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Cap 8 Dispersao Atmosferica PDF
Cap 8 Dispersao Atmosferica PDF
Cap 8 Dispersao Atmosferica PDF
CONTROLE DA
POLUIÇÃO
ATMOSFÉRICA
Henrique de Melo Lisboa
CAPÍTULO VIII
METEOROLOGIA E
DISPERSÃO
ATMOSFÉRICA
Montreal
Primeira versão - Dezembro 2007
Cap VIII - 1
Controle da Poluição Atmosférica : Capítulo VIII - Meteorologia e Dispersão
SUMÁRIO
Cap VIII - 2
Controle da Poluição Atmosférica : Capítulo VIII - Meteorologia e Dispersão
8.1 INTRODUÇÃO
Cap VIII - 3
Controle da Poluição Atmosférica : Capítulo VIII - Meteorologia e Dispersão
Figura 8. 2 – Microescala.
Portanto, se uma determinada fonte está instalada dentro de um pequeno vale inclinado de
NE (Nordeste) para SW (Sudoeste), fatalmente o vento vai soprar ao longo dessas direções, sendo
que o sentido vai variar de uma ou outra direção em função dos efeitos de resfriamento e
aquecimento das encostas local do vale. Nessas circunstâncias, é extremamente importante fazer
medições horárias dos parâmetros meteorológicos mais importantes para se definir qual a direção e
velocidade mais predominante à noite e durante o dia. Com isto se pode estabelecer estratégias de
controle de poluição do ar mais racionais e eficientes, nas tomadas de decisões.
8.3.1 Ventos
O fluxo geral do ar sobre a terra é induzido por variações de pressão de grande escala
(macrometeorológicos) comumente apresentados nas cartas meteorológicas (sinópticas). A
intensidade destes sistemas de pressão e seu posicionamento normal ou trajetórias determinam a
distribuição dos ventos em uma dada área. Dentro deste macrossistema existem vários fatores que
influenciam nas particularidades do movimento de ar nas direções vertical e horizontal, e para
muitos problemas de poluição atmosférica é a combinação de padrões gerais e particulares que é
importante.
Cap VIII - 4
Controle da Poluição Atmosférica : Capítulo VIII - Meteorologia e Dispersão
Os meteorologistas definem a direção do vento como aquela da qual o vento sopra – Figura 8. 3.
Cap VIII - 5
Controle da Poluição Atmosférica : Capítulo VIII - Meteorologia e Dispersão
é denominado “vento gradiente”. Próximo do solo os efeitos do atrito retardam o fluxo do ar bem
como causam uma mudança na direção.
Como mostrado na Figura 8. 4, o perfil vertical da velocidade do vento é afetado pelas
mudanças na cobertura do solo e pela estabilidade térmica da atmosfera.
Um gás (ou vapor) realiza uma transformação adiabática quando a passagem do estado
inicial ao final é determinada apenas pela criação de sua energia interna, sem receber ou ceder
calor.
Seja um gás contido num cilindro com paredes impermeáveis ao calor. Se a expansão fizer
adiabaticamente, a energia necessária para executar este trabalho é extraída do próprio gás e ele se
resfria. Se, pelo contrário, ele for comprimido adiabaticamente sua temperatura aumenta, pois o
trabalho de compressão converter-se-á em calor.
Cap VIII - 6
Controle da Poluição Atmosférica : Capítulo VIII - Meteorologia e Dispersão
É a pressão exercida pelo vapor d’água num volume saturado. Quando um vapor é saturante,
sua tensão é máxima, sendo impossível comprimí-lo sob a forma gaseiforme, isto é, aproximar mais
suas moléculas. A medida que se lhe reduz o volume, o vapor saturante se liquefaz, condensa-se.
8.3.5 Orvalho
É a razão que existe entre a quantidade de vapor d’água contida no momento num m3 de ar e
a quantidade de vapor que este mesmo volume de ar contera se estivesse saturado, à mesma
temperatura.
A variação vertical de temperatura é muito mais violenta que a variação horizontal. O estudo
dos gradientes verticais de temperatura apresenta grande interesse, pois eles condicionam a
possibilidade de ocorrência e o sentido dos movimentos verticais de ar na atmosfera. Quando o ar
experimenta um processo de ascensão ou de descenso, sua temperatura é determinada pelo
gradiente adiabático.
Cap VIII - 7
Controle da Poluição Atmosférica : Capítulo VIII - Meteorologia e Dispersão
processo nunca ocorre na atmosfera, uma vez que a turbulência tende a destruir o volume
teoricamente isolado e ocorre a troca de calor, porém, o conceito tem valor considerável como
referência para se estimar as características turbulentas na atmosfera real.
ΔT
Mecanismos atuantes no conceito:
= 1,0 o C / 100m
Δz
- Ao elevar-se na atmosfera o volume da parcela se expande de forma a acomodar-se em
um situação de menor pressão.
- -A expansão é suposta adiabática, isto é, a troca de calor entre a parcela e o ar as suas
circunvizinhanças é negligível
- Com a expansão da parcela dá-se um decréscimo de temperatura em seu interior.
- O processo de mistura vertical na atmosfera é, de forma simplificada, assumido como
envolvendo um sem número de parcelas de ar ascendendo e descendo.
- Não havendo troca de calor entre as fronteiras do sistema a parcela e seu ambiente
imediato podem estar em temperaturas diferentes na mesma pressão. Este fato governa o
seu movimento vertical.
- A variação da temperatura ao longo da altura para uma parcela ascendente de ar seco que
se resfria adiabaticamente é utilizada como um perfil padrão de temperaturas para
comparação com as situações reais.
Cap VIII - 8
Controle da Poluição Atmosférica : Capítulo VIII - Meteorologia e Dispersão
Em condições especiais, como nas tempestades, a camada de mistura pode extender-se até a
extratosfera.
Valores típicos da altura da camada de mistura, definidos à partir do coeficiente de
rugosidade Zo, para condições atmosféricas estáveis, são apresentados no Quadro 8. 1.
Cap VIII - 9
Controle da Poluição Atmosférica : Capítulo VIII - Meteorologia e Dispersão
Estabilidade do ar seco (ou úmido): Uma camada de ar não saturado é estável quando seu
gradiente térmico vertical é inferior ao gradiente da adiabática seca – Figura 8. 6.
Température de l'atmos. °C
Ad 11 plus froide 10° 500 m
500 ia ba
t iq
400 ue 11,5
sè
c he Particule revient
300 12 12° 300 m
au niveau initial
200 12,5
10 11 12 13 14 15 16
Température en °C
Sempre que o gradiente térmico vertical for maior que o gradiente do Lapse Rate, a
atmosfera está em condições de instabilidade – Figura 8. 7 .
sobe
Température del'atmos. °C
10 14°
Altitude en mètres
10 11 12 13 14 15 16
Temperatura en °C
1
ABNT. NBR 8969 Poluição do ar. Terminologia. Jul/1985.
Cap VIII - 10
Controle da Poluição Atmosférica : Capítulo VIII - Meteorologia e Dispersão
Température de l'atmos. °C
en équilibre 10°
Altitude en mètres
10 11 12 13 14 15 16
Température en °C
Figura 8. 8 - Atmosfera neutra ou indiferente (Detrie, 1969)
Condições de instabilidade:
Forte intensidade de radiação solar; Gradiente superadiabatico;
Céu com nebulosidade do tipo cúmulo Vento entre fraco e moderado;
convectivo; Temperatura elevada.
Condições de neutralidade:
Vento forte a moderado; Não há resfriamento nem aquecimento;
Céu nublado; A temperatura estabelece um perfil
Forte mistura mecânica; adiabático.
Cap VIII - 11
Controle da Poluição Atmosférica : Capítulo VIII - Meteorologia e Dispersão
INVERSÃO TÉRMICA
Temperatura
Figura 8. 9 - Inversão térmica.
Cap VIII - 12
Controle da Poluição Atmosférica : Capítulo VIII - Meteorologia e Dispersão
As inversões de temperatura se combinam com outros fatores, tais como, a frequência dos
ventos, velocidade dos mesmos e irregularidades do terreno (colinas, vales, edifícios)
incrementando os problemas relacionados com a qualidade do ar em alguns lugares.
Cap VIII - 13
Controle da Poluição Atmosférica : Capítulo VIII - Meteorologia e Dispersão
Superadiabático: A condição
superadiabática favorece a convecção forte,
Altura
instabilidade e turbulência. Esta condição
La
ps
geralmente fica restrita aos primeiros 200 m da
er
ate
atmosfera - Figura 8. 12.
Su
per
adi
abá
Figura 8. 12 - Condição superadiabática. t ico
Temperatura
Altura
térmico da atmosfera está próximo ao gradiente
Ne
utr
adiabático seco, implica na inexistência de
La
o
ps
Temperatura
Altura
báti
ps
Figura 8. 14.
er
co
ate
Cap VIII - 14
Controle da Poluição Atmosférica : Capítulo VIII - Meteorologia e Dispersão
Isotérmico
ambiente é constante com a altura, a camada é
Altura
constante com a altura, a camada é denominada
isotérmica, como no caso subadiabático existe uma
La
ps
pequena tendência para um volume resistir ao
er
movimento vertical - Figura 8. 15.
at e
Figura 8. 15 – Perfil Isotérmico
Temperatura
Altura
a temperatura aumenta com a altura, resiste
fortemente ao movimento vertical e tende a suprimir
La
o
rsã
ps
a turbulência. Assim sendo, é de particular interesse
ve
ra
para a poluição atmosférica, uma vez que esta
In
te
situação limita em muito a dispersão - Figura 8. 16.
ão
báti
ro
ers
co
v
In
Su
p er
adi
abá
t ico
Cap VIII - 15
Controle da Poluição Atmosférica : Capítulo VIII - Meteorologia e Dispersão
Por outro lado, inversões elevadas frequentemente persistem por dias ou mesmo semanas.
A inversão costeira do sul da Califórnia, por exemplo, é produzida por uma combinação de
subsidência e superfície fria do oceano, e é muito persistente.
Como visto, o grau de estabilidade atmosférica varia em um grande aspectro desde muito
instável que corresponde a um elevado grau de turbulência a muito estável com turbulência mínima.
Desde que, nenhum esquema de classificação do grau de turbulência foi até então reconhecido com
superior pela comunidade científica, utilizaremos o proposto por Pasquill, Gifford, Briggs e outros,
que reduz uma variedade infinita de condições de estabilidade a seis categorias apresentadas no
Quadro 8. 2.
A dispersão dos poluentes emitidos por uma fonte ponto tipo chaminé, depende das
condições meteorológicas presentes na região onde a pluma formada se dispersa. A velocidade do
Cap VIII - 16
Controle da Poluição Atmosférica : Capítulo VIII - Meteorologia e Dispersão
ATMOSPHERE STABLE
vue en coupe
vue en plan
ATMOSPHERE INSTABLE
vue en coupe
Figura 8. 18 - Estabilidade da
atmosféra e Franchissement des obstacles
transposição de
vue en plan
obstáculos
Cap VIII - 17
Controle da Poluição Atmosférica : Capítulo VIII - Meteorologia e Dispersão
EXERCÍCIOS:
1. Dado o perfil de temperaturas obtido num determinado aeroporto do Brasil, com base em
radiossondagem (Quadro 8. 4), identifique (escrevendo na terceira coluna da tabela abaixo) a
estabilidade das diferentes camadas (estável, instável, neutra, isotérmica, inversão).
2. Dados os quatro perfis de temperatura abaixo (Figura 8. 1), identifique qual o que seria
mais desfavorável para qualidade do ar, supondo uma região urbana no mês julho, e qual o perfil
que seria mais favorável.
A B C D
σd σd
σd σd
σ σ σ
σ
3. Seja um volume unitário de ar não saturado ao nível do mar, a 10oC e com umidade
relativa de 72,2%. Se esta parcela de ar for obrigada a subir continuamente:
a) Qual é a quantidade de vapor d´água e qual o ponto de saturação (ponto de orvalho para esta
situação)?
b) A que altitude estaria à mesma temperatura do ar circunvizinho? Qual é a temperatura?
Considerar gradiente térmico da atmosfera (gradiente térmico vertical) no momento de 0,8
ºC/100 m.
Considere o seguinte quadro:
Tensão 0,78 1,25 1,96 3,02 4,6 6,5 9,21 12,8 17,5 23,8 31,8
(mm Hg)
Massa 0,89 1,40 2,16 3,26 4,8 6,8 9,42 12,8 17,3 23,1 30,4
(g/m3) Ua
Cap VIII - 18
Controle da Poluição Atmosférica : Capítulo VIII - Meteorologia e Dispersão
4. Se uma parcela de ar na temperatura de 20º C se eleva adiabaticamente a 1,5 Km, qual será
a temperatura final da parcela? Considere o quadro anterior.
5. Se uma parcela de ar com temperatura de -5º C a 2000 m de altitude desce até a altitude de
500 m, qual será a sua temperatura final? Considere o quadro anterior.
6. Plotar a seguinte sondagem:
A 1000 30
B 970 25
C 900 18,5
D 850 16,5
E 800 20,0
F 700 11,0
G 500 -13,0
Cap VIII - 19
Controle da Poluição Atmosférica : Capítulo VIII - Meteorologia e Dispersão
Para a realização de estudos de impacto ambiental para novas fontes a serem instaladas, bem
como para conhecer a real contribuição de fontes antigas na degradação da qualidade do ar em sua
área de influência, normalmente utiliza-se o recurso da modelagem matemática, que simula as
concentrações de poluentes num ponto qualquer sobre o terreno. Os modelos matemáticos, por
serem simplificações dos processos reais ocorridos na atmosfera, sempre possuem limites.
O comportamento de uma pluma na atmosfera é um processo complexo, que varia de acordo
com as condições da emissão, ventos, turbulência e muitos outros fatores relacionados com o
terreno e elementos de aerodinâmica. Uma aproximação matemática bem sucedida da dispersão da
pluma é geralmente acompanhada por duas hipóteses simplificativas; a primeira, é que podemos,
artificialmente, dividir o processo de dispersão em segmentos onde certos fatores são claramente
dominantes, a segunda, é que dentro destes segmentos deve-se assumir que certas variáveis são
constantes ou insignificantes de forma a tornar viável o tratamento matemático.
De acordo com a Figura 8. 20 observa-se que existem três momentos distintos que devem
ser considerados na dispersão dos poluentes, que são a emissão, o transporte dos poluentes na
atmosfera e a imissão destes em um dado ponto (KAWANO, 2000)
Após serem emitidos por uma fonte os poluentes passam a comporta-se, em termos de seu
transporte e sua dispersão, de acordo com os que ditam os parâmetros meteorológicos locais. O
estudo do processo ideal de dispersão tem muita importância para estudar os valores médios diários
de contaminação.
Fatores meteorológicos podem influir no sentido de provocar fortes valores de
contaminação:
Cap VIII - 20
Controle da Poluição Atmosférica : Capítulo VIII - Meteorologia e Dispersão
movimentos verticais
movimentos horizontais responsáveis, a partir do instante da emissão, pelo
turbulência atmosférica transporte do poluente e sua dispersão.
Plumas
Serpenteante
(looping)
Condições predominantes:
Atmosfera instável; Ventos fracos;
Cap VIII - 21
Controle da Poluição Atmosférica : Capítulo VIII - Meteorologia e Dispersão
Cônico
(Coning)
Cap VIII - 22
Controle da Poluição Atmosférica : Capítulo VIII - Meteorologia e Dispersão
Tubular
(Fanning)
FUMEGANTE
(Fumigation)
Condições predominantes:
Ocorre quando a pluma fica aprisionada em uma capa de inversão na qual esta capa se
rompe pela parte inferior (instável), deixando livre a pluma;
Elevados teores de concentração (perigoso);
Cap VIII - 23
Controle da Poluição Atmosférica : Capítulo VIII - Meteorologia e Dispersão
Típico das primeiras horas após a saída do sol, que provoca instabilidade junto ao solo (após
uma noite com inversão ou grande estabilidade).
ANTIFUMEGANTE
(Lofting)
Trapping
Cap VIII - 24
Controle da Poluição Atmosférica : Capítulo VIII - Meteorologia e Dispersão
Três são os fatores que influem sobre o comportamento de uma pluma (Wark et al., p.162):
• Altura física da fonte emissora: representa a altura real da fonte emissora (ou altura
geométrica);
• Altura de elevação da pluma: corresponde à altura até à qual se verifica a elevação da
pluma a partir da fonte emissora (ou sobre-elevação);
• Altura efetiva da fonte emissora: é dada pela soma das duas características anteriores (ou
altura efetiva da chaminé);
• Diâmetro da fonte emissora;
• Forma da chaminé;
2
HIMMELMAN, Willian. Air Quality Control. Lambton College Of Applied Arts and Technology.
Sarnia, Canadá. 1993.
Cap VIII - 25
Controle da Poluição Atmosférica : Capítulo VIII - Meteorologia e Dispersão
• Numero de chaminés.
Cap VIII - 26
Controle da Poluição Atmosférica : Capítulo VIII - Meteorologia e Dispersão
fonte virtual
Δh
hef
hg
z
x
Figura 8. 31 – Altura efetiva de emissão (Δh) e fonte virtual.
A altura efetiva da chaminé é definida como a altura na qual a pluma tornar-se passiva e
passa a seguir o movimento do ar atmosférico.
Segundo Wark et al., (ANO?) a primeira consideração a fazer é determinar a tendência da pluma
a ser dirigida em direção ao solo junto a chaminé, o chamado “downwashes”. Portanto, se a
velocidade dos gases que saem de uma chaminé é maior ou igual a 1,5 vezes a velocidade do vento,
o “downwashes” é considerado negligível. Nas condições em que a velocidade dos gases que saem
de uma chaminé é menor do que 1,5 vezes a velocidade do vento, uma altura de chaminé reduzida
hg’ pode ser calculada, como sendo:
' ⎡V ⎤
hg = hg + 2d ⎢ s − 1,5⎥
⎣u ⎦
Cap VIII - 27
Controle da Poluição Atmosférica : Capítulo VIII - Meteorologia e Dispersão
Cap VIII - 28
Controle da Poluição Atmosférica : Capítulo VIII - Meteorologia e Dispersão
A- FÓRMULA DE DAVIDSON-BRYANT:
1,4 ⎛
⎛ Vs ⎞ Δt⎞
Δ = d ⎜ ⎟ × ⎜⎜1 + ⎟⎟
h u
⎝ ⎠ ⎝ Ts ⎠
onde, d ⇒ diâmetro interno da chaminé (m);
Vs ⇒ velocidade do efluente na saída da chaminé (m.s-1);
u ⇒ velocidade média do vento medida a 10 metros (m.s-1);
Δ t ⇒ temperatura do gás na chaminé menos a temperatura ambiente (K = ºC + 273);
Ts ⇒ temperatura do gás na saída da chaminé (K).
Segundo Wark et al., P.163) esta fórmula tem boa concordância com dados observados, com
uma leve tendência a subestimar o Δh. Ela seria mais precisa para chaminés elevadas. Os
parâmetros da equação incluem:
• velocidade de exaustão dos gases da chaminé;
• diâmetro interno da chaminé;
• velocidade do vento; V .d ⎛ Δt ⎞
• temperatura e pressão do ar; Δ h = s ⎜⎜1,5 + 2,68.10- 3 p d ⎟⎟
• temperatura do gás da chaminé. u ⎝ Ts ⎠
onde, p - pressão ATM em milibares (mbar) e u é a velocidade
média do vento medida a 10 metros (m.s-1);
Esta fórmula foi obtida a partir de provas realizadas em um túnel de vento e de resultados
obtidos em 3 chaminés em funcionamento (LORA, 2000,P. 530).
Interveem: - energias cinéticas e térmicas;
- não considera a estabilidade ATM.
Para condições da ATM instáveis, Holland propõe um acréscimo de 10 - 20% de Δ h.
Para condições de estáveis, diminua-se igual quantidade.
O último termo desta equação pode ser substituído por 0,0096.Qh/Vsd , se desejado,
ou seja (WARK et al., p.163).:
Vs .d ⎛ Q ⎞
Δh= ⎜⎜1,5 + 0,0096 h ⎟⎟
u ⎝ Vs d ⎠
Cap VIII - 29
Controle da Poluição Atmosférica : Capítulo VIII - Meteorologia e Dispersão
Cap VIII - 30
Controle da Poluição Atmosférica : Capítulo VIII - Meteorologia e Dispersão
culminam a uma altura e na seqüência, a altura do eixo da pluma resta constante. No que concerne
às outras classes de estabilidade, a pluma sobre até atingir uma camada de inversão térmica, ou o
limite da camada de mistura (DE MELO LISBOA, 1996).
No modelo ISC3, da EPA3, muito difundido no mundo inteiro, assim como sua versão mais
recente, o AIRMOD adotou-se as equações de Briggs. Este modelo determina a sobre-elevação da
pluma como função da estabilidade atmosférica e da distância a sotavento da chaminé onde a pluma
alcança sua máxima elevação (WARK et al., p.163).
Muitas interpretações das equações de Briggs são encontradas na literatura. Aqui, optaremos
pelo conjunto de equações propostas por Wark et al., ANO?, tendo em vista utilizarem o mesmo
conjunto do modelo ISC3, de ampla aceitação mundial nos estudos de dispersão de poluentes
atmoféricos. Algumas proposições complementares de outros autores serão incorporadas.
Entretanto, no intuito de apresentar outra opção e para ilustrar esta questão, segue em anexo a
formulação proposta por Zannetti (1990).
Briggs determina a sobre-elevação para duas categorias de estabilidade (instável ou neutra e
estável). Para cada categoria calcula-se primeiro se a elevação da pluma é dominada pelo momento
ou pelo empuxo. A seqüência de equações que serão aqui apresentadas correspondem aquelas
encontradas no guia do modelo ISC3.
De modo a determinar se uma pluma é dominada pelo momento ou pelo empuxo (ou
flutuabilidade), faz-se primeiro necessário determinar os valores dos fluxos de empuxo (Fb) e
momento (Fm) (WARK et al., p.164).
Um gás, ao sair de uma chaminé, é submetido a forças de empuxo de Arquimedes. Briggs
(1969) define o parâmetro de flutuabilidade (buoyancy ou empuxo) como sendo (Zannetti, 1990 -
pg.96):
g T
Fb = Q o (1 - a )
π T
*
s
onde: Fb - fluxo de empuxo (ou térmico ou flutuabilidade) (m4.s-3)
g - aceleração da gravidade (9,8 m2/s);
Ta - temperatura do ar ambiente (K);
Ts - temperatura dos gases de saída na chaminé (K);
Qo - vazão volumétrica de gases (m3/s), definida por:
Qo = π. rs2.vs
Onde, rs - raio da chaminé (m) **
vs – velocidade de emissão dos gases (m/s)
* Esta equação é válida para emissões com um peso molecular e calor específico próximos
daqueles do ar (Briggs, 1975).
**Para chaminés não circulares o valor R o
2
é substituído pela área da seção transversal
dividida por π (Turner, 1985; Zannetti, 1990).
3
User’s Guide for the Industrial Source Complex (ISC3) Dispersion Models, vol. II – Description of Model
Algorithms, EPA-454/B-95-003b, USEPA OAQPS, Research Triangle Park, NC: September 1195.
Cap VIII - 31
Controle da Poluição Atmosférica : Capítulo VIII - Meteorologia e Dispersão
2/3
(ΔT )c V
= 0,00575Ts s1 / 3
d
Se a diferença entre a temperatura do gás na saída da chaminé e a do ar ambiente (ΔT) é
maior ou igual a (ΔT)c a sobre-elevação é dominada pelo empuxo, caso contrário, o momento é que
predomina.
g ⎛∂ θ ⎞ ∂ θ ΔT
S= ⎜ ⎟ onde: = -σ
Ta ⎝ ∂ z ⎠ ∂ z Δz d
ΔT
⇒ gradiente vertical de temperatura ou diferença de temperatura do topo da chaminé
Δz
ao topo da pluma, dividido pela altura da pluma. Na falta de conhecimento do
Cap VIII - 32
Controle da Poluição Atmosférica : Capítulo VIII - Meteorologia e Dispersão
→ Para condições instáveis ou neutras, onde o empuxo é dominante (onde ΔT excede (ΔT)c xf é
determinado como segue (WARK et al., p.165):
5/8
A–
4
Para Fb < 55 m /s →
3
x f = 49 Fb
3/ 4
' F
H = hg + 21,425 b
u
2/5
B–
4
Para Fb ≥ 55 m /s →
3
x f = 119 Fb
Cap VIII - 33
Controle da Poluição Atmosférica : Capítulo VIII - Meteorologia e Dispersão
3/ 5
'F
H = hg + 38,71 b
u
→ Para condições estáveis, onde o empuxo é dominante, xf é determinado como segue (WARK et
al., p.165):
u
x f = 2,0715
s
E a altura efetiva H (m) é calculada pela expressão:
1/ 3
⎛F ⎞
'
H = hg + 2,6⎜ b ⎟
⎝ us ⎠
→ Para condições instáveis ou neutras, em que o momento seja dominante (em geral isto acontece
quando a temperatura dos gases na saída da chaminé é menor ou igual a temperatura do ar
ambiente). A altura efetiva é calculada como segue (WARK et al., p.165):
4 3
Para Fb < 55 m /s
' Vs
H = hg + 3d
u
Briggs indica que a equação anterior é mais adequada quando Vs/ u é superior a 4 (WARK
et al., p.165).
→ Para condições estáveis, em que o momento seja dominante (em geral isto acontece quando a
temperatura dos gases na saída da chaminé é menor ou igual a temperatura do ar ambiente). A altura
efetiva é calculada pela expressão seguinte (WARK et al., ANO?, p.165):
1/ 3
' ⎛ F ⎞
H = hg + 1,5⎜ m ⎟
⎝u s ⎠
Ou a equação anterior (adota-se o menor valor para Δh.
→ Com velocidade do vento próxima de zero (u ≤ 1 m/s) e condições calmas e estáveis (classe
E e F) as equações anteriores não podem ser usadas (STERN, 1976 - pg.433), sendo
recomendado o uso das seguintes equações (ZANNETTI, 1990, pág.97):
⎛ Fb1 / 4 ⎞
Δh = 5,0⎜⎜ ⎟ para condições onde predomina a flutuabilidade (hidrostática)
⎟
3/8
⎝S ⎠
Cap VIII - 34
Controle da Poluição Atmosférica : Capítulo VIII - Meteorologia e Dispersão
⎛ F 1/ 4 ⎞
Δh = 4,0⎜ m1/4 ⎟ para condições onde predomina a velocidade de saída (jato)
⎜ ⎟
⎝ S ⎠
Adota-se o
menor
15.(2) ⎛ 4800 ⎞
Δh= ⎜⎜1,5 + 0,0096 ⎟ → Δh = 18,2 m → H = 30 + 18,2 = 48,2 m
5 ⎝ 15.(2) ⎟⎠
2.A velocidade do vento, medida a 10 m e a velocidade de saída dos gases são 2,1 e 6 m/s,
respectivamente. O diâmetro interno da chaminé é de 2 metros. A altura geométrica da chaminé é
de 40 metros. A condição de estabilidade atmosférica é neutra. A temperatura do ar ambiente é de
27 oC e a temperatura dos gases na saída da chaminé é de 167 oC Estime a distância, a sotavento da
chaminé do ponto de máxima altura efetiva e seu valor usando a equação de Briggs.
Cap VIII - 35
Controle da Poluição Atmosférica : Capítulo VIII - Meteorologia e Dispersão
Solução:
Correção da velocidade do vento no Topo da Chaminé:
p 0,25
⎛z ⎞ ⎛ 40 ⎞
Vz1 = ⎜ 1 ⎟ . Vz2 → V40 = ⎜ ⎟ . 2,1 → V40 = 3 m/s
⎝ 10⎠ ⎝ 10 ⎠
Portanto, Vs/ u = 2,0 ou seja, o “downwash” é negligível e hg’= hg
Para condição de estabilidade atmosférica neutra o primeiro passo é determinar o fluxo de
empuxo Fb e a diferença de temperatura cruzada (ΔT)c a fim de determinar se o empuxo ou o
momento dominam. Deste modo deve-se inicialmente calcular a vazão de gases Qo.
→ x f = 49(18,7 )
5/8 5/8
Para Fb < 55 m /s →
4 3
x f = 49 Fb → x f = 306m
(18, )7 3 / 4
3/ 4
F
→ H = 40 + (21,425 ) → H = 40 + 64,2 = 104,2m
'
H = hg + 21,425 b
u 3
3. Uma chaminé de 3,5 m de diâmetro interno de 80 m de altura emite gases a 93ºC com uma
velocidade de saída de 15 m/s. Considere classe D de estabilidade atmosférica. Pede-se:
A = π .R 2 = π .1,752 = 9,62m 2
a)
Q = v. A = 15m / s.9,62m 2 = 144,3m3 / s
b) Ts = 93ºC => 366 K Ta = 293 K θ = 3,5 m
Cap VIII - 36
Controle da Poluição Atmosférica : Capítulo VIII - Meteorologia e Dispersão
- utilizando Holland
vs.d ⎡ ⎛ ΔT ⎞⎤
Δh = .⎢1,5 + ⎜ 2,68 x10− 3. p. .d ⎟ =
v ⎣ ⎝ Ts ⎠⎥⎦
15.3,5 ⎡ ⎛ ⎛ 366 − 293 ⎞ ⎞⎤
Δh = .⎢1,5 + ⎜⎜ 2,68 x10− 3.1010.⎜ ⎟.3,5 ⎟⎟⎥ =
4 ⎣ ⎝ ⎝ 366 ⎠ ⎠⎦
Δh = 44,49m
H = Δh + h = 44,49 + 80 = 124,49m
- utilizando Briggs
g ⎛ T ⎞ 9,8 ⎛ 293 ⎞
Fb = .Q0 ⎜1 − ⎟ = .144,3⎜1 − ⎟ = 89,78m / s ....
4 3
π ⎝ Ts ⎠ 3,14 ⎝ 366 ⎠
Cap VIII - 37
Controle da Poluição Atmosférica : Capítulo VIII - Meteorologia e Dispersão
velocidade do vento;
insolação;
outros fatores que causam disturbio e turbulência no ar (morros, edifícios, etc);
altura efetiva da chaminé;
intensidade da fonte;
gradiente térmico, etc;
A dispersão do ar poluído pode ser numericamente simulado por várias técnicas, as quais
são divididas em duas categorias (Zannetti, 1990):
1. Modelos Eulerianos
2. Modelos lagrangianos
A diferença básica entre as duas resoluções é ilustrada na Figura 8. 33, na qual o sistema de
referência Euleriano é fixo (com respeito a terra), enquanto que o sistema de referência lagrangiano
segue o movimento atmosférico médio.
Cap VIII - 38
Controle da Poluição Atmosférica : Capítulo VIII - Meteorologia e Dispersão
Cap VIII - 39
Controle da Poluição Atmosférica : Capítulo VIII - Meteorologia e Dispersão
x
y
h (x, y, z)
Equação emissão pontual contínua ou clássica utilizada para o cálculo das concentrações
em um ponto de coordenadas (x, y, z).
⎡ ⎛ ⎞ ⎛ ⎞⎤
⎛ ⎞
Q ⎜ y² ⎟ ⎢ ⎜
⎢ exp ⎜ −
( z − H )² ⎟⎟ ⎜ ( z + H )² ⎟⎟ ⎥⎥
C = exp ⎜ − ⎟ × + α .exp ⎜⎜ −
(x , y , z ) 2 π uσ y σ z ⎜
⎝
2 σ 2y ⎟
⎠
⎢
⎢
⎜
⎜ 2σ
2 ⎟
⎟ ⎜ 2σ
2 ⎟⎥
⎟⎥
⎣ ⎝ z ⎠ ⎝ z ⎠⎦
onde:
Cap VIII - 40
Controle da Poluição Atmosférica : Capítulo VIII - Meteorologia e Dispersão
A primeira consideração a ser feita é que as hipóteses apresentadas são razoáveis para
cálculos de concentração sobre períodos variando de 10 minutos a uma (01) hora.
Os coeficientes de dispersão horizontal (σ y) e vertical (σ z) podem ser estimados utilizando-
se o modelo de Briggs (1974) ou de Pasquill-Gifford (ver ábacos na Figura 17). O tempo de
amostragem varia de 15 minutos a 1 hora e os resultados são válidos para distâncias de no máximo
10 km.
Como visto anteriormente, o sistema de classificação da estabilidade atmosférica mais
utilizado é o de Pasquill que define estados que vão deste o extremamente instável (Classe A) até o
extremamente estável (Classe G), passando pelo neutro (Classe D). O Quadro 8. 9 apresenta um
método prático para se determinar a estabilidade atmosférica em função da velocidade do vento e da
insolação durante o dia ou cobertura do céu durante a noite.
Os Quadro 8. 13 e Quadro 8. 14 apresentam os coeficiente de dispersão, para as classes de
estabilidade de Pasquill A - F, utilizados em modelos do EPA. As relações foram propostas por
Briggs e são válidas para médias de 10 minutos (há quem argumente que tb são válidas para são
Cap VIII - 41
Controle da Poluição Atmosférica : Capítulo VIII - Meteorologia e Dispersão
Quadro 8. 13 - Parâmetros de dispersão urbana por Briggs (para distâncias entre 100 e
10.000 M) - Média de 10 minutos.
Categoria σy σz
-0,5
A-B 0,32 x (1 + 0,0004x) 0,24 x (1 + 0,001x) -0,5
-0,5
C 0,22 x (1 + 0,0004x) 0,20 x
-0,5
D 0,16 x (1 + 0,0004x) 0,14 x (1 + 0,0003x) -0,5
-0,5
E-F 0,11 x (1 + 0,0004x) 0,08 x (1 + 0,0015x) -0,5
Cap VIII - 42
Controle da Poluição Atmosférica : Capítulo VIII - Meteorologia e Dispersão
Quadro 8. 14 - Parâmetros de dispersão para condições de campo aberto, por Briggs (para
distâncias entre 100 e 10.000 m) - Média de 10 minutos.
Categoria σy σz
A 0,22 x (1 + 0,0001x) -0,5 0,20 x
B 0,16 x (1 + 0,0001x) -0,5 0,12 x
-0,5
C 0,11 x (1 + 0,0001x) 0,08 x (1 + 0,0002x) -0,5
D 0,08 x (1 + 0,0001x) -0,5 0,06 x (1 + 0,0015x) -0,5
-0,5
E 0,06 x (1 + 0,0001x) 0,03 x (1 + 0,0003x) -1
F 0,04 x (1 + 0,0001x) -0,5 0,016 x (1 + 0,0003x) -1
Um parâmetro importante para a dispersão dos poluentes na atmosfera e que pode ser obtido
a partir do perfil térmico vertical é a altura da camada de mistura (ou altura da base da camada de
inversão térmica) e sua persistência em função do tempo.
Cap VIII - 43
Controle da Poluição Atmosférica : Capítulo VIII - Meteorologia e Dispersão
H 0,117 Q
σz = C =
2 (x,0,0)max Vσ y σ z
Cap VIII - 44
Controle da Poluição Atmosférica : Capítulo VIII - Meteorologia e Dispersão
concentração
Font
concentração
instantânea
média
Assim, o modelo gaussiano está baseado numa fórmula simples que descreve, de forma
tridimensional, a pluma gerada por uma fonte pontual de emissões, sob condições meteorológicas.
Cap VIII - 45
Controle da Poluição Atmosférica : Capítulo VIII - Meteorologia e Dispersão
1. Uma termoelétrica queima 200 ton de carvão por dia. O carvão contém 3,0% de S e 40% de
cinzas. Calcule a concentração de SO2 em μg/m3 a 1 km da chaminé. A velocidade do vento a 10m
de altura é de 4 m/s e a altura efetiva da chaminé é de 50 metros. (usar estabilidade classe D).
Qs = 3,6t / d = 41,6 g / s
QSO2 = 2 xQs = 83,2 g / s
Para uma distância de 800 m:
Considerando os parâmetros de dispersão de Briggs para campo aberto:
2. Para o problema anterior onde ocorrerá a máxima concentração de SO2 do nível do solo e qual o
seu valor em μg/m3?
Cap VIII - 46
Controle da Poluição Atmosférica : Capítulo VIII - Meteorologia e Dispersão
H 50
δz = = = 35,36m
2 2
x = 1200m
δy = 80m
0,117Q 0,117.83,2
C ( x,0,0) max = = = 575,45μg / m 3
u δyδz 5,98.80.35,36
π ⎝ Ts ⎠ 3,14 ⎝ 513 ⎠
Correção da velocidade do vento para a altura geométrica da chaminé:
0 , 25
⎛ 45 ⎞ H = Δh + h
u = V45 = ⎜ ⎟ .5 = 7,28m / s
⎝ 10 ⎠
Pensar em fazer a correção da velocidade do vento para a altura efetiva da chaminé para o modelo
gaussiano...
6. Uma indústria libera 580 ton/dia de calcopirita (CuFeS2) através de uma chaminé com 200 metros
de altura efetiva. A velocidade do vento a 10 m de altura é de 4 m/s. Considerar classe D de
estabilidade atmosférica. Considere os seguintes pesos atômicos: Cu = 63,5 g; S = 32 g; O = 16 g;
Fe = 55,8 g. Calcule as concentrações de SO2 para:
a) C(1 km, 0,0); C(5 km, 0,0); C(10 km, 0,0)
b) C(x máx, 0,0)
c) Área onde os padrões não são atendidos (Padrão para SO2 = 80 μg/m³ - média
anual; SO2 = 365 μg/m3 - máxima média de 24 horas)
Cap VIII - 47
Controle da Poluição Atmosférica : Capítulo VIII - Meteorologia e Dispersão
Solução:
a) C(1000,0,0)
2
⎛H⎞
Q −1 / 2.⎜ ⎟
C ( x, y , z ) = . e ⎝ δz ⎠ =
πuδyδz
δy = 0,08 x(1 + 0,0001x )− 0,5 = 0,08.1000(1 + 0,0001.1000)− 0,5 = 76,28m
δz = 0,06 x(1 + 0,0015 x )− 0,5 = 0,06.1000(1 + 0,0015.1000)− 0,5 = 37,95m
Q s = 202,51t / d = 2343,8 g / s
Q SO2 = 2 xQs = 4687 g / s
Correção da 0 , 25
⎛ 200 ⎞
velocidade do vento: u = V200 = ⎜ ⎟ .4 = 8,46m / s
⎝ 10 ⎠
2
⎛ 200 ⎞
4687 − 0 , 5⎜⎜ ⎟⎟
C (1000,0,0 ) = ⎝ 37 , 95 ⎠ ⇒ C (1000 , 0 , 0 ) = 0,057 μg / m
3
π .8,46.76,28.37,95 e
7. A máxima concentração de 1,7 x 10-3 mg/m3 é medida a 600 metros de uma fonte com uma altura
efetiva de 50 metros. As condições de estabilidade são do tipo C. Qual a taxa média de emissão
desta fonte em g/s? Considere a velocidade do vento = 3 m/s
Cap VIII - 48
Controle da Poluição Atmosférica : Capítulo VIII - Meteorologia e Dispersão
BRIGGS G.A. - A plume rise model compared with observations. J. Air Poll. Control Assoc., 15, 9,
433-438, 1965.
BRIGGS G.A. - Plume rise predictions. Lectures on Air Pollution and Environmental Impact
Analysis - chapter 3. Edition D.A.Haugen, Boston, M.A., USA, American Meteorologycal
Society, 59-111, 1975.
CRABOL B. - Methodes d’évaluation la dispersion des gaz dans l’atmosphère. Ecole des Mines
d'Alès, 72 p. 1995.
MURRAY D.R., SAMUEL S.C. et BOWNE N.E.- Use of a flutuating plume puff model for
prediction of the impact of odorous emissions. Proc. 71st Ann. Meeting of Air Pollution
Control Association, Houston, Texas, USA, 1978.
HANNA S.R. et DRIVAS P. - Guidelines for use of vapour dispersion models. Center for chemical
process safety, Institute of Chemical Engineers, New York USA, 177 p., 1989.
LORA, E. E.S. – Prevenção e controle da poluição nos setores energético, industrial e de transporte.
Editado pela ANEEL, 503 pg., 2000.
NEVERS, Noel de. Air Pollution Control Engineering. New York: Mc Graw Hill, 506 p., 1995.
STERN A.C. - Air pollution. Vol.1: Air pollutants, their transformation and transport. Academic
Press, New York, USA, 443 p., 1976.
TURNER D.B. - Proposed pragmatic methods for estimating plume rise and plume penetration
through atmospheric layers. Atmos. Environ., 19, 1215-1218, 1985.
Cap VIII - 49
Controle da Poluição Atmosférica : Capítulo VIII - Meteorologia e Dispersão
TURNER, D. Bruce. Workbook of atmospheric dispersion estimates.New York: Lewis, 2nd ed.,
182 p.,1994.
WARK, Kenneth; WARNER, Cecil F.; e DAVIS, Wayne T. – Air Pollution: its origin and control.
Edit. Addison-Wesley, Terceira Edição. Capítulo IV Dispersion of polluants in the
atmosphere.
ZANNETTI P. - Air pollution modeling. Ed. Van Nostrand Reinhold, N.Y., USA, 717 p., 1990.
AGRADECIMENTOS
Este capítulo foi possível graças ao apoio do CNPQ na forma de bolsa pós-
doutoral do autor principal.
Cap VIII - 50
Controle da Poluição Atmosférica : Capítulo VIII - Meteorologia e Dispersão
ANEXO
Altura efetiva da chaminé: MODELO DE BRIGGS
* Esta equação é válida para emissões com um peso molecular e calor específico próximos
daqueles do ar (Briggs, 1975).
**Para chaminés não circulares o valor R o
2
é substituído pela área da seção transversal dividida
por π (TURNER, 1985; ZANNETTI, 1990).
Cap VIII - 51
Controle da Poluição Atmosférica : Capítulo VIII - Meteorologia e Dispersão
⎛ 1,6.Fo 1 / 3 .x 2 / 3 ⎞
Δh = ⎜ ⎟f
⎜ u ⎟
⎝ ⎠
onde,
Δh – altura do eixo da pluma acima da altura de emissão (m);
Fo - Fluxo de empuxo de Arquimedes (compatível com a quantidade de calor liberada) ( m4.s-3);
x - Distância do ponto de cálculo à chaminé sobre o eixo x (m);
u - velocidade do vento média (ms-1);
f - facteur correctif [sans dimension].
Esta lei foi confirmada por dados experimentais obtidos em túnel de vento. Ela fornece boas
estimativas da sobreelevação de uma pluma para 90% das situações no terreno (BRIGGS, 1975).
.x * 2 / 3 ⎡ 2 16 x 11 ⎛ x ⎞ ⎤ ⎛
1/ 3 2 −2
1,6.Fo 4x ⎞
Δh( x ) = ⎢ + + ⎜ ⎟ ⎥.⎜1 + ⎟
u ⎣⎢ 5 25 x * 5 ⎝ x * ⎠ ⎦⎥ ⎝ 5 x * ⎠
Condição geral: B - para plumas onde predomina a velocidade de saída na chaminé - jatos
(quando Ts ≅ T). Predominância da quantidade de movimento.
(ZANNETTI, 1990)
Cap VIII - 52
Controle da Poluição Atmosférica : Capítulo VIII - Meteorologia e Dispersão
2 2 ρs 2
Fm = vs rs ≈ v 2 rs
ρ
Esta última equação é válida quando a densidade dos gases de saída na chaminé (ρs ) é
similar a do ar (ρ) - caso geral.
g ⎛∂ θ ⎞ ∂θ Δ T
S= ⎜ ⎟ onde: = -σ Ta = temperatura ambiente
Ta ⎝ ∂ z ⎠ ∂z Δz d
∂ θ / ∂ z = gradiente de temperatura potencial
ΔT
⇒ gradiente vertical de temperatura ou diferença de temperatura do topo da chaminé
Δz
ao topo da pluma, dividido pela altura da pluma. Na falta de conhecimento do
gradiente vertical de temperatura os dados do Quadro 8. 15, que concerne a
latitudes médias e um ar seco, podem ser utilizados.
Cap VIII - 53
Controle da Poluição Atmosférica : Capítulo VIII - Meteorologia e Dispersão
⎛ F 1/ 4 ⎞
Δh = 5⎜ o3/8 ⎟
⎜ ⎟
⎝S ⎠
C.2 - Para condições onde predomina a velocidade de saída (jato):
⎛ F 1/ 4 ⎞
Δh = 4,0⎜ m1/4 ⎟
⎜ ⎟
⎝S ⎠
onde S [s-2] é o índice de estabilidade da atmosfera
Cap VIII - 54