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Calvino e Reforma
Calvino e Reforma
Calvino e Reforma
A doutrina de Calvino:
As principais ideias de sua doutrina estão nas Instituições da religião Cristã (1536).
O calvinismo se parece com o luteranismo em alguns aspectos, por exemplo, na aceitação da
livre interpretação da Bíblia e na negação do culto aos santos e à mãe de Jesus.
A ideia central de sua doutrina era a predestinação: que determinava que a eleição ou
representação dos homens para a salvação eram atos de deus, livres de qualquer interferência
humana.
Sua doutrina da predestinação era um ato de fé e um convite para reconhecer o amor criador e
salvador de deus. O que Calvino queria demonstrar era a grandeza de Deus.
A doutrina de Calvino liberou os fiéis para investirem em atividades, até então proibidas pelo
catolicismo.
Enquanto Lutero era próximo dos nobres e condenava a nascente economia de mercado; A
doutrina calvinista estimulava o lucro e o trabalho honesto, considerado agradáveis a Deus.
Por isso, o calvinismo impulsionou o capitalismo que estava surgindo, pois comerciantes,
banqueiros, artesãos e outros passaram a acreditar que trabalhava para a glória de Deus e,
ainda, livraram da doutrina católica do justo preço.
As pregações de Calvino:
Calvino iniciou suas pregações na França, mas foi perseguido e fugiu para Genebra, na Suíça,
onde foi organizada a Igreja-modelo do calvinismo.
Calvino ficou conhecido na maior parte dos países da Europa Ocidental, onde o comércio e as
finanças conheciam importante desenvolvimento, tornando-se a religião da burguesia.
Em cada país, os calvinista receberam nomes próprios: na França foram chamados de
huguenotes; na Inglaterra, de puritanos; na Escócia, de presbiterianos; os protestantes da
Holanda eram chamados de calvinistas.
A Reforma na Inglaterra: o anglicanismo
Henrique VIII voltou-se contra Roma quando solicitou ao papa Clemente VII a anulação de seu
casamento com Catarina de Aragão, filha dos reis católicos Fernando e Isabel, da Espanha.
O rei Henrique VIII alegava não ter filho homem para suceder-lhe ao trono e perpetuar a dinastia dos
Tudor, o que causou-lhe preocupação, já que a rainha era espanhola e, sem um herdeiro masculino,
poderia o trono ser ocupado por um nobre do reino da Espanha.
Além disso, o rei desejava casar-se com Ana Bolena, uma dama de honra da rainha.
O papa recusou-se a atender ao pedido do rei, pois o divórcio era proibido pelo dogma católico.
Além dessa disputa entre rei e a Igreja havia motivações ainda maiores que a questão do anulação do
casamento. Henrique VIII objetivava o fortalecimento do poder real e a consolidação da dinastia
Tudor. Assim, o rompimento com a Igreja Católica significaria o fim da intervenção do papa no reino
da Inglaterra e no acesso às terras e às riquezas inglesas.
Em 1531, Henrique VII proclamou-se defensor da Igreja Inglesa, sendo reconhecido como chefe
religioso; seu casamento com Catarina de Aragão foi anulado e casou-se Ana Bolena.
Em 1534, o Parlamento votou o primeiro Ato de Supremacia, que transformava Henrique VIII no chefe
supremo da Igreja da Inglaterra = a Igreja Anglicana.
Ordens religiosas:
As ordens religiosas foram responsáveis pela renovação e fortalecimento do clero.
A ordem religiosa de grande importância para a renovação católica foi a Companhia de Jesus:
criada por Santo Inácio de Loyola.
As ações da Companhia de Jesus: os jesuítas tiveram um papel muito importante na educação.
Em meados do século XVIII, estavam educando praticamente toda a Europa católica, além das
colônias americanas. Desenvolveram também uma obra missionária na África, na Índia, no Japão
e na China, convertendo as populações dessas regiões ao catolicismo, muitas vezes à força.
Tribunal do Santo Ofício da Inquisição:
A Santo Ofício da Inquisição tinha como missão vigiar os fiéis e reprimir os movimentos ou
comportamentos de heresia, ou seja, impedir os comportamentos que eram contra a doutrina da
Igreja Católica.
Seu objetivo era obrigar os fiéis a observarem a ortodoxia católica e punir os que se afastavam da
doutrina da Igreja.
O Santo Ofício da Inquisição foi mais ativo nos países ibéricos, onde voltou-se para perseguir os
judeus e os cristãos-novos (judeus e seus descendentes convertidos ao catolicismo).
Observe:
A Inquisição protestante: a prática da Inquisição não foi uma exclusividade da Igreja Católica.
João Calvino defendeu suas ideias com mão de ferro. Sua doutrina tornou-se lei e quem ousasse
se voltasse contra ela, era condenado ao cárcere, ao exílio ou à fogueira. Martinho Lutero
defendia o uso da violência como forma de se preservar a estrutura social.
O Barroco e a Contrarreforma:
O Barroco foi um movimento artístico que surgiu na Europa no final do século XVI e se manifestou nas
artes plásticas, na Inglaterra, na música e no teatro nos séculos XVII e XVIII.
As obras barrocas (arquitetura, escultura, literatura, música) estão associadas a influência do Concílio
de Trento. A Igreja Católica na tentativa de deter os protestantes, estimulou uma arte religiosa que
servia como um instrumentos de propaganda dos valores católicos, com o objetivo de impressionar
os fiéis nesse período das Reformas.
Todas as obras de arte barrocas desenvolveram a capacidade de transmitir os extremos da emoção
humana, expressando sempre os opostos, por exemplo: razão e fé.