Instituto
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DEPARTAMENTO DE ENSINO
BACHARELADO EM AGRONOMIA
CONFRESA-MT
2018
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CONFRESA-MT
2018
Índice
1. Apresentação 3
2. Preparo do solo 4
a. Método de Plantio 4
b. Produção de Mudas 4
c. Adubação 6
3. Cultivo 8
a. Cultivo 8
b. Irrigação 9
4. Controle fitossanitário 9
a. Controle de Plantas Daninhas. 9
b. Controle de Pragas 10
c. Controle de doenças 17
Referências Bibliográficas 23
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1. Apresentação
Para que se tenha êxito na sua cultura é preciso adotar práticas adequadas de
cultivo, de modo que o produto atenda às exigências da indústria. É essencial que a fruta
tenha qualidade e o custo de sua produção seja competitivo. Por tanto, nesse contexto,
vemos através dessa assessorar a melhor forma de se conduzir a lavoura de tomate.
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2. Preparo do solo
a. Método de plantio
Deve-se fazer duas gradagens e, logo a seguir, as operações de, sulcagem, adubação
e transplante. Na operação de transplante, o sistema de distribuição de mudas dispõe de
um sulcador que é regulado para coincidir com a linha anteriormente fertilizada,
visando promover a incorporação do fertilizante com o solo, para evitar o contato direto
das raízes das mudas com o fertilizante.
Praticamente todo o plantio de tomate para a indústria vem sendo feito por meio de
transplante de mudas utilizando-se o preparo convencional do solo ou o plantio direto
na palha. Esse sistema de transplante tem como vantagens o menor gasto de sementes;
menor tempo de permanência da planta no campo; redução das despesas com irrigações
e pulverizações; e a redução dos níveis de infecção precoce por Geminivírus e
Tospovírus. Em razão do alto custo do transplante manual, que é muito trabalhoso e
demorado, exigindo de oito a dez dias-homens/ha, este sistema somente se viabilizou
com a introdução das máquinas transplantadeiras. Entretanto, a produção de mudas tem
que ser feita sob rigoroso controle sanitário, para evitar que elas sejam focos de
disseminação de pragas e doenças.
b. Produção de mudas
A produção de mudas vem sendo feita em bandejas de isopor e tem a vantagem de
facilitar a semeadura e o manuseio das mudas; permitir melhor controle sanitário e
nutricional; facilitar o transporte para o local definitivo; e reduzir a necessidade de
replantio.
Recomenda-se utilizar bandejas com 200 células. De tal modo, para que a haja o
suprimento de mudas para o plantio de 800 ha, utilizar 140 bandejas. Nesse caso, em
função do pequeno volume de substrato disponível em cada célula, as mudas se formam
com pequeno volume de raízes, aumentando o risco de ocorrência de deficiência
nutricional. Será recomendado, portanto, adubações complementares e regulares com
macro e micronutrientes.
As mudas devem ser uniformes, devendo ser evitado o uso de mudas muito
pequenas, que ficam facilmente enterradas, e de mudas muito estioladas, que são
facilmente danificadas durante o transplante com máquinas.
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A estrutura de proteção para a produção das mudas deve ser coberta com
plástico apropriado e fechada lateralmente com tela de malha estreita, para impedir a
entrada de insetos, principalmente os afídios. É recomendável a colocação de tela do
tipo sombrite, com 60% de sombra, na parte interna da casa de vegetação, a uma altura
de 2,5 m, para reduzir a evapotranspiração.
As bandejas devem ser colocadas sobre suportes para que fiquem a 30 cm do
solo. O sistema mais comum e barato para construção dos suportes consiste em esticar
fortemente dois ou três fios paralelos de arame de aço galvanizado, distanciados de 45
cm quando utilizar dois fios, ou 15 cm, quando utilizar três fios, para sustentar cada
fileira de bandejas. De dois em dois metros são colocados suportes para evitar o
arqueamento dos fios.
Para enchimento das células das bandejas, utilizar substrato composto por
vermiculita expandida, casca de pinus, casca de arroz carbonizada e fertilizantes. Nas
bandejas de 200 células, cada célula recebe de 10 a 15 g de substrato, o que equivale a
cerca de 4,2 litros de substrato por bandeja. Esse substrato pode ser adquirido
comercialmente ou produzido na propriedade, desde que se teste a proporção dos
ingredientes, antes de se iniciar a produção de mudas em grande escala.
Após o enchimento das células, fazer a compactação do substrato e a abertura
dos furos com 1 cm de profundidade (um furo por célula). Colocar uma ou duas
sementes por furo, recobrindo-as em seguida com substrato peneirado ou com
vermiculita pura de granulometria média ou fina. Gastam-se aproximadamente 90 a 100
g de sementes para produzir mudas para um hectare, totalizando cerca de 76.000 g de
sementes.
Em seguida a semeadura, as bandejas devem ser umedecidas e armazenadas em
pilhas, por 72 horas, em um galpão coberto. Durante esse período, as sementes iniciam
o processo de germinação, em seguida as bandejas necessitam ser transferidas para a
casa de vegetação.
Independentemente do número de células na bandeja, é relativamente pequeno
o volume de substrato contido em cada célula e a quantidade de água ali retida. A
medida que as mudas se desenvolvem, a água disponível se esgota em períodos cada
vez mais curtos, exigindo irrigações cada vez mais freqüentes. Durante o crescimento
das mudas, pode haver o esgotamento de nutrientes, ocasionando sintomas de
deficiência, principalmente de nitrogênio. Para a correção da deficiência, faz-se a
aplicação de uréia a 0,5% ou fosfato monoamônico a 0,5% pela água de irrigação ou por
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c. Adubação
Segundo a análise do solo, deve-se iniciar a adubação química com a aplicação
no sulco de plantio 600kg/ha da formula 4-30-10 contendo B e Zn mais 400 kg de
termofosfato magnesiano com nutrientes. É indicado o uso do termofosfato magnesiano
por esse possuir efeito neutralizante (IB=50), efeito do Mg na absorção de P e ação do
silicato, diminuindo a fixação de P, a toxidez de Mn e a incidência de doenças. O
fertilizante deve ser distribuído e incorporado nos sulcos com 10 a 15 cm de
profundidade, de maneira que não entre em contato com as mudas a serem
transplantadas. Optou-se pela adubação de no sulco neste caso, uma vez que, reduz o
número de operações de manejo, ou seja, realiza- se a adubação e a semeadura ao
mesmo tempo; reduz o contato das partículas de solo com os fertilizantes, diminuindo a
adsorção de P e facilitando o processo de difusão desse nutriente até as raízes; e possui
maior eficiência em adubações em solos de baixa fertilidade.
A mesma adubação de NPK, 600kg/ha da formula 4-30-10, é repetida em
cobertura, associada com a aplicação de 533kg/ha de nitrato. Esta deve ser a partir de 25
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Não necessária
Adubação de base
P=P2O5
1,7*2,291= 3,8947*2= 7,7894 kg/ha no solo
K=K2O
37*1,205= 44,585*2= 89,17 kg/ha no solo
Tabelas de referência:
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3. Cultivo
a. Plantio
Utilizar a variedade Caline IPA 06 em 400 ha e a variedade Heiz 9553 em 400 ha.
Estas possuem crescimento determinado e ciclo médio de 120 dias com rendimento
médio de 90 ton/ha (60 a 120 ton/ha), produzem frutos com formato tipo pêra, com
coloração de um vermelho intenso, peso médio entre 120 e 160g, bastante firmes, com
excelente resistência ao transporte.
Iniciar o transplante no mês abril e encetar a colheita aos 75 dias após o
transplantio. É importante que o início da colheita seja de março e a colheita a partir de
julho. No transplante, utilizar fileiras simples, distanciadas de 1,2 m, com três plantas
por metro linear, o que corresponde a uma população de cerca de 28 mil plantas/ha
(27.777,77). Plantios adensados dificultam os tratos culturais e propiciam o aumento da
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b. Irrigação
O tomateiro é uma planta muito exigente em água, seu fruto maduro possui
cerca de 93 a 95% de água. Seu sistema radicular pode atingir até 1,5m de profundidade
e isto acontece, em média, cerca de 60 dias após o transplantio. O déficit hídrico
prolongado limita o desenvolvimento e a produtividade, principalmente na fase de
florescimento e desenvolvimento dos frutos, que são os períodos mais críticos. Por
outro lado, também não pode haver excesso de água no solo, esta condição facilita o
aparecimento e disseminação de doenças, provocar rachaduras nos frutos, queda de
flores, frutos ocos e podridão apical.
Na fase inicial da cultura, que se inicia no transplante das mudas até o início do
período vegetativo a alta frequência de irrigação se faz necessária para que haja um
pleno “pegamento” das mudas. Assim, deve-se irrigar preferencialmente pela manhã,
quando a temperatura é mais amena e as plantas estão geralmente túrgidas.
As irrigações devem ser paralisadas 20 a 30 dias antes do início da colheita,
quando as plantas apresentarem cerca de 20% de frutos maduros. Esta medida visa
concentrar a maturação de frutos e aumentar a concentração de sólidos solúveis.
Entretanto, em termos de produção de frutos, maiores produtividades podem ser obtidas
irrigando-se até a ocasião em que cerca de 50% dos frutos estiverem maduros.
4. Controle fitossanitário
b. Controle de pragas
O conhecimento da fenologia da cultura é muito importante para o manejo integrado
de pragas de tomate, uma vez que a suscetibilidade da cultura ao dano por pragas varia
de acordo com seu estágio de desenvolvimento. Por sua vez, a incidência de pragas é
uma função dos fatores ambientais e da condição da cultura. A cultura do tomateiro para
processamento industrial é atacada por diversas espécies de artrópodes-praga, que
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c. Controle de doenças
Muitas doenças tem sido relatadas atacando o tomateiro, causando grande redução
da produtividade e da qualidade do produto. O conhecimento da etiologia, da
sintomatologia e dos métodos gerais de controle permite a identificação precoce e o
tratamento preventivo das doenças. Para isso, recomendam-se vistorias freqüentes na
lavoura, procurando identificar as anomalias como crescimento deficiente, murcha,
manchas, mofos etc.
As recomendações de controle de doenças enfatizam o controle integrado, em que
não há predominância de uma medida ou prática cultural muito menos especificamente
do uso de agrotóxicos, mas é o conjunto dessas medidas que deve ser considerado. As
medidas gerais a seguir sugeridas são principalmente preventivas, ou seja, para evitar o
surgimento e a proliferação de doenças, podendo ser determinantes para o sucesso da
produção integrada. Com base nisso podemos incluir nas medidas gerais de controle de
doenças para o tomateiro industrial as seguintes práticas:
Plantar em área onde não tenha sido cultivada nenhuma solanácea nos últimos
três anos e onde não tenha ocorrido doença transmissível ao tomateiro.
Adquirir sementes de boa qualidade, de firma idônea, precavendo-se contra
doenças transmitidas por semente.
Instalar a sementeira em solo leve (arenoso), onde não tenha sido plantada
nenhuma solanácea anteriormente.
Empregar mão-de-obra capacitada em princípios básicos e práticas de sanidade.
Adubar as plantas com base em análise do solo. Plantas bem nutridas (adubação
balanceada) resistem melhor às doenças.
Não usar água contaminada (que escorre de lavouras afetadas por doenças) nas
irrigações e nem nas pulverizações.
Evitar injúrias ou ferimentos nas plantas durante as capinas, amontoa e
pulverizações.
Inspecionar a lavoura com frequência, para detectar eventuais doenças
precocemente e proceder ao controle a tempo de evitar epidemia.
Evitar que pessoas e máquinas procedentes de áreas infestadas transitem na
lavoura sem antes passar por assepsia.
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Cancro bacteriano
Mancha olho de perdiz (Clavibacter michiganensis subsp michiganensis)
O tomateiro é suscetível em qualquer idade e todos os órgãos da planta podem
ser afetados. A bactéria caracteriza-se por apresentar dois tipos de colonização em
tomateiro: a localizada e a sistêmica. A colonização localizada é mais comum nas
épocas chuvosas, porque favorece a disseminação e penetração da bactéria nos tecidos
das plantas, via estômatos e hidatódios. Sintomas iniciais nos folíolos variam desde
encharcamento, seguido de necrose, até pequenas elevações de forma circular, com o
centro esbranquiçado, que se rompem, liberando a bactéria e formando pequenos
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Mancha bacteriana
Murcha-bacteriana ou Murchadeira
Referências Bibliográficas