262 - ReabilitaYYo Entorse de Tornozelo PDF
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Resumo
O presente trabalho tem por objetivo observar os aspectos biomecânicos e
anatomofisiologicos da lesão de entorse de tornozelo, para assim poder elaboramos a
melhor forma de reabilitação dessa lesão, que é muito comum no dia a dia da
população em geral, desde atletas a pessoas ditas comuns. Foi realizada uma revisão
bibliográfica nas bases de dados SCIELO, LILACS, BIREME, PUBMED e GOOGLE
ACADEMICO utilizando como termos de procura as palavras Fisioterapia,
Reabilitação, Tratamento, Entorse de Tornozelo bem como pesquisas em livros. Os
resultados deste estudo mostram que o tratamento conservador pode ser usado em
todos o graus da lesão, que o tratamento cirúrgico não leva o paciente a uma melhora e
volta a atividades da vida diária mais rápida e que o trabalho proprioceptivo é de suma
importância para a reabilitação completa do individuo lesionado.
Palavras-chave: Reabilitação; Tratamento, Entorse de tornozelo.
1. Introdução
O complexo articular do pé e do tornozelo é um arranjo musculoesquelético sofisticado,
desenhado para facilitar várias funções com e sem sustentação do peso (DUTTON,
2010).
As entorses do tornozelo são provavelmente a lesão mais comum no universo da
patologia musculoesquelética (MOREIRA E ANTUNES, 2008).
De acordo com Schenck (2003), citado por Tomerak (2005) os entorses laterais de
tornozelo são mais frequentes e comuns, e 85% destas, são entorses de inversão dos
ligamentos laterais. As entorses de eversão dos ligamentos deltóide e medial constituem
cerca de 5% das entorses do tornozelo, e as lesões nas sindesmoses respondem pelos
10% restantes.
Kisner e Colby (2005) relatam que o pé, deve ser capaz de adapta-se para absorver
forças e acomodar-se a superfícies irregulares e, também, deve ser capaz de tornar-se
uma alavanca estrutural rígida para fazer a propulsão do corpo à frente durante a
caminhada e a corrida.
Segundo Silva et al (2012) a torção de tornozelo é uma das doenças mais frequentes nas
emergências ortopédicas.
Hall (2009) fala que como o tornozelo e o pé desempenham funções essenciais durante
a locomoção, as lesões que acometem essa região podem limitar muito a mobilidade.
Oitenta a 90% das entorses de tornozelo ocorrem como resultado de do mecanismo de
flexão plantar e inversão, de acordo com James (2000).Segundo Dutton (2010) a entorse
de tornozelo é definida como uma lesão que alonga as fibras do ligamento. Lesões de
Ligamento do tornozelo constituem de 4,7% a 24,4% de todas as que ocorrem em
esportes e atividades individuais, e de 10 a 28% de todas as que ocorrem em esportes de
corrida e de saltos. Ocorre com maior frequência nos atletas de futebol, basquete e
vôlei, correspondendo a cerca de 10% a 15% de todas as lesões do esporte
(RODRIGUES e WAISBERG, 2008)
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Pós-graduando em Ortopedia e Traumatologia com ênfase em terapias manuais
2
2. Estruturas do tornozelo
Kisner e Colby (2005), falam que os ligamentos, e os músculos do tornozelo e do pé são
projetados para promover estabilidade bem como mobilidade às estruturas distais do
membro inferior.
2.2 Articulações
2.3 Ligamentos
2.4 Musculatura
Os músculos tibial anterior, extensor logo dos dedos e fibular terceiro são os principais
músculos que realizam a flexão dorsal do pé. O músculo extensor longo do halúx
também auxilia na flexão dorsal (HALL, 2009).
4. Etiologia
- o maléolo lateral projeta-se mais distalmente que o maléolo medial, porduzindo menos
obstrução óssea à inversão do que à eversão.
Segundo Hurwitz et al (2001), citado por Tomezak (2005), estima-se que as lesões por
inversão do tornozelo ocorram à razão de uma para cada 10 mil pessoas por dia. Isso é
compatível com cerca de 27 mil entorses do tornozelo que ocorrem diariamente.
Entorses de tornozelo são mais comuns entre os homens em geral, mas parece não haver
diferença de sexo na incidência de entorses de tornozelo. Os entorses sofridos no
tornozelo predispõem a novos entorses e a sintomas residuais em até 40% das vezes.
5. Sintomas
- tumefação,
- hipersensibilidade localizada,
Segundo Dutton (2010), nenhum sintoma simples ou teste pode fornecer um diagnostico
completamente preciso de ruptura de ligamento de tornozelo lateral, mas o conjunto de
achado pode ser fortemente indicativo:
- ausência de edema na ocasião do exame tardio (quatro dias) sugere que não há ruptura
de ligamento, enquanto o edema extensivo é indicativo de ruptura.
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6. Diagnostico
A necessidade de exames complementares para entorse de tornozelo baseia-se na
suspeita de fraturas associadas. A ressonância magnética pode ser indicada nos casos de
persistência da dor após três meses da lesão inicial, com o objetivo de investigar lesões
associadas, como osteocondral, do impacto ântero-lateral e identificar lesões
ligamentares crônicas (RODRIGUES e WAISBERG, 2008).
7. Grau da Lesão
A entorse do tornozelo pode evoluir com complicações, com vários graus de limitação
funcional (RODRIGUES e WAISBERG, 2008).
ESTADO DOR/ FROUXIDÃO
GRAU GRAVIDADE ACOMETIMENTO TUMEFAÇÃO
FUNCIONAL HIPERSENSIBILIDADE LIGAMENTAR
I Ligeira Em geral apenas A Variável, Ligeira, dor localizada Gaveta
TFA manutenção porém sobre a TFA anterior e
da geralmente inclinação
integridade ligeira talar negativas
articular
produz
incapacidade
funcional
mínima
II Moderada TFA e CF Incapacidade Variável, Dor e Frouxidão
moderada, porém mais hipersensibilidade evidente,
com que no grau moderada sobre os porém com
dificuldade I, e equimose ligamentos acometidos pontos
da marcha resultante terminais
com o apoio distintos ao
no calcanhar estresse
e nos
artelhos
III Grave TFA e CF; Incapacidade Antero- Hipersensibilidade Gaveta
possivelmente funcional, lateral e acentuada à palpação anterior e
TFP com perda de espalhando- inclinação
adm e se talar positivas
incapacidade difusamente
completa de ao redor da
sustentar o articulação
peso
TFA, ligamento talofibular anterior; CF, ligamento calcaneofibular; TFP, ligamento talofibular posterior;
ADM, amplitude de movimento.
8. Fatores de risco
Moreira e Antunes (2008) Descrevem como principais factores de risco, para além das
alterações anatómicas predisponentes (dismetria dos membros inferiores, laxidez
ligamentar, insuficiência peroneal, calcaneo varo, antepé valgo e pé equino), história
pregressa de entorse, nomeadamente de repetição, e os desportos que envolvem
movimentos de impulsão/salto e corrida.
tratamento de entorses de grau I e II, e entorses altas do tornozelo, sendo que, em geral,
os pacientes permanecem assintomáticos e funcionalmente estáveis com o passar do
tempo. O
tratamento cirúrgico comparado ao tratamento conservador não mostrou superioridade
no retorno precoce à atividade física, apenas parece evoluir com menor instabilidade
residual. O tratamento deve ser feito de forma individualizada, avaliando-se
cuidadosamente os riscos, que são maiores no tratamento cirúrgico. Portanto, a
preferência é dada ao tratamento conservador para as lesões agudas, com atenção a
pacientes que possam permanecer sintomáticos (RODRIGUES e WAISBERG, 2008).
A intervenção inicial abrange crioterapia, compressão e elevação para auxiliar na
redução da dor, do edema e de efeitos hipóxicos secundários.
A mobilização precoce permite o retorno mais precoce da função sem qualquer aumento
da dor, dos sintomas residuais ou da taxa de novas lesões. Os exercícios isométricos
também são indicados durante essa fase para minimizar ou retardar a atrofia (JAMES et
al 2000). A
propriocepção é considerada como uma variação especializada da sensibilidade ao tato que
engloba a sensação de movimento articular (cinestesia) e de posição articular.
Um programa de fisioterapia bem estruturado com fortalecimento dos perônios e
treinamento proprioceptivo, alongamento e aparelhamento ou imobilização funcional
pode aliviar os problemas em muitos pacientes. (Renström e Lynch, 1999).
Órteses e enfaixamentos são duas medidas profiláticas utilizadas com frequência para
proteger os tornozelos de entroses durante a atividade esportiva (HALL, 2009).
10. Metodologia
Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, fundamentada em livros nacionais e
internacionais, periódicos, e bancos de dados da área da saúde da internet, tais como:
Medline, Pubmed, Lilacs, Google Acadêmico e Scielo. Utilizou-se como palavras-
chaves: entorse de tornozelo, fisioterapia, tratamento, reabilitação.
Os critérios de inclusão foram artigos publicados entre janeiro de 1991 e dezembro de
2013.
11. Resultados e Discussão
12. Conclusão
Sem o devido tratamento as lesões no tornozelo podem causar instabilidade crônica nos
pacientes e/ou atletas, bem como sem a devida avaliação da causa da lesão o
fisioterapeuta não terá como fazer da melhor forma o plano de tratamento. Na fase
aguda da lesão e pós-operatório imediato a crioterapia mostrou-se eficaz no tratamento
no edema e redução da algia. Na fase aguda aconselha-se o uso de bandagens funcionais
para melhor estabilização. Reabilitar priorizando ou tendo como parte especifica o
trabalho de propriocepção deve ser feito em todos os casos de entorse de tornozelo para
assim evitar novas lesões, pois é um fator importante na reabilitação, nesses casos.
Deve-se associar cinesioterapia ao tratamento para fortalecimento da musculatura
envolvida. Conclui-se que o tratamento fisioterapeutico pode ser usado em todos os
graus da lesão e que o tratamento cirúrgico não leva o paciente a uma melhora e volta a
atividades da vida diária mais rápida Há vários trabalhos relacionados ao tema que
podem tirar duvidas e auxiliar os diagnósticos, prevenção e tratamento da entorse de
tornozelo.
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Referencias
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