Estudando A Familia
Estudando A Familia
Estudando A Familia
Estudando a Famlia em
Desenvolvimento:
Desafios Conceituais
e Tericos
Studying the Family in Development:
Conceptual and Theoretical Challenges
Maria
Auxiliadora
Dessen
Universidade de
Braslia
Artigo
Abstract: Studying the family in development in social and cultural contexts that are in constant transformation
constitutes a challenge for the psychologists who study the family development. This article aims to describe
the environment in which Brazilian families lived when the Questionnaire of Ideal Father was administrated
to young university students from Pasqualis research. The structure and the parental and gender relations
that characterize the families in the second half of the XX century are highlighted. The sistemic theory and
the family ecopsychological definition are pointed out as promising ways to guide the research about the
family functioning and the current conceptions of family, mother and father.
Keywords: Family. System theory of family. Parental relations. Conceptions of father and mother.
dcadas. Nesse contexto, a religio (catlica) Petrucelli (1998), outros fatores tambm
tinha um papel importante, sobretudo para a contriburam para as mudanas: a difuso da
manuteno dos valores vigentes, e o discurso plula anticoncepcional, a regulamentao do
da religio confirmava e enfatizava o discurso divrcio, a baixa fecundidade, o aumento no
da prpria famlia (Biasoli-Alves, 2000). nvel da escolaridade feminina bem como sua
maior possibilidade de acesso informao
Embora tenham ocorrido algumas (Monteiro, 1998). Concomitantemente a
importantes e decisivas transformaes no esses fatores, houve um aumento no nmero
papel feminino, foi somente no final da de casais sem filhos e de unies consensuais.
dcada de 60 que o papel da mulher se
modificou expressivamente, com mudanas No mbito das relaes familiares, as principais
evidentes na famlia (Dessen & Braz, 2005a). mudanas ocorridas entre as dcadas de 50
(famlia hierrquica) e 80 (famlia igualitria)
Diferindo das dcadas precedentes, o final foram: (a) homem e mulher passam de uma
dos anos 60 e as dcadas de 70 e 80 foram posio de diferentes, em termos de papis e
marcadas no s pela participao ativa autoridade, para uma posio de identidade
das mulheres no contexto social, poltico e idiossincrtica, (b) as relaes parentais
econmico do Pas mas tambm por relaes
passam de extremamente hierarquizadas
mais igualitrias entre os cnjuges e entre
para mais igualitrias, (c) a identidade calcada
pais e filhos (Dessen & Torres, 2002). Nessa
na posio, sexo e idade da pessoa, com a
poca, os movimentos feministas, hippies,
autoridade paterna inquestionvel, passa a ser
homossexuais, estudantis, ecolgicos e negros
baseada mais nas diferenas pessoais do que
ganharam fora representativa, evidenciando
nas sexuais, etrias e posicionais, dando incio
um momento de transformaes na vida
chamada crise da autoridade na famlia, e
social e privada, especialmente quanto
(d) a famlia passa de uma rede mais extensa
maior igualdade de papis entre homens e
para uma mais nuclearizada, fragmentada e
mulheres, maior volatilidade das relaes
privatizada (Vieira, 1998). Essas mudanas
afetivas e ampliao das escolhas sexuais,
indicam menor desigualdade entre os papis
dentre outras questes (Galano, 2006). As
masculinos e femininos, o que implica menor
mes, mesmo iniciando a sua vida profissional
hierarquizao dentro da instituio familiar
fora do lar, carregavam o compromisso com a
e mudanas na distribuio das tarefas do lar
educao dos filhos, o que implicava, assim,
uma dupla jornada de trabalho, mesmo entre os genitores (Deutsch, 2009).
quando podiam contar com a ajuda de
terceiros (Santos, Caldana, & Biasoli-Alves, O incio dos anos 90 comeou, portanto,
2001). fortemente marcado pelas profundas
transformaes ocorridas na dcada de 80.
A estrutura familiar do final dos anos 60 O divrcio teve seus ndices aumentados
at os anos 80, por sua vez, sofreu uma significativamente, em at trs vezes, nos
diminuio significativa no nmero de filhos, anos 90, fato que repercutiu decisivamente
que passou de trs a quatro filhos para dois a nas novas configuraes familiares.
trs, em mdia. Trs fatores foram de especial Aproximadamente 47% dos domiclios
influncia nessa mudana: (a) a entrada da passaram a se organizar na ausncia de, pelo
mulher no mercado de trabalho, (b) a crise menos, um dos pais, crescendo a incidncia
econmica dos anos 80 e (c) o surgimento de de novos arranjos, embora o modelo nuclear
novos valores de criao dos filhos (Ribeiro, de famlia ainda continuasse sendo maioria
Sabia, Branco, & Bregman, 1998). Segundo (Pereira, 2003). Novas configuraes de
Quanto ao papel do pai, este continuou Apesar de terem ocorrido diversas mudanas
sendo visto como figura afetivamente nas interaes e relaes familiares e, em
distante dos filhos, que mantinha uma consequncia, um aumento da igualdade
relao caracterizada mais pelos cuidados e do equilbrio entre marido e mulher no
dispensados no mbito da educao e da mbito das famlias no cenrio internacional
sade, conforme ilustrado a seguir: (Deutsch, 2009), os padres tradicionais de
gnero ainda se mantm (Dessen & Braz,
O meu pai ocupava a posio de provedor 2000; Wagner & et al., 2005). Nesse sentido,
do lar, e sua alta exigncia contribuiu para
que a gente sentisse medo e insegurana a seguinte fala bem ilustrativa:
para se comunicar com ele. Alm disso,
algumas informaes a respeito do meu pai Porque o F. (marido) muito macho, sabe?
vinham atravs do olhar da minha me, que Daqueles assim muito... muito tradicionais,
s vezes facilitava situaes de aproximao n? Que ele num v meu trabalho como
e em outras, acabava, por nos afastar dele. um trabalho, ele v como um... um... um
(P. A., 32 anos, sexo feminino) passatempo. Pra ele tipo uma coisa que a
mulher pode fazer pra se ocupar enquanto
o marido t fora, trabalhando, fazendo
Para Gomes e Resende (2004), o pai dinheiro mesmo, sabe? Mas a, na hora que
lembrado como algum que se mantinha ele chega, a esposa tem que t em casa,
distante, despojado de qualquer possibilidade lindinha, cheirozinha, esperando ele.... ,
os cuidados da F. (filha) mais eu mesma,
de relao mais ntima, havendo destaque sabe? O F. (marido) num participa muito
para o afeto materno. Alm de no haver no, at porque ele num fica muito em casa,
a procura por maior participao do pai, trabalha muito. A quando ele t, ele prefere
ficar na dele, lendo, vendo TV no quarto.
a me, ao mesmo tempo em que era a
(C. G., 42 anos, sexo feminino)
mediadora da relao entre o pai e o filho,
tambm se interpunha como obstculo ao
Para Wagner et al. (2005), a estrutura
afeto entre eles.
familiar tradicional, com o pai como nico
provedor e a me como nica responsvel
Na dcada de 90, os filhos se tornaram mais pelas tarefas domsticas e pelo cuidado
participativos nas decises familiares, e o com os filhos, est passando por um perodo
dilogo, o respeito e o afeto se tornaram de transio na cultura brasileira de classe
predominantes na relao parental socioeconmica mdia. Entre as mulheres
(Arriagada, 2000; Cerveny & Berthoud, 1997; brasileiras profissionalmente ocupadas em
Pereira, 2003). Em termos de disciplina, o 2005, 92% declararam ao IBGE (2006)
recurso que passou a ser mais utilizado tambm cuidarem de afazeres domsticos.
foi o dilogo, numa prtica caracterizada Apesar de um aumento na participao dos
pelo uso de tcnicas disciplinares verbais, homens, atualmente, ainda pouco mais da
preferencialmente, no punitivas (Wagner, metade (51,4%) realiza esses afazeres (IBGE,
Predebon, & Falcke, 2005, p. 96). A famlia 2007), portanto, muitas famlias brasileiras
passa a ser considerada um refgio mais contemporneas, apesar de passarem por
atraente para os filhos, que nela permanecem mudanas, ainda apresentam uma hierarquia
mais tempo (Pereira, 2003). Com relao a que se reflete na diviso de tarefas ditas
essa questo, importante destacar que a masculinas e femininas (Torres & Dessen,
maior permanncia dos filhos em casa se 2007).
deve, tambm, questo econmica, isto
, ao aumento da pobreza, da desigualdade A participao do pai, mesmo que no
social e das dificuldades de acesso ao proporcional da me, uma tendncia
mercado de trabalho (Arriagada, 2000). evidente desde o incio dos anos 90 (Lewis
& Dessen, 1999), fato esse constatado pelas No se pode afirmar que a famlia do
concepes ideais de pai e de me das passado seja melhor ou pior que a famlia
dcadas de 70 e 80 descritas por Pasquali. do presente; preciso compreend-la sob o
Os valores acham-se entranhados na
ponto de vista de um contexto social, histrico
cultura e sua assimilao lenta, constante
e cultural em constante transformao,
e profunda, de tal modo que transformaes
traando trajetrias probabilsticas tanto para
drsticas levam muito tempo para se
efetivarem (Biasoli-Alves, 2000, p. 239). o indivduo quanto para o grupo familiar. Os
A socializao da criana brasileira foi membros de determinadas famlias e culturas
fortemente marcada pelas tradicionais precisam se adaptar s demandas e tarefas
relaes de gnero, geralmente cabendo aos propostas pelos contextos nos quais esto
meninos a formao que visa produo inseridos, uma vez que cada famlia possui
e, em decorrncia disso, o sustento da sua seus prprios padres de comunicao, que,
futura famlia, e s meninas, o aprendizado por sua vez, influenciam as experincias
de habilidades e conhecimentos que fizessem de seus membros (Kreppner, 2000, 2003).
delas boas candidatas ao casamento: Isso nos remete questo: que dimenses
das relaes familiares devemos priorizar,
ramos educadas para sermos mes de
famlia. Exatamente isso! Dona de casa e de modo a garantir uma compreenso dos
me de famlia. Geralmente as mocinhas modos de funcionar das famlias? Os fatores,
estudavam s um pouquinho, depois
aprendiam os trabalhos manuais, cozinha, ou dimenses, priorizados por Pasquali no
bordado tambm. Eram preparadas para Questionrio de Pai Ideal QPI, a saber:
obedecerem ao marido, para cuidarem da
intimidade, proteo, autoridade, realismo,
casa, para o casamento e para a famlia. (M.
A., 82 anos, sexo feminino) sabedoria, dinamismo e ao, poder e
feminilidade continuam sendo dimenses
Dos resultados apresentados por Pasquali, importantes para a compreenso do
merecem destaque aqueles que mostram funcionamento familiar. O fator intimidade,
a tendncia ao desaparecimento por exemplo, que foi particularmente
da concepo de cada uma das figuras
reivindicado pelos filhos como caracterstica
parentais como plos opostos de valores
de um pai ideal, constitui a base da maior
masculinos e de valores femininos (p. 189)
parte das definies de famlia que embasam
em seus ideais, em seu imaginrio. Destaco,
particularmente, a qualidade de habilidade as pesquisas atuais.
mental se contrapondo concepo de
inferioridade intelectual da mulher, fatores Como a percepo de famlia e dos papis de
que se opunham, obviamente, definio de
me e pai, sejam eles papis ideais ou reais,
me aceita no passado, conforme comenta
influenciada pelas alteraes na estrutura e
Pasquali em seu artigo. Ser que a concepo
na dinmica das relaes familiares, isso nos
de me etiquetada como moderna no auge
leva no s a questionar o conceito de famlia,
do movimento feminista e de liberao
sociocultural da mulher, que caracterizou as e as ideias de normalidade relacionadas a
dcadas de 60 e 70, em diferentes pases, ela, mas tambm a tentar compreend-la
permanece no presente? Em outras palavras, como um sistema complexo, influenciado
ser que as concepes de pai ideal e de me por mltiplos fatores e eventos internos e
ideal dos jovens das dcadas de 70 e 80 se externos, que sofre variaes em funo dos
transformaram no pai real e na me real dos contextos cultural, social e histrico em que
dias atuais? est inserida.
ou separados e se eles habitam a mesma sua definio tornou-se uma tarefa difcil.
residncia ou tm moradias separadas. No No entanto, no podemos negar que a
exossistema, que envolve contextos e redes famlia ainda continua sendo uma instituio
sociais especficos, a influncia verificada forte e de influncia, mas um pouco mais
pelo tipo de relao estabelecida entre os complexa e flexvel do que as imagens do
membros familiares, isto , se a relao
passado nos levariam a pensar (Stratton,
ocorre com base nos laos sanguneos ou
2003, p. 337). De acordo com esse autor,
no casamento, se os membros so autos-
independentemente da diversidade de tipos
suficientes ou dependentes de cuidado,
de famlias que caracterizam as sociedades
se so economicamente dependentes ou
independentes e se compartilham ou no ocidentais contemporneas, a tendncia de
Como argumenta uma mesma cultura. O mesossistema envolve manter um compromisso e o suporte social e
Kreppner (2000), econmico entre os membros de uma famlia,
a famlia
trs variveis: a presena ou a ausncia de
um construto filhos, o fato de as crianas serem filhos visando a fornecer uma infraestrutura para
frgil que est naturais ou adotivos e o tipo de relao o desenvolvimento dos filhos, permanecem
em constante
processo de
parental, ou seja, se a figura parental enraizados.
adaptao e biolgica ou no. Por fim, trs so os possveis
readaptao aspectos que compem o microssistema,
em funo Como argumenta Kreppner (2000), a famlia
de eventos
que definido do ponto de vista da relao
didica estabelecida entre os genitores: se o um construto frgil que est em constante
normativos e
no-normativos estilo de vida compartilhado ou separado, processo de adaptao e readaptao
prprios de seu em funo de eventos normativos e no
desenvolvimento
se a relao estabelecida hetero ou
como grupo. homossexual e se o padro de interao normativos prprios de seu desenvolvimento
igualitrio ou dominante-subordinado. como grupo. Nesse grupo, todos os membros
familiares so participantes ativos nas relaes,
Zamberlan e Biasoli-Alves (1997) tambm sendo as influncias exercidas entre eles
apresentam uma concepo semelhante no mtuas e bidirecionais. Em consequncia,
que tange nfase nas relaes interpessoais. estudar a famlia envolve, necessariamente,
Segundo elas, a famlia um grupo primrio estudar os processos de comunicao e as
mantido pelo parentesco e pelas relaes interaes e relaes existentes entre os seus
interpessoais entre os familiares, as quais membros, levando em considerao as tarefas
so sustentadas por afeio, apoio, partilha de desenvolvimento no s do indivduo mas
de tarefas domsticas, cuidados com a tambm do grupo familiar que constitui a
prole e cooperao mtua em vrias outras unidade mnima de anlise. Como estudar a
atividades. A famlia , tambm, definida famlia em desenvolvimento em um contexto
por um tipo especial de relao as relaes
tambm em desenvolvimento?
intergeracionais entre, pelo menos, pai ou
me e seu filho (Kreppner, 2000, 2003); nesse
caso, a famlia constituda pelas relaes e
Questes tericas e
pela transmisso de padres de uma gerao
para outra.
metodolgicas: contribuies
de modelos sistmicos para o
estudo da famlia
Considerando que a famlia vem sofrendo o
impacto de diversas mudanas estruturais,
sociais e culturais nos ltimos tempos, Segundo Kreppner (2003), durante as
conceitu-la e/ou encontrar consenso sobre dcadas de 40 e 50,
Referncias
Almeida, A. M. (1987). Pensando a famlia no Brasil: da colnia Dessen, M. A., & Braz, M. P. (2000). Rede social de apoio durante
modernidade. Rio de Janeiro: Espao e Tempo. transies familiares decorrentes do nascimento de filhos.
Psicologia: Teoria e Pesquisa, 16, 221-231.
Arriagada, I. (2000). Nuevas famlias para um nuevo siglo?
(Relatrio publicado pela Comisin Econmica para Amrica Dessen, M. A., & Braz, M. P. (2005a). A famlia e suas inter-relaes
Latina y el Caribe). Chile: CEPAL. com o desenvolvimento humano. In M. A. Dessen & A. L.
Costa-Jnior (Orgs.), A cincia do desenvolvimento humano:
Biasoli-Alves, Z. M. M. (1997). Famlias brasileiras do sculo XX: tendncias atuais e perspectivas futuras (pp. 113-131). Porto
os valores e as prticas da educao da criana. Temas em Alegre: Artmed.
Psicologia, 3, 33-49.
Dessen, M. A., & Braz, M. P. (2005b). As relaes maritais
Biasoli-Alves, Z. M. M. (2000). Continuidades e rupturas no e sua influncia nas relaes parentais: implicaes para
papel da mulher brasileira no sculo XX. Psicologia: Teoria e o desenvolvimento da criana. In M. A. Dessen & A. L.
Pesquisa, 16, 233-239. Costa-Jnior (Orgs.), A cincia do desenvolvimento humano:
tendncias atuais e perspectivas futuras (pp. 132-149). Porto
Bronfenbrenner, U. (1996). A ecologia do desenvolvimento Alegre: Artmed.
humano: experimentos naturais e planejados (M. A.Verssimo,
trad.). Porto Alegre: Artes Mdicas. (Trabalho original Dessen, M. A., & Costa Junior, A. L. (Orgs.). (2005). A cincia do
publicado em 1979) desenvolvimento humano: tendncias atuais e perspectivas
futuras. Porto Alegre: Artmed.
Carter, B., & McGoldrick, M. (Orgs.). (1995). As mudanas no
ciclo de vida familiar: uma estrutura para a terapia familiar (M. Dessen, M. A., & Torres, C. (2002). Family and socialization
A.V. Veronese, trad.). Porto Alegre: Artes Mdicas. (Trabalho factors in Brazil: An overview. In W. J. Lonner, D. L. Dinnel, S.
original publicado em 1980) A. Hayes & D. N. Sattler (Eds.), On line readings in psychology
and culture (Unit 13, Chapter 2). Bellingham, Washington:
Cerqueira-Silva, S., Oliveira, N. R., & Dessen, M. A. (2010). A Western Washington University, Center for Cross-Cultural
dinmica das famlias brasileiras em foco: passado e presente. Research. Recuperado em 12 de setembro de 2009, de www.
In M. A. Dessen (Org.), Desenvolvimento familiar no curso de ac.wwu.edu/~culture/DennenTorres.htm
vida. Manuscrito em preparao.
Deutsch, F. M. (2009). Egalitarian relationships. In H. Reis & S.
Cerveny, C. M. O., & Berthoud, C. M. E. (Orgs.). (1997). Famlia Sprecher (Eds.), Encyclopedia of Human Relationships (pp.
e ciclo vital: nossa realidade em pesquisa. So Paulo: Casa 482-483). Londres: Sage.
do Psiclogo.
Duvall, E. M. (1962). Family development (2a ed., rev.). New
Chaves, U. H. (1997). Famlia e parentalidade. In C. M. O. York: Lippincott.
Cerveny & C. M. E. Berthoud, (Orgs.), Famlia e ciclo vital:
nossa realidade em pesquisa (pp. 47-62). So Paulo: Casa Erel, O., & Burman, B. (1995). Interrelatedness of marital
do Psiclogo. relations and parent-child relations: A meta-analytic review.
Psychological Bulletin, 118, 108-132.
Dessen, M. A. (1997). Desenvolvimento familiar: transio de um
sistema tridico para polidico. Temas em Psicologia, 3, 51-61. Galano, M.M. (2006). Famlia e histria: a histria da famlia. Em
C. M. Cerveny e C. M. E. Berthoud, (Orgs.), Famlia e ciclo
Dessen, M. A., & Biasoli-Alves, Z. M. M. (2001). O estudo da vital: nossa realidade em pesquisa (pp. 115-148). So Paulo:
famlia como base para a promoo da tolerncia. In Z. M. M. Casa do Psiclogo.
Biasoli-Alves & R. Fischmann (Orgs.), Crianas e adolescentes:
construindo uma cultura da tolerncia (pp. 183-193). So
Paulo: Edusp.
Georgas, J., Berry, J. W., & Kagitibasi, . (2007). Synthesis: How Petrucelli, J. L. (1998). Nupcialidade. In S. M. Kaloustian (Org.),
similar and how different are families across cultures? In J. Famlia brasileira: a base de tudo (pp. 159-171). So Paulo:
Georgas, J. W. Berry, F. J. R. van de Vijver, . Kagitibasi & Cortez.
Y. H. Poortinga (Eds.), Families across cultures: A 30-nation
psychological study (pp. 186-240). Cambridge: Cambridge Prado, A. B., Piovanotti, M. R. A., & Vieira, M. L. (2007).
University Press. Concepes de pais e mes sobre o comportamento paterno
real e ideal. Psicologia em Estudo, 12, 41-50.
Gomes, J. V. (1992). Famlia e socializao. Psicologia USP,
3, 93-105. Ribeiro, R. M., Sabia, A. L., Branco, C. H., & Bregman, S.
(1998). Estrutura familiar: trabalho e renda. In S. M. Kaloustian
Gomes, A. J. S., & Resende, V. R. (2004). O pai presente: o (Org.), Famlia brasileira: a base de tudo (pp. 135-158). So
desvelar da paternidade em uma famlia contempornea. Paulo: Cortez.
Psicologia: Teoria e Pesquisa, 20, 119-125.
Santos, M. C., Caldana, R. H., & Biasoli-Alves, Z. M. (2001).
Henderson, D. A., Tickmyer, A. R., & Tadlock, B. L. (2005). The O papel masculino dos anos quarenta aos noventa:
impact of welfare reform on the parenting of women in rural transformaes no iderio. Paidia, 11, 57-68.
communities. Journal of Children & Poverty, 11, 131-147.
Simionato-Tozo, S. M. P., & Biasoli-Alves, Z. M. M. (1998). O
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica. (2006). Sntese de cotidiano e as relaes familiares em duas geraes. Cadernos
indicadores sociais. Recuperado em 08 de fevereiro de 2009, de Psicologia e Educao Paidia, 8, 137-150.
de http://www.ibge.com.br/
Singly, F. (2000). O nascimento do indivduo individualizado
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (2007). Sntese de e seus efeitos na vida conjugal e familiar. In C. E. Peixoto, F.
indicadores sociais. Recuperado em 27 de outubro de 2009, Singly & V. Cicchelli (Orgs.), Famlia e individualizao (pp.
de http://www.ibge.gov.br/ 13-19). Rio de Janeiro: Editora FGV.
Kreppner, K. (1992). Developing in a developing context: Stratton, P. (2003). Contemporary families as contexts for
Rethinking the familys role for childrens development. In L. development. In J. Valsiner & K. Connolly (Eds.), Handbook
T. Winegar & J. Valsiner (Eds.), Childrens development within of developmental psychology (pp. 333-357). Londres: Sage.
social context (pp. 161-179). Hillsdale: Lawrence Erlbaum.
Torres, C., & Dessen, M. A. (2007). The Brazilian jeitinho: Brazils
Kreppner, K. (2000). The child and the family: Interdependence sub-cultures, its diversity of social contexts, and its family
in developmental pathways. Psicologia: Teoria e Pesquisa, structures. In J. Georgas, J. W. Berry, F. J. R. van de Vijver, .
16, 11-22. Kaitibai & Y. H. Poortinga (Eds.), Families across cultures:
A 30-nation psychological study (pp. 259-266). Cambridge:
Kreppner, K. (2003). Social relations and affective development Cambridge University Press.
in the first two years in family contexts. In J. Valsiner & K. J.
Connolly (Eds.), Handbook of developmental psychology (pp. Trindade, H. (2001). As universidades frente estratgia do
194-214). Londres: Sage. governo. In H. Trindade (Org.), Universidade em runas: na
repblica dos professores (pp. 27-37). Petrpolis, RJ: Vozes.
Lewis, C., & Dessen, M. A. (1999). O pai no contexto familiar.
Psicologia: Teoria e Pesquisa, 15, 09-16. Vaitsman, J. (1994). Flexveis e plurais: identidade, casamento
e famlia em circunstncias ps-modernas. Rio de Janeiro:
Minuchin, P. (1988). Relationships within the family: A systems Rocco.
perspective on development. In R. A. Hinde & J. Stevenson-
Hinde, Relationships within families: Mutual influences (pp. Vieira, F. B. (1998). Verso e reverso das mudanas nas famlias
7-26). Oxford-UK: Clarendon Press. de camadas mdias no DF. Dissertao de Mestrado,
Universidade de Braslia, Braslia, DF.
Monteiro, M. F. G. (1998). Sade reprodutiva. In S. M.
Kaloustian (Org.), Famlia brasileira: a base de tudo (pp. Wagner, A., Predebon, J., & Falcke, D. (2005). Transgeracionalidade
172-183). So Paulo: Cortez. e educao: como se perpetua a famlia? In A. Wagner (Org.),
Como se perpetua a famlia? A transmisso dos modelos
Neder, G. (1998). Ajustando o foco das lentes: um novo olhar familiares (pp. 93-106). Porto Alegre: EDIPUCRS.
sobre a organizao das famlias no Brasil. In S. M. Kaloustian
(Org.), Famlia brasileira: a base de tudo (pp. 26-46). So Wagner, A., Predebon, J., Mosmann, C., & Verza, F. (2005).
Paulo: Cortez. Compartilhar tarefas? Papis e funes de pai e me na famlia
contempornea. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 21, 181-186.
Nolasco, S. (2001). Cultura brasileira, patriarcado e gnero.
In Z. M. M. Biasoli-Alves & R. Fischmann (Orgs.), Crianas Zamberlan, M. A. T., & Biasoli-Alves, Z. M. M. (Orgs.).
e adolescentes: construindo uma cultura da tolerncia (pp. (1997). Interaes familiares: teoria, pesquisa e subsdios
95-107). So Paulo: EDUSP. interveno. Londrina: Editora da UEL.