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Editorial - Motivação e Cmprometimento
Editorial - Motivação e Cmprometimento
Editorial - Motivação e Cmprometimento
ISSN: 2237-1427
v. 9, n. 1, ano 2019
Todo setor de atividade cumpre esse ritual de observação da conjuntura. E o faz porque precisa
de elementos desse cenário para usar bem as técnicas e ferramentas para motivar e comprometer
na constante busca por melhor desempenho, mais produtividade, maior eficiência. Portanto, gestão
de pessoas e desenvolvimento de carreiras desenham suas expectativas e ambições de olhos pos-
tos nesse intenso processo de interação com a realidade interna e externa às organizações.
Por esta razão, para compreender melhor estas ferramentas e técnicas, a complexa relação
entre motivação e comprometimento foi escolhida como eixo temático do primeiro número do Volume
9 da Revista de Carreiras e Pessoas.
O artigo ”Análise do grau de motivação comparando os fatores expostos por Herzberg: estudo
de caso em empresa de formação de condutores”, do professor Diogo Siqueira Luiz, da Faculdade
Luterana São Marcos, segundo texto desta edição, tem como objetivo principal analisar as causas
que influenciam, ou não, a realização no trabalho, avaliando especificamente grau de motivação. Em
formato de estudo de caso, com pesquisa qualitativa, com entrevistas semiestruturadas e quantitati-
va, avaliou nível de responsabilidade, natureza das tarefas e conteúdo do cargo, para investigar vín-
culo entre comportamento e motivação. Os resultados da pesquisa mostraram o peso do ambiente
de trabalho e do relacionamento profissional na definição de desempenho como fatores essenciais
de motivação.
O terceiro texto desta edição, “Coaching & Mentoring no processo de gestão de carreira: um
estudo sobre a ferramenta Grow e sua aplicabilidade no contexto empresarial”, de Esdras da Silva
Costa, professor da Faculdade de Mauá e Vinicius Brum, pesquisador desta instituição, tem como
premissa analisar a ferramenta que sintetiza quatro fases (Goals, Reality, Options e Will) que , na
visão do autor, promove alterações que promovem atitudes e competências na direção de melhor
desempenho. A pesquisa, de perfil exploratório e qualitativo, investigou formatos de aplicação da
ferramenta. Os resultados da pesquisa identificaram tanto a percepção de funcionários de que a fer-
ramenta Grow permite traçar diagnósticos mais compatíveis com a estratégia organizacional como o
incentivo de aspectos motivacionais.
O sexto artigo desta edição da ReCaPe, “Implantação de um programa trainee: estudo de caso
da sua efetividade para a empresa”, de Breno Luiz de Oliveira Souza, pesquisador do Instituto Fede-
ral do Sudeste de Minas Gerais e Haroldo José Torres da Silva, pesquisador da Escola Superior de
Agricultura “Luiz de Queiroz”, Universidade de São Paulo, tem como objetivo avaliar se os trainees
admitidos têm suas expectativas atendidas com o programa, bem como investigar se pretendem
continuar na empresa e se os investimentos feitos nestes profissionais, pelas organizações, corres-
pondem aos objetivos pretendidos. A pesquisa em formato quantitativo e qualitativo utilizou pesqui-
sa transversal não probabilística com o público alvo escolhido, com uso de questionário online no
quantitativo e entrevista estruturada no qualitativo. Os resultados da pesquisa apontaram que 40%
dos jovens trainees afirmaram ter planos de permanecer na sua empresa por, no mínimo, dez anos.
O retorno pretendido pelas empresas com o programa de trainee também foi relatado como aquém
do esperado.
O sétimo artigo desta edição da Recape “Transição de carreira; mudança profissional a partir
dos 40 anos”, das professoras Mafalda Medeiros Anderson, da Faculdade Metropolitana Unidas, Re-
gina Matheus Tonato, da Faculdade Anhanguera e da pesquisadora Lucia Tavares tem como objetivo
principal identificar como as pessoas enfrentam as transições pelas quais decidem ou necessitam
passar, bem como avaliar os recursos utilizados, os fatores influenciadores e as tomadas de deci-
sões durante o processo de transição. De perfil qualitativo, a partir de entrevistas semiestruturadas,
os resultados da pesquisa mostraram, primeiro, as fontes de frustração e os graus de ansiedade ge-
rados pela crise do meio da carreira, como também a propensão, para a autogestão da carreira, por
meio de escolhas mais assertivas e mais compatíveis com os seus interesses e inclinações.
Boa leitura!