________________________
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R.: ___________________________________________________________________________
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54- A atual administração norte-americana realiza uma série de ações no Oriente Médio tendo como
objetivo declarado levar a democracia e a liberdade para os povos da região. Seus maiores
adversários têm sido os fundamentalistas islâmicos, que acusam os ocidentais de reeditarem as
Cruzadas.
a) O que foram as Cruzadas?
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b) O que os fundamentalistas islâmicos pretendem dizer hoje quando afirmam que os ocidentais
estão reeditando as Cruzadas?
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55- Um dos temas que se foi tornando cada vez mais popular em finais do século XII numa literatura
criada para as reuniões cavaleirescas é a do vilão esperto, o homem de origem rústica que subiu
alguns degraus da escala social e tomou o lugar de homens de bem, nascidos no exercício da
autoridade senhorial, mediante dinheiro e, ao imitar as suas maneiras, conseguia apenas tornar-
se ridículo e odiado por todos. O que era chocante no novo rico era o fato de ele não ser
generoso, nem altruísta, nem estar cheio de dívidas, como o nobre. (Georges Duby, Guerreiros e
camponeses.)
O contexto histórico que explica os valores presentes na literatura da época aponta para o fato
de que:
57- Sobre a Guerra dos Trinta Anos (1618-1648), é correto afirmar que:
(A) foi um conflito entre católicos e protestantes dentro do Sacro Império Germânico.
(B) Espanha e Portugal se aliaram para combater o protestantismo holandês.
(C) Portugal negociou tratados de abastecimento de alimentos com a Inglaterra, para sobreviver
aos ataques holandeses.
(D) Portugal expandiu sua conquista na Ásia, pelo fato de o continente estar fora dos interesses
dos negociantes flamengos.
(E) o Brasil permaneceu sob o controle português, garantindo os lucros açucareiros para a Coroa
lusa.
(A) o poder político dos monarcas firmou-se graças ao apoio da nobreza, ameaçada pela força
crescente da burguesia.
(B) a expansão muçulmana e o domínio do mar Mediterrâneo pelos árabes favoreceram a
centralização.
(C) uma das limitações mais sérias dos soberanos era a proibição de organizarem exércitos
profissionais.
(D) o poder real firmou-se contra a influência do Papa e o ideal de unidade cristã, dominante no
período medieval.
(E) a ação efetiva dos monarcas dependia da concordância dos principais suseranos do reino.
60-
A fim de satisfazer as necessidades do castelo, os comerciantes começaram a afluir à frente
da sua porta, perto da ponte: mercadores, comerciantes de artigos caros e, depois, donos de
cabaré e hoteleiros que alimentavam e hospedavam todos aqueles que negociavam com o
príncipe (...) Foram construídas assim casas e instalaram-se albergues onde eram alojados os
que não eram hóspedes do castelo (...) As habitações multiplicaram-se de tal sorte que foi logo
criada uma grande cidade.
(Jean Long, cronista do século XIV.)
61-
"Quanto às galeras fugitivas, carregadas de doentes e feridos, tiveram que enfrentar, no
rio Nilo, os navios dos muçulmanos que barravam sua passagem e foi um massacre quase total:
os infiéis só pouparam aqueles que pudessem ser trocados por um bom resgate. A cruzada
estava terminada. E foi cativo que o rei entrou em Mansourah, extenuado, consumido pela febre,
com uma desinteria que parecia a ponto de consumi-lo. E foram os médicos do sultão que o
curaram e o salvaram.”
Joinville. Livro dos Fatos (A 1ª Cruzada de São Luiz)
Os acontecimentos descritos pelo escritor Joinville, em 1250, revelam que as Cruzadas foram:
(A) organizadas pelos reis católicos, em comum acordo com chefes egípcios, para tomar
Jerusalém das mãos dos muçulmanos.
(B) consequência das atrocidades dos ataques dos islâmicos nas regiões da Península Ibérica.
(C) uma resposta ao domínio do militarismo árabe que ameaçava a segurança dos países
cristãos e do papado.
(D) um movimento de expansão de reis cristãos e da Igreja romana nas regiões do mundo
islâmico.
(E) expedições militares organizadas pelos reis europeus em represália aos ataques dos
bizantinos a Jerusalém.
63- Os crimes das bruxas... superam os pecados de todas as outras pessoas; e vamos declarar que
punição merecem, sejam como Hereges, sejam como Apóstatas. (...) Mas punir as bruxas dessa
forma não parece suficiente, porque não são simples Hereges, e sim Apóstatas. Mais do que
isso: na sua apostasia, elas negam a Fé por qualquer prazer da carne e por qualquer receio dos
homens; mas, independentemente de sua abnegação, chegam a homenagear os demônios,
oferecendo-lhes o seu corpo e a sua alma. Fica claro portanto que, não importa o quanto sejam
penitentes e que retornem ao caminho da fé, não se lhes pode punir como aos outros Hereges
com a prisão perpétua: é preciso que sofram a penalidade extrema.
(Heinrich Kramer e James Sprenger. Malleus Maleficarum, 1484)
R.: ___________________________________________________________________________
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R.: ___________________________________________________________________________
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(A) A Igreja dirigiu a atividade militar europeia no medievo contra os "infiéis” muçulmanos,
transformando as Cruzadas em uma ocasião para o enriquecimento.
(B) Protagonizadas pelos imperadores bizantinos, tais expedições pretendiam combater a
bruxaria, que cativava parte da população medieval.
(C) As Cruzadas tiveram êxito na propagação do cristianismo e fracassaram na retomada do
controle das rotas comerciais dos muçulmanos.
(D) Nos conflitos das Cruzadas participaram católicos e protestantes, contrários ao domínio turco
sobre os Estados Pontifícios.
(E) A principal expedição, apoiada pelas autoridades eclesiásticas, ficou conhecida pelo nome de
Cruzada das Crianças, ocorrida em 1212.
65- A Magna Carta (1215) é considerada a carta fundamental das liberdades Inglesas. Ao jurá-la, o
rei João Sem Terra comprometeu-se:
66- A Guerra dos Cem Anos (1337-1453), entre a Inglaterra e a França, determinou importantes
consequências para o desenvolvimento posterior destes países. Assinale a alternativa que não
corresponde a este contexto:
67- A peste, a fome e a guerra constituíram os elementos mais visíveis e terríveis do que se
conhece como a crise do século XIV. Como consequência dessa crise, ocorrida na Baixa Idade
Média:
(A) o movimento de reforma do cristianismo foi interrompido por mais de um século, antes de
reaparecer com Lutero e iniciar a modernidade;
(B) o campesinato, que estava em vias de conquistar a liberdade, voltou novamente a cair, por
mais de um século, na servidão feudal;
(C) o processo de centralização e concentração do poder político intensificou-se até se tornar
absoluto, no início da modernidade;
(D) o feudalismo entrou em colapso no campo, mas manteve sua dominação sobre a economia
urbana até o fim do Antigo Regime;
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(E) entre as classes sociais, a nobreza foi a menos prejudicada pela crise, ao contrário do que
ocorreu com a burguesia.
68-
"No decurso desse processo, a antiga aristocracia feudal foi obrigada a abandonar as suas
velhas tradições e a adquirir outras numerosas aptidões. Ela teve que renunciar ao uso privado
da força armada, ao modelo de lealdade dos vassalos, aos seus hábitos econômicos de avidez
hereditária, aos seus direitos políticos autônomos (...) A história do absolutismo ocidental é, em
grande parte, a história da lenta reconversão da classe dirigente fundiária às formas exigidas
pela manutenção do seu próprio poder político, apesar e contra o essencial da sua experiência e
dos seus instintos anteriores."
(Perry Anderson/ CLASSES e ESTADOS: Problemas de Periodização).
69- A prosperidade das cidades medievais (séculos XII a XIV), com seus mercadores e artesãos,
suas universidades e catedrais, foi possível graças:
(A) à diminuição do poder político dos senhores feudais sobre as comunidades camponesas que
passaram a ser protegidas pela Igreja.
(B) à união que se estabeleceu entre o feudalismo, que dominava a vida rural, e o capitalismo,
que dominava a vida urbana.
(C) à subordinação econômica, com relação aos camponeses, e política, com relação aos
senhores feudais.
(D) ao aumento da produção agrícola feudal, decorrente tanto da incorporação de novas terras
quanto de novas técnicas.
(E) à existência de um poder centralizado que obrigava o campo a abastecer prioritariamente os
setores urbanos.
71- No período histórico que se estende entre os séculos XVI e XVIII, com o fim do feudalismo e a
consolidação dos Estados Nacionais, a doutrina econômica dominante foi o mercantilismo, que
possuía como uma de suas características o metalismo.
R.: ___________________________________________________________________________
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72-
Os promotores das cruzadas e os cruzados haviam se colocado, pelo menos, três objetivos:
a conquista da Terra Santa de Jerusalém, a ajuda aos bizantinos e a união da cristandade contra
os infiéis. Mas nenhum desses objetivos havia sido alcançado plenamente. Nas palavras de um
importante historiador da Idade Média, "Se os cruzados são os grandes perdedores da expansão
cristã no Século XII, os grandes ganhadores foram, em definitivo, os comerciantes (...)".
(Jacques Le Goff, A BAIXA IDADE MÉDIA)
R.: ___________________________________________________________________________
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b) Cite pelo menos um acontecimento histórico que confirme o ganho dos comerciantes.
R.: ___________________________________________________________________________
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73- O feudalismo, que marcou a Europa Ocidental durante a Idade Média, resultou duas heranças
distintas, a romana e a germânica.
Comente cada uma delas.
R.: ___________________________________________________________________________
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74-
"O tempo não pertence a ninguém para que possa ser vendido; o tempo pertence a Deus e
ninguém tem o direito de vendê-lo."
75- Entre os séculos XV e XVIII, a transição do feudalismo para o capitalismo, no mundo ocidental,
engloba um conjunto de transformações econômicas e sociais, entre as quais identificamos
corretamente a(o):
(In: BARBOSA, Elaine Senise, NAZARO JUNIOR, Newston e PÊRA, Silvio Adegas. Panorama da
História. Curitiba: Positivo, 2005. vol. 1, p. 121)
A partir dos conhecimentos da história dos feudalismos europeus, pode-se inferir que, na
ilustração,
(A) as classes sociais relacionavam-se de forma harmoniosa por incorporarem em suas mentes
os princípios elementares do cristianismo.
(B) as castas sociais poderiam modificar-se ao longo do tempo, pois isso dependia
fundamentalmente da vontade do poder divino do papa.
(C) as terras dos feudos eram divididas igualmente entre os vários entre os vários segmentos
sociais, priorizando-se os que dependiam dela para sobrevivência.
(D) a organização social possibilidade a mobilidade, permitindo a ascensão dos indivíduos que
trabalhassem e acumulassem riqueza material.
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(E) a estrutura da sociedade era marcada pela ausência de mobilidade, sendo caracterizada por
uma hierarquia social dominada por uma instituição cristã.
77-
"A Idade Média europeia é inseparável da civilização islâmica já que consiste precisamente na
convivência, ao mesmo tempo positiva e negativa, do cristianismo e do islamismo, sobre uma
área comum impregnada pela cultura greco-romana.”
José Ortega y Gasset (1883-1955).
O texto acima permite afirmar que, na Europa ocidental medieval,
(A)formou-se uma civilização complementar à islâmica, pois ambas tiveram um mesmo ponto
de partida.
(B)originou-se uma civilização menos complexa que a islâmica devido à predominância da
cultura germânica.
(C)desenvolveu-se uma civilização que se beneficiou tanto da herança greco-romana quanto da
islâmica.
(D)cristalizou-se uma civilização marcada pela flexibilidade religiosa e tolerância cultural.
(E)criou-se uma civilização sem dinamismo, em virtude de sua dependência de Bizâncio e do
Islão.
78- De um modo geral, a organização social funda-se numa especialização das atividades de duas
elites, uma encarregada das funções espirituais e, a outra, da ação militar, ambas sustentadas
pelo trabalho da massa camponesa. O nível de vida dos eclesiásticos e cavaleiros era ainda
muito medíocre, [...] mas, se ele se elevar, se a produção agrícola aumentar, os especialistas da
prece e do combate disporão de maiores riquezas para o seu lazer, para as despesas do luxo,
para as empresas de conquista longínqua, para as pesquisas artísticas e intelectuais.
E. Perroy (adaptado)
79- Clóvis (481-511) destacou-se, não só por seus êxitos militares, mas também por ter sido o
primeiro chefe bárbaro a adotar o catolicismo, fazendo-se batizar, juntamente com três mil
guerreiros, em 496. Este fato facilitou muito o fortalecimento de seu poder. Até o século V, o
povo franco estava dividido em tribos que foram unificadas por Clóvis, dando início a uma
dinastia que recebeu o nome de:
(A) Burgúndia. (B) Merovíngia.
(C) Visigótica. (D) Carolíngia.
(E) Capetíngia.
80- O homem medieval não buscava as grandes multidões urbanas, aceitava a dispersão da
sociedade agrária e procurava a união intimista com Cristo. Os mais santos procuravam a
solidão, uma vida de monakos — isolamento, em grego. O devoto abandonava as cidades para
salvar sua alma.
(Flávio de Campos e Renan Garcia Miranda, Oficina de História: história integrada.)
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Assinale a alternativa que contém apenas características da sociedade medieval presentes no
texto.
(A) Teocentrismo e ruralismo. (B) Teocentrismo e universalismo.
(C) Teocentrismo e utopismo. (D) Antropocentrismo e cosmopolitismo.
(E) Antropocentrismo e agrarismo.
81- Considere as afirmações abaixo, a respeito da estrutura social que predominou na Europa
Ocidental durante a Idade Média.
I. Após a queda do Império Romano do Ocidente, o escravismo foi substituído por uma
organização, de produção de bens materiais e de relações sociais, denominada feudalismo.
II. O trabalho na sociedade medieval era executado por servos, pelos escravos por dívidas e
trabalhadores livres, presos a terra por obrigações, talhas e impostos não pagos.
III. Existiam pequenos proprietários livres, detentores de alguns direitos, mas submetidos aos
senhores feudais, que recebiam o nome de vilões.
IV. Os principais estamentos eram: a nobreza (detentora de terras, dedicada às atividades
militares), o clero (composto por membros da Igreja católica que tinham grande influência
política e ideológica) e os servos (camponeses que dependiam da terra para a sobrevivência
e a ela estavam presos por impostos devidos ao senhor feudal). Estão corretas:
(A) apenas I, II e IV. (B) apenas I, III e IV.
(C) apenas II, III e IV. (D) apenas I, II e III.
(E) I, II, III e IV.
82- Lutas e guerras reais estiveram presentes em todos os tempos da História. Lutas e guerras
também sempre mexeram com a imaginação dos povos, que as traduziram em mitos e jogos,
como por exemplo:
(A) os relatos de Homero e a Guerra dos Cem Anos entre França e Inglaterra.
(B) a história da Guerra de Tróia e a da Guerra do Peloponeso.
(C) os carnavais na Idade Média e as festas nas Cortes europeias medievais.
(D) a longa espera de Penélope por Ulisses e os rituais de suserania e vassalagem.
(E) os Jogos Olímpicos na Grécia Antiga e os torneios de cavaleiros na Idade Média.
83- Na representação que a sociedade feudal, da Europa Ocidental, deixou de si mesma (em textos
e em outros documentos não escritos),
(A) os nobres, por guerrearem, ocupavam o primeiro lugar na escala social.
(B) as mulheres, quando ricas, ocupavam um alto lugar na escala social.
(C) os clérigos, por orarem, ocupavam o segundo lugar na escala social.
(D) os burgueses, por viverem no ócio, ocupavam um lugar médio na escala social.
(E) os camponeses, por labutarem, ocupavam o último lugar na escala social.
84-
"Fato econômico e fato demográfico, a ruralização é, ao mesmo tempo, e em primeiro
lugar, um fato social que modela a face da sociedade medieval.”
LE GOFF, J., A Civilização do Ocidente Medieval. Lisboa:Estampa, 1983, v.1, p. 49.
85-
"O sacerdote, tendo-se posto em contato com Clóvis, levou-o pouco a pouco e
secretamente a acreditar no verdadeiro Deus, criador do Céu e da Terra, e a renunciar aos
ídolos, que não lhe podiam ser de qualquer ajuda, nem a ele nem a ninguém [...] O rei, tendo pois
confessado um Deus todo-poderoso na Trindade, foi batizado em nome do Pai, do Filho e do
Espírito Santo e ungido do santo Crisma com o sinal-da-cruz. Mais de três mil homens do seu
exército foram igualmente batizados [...].”
São Gregório de Tours. A conversão de Clóvis. Historia e Eclesiasticae Francorum.
Apud PEDRERO-SÁNCHES, M.G., História da Idade Média. Textos e testemunhas.
São Paulo, Ed. Unesp, 2000, p. 44-45.
Partenon
Catedral de Estrasburgo
● Os templos apresentados (o Partenon da Grécia clássica e a catedral gótica de Estrasburgo da
Idade Média) veiculam princípios religiosos da Grécia antiga e do cristianismo,
respectivamente.
a) Indique uma diferença entre a concepção religiosa grega da Antiguidade e a cristã.
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R.: ___________________________________________________________________________
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87- Perto do ano 1000, manifestações de medo foram verificadas em todo o Ocidente, como se o fim
do milênio trouxesse consigo o fim dos tempos. Tal situação deve ser entendida como:
88- Na(s) questão(ões) a seguir, escreva no espaço apropriado a soma dos itens corretos.
90- Assinale o que for correto a respeito da Europa Ocidental, no período compreendido entre os
séculos XI e XVI.
(A) O rei perde o caráter de chefe guerreiro com a formação dos reinos romano-germânicos.
(B) A burguesia em formação substitui a nobreza, estabelecendo nos castelos o centro de sua
atividade econômica.
(C) A formação das monarquias decorre do "aburguesamento" da nobreza como conseqüência
da expansão do feudalismo.
(D) O desenvolvimento do comércio e a crise urbana contribuem para o fortalecimento da
nobreza em seus feudos.
(E) O rei, recorrendo a guerras, fazendo valer seus direitos de suserano e realizando
casamentos políticos e alianças, vai fortalecendo sua autoridade.
91- O Islamismo se revela cada vez mais como uma religião com grande capacidade mobilizadora,
sendo invocado como justificativa para vários movimentos reivindicatórios.
Todas as alternativas indicam acontecimentos em que a influência do Islamismo se fez
presente, EXCETO:
(A) A disputa pelas Ilhas Curilas na ex-URSS.
(B) A guerra civil na Somália.
(C) A "Limpeza Étnica" na ex-lugoslávia.
(D) O separatismo curdo na Turquia.
(E) Os conflitos religiosos na Índia.
92- Há mil anos atrás, em partes da Europa, vigorava o sistema feudal, cujas principais
características foram:
(A) sociedade hierarquizada, com predomínio de uma economia agrária, que favoreceu
intensa troca comercial nos burgos e cidades italianas.
(B) fraca concentração urbana, com predomínio da economia agrária sob a organização
do Estado monárquico, apoiado pelo clero e pela burguesia.
(C) poder do Estado enfraquecido, ritmo de trocas comerciais pouco intenso, uso limitado
da economia monetária, predominando uma sociedade agrária.
(D) ampliação do poder do Estado, uma sociedade organizada em três camadas —
clérigos, guerreiros e trabalhadores — e predomínio da economia rural.
93- Após o século V d.C., o Império Romano do Ocidente ruiu e em seu lugar novos reinos
começaram a se formar. Nesse contexto:
(A) os recém-chegados germânicos honram a vida pública como ideal de vida.
(B) a vida privada torna-se um fator predominante.
(C) o culto da urbanidade se dilui num proveito da vida pública.
(D) o campo entra em eclipse diante da cidade, onde as pessoas encontram a alegria de viver.
01- (C)
02- (A)
03- (B)
04- (D)
05- (D)
06- (B)
07- (E)
08- (A)
09- (A)
10- (C)
11- (B)
12- (D)
13- (B)
14- (E)
15- (A)
16- (D)
17- (D)
18- (A)
19- (D)
20- (E)
21- (B)
22- (A)
23- (C)
24- 08 + 16 = 24
25- (C)
26- (E)
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27- (C)
28- (A)
29- (B)
30- (D)
31- (C)
32- (D)
33- (B)
34- (C)
35- a) A Idade Média legou importantes contribuições para a posterioridade: inovações como um
novo modo de utilizar o moinho de vento e a invenção de um novo tipo de arado; o
desenvolvimento expressivo da arquitetura; e o desenvolvimento no campo das ideias, a
preservação e difusão da filosofia clássica e o modelo de universidade, vigente até hoje.
b) A ideia de "Idade das Trevas” foi concebida no Renascimento, reforçada pelo Iluminismo.
Para o senso comum, uma prática do período, a alquimia — embrião da química —,
relacionava-se normalmente à bruxaria. As práticas inquisitoriais da Igreja levaram à
perseguição de pessoas e grupos que questionassem a instituição. A própria Igreja era vista
equivocadamente como monopolizadora do saber, mas controlava principalmente o saber
erudito. Outra instituição feudal era a servidão, lembrada negativamente como a submissão
dos camponeses à exploração da nobreza.
36- a) Dentre os aspectos comuns às cidades antiga e medieval, podemos destacar os vínculos
entre a área urbana e seu entorno rural, a tendência à autonomia política verificada nas pólis
gregas e nas comunas medievais, além do fato de as cidades, de uma forma geral, também
serem centros de trocas comerciais (salvo algumas exceções como Esparta). Por fim,
podemos lembrar que em ambas a área urbana era o centro de convívio social, que levava ao
aumento da produção cultural nas suas várias formas, inclusive religiosa.
b) Dentre os aspectos específicos de cada uma delas, podemos destacar o caráter urbanístico: a
cidade antiga normalmente era mais dispersa, e a cidade medieval, mais aglomerada, muitas
vezes tendo seu espaço limitado por muralhas. Além disso, pode-se falar em estruturas
sociais diferenciadas: na cidade antiga, de forma geral, o predomínio de uma aristocracia
fundada na posse da terra, e na medieval, em setores vinculados ao comércio. Por fim, no
mundo medieval, a cidade era o berço de novos valores, de um novo sentido de liberdade,
pois era muitas vezes vista como contraponto do campo, onde vigorava a exploração servil.
37- a) A servidão medieval, marcada pelo vínculo dos camponeses à terra, teve origem na instituição
do colonato durante o Baixo Império Romano.
b) A instituição da vassalagem entre os nobres feudais tem sua origem associada à tradição
germânica de alianças militares, definida como comitatus.
b) A Querela das Investiduras, que foi iniciada como uma luta entre o papa Gregório VII e o
imperador Henrique IV, do Sacro Império Romano- Germânico, terminou em um acordo
pelo qual o papa investiria o bispo de sua autoridade espiritual e o imperador de seu poder
temporal (Concordata de Worms, 1122). A transferência do papado para Avignon, sul da
França, ficou conhecida como o Cisma do Ocidente, sendo resultado do conflito entre o
papa Bonifácio VIII e o rei da França Filipe IV, o Belo. No final desse conflito, tendeu a
ocorrer o fortalecimento da autoridade dos monarcas sobre a Igreja. Com a formação das
Monarquias Nacionais, o clero, a nobreza e o Terceiro Estado ficaram subordinados ao
poder real. Os resultados desse conflito estão associados ao processo de crise e colapso
do regime feudal e à reestruturação de um novo ordenamento que anuncia o início da
Época Moderna. A Igreja, aos poucos, perde a autoridade e o poder que exercia até então,
perde igualmente o monopólio do saber, com o Renascimento e a crítica aos argumentos
de autoridade, e com o movimento de Reforma viria a perder fiéis para as igrejas
reformadas.
40- a) Em meados do século XII, período denominado de Baixa Idade Média, ocorria o lento declínio
do feudalismo e o surgimento do Capitalismo Comercial. Em consequência das novas
atividades, formaram-se núcleos urbanos marcados por intensa monetarização e forte
intercâmbio com as sociedades orientais. Neles se configurou socialmente a burguesia,
formando uma nova elite.
b) Num contexto de crescimento das cidades, as catedrais concorriam com diversas outras
edificações. Seu rebuscamento, portanto, serviria para garantir a atenção dos olhares. A
luminosidade do interior das catedrais, garantida com 2 utilizações de vitrais, é interpretada
por alguns teóricos como sinal de uma sociedade que se abria através do comércio ao
contato com o mundo exterior. Sua verticalidade estaria relacionada à espiritualidade na
busca de se aproximar de Deus, enquanto sua monumentalidade reforçaria a insignificância
do homem perante Deus e a Igreja.
42- a) A transmissão dos conhecimentos escritos era feita através de cópias manuais, por elites
urbanas e rurais, nas universidades e na estruturação interna da Igreja.
43- A iluminura representa uma crítica da Igreja à acumulação de riqueza decorrente da atividade
comercial, como, por exemplo, a atividade bancária (que possibilita a prática da usura).
b) No século XII, na Baixa Idade Média, ocorre um crescimento das atividades comerciais e das
cidades, que se tornam os principais centros desse comércio em expansão. Nesse período
amplia- se a luta entre as esferas de poder local (senhores feudais e comunas), nacionais
(reis) e supranacionais (papado e Sacro Império) pelo controle dos recursos e benefícios
criados por intermédio da ampliação das atividades comerciais.
45- V, F, F, F.
46- Soma: 65
b) Esse comércio possibilitou o retorno das transações financeiras, dando um novo impulso ao
comércio; fazendo a terra deixar de ser a única expressão de riqueza, quebrando a
hegemonia do feudo.
49- O herético era aquele que não obedecia as diretrizes determinadas pela igreja católica.
50- Podemos observar nos textos a defesa de posições que se chocar, temos no primeiro texto a
posição da Igreja que pretende sobrepor seu poder a qualquer outro, no caso o poder do
monarca, que segundo ela é temporal, enquanto que o poder da igreja permaneceria. O
segundo texto no mostra a posição de um monarca que considera esta sobreposição de poder
um abuso da igreja.
51- (D)
52- (E)
53- a) A crise europeia do século XIV foi marcada pela guerra (dos Cem Anos, entre Inglaterra e
França), pela epidemia (a "peste negra”), pela fome (fruto de significativa mudança climática)
e pela desaceleração do comércio europeu.
55- (A)
56- (E)
57- (A)
58- (E)
59- (D)
60- (E)
61- (D)
62- (B). A própria alternativa já estabelece a diferença essencial entre a formação das cidades na
Antiguidade Clássica e na Idade Média Central. As primeiras surgem como entidades
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politicamente definidas (cidades-Estado), ao passo que o móvel criador das segundas é
principalmente econômico (Renascimento Comercial e Urbano).
63- No contexto da Baixa Idade Média (transição do feudalismo para o capitalismo), quando o
declínio do poder da Igreja passou a exigir uma repressão mais severa contra seus opositores,
reais ou imaginários, numa tentativa de preservar a influência da autoridade religiosa.
64- (A)
65- (A)
66- (D)
67- (C)
68- (E)
69- (D)
70- (C)
72- Os árabes.
73- Uma herança romana seriam as vilas romanas que deram origem a aos feudos e
descentralizaram o poder nestes núcleos, no que se refere a uma contribuição germânica,
podemos destacar o comitatus, uma relação entre iguais que deu origem a relação de suserania
e vassalagem.
74- (C)
75- (E)
76- (E)
77- (C)
78- (D)
79- (B)
80- (A)
81- (B)
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82- (E)
83- (E)
84- (B)
85- (C)
86-
a) Existem várias diferenças, entre as quais podemos destacar: a religião grega na Antiguidade
era politeísta; a cristã, monoteísta. A religiosidade grega antiga não era messiânica, ou seja,
não pregava a ideia de uma divindade que iria salvar os homens; os cristãos veem em Cristo
o messias que veio salvar a humanidade. A religião grega antiga não prometia uma "vida
eterna” após a morte; para os cristãos há a promessa de uma "vida eterna” após a morte. A
religiosidade cristã supõe uma ética de conduta humana específica; a religiosidade da Grécia
Antiga é pragmática. Os homens, pelo seu comportamento, pelas dádivas que oferecem aos
deuses podem agradar a alguns, mas ao mesmo tempo podem incorrer na ira de outros.
Estabelece-se uma relação quase mercantil entre as divindades e os homens. Receber o
favor ou o desfavor dos deuses quase sempre possui uma contrapartida. De maneira geral,
os deuses gregos têm qualidades e defeitos próprios dos seres humanos; o Deus cristão é
perfeito.
b) De uma maneira geral, a arquitetura na Grécia Antiga está associada a um ideal humanístico
de valorização do homem, que contrasta com a concepção cristã de valorização da divindade
– o teocentrismo. No templo grego, os espaços, as colunas, de uma certa forma, podem ser
interpretados como uma criação do engenho humano que aproxima o homem dos deuses. No
templo cristão, o engenho humano é posto a serviço da divindade. As altas torres, a
majestosa construção podem servir para a exaltação da divindade e, ao mesmo tempo, para
fixar a insignificância dos seres humanos perante a divindade. Além disso, cumpre destacar
dois aspectos significativos no paralelo entre os templos indicados: a arte anônima da
religiosidade gótica, em que o artista perde-se na grandiosidade do todo, choca-se com o
orgulhoso individualismo da arte grega, no qual a obra colabora para o engrandecimento e
glória de seu criador.
87- (A)
89- (C)
90- (B)
91- (A)
92- (C)
93- (B)