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Etica Crista
Etica Crista
Etica Crista
MINAS GERAIS
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO
Coordenação Pedagógica – IPEMIG
ETICA CRISTÃ
BELO HORIZONTE
ÉTICA CRISTÃ
O termo “ética”
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A ética não se identifica com nenhum código moral, mas isso não
significa que ela seja neutra diante dos diferentes códigos, pois ela é crítica dos
costumes morais.
Funções da ética.
A ética tem uma tripla função: 1) esclarecer o que é a moral, quais são
seus traços específicos; 2) fundamentar a moralidade, ou seja, procurar
averiguar quais são as razões que conferem sentido ao esforço dos seres
humanos de viver moralmente; 3) aplicar aos diferentes âmbitos da vida social
os resultados obtidos nas duas primeiras funções, de maneira que se adote
uma moral crítica em vez da subserviência a um código.
O termo “meta-ética”
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O termo “moralidade”.
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A moralidade do caráter individual: uma capacidade para enfrentar
a vida sem “desmoralização”.
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Moral e direito
Moral e religião
a) Não se pode perguntar o que são os valores, porque eles não são,
mas valem ou pretendem valer. Dizer que não são não significa que são
ficções, mas que se identificam com as maneiras de ser das coisas. b)
Também não é correto identificar os valores com o agradável ou o desejável,
que são realidades variáveis em sua intensidade, enquanto que o valioso não
depende de oscilações, nem com o útil, pois mesmo sendo úteis, os valores
não se esgotam na utilidade, pois eles são um tipo. c) Os valores são
qualidades dotadas de conteúdo, independentes tanto de nossos estados de
espírito subjetivos como das coisas, as quais são bens portadores de qualidade
(valor) que o sujeito dotado de intuição emocional capta.
Scheler afirma uma ciência pura dos valores (axiologia pura) que se
sustenta em três princípios: 1) Todos os valores são negativos ou positivos; 2)
Valor e dever estão relacionados; 3) Nossa preferência por um valor e não por
outro verifica-se porque nossa intuição emocional (estimativa moral) capta os
valores já hierarquizados.
O utilitarismo.
ETICA CRISTÃ
Escolas Palatinas
Carlos Magno fundou ainda, junto da sua corte e no seu próprio palácio,
a chamada Escola Palatin. Para apoio do seu plano de desenvolvimento
escolar, Carlos Magno chamou o monge inglês Alcuíno É sob a sua direção a
partir do ano 787, surgiu o decreto capitular para a organização das escolas.
Estes incluíam as sete artes liberais, repartidas no trivium e no quadrivium. O
trivium abraçava as disciplinas formais: gramática, retórica, dialética; o
quadrivium abraçava as disciplinas reais: aritmética, geometria, astronomia,
música, e, mais tarde, a medicina.
Escolas Catedrais
As Escolas Catedrais, saem das escolas monásticas. Instituídas no
século XI por determinação do Concilio de Roma (1079), passam, a partir do
século XII (Concilio de Latrão, 1179), a ser mantidas através da criação de
benefícios para a remuneração dos mestres. A atividade intelectual começa
abrir-se de forma lenta, introduzindo elementos das culturas judaica, árabe e
persa, redescobrindo os autores clássicos, como Aristóteles e, em menor
escala, Platão.
Renascimento
O Renascimento começou na Itália, no século XIV, e difundiu-se por
toda a Europa, durante os séculos XV e XVI. O Renascimento é um movimento
que se deu como a uma busca pelos Filósofos clássicos. Dai nasce uma nova
concepção de homem. O aparecimento dos colégios, do século XVI até o XVIII.
Essa sociedade rejeita a autoridade da cultura eclesiástica medieval. Ainda
assim exclui dos propósitos educacionais a grande massa popular, com
exceção dos reformadores protestantes que além da alfabetização para os
textos bíblicos tem uma visão de educação para todos, a qual serviu de
inspiração as escolas públicas modernas.
Era Pombalina:
Em 1750 D. João I nomeia o Marquês de Pombal (Sebastião José de
Carvalho e Melo), para ocupar o cargo de primeiro ministro ficando responsável
pelas reformas nas colônias portuguesas, Ele expulsou os Jesuítas do Brasil.
Aumentando o panorama do analfabetismo e do ensino precário, agravado o
problema da educação brasileira. Durante esse longo período do Brasil colônia,
aumenta o fosso entre os letrados e a maioria da população analfabeta.
No Brasil, uma sociedade agrária e escravista, não há interesse pela
educação elementar, daí a grande massa de iletrados.
PRINCIPAIS AUTORES
Friedrich Froebel.
Nasceu em Olchnburg em 1776 na Alemanha. Filho de Pastor
Protestante. Foi o Criador do Jardim da Infância. Privilegia a atividade lúdica
por perceber o significado funcional do jogo e do brinquedo para o
desenvolvimento sensório-motor e inventa métodos para aperfeiçoar as
habilidades. “Por meio da educação a criança vai reconhecer como membro
vivo do todo”. Conheceu e visitou Pestalozzi, dirigiu orfanatos ET reinou
professores. Por seu pensamento pode–se dizer que ele foi um percussor da
Psicologia. Foi defensor da educação natural vendo a criança como uma planta
que exige cuidados diários. Através do lúdico a criança recria representações
do mundo concreto exteriorizando seu mundo interior. Para ele a natureza é a
manifestação de Deus. A educação deveria ensinar o conceito de unidade e
harmonia alcançando assim a própria identidade e ligação com o eterno. Era
um defensor do desenvolvimento natural.
Psicologia Behaviorista
O método dessa corrente leva em conta o comportamento eterno que
pode ser reeducado. Suas experiências são ampliadas e aplicadas nos EUA
por Watson e posteriormente por Skinner. O behaviorismo está nos
pressupostos da orientação tecnicista da educação. As pessoas agem por
estímulos e resposta. De acordo com esta teoria da aprendizagem as pessoas
por aquisição de comportamentos direcionados pelos estímulos e repostas.
J. Dewey
O filósofo John Dewey6 (1859-1952) tornou-se um dos maiores
pedagogos americanos, contribuindo intensamente para a divulgação dos
princípios do que se denominou Escola Nova. Algumas de suas concepções
influenciaram educadores de várias partes do mundo. Suas ideias falam da
necessidade de valorizar a capacidade de pensar dos alunos, de prepará-los
para a realidade, de unir teoria e prática e problematizar.
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Teoria Fenomenológica
A aprendizagem é feita a partir da experiência do aluno. O material
usado como conteúdo deve ter significado pessoal pra o aluno. Levando em
conta o seu ritmo de desenvolvimento pessoal e assim desenvolver suas
potencialidades sem reprimir, levando-os a expressar suas opiniões.
Escola Tecnicista
A pedagogia tecnicista aparece nos Estados Unidos na segunda metade
do século XX e é introduzida no Brasil entre 1960 e 1970, onde proliferou o que
se chamou de “tecnicismo educacional’, inspirado nas teorias behavioristas da
aprendizagem buscando adequar a educação às exigências da sociedade
industrial e tecnológica”.
Educação Contemporânea
No século XX surgiram vários movimentos, experiências e teorias
educacionais destinadas a renovar os métodos da escola tradicional. Assim, a
herança dos conhecimentos pedagógicos do século XIX permitiu que se
chegasse no século XX a um conceito bem mais pragmático da educação.
O inglês Alexander S. Neill, em sua escola de Summerhill, pôs em
prática a educação em liberdade. Aboliu a hierarquia professor-aluno e,
portanto, a relação de autoridade na experiência pedagógica, encaminhando a
criança à autoeducação, de acordo com seu ritmo individual de
desenvolvimento.
Em 1965 a UNESCO passou a usar o termo "educação permanente"
para designar a educação contínua, planejada para cobrir todo o ciclo da
existência humana. Diferencia-se do conceito tradicional de educação, dado
que este sempre se compreendeu como processo de integração social e
cultural a consumar-se durante parte da vida, ou seja, durante o transcurso da
infância e da adolescência.
A educação permanente constitui, portanto, um conceito novo, uma
tendência da educação contemporânea, e não um ramo especial da educação.
Figura ao lado de outros que o complementam, oferecendo-lhe meios de
realização, como por exemplo, o de educação extraescolar ou paralela. Esta
engloba todas as formas assistemáticas de educação, como: educação de rua,
educação familiar, educação de grupos etc. Atinge, assim, a sociedade inteira.
Os jovens podem ampliar sua formação cultural e profissional com
programas especiais desenvolvidos pelos centros docentes. A formação de
adultos pode variar desde a necessidade de alfabetização até os cursos de
reciclagem profissional. A educação permanente de adultos tende a apoiar-se
no desenvolvimento de sistemas de autoaprendizagem e nos métodos de
treinamento para a formação ou reciclagem de profissionais que devem
adaptar-se às mudanças de uma sociedade submetida a constantes avanços
científicos e tecnológicos.
Educação e Tecnologia
Todas as correntes citadas abordaram, sob ângulos diversos, os
problemas gerados pelo desenvolvimento tecnológico no âmbito da educação.
As novas situações criadas pela sociedade pós-industrial, o avanço contínuo
da informática e dos meios de comunicação e a complexidade crescente dos
novos conhecimentos e técnicas acentuaram o conflito entre dois tipos de
orientação educacional: a educação científica e a humanista.
Além disso, a desigualdade econômica entre as nações industrializadas
e os países subdesenvolvidos constituiu um obstáculo a um planejamento
global da educação, que sempre foi reflexo das condições socioeconômicas.
Todavia, a educação no século XX procurou assumir um caráter
internacional. Em 1919, surgiu o Bureau International des Écoles Nouvelles
(Escritório Internacional das Escolas Novas) localizado em Genebra.
Expandiram-se os centros de estudos de âmbito internacional; sucederam-se
os congressos, assembleias e simpósios sobre educação; lançaram-se várias
publicações especializadas na matéria.
A UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a
Ciência e a Cultura, fundada em 1946) procurou dar ênfase à luta contra o
analfabetismo, à educação dos adultos, bem como à "educação permanente",
já que as mudanças se processavam com grande rapidez, exigindo, portanto,
uma constante atualização de métodos e programas educacionais. Até então
se achavam excluídas dos programas educacionais. Entre as causas de tais
modificações destacou-se a convicção de que, com a crescente distribuição do
poder político, o estado tinha o direito de exigir um mínimo de conhecimento de
cada cidadão.
Duas instituições educativas, em particular, sofreram uma profunda
redefinição e reorganização na Modernidade: a família e a escola.
EDUCAÇÃO CRISTÃ
A Igreja Educadora
Igreja educadora é aquela que possui a qualidade de ensinar, e essa
igreja do primeiro século levou a sério a ordem de Jesus quanto a fazer
discípulos:
Essa igreja cresceu não só em número, mas também em maturidade,
em espiritualidade, em comunhão, em resultado de ensino de Atos 5.42: "E
todos os dias, no templo e de casa em casa, não cessavam de ensinar, e de
anunciar a Jesus, o Cristo. Havia um ministério distinto na igreja primitiva, o do
chamado ‘mestre’ (didáskalos). Fala-se de ‘profetas e mestres’ na igreja de
Antioquia (At.13.1). A liderança desse período consistia em Apóstolos, profetas
e mestres. Depois elegeram bispos, presbíteros e diáconos” (SHERRON, 1993,
p.76).
Estes líderes teriam que ser "aptos para ensinar" e com isso assumirem
as funções didáticas da igreja. Além de grandes mestres que surgem neste
período, começa a aparecer também documentos de ensino. Com essa ênfase
ao ensino, muitos se convertem ao cristianismo, e houve a necessidade de um
programa de preparo, conhecido como "catecumenato", que nada mais era do
que um programa de preparação dos neoconvertidos para o batismo. Nascem
então às escolas preparatórias, a duração dessa instrução era de três anos.
Os Pais da Igreja
O nome Pais Apostólicos12 surgiu no século XVII. Os seus escritos
eram muito importantes, sendo que o Antigo Testamento era usado e
respeitado como Bíblia. Os pais apostólicos são os seguintes (alguns de
autores conhecidos e outros anônimos):
1º. Clemente – trata-se de uma longa carta dirigida pela igreja de Roma
à igreja de Corinto por volta do ano 96. Seu objetivo principal foi exortar os
coríntios a restaurarem ao seu ofício os presbíteros da igreja, que haviam sido
afastados. Cerca de um quarto da epístola contém citações do Antigo
Testamento, usado como fonte de muitos modelos de ordem e virtude. O
documento pressupõe uma igreja governada por bispos ou presbíteros e
diáconos, que receberam o seu ofício em sucessão regular a partir dos
apóstolos. A carta fala do martírio dos apóstolos Pedro e Paulo em Roma. Sua
autoria é tradicionalmente atribuída a Clemente, um bispo romano.
2º. Clemente – apesar do título, esse documento não foi escrito por
Clemente e nem é uma carta. Trata-se de uma homilia ou pequeno sermão,
produzido provavelmente em Corinto por volta do ano 150, na forma de uma
exortação ao arrependimento, um tema importante naquele período de
crescentes perseguições.
Cartas de Inácio – o idoso bispo Inácio de Antioquia foi preso e
condenado à morte por volta do ano 110, sendo levado por dez soldados até
Roma, para a execução. Em Esmirna, onde recebeu a visita de representantes
de várias igrejas, ele escreveu cartas aos bispos das igrejas de Éfeso,
Magnésia e Trales. A carta á Roma não foi endereçada ao bispo, o que da a
entender a ausência de um. De Trôade, escreveu também às comunidades de
Filadélfia e Esmirna, bem como ao bispo desta última, Policarpo. Essas sete
cartas muito pessoais e apreciadas tratam de vários temas: atacam uma
heresia sincretista que negava a encarnação de Cristo (docetismo), dão forte
ênfase à figura do bispo como elemento de preservação da unidade e
ortodoxia da igreja e valorizam grandemente o martírio cristão. Na carta aos
esmirnenses, aparece pela primeira vez a expressão “igreja católica”.
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Hipólito (170 - 235 d.C.). Discípulo de Irineu; Bispo em Roma (na época
de Calixto); foi considerado um dos quatro grandes estudiosos de sua época.
Foi o primeiro cristão a ter um monumento erguido em sua homenagem. Sua
principal obra: "Refutação de todas as heresias". Um livro de quase dez
volumes (1º. ao 4º mostra que os gnósticos trouxeram a sua doutrina do meio
pagão; 5º ao 9º faz uma exposição sobre 33 sistemas do agnosticismo).
Jerômino (340- 420 d.C.). Seu nome completo era Sofrônio Eusébio
Jerônimo. Natural de Dalmácia, foi considerado o mais ilustre dos Pais da
Igreja. Educado em Roma, sendo o fundador do Mosteiro de Belém. Suas
“principais contribuições de Jerônimo à educação cristã foram: 1) sua tradução
latina das Escrituras, e 2) sua ênfase sobre a igualdade do homem perante
Deus. Essa última contribuição preparou o caminho para a futura adoção do
princípio da educação universal” (ARMSTRONG. 1992, p. 53).
Os Precursores da Reforma
João Wycliffe (1330-1384). Entrou em luta com o papado em 1375.
Homem mais culto e mais destacado da Universidade de Oxford. Era pároco
de Lutterworth, alcançando a simpatia das classes pobres. Investiu contra o
suposto direito do Papa de cobrar impostos ou taxas na Inglaterra. Denunciou
o papado e toda a organização clerical, sustentando a tese de que não deveria
haver distinções de classe dentro do clero. Negou fundamento bíblico à
doutrina da transubstanciação. Em muitos tratados, atacou todo o sistema da
igreja medieval e declarou que a Bíblia é a única e verdadeira regra de fé e
prática. Wicliffe trabalhou em seu maior projeto que foi a tradução da Bíblia, da
Vulgata (versão latina) para o inglês. Organizou a ordem dos "sacerdotes
pobres" (irmãos Lollardos), com o intuito de espalhar a Bíblia e os seus ensinos
entre o povo. Embora perseguidos no século XV, continuaram sua obra até
nos tempos da grande reforma. As maiores influências dos seguidores de
Wycliffe foi ensinarem somente a Bíblia e a produção de uma nova literatura,
que chamavam de tratados.
Chefiada por João Huss (1373-1415), originou-se outra revolta maior
contra a igreja papal, cansada por forte espírito nacionalista. Huss era muito
culto e exercia poderosa influência na Universidade de Praga, além de
sacerdote. Tornou-se o porta-voz nacional dos anseios políticos e religiosos do
seu povo. Protestou fortemente para que o clero imoral e de atitude afrontosa
à Boêmia fosse reformado. Ensinando as doutrinas de Wycliffe, considerando
herege, entrou em conflito com os chefes da igreja papal.
Foi julgado em Constança e condenado à fogueira, onde sofreu martírio.
Depois, apareceram os "Irmãos Boêmios", uma poderosa organização religiosa
fora da igreja, cuja atividade com o cristianismo evangélico empolgou toda a
Boêmia e a Morávia e também algumas partes da Alemanha. Os husitas
traduziram a Bíblia para a língua do povo e desenvolveram um sistema de
escolas, inclusive uma universidade, para promover a prática do cristianismo.
Jerônimo Savanarola (1452-1498). Também é colocado na lista dos pré-
reformadores. Abrasado com o fogo do Espírito Santo e sentindo a iminência
do julgamento de Deus, trovejava contra o vício, o crime e a corrupção
desenfreada da própria igreja. O povo abandonou a leitura de publicações
torpes e mundanas, para ler os sermões do ardente pregador; deixou os
cânticos das ruas para cantar hinos a Deus. Savonarola clamava por um
retorno à vida cristã baseada na Bíblia. Em Florença as crianças fizeram
procissões, coletando máscaras carnavalescas, os livros obscenos e todos os
objetos supérfluos que serviam a vaidade. Com isso formaram em praça
pública uma pirâmide de vinte metros de altura e atearam-lhe fogo.
Reformadores
Durante a Reforma Protestante, o ministério docente passa por uma
grande transformação, em sua forma e conteúdo. A principal preocupação do
sacerdote passa a ser a pregação do Evangelho e do arrependimento. O
Movimento da reforma anuncia a salvação do homem pela fé em Jesus Cristo
(Lc 19:0; I João 3:16-17; Rm 3:21-26). Neste sentido, a relação pessoal do
homem com Deus, em Cristo, leva ao arrependimento e á fé (Rm 5:1-2; Ef
3:12).
É a partir daí que o culto passa a ser centralizado nas Escrituras. Devido
a isso a reforma deve ser entendida como um restabelecimento da Palavra, um
esforço extraordinário para restaurar o verdadeiro rosto da Igreja, devolvendo à
Bíblia o lugar central que lhe correspondia nos tempos apostólicos. Observe o
seguinte comentário:
Um empreendimento desta extensão provocaria uma revolução no
processo de educação cristã. Quando surgiu a Reforma, havia uma lacuna na
preparação dos princípios fundamentais da fé cristã. Lutero percebeu esta
necessidade premente e exortava os pais cuidar da instrução de seus filhos,
escrevendo no prefácio de seu Catecismo Maior: ‘Aquele que ignora essas
coisas não pode ser contado entre os cristãos, e não deve ser admitido aos
sacramentos, assim como é despedido e considerado incompetente um
artesão que não conhece os direitos e habilidades de seu ofício’ (CARVALHO,
2000, p. 17).
Alistamos aqui a contribuição dos grandes reformadores protestantes
para a Educação: Martinho Lutero, Phillipp Melanchton, Ulrico Zwínglio, João
Calvino, Apresentaremos também os conceitos educacionais de João Amós
Comenius.
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Na Atualidade
Podemos assegurar a partir do que vimos, se a Igreja chegou aos
nossos dias deve-se ao ensino, ou seja, homens de visão educacional
produziram, registraram, elaboraram, sistematizaram vasto e importantes
materiais. Também legaram para nos a importância do ensino na igreja. É por
meio do ministério docente que a igreja pode preparar seus membros no
conhecimento bíblico e doutrinário, levando-os ao crescimento na vida cristã.
Esse conhecimento leva os cristãos a um envolvimento comprometido com
uma ética cristã e com o Reino de Deus.
É importante que o educador cristão estude e compreenda algo da
cultura para exercer seu ministério. A educação é parte de cada cultura; a
educação é condicionada pela cultura, e a cultura pode ser afetada pela
educação. A igreja de Cristo é o meio que Deus utiliza para transformar o
mundo. A educação é sempre um agente de mudança. Por isso, a Educação
Cristã pode ser usada por Deus e sua igreja para produzir mudanças
necessárias no meio sociocultural brasileiro, na população em geral e dentro
da comunidade cristã.
Na população em geral, a igreja evangélica deve projetar-se no mundo
secular, expressando suas opiniões, gerando mudanças, ensinado um melhor
caminho através e atitudes, ações e testemunho. O pastor como docente deve
levar á sua igreja a envolver-se com os problemas do mundo, buscando e
ensinando soluções para as misérias que existem na sociedade. Como a vida
tem duas esferas (uma espiritual e outra física) o testemunho e ministério da
igreja não devem mudar de rosto, dependendo de onde se encontre a igreja.
Deve ser a igreja no mundo, apresentadora das verdades e princípios
dos quais é portadora, para que os problemas sociais e culturais sejam
solucionados. Observe como ás palavras de Armstrong (1992, p. 87) são
relevantes: “ás vezes a sociedade é tão apática ou tão letárgica que não se
interessa pela solução de seus problemas. Alguns membros da sociedade já se
acostumaram tanto aos males ao seu redor que ficaram cegos aos problemas
e à necessidade de mudança.” A igreja deve ter uma base doutrinária e prática
bem fundamentada, permanecer firme em suas convicções e insistir, com
urgência dosada de paciência, que o caminho de Cristo é o caminho que
conduz a soluções.
Se a igreja vai propagar-se e se vai enfrentar os problemas sociais e
culturais, tem de ser uma igreja instruída naquilo que crê e como aquilo que crê
deve afetar a vida cotidiana de seus membros.
FIGUEIRA, Mara. - O Brasil para Cristo. São Paulo: Editora Escala, 2007.
GADOTTI, Moacir.- História das Ideias Pedagógicas. São Paulo: Editora Ática,
1997.
HAYDT, Regina Célia Cazaux. - Curso de Didática Geral. São Paulo: Editora
Ática,1994
HURST, D. V. – E Ele concedeu uns para mestres. São Paulo: Editora Vida.
1979.
KAUFMAN, Ana Maria. - A Escrita e a Escola. Ed. Artes Médicas.
MOLTMANN, Jürgen.- Quem é Jesus Cristo Para Nós Hoje? Petrópolis, Vozes,
1997.
SANTA ANA, Julio de.- Pelas Trilhas do Mundo: A Caminho do Reino. São
Bernardo do Campo: Imprensa Metodista, 1985.
TOBIAS, José Antônio.- Filosofia da Educação. São Paulo: Ave Maria, 1998.
TORRES, Carlos Alberto.- Diálogo com Paulo Freire. São Paulo: Loyola, 1979.
ATIVIDADES DE FIXAÇÃO