Estilos Parentais PDF
Estilos Parentais PDF
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1-11
Angela H. Marin
Fbio B. Pires
Giana B. Frizzo
Tiago Ravanello
Caroline Rossato
Resumo
Modelos mediativos de risco e proteo foram testados, para prever longitudinalmente comportamentos de externalizao e
internalizao infantis, a partir de uma atitude conjugal conflituosa e de estilos parentais intergeracionais autoritrio vs.
democrtico-recproco. Proveniente de duas escolas particulares e uma pblica, a amostra contou com 25 meninas e 25 meninos
de 4 e 5 anos, e suas respectivas mes. Correlaes bivariadas de Pearson e regresses mltiplas indicaram a presena de
transmisso intergeracional do estilo autoritrio, mas no do democrtico-recproco, mediada por uma atitude conjugal conflituosa.
O estilo autoritrio materno previu tanto externalizao como internalizao, enquanto a atitude conjugal conflituosa previu
apenas externalizao. Embora significativo, o modelo aditivo no gerou efeitos longitudinais significativos de cada fator sobre
externalizao. Mas, ao se levar em conta a relao entre o estilo autoritrio e a atitude conjugal conflituosa, efeitos principais
foram encontrados para ambos os fatores. A obteno de resultados significativos apenas no modelo de risco considerada sob
os pontos de vista terico e metodolgico.
Palavras-chave: Mediao; risco; proteo; estilos parentais; transmisso intergeracional.
Intergenerational Authoritarian and Authoritative Parenting Styles, Marital Conflict,
and Externalizing and Internalizing Behaviors
Abstract
Mediational models of risk and protection were tested to predict longitudinally both externalizing and internalizing behaviors
in young children, with conflicted marital attitude and transgenerational, authoritarian vs. authoritative parenting as predictors.
Drawn from two private and one public schools, the sample consisted of 25 boys and 25 girls with 4 and 5 years of age, and
their respective mothers. Bivariate Pearson correlations and multiple regressions showed intergenerational transmission for the
authoritarian style, but not for the authoritative style, mediated by a conflicted attitude toward marriage. The maternal
authoritarian style predicted both externalizing and internalizing behaviors, whereas the conflicted marital attitude predicted
only externalizing behavior. Although significant, the additive model did not yield significant effects for each factor on
externalizing behavior. But when the relation between authoritarian parenting and conflicted marital attitude were taken into
account, significant main effects were found for both factors on externalizing behavior. The finding of significant results only
in the risk model is discussed from both theoretical and methodological standpoints.
Keywords: Mediation; risk; protection; parenting styles; intergenerational transmission.
parentais (Darling & Steinberg, 1993). Enquanto as prticas parentais (comportamentos socializadores, como
disciplina, apoio, e comportamentos interativos pais-criana) variam entre situaes, acredita-se que os estilos
parentais sejam relativamente independentes de um contexto especfico de socializao e se evidenciem numa
ampla variedade de interaes entre pais e filhos (Keith
& Christensen, 1997, p. 559). Assim, as relaes entre os
estilos e as atitudes e prticas parentais aproximam-se
daquelas existentes entre o construto mais global da per-
Ebenzer A. de Oliveira, Angela H. Marin, Fbio B. Pires, Giana B. Frizzo, Tiago Ravanello & Caroline Rossato
Uma outra questo que vem sendo recentemente explorada na literatura a transmisso intergeracional da
parentagem. Recentemente, um rico cabedal de conhecimentos empiricamente embasados tem-se acumulado
sobre a transmisso entre geraes de prticas parentais
abusivas (Kaufman & Zigler, 1989; Simons, Whitbeck,
Conger, Chyi-In, 1991) ou punitivas (Muller, Hunter &
Stollak, 1995) e de atitudes parentais de rejeio (Lundberg,
Perris, Schlette & Adolfsson, 2000; Whitbeck e cols., 1992).
Conquanto o estilo autoritrio englobe algumas dessas
prticas e atitudes j investigadas, ainda no h evidncia
da intergeracionalidade do autoritarismo, enquanto estilo parental. Tampouco se tem pesquisado sobre a possvel
continuidade intergeracional do estilo parental democrtico-recproco, j que a literatura mantm seu enfoque na transmisso de risco, com pouca ateno para a proteo, embora se reconhea que o ciclo intergeracional probabilstico,
no determinista (Oliveira, 1998; Rutter, 1998).
Entre as poucas excees, destaca-se o estudo de
Belsky, Youngblade e Pensky (1990), em que a qualidade
da relao conjugal se apresentou como um importante
fator de proteo para mes cuja infncia houvera sido
marcada pela rejeio e falta de apoio parentais. Nesse
estudo, lembranas de rejeio e falta de apoio vivenciados
na infncia refletiram negativamente na emocionalidade
materna para com a criana, quando a qualidade conjugal era tambm percebida como pouco positiva. Mas,
quando a qualidade conjugal era percebida como muito
positiva, as lembranas de rejeio ou falta de apoio no
refletiram na emocionalidade materna atual. Tais observaes sobre efeitos moderadores deixam em aberto o
possvel papel mediador que as atitudes de uma me sobre
sua relao conjugal podem tambm exercer no ciclo
intergeracional. Pois, preciso que se saiba no apenas
quando, mas, principalmente, como um determinado estilo
parental prenuncia reincidente risco ou proteo na segunda gerao, que por sua vez reflete no desenvolvimento social da criana, na terceira gerao (Oliveira, 1998,
2000b; Patterson, 1998). possvel que a experincia de
criao autoritria aumente a chance de uma me repetir
esse estilo parental na medida que suas prprias atitudes
conjugais se tornam mais hostis e conflituosas.
No presente estudo, comparamos os efeitos longitudinais dos estilos parentais autoritrio vs. democrticorecproco de mes e avs maternas sobre duas classes de
comportamentos infantis: externalizao e internalizao.
Alm de terem sido mais nitidamente operacionalizados
por Baumrind (1971), os dois estilos parentais aqui
enfocados parecem especialmente relevantes na fase prescolar, em que a criana toma gradualmente para si a
regulao externa do adulto (Baldwin, 1949; Bear,
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Estilos Parentais Autoritrio e Democrtico-Recproco Intergeracionais, Conflito Conjugal e Comportamentos de Externalizao e Internalizao
Atitude Conjugal
Conflituosa
Estilo Parental
Autoritrio
Estilo Parental
Autoritrio
Externalizao/
Internalizao
Atitude Conjugal
Conflituosa
Estilo Parental
DemocrticoRecproco
Estilo Parental
DemocrticoRecproco
Externalizao/
Internalizao
Ebenzer A. de Oliveira, Angela H. Marin, Fbio B. Pires, Giana B. Frizzo, Tiago Ravanello & Caroline Rossato
de Autoritarismo so: Quando eu estava crescendo, minha me no permitia que eu questionasse qualquer deciso
que ela tomasse; e Minha me sempre achava que os pais
deveriam usar mais fora para levar os filhos a se comportarem como devem. Exemplos de itens da subescala Democracia so: Minha me sempre encorajava o dilogo e
a negociao quando eu sentia que certas normas ou restries na nossa famlia no faziam sentido, ou eram injustas;
e Quando eu era pequena, se minha me fizesse uma deciso injusta que me magoasse, ela estava disposta a conversar comigo sobre aquela deciso e at a admitir o seu erro.
Buri (1991) apresenta dados indicativos de boa validade
de contedo e boa confiabilidade teste-reteste no intervalo
de duas semanas (0,86 para o estilo autoritrio e 0,78 para o
estilo democrtico-recproco). E Smetana (1995) utilizouse do PAQ para prever diferentes julgamentos sobre o legtimo uso de autoridade parental e justificativas do uso de
controle sobre diferentes tipos de questes entre pais e filhos adolescentes, assim reforando a validade desse instrumento em amostras norte-americanas.
Estilos parentais maternos. Consistente com a medio
quantitativa dos estilos autoritrio e democrtico-recproco da av materna, a medio dessas mesmas variveis
na me foi feita atravs de subescalas de uma verso em
portugus do Parent Attitude Research Instrument-PARI
(Schaefer & Bell, 1958), envolvendo atitudes quanto ao
uso de autoridade e afetividade para com a criana. As
propriedades psicomtricas do instrumento original norte-americano tm sido amplamente aceitas (Holden &
Edwards, 1989), e Nogueira (1988) apresenta bons ndices de consistncia interna e confiabilidade teste-reteste
para as subescalas de uma verso canadense, traduzida
para o portugus e usada com mes do Rio de Janeiro.
Ancorada em cinco pontos (1=discordo absolutamente;
5=concordo absolutamente), a verso utilizada no presente estudo uma traduo do PARI original, j utilizada num outro estudo com amostra brasileira (Oliveira,
Frizzo e Marin, 2000).
As subescalas Quebra de Vontade (Breaking the Will) (ex.:
A me sbia ensina seus filhos logo cedo quem que manda) e Irritabilidade (Irritability) (ex.: Criar filhos uma
tarefa que arruna os nervos de uma mulher) foram usadas para medir o estilo autoritrio. O estilo parental democrtico-recproco foi medido atravs das subescalas
Igualitarismo (Equalitarianism) (ex.: No razovel que os
interesses e as opinies dos pais sempre prevaleam, assim
como no razovel que os interesses e as opinies dos
filhos sempre prevaleam) e Camaradagem (Comradeship
and Sharing) (ex.: As crianas seriam mais felizes e melhor
comportadas se os seus pais mostrassem interesse pelas atividades delas).
Psicologia: Reflexo e Crtica, 2002, 15(1), pp. 1-11
Estilos Parentais Autoritrio e Democrtico-Recproco Intergeracionais, Conflito Conjugal e Comportamentos de Externalizao e Internalizao
Atitude conjugal conflituosa. Para medir a atitude conjugal conflituosa das mes participantes, foi usada a subescala
Conflito Conjugal (Marital Conflict) do PARI (Schaefer &
Bell, 1958). Um exemplo de tem dessa subescala :
Muitas vezes a esposa precisa dar bronca no marido
para garantir os seus prprios direitos.
Comportamentos de externalizao e internalizao. Os comportamentos de externalizao e internalizao das crianas foram medidos atravs do Inventrio de Comportamentos da Infncia e Adolescncia (Bordin, Mari &
Caeiro, 1995), que uma verso em portugus, validada
para amostras brasileiras, do Child Behavior Checklist (CBCL;
Achenbach, 1991). A parte do CBCL destinada a medir
problemas comportamentais lista uma srie de comportamentos, que so classificados pelo adulto respondente
(neste estudo, a me) quanto freqncia em que so
observados na criana, segundo uma escala de trs pontos
(0=tem falso ou comportamento ausente; 2=tem bastante
verdadeiro ou comportamento freqentemente presente).
Conforme orienta o manual, foi usada a soma dos escores brutos das subescalas Comportamento Delinqente
(ex.: Mente ou engana os outros) e Comportamento
Agressivo (ex.: Entra em muitas brigas) para medir os
comportamentos de externalizao. A soma de escores nas
subescalas Retraimento (ex.: tmido), Queixas Somticas
(ex.: Apresenta queixas fsicas por nervoso, sem causa
mdica) e Ansiedade/Depresso (ex.: Chora muito) foi
usada para medir os comportamentos de internalizao.
Procedimento, Delineamento e Anlise
As mes e crianas foram recrutadas para participar
de um estudo cientfico sobre a facilitao do desenvolvimento social infantil, por meio de cartas, telefonemas e contatos pessoais de membros da equipe de pesquisa, intermediados pelas diretoras ou coordenadoras
das escolas. Foram explicados os objetivos principais da
pesquisa e a natureza voluntria da participao, e assegurados o sigilo da identidade e dos dados individuais.
Alguns meses aps a coleta dos dados, o coordenador
do projeto conduziu uma entrevista individual de devoluo com cada me interessada. A equipe tambm realizou encontros com pais e professores nas escolas, em
que se apresentaram sumrios dos resultados preliminares da pesquisa e se ofereceu orientao sobre questes
relacionadas facilitao do desenvolvimento social, atravs do Ncleo de Informao sobre o Desenvolvimento Infantil-NIDI, que um projeto de extenso ligado a
esta pesquisa.
Os dados foram coletados individualmente, em salas
reservadas das escolas, em duas etapas, com um intervalo mdio de 10 meses entre elas. Vrias auxiliares de pesquiPsicologia: Reflexo e Crtica, 2002, 15(1), pp. 1-11
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danas significativas nos resultados das anlises principais, foram mantidos os escores originais.
Anlises Principais
Os testes das hipteses foram feitos em duas etapas.
Primeiro, foi extrada uma matriz das correlaes de ordem zero de todas as variveis (ver Tabela 2). Em seguida, para determinar mais precisamente o papel das variveis explicativas no contexto de cada modelo hipottico, foram usadas regresses mltiplas com entradas planejadas (ver Tabelas 3 e 4).
Correlaes. Conforme esperado, o estilo parental autoritrio da me se correlacionou positivamente com os comportamentos de externalizao (r=0,35; p<0,05) e de
internalizao (r=0,27; p=0,05) da criana, medidos 10 meses
mais tarde. As correlaes entre externalizao e
internalizao foram apenas marginais, r=0,26; p<0,10. A
Mdia
36,24
34,40
29,14
17,47
19,80
23,30
18,46
12,86
dp
10,41
9,88
7,89
3,40
3,39
1,96
7,84
6,44
Inclinao
Curtose
-0,38
-0,42
-0,05
-0,03
-0,41
-1,12
0,82
0,59
-0,82
-0,81
-0,27
-0,35
-0,11
0,60
0,84
-0,65
Mnimo
Mximo
13
13
10
10
12
18
6
4
50
50
45
25
25
25
43
29
Nota. ACC = Atitude Conjugal Conflituosa da Me; EDRAM= Estilo Democrtico-Recproco da Av Materna.
a
n = 45; bn = 44;
Estilos Parentais Autoritrio e Democrtico-Recproco Intergeracionais, Conflito Conjugal e Comportamentos de Externalizao e Internalizao
1. EAAM
2. EDRAM
3. EAM
4. ACCa
5. IMb
6. CMb
7. EXT
8. INT
-0,17
0,43**
0,44**
0,21
0,05
0,20
0,20
0,27=
0,03
-0,04
-0,06
-0,08
-0,07
0,71***
-0,09
-0,16
0,35**
0,27*
-0,05
-0,11
0,46**
0,18
0,07
-0,19
0,14
-0,01
0,00
0,26
Nota. EAAM = Estilo Autoritrio da Av Materna; EDRAM = Estilo Democrtico-Recproco da Av Materna; EAM = Estilo
Autoritrio da Me; ACC = Atitude Conjugal Conflituosa da Me; IM = Igualitarismo Materno; CM = Camaradagem Materna; EXT
= Externalizao da Criana; INT = Internalizao da Criana.
a
n = 45; bn = 44.
p < 0,10; *p < 0,05; **p < 0,01; ***p < 0,001.
Erro Padro
b
t
Varivel
Equao 1: Atitude Conjugal Conflituosa em funo do Estilo Autoritrio da Av
Pt. de Interseo 12,42
1,62
0,00
7,64**
EAAM
0,14
0,04
0,44
3,24*
Equao 2: Estilo Autoritrio da Me em funo do Estilo Autoritrio da Av
Pt. de Interseo 17,17
3,58
0,00
4,80**
EAAM
0,30
0,10
0,44
3,19*
Equao 3: Estilo Autoritrio da Me em funo da Atit. Conj. Conflituosa e EAAM
Pt. de Interseo -0,46
4,25
0,00
-0,11
EAAM
0,11
0,08
0,15
1,28
Atit. Conj. Conflituosa
1,42
0,26
0,65
R2
0,20
0,19
0,53
5,47**
Ebenzer A. de Oliveira, Angela H. Marin, Fbio B. Pires, Giana B. Frizzo, Tiago Ravanello & Caroline Rossato
Erro Padro
b
t
Equao 1: Estilo Autoritrio da Me em funo de Atitude Conjugal Conflituosa
Pt. de Interseo
0,75
4,17
0,00
0,18
Atit. Conj. Conflituosa
1,57
0,23
0,71
6,68**
Equao 2: Externalizao em funo de Atitude Conjugal Conflituosa
Pt. de Interseo
-0,99
5,79
0,00
-0,17
Atit. Conj. Conflituosa
1,11
0,33
0,46
3,42*
Equao 3: Externalizao em funo de Atitude Conjugal Conflituosa e EAM
Pt. de Interseo
-1,10
5,83
0,00
-0,19
Atit. Conj. Conflituosa
0,88
0,47
0,36
1,88
EAM
0,15
0,21
0,14
0,71
R2
0,51
0,21
0,22
Estilos Parentais Autoritrio e Democrtico-Recproco Intergeracionais, Conflito Conjugal e Comportamentos de Externalizao e Internalizao
Discusso
O presente estudo representa uma tentativa de avano na literatura brasileira rumo a modelos explicativos
que especifiquem processos mediativos, considerando no
apenas fatores de risco, mas tambm de proteo. Pelo
uso de amostra no-clnica, escalas quantitativas sem pontos de corte arbitrrios e predio prospectiva dos critrios desenvolvimentais, buscou-se superar limitaes detectadas em outras pesquisas do gnero (Kaufman &
Zigler, 1989; Patterson, 1998; Rutter, 1998).
Em conjunto, os dados apontam para relaes complexas entre os estilos autoritrios da av materna e da
me, e a atitude conjugal conflituosa da me, como fatores de risco para comportamentos de externalizao, mas
no de internalizao, em crianas pr-escolares. Contrrio s expectativas, porm, os dados no sugerem um
papel de proteo para o estilo democrtico-recproco da
av ou da me, com relao atitude conjugal conflituosa
da me ou aos comportamentos de externalizao e
internalizao da criana.
Os resultados diferenciados para os critrios
desenvolvimentais sugerem que os comportamentos de
externalizao e internalizao seguem modelos de risco
distintos, conforme tambm indicam outras pesquisas
(ex., Caspi, Henry, McGee, Moffit & Silva, 1995; Weiss,
Dodge, Bates & Pettit, 1992). Se, por um lado, maiores
ndices de estilo autoritrio materno so preditivos tanto
de mais externalizao como de mais internalizao na
criana, por outro lado, maiores ndices de atitude conjugal conflituosa prevem maior externalizao, mas no
internalizao. E visto que a atitude conjugal conflituosa
cresce linearmente com o estilo autoritrio, torna-se difcil isolar os efeitos principais de cada um desses fatores
maternos sobre a externalizao infantil, num nico modelo aditivo.
A implicao bvia desse padro de resultados que
a externalizao e a internalizao devem ser tratadas separadamente, em vez de serem combinadas sob uma
rubrica comum (ex.: problemas comportamentais),
com base em correlaes moderadas ou apenas marginais entre essas duas classes de desajuste psicossocial
(Alvarenga, 2000). Profissionais e cientistas devem estar
atentos para distinguir entre os fatores parentais implicados no desenvolvimento de ambos os tipos de comportamentos infantis e aqueles implicados no desenvolvimento de um tipo, mas no do outro.
Os resultados indicam ainda que, na medida que a
me percebe sua experincia de criao pregressa como
autoritria, mais ela relata um estilo parental igualmente
autoritrio para com a criana, sendo que essa transmisPsicologia: Reflexo e Crtica, 2002, 15(1), pp. 1-11
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Ebenzer A. de Oliveira, Angela H. Marin, Fbio B. Pires, Giana B. Frizzo, Tiago Ravanello & Caroline Rossato
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Sobre os autores
Ebenzer A. de Oliveira Associate Professor do Departamento de Psicologia do Malone College,
em Ohio, E.U.A. Obteve o Ph.D. em Desenvolvimento Humano Aplicado na University of Delaware,
aps completar o mestrado em Psicologia Escolar na mesma instituio. mestre em Religio/
Aconselhamento pelo Westminster Theological Seminary, estudou psicologia na Temple University,
Pennsylvania, e Bacharel em cincia pelo Philadelphia College of Bible e em teologia pelo Seminrio
Presbiteriano do Norte, em Recife.
Angela H. Marin Acadmica do Curso de Psicologia da UFSM com bolsa de iniciao cientfica da
FAPERGS.
Fabio B. Pires Acadmico do Curso de Psicologia da UFSM.
Giana B. Frizzo Acadmica do Curso de Psicologia da UFSM com bolsa de iniciao cientfica do
CNPq.
Tiago Ravanello Acadmico do Curso de Psicologia da UFSM.
Carolina Rossato Acadmica do Curso de Psicologia e monitora de Psicologia Experimental da
UFSM.
Psicologia: Reflexo e Crtica, 2002, 15(1), pp. 1-11
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Recebido: 08/11/2000
Revisado: 13/07/2001
Aceito: 18/10/2001