Cinetica e Reatores Martin
Cinetica e Reatores Martin
Cinetica e Reatores Martin
CINTICA
EAplicao
REATORES
na Engenharia Qumica
teoria e exerccios
. .,
Martin Schmal
4:;6 . ;UI .,>3ar._s r^tPs!s&+ :^. : y ..:.awao ..mi, s.
CIP-BRASIL. CATALOGAO-NA-FONTE
SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ
Aos meus pais, pela formao e incentivo.
S372c
minha esposa Vitria, pela compreenso, apoio,stmulo, pacincia e amor.
Schmal, Martin
As minhas filhas, Thaiz e Alice, e a meu genro, Rodrigo, pela motivao.
Cintica e reatores : aplicao na engenharia qumica : teoria e exerccios / Martin Schmal. Rio de Janeiro :
Synergia : COPPE/UFRJ : FAPERJ, 2010.
E, em especial, aos meus netos, Camille, Sophie e Heitor, que tornam a vida mais bela.
Apndice.
Inclui bibliografia
ISBN 978-85-61325-41-1
SYNERGIA
Prefcio
A publicao deste livro preenche uma lacuna existente na bibliografia disponvel para os
estudantes dos cursos de graduao e ps-graduao em Engenharia Qumica. Os temas
de Cintica e Reatores, tratados neste livro, tm inmeras aplicaes na indstria petro-
qumica, em especial na grande utilizao de reatores catalticos que servem para aumentar
a produtividade dos processos petroc1 ,micos.
A publicao deste livro resultou de anos de experincia do Prof. Martin Schmal
no Programa de Engenharia Qumica do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Ps-graduao
e Pesquisa de Engenharia (COPPE) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
O Prof. Martin Schmal referncia mundial na rea de Catlise e recentemente recebeu
o ttulo de Professor Emrito da UFRJ por sua destacada atuao no magistrio, em
especial pelo desenvolvimento de pesquisas avanadas na rea de Catlise e na formao
de recursos humanos qualificados que hoje atuam em centros de excelncia do Pas e do
exterior.
A trajetria profissional do Prof Martin Schmal marcante, destacando-se pela sua
excelente produo cientfica. At o momento, orientou mais de 90 dissertaes de Mes-
trado e teses de Doutorado e publicou mais de 180 artigos em peridicos internacionais.
Tambm publicou mais de 220 artigos em anais de congressos nacionais e internacionais.
Mas o principal legado de sua carreira profissional a formao de recursos humanos
altamente qualificados, que hoje atuam tanto na indstria quanto nas universidades e
centros de pesquisa de todo o Pas. Assim, a publicao deste livro sobre Cintica e Rea-
tores estende a contribuio do Prof. Martin Schmal a geraes futuras de estudantes da
Engenharia Qumica.
A atuao do Prof. Martin Schmal no desenvolvimento de projetos aplicados para a
indstria qumica, em particular no desenvolvimento de novos catalisadores, tambm merece
destaque. H anos os pases industrializados buscam catalisadores eficientes para diferentes
aplicaes industriais. Percebendo a necessidade de atender a essa demanda, por incentivo
,do Governo Federal, o Prof Schmal criou, na dcada de 1990, o Ncleo de Catlise
(NUCAT) do Programa de Engenharia Qumica da COPPE/UFRJ. O NUCAT uni centro
de excelncia para o desenvolvimento de pesquisas fundamentais e aplicadas, visando
prestao de servios relevantes indstria qumica nacional e ao apoio a grupos universi-
trios e centros de pesquisa nacionais. Atualmente, o NUCAT dispe de modernos labora-
rtrios de preparao, avaliao e caracterizao de catalisadores, especializado num conjunto
de tcnicas que possibilitam o entendimento e o aprimoramento de novos materiais.
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Nomenclatura
Subndices
A,B Reagentes e produtos
e Equilbrio
f Formao final
g Gs Sumrio
Componente de reao
n Nmero de reatores 1
Reao
o Propriedade no tempo t = 0
Propriedade no tempo
PARTE 1 CINTICA
Captulo 1 Definies e estequiometria, 3
1.1 Variveis de medida. 4
1 Clculo das variveis de medida, 6
1.2.1 Grau de avano, 6
1.2.2 Converso, 7
1.3 Sistemas contnuos, 110
1.4 Presses parciais, 11
1.5 Mtodo da presso total, 12
1.6 Grandezas genricas, 13
1.7 Problemas resolvidos, 14
Captulo 2 Equilbrio qumico, 19
Captulo 3 Cintica de reaes, 29
3.5.2 Reaes irreversveis a volume varivel, 63 3.12 Cintica de reaes complexas, 178
3.5.2.1 Irreversvel de primeira ordem, 63 3.13 Noes elementares da teoria das colises, 185
3.5.2.2 Reaes irreversveis de 2a ordem, 64 3.14 Exerccios resolvidos: cintica, 193
3.5.3 Reaes irreversveis de ordem n mtodo da meia-vida, 66 3.15 Exerccios propostos: cintica, 218
3.5.4 Reaes reversveis a vedume constante, 71
3.5.4.1 Reao elementar de primeira ordem direta e reversa, 72
PARTE 11 REATORES
3.5.4.2 Reao elementar de 2a ordem direta e 2a ordem reversa, 73
3.5.5 Determinao dos parmetros cinticos pelo mtodo diferencial, 79 Captulo 4 Reatores
3.6 Reaes mltiplas , 88
Introduo, 229
3.6.1 Reaes em srie, 89
4.1 Tipos de reatores, 233
3.6.2 Reaes em paralelo, 92
4.2 Definies e noes de tempo de residncia, 233
3.6.3 Sistemas contnuos, 96
4.3 Reatores ideais, 241
3.7 Reaes no elementares, 100
4.3.1 Reator batelada, 243
3.7.1 Modelo cintico clssico, 103
4.3.2 Reator tanque contnuo, 251
3.7.2 Reaes em cadeia, 105
4.3.3 Reatorlubular contnuo (PFR), 259
3.7.3 Teoria do estado de transio, 105
3.7.4 Reaes do tipo craqueamento trmico, 111 4.4 Reatores no isotrmicos ideais, 273
3.8 Cintica de reaes de polimerizao, 114 4.4.1 Reator adiabtico, 281
3.8.1 Reaes por adio de radicais, 115 4.4.2 Reator batelada, 281
3.9 Reaes enzimticas, 124 4.4.3 Batelada adiabtico, 282
3.9.1 Modelo cintico, 125 4.4.4 Anlise dos efeitos trmicos, 283
3.9.2 Determinao dos parmetros cinticos, 127 4.5 Reatores especficos, 297
3.9.3 Efeito de inibidores externos, 132 4.5.1 Reatores semibatlada, 297
3.9.4 Cintica de fermentao biolgica, 136 4.5.2 Reator de reciclo, 302
3.9.5 Balano de massa, 138 4.5.3 Reator de leito fixo pseudo-homogneo, 306
3.10 Cintica de reaes heterogneas, 140 4.5.4 Reator com membranas, 311
3.10.1 Fenmenos externos ao catalisador, 141 4.6 Comparao de reatores, 316
3.10.2 Fenmenos difusivos internos, 143 4.6.1 Comparao de volumes, 316
3.10.3 Fenmenos de adsoro-ddsoro, 146 4.6.2 Produtividade, 323
3.10.4 Isotermas de adsoro, 150 4.6.3 Rendimento/seletividade, 325
3.10.5 Modelos de adsoro, 151 4.6.4 Rendimento global, 327
3.10.6 Reao qumica heterognea, 157 4.6.5 Reaes em srie, 335
3.10.6.1 Modelo de Langmuir-Hinshelwood-Hougen-Watson (LWHW), 157 4.7 Combinao de reatores, 338
3.10.6.2 Modelo cintico de Eley-Rideal, 160 4.7.1 Reatores em srie, 341
3.10.6.3 Efeito da temperatura e as energias envolvidas, 161 4.7.2 Reatores em paralelo, 347
3.10.7 Determinao das constantes, 161 4.7.3 Taxa de produo nos reatores em srie, 348
3.10.8 Reaes heterogneas no catalisadas, 165 4.7.4 Rendimento e seletividade em reatores em srie, 348
3.11 Reaes em fase lquida, 171 4.8 Reao e difuso intraparticulares poros, 368
3.11.1 Solues lquidas, 172 4.8.1 Fator de efetividade, 372
3.11.2 Reaes cido-base, 176 4.8.2 Efeitos da difuso intrapartcula sobre os parmetros experimentais, 377
XX i CINTICA E REATORES M. SCHMAL
oJ
D
H
Cl-
o es e estequiometria
Reaes simples: ocorrem numa etapa simples e podem ser elementares ou no. Se a
ordem de reao coincide com a estequiometria a reao simples e elementar.
Reaes complexas: ocorrem vrias reaes simultaneamente em paralelo, em srie
ou combinadas.
Exemplos
1. Hidrlise do anidrido actico:
2. Decomposio do acetaldedo: de um componente com o tempo ou a posio no reator, dependendo do sistema onde a
CH 3 CHO - CH, +CO reao feita. As concentraes dos outros componentes podem ento ser calculadas a
CAt,5
partir dessa varivel de medida.
Cintica: irreversvel e de ordem fracionria = taxa - no elementar onde
Em um sistema fechado (batelada) esta propriedade varia com o tempo de reao.
A = CH3 CHO
Em um sistema aberto (contnuo) varia com a posio ou com o tempo espacial. Neste caso,
entende-se como tempo espacial a razo entre o volume ou massa do sistema (reator) e o
3. Sntese da amnia:
fluxo da mistura na entrada. O esquema a seguir mostra os dois sistemas (figura 1.1).
N,+3H Z
2NH 3
Agitador Amostra
Presso
Cintica: reversvel e de ordem fracionria = taxa C x C; x C,- E,' 5
no
elementar
Espectroscopia: medem-se os. comprimentos de onda, de luz, visando a determinar as Note-se que neste caso o grau de avano urna varivel extensiva, medida em moles.
concentraes dos componentes. Os instrumentos mais utilizados so: infravermelho, Tendo a, pode-se determinar o nmero de moles instantneo ou local de cada componente:
ultravioleta, refletncia difusa etc., que, com seus comprimentos de onda em faixas
caractersticas, permitem ser detectados. Essas propriedades so proporcionais s con- nA = nAO -aa
centraes dos componentes e podem ser relacionadas com os respectivos-fatores de ne = nso - ba
converso. nR = nRO + ra
Condutividade eltrica: solues contendo ons H- e OH- possuem condutividade ns = nso + sa 1.3
por:
Em um sistema a volume constante, a converso pode ser expressa em funo da
a = nAo - nA = nso - nR _ n
nR - = ns - nso
RO 1.2 concentrao e, portanto,
a b r s
XA= C AO -CA 1.7
em que a, b, r e s so os respectivos coeficientes estequiomtricos da reao. 1
C.40
~:}M;r} 1 F:.1 3 Y k , di4..Y..
Tendo a converso, pode-se determinar o nmero de moles ou a concentrao de em que XA a converso (equao 1.5) e YAO a frao molar inicial de A.
cada componente, conhecendo-se a estequiometria da reao. Logo, em analogia com o
grau de avano, tem-se para uma reao do tipo: Define-se o termo
Av
EA = YAO
aA + bB rR + sS
n a Ao (1 XA )
=n ouaV = cte Ca =CAO (1XA ) como fator de contrao ou de expanso, conhecido como EA, indicando a variao de
nB
= neo (b / a)n AO XA CB= CBO ( b/a ) C volume do sistema de reao.
AO XA
11R_ nRO +(r/a)nAO XA CR= CRO + ( r/a
) C AO X A Substituindo-se Ova na equao 1.12 e considerando-se que
Cs = ns= nSO +(s/a)n AO XA +(s / a)CAO XA
Cso 1.8
Note-se que para um sistema a volume varivel, deve-se considerar a variao total n= POV ,
do nmero de moles. Assim, por exemplo, numa reao do tipo: A + 3B > 2R, o nmero RT
de moles totais dos reagentes 4 e o dos produtos 2. Portanto, h uma contrao de
obtm-se, para um sistema presso e temperatura constantes, a variao de volume do
volume. Nesse caso, para expressar as concentraes em funo da converso necessrio
sistema em funo da converso, ou seja,
levar em considerao esta variao de volume. Utilizando a lei dos gases ideais, tem-se
o nmero de moles total:
V=VO (1+E A XA ) a PeT=cte 1.13
PV
n= 1.9
RT Portanto, o fator EA ser definido como a razo entre a variao total de volume da
reao e o volume inicial. Logo,
Pela soma do nmero de moles de cada componente, conforme a equao 1.3, EA = 1.14
obtm-se o nmero de moles totais em funo do grau de avano a:
Vx, ,= 0
n = no+(r+sab)a 1.10 Se nas reaes em fase gasosa EA for positivo, haver expanso, caso contrrio,
Faz-se (r + s a b) = Av, o que indica se h contrao ou expanso. Note-se que haver contrao de volume. Quando for nulo, no haver variao de volume. Nas reaes
r, s, a e b so os coeficientes estequiomtricos dos produtos e reagentes, respectivamente,
em fase lquida EA = O.
e no = nAo + nAO + nRO + nso o nmero total de moles iniciais. Logo, A variao de volume nas condies no isotrmicas deve ser corrigida pela tem-
peratura. Para condies no ideais corrige-se pelo fator de compressibilidade Z. Assim
sendo, a equao 1.13 transforma-se em:
n = no +Ava 1.11
T
V=V o (1+E , ir,) 1.15
Substituindo-se a equao L9 na equao 1.11 obtm-se: To ZO
PV Po VO Nota-se que o volume varia com a converso do reagente limitante A, mas pode
= +Ava 1.12
RT RT variar com qualquer outro componente. Somente nas condies equimolares que EA = EB
No entanto, para qualquer outra condio, eles so diferentes. Para o mesmo volume total
sabe-se que:
Em funo da converso: substitui-se a pela equao 1.2 e rearranjando, obtm-se:
V =VO (1+E A X A )=Vo (l+E B X B )
Ava=AvnAO nA no nAo
a no n40 Logo,
4v EAXA = E B X B 1.16
Ava= XA y AO no
a
co Sabe-se, pela lei dos gases, que a presso parcial funo da presso total, pA = yA P. Por-
ACBO Produtos tanto, conhecendo-se as fraes molares do sistema, aberto ou fechado, podem-se determi-
vo nar as presses parciais de cada componente. Considerando novamente a reao qumica:
Define-se fluxo molar local em relao ao componente A, como F = CAV (moles/h), aA+bB +rR
onde v o fluxo volumtrico [L/h]. O fluxo molar na entrada ser F40 = CAOVO. Para qual-
quer outro componente, reagente ou produto, tm-se analogamente, FB, FR. Note-se, O balano de nmero de moles ser:
porm, , que o fluxo volumtrico local em um sistema a volume varivel no constante e
varia com o fator de contrao ou expanso. Neste caso, em um sistema presso e tem- Moles iniciais: nAo nBo nR0 no (totais iniciais)
peratura constantes, tem uma expresso anloga equao 1.13, para o fluxo volumtrico, Moles em t qualquer: nA nB nR n = no + Ava
ou seja,
Moles reagidos: nAO _ aa nBo _ (b/a) a nRo + (r/a)a
v=vo (I+E A XA ) 1.17
Tm-se as fraes molares:
nA ,
Logo, considerando-se que a concentrao local varia com A, j que C4= v
tem-se:
nAO aa x n0O (b/a) a x n 0O +(r/a)a 1.22
FA=nv= nAO AXA ) nO +Ava no+Ova nO +Ava
vo( 1+E A X A) = F4O( 1X.4)
V VO(1+
em que FAO = CAO VO . Podem-se tambm determinar as fraes molares em funo da converso, utili-
zando-se a equao 1.2, e o fluxo molar, sabendo-se que:
Consequentemente, calculam-se as presses parciais de cada componente. Consideremos novamente uma reao genrica do tipo:
aA + bB + rR
1.5 MTODO DA PRESSO TOTAL
Em um sistema em fase gasosa e a volume constante acompanha-se a reao pela formao e, seja GI uma grandeza caracterstica de cada componente. Portanto,
de produtos e a variao da presso total. A presso uma medida direta em um sistema
fechado. Determinam-se igualmente as presses parciais em funo da presso total, G = GAnA + GB nB + GR nR 1.27
conhecendo-se as fraes molares parciais. Para uma reao em fase gasosa do tipo:
Mas, considerando o nmero de moles em funo do grau de avano (equao 1.3),
aA + bB -* rR tem-se:
PA = YAP Vem
G=GO +AGa 1.28
pela lei dos gases ideais
sendo,
RT = nA0 ` aa RT Go = GAOnAO + Geonao + GRO nRo
PA =
V
Substituindo a, usando-se a equao 1.11, = n = no + Ava e sabendo-se que e
AG =GR r[G 4 a+Geb]
PAO = 2 RT , calcula-se a presso parcial de A.
Em uma reao reversvel em equilbrio, tem-se a = ae e, portanto, G = Ge. Subs-
a (n n0) tituindo na equao 1.28, obtm-se AG:
PA = PAO Av RT
v
AG = G G0
Como as presses totais iniciais e em um tempo t so Po e P, respectivamente, vem: determina-se a em funo das grandezas G,
Substituindo AG na equao 1.28,
conforme,
PA = P,0 - P-P 1.25 a GGO
Av ( o) 1.29
ae G, GO
Em relao ao produto, muda-se somente o sinal () para (+), ou seja, ou em funo da converso:
XA_G - GO
1.30
PR = PRO + Av ( PPO) 1.26 XAQ G, - GO
Se a reao irreversvel; sabe-se que XA, = 1 e Ge = G = 0, quando a grandeza Considerando o volume e a temperatura constantes
est relacionada ao reagente. Portanto, para reaes irreversveis, simplifica-se para:
P.a = CA RT,
G G
X = G 1.31
o logo, pela equao 1.7 vem:
ou Ge = G e Go = O quando relacionada ao produto: XA =
CAO CA = PAO PA
E1.4
XA = G 1.32
Substituindo pA da equao E1.1,
CAO PAO
A reao irreversvel e em um tempo suficientemente longo a presso total atingiu b) Considerando P = 9 mm Hg, a converso XA = 0,44, a variao de volume ser, de
31,5 mm Hg. acordo com a equao 1.13,
0=7,5Q
v (31,59) EA = 2,5
A--4R El .3
hn-,
Soluo
Clculo das converses pela equao 1.7:
aA + bB rR + sS
A variao de energia livre com a temperatura e presso para um sistema aberto ser:
dG=O
^.1 kkrL% g _f^'N- ler `t?i:L? e,2 Lt.fl!'!
rt `X -M ^?tk ^: `et 3..
rim
portanto,
AG= AH- TAS 2.9
^dn =0 2.2
Substituindo-se a equao 2.9 em 2.7 , obtm-se:
o potencial qumico para gases ideais, em funo da presso parcial definido por: (As /
K = exp exp
i = +RT In pi
R RT 2.10
vem: Esta a equao de van't Hoff, em que o termo exp (ASo/R) independe da tempe-
RTa In pi =-^ai i 2.3 ratura, e sim da entropia do sistema. Genericamente, a constante de equilbrio depende da
temperatura, conforme a equao:
por definio, a energia livre total de Gibbs : AH
K=K exp 2.11
RT
G _ ni = ( n +a1 a) A variao de entalpia Afio conhecida nas condies-padro. A variao da cons-
com a, o grau de avano, definido pela equao 1.2: tante de equilbrio com a temperatura tambm pode ser determinada, derivando-se a
equao 2.11.
nj0 -n.
a= - d lnK AH
a^ 2.12
dT RT'
Derivando em relao a a, o btm-se:
Para reaes reversveis, um aumento ou diminuio da temperatura tende a influen-
3G ciar diretamente sobre a constante de equilbrio, mas depende se a reao exotrmica ou
= 2.4
aa > i ai =AG
endotrmica. Quando a reao exotrmica AH < 0, um aumento da temperatura favorece
a reao no sentido reverso, pois K 1, e ao contrrio para reaes endotrmicas.
A entalpia de reao varia com a temperatura e depende do calor especfico de cada
Portanto, substituindo a equao 2.4 em 2.3, vem:
componente. Para gases ideais, o calor especfico varia segundo uma funo polinomial,
ou seja:
AG
= 1, a. In p. - ai In pi 2.5
= a1 +f3 1 T +y 1 T' 2.13
RT produtos reagentes
cpi
em que agi, (31 e-yi, so constantes de cada componente gasoso nas condies ideais.
Para uma reao do tipo: aA+bBrR+sS , vem:
A entalpia de cada componente variando com a temperatura ser:
T
PRPs = exp (-AG K 2.6
H. = f cp dT
PAPO RT T
r0
AG = - RTInK 2.7
e a variao de entalpia da reao aA + bB rR + sS ser dada por:
sendo,
AH = Entalpia de reao total : ( Hp,o,e1O, - Hreagentes
PRPs
o b
=K 2.8
PAPE ou seja:
T
Wl
22 1 PARTE 1: CINTICA 1 M. SCHMAL CAPTULO 2: EQUILBRIO QUMICO M. SCHMAL 1 23
A R
A fim de obterem-se os valores de converso e a composio das espcies j no
equilbrio termodinmico para a reao, feita uma simulao que leva em considerao Pela definio de constante de equilbrio, em funo da concentrao, vem:
a possvel existncia de produtos da reao A^ produtos .
No estudo termodinmico de uma reao utiliza-se tambm o software HYSYS CRe _ X,,e
verso 3.1, mdulo reator de Gibbs, com o pacote termodinmico Peng-Robinson e o CA,, 1-X ,, e
mtodo da minimizao da energia livre de Gibbs do sistema, i.e., minimizao de G, dada
pela equao Portanto, a converso de equilbrio pode ser calculada:
n) alkAk =0
E2.2No exemplo anterior, determine a converso de equilbrio em funo da tempera-
tura conhecendo a constante de equilbrio em funo da temperatura, ou seja:
Exemplos
9.060
E2.1 Determine as concentraes de equilbrio da converso do cido hidroxibutrico InK = - 27,4
T
em soluo diluda, ou seja:
Soluo
CH2 Partindo da equao do problema anterior:
CH3 -CH2-CH2-000H CH2-CH2-C=0 + H20
K= `Y" = Koe- e
1 Oi 1-X A,
em que,
A concentrao inicial do cido a 25C de 0,182 mol/L e a constante de equilbrio 2,68.
AH 9.060
Soluo RT T
Como a soluo diluda com excesso de gua, podemos admitir uma reao reversvel e
direta e reversa de primeira ordem, ou seja:
Ko = e -27,4 = 1,186 x 10- t2
Chamando CH3 -CH2 -CH2 -COOH = A
. ' ^-.F
J{ J .Yai ia..LY 1GY!'ki a5
_^.^y Y.:.S'^7F t :`tin>uwKKiLi -
0,6 -
Exotrmica
0,4 -
0,2 -
0,0 -
Temperatura (C)
A frao molar das espcies envlvidas na oxidao parcial de CH4 em funo da tem-
0,07 -
peratura, para a composio de entrada CH4 /0 2 /He = 2/1/8, foi calculada e apresentada
na figura E2.3.1 3,4 . Em temperaturas inferiores a 400C, CH4 convertido predominan- 0,06 -
temente a CO2 e H2O, o que indica que a reao mais provvel de ocorrer a oxidao
total do metano, altamente exotrmica. No entanto, outras reaes de oxidao subes- 0,05 -
tequiomtricas podem sobrevir. importante tambm notar que a frao molar de 02 0,04 -
nula em toda a faixa de temperatura analisada, pois no equilbrio este reagente tem 100% K
de converso. - 0,03 -
0,02 -
0,01 -
E2.4 Determine a converso de equilbrio da seguinte reao:
0,00 i
400 450----500 550 600 650 700
C2H4 + H,0 (g) --> C 2 H S OH
T(K)
Em funo da temperatura, a 30 atm e razo molar vapor/etileno igual a 10.
Figura E2.4.1 Constante de equilbrio em funo da temperatura.
Em funo da temperatura, variando a presso total.
Dados
AH 98 = -10.940 cal/mol
Clculo de AH4I8K
418
Logo,
AH418K = - 10,978 cal/mol T(K)
Clculo da constante de equilbrio a partir da equao 2.16: Figura E2.4.2 Converso de equilbrio em funo da temperatura.
K 673 AHO
In T=J dT
Io 418
RT
REFERNCIAS
5. YORK, A. P. E., XIAO, T., GREEN, M. L. H. Brief overview of the partia/ oxidation of methane to
synthesis gas. Topics in catalysis. v. 22, n. 3-4. p. 345-358, 2003. 3.1 TAXAS DE REAES DEFINIES
Variao do nmero de
moles do componente
no sistema por tempo
A+ B a R + S
Fluxo de moles de
produtos formados R,S ou
( Fluxo de moles de reagentes no consumidos
reagentes A e B que saem em V
1 que entram em V
Fi Imoles/h)
Fi (moles/hl
Diferente de outros sistemas,
s existe quando h reao
Sendo as taxas de formao ou desaparecimento grandezas intensivas conveniente Esquematicamente tem-se na figura 3.1.
relacion-las a um sistema de referncia. Num sistema em fase homognea usamos como
referncia a unidade de volume (moles/Lh). Por outro lado, em sistemas heterogneos (a)Gs/Lquido (b) Gs ou Lquido/Slido (c) Gs/Liquido/Slido
usamos a rea superficial ou interfacial (moles/m 2h).
Sistemas homogneos:
o
C,H6 C,H,+H2 n o o w
-m
o
.a) -o o -o
U o, _5 (7 7
.o o- o.
b) Reaes hetorofsicas J J
Vrias reaes processam-se em fase heterognea: Figura 3.1 Modelos homogneos e heterogneos.
Gs/slido (leito fixo ou fluidizado).
Gs/lquido (leito fludo).
Lquido/lquido (leito fludo).
Gs/lquido/slido (leito trifsico-lama). Muitas vezes difcil conhecer a rea de interface, seja devido presena de poros
e irregularidade do contorno externo ou mesmo modificao da interface, como no caso
de bolhas atravs de um lquido. Assim, no caso de slidos, particularmente catalisadores,
A oxidao do etileno feita na presena de um catalisador. Esta reao se d em usa-se como referncia a massa do slido e consequentemente a taxa expressa como:
fase gasosa, mas a presena do catalisador toma o sistema heterofsico.
Nota-se que esta taxa representa a velocidade de reao, ou a atividade. No entanto, os catalisadores suportados so constitudos de partculas metlicas de diferentes tamanhos
esta definio leva em considerao o meio reacional, seja ele, volume, interface ou super- que podem variar. Com o aumento do dimetro de partcula as concentraes dos tomos
ficie e no propriamente o centro ativo. Nem toda a massa ou superficie ativa, mas parte metlicos e dos stios expostos variam significativamente, indicando que h mudanas de
da sua superfcie externa possui centros ativos, que so verdadeiramente os stios onde se estrutura superficial. So chamadas reaes sensveis a estrutura aquelas onde a taxa de
d a reao qumica. Portanto, a taxa ri na veMS.de aparente. Um exemplo importante reao intrnseca relativa ao nmero de stios ativos superficiais, ou seja, a frequncia de
que diferencia a taxa aparentd da verdadeira a reao de hidrogenao do monxido de reao varia com o dimetro de partcula, mas no nas reaes insensveis a estrutura. Isto
carbono, que foi feita sobre diferentes catalisadores, visando formao do metano. Com quer dizer, que nas reaes sensveis a estrutura a frequncia de reao depende significa-
catalisadores de ferro e cobalto, a taxa por unidade de massa do catalisador, usada como tivamente do tamanho de partcula, da disperso dos metais ou da estrutura dos stios ativos
referncia, apresentava valores controvertidos 15 . A atividade dos catalisadores na sntese do catalisador. J nas reaes insensveis a estrutura a atividade independe desses parme-
de Fischer-Tropsch para a formao de hidrocarbonetos seria decrescente segundo a ordem tros, conforme figura 3.2.
Fe > Co > Ni. Porm, ao definir a taxa por stio ativo a ordem de atividade era diferente,
isto , Co > Fe > Ni. Esta controvrsia foi resolvida por Boudart 4 definindo a atividade Taxa ri
intrnseca, ou seja, a taxa por stio ativo. Melhor, definiu-se a frequncia de reao por
stio ativo (TOF). Assim sendo, a atividade intrnseca determinada, conhecendo-se os
stios ativos, ou seja,
TOF = taxa de formao do componente r
sitio ativo
TOF = F.
NA (s -'
S;
Onde:
Fj = fluxo molar (moles/s)
NA = nmero de Avogadro = 6.023 x 10 23 molculas
Si = stio ativo = [L] x [S]
[L] = densidade de tomos (tomos/m 2) Dimetro dp
Dimetro d,
[S] = rea superficial (m2)
Figura 3.2 Atividade reaes sensveis e insensveis a estrutura.
Esta medida nos d uma ideia de quantas vezes uma molcula atinge a superficie e
reage formando o produto ou quantos ciclos por segundo a molcula colide com os stios Na desidrogenao a atividade do catalisador, TOF, independe do tamanho da par-
ativos e reage. Nem todas as molculas que se chocam sobre os stios ativos reagem. tcula do metal ou do catalisador utilizado. Portanto a reao insensvel a estrutura.
Colidem mas retornam sem reagir, mas quando possuem energia suficiente para reagir, Nas hidrogenaes ou hidrogenlises a atividade intrnseca (TOF) depende da estru-
uma parte dessas molculas que colidiu com a superfcie reage transformando-se em pro- tura. Depende do tamanho das partculas e da estrutura da superfcie do catalisador. A taxa
dutos, segundo a teoria das colises. no proporcional ao tipo de stio da superfcie.
Neste caso, entende-se por stios ativos a superfcie que apresenta pontos com A atividade intrnseca depende, portanto, do tipo de stio e da natureza da superfcie
caractersticas especficas. Assim, num catalisador de platina suportado, admite-se que a externa. De uma maneira geral a figura 3.2 mostra este comportamento 4 .
superficie externa possua um conjunto de tomos, representando a densidade dos tomos
de platina, isto , o nmero que os tomos ocupam uma rea de 1 m2. Muitos slidos 3.2 VELOCIDADE DE REAO
apresentam diferentes tipos de stios, como os stios cidos na superfcie de zelitas. Para
sistemas mais complexos como de interface lquido-gs, gs-lquido-slido usam-se con- A velocidade de reao ou taxa de reao de formao de produtos depende da concen-
venientemente as taxas por unidade de superfcie ou massa. trao, presso e temperatura dos reagentes e produtos da reao. uma grandeza intensiva
A diferenaentre as duas definies que as taxas variam com o tempo ou a posio, porque tm unidades especficas e vale para qualquer sistema fechado ou aberto. Como a
enquanto que o TOF depende somente da disponibilidade dos stios presentes. A atividade concentrao varia com o tempo num sistema batelada ou com a posio num sistema
ividade da reao dependem das caractersticas do material. Vale contnuo, a velocidade de reao tambm depende dessas variveis. Esta velocidade
lembrar algumas caractersticas importantes dessas reaes. A primeira quanto a sensi- decresce com o tempo ou posio, tendendo a zero quando todo o reagente foi consumido
bilidade ou no de uma reao qumica com a estrutura do catalisador. Segundo Boudart 4 ou no equilbrio. A velocidade ou taxa de reao definida em funo de um componente,
As velocidades especficas tm unidades e dependem da ordem de reao. Quando Reao de ordem n (global)
a ordem de reao inteira, tm-se alguns casos particulares:
Exemplos
mol 1. CH3 CHO - CH4 + O
"Ordem zero r = kCACB k
lLh
equivalente a uma reao irreversvel de l a ou 2a ordem:
1 a ordem' r=kC,; -k (h')
A-R+S
,. 2 ordem . r = kC k Taxa = rA = kCA ou
molh)
rA = kC
mlh-
2. C4 H,, + NaOH - C 2 H5ONa + C2 H 5 OH
ordem .
E equivalente a uma reao irreversvel de 2a ordem:
A+B-R+S
Se a ordem for fracionria as Unidades de k, k' tero as unidades correspondentes.
No equilbrio, a taxa resultante de uma reao reversvel nula. Logo para uma A taxa correspondente ser:
temperatura consequentemente:
rr = r8 = kCA CB
As taxas de reaes complexas envolvem as taxas dos componentes que participam Nas reaes reversveis devem ser consideradas as taxas reversas, portanto, a decom-
das vrias reaes do tipo srie, paralela ou combinao de ambos. Para simplificar, con- posio dos produtos nos respectivos componentes, cujas respectivas velocidades especi-
sideremos as taxas de reaes elementares com ordem inteira, isto , quando os coeficientes ficas reversas seriam k'; de cada reao i.
estequiomtricos coincidem com a ordem de reao. H trs casos clssicos:
1. Reaes em paralelo: deconposio, que so representadas pelas reaes: Exemplos
As taxas dos componentes correspondentes para as reaes, no caso irreversvel, so: CO + H2O CO2 + H2 AH = 42,3 kJ/mol
uma reao srie paralelo, onde o monxido de carbono reage com a gua, conhe-
rP = k,C,
cida como reao de deslocamento. Ela reversvel, dependendo das condies de presso
rR = k2 C a e temperatura. A primeira reao e endotrmica, portanto, termodinamicamente desfavo-
rvel, e s reage fornecendo calor, enquanto que a segunda e exotrmica, portanto, termo-
rA = k,CA + k 2 CA 3.2.6 dinamicamente favorvel, espontnea. As taxas correspondente~ cada componente em
ambas as reaes so indicadas acima. Deve-se acrescentar o termo reversvel.
2. Reaes em srie: por decomposio e que podem ser representadas da seguinte
maneira: 2. Utilizao do gs de sntese:
A k' +P2> R
Metanaco:
As taxas correspondentes de cada componente so dadas por: CO+3 H2 -+CH4 +H20 = AH=206,6kJ/mol
Sntese de Fischer-Tropsch:
r; = k^CA
CO + 2 H2 - [C r, H2n]n + H2O = AH = 165,0 kJ/mol
rp = k,CA k 2 C P
Sntese de Metanol:
rR = k2 CP 3.2.7
CO + 2 H2 - C H3 OH AH = 90,8 kJ/mol
3. Reaes mistas: quando irreversveis podem ser representadas por: Reao de deslocamento (shift):
3. Hidrogenao de crotonoaldede a butanol. Pode-se definir a taxa de formao dos produtos rR, mas deve-se tomar cuidado ao
relacion-la com a taxa de transformao do reagente. Pela lei da proporcionalidade,
Pode ser representada por uma reao em srie do tipo: tem-se sempre a relao:
M = CBO
Pseudo la ordem
sempre ? 1,
CAO A concentrao de um determinado reagente muito maior que a concentrao do
outro componente. Isto acontece com reaes em fase lquida, quando um dos com-
relacionando as concentraes iniciais dos reagentes, sendo A o limitante. Quando B for o ponentes, em geral gua, participa como reagente e diluente ao mesmo tempo. Assim,
reagente limitante, a relao invertida, pois M sempre 1. Quando as concentraes simplifica-se a reao de 2a ordem em pseudo Ia ordem.
iniciais so iguais, tem-se M= 1.
Substituindo as concentraes CA e CB na equao 3.2.9, vem
rA = kCAOM (1-X A ) 3.2.14
b'
rA = C;;O (1-XA ) (M- (b/a)XA ) 3.2.10
Onde: Onde:
n = a'+ b' = ordem global M >>I -3 CBO CAO
. fi
Ys MQ S,M ..._ , 5:+i....:JJ
Representa-se a taxa em funo da constante aparente k. = kCO M , ou seja: 2. Reao elementar de primeira ordem direta e reversa.
A R
Cuja taxa representada por:
rA =k . (1-X 4 ) 3.2.15
1
Ordem genrica n r= k C A -- CR
C=
C R
= cte 3.2.16 A +B R
a b
A R+S
Colocando a concentrao CB em funo de CA na equao 3.2.9
Tambm pode ser escrita em funo da converso (3.2.10), obtendo-se: CA = CAO( 1XA)
CB = CAO (M(b/a)X )
rA = k ' Co (1 XA)^ 3.2.18 ou produtos,
CR = CAO (R+(r/a)X 4 )
3.2.1.2 Reversveis e a volume constante
Substituindo-se
As reaes reversveis so representadas genericamentepara
por 3 tipos: o caso 2, vem:
1. Reao de ordem genrica.
ll
Kl (R + (r / a) XA )]
r = kCAO [(I XA) -- 3.2.19
aA+bB rR+sS
Mas, no equilbrio, a taxa resultante nula, logo, pela equao 3.2.3, e considerando
Cuja taxa ser: a estequiometria mais simples (a = r = 1), vem:
r kI CA CB CR CS 1 k _ R+XAQ
= K > equilbrio 3.2.20
l K J k' 1- XAQ
Substituindo K da equao 3.2.20 na equao 3.2.19, obtm-se a taxa em funo da Sistema aberto:
converso de equilbrio. A converso de equilbrio pode ser determinada, ou calculando-se
pela constante de equilbrio termodinmica, (conhecendo LIGO ), ou a partir dos dados
experimentais da curva cintica, sabendo-se que quando r - 00, a converso XA -* XAe .
Logo:
kCAO (R+1) I
r= 1XA X ,) 3.2.21
(R+X, , Sistema fechado: pisto sem atrito
dr kCao(R+1) _1 <0
3.2.22 H duas maneiras de expressar a equao da taxa de reao:
dX, , (R+X A )
1. Em funo das presses parciais para uma reao irreversvel de 2a ordem, onde A
Portanto, a taxa decresce negativamente e a curva sempre cncava, obtendo-se o reagente limitante tem-se:
uma variao do tipo:
rA = kC 4 CB = reao irreversvel 3.2.23
dr/dX,,
C,= P.9
CB = Pa
RT RT
Vem:
k 3.2.24
PAPE
rA (RT )2
1
Pode-se tambm coloc-la em funo das fraes molares e presso total do sistema,
pois,
P PB
YA=P ,, YB =
Xq P
Neste caso, as fraes molares podem ser colocadas em funo do grau de avano a,
utilizando a equao 1.22, para uma reao do tipo: (1 X )a (M (b / a) XA)b
r,, = kC. T" 3.2.28
aA+bB - rR (I+E A X A ) n
\To/
Ou seja:
Exemplos
r = k (nAOa a)( nao(b/a)a) p2
A 2 3.2.26
(no +Ava) (RT) - E3.2.1 Uma reao irreversvel de decomposio A4 rR e de 2a ordem, em fase gasosa.
Inicialmente, faz-se um teste num reator batelada, introduzindo A puro, a 300 K. Aps
2. Em funo dos fluxos molares num sistema aberto; para uma reao irreversvel de 10 min a presso foi de 3 atm. Deixando-a um tempo suficientemente longo a presso
2a ordem, parte-se da mesma equao 3.2.23: atingiu 5 atm, permanecendo constante.
Sabe-se que os fluxos molares so, respectivamente,
A seguir, faz-se o teste num sistema fechado com pista sem atrito, mas a presso
constante igual a 1 atm, sendo que o volume final dobrou. Determine a equao da taxa
FAO = CAO VO e calcule a taxa para uma converso de 50% e a taxa inicial, para as duas condies.
Sabe-se que k = 0,034, /(mol x min).
FA = C, v
Soluo
FB = CB v A primeira parte da soluo e igual ao problema EI.1.5.1
Se o volume e constante, a presso parcial ser 1.25:
Substituindo as concentraes na equao 3.2.23, vem:
PA = PAO Av ( PPo)
r,=k / 1( FB Como,
v v J
a=1
Os fluxos molares e a vazo volumtrica v so conhecidos em funo da converso
XA, para reagentes ou produtos, por meio das equaes 1.21 (captulo 1), reproduzidas Para t = pA = O,pAO =P o = 1 e P = 5, vem:
abaixo:
Av = 4r=5
FA = 1X A) Mas,
FAO(
PO
VOEA = 2
Barreira energtica
Com a mesma converso XA = 0,5 = EA = 4 P
= kC{0 (12( 4 ) 2
z (1 X, )2
=kC E3.2.1
aa
(1+s .4 X l) 2
Mas,
5
C,, P ' = P
=' = 1 = 4,06 x 10 moles / L
RT RT 0,082 x300
Substituindo os valores na equao E3.2.1, obtm-se para XA = 0,5:
Decorrer da Reaco
Batelada: (rA ) = 1,23 x10 -5 moles/Lmin Figura 3.3.1 Energia potencial com o decorrer da reao.
Pisto: (r,) =1,37 x10 -6 moles / Lmin
E1
A taxa inicial igual para ambos os casos: k=ke t,Rr 3.3.1
r,)0 =4,95x10-5 moles/Lmin
Nesta expresso, o fator pr-exponencial -k0 representa um fator proporcio nal ao
nmero de colises de molculas, e pode ser considerado constante 4.
k
Colocando num grfico em funo do
3.3 INFLUNCIA DA TEMPERATURA SOBRE A VELOCIDADE DE REAO k ET
Observou-se experimentalmente que um aumento de 10C de temperatura pode at duplicar conforme figura 3.3.2, pode-se verificar a influncia da energia de ativao sobre a cons-
a velocidade de reao numa reao exotrmica. Esta observao emprica depende muito da tante cintica e o efeito da temperatura.
reao. Mas o fato que a velocidade de reao muito sensvel variao de temperatura. Se a energia de ativao for constante, a constante cintica k varia exponencialm ente
Isto fez com que se procurasse uma lei geral da dependncia da taxa com a temperatura. com a temperatura e muito sensvel numa pequena faixa de temperatura, mas depende
Sabe-se que a energia potencial varia com o decorrer da reao e apresenta uma bar- da ordem de grandeza da energia de ativao. Se a energia de ativao grande, pequenas
reira energtica que deve ser transposta para que a reao ocorra. Partindo-se dos nveis variaes de temperatura afetam significativamente a constante k. Ao contrrio, para baixas
energticos diferentes dos reagentes e dos produtos, caracterizando a entalpia de reao de
energias de ativao, a constante k pouco sensvel numa ampla faixa de tempera tura.
transformao de uma reao qumica, a curva da energia potencial varia conforme figura de
3.3.1. O fator de frequncia k0 aparentemente constante. Depende da probabili dade
colises das molculas e da temperatura. A probabilidade das molculas colidirem num
A ultrapassagem da barreira energtica est ligada energia de ativao, inerente a dade de
espao depende da energia do sistema e do meio. Num espao vazio a probabili
cada reao. Se a energia de ativao for superior energia de barreira, haver reao.
coliso das molculas relativamente pequena quando comparada com um espao que
Assim, Arrhenius4 definiu uma constante cintica que depende principalmente da tempe-
contm partculas ou recheios. Neste caso a superfcie de contato muito maior e a apro
ratara e funo da energia de ativao E. A equao de Arrhenius mostra que a constante imao das molculas com a superfcie aumenta a probabilidade de coliso entre as
cintica varia exponencialmente com a temperatura, conforme equao 3.3.1 4. molculas. Assim, por exemplo, para diferentes valores de k0 e mesma energia de ativao
IK.
tl.'.L1.
dlnk E
3.3.5
dT RT`
1
Reaes reversveis
Nas reaes reversveis do tipo A + B R h duas constantes cinticas, (velocidades
especficas) direta e reversa, com as correspondentes energias de ativao. Assim,
-(E/RTi
Reao direta = kl (CA.C, ), k = k e
-IE,Rri
Reao reversa = r = k f (CR ) , k' = k' e
RT/E Vimos que a constante de equilbrio qumico, para uma mesma temperatura dada por
Figura 3.3.2 Influncia da temperatura sobre a constante cintica.
k
K=.
k'
para ko = 10 20 k = 1,164 x 10-2 min- 1 = (volume vazio)
Passando o logaritmo, tem-se:
( para ko = com
volume 10 2222 = k = 1,164partculas)
min-1
InK=Ink -Ink'
O efeito da temperatura sobre k0 pequeno e com base na teoria das colises varia
no mximo com uma potncia de m. Admitindo: A variao das constantes com a temperatura ser:
ativao mais fcil se d a reo. O contrrio acontece com reaes endotrmicas, onde Cuidados de interpretao
a entalpia AH > 0 e, portanto, E < E'. Torna-se mais fcil a reao reversa.
1. Ordem de grandeza da Energia de ativao
O efeito da temperatura sobre a taxa resultante de uma maneira geral representado Colocando a equao de Arrhenius na forma logartmica (equao 3.3.8) e representando-a
por: graficamente como mostrado na figura 3.3.4, obtm-se uma reta, cujo coeficiente angular ser
i
r=troe j(CA CB)-k'oe lxrJ ) E\
f( CR
Ri
Derivando em relao temperatura e considerando que o primeiro termo corres-
ponde taxa direta rd e o segundo taxa reversa rr, obtm-se: E
luk=Ink0 - 3.3.8
RT
dlnr E E'
= 3.3.7
dT RT Zr- RT Zr As inclinaes so diferentes e pelo grfico nota-se que as energias de ativao so
constantes, mas Et < E2. Isto significa que dependendo da reao a energia de ativao
Nota-se que a taxa-direta-rd e reversa rr crescem com o aumento da temperatura e
muda. Atravs desse grfico, pode-se determinar a energia de ativao da reao, medindo-
so sempre positivas. Alm disso, as energias de ativao direta ou reversa so sempre se as taxas ou velocidades especficas a diferentes temperaturas. Recomenda-se fazer pelo
positivas. Portanto, a variao da taxa com a temperatura sempre crescente e positiva. menos trs experimentos ou trs medidas em temperaturas diferentes.
No entanto, dependendo se a reao for exotrmica (AH < 0 e E < E') a variao da taxa
resultante vai depender da diferena Erd - E'rr. Portanto a taxa resultante crescente e
sempre positiva, e quando a taxa reversa aumenta a taxa resultante atinge um valor mximo In k
e decresce positivamente (conforme figura 3.3.3). Logo,
dlnr
>0
dT
It
Taxa r
Reversvel
1/T
2. Etapas intermedirias
T As reaes no elementares so constitudas por vrias etapas de reaes elementares.
Figura 3.3.3 Influncia da temperatura sobre taxa. Reconhece-se pela mudana de energia de ativao. Assim, se a forma de Arrhenius for
uma curva, podem-se reconhecer duas ou mais etapas intermedirias, como apresentado
na figura 3.3.5.
A energia de ativao varia com a temperatura durante a reao, indicando que
houve mudana de mecanismo ou efeito compensatrio 4 .
Per ,a;.(.: ... r.:.e...aarrr. :: sY4;'rrtily, .t. r.
In k
Considerando Fj o fluxo molar do componente j e Gi a taxa gerada ou consumida,
alm de n/ o nmero de moles do componente j, temos o seguinte balano molar:
dn.
F.o - F +G ; _ ' 3.4.1 .
dt
T alta
Nota-se que o balano feito para qualquer componente, reagente ou produto da
reao e tem a unidade em moles
l tempo
Esquematicamente mostrado na figura 3.4.1.
A taxa gerada ou consumida neste sistema representada por unidade de volume,
dentro de cada elemento de volume AV. Assim,
G;=rV
1fr moles
Onde: r; (taxa)
Figura 3.3.6 Efeitos difusivos. tempo volume
Variao do nmero de
moles do componente
no sistema por tempo
A+Br= R + S
Fluxo de moles de Obtm-se uma expresso igual a taxa j definida, representando a variao do no de
Produtos formados R,S ou moles de um componente, reagente ou produto por unidade de volume, num sistema
Fluxo de moles de Reagentes no consumidos fechado. Relembramos que se a taxa de formao de produto, tem sinal positivo (ri) e
Reagentes A e B que saem em V
se de transformao do reagente representamos pelo sinal negativo (ri.).
que entram em V
Considerando uma reao do tipo:
F, imoles/h)
t F, + d F, (moles/hl A - produtos
idzl Diferente de outros sistemas, Se a reao de primeira ordem tem-se em funo da converso:
s existe quando h reao
Gi = AGi; =Xr,Al
Num reator batelada o volume constante.
ll
G i =fr.dV Portanto,
aA + bB-rR
Tem-se: dV
FA=F.4o(1 XA)
Fazendo-se o balano no elemento dV, considerando-se a seo transversal do tubo
E substituindo FA na equao 3.4.9, vem: constante, obtm-se:
Da, podemos determinar a taxa (rA ) tendo a converso, volume do reator e fluxo Portanto,
molar de entrada.
Se o balano molar for feito em relao ao produto R ou S, dF _ rdV 3.4.14
Logo, usando-se a relao vista na equao 1.20: O balano molar em relao ao reagente A (ou B), considerando que
FA = FAO ( 1X A)
FAOFA Feo FR FR FR,
aFAO bF ll
AO rFAo
t t dFA= F AO dX A
Logo:
Obtm-se:
F o dXA = (rA ) dV 3.4.15
FR FRO = (r/a) FAO XA
V dxA 3.4.17
T==CAo
Vo o r
Mtodo integral
H 4 etapas sucessivas:
1. Escolhe-se o modelo cintico: admite-se uma reao com ordem definida, inteira ou
fracionria, e escreve-se a taxa de reao apropriada.
Figura 3.5.1 Representao da funo integral. XA
Onde r1 a taxa de um componente j da reao, reagente ou produto; A o reagente Nota-se que a rea debaixo da curva igual a integral representada nas equaes
limitante, j(XA ) uma funo da converso XA para reaes irreversveis e reversveis. 3.5.2 ou 3.5.3, conforme figura 3.5.1. Se representarmos as reas por F(XA ), para cada
valor de XA, teremos uma equao linear do tipo:
Geralmente admite-se uma ordem inteira. Portanto,
F(XA ^=Ca ' k
3.5.4
r = kC,s0f ( )C A) 3.5.1
Esta equao representada graficamente na figura 3.5.2 onde k uma constante.
2. Escolhe-se o sistema: batelada ou contnuo (tubular). Para ambos os casos, substitui-
se a expresso da taxa, obtendo-se uma soluo do tipo: . 4. Verificao experimental: os experimentos em laboratrio nos do as medidas de con-
centrao em funo do tempo ou tempo espacial, para urna temperatura constante.
Batelada (equao 3.4.7): k. Se
Calculam-se as converses, a funo f (X) e finalmente a velocidade especfica
os valores experimentais de F (X) vs t-ou i cstivcrcm sobre a rota, pode-se concluir
- CAO
= A
dXA
t - CAU fO ` r. J kCAOf ( XA)
jiaYNHF'i^ t .^.1u4r'xcarrJC;c^,3kki
que o modelo proposto foi correto. Caso contrrio teramos de escolher outro modelo. 3.5.1.2 Modelo cintico de 2a ordem global
Na figura 3.5.2 mostram-se os pontos cinzas que seguem o modelo. Os pontos em
preto indicam que o modelo no apropriado. Este modelo representa as reaes do tipo:
Caso a) 2A - produtos
F ()(A )
Caso b) A + B e produtos
M =C
B0 , quando A o reagente limitante.
In(1 X A )=kt 3.5.5 CAo
Para um sistema batelada obtm-se a mesma soluo. Para um sistema contnuo tipo tanque a soluo ser diferente, pois substituindo a
taxa (rA) na equao 3.4.10, obtm-se:
-1n( 1-XA )=kt 3.5.5a A = TkCAo
X/
(1 XA)(M XA) 3.5.7
Portanto, importante a escolha do reator para determinar os parmetros cinticos Considerando la ordem: equao 3.5.5a
e utilizar as expresses cinticas especficas.
Se a reao irreversvel e de 2a ordem, mas as concentraes iniciais so iguais In( 1 XA) =kl 3.5.5a
CAO = C80, portanto, M= 1, no podemos simplificar a expresso 3.5.6, pois indetermi-
nada. Parte-se de uma nova cintica, ou seja: Logo,
As solues para os reatores batelada ou tubular e tanque, sero, respectivamente: Considerando 2a ordem: equao 3.5.8,
(tubular ou batelada) XA
AO,
(1-XA) - kC
XA XA
kC ou = kC,ao t 3.5.8
(1-X,,^
(1-X .,) Como
(tanque) pAO _ 0,5Po
C Ao _ = 7,39 x 10-2 moles/L
RT 0,082x330
XA
)Z= kCAO T 3.5.8a Obtm-se:
(1 - XA
k = 2,74 L/mol x min
Exemplo
E3.5.1 Uma reao A -^ 4 R feita num reator batelada. Introduz-se Nota-se que os valores de k so diferentes. Por isso, necessrio verificar, experimen-
A com 50% (vol) talmente e observar se o valor de k constante. Como no presente caso, somente h um
de inerte. No se sabe se a reao de la ou 2a ordem, mas inteira e irreversvel. Teste
dado experimental, no possvel concluir qual a verdadeira ordem da reao e sua
e mostre a diferena. A reao feita temperatura constante a 27C. Mediu-se a presso
constante cintica.
final 10 atm, que ficou constante. Observou-se que aps 8 minutos a presso total foi
de 8 atm.
3.5.2 Reaes irreversveis a volume varivel
Soluo As reaes tpicas a volume varivel podem ser representadas assim:
Observa-se que a presso final de 10 atm foi atingida, quando todo o reagente se transfor- com expanso de volume
Caso a) A-R+S
mou em produto. No entanto, a presso total inicial no conhecida, sendo que 50%
corresponde ao inerte. Logo, aplicando a lei das presses parciais:
Caso b) A + B -> R = com contrao de volume
Neste caso, PA a
= 0, e PAO = 0,5 PO, = 1/3. Logo, quando P = 10 atm, tem-se:
PO = 4 atm. Ov 3.5.2.1 Irreversvel de primeira ordem
Com estes valores, pode-se calcular a converso aps 8 minutos, pois, Considerando inicialmente uma reao de primeira ordem. Parte-se da expresso da taxa
(3.2.9), quando a' = 1, b' = O e n = 1, junto com a equao 1.17. Ento, para T constante,
XA = PAO - PA =1- (P PO) = 0 67 vem:
PAO 3 0,5PO
r,)=kCAOkl
+ A X A)
Para um reator tubular, (equao 3.5.3), substitui-se a expresso da taxa e aps Nas condies isotrmicas para uma reao elementar (a = b = 1), procedemos da
integrao, obtm-se a seguinte expresso: mesma maneira, substituindo a expresso da taxa na equao 3.5.3 correspondente a um
reator tubular
(l+e,,)1n(1XA)EAx" =kT 3.5.9
X"dX Xa (I+E A XA )2
T CAU
Esta soluo diferente da equao 3.5.5 para um sistema a volume constante. Fica o kC, (1X,,)(MX,) dx,a
o
igual quando EA = 0.
Se o reator batelada a expresso muda, pois partimos da expresso com volume Obtm-se as seguintes solues:
varivel (equao 3.4.6), ou seja:
(l( j)'^1n(MM .,)_ ((Meai) 112(1X.,)+EA2X.,=TkC,,o
t = nA0 3.5.6 3.5.12
o V ( rA)
Para reaes em fase gasosa, como por exemplo num reator batelada pisto presso
constante, o volume varia conforme, e quando M = 1
V =Vo (1+E A XA ) (1+E ,,)` `YA + E , 2 X,,+2e a (1+e ,,)In(lXA )=TkC, o 3.5.13
(1XA )
Substituindo-se a expresso da taxa e volume, obtm-se simplesmente:
Exemplo
In(1X A )=kt 3.5.10
E3.5.2 Uma reao A -* 2 R + S feita num reator tubular, introduzindo-se o reagente
Esta expresso igual a dos sistemas batelada ou tubular a volume constante. Logo, A com 30% de inerte. A reao irreversvel e de segunda ordem. O reator de 0,2 litros
se o volume varia, esta variao ser: isotrmico ocorrendo a reao a 800 K e a presso de 10 atm. Sabe-se que o fluxo de
sada do produto R de 0,034 mol/s e a converso foi de 10%. Calcule a constante
AV= V Vo = Vo E A XA cintica. Se a seguir esta reao fosse feita num reator batelada, calcule o tempo de
reao para as condies anteriores.
Logo,
-AV
x=
A Soluo
Vo E .,
Sendo a reao irreversvel de 2a ordem, tem-se a taxa:
Substituindo-se na equao 3.5.10 obtm-se outra forma: (r,) = kC,
i oV
In 1- = kt 3.5.11 e consequentemente em funo da converso:
\ Vo E A i (1 X z
(r,)=kC" (1+E
3.5.2.2 Reaes irreversveis de 2a ordem A X):
As reaes so representadas pelos modelos b e c. De acordo com a expresso da taxa O reator sendo tubular vem:
r
equao 3.2.27 corresponde a: (1+EA XA )z
TC , = .. z A
Caso a) o k(1 X A)
(ri =kC2 (1
X M A)( XA)
(1+ s A XA cuja soluo foi mostrada na equao 3.5.13:
)
(1+ e )2 XA + E A 2 X A +2E A (1+E A )In(1 X A )=TkC A ,
Ser simplificada para o caso b), quando M = 1. A (1X )
Podemos calcular a converso conhecendo o fluxo de sada de R:
XA
= kCAO t Nota-se que h duas incgnitas, k e n e, portanto, a soluo deve ser iterativa. Em
(1XA )
geral simplificamos, escolhendo uma concentrao e o tempo correspondente. difcil
Logo,
acompanhar a cintica de reaes muito lentas ou muito rpidas; ocorrem em tempos
t = 0,107 s excessivamente longos ou curtos, respectivamente.
Neste mtodo prope-se fixar um tempo e determinar a sua concentrao naquele
Comparando com r = 0,124 s t , observa-se a diferena devido a expanso no sistema
contnuo em fase gasosa. instante. Porm, a experincia tambm muda, j que necessrio comear o experimen to ,
partindo-se de uma nova concentrao inicial. Procede-se assim, medindo a concentra o
em funo do tempo para diferentes concentraes iniciais e para-se num determin ado
f.
lis 3>. .^^t `zsM
?.^u s K_ 'Yt ' - ..Y .J..',y
'k
t. . ^sx ^^s ;r^'$iaSsii7i
Onde
1)
(2(')
3.5.21
(n -1)k
In t,,
Tempo de meia-vida
Existem casos particulares, onde a velocidade especfica pode ser determinada direta-
mente atravs de uma s medida, conhecendo-se a concentrao inicial e o tempo de meia- E3.5.3Uma reao A - R + S feita num reator batelada (V = cte). A experincia foi
vida. Obtm-se solues exatas, porm, quando a reao de primeira ordem (n = 1) a equao feita partindo-se de vrias concentraes iniciais e quando se atingia a metade dessa
3.5.16 indeterminada. Parte-se da equao 3.5.5, fazendo XA = 0,5. Para uma reao de concentrao, mediu-se o tempo correspondente. A tabela abaixo mostra os valores a
ordem zero, quando a taxa independe da concentrao, simplifica-se a expresso acima. duas temperaturas diferentes. Determine a ordem de reao, a velocidade especfica e a
Portanto:
energia de ativao.
Para n=0 k= CAO T= 100C
2t,,, 3.5.17
Para solues genricas, faz-se um rearranjo da equao 3.5.16 e a seguir passa-se tv2 (min) 2,0
o logaritmo. Portanto,
Soluo
(2 ( ) 1)
Observe a tabela e note que a reao se d em fase gs e sofre expanso. No entanto, num
(n -1) k CAO 3.5.19
reator batelada o volume constante. Pode-se aplicar diretamente as equao 3.5.19 e
Logo, 3.5.20. Note-se ainda que s foi dado um valor a temperatura de 110C. A ordem n
constante e ser determinada com o primeiro conjunto de dados. Portanto, com o primeiro
In t12 = 1nk*+(1 n)ln CA, conjunto de dados obtm-se a ordem n e a constante k, atravs da equao 3.5.20, ou seja:
3.5.20
i
k= E3.1
Logo, C t
AO I, 2
A R
.r=k CA --CR
=CA,( 1 KC.A - XA )
CR =CAO( M - X A )
CR =CAO( R+ XA)
L/
Tou t
As razes so XAe e X ' 4ei sendo a primeira real e a segunda fictcia. H somente um
valor real de equilbrio XAe que varia de 0 e XAe < 1.
Transformando a equao 3.5.24, obtm-se:
kC' (K4)[ x ( 2K l
r= IX + K
K K4 A (K4)]
Soluo e analogamente a energia de ativao reversa E'. Note que as temperaturas so dadas
a) Determinao das velocidades especficas direta e reversa k e k'. em Kelvin.
Portanto,
Sendo a reao reversvel de primeira ordem direta e reversa, tem-se a taxa: E = 5.135 cal/mol
Estes dados mostram que a reao direta maior que a reversa, pois K superior.
Cujas velocidades especficas so k e k'. Escolheu-se o reator batelada para deter-
Alm disso, como a energia de ativao reversa maior que a direta, portanto, a energia
minar estas constantes. Logo, substituindo-se a taxa na equao do reator batelada e
de barreira maior para a reao reversa que para a direta.
integrando, obtm-se a expresso j deduzida anteriormente, equao 3.5.23. Pela equao de Arrhenius, teremos que determinar as constantes de frequncia
ko, que independem da temperatura. Assim,
In ( 1_ }CA k (1+R)
\ = t 3.5.23
X,1e (R + )(A, ) r E1
k = k0e ` Rr)
Neste caso, como s existe reagente no incio, o valor de R = 0. Logo, tendo a Para T = 300 K, K27 = 5,29 x 10- 3 min- I . Logo:
converso de equilbrio XAe = 0,90, e a converso XI = 0,40 aps um tempo de 100 min,
podemos determinar a constante k.
1
ko = 30,0 min
K27 =5,29x10 3 min- I
Idem para a constante ko = 1,71 x 104 min- I e k'o = 1,71 x 104 min -1
No equilbrio a taxa resultante nula e a constante K pode ser determinada. Por- Com estes valores tm-se as seguintes equaes vlidas para qualquer temperatura:
tanto, como a converso de equilbrio XAe = 0,90, vem:
-5.13vRT
k = 30 x e
z
K= k = XAc =9 k ' =1,71x10e -10zi"nr
k' (1 XAe
Podemos finalmente calcular as velocidades especficas a 87C. Substituindo os
Logo, a velocidade especfica reversa ser: valores obtm-se:
k87 =2,25x10 2 min- I
k'27 =5,87 x 10 -4 min- 1
.k'q7 =1,03x10 2 min- 1
Estas velocidades especficas foram calculadas para uma temperatura de 27C
A converso de equilbrio pode ser determinada:
(300 K). Para conhecermos a velocidade especfica a 87C, precisamos calcular a
energia de ativao E. Para isto utilizamos o dado a 107C. Utilizando as mesmas Ae
K R7 k87 = 2,16 X
equaes acima, tm-se: k'
R7 (1 A,-A,)
_2 Logo,
km =3,29x10 min- 1 X,,e = 0,684
k',07 = 2,19 x10 -2 min- 1
Clculo da converso final no reator PFR.
Tendo o fluxo molar na sada do reator, pode-se calcular a converso:
Calculamos a energia de ativao, utilizando dois valores de k e de k' .
FR = 20 moles/min
In k107 / k27
E_ R(1/T27 - 1/T,07) FR = CRVO = CAO V OXA
Substituindo estes valores na equao 3.5.23, obtm-se: ti = 60 min In = k ' 't (t) 3.5.26
Onde:
= 0,956
k. =k(x1) (4 1)C,oX,
E3.5.5 Uma reao 2 C 2 H 5 NCO C 2 H5 N 2 (C = O)C 2 H 5 feita num reator contnuo
(PFR) de 5 ml e temperatura de 25C. A reao reversvel de 2a ordem direta e Onde:
reversa, sendo a constante de equilbrio de 0,125 nestas condies. Introduz-se 0,36 L/h K= XA =5,83
X'A,
de reagente puro com uma concentrao de 0,2 moi/1., e a converso final igual a 70%
da converso de equilbrio. Calcule as velocidades especficas direta e reversa. X, =0,7xXA,
Soluo
k'r =1,432
Sabe-se que a reao do tipo: 2A R
K = k = XAQ z
= 0,125
k' 4 (1X
A,)z 3.5.5 Determinao dos parmetros cinticos pelo mtodo diferencial
Ou
No mtodo diferencial h duas maneiras:
(4K -1)x,2,Q 8KXAe + 4K = O
Utilizando os dados experimentais de concentrao em funo do tempo e por apro-
XAe =0 , 414
ximao determinam-se as taxas a partir das curvas cinticas.
X',, = -2,41 Determinando as taxas diretamente, utilizando os dados de um reator diferencial.
Logo, a taxa resultante em funo das converses ser:
Assim, para uma reao do tipo:
A+R+S+T
ss'
CA
A taxa tambm pode ser representada genericamente em relao ao componente
principal A, com ordem genrica:
rA) = k ' C'.", 4i (dCA/dt) 0
i
dCA
dt In[(dCA /dt)]
dCA
dt ,00
d) Ambas as concentraes variam e procede-se da mesma maneira, como mostra o In(rA ) In(rA )
exemplo abaixo. E o chamado mtodo das taxas parciais.
A + B -, produtos
A taxa correspondente ser:
Exemplo
Ciy2a Gano
0,225 0,2250 1,76 1
0,90 0;90 10,9,
0;675 0,675 8,19.
0,450: ' ' 0,450 4,465
0,5637 0;2947 4,82
0,2881: 0,1517 1,65
0,3103, 0,5064 3,28 2,0 -1,8 -1,6 -1,4 -1,2 -1,0 -0,8 -0.6 -0,4 -0,2 0,0
0,1552 0,2554 1,267 InC 2o
Determine a ordem de reao em relao a cada componente (adaptado de Fogler, 2000 A Linear Fd of Data1_A
e Hill, 1977).
Figura 3.5.9 Mtodo diferencial taxas iniciais.
Soluo Por outro lado, como
Parte-se da taxa de formao do HBr, ou seja:
('IBr)o = kCH2 C. 1
b
rHB, = kCH, Ce r
Ca,o \, Caro i
CH,0 )
?
IuY17lat hM j
0,0 0,150 4,445
0,0 0,874 -4;38
Passando o logaritmo e fazendo o grfico (figura 3.5.9), obtm-se a ordem de 0,0 0,6070 4,30.
reao n e a constante ka. 0,0 0,362 -4,395
0,648 0,211 -3,779
Logo, 0,641 0,0911' 4;85
-0;489 - 0,421
n = 1,28 0499 0 0,1766 -4;937
k* = 1,198 x 102
Logo, o expoente a = 0,86, e com n determina-se b' = 0,42 e a constante
Aproximando A V = V, tem-se:
AV C8H 16 B
Os fluxos molares na entrada e sada sero FAO e FAs, respectivamente. Portanto ( re)0 x102 MoleslLh 0,073 0,70 1,84 4,86. 12,84
(equao 3.4.13):
FAO -F,u +rA AV=O
Ki
+Y^Y. df.': ,.ib..l. .>.:.1.460 .. z...d
.. 'tV.y ....t . e,?.;eP^5N.: .-.. titr T.. tiae
muda,
I (p , = 3.6.6 Observa-se que (pRmax ou a concentrao mxima do intermedirio CRmax
variando-se o parmetro x. Isto significa que, se a velocidade especfica k2 da reao
a con-
e 0 R k' * S maior que a velocidade especfica kl de formao de R (A k'* R)
(p R - e-" ) 3.6.7 centrao mxima do produto intermedirio R e o tempo correspondente t,,,,, decrescem.
(x-1) (
A figura 3.6.1 (b) mostra o comportamento da concentrao de R em funo de x.
(ps =1 + e -x e _ x e
3.6.8 CR ca (PR
(x- 1 ) ( x -1 ) C CRmax C Rmax
Sendo
kz
x
Onde x um parmetro de velocidade especfica.
K
Resolvendo as equaes 3.6.6 a 3.6.8 obtm-se ()A,tpR e (ps em funo de 0 e conse-
quentemente as concentraes de cada componente em funo do tempo, representadas
pelas curvas cinticas mostradas na figura 3.6.1. As curvas mostram que o perfil de con-
centrao de A decresce exponencialmente, desaparecendo totalmente quando O - os. Por
outro lado, a concentrao de R cresce inicialmente e depois decresce, pois R vai se for-
mando com o decorrer do tempo e se transformando em S. Nota-se que a curva de R apre-
senta um mximo e depende do parmetro x, relacionando as velocidades especficas das t tmax OU emax
reaes. O tempo correspondente a esta concentrao pode ser determinado fazendo-se:
dCR= 0 ou d(pR Figura 3.6 Perfis de concentrao".
=0 3.6.9
dt d0
Pode-se assim determinar experimentalmente as velocidades especficas das duas
Derivando-se a equao 3.6.7 obtm-se:
etapas de reao atravs das curvas cinticas. Ao atingir-se a concentrao mxima de R
d(pR = 1 -xe calcula-se o parmetro x pelas equaes 3.6.13 ou
(CRmax) e o tempo correspondente tmax,
de (x-1)
(xe _ e-e) = 0 3.6.10
3.6.14. Voltando a equao 3.6.11 calcula-se o valor de Omax. Pela definio de Omax = ktt
Consequentemente, determina-se o tempo correspondente a este mximo, ou seja: determina-se diretamente a velocidade especfica kt. Conhecendo-se x, calcula-se a velo-
cidade especfica k2.
Inx
On = 3.6.11
(x-1)
Exemplo
}., f1 4'.5.e .T+ It4 k .I.CS:i^:^.i9A.l. h4eea"i.-, i .^' ,A . %o'^ !dli. ^i7/ at,' ,
1,0
.4 >R 3.6.15
0,8
AIS 3.6.16
Cs -In cPa
o 2 4 6 8 10 12 14 16
t (min)
Hm 0 _e_ C Dl
CS t
Figura 3.6.2 Determinao das velocidades especficas de reaes paralelas.
Exemplo
zs
.
0,172 0,300 0,395 0,465 0,517 0,556
0,026 0150 0,197 0,232 0,258 0,278
0,585 0,606 0,621 0,633 0,648 0,65 0,1 0,2 0,3 0,4
Frao molar R
0,5 0,6 0,7
rr
rR = k,C A
3.6.28
rr = k,CA
F s 3.6.30
=F AO X A,
FT = 2FAO 3.6.31
X.a2
FA = 3.6.32
o 2 4 6 8 10 12 14 16
F4O F4o X A, - FAO X .42
t (min)
O fluxo molar total ser:
A - LinearFit of Datal_A
F, =FAO 3.6.33
+F 40 X .a + FO X A,
Figura E3.6.4 Determinao das velocidades especficas.
Sabendo que
O coeficiente angular x = 0,575 F
CA =
v
O coeficiente angular (1 + x) kl = 0,273. Logo,
onde v o fluxo volumtrico (L/h) no qual se considera a variao de volume E.
Normalmente, usa-se um reator contnuo e as reaes so feitas em fase gasosa, podendo vo (1 +EA, A, + e ,2 X A, )
ocorrer variao de volume, devido a expanso ou contrao de volume. Analogamente,
podem-se utilizar os mtodos integrais ou diferenciais. Para a determinao dos parmetros (FAO 1X,4,-X.,2) 3.6.36
rT k2
cinticos utiliza-se um reator diferencial. vo (1+EA, XA, +e 4 ,X A2)
Consideremos duas reaes em fase gasosa do tipo:
As taxas num reator diferencial em relao a R e T so:
A R+S 3.6.25 dFR
3.6.37
A 2T 3.6.26 dV
Soluo
dFR = F, o dX A , 3.6.39
Nota-se pelas reaes que EA2 = O. Calcula-se ento o valor de E A 1, ou seja:
dFr = 2F ,o dXA2 3.6.40
Moles: base 1 mol ;c.
Obtm-se dum equaes diferenciais.
No reator diferencial determinam-seas taxas experimentais diretamente. m-X benzeno + CH4 Inerte Total
No reator integral, resolve-se o sistema integrando as expresses acima, determinando-
se a curva cintica das converses em funo do tempo espacial. Das equaes 3.6.35
e 3.6.40, obtm-se aps integrao a seguinte relao: 41TW2=InMe,.,a`+,.:
0,75 0 O 0,25 1
0 0,75 0,75 0,25 1,75
k,
XA, = X.a 3.6.41 Portanto,
ki
EAI = 0,75
Substituindo ento XA2 nas equaes 3.6.35 e 3:6.36, e integrando, conforme equao ..
3.5.3:
x{' dX Calcula-se:
r=CAO J A 3.5.3
o
FAO = C ,,o vo = 0,05 x 2,4 = 0,12 moles/min
Obtm-se:
(1+sA, FR = = 0,077
) A,)Kln L 1-(1+1(X
CAOXA2
) 3.6.42
1+`x )-(A^1+K))KXA,]=tk'
Onde: Logo,
k,
K== e
k, XAt = 0,35
Com os valores experimentais das converses em funo do tempo espacial, deter-
minam-se as constantes k1 e k2, respectivamente. Clculo de r
A reao foi feita num reator tubular a 673C. Introduziu-se m-X com 25% de kl = 0,742 s-1
inerte, a uma concentrao de 0,05 mol/L e com uma vazo de 2,4 Llmin. O reator tem
1 mL de volume. Na sada mediu-se o fluxo molar de p -X igual a 0,077 mol/L. Calcule k2 = 1,35 s-I
as velocidades especficas.
.000000,
,..;-s',^i^i!5. "RY~C-
. . 'Y'Iriq.. } TysiY.ffi
SJ6i.'.11:.^J^:d4.4 ,: fim P. : J.,.. P'
3.7 REAES NO ELEMENTARES Estas constantes dependem da energia de barreira ou energia de ativao. Cada etapa
do mecanismo tem uma energia de barreira diferente e quanto maior, mais difcil ela ocorre,
Reaes no elementares podem ser identificadas quando a ordem da cintica da reao mostrando com isso, que a energia envolvida determinante no processo do mecanismo
no coincide com a estequiometria da reao propriamente dita. Uma reao aparentemente reacional. A energia de ativao da reao global no uma mdia das energias de cada
elementar no mostra o mecanismo real que pode envolver vrias reaes intermedirias, etapa, mas um somatrio de todas as energias envolvidas. Para uma anlise inicial apre-
que por sua vez so elementares. A. reao global pode apresentar diferentes mecanismos sentamos algumas hipteses genricas para deduzir um modelo cintico de uma reao
intermedirios. Para conhecer a cintica dessa reao necessrio conhecer as etapas inter- no elementar.
medirias, e consequentemente, indicar quais ou qual dessas etapas determinante num
processo global. Hipteses 1
H vrios exemplos clssicos 7: a) Admitem-se etapas elementares irreversveis.
b) Uma das etapas lenta e, portanto, determinante.
1. 2N0 + 2H, - N2 +2H 2 0 c) A concentrao do intermedirio muito pequena, j que sua formao e decom-
posio so muito rpidas da ordem de 10-9 s.
Cuja cintica :
d) A taxa resultante do intermedirio muito rpida e, neste caso admite-se um
rNZ = k [NO]2 x [ H,] estado pseudoequilbrio.
e) A taxa resultante da espcie intermediria a soma das taxas intermedirias, ou
seja:
Onde [...] representa a concentrao do componente.
= 3.7.1
2. H,+Br, (2HBr
Onde j a espcie intermediria e i a reao da etapa intermediria do mecanismo global.
Cuja cintica : Pode-se tambm demonstrar que a taxa resultante seria composta por uma srie de
etapas intermedirias em srie e paralelo, anlogas resistividade 14 .
Sendo os expoentes no inteiros, no coincidindo com a estequiometria da reao. Para compor um mecanismo reacional envolvendo espcies intermedirias preciso
conhecer algumas regras gerais:
Qual a explicao? Molculas estveis dificilmente reagem, mas quando formam a) Estabelecer o mecanismo com todas as possveis reaes intermedirias, com-
radicais livres, carbnios ou complexos intermedirios, ons ou valncias. Estas espcies, postas por etapas elementares.
que so muito reativas, combinam-se facilmente com as molculas ou com outras espcies b) Conhecer a estrutura eletrnica ou atmica.
intermedirias, reagindo em etapas sucessivas ou paralelas. Estes mecanismos intermedi- c) Identificar os produtos e os intermedirios.
rios tm que ser conhecidos para determinar a cintica da reao. Isto prova que a cons- d) Os intermedirios so altamente reativos
tante cintica global nem sempre verdadeira, -m eng oba varias outras constantes e) Conhecer a qumica das etapas intermedirias.
relativas s diferentes etapas intermedirias do mecanismo.
Vejamos um caso clssico 5 7
A*^R +S 3.7.7
3.7.9
CA ( k, [k,] [A ]] Cl, k > 2C1* (radical)
b) Propagao:
Substituind-se esta expresso na equao 3.7.8, obtm-se a taxa de formao do
produto S, ou seja:
Cl + H, - HCI+ H* (radical) AH = 25 KJ/mol
kk3 [A] 2
Aff rs =
= 133.7.10 KJ/mol
H` +Cl, > HCI+Cl *
+k, [ A ])
Esta expresso igual equao de taxa (k) do exemplo acima. (ciclo de 106 vezes)
Pode-se simplificar a taxa de formao de S para certas condies de concentrao,
como nos seguintes casos 5,7 :
c) Terminao:
a) Se a concentrao de [A] pequena: k2 [A] k3 2Cl* -^C1 2
Logo,
r3 = k l [A]2 Se compararmos as energias necessrias para formar HCI envolvendo os radicais com
3.7.11
a, energia total necessria para a formao de HC1 a partir das molculas H2 e Cl 2, observamos
Neste caso a cintica de 2a ordem. que so bem menores, devido alta reatividade dos radicais. Os radicais so instveis e
facilmente combinam-se com outros radicais ou molculas devido s energias mais baixas.
b) Se a concentrao de [A] grande: k3 k2 [A] .
Logo, 3.7.3 Teoria do estado de transio
Para explicar a cintica do mecanismo de reaes em cadeia utiliza-se a teoria do estado
rs
= k,kk3 [A] 3.7.12 de transio. Segundo Eyring, Evans e Polaniy 4,14 forma-se um estado de transio loca-
z lizado com energia Eb. Neste caso, s existe um grau de liberdade, correspondente
energia de vibrao, devido dissociao da molcula. Mas, devem ser feitas algumas c) Decomposio do radical em produtos: A" k R
ressalvas e valem as seguintes hipteses:
A" k' S
Segundo a teoria de B oltzman, h coliso entre molculas, formando um estado inter-
medirio A* com energia Eb.
A'
Se a molcula possui energia inferior energia de barreira, desativa-se voltando ao
estado inicial da molcula A.
Quando a molcula ultrapassa a energia de barreira no volta mais.
Os complexos ativados esto em equilbrio com os reagentes, satisfazendo distribui-
o de Boltzman. O m ovimento das molculas provoca um aumento de energia e,
consequentemente um aumento de temperatura no meio.
Ao ultrapassar a barreira energtica podem formar-se vrios outros produtos
independentes.
r=k,[A]kz[A']=O
Logo,
k 3.7.14
CA=` [A]=K" [A]
kz
Energia ,4.
r R =k3[ A* ] 1.7.15
E, rR = K"k3 [A]
k,,,, = ke RT 3.7.22
rR. = 2 k,[Br2 ]2 ka [Br' ]2 +k'2 [HBr]x[H ' ]k2 [Br]x[H2 ]+k3 [Hlx[Br_
conclui-se que a energia de ativao E* equivalente a energia de formao do estado
1 =0
intermedirio ativado e, portanto, inferior energia de barreira, passando diretamente ao E3.7.3
estado final. Somando as duas expresses obtm-se:
Logo, a taxa de formao do produto R ou S expressa em funo constante kTsT ser:
kz[ H z^ ^ k/
^ k4 ^ '/2 [Brz]' 2
Exemplos E3.7.5
k'2 [HBr +k,[Br2
1
E3. 7.1 Determine a taxa de formao de HBr considerando o mecanismo da reao em
cadeia, ou seja5,7,11,12: Substituindo E3.7.5 e E3.7.4 em E3.7.1 e resolvendo obtm-se a taxa:
k
kk 2 [H,]x[Br2 13 2
E3.7.9
r"B = (k, +k2L Br2])
E3.7.2 A formao do HBr do exemplo E3.7.1, como visto no elementar, e a taxa
expressa em E3.7.7 foi confirmada experimentalmente. Mas para checar esta expresso Em relao ao [HBr] temos:
partiu-se de observaes experimentais. Foram feitas as seguintes observaes experi-
mentais (adaptado de Fogler) 5 : E3.7.10
rHBr (
k + k' [HBr])
1) Na primeira experincia observou-se que a taxa independe da concentrao de [H 2].
Esta experincia foi feita mantendo-se as concentraes dos demais componentes Pelo experimento 2) se a concentrao de [HBr] pequena, ento k k' [HBr]
constantes. e a taxa independe da sua concentrao. Por outro lado, se a concentrao de [HBr]
for grande, ento k k' [HBr] e, consequentemente a taxa inversamente propor-
2) Na segunda srie de experincias foram feitas duas observaes:
cional a sua concentrao, ou seja:
Para pequenas concentraes de [HBr] a taxa independe da sua concentrao.
Quando a concentrao de [HBr] grande a taxa cresce inversamente com a E3.7.11
sua concentrao. rHBr [HBr]
3) Na terceira srie de experincias foram feitas mais duas outras observaes: Juntando as equaes E3.7.9 com a E3.7.11 obtm-se a taxa:
Para pequenas concentraes de [Br 2 ] a taxa varia proporcionalmente com a
concentrao de [Br2 ]'/2 . k, k [ H Z ] x [Br2
]3/2
2 E3.7.12
Se as concentraes so grandes a taxa varia com a concentrao de [Br, ] 3'2
r"B` k3 [HBr]+k2 [Br2 ]
gasosa existem vrios modelos cinticos, mas o mais interessante o modelo de Rice-
2 k k3
Herzfeld7 . A ideia principal que na primeira etapa da reao ocorre a abstrao do H da
molcula reagente e subsequentemente uma decomposio com formao de um novo
[R 1 =
k2k,
3.7.27
.4 2 R; (radical) 3.7.28
b) Propagao da cadeia:
A taxa de transformao de A de primeira ordem em relao concentrao de
R; + A ? > R, H + R; (radical) [A], mas a constante cintica engloba as quatro velocidades especficas do mecanismo.
Experimentalmente determina-se a constante aparente, ou seja:
R; P, + R;
k,k2k3
(ciclos de n vezes) k= 3.7.29
k,
c) Terminao: Nota-se que as velocidades especficas dependem da temperatura e tm energias de
k4
ativao prprias, satisfazendo a equao de Arrhenius, ou seja:
R; + R;
ki = ko exp (E / RT) 3.7.30
Os radicais mais comuns so CH;, C 2 H;, H" etc. Logo, substituindo-se a equao 3.7.30 na equao 3.7.29 e passando o logaritmo
Escrevem-se as taxas correspondentes: obtm-se a energia da ativao aparente.
rR. =k,[A]k2[R;]x[A]+k3[R;]k,[R;]x[RZ]=o
Exemplo
rR. =k2[R,"]x[A]k3[Rz]k,[R; ]x[R_]=0 3.7.25 Consideremos a decomposio do acetaldedo, cujo mecanismo de reao
E3.7.3
conhecido:
Somando-as, vem: CH 3 CHO ^CH;
k +CHO "
CH3+CH 3 CHOCH;+CO+CH,
k1[A] 3.7.26
[R2 l = k'
k2 [R; CHO" + CH,CHO CH; + 2C0 + H2
2CH; k' C,H6
Substituindo [R 2* ] na equao taxa de R. (3.7.25), simplificando e considerando
que a taxa inicial pequena diante das taxas de i propagao e de terminao, obtm-se a Determine a taxa de decomposio do acetaldedo ou de formao do etano.
seguinte expresso:
Soluo TiO2 MgO. Com estes catalisadores produzem-se polmeros de grau varivel. O impor-
tante obter produtos seletivos numa determinada faixa de hidrocarbonetos e para isto
A taxa de decomposio do acetaldedo (que agora denominaremos A) ser fundamental o catalisador. Novos catalisadores j foram desenvolvidos, bastante seletivos
para a faixa desejada.
(ra)=k,[A]+k_[CH;]x[A]+k3[CHO1x[A] E3.7.3.1 O segundo problema conhecer a cintica das reaes de polimerzao e que
envolvem diferentes etapas, semelhante ao que vimos nas reaes no elementares. Esta
As taxas correspondentes aos radicais: cintica depende do mecanismo de polimerizao, que um problema qumico. Deve-se
conhecer a composio e a estrutura das diferentes etapas envolvidas. Uma vez estabele-
'cH. =k,[A]+k3[CHO.]x[A ]ka[CH;]z=0(a) cido este mecanismo pode-se determinar a cintica da reao e as constantes envolvidas.
Estas reaes no so elementares e podem ser identificadas quando a ordem da
(b) E3.7.3.2 cintica da reao no coincide com a estequiometria da reao propriamente dita.
rcx =k,[A]k3[CHO']x[A]=0
Somando as duas expresses, vem: H vrios exemplos clssicos 5'7 :
k Reaes de condensao.
[CHO ' ]= E3.7.3.3 Adio de reaes.
Nesta etapa, uma vez os radicais formados, que possuem um grau de liberdade e, portanto, 3.8.11
(r,,)=ko[12]
so muito reativos, podem combinar-se com os monmeros para formar uma sequncia
de novos radicais, tambm multo reativos.
ri =2ko[12] 3.8.12
R, + M R; 3.8.4 A taxa de formao do radical R na etapa de iniciao obtm-se a partir da equao
R_ + M k' + R3
3.8.2:
3.8.5
.....................................
..................................... R. =k,[M]x[1] 3.8.13
R:* + M k Rm _
Portanto, a taxa resultante do iniciador ser:
Admite-se neste caso que as constantes cinticas no so to diferentes e, portanto,
iguais a uma constante kp de propagao. r1 = 2 ko[12]k,[M]x[I]=0
A seguir, ocorre o crescimento da cadeia, com a formao sequencial dos polmeros,
via reao dos radicais com o monmero. Este crescimento pode-se dar de trs maneiras: Assumindo um estado pseudoestacionrio, determina-se a concentrao do on ini-
ciador em funo das concentraes medveis 12 e M. Note-se que somente uma frao do
a) Transferncia radical para o monmero, formando o radical inicial: iniciador participa da reao, da a correo por um fator y. Portanto,
R; + M keP +R; 3.8.7 Pode-se assim determinar a taxa de formao do radical, substituindo a equao
3.8.14 na equao 3.8.13, ou seja:
c) Transferncia do radical para o solvente:
R. = 2yko[12] 3.8.15
R; +M^ P +R 3.8.8
Terminao Taxas de terminao:
Admite-se a terminao por adio de radicais e conforme equao 3.8.9, vm:
Estas reaes so importantes para terminar a cadeia de crescimento e podem se dar de
duas maneiras:
Rj + Rk k^, P. +k 3.8.9
Como a taxa de iniciao muito menor que a taxa de propagao, pois as taxas de
A taxa do radical R, na terminao ser, de acordo com as reaes anteriores:
formao de decomposio deste iniciador so muito rpidas, pode-se desprez-la frente a taxa
de propagao dos radicais. Substituindo tambm a equao 3.7.20, obtm-se finalmente:
( R.)=kA [R, ]2 +kA [R; ][R;]+kA[R; ][R;] +kA [R; ][R;]
( - r,,.) =kA[ R: ]X[ Ri] 3.8.16 Para determinarmos a taxa de formao dos polmeros, tem-se igualmente por
definio:
Taxas de propagao e terminao em relao ao radical R; e R , respectivamente.
rP = ( ril 3.8.23
R, = r R, +k r,[R; ][rtd]k,[R, ]l [R ] +km [ M ] 1,[ R l]k0[RI1,[R;]
eq.3.8.15 eq. 3.8.3 eg.3.8. 16 eq.18.6 eg.3.8.10 As constantes cinticas dependem da temperatura e tm suas energias de ativao
+kp [ B]1,[ R; ] +ks [ s ][R ; ] prprias, sendo igualmente expressas pela equao deAlilieuius.
3.8.17
eq. 18.7 eq. 3.8.8
k =koe
R7'
Generalizando para qualquer radical R.:
Logo, a energia de ativao aparente da taxa de decomposio do monmero ser:
kP[M]([R;][Ri-r])+kq[R;+kM[MI [R;]+kD[R,]1,[R;]
(rRil
E= ( E,-2 E,) + EP 3.8.24
+kB LB] 1,[ R ; ] + ks ts] 1,[ R; ] 3.8.18
Nota-se que a concentrao do iniciador um parmetro importante e entra na
Faremos ento a soma das taxas de todos os radicais R. , e somamos as(r R. ) = expresso da taxa. Porm, a concentrao do iniciador varia com o tempo, apesar de
pequeno em relao ao processo de polimerizao, deve ser considerado. Assim, conside-
duas equaes 3.8.17-18. Renomeando [R. ] _ [R . ] ; definindo k, = kl + kD e desen- rando o sistema batelada, partimos da equao da taxa de iniciao, conforme a equao
volvendo o primeiro termo da taxa da equao 3.8.18, ou seja, [[R;] [R;_, i) , obtm-se 3.8.1, ou seja:
finalmente a taxa:
(rr_)=ko[ 1,1 3.8.11
3.8.19
R: =2 Yko[12 1 k, 1[ R[R ]2 [R;]
;] Como o volume constante tem-se da equao 3.5.6:
'2 dl,
t= -J
No estado pseudoequilbrio tem-se R. = 0. Logo
r2o ( rr, )
^ tU2^,fm^1^1?^^`%J:+:.v^`R(wrM)x{tn^ies/^1r^il,
jM^(nlgOleslfil^,^;i x^.
^ ^. ^
Esta taxa de decomposio do monmero ou formao do polmero vlida para 4,82 0,313 0,122
qualquer sistema, batelada ou contnuo. Mas, a concentrao do iniciador tambm varia 4,80 0,192 0,0937
com o tempo. A maioria das reaes polimricas se d num reator batelada.
Obtm-se a constante diretamente a partir dos dados experimentais da variao de ou
concentrao do monmero em funo do tempo de reao. (moles/rp j &Ii s r r
, r moles m x s-+^ >
aumento da taxa de 1,49 vez. Isto mosfra que a taxa diretamente proporcional a [12] 1/2 . Substituindo-se o valor de k* e de [12 ], obtm-se a constante aparente:
'Est de acordo com a equao da taxa:
ou k,=5,107L/molxs -'
Fazendo-se
Onde:
k' = kP E8.1
=
k. = 2kP I 27kkr[120] 1,91 x 10 -3 (m3 / mol x s)
Mo M
(rM )=k ' [M] E8.2 X,,,, _
_
M0
obtm-se:
Logo, a converso foi de 0,56 ou seja 56%.
k* = 0,0213 s-'
sftr, ira:: .., r...:.... .
T
3.9 REAES ENZIMTICAS " Nota-se que fundamental a presena de gua nessas reaes.
As reaes enzimticas so de muito interesse e tm grandes perspectivas no futuro da Representado a equao 3.9.1 pela seguinte sequncia:
biotecnologia. Estes processos enzimticos no so novos, mas bastante conhecidos nos
processos de fermentao de lcool e processos biolgicos, como a fisiologia. Os processos ES'
a) Formao do complexo:
enzimticos de fermentao podem ser promovidos por micro-organismos, tais como as
bactrias e o mosto. Mas podem ser promovidos particularmente por enzimas, que so
produzidas quimicamente. b) Estado de equilbrio:
De uma maneira geral representa-se um processo fermentativo pela transformao S+E A ES' 3.9.2
17 da matria orgnica, que na presena de enzimas ou bactrias forma produtos nobres, de
grande utilidade na indstria de alimentos, na indstria farmacutica e na de produo de
lcool. c) Decomposio do complexo em produtos:
As enzimas agem quimicamente e no se reproduzem. Por outro lado as bactrias ES' (+HzO) P 3.9.3
agem quimicamente e podem formar mais bactrias ou clulas. Nos processos enzimticos
ou de fermentao a qumica fundamental, mas a cintica do processo muito importante, ES' (+H,0) S
j que esta cintica permite o conhecimento da velocidade de reao, da atividade e da
seletividade dos produtos de formao. A figura 3.9.1 mostra a energia potencial com o decorrer da reao. Sem as enzimas
Aqui, apresentamos a cintica das reaes enzimticas e fermentativas 5,16. a energia de barreira (ou ativao) grande e o complexo formado ES' instvel, desati-
t
vando rapidamente. Esta energia de barreira diminui drasticamente com a presena de
Os principais tipos de reaes que ocorrem so:
enzimas, facilitando a transformao do complexo ES' em produtos finais irreversveis P
1. Enzima solvel + Substrato insolvel.
e S. Este comportamento explicado pela teoria do estado de transio.
2. Enzima insolvel + Substrato solvel.
3. Enzima solvel + Substrato solvel.
3.9.1 Modelo cintico
As reaes com ambos solveis ocorrem em fase homognea e lquida, em reaes A taxa de reao em relao ao substrato obtm-se pela reao 3.9.1, ou seja:
biolgicas, usadas principalmente nas indstrias farmacuticas. Quando as enzimas so
insolveis as reaes so heterogneas e a grande vantagem que estas enzimas no se Energia
perdem. Em geral, as enzimas so ancoradas em materiais slidos com alta rea superficial Energia de ativao (E A, EB)
e pequeno volume de poros. O caso de substratos insolveis e enzimas solveis o mais Sem enzima (curva cinza)
comum na indstria de detergentes.
Atualmente, esto sendo abordadas reaes biolgicas com clulas animais, cujas
cinticas so igualmente complexas, mas enquadram-se neste sistema.
A ao das enzimas igualmente explicada pelas energias envolvidas e pela teoria
do estado de transio, como vimos anteriormente. Formam-se complexos intermedirios,
que por sua vez possuem energias de barreira menores, possibilitando assim a sua fcil
transformao em produtos. Entalpia de reao
Pode-se representar esquematicamente o modelo cintico, da mesma maneira como
o fizemos no item 3.7, ou seja:
k Produtos
S+E ESi k' >P+E 3.9.1
Onde: Percurso
S = substrato (reagente)
E = enzima Figura 3.9.1 Energias envolvidas nas reaes enzimticas.
ES' = complexo enzimtico
r,, =k3 [H 2 O]x[ES ] 3.9.5 Substituindo estes novos parmetros na equao da taxa 3.9.10, obtm-se:
onde [ ] representa a concentrao.
Em relao ao complexo ES" tem-se igualmente: v [S]
(rs)= ' 3.9.13
[S]+ Km
rES = k,[E]x[SIk 2 [ES . ]k3 [ES . ]x[H 2 0]=0 3.9.6
Existem casos particulares, que simplificam a expresso da taxa.
Mas, nem todas as enzimas so consumidas e as enzimas complexadas so parcial-
a) Se a concentrao de S baixa, pode-se simplificar: S Km
mente recuperadas. Nesse sentido, as enzimas livres que participam da reao inicial. Obtm-se uma taxa que diretamente proporcional a concentrao do substrato,
Pelo balano das enzimas vem:
observando-se uma variao linear, ou seja:
Er = E + ES* 3.9.7
Vir s Enzimas
Tocais Livres
Enzimas
Complexadas
(rs) =V KS]
M
3.9.14
seja: Da equao 3.9.6 e 3.9.7 determina-se a concentrao das enzimas complexadas, ou b) Se a concentrao do substrato for grande, observa-se o inverso, podendo-se simpli-
ficar a equao da taxa, pois, Km S. Neste caso a taxa de desaparecimento do
substrato igual a taxa mxima. Logo,
kl[ E ]r [S]
. 3.9.8 (_rs )=V 3.9.15
k, [S] + k, + k, [H 2 O]
c) bastante frequente utilizar-se o mtodo da meia-vida, assumindo que metade da taxa
Substituindo-se a equao 3.9.8 em 3.9.5 e considerando que (rs) = rp, vem: mxima seja atingida. Isto extremamente conveniente, j que o experimento pode
ser parado aps atingir a concentrao correspondente metade da taxa mxima.
Fazendo-se ento:
( rs)=k, ,[S]+k[ + ]k [HO]O] 3.9.9 V ,,.,,
(rs ) 2
No entanto, a quantidade de gua muito grande e a sua concentrao praticamente e substituindo-se na equao 3.9.13, vem:
no varia frente a variao de concentrao do substrato e das enzimas. Admite-se que a
3.9.16
sua concentrao permanece constante. Desse modo, podemos tambm colocar o termo K, = [S] i/z
k3 [H 2 0] = cte = k* 3 .
Estes trs casos, alm da taxa geral, podem ser visualizados na figura 3.9.2:
Logo,
Mtodo diferencial
Mtodo integral
No mtodo integral, partimos da equao da taxa e escolhemos o sistema. Estes processos
geralmente so feitos em reatores batelada. Neste caso, usamos a equao do reator bate-
lada, ou seja (equao 3.4.7) em funo do subtrato:
va. t ( dS 3.9.18
2 sa (-Y)
3.9.19
e
KM = [S] vz [Si tso] dXA 3.9.20
Figura 3.9.2 Taxa versus concentrao do substrato. o ( -ri)
1
--In(1XA) =
V^[
S ojX 3.9.23
t K :t, t
Observa-se pela equao 3.9.22 que a cintica dessa reao envolve uma cintica
de ordem zero (1 termo) e de la ordem (2 termo). Para tempos maiores satisfaz cintica
a cintica de ordem zero.
de la ordem e ao contrrio, para tempos menores predomin a
[S]
-kIn(1-XA ) V [H,0 2 ]
( rs)
[ H 2 0 2] +KM
- 1 ln(1-X.a)=
V [ H 2O
2I X
l Km
bf M
t
sendo,
[ 0
_ [ H,0 2]o - H2 2]
XA
[ 11 2 0 21 0
Onde:
KM
X,, a converso
XA
t Como {H 2O 2 ] = 0,02 obtm-se:
Figura 3.9.4 Mtodo integral.
H202 +E ^^H 2 O z E
Foram obtidos os seguintes resultados experimentais: O coeficiente linear igual a 0,018, portanto,
Com este mecanismo obtm-se uma taxa igual a equao 3.9.13, ou seja: t = 15 min
di ,' J ....:.-ss&-:.:... ,' jt.t, ; .s1 !'y ... oo'z .-. ..
No competitiva
0,0140 -
0,0135 -
Competitiva
0,0120
0.0115 I , , , ,
0,0070 0,0075 0,0080 0,0085 0,0090 0,0095 0,0100 0,0105 0,0110 0,0115
XA7t
O Bloqueador
e Substrato Enzimas
B Linear Fit of Data1 B
Figura 3.9.5 Modelos competitivo e no competitivo.
Figura E3.9.1 Determinao das constantes cinticas.
Sendo S o substrato e E a enzima - Mas a constante reversa favorece a formao da enzima complexada [ES" ] e
2,4 --
consequentemente k5 k4. Despreza-se o ltimo termo do numerador e transformando
obtm-se:
2,2
2,0 - t
1 rs^ kk,[S][ET
[S + K,,],
Onde:
1,8 -
Km = (k, k3) constante de Michaelis
E 1,6 - k,
Sendo
1,4 - \
1,2 - k i[ Er] =V
1,0 -
Vem,
0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 V [Si
IS] mmol/I
rs1 1=
k [S] + K,,,
Figura E3.9.2 Dados experimentais de taxa em funo da concentrao [S].
Transformando, vem:
Deduza a expresso da taxa em relao ao substrato S e determine as constantes. ' 1 V,. E3.9.6
Caso possvel, simplifique. Calcule as constantes utilizando os dados da figura E3.9.2. k, + K,, ^S] _ (-r
Soluo
Colocando na figura E3.9.3 os valores, obtm-se:
-r,) = k, [E][S] - k, [ES* ] E3.9.1
Mas, 2,5 -
Dessa figura obtm-se os-resultados: (ii) Na fase II tem-se um perodo de crescimento. Isto significa que h suficiente nutriente
e nmero suficiente de clulas que permitem rpido crescimento das clulas.
K,y = 0,07281 (iii) Nesta fase III tem-se um perodo estvel e j no h mais nutriente suficiente para o
crescimento das clulas, mas atinge-se um equilbrio entre a formao de clulas e
k1 = 0,8 transporte de nutriente.
(iv) Na fase IV o perodo da desativao (ou chamado morte) das clulas, pois no h
mais nutriente. Formam-se os produtos e subprodutos que tambm podem alterar o
meio, seu pH principalmente, provocando assim a desativao ou morte das clulas.
3.9.4 Cintica de Fermentao Biolgica
A taxa de crescimento das clulas segue praticamente a mesma expresso da taxa,
Geralmente so alimentos que entram em contato com as bactrias e que diferentemente segundo Michaelis, no entanto, temos que levar em considerao tambm a c oncentrao
dos casos anteriores, h um crescimento dos micro-organismos. As clulas vivas compem das clulas. Ou seja:
um conjunto de reaes de aplicao muito grande em sade, como insulina, antibiticos
e na produo de alimentos. Nos processos em biomassa tm-se, na verdade, clulas que k[S][C]
consomem nutriente, produzindo energia e crescimento de clulas. rc_ 3.9.26
[S]+KA,
Os exemplos mais comuns so:
Substrato (S) + Clula (C) - Clulas (C) + Produto (P)
[Frutas] + Bactrias -3 Bactrias + lcool Estas constantes devem ser determinadas. Na maioria dos casos usam-se taxas
[Matria orgnica] + Bactrias -3 [Mais bactrias] + [Produto + CO 2 , H 2 O] empricas de crescimento das clulas, e segundo Monod tem-se a seguinte equao:
Para acompanhar o crescimento'das clulas ou bactrias utiliza-se o grfico da figura rr = g[C] 3.9.27
3.9.8, mostrando a variao de concentrao das clulas em funo do tempo. Este grfico
apresenta as diferentes fases que se formam e se desfazem num processo cintico. onde g um coeficiente emprico e a unidade dada em a- 1 , j que as concentraes so
s,16 :
medidas em g/dm3 . Este coeficiente foi determinado por Monod
Nota-se que o balano de massa nos reatores deve levar em considerao as taxas de clulas Partindo da equao da taxa 3.9.29:
vivas, geradas e mortas. Tanto no reator batelada como no CSTR, mais frequentes, tem-se
em relao ao fluxo mssico das clulas:
rC 3.9.29
[G] [dl + [ rgeada ] = [ racumulada ]
="'
[SI + K on
3.9.3 1
entrada sada Transformando
Mas, a taxa resultante ser: K ,y,,n + l = [C]
E3.9.3
^,^ [S] ima r
[ geao de clulas vivas = [ rgerda 1[ mortas] = (rg Yu) 3.9.32
Glilfa i 91;? y
[G] [G] +(g ,) = [ r,] 3.9.33 '..0.'W .com 'T ltf
a 0,5 0,9 0,642
0,25 0,45 0,360
Num sistema contnuo, mas em fase lquida, tem-se em funo das concentraes
0;25 0,125, 0,227
das clulas:
0,10 0,15 0,187
0,0833 0110 0,125
([C]-[c]=)va+(g- m ) =[d] 3.9.34
Na forma grfica obtm-se a figura E3.9.3:
Num reator batelada, no h fluxo, portanto, Resolvendo, obtm-se:
[dC]
(^K Y^) dt
3.9.35 0,7 -
O mesmo balano deve ser feito em relao ao substrato, s que a taxa ser a de 0,6 -
transformao. do substrato, ou seja:
( 0,5
v=d[S]
_rs) 3.9.36
0,4
Com estas equaes determinam-se as constantes cinticas, utilizando os mesmos Parameter Value
mtodos diferencial ou integral (captulo 5).
A = 0,05951
0,3
B = 1,17528
Exemplo R = 0,99519
0,2
E3.9.3 Quer-se determinar os parmetros cinticos de uma reao enzimtica com o
substrato S e diferentes concentraes de clulas, conforme tabela abaixo: 0,1 -
t
El olOL., '^Sbstrat01
2 -,
lt y `: fUlas L^^ ? gILz s y'
T1,4 0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5
1 0,9
1/[S]
2 4 0,45 1,25
8 0,25 1,10 B - - - Linear Fit of Data 13
10 0,15 - 0,80
--12 0,10 0,80 Figura E3.9.3 Grfico a partir da equao E3.9.3.
Por regresso linear: 1. Difuso da molcula reagente do seio do fluido para a superfcie da partcula.
2. Difuso da molcula reagente da superfcie da partcula pelo interior do poro.
Y=A+B *X 3. Reao qumica no stio ativo.
4. Difuso da molcula do produto formado do interior do poro para a superfcie da
partcula.
Parmetro Valor I 5. Difuso da molcula do produto da superfcie da partcula para o seio do fluido.
A= 0,0595 Entretanto, uma questo que se coloca como ocorre a reao qumica sobre os
B= 1,175 stios ativos? Qual a cintica de reao e as diversas variveis envolvidas?
- ------------------------------------
3.10.1 Fenmenos externos ao catalisador
R= 0,99
------------------------------------ Imagine-se um corte transversal do reator apresentado na figura 3.10.2. Observam-se no
Portanto reator, partculas do catalisador e fluxos das correntes contendo reagentes e produtos.
l.tma., = 16,8
Entretanto, a reao ocorre na superfcie do catalisador.
Kuo = 19,7
transferncia de massa e de difuso intra e/ou extra-partcula. Para uma molcula reagente caso, h uma barreira difusional provocada pelo filme ao redor da superfcie do
alcanar o stio ativo onde a reao ocorre de fato, h vrias etapas 3,4, 5 , 6 : catalisador.
,
Cas
No estudo cintico de uma reao, esta segunda possibilidade indesejvel e deve ser
diminuda ou eliminada. Na determinao dos parmetros cinticos evitam-se problemas de
difuso, operando sob condies cinticas. Opera-se sob condies de alta velocidade ou altos
1 2 ' 3lld, 4
valores de Reynolds, diminuindo-se, portanto, a camada do filme ao redor da superfcie.
A verificao experimental feita variando-se os fluxos molares ou massa do slido Figura 3.10.5 Efeito do dimetro da partcula sobre a converso na presena de difuso.
ou mesmo as dimenses de altura e dimetro do reator e medindo-se a converso, conforme
figura 3.10.4 3 : 3.10.2 Fenmenos difusivos internos
x,
Catalisadores porosos contm stios ativos localizados no interior dos poros. Portanto, as
molculas reagentes devem difundir pelos poros, conforme mostra a figura 3.10.6. O rea-
gente A difunde pelo poro at atingir o stio ativo, onde ocorrer a reao qumica.
W/F
XA
W/F cte
O rnear
Figura 3.10.4 Efeitos de transferncia de massa. Figura 3.10.6 Difuso de uma molcula de A no interior de um poro.
fs x > r -C :7' 11
- ~'. :..d...A.'A,!~ d1 ;v4_c..,,, . dwSz ,. >r". , e. .: ^. k d: ;S!/1 sldy:^
f,` // Poro
O 07-
^ ^--- i'
1 / ^--
Distncia
re rfcie
Figura 3.10.7 Gradientes de concentrao na vizinhana da superfcie de
Urn catalisador iS.
(ii) Difuso de Knudsen: ocorre em poros de dimetro mdio (10 1.000 A) onde o
Como verificar os efeitos de difuso nos poros do catalisado r
transporte de massa se d por choques entre as molculas e as paredes dos poros: e se uma etapa
limitante do processo?
(i) Partculas localizadas no interior do sistema esto sujeitas a foras em todas as dire-
es, com resultante nula.
(ii) Partculas da superfcie possuem foras oriundas somente das partculas do interior.
Esquematicamente:
1/T
Tabela 3.10.1 Comparao entre os diferentes tipos de regime em uma reao cataltica
em fase gasosa.
w
4Frx: it
Figura 3.10.9 Interao entr as partculas em um sistema condensado (slido ou lquido) 3,4
3.10.3 Fenmenos de Adsoro-desoro
Os sistemas agregados (slidos, lquidos e gases) possuem dois tipos de energia:
Logo, conforme figura 3.10.9, as partculas da superfcie possuem um excesso de
energia, chamada de energia superficial, E. Esta energia a responsvel pela tenso
(i) Energia Cintica, Ec, ou energia trmica, que confere s partculas do sistema (tomos,
superficial dos lquidos e pela adsoro de um fluido sobre um slido.
molculas ou ons) diversos tipos de movimento: translao rotao e vibrao.
Uma reao qumica catalisada envolve fenmenos fsico-qumicos de adsoro e
(ii) Energia de interao entre as partculas, E;, como as foras de Van der Waals as
desoro alm da reao qumica. Conforme figura 3.10.10, a energia .de barreira, ou
foras eletrostticas.
energia de ativao de uma reao catalisada inferior energia de ativao de uma reao
A relao entre essas energias define as propriedades do sistema: no catalisada, provocadas pela adsoro e desorco. Portanto, numa reao qumica cata-
A) Quando Es E;, as molculas do sistema possuem o mximo de liberdade, pois lisada, as absores so exotrmicas e permitem que as molculas em fase gasosa estejam
a distncia entre elas pode variar. O volume do sistema passa a ser funo da adsorvidas sobre a superfcie com uma determinada fora, tanto de adsoro como de
temperatura, presso e nmero de moles. Este sistema corresponde aos gases desoro, diminuindo o seu grau de liberdade e facilitando a reao qumica catalisada. A
ideais. energia de ativao catalisada mostra, portanto, que a energia de barreira menor. Torna-se
B) Quando Ec E;, as molculas ou tomos do sistema possuem um menor grau de fundamental determinar as taxas da adsoro e desoro num processo catalisado.
liberdade. As molculas movimentam-se, mas a distncia entre elas varia pouco. Termodinamicamente, explica-se o fenmeno de adsoro de um fluido sobre a super-
O volume do sistema depende da temperatura e do nmero de molculas, mas fcie de um slido atravs da energia livre de Gibbs. um fenmeno espontneo e, portanto,
praticam iiidcpcndcuk ds presso. Este sistema representado pelo estado
e11tc
AGuds < 0. Por outro lado, a entropia final do sistema tambm diminui, j que a sua desordem
lquido. menor quando a molcula est adsorvida, ou seja AS < 0. Pela termodinmica:
bt i
Energia A fisissoro de gases sobre slidos muito usada na determinao das propriedades
potencial texturais de catalisadores, tais como rea superficial e distribuio de tamanho de poros.
Como AGads < 0 e AS < 0 ento a variao de entalpia do sistema ser menor que
zero, e portanto a adsoro um fenmeno exotrmico.
Dependendo da natureza das foras de adsoro envolvidas, pode-se distinguir dois
tipos de adsoro:
Tipo de slido Ocorre em todos os soldos Dependo do gs Figura 3.10.12 Tipos de isotermas de adsoro 3 ,a
Tipo de gs Ocorre com todos os gases Depende do slido
Prxima temperatura de ebulio Muito acima da temperatura de
Temperatura A isoterma quando ocorre a quimissoro representada pelo tipo 1 e caracteriza-se
do gs ebulio
por atingir a saturao a baixas presses relativas, formando uma monocamada com-
Cobertura Geralmente multicamadas Monocamada
Reversibilidade Reversvel Geralmente irreversvel pleta. Isotermas deste tipo tambm so caractersticas de slidos microporosos. As
Energia de ativao Nula - Maior do que zero isotermas dos tipos II a VI so encontradas quando ocorre adsoro fisica: nas isoter-
Calor de adsoro Baixo (-0,5 a 5 kcal mol-/) Alto (10 a -100 kcal mol- 1 ) mas dos tipos II e ITI a quantidade adsorvida tende a infinito quando P/Po -* 1, cor-
respondendo adsoro fisica em camadas mltiplas sobrepostas e que ocorrem em
slidos no porosos ou macroporosos.
3.10.4 Isotermas de adsoro As isotermas IV e V correspondem, respectivamente, s isotermas II e III quando o
slido apresenta macro ou mesoporos e a quantidade adsorvida tende a um valor finito
A quantidade de gs adsorvido por um slido proporcional massa da amostra e depende,
o qual corresponde ao enchimento dos poros.
tambm, da temperatura, da presso, do tipo de slido e gs. Assim, a quantidade de gs Finalmente, a isoterma do tipo VI (em degraus) ocorre em superfcies uniformes no
adsorvido sobre um slido dada por4:
porosas e representa uma adsoro camada a camada, sendo que a altura do degrau
corresponde capacidade da monocamada em cada camada adsorvida.
n = f (P,T, gs, slido) 3.10.3
3.10.5 Modelos de adsoro
Para uma temperatura constante, a expresso ser:
Foram propostos modelos tericos diversos procurando interpretar os fenmenos de adsor-
n f (P) T, gs, slido
o-desoro. Os modelos mais importantes so descritos pelas isotermas de adsoro-
desoro que foram introduzidos por Langmuir, Freundlich e Temkin 4,9.
que chamada "isoterma de adsoro" e relaciona a quantidade de gs adsorvido com a
presso de equilbrio temperatura constante. i) Modelo de Langmuir
Os resultados experimentais permitiram classificar as isotermas de adsoro em seis O primeiro modelo terico quantitativo da adsoro de gases em slidos foi proposta por
tipos caractersticos, conforme apresentado na figura 3.10.12. Langmuir em 1916 4,4J . Langmuir admitiu as seguintes hipteses no desenvolvimento do
modelo:
_o ... d e.;.r.,i 1, ,..f: x,7......
1. A superfcie de um slido contm um nmero definido de stios para a adsoro. Por outro lado, haver simultaneamente desoro das molculas adsorvidas. A taxa
2. Cada stio pode adsorver somente uma molcula. de desoro de A diretamente proporcional frao de stios ocupada por A, cuja cons-
3. Todos os stios so energeticamente equivalentes, i.e., todos possuem a mesma entalpia tante de proporcionalidade kd chamada de constante de desoro. Portanto,
de adsoro.
4. A adsoro indpende da presena ou ausncia de espcies adsorvidas na sua vizinhana, rd^ = kd O A 3.10.6
i.e., a entalpia de adsoro independe do grau de cobertura.
5. No equilbrio, a taxa de adsoro igual taxa de desoro. Evidentemente, que a taxa resultante seria a diferena entre as taxas de adsoro e
6. No equilbrio, a uma dada temperatura e presso, existe um nmero nA de molculas desoro, mas em princpio admite-se que haver equilbrio, permitindo assim que cons-
adsorvidas. A frao de stios ocupados por uma molcula A : tantemente sejam desorvidas as molculas, dando lugar a adsoro de novas molculas
sobre a superfcie. Portanto, no equilbrio,
n4
= A 3.10.4
n
7. A uma dada temperatura, a taxa de adsoro de uma_molrmda de um gs A depende Consequentemente, pode-se determinar a frao de stios ocupados pela molcula
da presso parcial de A, (PA) e do nmero de stios vagos. A taxa de desoro depende A sobre a superfcie, conforme equao abaixo:
do nmero de stios ocupados.
%3
kap
eA
Ll Adsoro simples kd + ka pA
Consideremos a adsoro de uma molcula A sobre uma superfcie. Uma frao de stios
est ocupada e a outra livre. Seja, Esta equao pode ser escrita em funo da constante de equilbrio de adsoro-
0,4 a frao de stios ocupada por A desoro, que uma propriedade termodinmica. Definindo-se:
(1 OA ) a frao de stios livres ou vagos _k
KA
kd
Onde:
vem:
= naJ'
0A
n,a
= K,, p,, 3.10.7
eA
1 + K A p ,,
e
nm = nmero de molculas de uma monocamada
Esta a equao de Langmuir para a adsoro simples. Note-se que a frao de
superfcie pode ser determinada experimentalmente, medindo-se os volumes num sistema
Esquematicamente: a presso total e a temperatura constante, segundo a lei dos gases, pois,
A9s eA
v dr
3.10.8
= V,nonocmnaJa
e,
O valor da constante de equilbrio da adsoro, KA, um indicativo da afinidade do
gs pelo slido. Quanto maior for o valor de KA, mais o equilbrio est deslocado no sentido
da adsoro e vice-versa. Dois casos extremos podem ento ser considerados:
A taxa de adsoro de A diretamente proporcional a presso parcial de A e a frao 1. Se KApA 0, a equao anterior se transforma em 0A = KApA , ou seja, a cobertura da
livre de stios na superficie. Este fator de proporcionalidade chamado de constante de superfcie proporcional presso do gs. Esta situao ocorre quando pA ^ 0 i.e.,
adsoro ka. Portanto, no trecho inicial da isoterma ou quando KA ^ 0, i.e., quando a afinidade do gs pelo
slido pequena.
rads =kaPA( 10 A) 3.10.5 2. Se KApA 0, a equao se transforma em 0A = 1, ou seja, a cobertura constante
formando a monocamada completa. Esta situao acontece quando pA 0, i.e.,
prximo presso de vapor do gs, ou quando KA 0, i.e., quando o gs tem uma
alta afinidade pelo slido.
YK
CAPITULO 3: CINTICA DE REAES 1 M. SCHMAL 1 155
154 1 PARTE 1: CINTICA 1 M. SCHMAL
k, 1)A( 1e A) 2 = kd e A 2
10, = ( K APA + K BPB +KRPR 0
V
Como EKi Pi (1 - 10 i )
Portanto,
OA _
JKA p A 3.10.12 e
1 +.J K APA
0 3.10.14
( 1 +I K, p,)
Esta a equao de Langmuir para a adsoro dissociativa.
Logo, pode-se determinar a frao de stios ocupados para cada componente utili-
L3 Adsoro de n- molculas ?
Quando h adsoro-desoro simultnea de vrias molculas, tanto reagente como pro- zando a equao 3.10.14, sabendo que para cada componente tem-se:
duto, tem-se uma situao equivalente ao seguinte esquema:
O; = K;P1 0 ,
Superfcie
Se um determinado componente for dissociado, substitui-se seu termo pelo termo
que inclui a raiz quadrada. Por exemplo, se A est dissociado, vem:
Onde:
__ JK APA
e OR so as fraes ocupadas pelo segundo reagente B e pelo produto R,
0B OA ( 3.10.16
respectivamente. 1+ JKAPA + K RPR + K RPR
e.:. _=;:.-,i is'vf.^^s ed4s 5,.,d trc t..kai 31'. f:,,,,.:,.,^b r ,..r.,-^r..:r r,8a .,, ;,::: ^; Eadvats.7 .7e es iQe 5 .ra P8' yi'.". f 8 i P^M4P. yb :k ,L...
Estas expresses das fraes dos stios ocupados pelas molculas dissociadas ou no, 3.10.6 Reao qumica heterognea 9 , 10
so importantes para determinar as taxas de adsoro ou de desoro, conforme equaes
As molculas gasosas podem ligar-se a superfcies (stios ativos) tanto atravs de processos
3.10.5 ou 3.10.6. Alm disso, so importantes para determinar as taxas de reaes onde
de adsoro fsica (fisissoro) como de adsoro qumica (quimissoro). A natureza e a
ocorrem simultaneamente adsores e desores com reaes qumicas, como veremos a
fora da ligao entre a molcula gasosa e o stio ativo do catalisador so fundamentais
seguir.
para que haja reao qumica. A atividade cataltica depende da fora de adsoro, con-
forme figura 3.10.13. Na adsoro fraca, quando a ligao do tipo Van der Waals a ati-
ii. Outros Modelos de Quimissoro 4.9
vidade baixa. Na adsoro qumica, quando a fora de ligao muito forte (ou muito
O modelo de Langmuir para a adsoro falha pois: fraca), a atividade tambm muito baixa. Existe, portanto, uma faixa de fora de adsoro
intermediria que permite obter atividades crescentes, atingindo um mximo, decrescendo
Todos os stios no so igualmente ativos. com o aumento da fora de adsoro.
A entalpia de adsoro depende do grau de cobertura. Molculas adsorvidas inter-
ferem na adsoro de stios vizinhos.
0 = kPIV"1 3.10.17
(i) Adsoro de A sobre a superfcie Mas, a frao de superfcie adsorvida por A, foi determinada admitindo-se equilbrio
entre as taxas de adsoro e desoro do reagente e do produto, confonne equao 3.10.15.
A+* A. Substituindo-a obtm-se:
k,;
Onde: kK ,,P
r, ) =
* = stio ativo na superfcie (_ 3.10.22
(1++ KR p R )
A* = molcula adsorvida sobre a superfcie
kQ e kd = constantes de adsoro e de desoro, respectivamente
Para uma reao bimolecular faz-se analogamente, admitindo um segundo lc gente
(ii) Reao qumica superficial para reagir formando o produto R, ou seja,
Trata-se de uma decomposio da espcie adsorvida em produto que fica adsorvido sobre
o stio. Portanto, A+B R
Estas expresses so vlidas somente para o caso (b), onde a reao qumica
R* superficial a etapa limitante. Quando as adsores ou desores tanto do reagente como
A* produtos so as etapas limitantes, admite-se que neste caso as taxas no esto em equi-
lbrio. Portanto,
Quando a adsoro de A ou a desoro R so as etapas limitantes, ento:
Comparando-se as equaes 3.10.22 e 110.24 observa-se que so semelhantes e Logo, analogamente a equao 3.10.24, obtm-se:
podem ser generalizadas na seguinte forma:
rAl kKp A p B
3.10.26
1 1 (1+K,p,+ K R p R)
r _ (constante cintica)(termo potencial)
t ( termo de adsdro)"
3.10.6.3 Efeito da temperatura e as energias envolvidas
Portando, generalizando: Sabe-se que, tanto a constante cintica como as constantes de equilbrio adsoro-desoro,
dependem da temperatura. Mas, a constante cintica tambm funo da energia de ati-
(i) Os numeradores apresentam um termo igual constante cintica. Costuma-se cham- vao, seguindo a equao de Arrhenius, enquanto as constantes de adsoro-desoro
lo de termo potencial da reao catalisada. dependem do calor de adsoro ou desoro respectivamente, que so exotrmicas. Por-
(ii) O expoente n no denominador representa o nmero de stios ativos envolvidos na tanto, partindo da equao 3.10.26, por exemplo, tm-se que 10 :
etapa, ou seja, .o nmero de stios ativos que participam da reao.
(iii) Os denominadores representam a contribuio das etapas que se encontram em equi- k = k,exp(E/RT)
lbrio. No aparece a presso nem a constante de equilbrio da etapa limitante.
K =K;o exp(MI,/RT)
3.10.6.2 Modelo cintico de Eley-Rideal
Este modelo de certa forma decorrente do modelo anterior. Por exemplo, na reao Onde A1 < 0
cataltica em fase gasosa:
Se a taxa catalisada :
A(g)+B(g)-3P(g)+R(g)
ria, = k exp (E., /RT) 3.10.27
O modelo de Eley-Rideal assume que somente um dos reagentes (e, portanto,
somente um dos produtos) sofre adsoro no stio ativo, o outro permanece em fase gasosa. e igualando-a a equao 3.10.26, aps substituio das respectivas constantes cintica e
Uma representao esquemtica mostrada na figura 3.10.14. de adsoro desoro, tira-se que a energia de ativao aparente igual a:
Figura 3.10.14 Modelo de Eley-Rideal. A determinao das constantes muito parecida com os mtodos anteriores, j desenvolvi-
dos, tanto no mtodo integral como diferencial. Graficamente, obtm-se uma soluo fcil,
transformando a equao da taxa. Por exemplo, para uma reao monomolecular, irrever-
Ou seja, no haveria adsoro de B e de R. Assim sendo, tem-se da equao 3.10.23 svel e de primeira ordem, equao 3.10.22, onde a reao a etapa limitante, e conside-
rando que tanto o reagente como o produto esto adsorvidos e em equilbrio, tem-se:
r = kOA p B 3.10.25
Onde: 1 1 KR pA
pR= 3.10.29
KR=O kKA + k P"+ kKA (rA )
KR=O
Colocando-se em um grfico obtm-se a figura 3.10.15.
Soluo
OH
+ H2O
A,R+S
kK APA
E3.10.1 Dados experimentais foram obtidos em laboratrio, conforme tabela abaixo. As r=
(1+KApA+ K R pR)
converses foram em torno de 5%, portanto, considera-se o reator diferencial. A reao
seria Pelos dados da tabela:
1 3,3 _1 1
A reao feita com catalisador. Sugira a taxa de reao, considerando que haja 2 1,05 5 1 1
adsoro-desoro e reao qumica, sendo esta ltima limitante. Tente estimar a cons- 0,565 6 1 1
tante de reao utilizando alguns dados da tabela, admitindo que as constantes de
adsoro-desoro dos produtos sejam aproximadamente iguais 5. Nota-se que se PcH- = PHZo = 1 e portanto:
Aumentando a presso PcH em 5 vezes, a taxa cai 3 vezes.
Aumentando (experincias 2 e 3) a presso 1,2 vez, a taxa cai =--2 vezes.
miesli Aumntando (experincias 1 e 3) a presso 6 vezes, a taxa cai 6 vezes.
1. 3,3 1 1
2 1,05 5 1,
1 Portanto, aumentando a presso, a taxa no diretamente proporcional, mas
3 0,565 6.
inversamente proporcional, porm no igual, o que significa que A estar no denomi-
4 1,826 2 5
5.
nador, no termo de adsoro-desoro. Portanto, estar fortemente adsorvido.
1,49 - 10
6 1,36 3 6 5
. (ii) Em relao a S (H2 0)
7 1,08 3 10
Aumentando a presso 2 vezes, a taxa praticamente no se modifica (1,3 vez). Por- PR = Ps = 1,0
tanto, sua adsoro muito fraca, mas cai levemente, o que significa que poderia
estar no denominador, mas pode ser considerada desprezvel frente a adsoro de A. Logo,
R SD N P
1 3,3 `. 1 .;1 0.9999 0,10095
8 0,862
: 10
1
4 1,826 5
2 5- 1,49. ' 10.. .
Pelas experincias 1 e 8
Aumentando a presso 10 vezes, a taxa cai 4 vezes.
Pelas experincias 4 e 5
Aumentando a presso 2 vezes, a taxa cai 1,2 vez.
Pode-se concluir que o termo R est adsorvido, mas comparado com a adsoro
de A esta adsoro mais fraca, embora maior que a da gua. 0 2 4 6 8 10
PA
Observa-se que todos os componentes esto adsorvidos e que as adsores dos
produtos so mais ou menos da mesma ordem de grandeza, fracamente adsorvidos. A LinearFit of Datal A
Logo, admitindo que a reao irreversvel e de 1 ordem, e que seja a etapa limitante,
obtm-se da equao 3.10.22: Figura 3.10.1 Representao da equao E3.10.2.
kKA PA Onde:
r E3.10.1
(1+KA p A+ KR pR) c*=cy_+dy3
a*=a+c*
ou rearranjando vm:
KR KS a*=0
PA
1 +I
PA + PR + PR = E3.10.2
kKA kKA kKA r
kb ^r b =1,146 x 105
a c d
k=1/b=8,72x10 -6 (L/mol)s -'
. a+by,+cy2 +dy3 =X
Consideremos as experincias:
3.10.8 Reaes heterogneas no catalisadas
As reaes heterogneas no catalisadas so aquelas reaes em que o slido participa da
reao na presena de um gs reagente. Estas reaes so muito importantes nas regene-
raes de catalisadores, onde o coque ou o carbono formado sobre as superfcies desativam
o catalisador, bloqueando os stios ativos. E o caso da queima de particulados diesel, pro-
veniente da exausto dos escapamentos de caminhes, devido combusto incompleta de
diesel, eliminando uma grande quantidade de partculas finas de carbono, criando um srio
problema ambiental.
H vrios outros casos onde o slido participa da reao como a eliminao de H2S H duas etapas importantes:
gti se faz atravs reao com ZnO. Este xido vai se transformando em sulfeto, e eviden- (i) Difuso de gs (0 2 ) atravs da camada reagida (cinza) at a interface.
temente depois descartado. Alguns exemplos tpicos: (ii) Reao na interface, com formao de produto com difuso.
1. Queima de coque formado sobre catalisadores: No balano mssico de gs (02 ), tem-se 6,7
d r2 dCo, 3.10.35
=0
dr dr 1
r = Ro Co. = Clo, lo
r `interface -) CO, = 0
Obtm-se:
1 1
Coz _ _R r 3.10.36
C[o:lo 1
R Ra
^^:N..,^^
: =.Se^l Yi-iL^IR'.^iilL:'.Y^`. Y^fA=f.'{Y^.`"T.J_.Y^' h-r.^ #, r' khlb..l s^ C Xk at: .:.. . i.hs, ua2
Ad +s:.` YVL _ H=11.YIi1
(iii) Reao na interface, com formao de produto com difuso. Dessa expresso tira-se a variao do consumo de carbono na interface, ou seja:
a) Fluxo de oxignio na interface dR_ r^
dt (pcs *) 3.10.39
Derivando a equao 3.10.36, obtm-se:
Balano em relao ao carbono/gs (0 2) na interface
t
C[o,l o
D dCO' r2 =D 3.10.37 Sbe-se que para cada mol de oxignio que reage sai um mol de CO 2 :
dr nterface 1 1 2
IY
R Ro
[Taxa de desaparecimento de C] = [Fluxo de 02 na interface]
1,0
r = Mo 2 = D C[0 Z lo
3.10.40
Ro
dR = D C[0,],
3.10.41
dt 1 1
(pcs) R Roi
3
l2 Ra t (pc E (
Rlt) R 0
IR I +2 I 3.10.42
6DC)13r 0) \ RO J
Figura 3.10.17 Concentrao de gs atravs do slido. [0=10
Definindo a converso 6 :
d(4/37c R' p, E*)Co,
(4tr R2) = D 3.10.38
dt x(4
(4/3)7(12 3 = -3.10.44
Onde:
r= taxa de reao de carbono por unidade de rea (g/m2 x min)
= densidade (g/m3)
pc
e* = frao de carbono
D = coeficiente de difuso
O[13(1X)2"+2(1X)] 3.10.45
6( CD 1U lo
Exemplo
C verso x
0; ..
0 0
2 4:
0,00054
6 8 0,00238 0 50 100 150 200
10 -15 0,00572
t(min)
16 -30 0,01086
25 45. 0,01821 Figura E3.10.2 F (X) versus tempo (equao 3.10.45).
38 60' 0,02839
55 80 0,04242
70 120 0,06215 O coeficiente angular nos permite determinar o parmetro r3
90 150 0,07533
130 200 0,09211 DC1o=10
=4,914x10 -4
(pg *)
Calculando pela equao 3.10.45, vem:
Logo: Estas reaes so muito importantes, pois ocorrem em diferentes formas. A presena de
ons nas solues pode afetar sensivelmente a constante dieltrica do solvente. Estas reaes
so muito rpidas devido a eficincia na energia de transferncia, principalmente devido ao
x
6DC10210 choque entre as molculas, e a pequena distncia entre as molculas na fase lquida.
t =F(X) E3.10.2.1
(PcE) R Existe ainda o efeito do meio cido na solvatao, devido a formao de complexos
e a transferncia de prtons. Um exemplo clssico:
Obtm-se a figura E3.10.2:
CH3I + Cl- - CH 3 C1+1 -
Onde:
ko = constante quando a soluo a diluio infinita
6 Molculas YA. e yB = coeficientes de atividade de A e B, respectivamente
XAB* = coeficiente de atividade do complexo ativado
Cl- ions
Energia potencial
co
T
O grande problema como calcular a cintica dessas reaes. Existem vrias pro-
postas mas uma a teoria das colises de gases, pois so da mesma ordem de grandeza. Barreira energtica
As colises repetem-se com muita frequncia, portanto so mltiplas colises. Estima-se Nvel energtico dos reagentes
que as distncias entre as molculas na fase lquida so aproximadamente iguais, enquanto AH' -a Entalpi a de reao < 0
que na fase gasosa so bastante diferentes. Existem, por outro lado, foras repulsivas alm
das atrativas, mas o importante que para que a reao ocorra necessrio ultrapassar a Nvel energtico dos produtos
barreira energtica Eb. Diferentemente das reaes em fase gasosa, as colises na fase
lquida so 10 a 1.000 vezes maiores, mas dependem de outras propriedades como, por
exemplo, a viscosidade. Decorrer da reao
A formao de radicais tambm importante, j que elas no se encontram em Figura 3.11.1 Energia de barreira.
equilbrio e portanto possuem grande capacidade energtica e maior grau de liberdade que
permite ultrapassar facilmente a barreira energtica, mas bem inferior quando comparada Em geral estes coeficientes de atividade no so conhecidos termodinamicamente e
ao estado de equilbrio. A coliso das molculas favorece a formao desses radicais que podem ser determinados por analogia com os dados existentes para os compostos, a menos
em fase lquida muito mais numerosa. Por outro lado existem problemas difusionais que dos complexos ativados. Por outro lado, usa-se a teoria das colises para determinar a
em certos casos podem ser limitantes no processo. constante cintica e obtendo-se 7,14:
J vimos anteriormente que nas reaes fotoqumicas ocorre uma etapa de iniciao
devido a absoro de um fton, favorecendo a quebra homolitica e formando dois radicais q' J87tNo /1.000
logrou k = logro ko + 2 z A z B 3.11.3
livres. Na fase lquida estes radicais so vizinhos e podem recombinar-se ou combinar-se 2
(
k )
B Tc' ''2 ^
com outros radicais ou molculas.
Onde:
zA e zB = cargas dos ons A e B, respectivamente
3.11.1 Solues lquidas
q = carga do eltron
Procura-se relacionar os coeficientes de atividades dos ons com a composio, a constante e' = constante dielctrica
dieltrica, sob condies determinadas de temperatura. A teoria mais indicada a de kB = constante de Boltzman
Debye-Hckel, para solues diludas. Esta teoria no vlida quando as concentraes g = fora inica
so grandes.
Faz-se uma certa analogia com a teoria do estado de transio, para prever a influ- Esta fora inica depende das concentraes dos reagentes e da carga dos respecti-
ncia da fora inica sobre a constante cintica. O modelo o mesmo que j apresentamos vos ons. Usualmente pode ser expresso pela equao 7.14:
para a teoria do estado de transio. Forma-se um complexo intermedirio (figura 3.11.1),
conforme reao:
= 2(^I Cf] z 2)
A(,) + B(,) AB k' + R 3.11.1 Onde:
[C;] = concentrao molar do componente
No faremos a deduo, e detalhes podem ser vistos no livro de Hill 7, mas de acordo
com esta teoria a constante cintica para uma reao bimolecular seria dada por:
Quando a soluo diluda podem-se calcular as constantes acima a 25C e o valor
YA YB da equao 3.11.2 determinado. Logo,
k = ko 3.11.2
AB
1og,o k =1og, o ko + 2zA z B 0,509 . 3.11.4
Neste caso a constante kl no depende da fora inica, ou seja, para qualquer valor de
b m+ ZA ZB ~ (-)
g a constante kl apresenta o mesmo valor. A tabela E3.11.1 mostra que os valores de
kl so aproximadamente os mesmos.
Existem outras variveis importantes que podem afetar as constantes cinticas em logo, a equao fica:
particular o efeito da presso. Quando a presso baixa no afeta, mas quando alta, a
taxa pode aumentar ou diminuir, dependendo do volume do sistema. log10 k = log,B kB - 2 x 0,509
Exemplo
Substituindo-se os valores, vem:
E3.11 A reao 7: Quando g = 0, k2 = 19. Logo, ko =19k0 e Iog, 0 ko =1,278 .
Portanto,
H,0 2 +2H*+2I - -3 2 H 2 O+I 2
log,B k=1,278-1,018
Observou-se a seguinte taxa a 25C:
Para os demais valores da tabela e figuras E3.11.I e E3.11.2, calcula-se k2, ou
r= k,[H2O,]CI- ]+ k2 [A*1-k,[H 2 O 2 ][1 ][H seja:
8
Calculado Esta constante depende da temperatura, e principalmente do pH da soluo.
6 Quando so cidos e bases fracas, pode-se simplificar, ou seja:
0,00 0,05 0,10 0,15 0.20 k=ka +k0, [H3 01+kOH _ [OH - ]+kHA [HA]+kA _ [ A - ^ 3.11.T
Fora inica
A contribuio dos termos depende das condies experimentais e, dependendo do
c caso, podem ser desprezados e simplificam-se. Assim, quando um cido fraco, como por
Figura E3.11.1 Constantes k2 calculadas versus exemplares em funo da fora inica. exemplo CH3COOH (HA- neutro) e sua base conjugada-CH 3 000- (A-), tem-se no equi-
lbrio que: rH _ K [HA]
K, [Al 3.11.8
20
8 10 12 14 16 18 20 k
k2 Experimental
kBA + k
[HA ]
3.11.2 Reaes cido-base
3.12.11
dA =k, C., 3.12.1
dCP
' =kC
,A k 2Cp 3.12.2 Assim, tendo os valores experimentais das concentraes Pi e P2, determinam-se
dt Consequentemente
os correspondentes valores de e (p PZ n ' n, e calculam-se Kl e K2.
determinam-se os valores de OP ,,,. e OP n. e finalmente as constantes. Nota-se que os
dCP
k2C k3C 3.12.3 valores mximos dependem da relao entre as constantes cinticas, portanto dos valores
dt
de K2 e K1, conforme tabela abaixo:
dCP
= kC, 3.12.4 Tabela 3.12.1 Constantes cinticas
dt
moi. ! y
como no primeiro
E, analogamente (p P ,(p 1, , e (pi, , usando sempre como referncia a concentrao Os resultados mostram que se a velocidad e de reao k2 > k1,
inicial CAO . Adimensionaliza-se tambm o tempo: O = kl t, Substituindo estas novas vari- P2 rpida
caso, a concentrao mxima de P2 menor, indicando que a transformao de
veis e considerando a condio de contorno que no incio da reao s existe reagente e que a etapa limitante da reao de Pt para P2. No segundo caso, ambas as etapas so
puro, obtendo-se as seguintes solues integradas: limitantes e somente a transformao de A para PI rpida. Os tempos mximos dependem
das velocidades nas diferentes etapas.
(PA = 3.12.6
". i !d....k..:w ,.+..4f. io- MeS: 'BGhYVS.^etxk9RCYAfM.piYr ,Fy;..? +a;2e ? 17i1Sdi^11Ffi:'
CA, CAo
A+B2 PZ
Com esta relao pode-se expressar a equao acima em funo de (pP .
s Como O = klt e conhecendo as concentraes dos produtos PI e P2, determina-se
Sendo PI e P2 os produtos finais e desconhecidas as constantes kl, k2. Ki e com a equao 3.12.19 a constante kl.
As taxas correspondentes seriam:
Exemplo
dCA =
k i CA k 2 CA CB 3.12.13
dt E3.12.1 Seja uma reao do tipo em soluo diluda. As concentraes dos produtos
foram medidas a 40C e encontram-se na tabela a baixo 7,11 :
k , C A CB, 3.12.14
ddi
dt = A+H2 O- k' P
Onde: A + B, P2
CA + Cp + Cp = CAO 3.12.15
,a
As concentraes iniciais de A e B2 so iguais a 1 mol/L. Determine as constantes
CBD + C, = C8 3.12.16 cinticas kI e k2.
Tabela E3.12.1
Adimensionalisando e dividindo as equaes 3.12.14 e 3.12.15 e integrando obtm-se: f, (^7n) .'' 1,41 2,9 7,6 . 19,4 43
2 mollLj 0,117 0,2 0,35 0,46 0,49
cpA = (1- N)+q 8 +[R/K,)ln ((p B, /N) 3.12.17
Onde: Soluo
Logo,
In (1-
K,=R N 3.12.18 Logo, pela equao 3.12.18:
l
I(Pr -1)
K = 1,42
Podemos, assim, determinar a concentrao de B2, substituindo a equao 3.12.18
na equao 3.12.17 e na equao 3.12.14. Integrando, obtm-se: Integrando 3.12.19, vm:
A figura E3.12.1 mostra os valores de (P P, versus t da tabela E3.12.1 e a figura Caso 3: Reaes irreversveis de primeira ordem tipo srie-paralela 11 :
E3.12.2, a funo da equao 3.12.19.
A+B P, onde ko constante cintica
Integration of Data 1_B from zero:
i=1>10 P,+B^Pz kl
x=0>0,49
Area Peak at Width Height ..................
t (min) dC
di
_ A =kn CP_CB 1 CP_CB 3.12.22c
dt
Figura 3.12.1 WP2 versus tempo. dCP
' CB 3.12.23d
dt
120
sendo,
100
60 Como para cada molcula de PI consome-se uma molcula de B e para cada molcula
de P2 duas molculas de B e assim por diante, o balano global em relao a B ser:
40
As equaes 3.12.20-24 so transformadas, e resolvendo vem: Conhecendo os valores experimentais de CA, Cpi em funo do tempo tma^, pode-se
calcular (PPma, e consequentemente as constantes cinticas separadamente.
dcp, (P,;
=K -- 1 3.12.26 Para determinar o tempo de reao t parte-se da equao 3.12.26 e, e substituindo
d(pa ' PA (fia em funo de (ppi . Obtm-se finalmente:
Ki k, r
(PP _ [(K,K,)(pA(1x,)(p' +(lK,)(pa'] 3.12.30 Ede
(1-K, )(1-K2 )(K, -K, ) E, = 3.13.1
e ( ks r )
( K
= e (kr) 3.13.3
/^ af
(PP.ar KI) 3.12.32
Para o presente caso calcula-se funo de partio, obtendo-se a seguinte
Observa-se que (pPimaz depende somente da relao entre as constants cinticas Kl.
expresso:
Analogamente, (ppi+1,,, ser determinada em funo somente das relaes K.
Translao Rotao (2) A funo de partio para uma molcula diatmica pode ser determinada com a
Vibrao (1) seguinte equao:
q; = coordenadas do tomo (q t , q2, q3) = qlx, qty, qlz cr = (7/2)kB T +Ua 3.13.12
Pi = momentos relativos (x, Py, Pz) PI x, Pty, Plz
r .4PoR .:.ti b.. 4.s_nJ'.'. e ?, h :... ii: _. aPd^S;P'.f^PY"- '
Nota-se que esta expresso contm a contribuio da energia de translao do centro Assim, o nmero de molculas por unidade de volume que passam a um novo estado
de massa [3/2k 8 T], do movimento relativo dos tomos devido vibrao harmnica 1,m aps a coliso. representa a taxa de transferncia de energia. Esta taxa proporcional
(kBT +UB ) e da rotao kB T. probabilidade de coliso das molculas na seco de coliso 6 passando para um novo
Esta expresso coincide com a energia determinada a partir da teoria clssica. A estado. Esquematicamente tem-se a seguinte configurao":
diferena no conceito quntico que a posio e o movimento no dependem do tempo A taxa de coliso e representada pela variao do n de molculas por volume
como no conceito clssico, onde a posio bem definida. Portanto, as funes de partio
no sentido mais amplo (quntico) no interagem. Logo, pode-se dizer que:
O
{ B
fp diarmica = fp translao X fp ,ibrao X fp rorao O o
e
Dos seis graus de liberdade, 3 correspondem ao movimento de translao do centro A A
de massa, um vibrao e dois rotao. Antes da coliso Seo e e transferncia Aps a coliso
no estado j de energia com ngulo no estado 1, m
de inclinao
(n molculas espalhadas)
dnA
= G nA n B U A u B dS2duA duB = 6f (u )d u dt 3.13.14
dt
Admitem-se molculas como esferas rgidas com dimetros dA e dB, conforme
Consequentemente a energia do sistma diatmico funo desses movimentos que
contribuem separadamente, ou seja: esquema:
Conforme Van Santen e Niemantsverdriet 14 a velocidade mdia dada por Imo'1 8k6 T RT
3.13.21
u^
g
flue z Brj u ' dudr
u = 3.13.16 Portanto:
zkBr
f f e^
*--dudr 3.13.22
Onde:
Logo, passando-se o logaritmo vem:
dr=d(cos0)dcp.
1nka kB +- E,
3.13.23
Portanto, a constante de coliso ser: dT 2T RT2
3.13.18 Isto significa que, alm da energia de barreira, a energia de ativao da reao
1r qumica, contm um termo que leva em considerao a energia de distribuio das mol-
culas, devido coliso, representado pela constante de Boltzmann e a temperatura. Isto
Nota-se que a taxa de coliso (r ol) diretamente proporcional a temperatura T I/2 e explica o diagrama de Lennard-Jones, representando a variao de energia com o decorrer
a presso P2. _
da reao. Os reagentes no estado inicial tem uma energia potencial num patamar diferente
da energia dos produtos no estado final. A energia de ativao dever ser maior que a
O nmero de coliso de molculas muito grande e nem todas as molculas reagem.
energia de barreira para passar ao estado final. Somente aquelas molculas que aps a
Neste processo de coliso haver transferncia de energia. Esta energia necessria e distri-
coliso possurem esta energia mnima conseguiro reagir, as demais no.
buda uniformemente ao meio para manter o sistema energtico total constante e, portanto,
uma distribuio uniforme de energia e temperatura. O equilbrio trmico satisfaz a lei de
Boltzmann. A reao s ocorre quando a energia envolvida na coliso for superior a uma ^rsa^cs
go4encaF Energia 6e ativao
energia de barreira Eb, que est embutida na equao de Arrhenius, ou na constante k^. Logo,
a taxa de reao de formao de produto R de uma reao do tipo A + B - R ser:
B 3.13.19
Onde:
`RT J
k6 = k0e 3.13.20
Considerando a energia de barreira Eb na taxa de coliso teramos uma expresso POrCISI'SO de MOO
Observa-se pelos resultados da figura 3.14.1 que no uma linha reta e que para
Portanto, a constante experimental e inferior a constante calculada, indicando que
temperaturas mais elevadas h efeitos difusivos. No entanto, considerando os valores a
grande parte das molculas que colidiram no reagiram, j que a sua energia no foi temperaturas entre 50 e 200C tem-se uma linha reta (figura 3.14.2), correspondendo a
suficiente para ultrapassar a energia de barreira. Nota-se que a constante ko da ordem uma energia de ativao de 23.400 cal/mol, satisfazendo o regime cintico. Acima desta
de 10-10 , portanto muito prxima da constante k0 da equao de Arrhenius, ou do fator
temperatura h efeitos difusivos.
de frequncia. Isto comprova que este fator de frequncia funo da coliso das mol-
culas no sistema.
1/T 1/T
3.14.2 Mostre que a taxa do produto formado de uma reao autocataltica do tipo: A constante de equilbrio a 25C igual a 1725. A converso igual a 90% da con-
verso de equilbrio. Introduz-se 0,36 L/h de reagente puro com concentrao inicial igual
a 0,2 mol/L num reator de 0,5 litro. Admite-se uma cintica de primeira ordem direta e
A + B k'B+B reversa. Calcule as constantes direta e reversa.
dada pela seguinte expressp:
Soluo
Onde: 2AR
C XAck
2C6H5 NCO C6H5N N C6H5 T (t) = CAO J0 YA
C
O
^ 1^!it^.. n^a.'3 v.. ..... a :^*e^ai?as._ .da+$,^. 9^^>. t.^ tir 4's'_^Jlr-^
1
196 PARTE 1: CINTICA M. SCHMAL CAPTULO 3: CINTICA E REAES 1 M. SCHMAL 1 197
Aps 50 minutos a presso total do sistema foi de 3,3 atm, sendo a presso inicial
Da tiramos:
igual a 2 atm. Como a variao de volume Av = 2 - 1 = 1 e a = 1, vem:
k1^
= 2,207 pA =1,8-1(3,3-2)=0,5
XAQ
V
Como T = = 83,3 min. Logo, calcula-se a converso:
.a vO
X = PAO - PA =0,72
Logo, A
PAO
-2
k=1,89x10 min -` Se a reao de primeira ordem, a taxa ser: (-ra )= kC, = kCAO (1- X,) , pois o
sistema a volume constante.
Substituindo a taxa na equao do reator batelada e integrando vm:
H,C CH2_ CH,+ CO
dXA
O t=Cao
kCAO( 1-XA)
k'=1,51x10 -- min -'
-In(1-XA )=kt
Substituindo a converso com o tempo correspondente, obtm-se a constante:
3.14.4 A reao abaixo feita em reator batelada e em fase gs. Introduz-se o reagente k = 0,0256 min- I
com 10% de N2 a 2 atm e 450C, quando se d o incio da reao.
Na 2a parte, admite-se um reator fechado, tipo pisto, onde a presso constante e
Aps 50 min a presso atingiu 3,3 atm. A reao irreversvel e de primeira ordem. h variao de volume, e devido a expanso do gs, o volume varivel. Logo,
Calcule a constante cintica.
Se fosse feita num reator fechado (pisto) qual seria a variao de volume, man- V=Vo (1+e A X,)
tendo-se a presso a 2 atm e considerando a mesma converso do item anterior? Calcule
a concentrao inicial.
Calcula-se o fator de expanso:
Soluo
A*R+S
A reao do tipo:
r as`z_; ''-A%]
A*R+S Incio 0,9 0 0 0,1 1,0
Final 0 0,9 0,9 0,1 1,8
Clculo de CAO:
Sbstituindo os valores de vdlume inicial, fator de expanso e converso, vem:
= y, O PO - 0,3x10
CaO
=4 57x10 -2 moles/L
v=0,1 (1+0,8x0,722)=0,157 L RT 0,082x(273+527)
Sendo o fluxo total na entrada igual a 7,2 moles/min. A energia da ativao igual Clculo de E
a 30 kcal/mol. Com estes dados calcule as constantes e comente os resultados. No h
A---> 2R +1/2S
difuso limitante. Qual varivel que deve ser calculada.
70% A F,=7,2 moles/min A R S Inerte Total
Inicial 0,7 0 0 0,3 ' 1,0
30%I 0;35 0,3 2,05
10 atm, 527 ' C Final 0 1,4
4XA +
X,+41n(l-X4)=tk CA
(
r )= kC- (1 XA) Z (1-X,)
(1+E,XA ) -
Substituindo os valores da tabela, determinam-se os valores de k, conforme tabela
Substituindo a taxa na equao do PFR:
acima.
Os dados para os primeiros dois valores mostram que a constante cintica a 800 K
f' (1+E A X A ) 2 constante e igual a 5,85 x 10-2 (L/mol x min). No entanto, como no h efeitos difusivos,
TC = J dXA provavelmente houve engano na leitura da temperatura de reao. O 3 resultado 10
" k(1-XA ) -
vezes maior, portanto, calcula-se a temperatura, sabendo que a energia de ativao cons-
tante e dada. Logo,
-(Eixr)
k = ke
Calcula-se inicialmente a constante ko, pois para a temperatura de 800 K o valor de A taxa de desaparecimento de A ser:
k foi determinado igual a 5,85 x 10- 2 . Sendo a energia de ativao conhecida E = 30.000
cal/mol, vem: r, = k, [A]+k, [A][H]+k4 [MR ][A] E3.14.6.1
ko = 8,25 x 106
H. =k,[A]-k2[A][H]=0 E3.14.6.2
Logo, como a constante para o 3 valor foi de ko = 5,85 x 10- 2 , vem:
30.000 k
-(E'RT) [H]= E3.14.6.3
k=kae =5,85xl0-2 =8,25x10 6 xe 2T 1
Teste os dados abaixo para determinar a constante cintica, admitindo-se uma reao Substituindo a equao E3.14.6.6 em E3.14.6.7, vem:
irreversvel. Compare com o mecanismo global.
Despreza-se o primeiro termo desta equao que representa a taxa inicial. Esta taxa =k
-r) CM =kcaa(1-X A E3.14.6.13
rpida em relao a etapa 3. Portanto, pode-se escrever a taxa de desaparecimento de A
da seguinte forma: Substitui se igualmente esta equao para o reator batelada e integrando obtm-se:
I2k [A]
r, = k, [M]. E3.14.6.9 2X4
^I s =kCY2 r E3.14.6.14 V
l-X ,,
Nota-se que a concentrao do- reagente [A] est dentro da raiz e pode variar com
Com os dados calculam-se as constantes, conforme tabela E3.14.6.
o tempo. A concentrao do monmero M indica que a reao em relao a ele de pri-
meira ordem. Tabela E3.14.6 I;
Os dados abaixo mostram como o reagente [A] varia com o tempo
s)k
640 .750 830 -0 0,8740 O
i(s) 0- 350 400 - 500
0,478 0,432 0,382 . 0,343 350 0,5100 0,416476 0,002333 0,003813
[A] 0,874 0,223 0,510
400 0,4780 0,453089 0,00237 0,003873
500 0,4320 0,505721 0,002341 0;003826
A taxa de desaparecimento de [A] segundo a equao global de 2a ordem, ou
640 0,3820 0,562929 0,002303 0,003763
seja: 0,3430 0,607551 00,002362 0,003859
750,
830 0,3240 0,629291 0,00234 0;003824
RSH + CH2 = CHR ' ` - RSCH2 -C HR' Valor mdio 0,002341 0,003826
A+M >MR
Nota-se que a constante para uma cintica global de 2,34 x 10-3 L/mol x min. Para
A taxa: uma cintica real do modelo praticamente o dobro, ou seja: 3,82 x 10-3 L/mol x min.
rA = k[AI [MI = k[A]2 = kC; E3.14.6.10
XA
= kCAO I E3.14.6.12 Substituindo na equao do PFR, vem:
XAi
"(I+,X.4]2.4
Verifica-se tambm a equao E3.14.6.11 admitindo-se proporcionalionalidade: iCA o
k(l-Xj 2
rA = k[A0 [M]
-. . . .:.. V.. .o
rrn .
?a^^s+^,v:.?AY+ r.`,^^. ^r ^ ,.,
t^, . yf" ,^ .ti, , ^,t. 4, .:.rr :..^a; rn...
'A .03 > ^ r ^^ ..a.o..,, s":'a.
Pela tabela E3.14.1 calcula-se as constantes que na figura E3.14.1, permitem calcular
"rS'^e
,fia
-2,T h 3
0,05
r3 K.e^
^ ^,.r^'
!^t^`^.$^
h r,
0,05
MRIDMcf?0,137 a
0,0795
a energia atual.
0,00757 0,15 ' 0,413 0,0798
0,00352 0,2 0,550 0,0801
0,00155 0,25 0,688 0,079
k (mdio) = 0,0798
1 (moles/L min)4,9 x 10-a 6 x10-5 1,1 x 10- 2 4 x 10-3 2,2 x 10-2 1,18x10-1
ro ,82
CAD(moles/L) 0,2 0,06 0,020 0,05 0,08 0,1 0,06 0,00112 0,00120 0,00128 0,00136 0,00144
T(K) 700 700 750, 800 850 900 950 1R (K)
Determine a ordem de reao, a energia de ativao e as constantes para cada - A -D a t a ] , " .,
temperatura.
Figura E3.14.1 Determinao da energia de ativao.
Ou,
XA XA
r= kC' XAe 1- K E3.14.9.3
3.14.9-Unia-reao reversvel em fase lquida feita num PFR ideal, conforme reao:
XAe XAe
A+BR
Onde:
As constantes cinticas no so conhecidas mas a constante de equilbrio igual a X
K==
10 1/moi. Sabe-se que a converso de sada do reator de 70% da converso de equilbrio. XA
As concentraes de A e B so iguais a 2 mol/L cada e a vazo de entrada total igual a
0,2 L/min sendo o volume igual a 0,1 litros (diferencial). Calcule as velocidades especficas Esta a taxa de reao em funo da converso. Substituindo a equao E3.14.9.3
direta e reversa. na equao do PFR:
ca,
Soluo T = CAo J
A E3.14.9.4
o r
A taxa resultante igual a: r = kCA CR k CR
Mas para concentraes equimolares, tem-se: r = kC,; R
Obtm-se aps integrao, a seguinte soluo:
Em funo da converso:
KCAO = Ke = 20 Onde:
K
k' = (K1) kC XA, E3.14.9.6
o=[((1XAj)z XAe
20 )]
20X2 -41XAe +20=0 A converso final 70% da converso de equilbrio: XA = 0,7XAe = 0,56, sendo
XA
Obtm-se: K = X" = 1,56 e = 0,7
X, XAe
XAe = 0,80 e X'Ae = 1,25
'P,C^! RY.'L1Y
e .: r f.P.v+.; ;,.,N f ;,..,r {..?^.bFd:i b:r ; ?!,;:;,. ,t
Logo, Onde:
[S]
lt = l-tma
[S]+ KMo,,
* Logo,
In =0,608=k r `- SC
r^ =g.. [S]+K
K M,,
Ou seja:
v [Si+nMon [S][C]
Mas, ti==2
vo ltm^ r
Numa forma mais conveniente, vem:
0,608 = k*ti
i KMon + 1 = [C]
Portanto, ltm, [S] -
! t m^ r
o,so
Substituindo os valores, vm: 0,45
0,40
k = 3,57 L/mol min 0,35
0,94915
0,30
k' = 0,178 min- 1
0,25
3.14.10 Uma reao biolgica segue a equao de Monod, cujas constantes so desco- Conc.Celulas - C
nhecidas. A partir dos dados da tabela, determine-as. --r--B - - - Data1_B
Soluo
A taxa para o crescimento das clulas dada pela equao 3.9.27:
Logo,
rc = [C]
3.14.11 Na fermentao foi consumido oxignio a 28C. Os dados da tabela foram 0,045
obtidos a 23C. A taxa segue a equao bsica de fermentao. Calcule a taxa mxima
a 28C. Usando meia-vida calcule a constante Km
0,040 -
Soluo
0,030 -
Os dados so mostrados na figura E14.11.1. Partindo-se da equao 3.9.17 vem, conside-
rando um mol de oxignio consumido/mol de substrato:
0,025
1 _ KM 1
+
a2) V.k Po2] V
0,020
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6 1,8 2,0 2,2
Colocando os dados na figura E14.11.2, obtm-se os valores:
(1 Pz )
._.. D Datal_D
V = 0,01991 V,ne,, = 50,22 .
Figura E14.11.2 Determinao das constantes
V__ V.
portanto, = 50,22
T T'' 296 = 51,7 02 = 0,52.
Com o tempo de meia-vid, tira-se do grfico: rol = 21,3 e a presso 1'
A constante K1 determinada: Conforme equao 3.916, vem: KM = [s] 2 = 0,5 2 .
ente.
Este valor muito prximo do valor obtido graficam
KM
=o 01107 Km= 0,565
"
50 a E, obtendo-se H2O e 02,
3.14.12 A decomposio da H2 02 feita com uma enzim
42,5
segundo o modelo cintico enzimtico:
40
H,02 + E [H = 0 2 El
30
E
E H2O2 + E
C H202E1
? 20
Soluo
0,0140 -
Com este mecanismo obtm-se uma taxa igual a equao 3.9.13, ou seja:
0,0135 -
(rs) = V ar [H 2O2
[ H 2 O 2] + K ,t7
lln(1XA)==[H202 XA 0.0120 -
t K7 Km t
sendo, . l
,
0.0115 1 i 1
1
1 1 1 1
0 2i
[H 2 0 [ H 2 0 2] 0.0070 0,0075 0,0080 0,0085 0,0090 0,0095 0,0100 0,0105 0,0110 0,0115
XA
[ H 2O 2]0
1.,05 0,94 0,75 so de segunda ordem respectivamente e so feitas num PFR a 500 K. Determine as cons-
tantes, sabendo que a converso de A de 53%, sendo o fluxo 0,181 mol/min e o volume
4
O coeficiente angular -0,56468. Portanto, como [H 202]o = 0,02, ento: do reator 0,5 litro. Introduz-se o reagente com 50% de inerte. A presso total de 10 atm.
Despreze a variao de volume. A seletividade foi de 70%.
KM = 0,0354
Soluo
O coeficiente linear igual a 4,01802, portanto,
As taxas: rR = k1 CA
V max = 6,37 x 10- (moUL) min 4
rs = kz CA
z
V,,, =k3 E,
A taxas relativas ao reagente so:
= 3x6,37x10 -4 = 1,911x10 (moUL)min
-3
YR
Logo, o tempo para uma converso de XA = 0,95 ser: ( r41) =
2
( rA2) =rS
t=^-]xXAva Cu(1XA)
(rA ) = 2+rS =I 2'+k2 IC , =k ` C2
t = 189 min
k' =(z k, C 2 H5 Br C Z HS + Br
Br' + C2 H5 Br '=-> HBr + C 2 H4 Br*
Substituindo a equao da taxa no PFR e resolvendo obtm-se a soluo (equao
3.6.8) C Z HaBr* k3 -> C2 H4 + Br'
; = k, [M] E14.14.4
R3 2k, LR,
T
216 1 PARTE I: CINTICA 1 M. SCHMAL CAPTULO 3: CINTICA E REAES 217
M. SCHMAL 1
Ea = E, + E, + E3 - E4 = 27 k,00 =4
, 5 kcal/mol kao
2
Logo,
0,067
k80 = = 0,0167 min- 1
4
3.14.15 A reao de hidrodenitrogenao feita num reator batelada a 100C contendo
20g/l de catalisador CoMo/AlQ3 , obtendo-se os seguintes resultados: Com estes valores calcula-se a energia de ativao:
t (min) 0 5 10 20 30 40 50 ln (k / k ,
E=R1/T
XA 0 0,30 0,50 - 0,73 0,85 0,93 0,97 ) =1,80x104 ca1/mol
l 80 m( 1 /g 100
TR1n2
_ IOE r
3.15.2 A seguinte a reao foi feita num reator batelada para determinar a cintica:
Foram obtidos os seguintes dados experimentais: Como varia a energia de ativao quando ela depende da variao de entalpia, con-
forme equao:
t(s) 0 27 45
E=Cd(AH )
--62 .79 93 105. 120._ _
3Q(cm- 1 ) ,5
. 0;352 0,646 0;813 0,969 1,12 1,26 1,40 -
Onde C e a so constantes. O que significa isto?
Admitindo uma reao de 2a ordem, sob condies isotrmicas a 25C, calcule a
constante cintica, partindo-se de 3,6 x 10- a moles/m 3 .
3.15.6 Interprete os seguintes grficos, explicando detalhadamente se h efeitos de trans-
ferncia de massa. Mostre como varia a energia de ativao com a temperatura.
3.15.7 A reao:
Onde:
CH3 000C6 H5 +Na'OC 6 HS -> CH 3 000 - Na +2C6 H S OH
Km= constante de Michaelis
feita num reator batelada e em fase lquida. Introduzem-se concentraes K1= constante do inibidor (k4/k3 )
equimolares de ster e fenolato igual a 30 moles/m 3 . Durante o aquecimento
houve reao e quando s iniciou a contagem de tempo a concentrao foi de Faa todas as simplificaes possveis, justificando.
26,9 moles/m3 , e a do fenol 7,42 moles/m3 .-Admite-se uma reao irreversvel,
dada pela seguinte expresso:
+ C 3.15.9 A reao (CH 3 )3 COOC(CH3 )3 2 H6 +2CH 3 000H3 feita num reator
r k CACE, batelada, medindo-se a presso total em funo do tempo a 50C. Dados:
CR
Sendo:
t (min) 0 . 2,5 5 10 15 20
CA = concentrao do ster CH3CO00 6H5 P (mmHg) 7,5 10,5: 12,5 15,8 17,0 19,4
CB = concentrao do fenolato Na+OC6H5
CR = concentrao do fenol C6H5OH Escreva a taxa em funo da presso total, sabendo que a ordem n.
Mostre a variao de P com o tempo e determine a ordem de reao
Foram obtidos os seguintes dados experimentais, retirando amostras em momentos Aproxime o valor de n ao nmero inteiro e calcule a constante pelo mtodo
diferentes: integral.
E+S^ .k '' ES 3.15.11 Uma reao do tipo em srie A R k' > S feita num reator batelada.
As taxas correspondem a reaes irreversveis de primeira ordem. Sabe-se que a 50C
E+1 k- El a relao
ES A:2> E + P k, = 3
k,
Onde:
e a 70C igual a 1,5. Calcule a concentrao mxima de R, sabendo-se que o tempo
E = enzima
correspondente de 30 min a 50C. Calcule as energias de ativao e a seletividade
1 = Iniciador
mxima de R.
ES, E1= complexos
Prove que a taxa de formao do produto P dada pela seguinte equao: 3.15.12 A hidrodenitrogenao feita a 100C e 60 atm num reator batelada contendo
20g/l de catalisador sob forma de p. Foram obtidos os seguintes dados:
rP
_ [SI
[S]+KM^[1+ [I ^ \ t (min) 0 5 10. 20 30 40 50
XA 0 0,3 0,5 0,73 0,85 0,93 0,97
K,k, ,
Quer-se projetar um reator tubular com 0,15 m3 para temperatura de 450C e presso de A reao feita em fase lquida num reator batelada a 25C, coletando-se amostras
1 atm com fluxo molar de 41,7 moles/kseg de tetracolroetano. Pergunta-se: haver de tempos em tempos, medindo a condutividade eltrica, conforme tabela abaixo. Intro-
enveneamento? duziram-se concentraes iguais de reagentes, sendo a reao irreversvel e de segunda
ordem. Obtiveram-se os seguintes dados:
REFERNCIAS
3.15.17 A reao: etanol- dietilter + gua estudada num reator diferencial, obtendo-
1. BAILEY, J. E., OLLIS, D. F. Biochemical eng. fundamentais. New York: McGraw-Hill, 1986.
se os seguintes dados. Utilizando a lei das potencial e separadamente a equao de LH,
determine a ordem de reao em relao a cada componente e se possvel as constantes 2. BILLMEYER, F. Textbook of polymer science. New York: John Wiley & Sohns, 1984.
cinticas e de adsoro-desoro.
3. BOND, C. C. Heterogeneous catalysis and applications. Oxford: Clarendon Press, 1974.
LH - Langmint-Hinshelwood 8. LEVENSPIEL, O. Chemical reaction engineering. 3. ed. New York: J. Wiley & Sons, 2001.
9. MASEL, I. R. Principies of adsorption and reaction on solid surfaces. New York: John Wiley &
Sohns, 1996.
3.15.18 A reao A -- R irreversvel mas cataltica. Com os dados abaixo, obtidos
a baixa converso estime um mecanismo e proponha uma expresso de taxa tipo LH. 10. SATTERFIELD, C. N. Heterogeneous catalysis in industrial practice. 2. ed. New York: McGraw-
Hill, 1991.
11. SCHMAL, M. Cintica homognea aplicada e clculo de reatores. 2. ed. Rio de Janeiro:
` XR er ia` r ,. affi m W ft'al clfles ri % Guanabara, 1982.
1 1,0 1 3,3 x10-5
2 5 12. SMITH, J. M. Chemical engineering kinetics. 3. ed. New York: McGraw-Hill, 1981.
1 :1,5 x 10-5
3
10 1 0,56 x 10-5 13. SOMORJAI, G. A. Introduction to surface chemistry and catalysis. New York: John Wiley & Sohns,
4 1- 10 0,86 x 10-5 1994.
.5 2 5 1,82 x 10-5
14. VAN SANTEN, R. A., NIEMANSTVERDRIET, J. W. Chemical kinetics and catalysis - fundamental
6 2 10 1,49 x 10-5 and applied catalysis. New York: Plenum Press, 1995.
15. VANNICE, M. A., BENSON, J. E., BOUDART, M. Journal of catalysis, 16, p. 348, 1970.
16. WINGARD, L. B. Enzyme engineering. New York: John Wiley & Sohns, 1972.
Reatores
Captulo 4
1 Reatores
Captulo 5
Reaes em sistemas multifsicos
Captulo 6
Reatores heterogneos
Captulo 7
Reatores no ideais
Captulo 8
Prticas de laboratrio
v. 1>; , t .. .,..:r.,..<v.fy^i ?,.s.ea..^^ ti.^ {.^.Fi's_'.^ rY -. .l.S.4..:[+a...o .^ F1^-rt:<s,:.a ,...z. f-- . L=. Fy1t44
._
INTRODUO
Bfeld r L^ ^^^'
Vantagens Vantagens
Pequena escala Grande escala
Fase homognea lquida ou gasosa Fase homognea e hetrognea
Qualquer presso e temperatura Qualquer presso-e temperatura
Custo baixo Custo alto
Requer mo de obra Requer mo de obra especializada
Equipamentos simples Equipamentos de contrle adequados
Desvantagens Desvantagens
Grandes perdas (tempo e material) Problemas no previstos (parada total)
O reator batelada sem dvida vantajoso para processos em pequena escala, como
produo de remdios e qumica fina. E muito til para estudar a cintica do probesso,
podendo-se variar vrios parmetros para determinar a cintica da reao. No entanto, deve
ser construdo de tal maneira que no apresente caminhos preferenciais, com sistema de
agitao bastante eficiente para que a mistura seja homognea. Podem ser feitas amostra-
gens intermitentes, ou no trmino da reao, determinando-se assim as composies
intermedirias ou do produto final. Para estudos cinticos retiram,-se amostragens em
diferentes tempos, permitindo acompanhar o sistema reacional com o tempo de reao.
1 CAPTULO 4: REATORES M. SCHMAL 1 231
230 1 PARTE II: REATORES M. SCHMAL
As desvantagens dependem da escala do sistema. O reator deve ser carregado e O escoamento ou fluxo depende tambm da forma do reator. 0 reator tubular ciln-
descarregado, e limpo, resultando num tempo as vezes muito maior do que a prpria drico o mais usado, mas h outras formas, em particular, tronco cnicos ou cilndricos
reao. No exige mo de obra especializada, mas por outro lado exige cuidado especial com escoamentos transversais, que mudam o perfil de velocidade e portanto afetam o
para evitar contaminaes. Tem aplicao na indstria farmacutica, na qumica fina, em escoamento, conforme figura 4.1.1.
produtos naturais e nos processos pouco conhecidos., (b) Fluxo transversal
Os reatores contnuos so os finais usados industrialmente em grande escala e em Produtos'
todos os processos industriais. Podem ser empregados processos homogneos e heterog- (a) Fluxo longitudinal
neos e operam durante vrios meses ou anos com paradas intermedirias, produzindo
grandes quantidades de produtos. As condies operacionais so amplas, mas exigem um
Produtos
controle contnuo e consequentemente mo de obra qualificada.
H problemas srios de escoamento e de transferncia de calor e massa. O regime
de escoamento afeta o sistema, principalmente quando so sistemas heterogneos. As
variveis mais importantes, como a vazo, temperatura e concentrao devem ser contro-
ladas continuamente, e exigem um instrumental de grande preciso. Reagentes Produtos
A principal desvantagem a ocorrncia de entupimentos ou sobrecarga exigindo a
parada imediata do reator, principalmente nos sistemas de reaes com perigo de exploso.
O escoamento num reator do tipo tanque ou tubular deve ser conhecido. Num reator
contnuo tipo tanque, o escoamento no pode ter caminhos preferenciais. No reator con- D Varia
tnuo tubular o escoamento pode ser nos casos limites, laminar, no desejado ou turbulento
(desejado), mas sem volumes mortos. A forma de escoamento pode causar efeitos de (c) Reator tronco cnico
difuso radial e longitudinal e, portanto, provocar gradientes de temperatura e de concen- Reagentes
trao radiais ou axiais e consequentemente afetar a reao qumica.
O dimensionamento do reator pode ser fcil quando o escoamento ideal. Para
Reagentes
verificar o escoamento recorre-se ao chamado "balano populacional".
Consideremos uma reao qumica irreversvel e de primeira ordem, sob condies Figura 4.1.1 Formas de reatores tubulares.
isotrmicas, cuja soluo :
A escolha do tipo de reator depende no somente do fluxo, mas de vrios outros fatores,
1n(lX,)=kt como por exemplo:
a) Tempos de residncias.
onde XA a converso do reagente A, k a constante cintica e t o tempo de reao. O b) Perda de carga no reator.
tempo t o tempo de contato ou o tempo de residncia das molculas no reator. No reator c) Tipo de carga no reator (recheio ou catalisador).
batelada, o tempo medido igual ao tempo mdio de contato das molculas. Num sistema d) Troca de calor interno ou externo, que por sua vez, depende se a reao exotrmica,
endotrmica e consequentemente se a operao pode ser isotrmica ou adiabtica.
contnuo o tempo de permanncia das molculas pode ou no ser igual para todas as
molculas; pois depende da sua distribuio no reator, que por sua vez, depende do esc-
O fluxo no reator e, portanto, as velocidades superficiais numa seco transversal do
amento do fluido. Portanto, impossvel determinar a constante cintica sem saber qual
reator variam com as condies e a forma do reator. O perfil de velocidade no fluxo laminar ,4s
o "verdadeiro" tempo de reao. em tubo cilndrico pode ser calculado, apresentando uma distribuio de velocidade para-
blica e, portanto, varivel na seco transversal, causando diferentes tempos de contato
Na realidade podemos considerar os seguintes casos: das molculas ao longo do reator, caracterizando um reator no ideal. No escoamento
a) Todos os elementos de fluido ou as molculas tm o mesmo tempo de permanncia turbulento, quando o nmero de Reynolds alto, a distribuio de velocidade varia na
no reator, ou o mesmo tempo de contato mdio, caracterizando assim uma mistura seco transversal, com maiores velocidades prximas as paredes e com velocidades mais
perfeita batelada ou tanque ideal. ou menos uniformes na parte central do tubo. Estes perfis de velocidade podem ser calcu-
b) O escoamento do fluido igual numa seco transversal do tubo e uniforme ao longo lados pela teoria de Van Karman 3 . Quanto maior o nmero de Reynolds maior ser a
do reator, caracterizando assim um escoamento pisto reator tubular ideal. velocidade e mais uniforme o perfil de velocidade no reator, aproximando-se bastante do
c) O escoamento do fluido ou a distribuio das molculas no uniforme na seco escoamento ideal, favorecendo um contato uniforme e, portanto, um tempo de residncia
transversal, fluindo ao longo do reator com tempos de contatos diferentes, caracteri- mdio ideal das molculas. Os reatores heterogneos, particularmente os reatores catalti-
zando assim os reatores no ideais. cos, apresentam distribuio de velocidade bastante varivel e apesar de ser possvel prever
A'.
t.,.r sr59:,.^,.aR"4ric G.^v.n:"!b`M` iSOC nG>:r;' :a/>1 da) Y;.faiP.SS.ir vedas f.... :.vit^, ^e2stPrPt .
o comportamento do fluido nestes sistemas, bastante difcil calcular os espaos vazios, 4.1 TIPOS DE REATORES
favorecendo caminhos preferenciais. O escoamento depende do tipo e colocao das par-
tculas de catalisadores no reator. Por outro lado, o contato entre as molculas muito As condies para classificar os reatores ideais so:
maior, devido maior rea, favorecendo assim a reao qumica entre as molculas. Quanto Reator tubular: o tempo de contato igual para todas as molculas ou elementos de
mais alto o nmero de Reynolds e, portanto, quanto maior a velocidade do fluido, mais fluido ao longo do reator quando a velocidade for uniforme na seco transversal do
prximo ser de um escoamento turbulento e das condies pisto de um reator ideal. tubo, satisfazendo assim o escoamento empistonado. Todas as molculas tm a mesma
Alm do escoamento, devem-se considerar os efeitos de transferncia de massa e velocidade. Logo, a concentrao uniforme numa seco transversal do tubo e varia
de calor. Nos reatores sem recheio pode-se prever a troca de calor e massa e, portanto, somente ao longo do reator. No caso isotrmico a temperatura permanece constante e
determinar as condies de uma operao isotrmica ou adiabtica, conhecendo-se o perfil no h variao de temperatura na direo radial ou longitudinal. No caso no isotr-
de temperatura no reator. Para velocidades uniformes a transferncia de calor depende das mico a temperatura varia ao longo do reator. Este reator ser denominado PFR ideal.
capacidades calorficas. Se forem constantes, o perfil de temperatura uniforme. Caso
contrrio h grandes desvios, e consequentemente grandes variaes de temperatura. Nos Reator tanque: as molculas devem ter o mesmo tempo de residncia mdio no tanque
reatores catalticos, h ainda a influncia do calor condutivo das partculas. Como se sabe e, portanto, a concentrao no tanque deve ser igual e a mesma na sada do reator. Isto
a temperatura afeta sensivelmente : a constante cintica e consequentemente a taxa de implica que a mistura deve ser uniforme, perfeita. Numa mistura perfeita devem ser
reao. Paralelamente, h efeitos de transferncia de massa devido conveco e difuso evitados os volumes chamados " mortos " , para que o tempo de residncia mdio seja
nos poros das partculas que dependem do escoamento do fluido e das propriedades difu- uniforme. Este reator nestas condies ser denominado CSTR ideal.
sivas das molculas, afetando sensivelmente a constante cintica e, portanto, a taxa de
Reator batelada: deve ser de mistura perfeita com concentrao homognea no seu
reao qumica, causando diferentes tempos de residncia das molculas.
volume. Deve ser bem agitado e no deve possuir volumes mortos nos cantos ou nas
Estas consideraes tambm valem para os reatores tanque contnuo e batelada ou
periferias. A temperatura tambm uniforme.
semibatelada. No entanto, a forma de contato entre as molculas depende ainda da geo-
mtrica dos reatores. Devem-se evitar, volumes "mortos" e geralmente utiliza-se forte
agitao. Quanto maior a agitao melhor o contato entre as molculas e menor a 4.2 DEFINIES E NOES DE TEMPO DE RESIDNCIA
probabilidade de ocorrerem volumes mortos. O contato instantneo e as concentraes
Como visto, num reator batelada a concentrao varia com o tempo de reao ou tempo
no tanque ou batelada devem ser uniformes, e se possvel iguais da sada do reator.
Atinge-se a condio ideal quando a mistura for perfeitamente uniforme. A figura 4.1.2 de contato. Este tempo um valor cronometrado.
ilustra os diferentes casos. No caso de reatores contnuos a concentrao varia com uma varivel que equi-
valente ao tempo, denominado tempo espacial, medido em funo do volume do reator e
do fluxo de entrada do fluido ou da velocidade de entrada do fluido. O fluxo medido
Escoamento de fluido experimentalmente usando o rotmetro ou bolhmetro nos casos mais simples, ou por
medidores de fluxo de massa (MFM) atravs de sinais condutores. Portanto, so medidas
concretas. Assim definiremos as novas variveis 2.3 :
=s= 4.2.1
v V ( h- ^ )
ou
Agitador 4.2.2
V =s= FAO ( -' )
^.ao V
F(t)= 4.2.5
C =1-e
Co
`T^
1 c
vo
Figura 4.1.3 Balano de massa de fluido no reativo no reator tanque.
Clculo da funo F:
t=i t
G(t)G, 2C(t)
Figura 4.1.4 Curva da funo de distribuio de tempo de residncia. F(t)=
G G, =2- 2
O tempo de residncia mdio ser quando t ='r, ou quando a rea 1 for igual a rea 5 10 20 30
0,1 0,2 1 2
^fi!r 0,034 0,004
2, conforme figura 4.1.4: note que uma frao de molculas na rea 1 tem um tempo de 1,96 1;93 1,642 1,344 0,736 0,286
residncia menor e outra frao (rea 2) um tempo maior que o tempo de residncia mdio. 0,632 0,866 0,983 0,088
0,02 0,035 0,179 0,328
Fraes iguais tm um tempo de residncia correspondente ao valor mdio, que designa-
mos t .
1,o
No PFR ideal, o tempo de residncia o mesmo para todas as molculas, admitindo
velocidade uniforme e constante, de modo que a concentrao de sada do traador igual I
a concentrao de entrada. Logo, F(t) = 1, ou t ='r. O tempo de residncia mdio igual 0,8
Data: Data1_B
ao tempo espacial. Model: Boltzmann
Qualquer outra forma de distribuio de tempo de residncia entre o CSTR ideal e 0,6 Chi A 2/DoF 0,00001
o PFR ideal comporta-se como um reator no ideal. RA2 = 0,99996
Para determinar a funo F(t) a partir de dados experimentais, usaremos a proprie- u- Al -8,69359 4,14906
dade G, j indicada no Captulo 1. Se G uma propriedade qualquer (condutividade, 0,4 A2 0,99782 0,00285
x0 -10,08414 2,52512
ionizao, comprimento de onda, etc.) que proporcional concentrao, Gr a sua gran- dx 4,65647 0,1517
deza na entrada e G2 na sada, ento a funo de distribuio de tempo de residncia 0,2
cumulativa que permaneceu no reator num instante menor que t ser:
o,o
F(t)= G(t) Gr 5 10 15 20 25 30
4.2.6 o
GZ G,
t (min)
O tempo de residncia mdio pode ser determinado pelo grfico, admitindo reas Integrando:
iguais AI e A2 conforme linha tracejada que corresponde a t = 5 min. A funo de distri-
buio cumulativa em funo do tempo mostrada na tabela acima: JdF= J- dt
Nota-se que tempos maiores indicam que a frao de molculas que sai do reator o
maior que o tempo de residncia mdio e inversamente. Mas, pela curva conclui-se que:
Traadores em pulso
C
f Co dt= JCtde=1
co
O outro mtodo para determinar o tempo de residncia introduzindo o traador sob a
forma de pulso num pequeno intervalo de tempo. A resposta da concentrao na sada do onde 4.2.8
reator pode ser calculada, admitindo-se que uma frao de molculas AF saiu do reator no t
=-
intervalo de tempo At. Uma frao de molculas sai com a concentrao Co e a outra frao t
sai sem Co na sada do reator. Logo, no intervalo de tempo At tem-se o seguinte Define-se E(t) a funo de distribuio de tempo de residncia por:
balano:
dF _ E(t)
vo AF(t)C0 = v0C dt
ou
No limite At -
dd (e)
co tem-se:
tE(t^=C 4.2.9
limAF(t)dF C o
AI-,O At dt Co 4.2.7 Logo:
Exemplo
E4. 1.2 Determine o tempo de residncia mdio do CSTR atravs do traador utilizando
os seguintes dados:
5. 10 i5 20.. 25 -30 35
84,9 141;5 141.5 113,3 28,3 0
0 5 10 15 20 25 30 35 40
t (min) 0 5 10 15 20 25 30 35
t (min)
B Polynomial Fit of Datal_B
^_n*g^z F s^
A cintica das reaes foi estudada para diferentes sistemas de reaes em fase lquida ou
gasosa, reaes simples e mltiplas, com variao de volume para os diferentes casos e
so fundamentais para o projeto dos reatores.
Para projetar reatores devemos fazer os balanos molar e de energia, considerando
que as reaes podem ser feitas tambm sob condies no isotrmicas. Estes balanos
O tempo de residncia mdio determinado pela equao 4.2.10, ou seja:
contm sempre o termo de gerao, devido reao qumica representada pela taxa de
reao.
t= JtE(t)dt
Os reatores ideais convencionais so de batelada, contnuo e semibatelada. As:condi-
A figura E4.2.2 mostra a curva t x E (t) versus t. es estabelecidas para reatores- ideais foram mostradas no capitulo anterior, e relembrando,
Integrando-a, conforme equao 4.2.10, obtm-se o tempo de residncia mdio: devem ter misturaperfeita nos tanques e fluxo empistonado nos reatores tubulares.
O balano molar num sistema aberto e para qualquer reao, inicialmente a tempe-
t = 15 min ratura cuusiaute, uiostiado no seguinte esquema e figura 4.3.1:
Nota-se que o balano feito para qualquer componente, reagente ou produto da F.o F. + f rdV = 0 4.3.3
reao e tem a unidade em moles/tempo.
A taxa gerada ou consumida neste sistema por unidade de volume, e representada 4.3.1 Reator batelada
pela taxa de reao dentro de cada elemento de volume A V. Logo, Basicamente, no h fluxo e, para calcular o volume do reator para processar uma deter-
dn minada reao e atingir uma desejada converso final, precisamos determinar o tempo total
FoF.+frdV= ' 4.3.2 de reao. Precisamos tambm conhecer a taxa de reao atravs da cintica intrnseca,
dt
ou o contrrio; determinar a cintica intrnseca ou a taxa de reao, conhecendo-se o
Esta a equao geral do balano molar para qualquer componente j de uma reao volume do reator. No reator batelada desconsideram-se os termos (1) e (2), e, portanto, a
qumica. equao 4.3.2 toma-se:
Devemos distinguir claramente o termo de reao do termo de acumulao. Consi-
deremos os seguintes esquemas distintos na figura 4.3.2: f rdV=dn.+
,o.P:h. .F^.;..p;aa _.. ;.; .z;
.,.<:c. -'.. sra ,S,a g. ..:.:5,x....0 !e:e-
Num sistema fechado o volume constante e, portanto, Em geral, admite-se um fator de segurana no clculo do volume do reator. Este
dn. fator arbitrrio e muitas vezes 100% maior. No entanto, este chute desnecessrio, pois
rV = pode-se prever o tempo de reao conhecendo a cintica da reao. No incio a velocidade
dt
de reao alta e vai diminuindo com o tempo de reao. Logo, a taxa de reao inicial
Logoi
, entre Cio e calcula-se o tempo total de reao. mxima e decresce no final. Com isto o tempo final da reao torna-se longo demais
para converter o percentual restante muito baixo. Se levarmos em considerao este tempo,
dC^ mais o tempo de operao o rendimento do processo torna-se inadequado. Portanto, melhor
t=f
ser se pudermos obter uma taxa mdia, entre a mxima no incio e a final. Aconselha-se
c,o
escolher uma taxa cuja reta tangente curva parte do ponto correspondente ao tempo de
Usando a converso como varivel, em sistemas lquidos ou em gases sem contrao operao mais o tempo de reao, indicada esquerda da abscissa do tempo de reao,
ou expanso de volume, temos: conforme figura 4.3.3. Observa-se que a converso no total, mas elevada, restando
pouco para converter num tempo muito longo. O tempo de operao estimado. O tempo
C.4 =C AO( I-X A) final de reao escolhido aps atingir a converso X4 da tangente a curva. O restante
pode ser reciclado. A taxa mdia ser:
x' dx a
t=CAOS 4.3.4
o \YA) Taxa de produo mdia: G [kg/h] 4.3.7
t, + to
Este o tempo necessrio para atingir uma converso final e pode ser calculado
conhecendo-se a taxa de reao (ri ).
Num sistema gasoso fechado, admite-se um pisto, onde a presso constante e o
volume do gs varia (expanso ou contra). Neste caso a equao 4.3.4 torna-se mais
ampla, ou seja:
_ x, dX 4
t
nA0 f o 0 L ( 4.3.5
YA)
Onde:
V =Va (l+E 4 XA )
t = tr+to
E4.1.3 Uma reao A + B . 2 R feita num reator batelada e em fase lquida. Intro-
Considerando-se a capacidade diria do reator G, como a massa diria de produto duzem-se os reagentes com concentraes iniciais de 1,5 e 3,0 k moles/cm3 , mas o reator
desejado (kg/dia), N o nmero total de bateladas dirias e p a densidade mdia da mistura, j contm o produto cuja concentrao inicial de 2,25 k moles/cm3 . Calcule o volume
ento o volume do reator por batelada ser: do reator visando a uma produo de 20 ton/dia. A converso final foi de '80% de rea-
gente A. O tempo de operao, incluindo a abertura, a limpeza e o carregamento, foi de
G 1 hora e a densidade da mistura final de 880 kg/m 3 . A taxa de reao conhecida e
v.or = 4.3.6
pN dada pela seguinte expresso.
C.4 =C A0( 1X .4) E4.1.4 Para a produo de acido propinico, dissolve-se sal de sdio em uma soluo
de cido clordrico, conforme reao:
C R =C .40( MX .a^
CR CAO( R+2X A)
C2H5COONa + HC1 --> C 2H5COOH + NaCI
Sendo CAO , CBO e CRO as corlt;entraes iniciais dos reagentes e do produto.
A reao reversvel e de segunda ordem. No laboratrio foram retiradas amos-
tras em diferentes tempos, neutralizando-as com uma soluo de 0,515 N de NaOH. As
_ k, CAO( 1-XA)(M-X
4)
E3 .1 concentraes iniciais a 50C foram iguais. Os dados so mostrados na tabela abaixo:
rA
(N+k ' XA )
Onde: _ 0. 10 20:. 30 50
nim^1 52;5 32,1 23,5 18,9 14,4. 10,5
M = CBO/CAO
R = CRO/CAO Calcule o volume do reator para produzir 453 kg/dia de produto. O tempo de
N=k2 R+k3 carga e descarga de 30 min. A converso final desejada de 75%. A densidade da
k ' =2k2 k3 mistura de 0,21 kg/L.
e. ^:J :k ^^ ?}kr-.3::.; v<,.sacssAl^s'^..^:iis??sxvr}:o,.^.:,^, ^,. ^Mr._. s:: : ,..s L? W...:..;i ^ <^. ..t^t.{ri .^-.^ w`rarvc _.vi^^.F^`::.._{a.: x.57. S^ -:. ^: ^ -:.+i
st
K=k= ( Xae
2 ,
= 158
k 1X A
K = k 2K -1=1,672
(K l)X Ae
k*=k,k 2
0 10 20 30 40 50
Clculo da converso:
t (min)
n de moles = V N (normalidade) = V = 0,515 Linear Fit of Datal_B
1.000 1.000
Os valores encontram-se na tabela 2: Figura E4.1.4.1 Determinao das constantes.
Para uma produo diria de 200 kg calcule o volume do reator, sendo a converso M= 11,0 kg/batelada.
final de 80% e o tempo de operao igual a 60 min.
Se a densidade da mistura 1 kg/L, calculamos o volume-do ieatui.
Soluo
A equao da taxa igual a taxa correspondente a uma reao enzimtica, conforme: V = 11 litros
V CA
r=
KM + CA
4.3.2 Reator tanque contnuo
Onde:
H fluxo e queremos determinar o volume total do reator para processar uma determinada
V,,, = taxa mxima
KM = constante de Michaelis
reao e atingir uma desejada,converso final. Conhecemos a cintica intrnseca da reao,
mas precisamos de dados adicionais, como o fluxo de alimentao e o tempo de residncia
mdio. O tempo de residncia das molculas no uniforme e h volumes mortos com
Transformando-a em funo da converso de A:
caminhos preferenciais. Neste reator, consideraremos o regime permanente, sem levar em
considerao a acumulao.
CA =CAo( 1 - X A)
CAO
Sendo CAO a concentrao inicial da ureia (reagente). C.O
Logo: V.
KM =0,125
VM = 2,66 x 10-4 mol/s x L
Cao = 0,1 mol/L
KM* = K CA
MICAO = 1,25
Co
V
Substituindo a expresso da taxa E5.1 na equao 4.3.4 vem:
(1-XA) dXA FA
txV =CAOJ KM ,+ E5.2 ^. .^^ F.
0 1-XA
Integrando vem:
%reator
txV_ =K,[-In (1-XA )+XA ] Figura 4.3.4 Balano num reator tanque.
`!i ..,.w..{'...
..^r;;Ei ^. :.^5'Pas^ i. '1VP: `i L uzi.. _,^. ..:s_o....
h.+.A4 ui
a ^d.4a 9fiYSa.^#'ii1
Pela equao geral consideraremos os fluxos de entrada e sada, os termos (1) e (2), A taxa de reao (r A ) foi determinada para diferentes casos. Para reaes irrever-
mas desprezamos o termo de acumulao e, portanto, a equao 4.3.2 torna-se: sveis, primeira e segunda ordem a volume constante, vimos, respectivamente, que:
k = constante cintica
Vem:
Logo, para calcular o volume do reator ou os fluxos de entrada e sada no reator,
devemos conhecer as constantes cinticas, que de maneira geral, so irreversveis, rever-
FA XA = (-r4) V 4.3.9
sveis, mltiplas ou complexas, enzimticas ou polimricas.
Para o produto tem-se, considerando a relao: Tempo de residncia mdio no CSTR
o O tempo de residncia dos reagentes num reator tanque no homogneo, e como vimos,
I FAO FA_ _ Fao Fe __FR FRo tem uma distribuio de tempo varivel. No entanto, o tempo de residncia mdio pode
a FAO ^ bFAO ser calculado diretamente, sabendo que:
rF
Ao
v reaior
=-
Logo: g
V:a ida
No caso particular em fase lquida, podemos usar a concentrao como principal varivel
-
de medida, pois, O tempo de residncia mdio t no igual ao tempo espacial T.
Portanto, para calcular o volume do reator tem-se a seguinte equao geral: E4.1.6 A reao de saponificao do acetato de etila em soluo de hidrxido de sdio
rpida e a cintica foi determinada, sendo a velocidade especfica dada por:
V =T=CAO XA
4.3.11
vo ( rA 0
log,O k= 1. ^ +0,00754+583
Se a concentrao do ster de 6 g/L e do sdio 5 g/L , calcule o fluxo molar na i = 2,65 min
entrada do reator CSTR de 100 litros. A temperatura igual a 40C, sendo a converso
final desejada 98%.
F,o = C0OV = 2,56 moles/min
A
B
F,,ia = 2,56 moles/min
98% E4.1.7 Uma reao A 2 R se d em fase lquida num reator CSTR de 5 litros. Introduz-
se 1 mol/L de reagente A. Foram feitas medidas de concentrao do produto a diferentes
temperaturas, conforme tabela abaixo. Calcule a converso na sada do reator, sabendo
CH3 CO2 C2 H5 +_ NaOH - CH3 CO2 Na + C2 H5 OH que o fluxo de alimentao de 0,5 L/min a 50C.
A+B>R+S
0.92. 13 1,8
13 1,5
A reao irreversvel, segunda ordem (unidade de k), e a volume constante (fase 84. 1,8
lquida). Portanto, a taxa ser:
r = kC,CB vo
Concentraes iniciais:
n m 6
= 0,0681 (mol/L) V = 5 litros
CA, _ V V M 88 _
R (moles/L)
(mol/L)
CB0 40 = 0,125
Como a reao ocorre em fase lquida no h variao de volume e, portanto, a
Logo, a concentrao de A (ster) de 0,0681 mol/L, portanto o reagente taxa pode ser de primeira ou segunda ordem. Tentaremos determinar a ordem e a cons-
limitante. tante cintica atravs dos resultados da tabela acima, admitindo uma cintica de 2a ordem,
A taxa ser: cuja taxa em funo da converso :
Soluo
Mas, F,o = 0,8
m = 0,38 mol/s
0,8 A + 0,2 Inerte (V)
250Kg/h
CA0 = 0, 8 = 0,044 moles/L
RT
FAO = CAO Vo
P = 4 atm R+S
T = 600C Portanto,
Reao : A - R + S vo = 8,64 L/s
1 XA 4.3.20
Para o produto: =
kCA, (1XA )
FR = FAO XA ---> dFe = FAOdXA
c) Reao reversvel a volume constante: (A H R)
Note-se que esta equao vlida para quaisquer sistemas gasosos e lquidos. A taxa CAO( MXA)
CB __
de reao vai depender do modelo cintico da reao. A reao pode ser irreversvel, (1+EA 5 A)
reversvel, simples, elementar ou no, bem como mltipla, enzimtica ou polimrica. Se
a reao se d com variao do nmero de moles ou a volume varivel, deve-se considerar
o fator E, j definido anteriormente.
Substituindo-se as concentraes nas equaes das taxas e a seguir na equao do o aumento do fator de expanso, podendo ser da ordem de 4 a 5 vezes maior para altos
, balano equao 4.3.17 e integrando, obtm-se: valores de EA, o que significa que o volume necessrio pode ser 5 vezes maior, dependendo
do fator de expanso EA. Esta diferena maior para reaes de segunda ordem.
Caso a) primeira ordem.
2\ 1n
1 (i+E A M) (MXA ) ( (I+E A )2
T ln(lXA )E A 2 XA 4.3.23
kCAO (M1) M M1
i
Onde:
C,30
M=.
CAO M XA E
Caso c) Segunda ordem com concentraes iguais: CAO = CBO : (a) (b) (c)
Figura 4.3.6 Efeito dos parmetros sobre 'r ou volume do reator.
1 XA
T= 1+EA2 +E A 2 XA +2E 9 (1+E A )ln(lX A 4.3.24
( 1
k CA0 XA) )]
Tempo de residncia mdio.no PFR
O tempo de residncia no reator tubular depende da velocidade de escoamento do fluido.
Influncia dos parmetros cinticos
Considerando o escoamento pisto no reator PFR ideal, todas as molculas tm a mesma
A taxa de reao tem como principais parmetros a ordem de reao, as concentraes
iniciais (razo M) e o fator de expanso ou contrao (E A). O tempo espacial e, consequen- velocidade ao longo da seco transversal, mas variam ao longo do reator. Define-se, de
temente, o volume do reator dependem desses parmetros. maneira geral, o tempo de residncia mdio no reator por:
dV
Efeito do parmetro (M) t = f- 4.3.25
v
O tempo espacial varia com a mudana das concentraes iniciais (parmetro lvi). Admi-
tindo a mesma converso para uma reao irreversvel de segunda ordem, vemos pela Porm, pelo balano molar no PFR, tem-se (equao 4.3.14):
figura 4.3.6a que T decresce com o aumento de M
dV= F/AOdXA
(rA
Efeito da ordem de reao
Comparando reaes de primeira e segunda ordem e mantendo Mconstante (equaes 4.3.18 Dependendo se a reao ocorre a volume varivel ou variao de nmero de moles
e 4.3.19) observa-se que a relao entre os -tempos espaciais T (T I/ T2) decresce com o o fluxo volumtrico ser igual a v = v0 (1 + E A XA ). Substituindo na equao 4.3.25, vem:
aumento da converso, conforme figura 4.3.6b. Nota-se que para baixas converses os
tempos espaciais ou os volumes dos reatores so praticamente iguais, porm, para altas
converses, estas diferenas so significativas, sendo o volume do reator ou tempo espacial,
para uma reao de 2a ordem duas vezes maior que o volume do reator para uma reao de
primeira ordem.
Nota-se que se no h variao de volume (EA = O), obtm-se a mesma expresso
Efeito da variao de volume da reao (EA) do tempo espacial (equao 4.3.17), significando que o tempo de residncia mdio igual
Finalmente, para sistemas a volume varivel, deve-se considerar o fator de contrao ou ao tempo espacial. Quando h variao de volume (de moles) ento (EA ^ O), e os tempos
expanso (EA), conforme equaes 4.3.22 a 4.3.24. Comparando-se os tempos espaciais de residncia mdio e espacial so diferentes. A expresso da taxa depende da ordem de
para reaes de primeira TI ou segunda ordem T2 em funo do fator EA, fixando-se uma reao e do fator EA , para qualquer tipo de reao (irreversvel, reversvel, mltipla etc.).
converso, observa-se na figura 4.3.6c, que estes tempos aumentam significativamente com Em resumo:
,
, +.b t ,.. ,rr .. _,a..kC`c. ^ 1, },,,Adfvf .+, J.. i t. .e d..'.Yi'0o^.$: u<aatN...
:;V1:,J^`
Logo:
1
ti = 6,75
Nota-se que o tempo espacial maior que o tempo de residncia mdio, devido
E4.1.10 Uma reao A -^ R + S se d em fase gs num reator PFR. Introduz-se o rea-
expanso do gs no reator com volume varivel.
gente A com 30% de inerte (molar), operando isotermicamente a 300C e a presso
No CSTR o tempo de residncia mdio ser:
ambiente. A reao de Ia ordem e a constante cintica dada:
T
t- = 4.3.12
(1+E A XA )
k=110+0,8(T-200)x10-3 s e T(K).
Mas o tempo espacial no CSTR conhecido
O tempo de residncia mdio de 5 s.
a) Calcule a converso e o tempo espacial.
V ==CAO XA 4.3.11
b) Se a reao fosse feita num CSTR e nas mesmas condies, qual seria a converso? v0 1
( rA
Compare os dois casos.
Substituindo a taxa vem:
Sendo a reao de primeira ordem tem-se a taxa:
XA
1- =
(-ra)=kCAO E10.1 k(1-X )
(l+E X))
Portanto,
O tempo de residncia mdio ser
X9 = 0,68
x,
[ - = dXA 4.3.26
c." J (1+EAX.4)(r4)
Para tempos de residncias mdios iguais nos dois reatores, a converso no CSTR
Onde a taxa dada pela equao E10.1. Substituindo-a e integrando, obtm-se: menor em aproximadamente 21%.
t= -- ln (1-X A )
E4.1.11 A clorao do propeno:
A constante cintica calculada a 300C: 573 K
Portanto, se 1 =5 s-1 , ento: se d em fase gasosa num reator PFR de 5 m3, a 300C e 20 atm. Introduzem-se 30%
de C3H6, 40% de C12 balanceados com 30% de N2 e um fluxo molar total de 0,45 kmol/h.
XA = 0,86 A constante cintica dada:
Para calcular o tempo espacial, substitui-se a equao da taxa E10.1 na seguinte k = 4,12 x 1010 x exp (-27.200 / R T) (m3 /kmoles x min)
expresso:
Calcule a converso final e o tempo de residncia mdio.
ti= V = CA0 1 ,A 4.3.17
vO 0 ( rA)
Soluo
E4.1.12 A reao se d entre dois gases que se misturam na entrada do reator PFR. O
O reagente C3H6 (A) limitante e mesmo em fase gasosa no h variao de volume, primeiro, gs A, entra com um fluxo de 14,2 m 3 /min e o segundo contm 50% de gs
sendo EA = 0 (A + B - R + S). Logo, a expresso da taxa de 2a ordem, com base na B e o restante inerte 1, entrando com um fluxo de 7,1 m 3 /min. Ambos so misturados
unidade da constante cintica. Admite-se uma reao elementar. A taxa de reao ser: instantaneamente na entrada do reator a 86C e 1 atm. Os gases so ideais obtendo-se
como produto R, segundo a reao estequiomtrica:
' (1)(A ) (MX A )
rA )=kCA Xe =kCAo
A+B-*R
Substituindo na equao do balano do PFR:
V dXA A cintica conhecida sendo dada pela seguinte expresso:
T==C 4.3.17
A
v0 0 (-rA ) 5470
InkP = +12,5 (moles/ atm 2 Lmin)
Obtm-se a seguinte soluo: T
A razo M = CB0 = 0,4/0,3 = 1,33 Observa-se que o componente B o limitante. Neste caso, a expresso da taxa
CA0 em funo do produto R ou do reagente B ser igual a:
Portanto, o fluxo molar de A:
(lXB)(MXe)
FAO = YAO F o = 0,3 x 0,45 = 0,135 kmol/h rB)=kC2 E12.1
)2
E o fluxo volumtrico ser:
FAO CAO VO A equao do PFR ideal dada:
vo = 1,063 m 3 /h
V dX
ti==CBO J E12.2
Logo: Vo o lrB
't = 4,7 min
Substituindo a equao da taxa E 12.1 na equao do PFR obtm-se a seguinte
Substituindo os ovalores na expresso E11, obtm-se a converso:
soluo:
XA = 0,66
,mf e.~M_. 5N dNJ.li
is un r..
X34 `TJ}LU rflFt4
Inicial 0,67 0,165 0 0,165 1,0
Final 0,50 0 0,165 0,165 0,83
E4.1.13 Acetaldedo, etano, alm de outros hidrocarbonetos, provenientes de uma
unidade de produo so misturados e passam por dois reatores PFR em paralelo. A
EB = 0,17 520C d-se preferencialmente a decomposio do acetaldedo em metano e monxido
de carbono, mas a 800C o etano decompe-se em etileno e hidrognio. Introduz-se
Clculo de M = CAo uma mistura molar de 9% de acetaldedo, 8% de etano e vapor da gua como diluente.
Cso Os demais componentes so desprezveis. O primeiro reator opera a 520C e 1 atm
Sendo: enquanto que o segundo reator opera a 800C e a 1,4 atm. Quer-se uma converso de
y,o _ 0,165x1,0 60%. Qual deve ser a razo molar de entrada, admitindo que os reatores tenham o mesmo
CBO -= = 0,00564 (mol/L) volume, sendo as constantes cinticas dadas:
RT 0,082x359
y,ao _ 0,67x1,0
0, 082 x 359 = 0,0228 (moUL) Acetaldedo: k = 0,33 L/mol x s a 520C
CA, _ RT
Portanto,
C2H4
k = k , (RT )2 = 0,0648 x (0,082x359)2 = .56,1 L / (moi min) H2
Substituindo os valores de XB = 0,90 (limitante) obtm-se: A cintica das reaes conhecida. A decomposio do acetaldedo de 2a ordem
e se d a volume varivel, enquanto a decomposio do etano de Ia ordem, conforme
'CKCBO = 0,486 as unidades das constantes dadas.
Para o primeiro reator tem-se a seguinte equao integrada:
T = 1,537 min
X
O volume do reator ser: T kC I (1+EA
)z +EAZXA+2EA(1+E,)ln(1X4) EI3.1
(1 X,)
AOL
V= Tv0 = 1,537 x 21,3 = 32,7 m3
Clculo de EA: primeiro reator
V = 32,7 m3
CH3 CHO C2H4 + CO
Inicial 0,09 .0;08 0 0 E4.1.14 Uma mistura de 15% de C 2 H4 , 55% de Br2 com 30% de inerte em peso
Final 0 0,08 0;09 0,09 introduzida num PFR a 330C e 1,5 atm. O fluxo de alimentao de 10 in 3/h. A reao
reversvel do tipo:
EA = 0,09
C2H4 +Br2 E kT -->-C 2 H4 Br2
Clculo de CA0 :
_ 0,09x1,0 = As constantes cinticas so dadas:
CA, yA0 =
(moles/L) 1,34x10 -3
RT 0,082x793
kl = 500 m3 /kmolh
Substituindo estes valores e a converso XA = 0,60 na equao E13.1, obtm-se:
k i = 0,032 h-t
T = 58,6 min
Calcule o volume do reator para uma converso de 75%.
Para o segundo reator, a reao de primeira ordem e a equao seria:
(Dados: Pesos moleculares: C 2 H4 = 28; Br2 = 80; inerte = 44)
C2H6 -- C Z H 4 + HZ
Soluo
T [0,+E A )ln(1-XA )+E A XA ] E13.2 Como a mistura foi dada em peso, tm-se que calcular o n de moles na entrada:
k
m=nxM
Mas o fator de expanso :
Para C 2 H 4 (A) * mA = n; x MA = 0,15 nA = 5,35 10-3 moles/h
Inicial 0,08 0,09 O 0 0,83 1,0
Para Br2 (B) mB = nB x MB = 0,55 nB = 6,87 10-3 moles/h
Final 0 0,09 0,08 0,08 0,83 1,08
Para Inerte (I) m, = n, x M, = 0,30 > nI = 6,81 10-3 moles/h
EA = 0,08
Usaremos aqui a outra varivel a que representa o grau de avano da reao, e
Calcula-se CAO = 1,273 x 10-3 molfL i utilizando o seguinte balano molar:
Calcula-se a constante k2 para a temperatura de 800C ou 1.073 K, obtendo-se
Pi = YiP
K, = ri-
k = 1,56 x 10 (m ' /kmoles)
Observa-se que a constante de equilbrio elevada e a constante cintica na 4.4 REATORES NO ISOTRMICOS IDEAIS
direo direta muito maior que na reversa, podendo-se desprezar o termo reversvel
da reao, Admite-se, portanto, uma reao direta de 2a ordem, dada pela seguinte A cintica das reaes foi estudada para diferentes sistemas de reaes em reatores isotr-
expresso em termos de presso parcial: micos. A grande maioria das reaes e de processos no isotrmica, j que as reaes so
endotrmicas ou exotrmicas. Dependendo do grau de exotermicidade ou endotermicidade
k, k,P 2 k,P2 (0,00535 a) (0,00687 a) os efeitos trmicos sobre a converso, seletividade ou rendimento so bastante acentuados.
r= (RT)2 Pa PB = (RT)2 YAYB As reaes em fase lquida com baixa capacidade calorfica podem ser realizadas
= (RT) 2 (0,0191a) 2 num reator operando isotermicamente. No entanto, as reaes com altas capacidades calo-
rficas, tanto em fase lquida como em fase gasosa, afetam sensivelmente a converso, a
Substituindo a equao da taxa no balano do PFR : seletividade e o rendimento e/ou as especificidades do reator, volume principalmente.
O efeito da temperatura sobre a cintica da reao foi observado sobre taxa de reao,
V ai pois afeta a constante cintica atravs da constante de Arrhenius. A temperatura influi signi-
i==n o E I4.2
vo ficativamente sobre a constante, devido ao termo exponencial, contendo a energia de ativao
or
e a temperatura. Menor o efeito sobre o fator pr-exponencial, que leva em considerao
onde no o nmero de moles totais iniciais. as colises de molculas, mas pode tornar-se importante nas reaes catalisadas.
Vimos pela termodinmica que a converso de equilbrio cresce exponencialmente
Logo: com o aumento de temperatura nas reaes endotrmicas, mas decresce para as reaes
exotrmicas.
V (RT )2 'j= (0,0191 a)2 da
vo n0 P2 o (0,00535 a) (0,00687 a)
XA
Substituindo os valores de k1 e considerando que no = Covo, sendo a concentrao
inicial total dada
k,P2
(RT) 2 =0,46
A figura 4.4.1 mostra as curvas de converso de equilbrio XAe para os casos endo-
trmicos e exotrmicos, bem como a converso com o aumento de temperatura at atingir
a converso de equilbrio. Energia que entra no Energia que sai no Taxa de calor gerado no 1
sistema devido ao fluxo sistema devido ao fluxo + sistema devido a reao
Os reatores podem operar de trs maneiras diferentes: de reagentes de reagentes e produtos qumica
Isotermicamente: a temperatura constante e uniforme no reator. Se a reao endo-
trmica deve-se fornecer calor l para mant-lo isotermicamente. Se a reao for exotr-
mica deve-se retirar calor visando manter a temperatura constante.
No isotrmico: neste caso a temperatura varia ao longo do reator e a converso Trabalho realizado pelo
Taxa de transferncia de Taxa de energia
tambm, dependendo se a reao endotrmica ou exotrmica. + sistema com o meio acumulada no sistema
calor externo
externo
Reator adiabtico: mantm-se o reator isolado termicamente, no h transferncia de
calor e tanto a temperatura como a converso variam ao longo do reator. Quando a
reao exotrmica necessrio controle rigoroso, pois a temperatura do leito pode
ultrapassar a temperatura desejada e h perigo de exploses. Geralmente as reaes Taxa de energia acumulada devido a variao
de oxidao so altamente exotrmicas. do nmero de moles dos componentes
z
Figura 4.4.2 Distribuio de concentrao e temperatura em reatores no isotrmicos. Onde:
Ei = energia de cada componente
Se a converso varia em funo da temperatura temos mais uma incgnita, ou seja, Fj = fluxo molar de cada componente
a temperatura e, portanto, precisamos fazer o balano de energia s,13 W = trabalho realizado
Consideremos um sistema qualquer aberto, conforme esquema da figura 4.4.3 e Q = Calor em J/mol
quadro a seguir: t = tempo
u5^^.t^'^^i^fi.7537
c rss
j t
!^ hiS ,k^:.'4'Y.. f. e: s^` vd.. ^ _.:.'vti.
Nota-se que o trabalho realizado W compreende o trabalho devido ao fluxo dos Onde:
reagentes e o trabalho externo, que pode ser uma turbina ou um agitador. Em geral, este
AKr = entalpia de reao total: ( H Ptodntos Hie,gentes )
tipo de trabalho desprezvel. Mas o trabalho realizado pelo fluxo depende da presso e
do volume molar. Portanto,
rj = taxa de reao total em (moles/L h):
Wrearzado = j (P V.) +IF.(PV) + W,,. 4.4.2
1=% entra
=/ Nota-se ainda que a entalpia de cada componente, segundo a termodinmica,
sai
depende da temperatura. De uma maneira geral, como vimos:
Onde:
(PV1) (Pa m 3 /mol) = IJ/mol T
Substituindo 4.4.2 em 4.4.1, vem 5 , 7 : Sendo ct,./ o calor especfico de_cadaponente, reagente ou produto, que por sua
vez tambm depende da temperatura. H duas possibilidades:
O calor especfico cp./ no varia com a temperatura num determinado intervalo. Esta
dE
= F. (E. +PU ) > F. (E; +PV.) 4.4.3
situao bastante normal para a maioria dos sistemas reacionais.
dt entra sai
+ Qgerado + Qextemo ' ,alizado
Ocalor especfico cp./ varia com a temperatura e para as condies ideais de sistemas
gasosos, tem-se tambm, pela termodinmica, esta variao, ou seja:
Porm, a energia do sistema constituda pela energia interna (U), a energia cintica
cp; =a ; +(3T+y ; T 2 4.4.9
e a energia potencial, ou seja 5,7 :
v2
E.=U,+'+gz 4.4.4 Onde as constantes a, [3 e y so conhecidas e tabeladas para uma srie de compo-
2 nentes e misturas.
Nos reatores convencionais as energias cintica e potencial so desprezveis frente Tm-se dois casos distintos, que dependem das unidades. Quando a unidade
a energia interna do sistema. expressa em (cal/g x C) usa-se diretamente a nomenclatura cpi. Por sua vez, quando
Sabe-se pela termodinmica, que a entalpia de reao num sistema aberto definida usada em (cal/mol x K), usa-se a nomenclatura com barra c,.
em funo da energia interna e do fluxo, assim sendo: Substituindo a equao 4.4.9 em 4.4.8, tem-se a variao da entalpia com a
temperatura.
H; =U,+PV Se o sistema opera em regime permanente, o termo de acumulao nulo. No
sistema transiente, a energia deve ser funo do nmero de moles e do calor especfico de
Considerando-se que a energia do sistema igual a energia interna E, =Ui , vem: cada componente. Nota-se que este termo diferente do termo de fluxo de calor de ali-
mentao que passa pelo sistema. Portanto, aqui tambm temos dois casos a considerar:
H; =E/ + PV 4.4.5 dE
a) = 0 --> regime permanente 4.4.10
Substituindo-se a equao 4.4.5 na equao 4.4.3 vem:
dt
(a
dE d c piT
=F.H. -^P H; 4.4.6 dE 4.4.11
dt i_, + Qgetndo + Qextemo ff/e.. b) > regime transiente
entra sai dt dt
Substituindo os termos das equaes 4.4.7 e 4.4.11 na equao 4.4.6 e desprezando
O calor gerado devido a reao qumica depende da entalpia de reao e da taxa de o trabalho externo, quando comparado com os demais termos vm:
reao, num sistema de volume dV. Assim, podemos expressar este calor gerado da
seguinte forma: Para o regime transiente:
1
CAPTULO 4: REATORES 1 M. SCHMAL 1 279
278 PARTE II: REATORES 1 M. SCHMAL
^Fcp,(TTo)
Por outro lado, pelo balano molar para um reagente A num reator contnuo PFR
tem-se:
rA )d V =FAOdXA
no isotrmicos.
Substituindo estas duas expresses na equao 4.4.13 e integrando entre To e T e Figura 4.4.4 Calor em funo da temperatura em reatores
XA = OaXA ,vem:
e
O calor sensvel ou de fluxo, varia linearmente com a temperatura e depend
^Fj cp,(TTo ) +AH,F90 X 4 =QCk12mo 4.4.14 ra
somente das capacidades calorficas dos componentes, que neste intervalo de temperatu
constantes. No entanto, o fluxo de cada componente varia com a
so aproximadament e
converso.
Portanto:
Consideremos uma reao irre'versivel e em fase gasosa do tipo:
Qfluxo + Qgerado = Qextcmo
aA + bB -4 rR
Onde:
AH, = Ho Ho Assim:
produtos reagrntes 4.4.15
\11 4.4.16
t Fi cp'= CpA +FB CpB +FR CpR
i=f
Sendo AH,. constante no intervalo de temperatura. Se varia com a temperatura,
utiliza-se a equao 4.4.8. Mas, pela relao:
cp, a capacidade calorfica e constante para cada componente. Se variar com a o
temperatura, utiliza-se a equao 4.4.9. FAO FA = Feo FB_ = FR FR,
A equao da energia, em termos de calor pode ser visualizada na figura 4.4.4: aFAO bF,fo
rFAo
= r M- -a IX Sendo que a funo f(XA) depende da cintica de reao, podendo ser simples, ml-
FB FAOI
LL \I aIl 1 tipla, complexa, irreversvel ou reversvel, em sistemas a volume constante (lquidos) ou
varivel (gs).
=FAO+ L ( aIXA
4.4.1 Reator adiabtico
Os reatores no isotrmicos e isotrmicos so os casos mais usados quando as reaes so
Sendo M = -BO e FRO = O. Admite-se a = b = r =1. Portanto:
exotrmicas ou endotrmicas, podendo-se fornecer ou retirar calor para mant-los isoter-
FAO
micamente ou no e determinar como a temperatura varia com o progresso da reao. Um
cpi = FAO [(1 XA )cpA+(M XA )CpB +XA c,R]
caso particular o reator adiabtico, onde no h troca de calor, mantendo-se o reator
J=1
isolado termicamente. Neste caso, a temperatura e a converso no interior do reator variam
diferentemente. O termo Qexterno nulo na equao 4.4.14 ou 4.4.18.
Onde:
c pa , c pa e c,,,, so os calores especficos dos componentes em (J/mol x K) Fj Cpj (T To )+AH,F1O XA =0 4.4.19
j=I
O calor externo Qext depende do fluido de aquecimento (vapor) ou de resfriamento, Logo:
atravs de uma serpentina, manta, ou trocador de calor externo.
De uma maneira geral, usa-se o coeficiente global de troca de calor U , que consi-
(T-To)=-AH, F.40 A 4.4.20
dera os coeficientes de troca de calor entre o fluido refrigerante e o fluido reagente, mas ^F.c pj
tambm o coeficiente de troca do material, ou seja, hfiuido e kR a condutividade do material.
Portanto,
Nota-se que a temperatura varia linearmente com a converso. Por outro lado,
observa-se que o termo
Qextemo = U A.pefiC1e (T T) 4.4.17
t Fj c pj
Onde T a temperatura do sistema de reao e Tr a temperatura do fluido de troca i=t
externo (serpentina ou manta). Como representado na figura 4.4.4 o calor externo varia depende de cada componente, como vimos na equao 4.4.16. A entalpia de reao
linearmente com a temperatura de reao do sistema. AHr e os calores especficos c pj independem da temperatura neste intervalo de
Substituindo as equaes 4.4.17 e 4.4.16 na equao 4.4.14, vem: temperatura.
e substituindo o termo r;V pela expresso acima, obtm-se: 4.4.4 Anlise dos efeitos trmicos
Nos reatores contnuos e bateladas, h uma srie de parmetros que permitem fazer urna
ni c p;T anlise dos efeitos trmicos sobre a temperatura reacional dos sistemas.
AH nAO A = \ i = ' J Consideremos ento a equao de energia para reatores contnuos PFR ou CSTR,
+Qex`em
V dt dt equao 4.4.18 ou batelada equao 4.4.24
J AHr n AO dXA + JQ ,, dt= J^ni cP;dT 4.4.22 A transferncia de calor, atravs da serpentina ou manta, ser devido ao calor sen-
0 o 7o i=1
svel, sendo Tio a temperatura de entrada do fluido no trocador, cf seu calor especfico,
e a vazo de entrada do fluido v0, ou seja:
Integrando XA entre O e XA ; T entre T0 e T , sendo dt a varivel comum.
Substituindo o calor externo 'em funo do coeficiente global de transferncia de Q emo =1' A (T Ts
calor, vem: e
Qs,^ ei = P f v fo c pf (Ti Tio
UA(TT)=AHr nAO X+c, (TTo ) 4.4.23
e
i=I
Igualando-se pode ser determinada a temperatura Tf e substituindo-a, obtm-se o
Esta a equao geral da energia para um reator batelada, onde T a temperatura calor retirado ou fornecido:
reacional, Ts a temperatura da serpentina ou manta e To a temperatura inicial do sistema.
Todos os outros parmetros j foram definidos. (T Tfo ) 4.4.24
Consideramos diferentes casos para analisar o efeito dos parmetros sobre a tempe-
t=CAO A 4.3.5 ratura do sistema reacional. 3y
O V (rj
Onde: Se a capacidade calorfica do fluxo de alimentao grande, ou seja:
O sistema de reao ser isotrmico, isto : T 7 . onde (3 o novo parmetro, que denominaremos de parmetro de energia, j que envolve
no numerador a entalpia de reao e no denominador a energia sensvel de fluxo de
calor.
Se a capacidade calorfica de remoo ou adio de calor for muito grande, seja, devido Portanto, a temperatura que varia num sistema contnuo CSTR ou PFR adiabticos
ao coeficiente global de transferncia de calor ou devido a grande-rea de transferncia ser:
de calor da serpentina ou n?anta, ento,
T
1+(3X , 4.4.28
To
UAs >
Neste caso o sistema ser isotrmico, quando T - To. Num CSTR o tempo espacial ser:
v XA
4.4.29
Se, por sua vez, a capacidade calorfica muito baixa, seja devido ao baixo coeficiente
vo ko exp[y/(T/To )](1X_ a )
global de transferncia de calor ou da rea de transferncia, ento:
Neste caso, no haver troca de calor e o reator ser adiabtico. Portanto, a temperatura Tkoe
1,a,
l+'rkoe`
Nos demais casos no isotrmicos os parmetros, principalmente, vazo, capacidade
calorfica, coeficientes de transferncia de calor e rea de troca, influem significativamente Os resultados encontram-se na figura 4.4.5, para diferentes valores dos parmetros
sobre o perfil de temperatura. y e (3. Na ordenada encontra-se a varivel Tko que proporcional ao volume do reator para
Consideremos como exemplo um CSTR adiabtico e uma reao irreversvel de determinadas condies de entrada e na abscissa a converso XA.
Ia ordem, a volume constante. Sabe-se que a taxa de reao :
13 Y
rA )=k0 exp(E/RT)CAO (1XA ) 600
Y=1,o 3=0,2
A constante de Arrhenius: .y=5,0 P=-0,2
--A--y=5,0 (3=0,0
yy=5,0 (3=0,5
k = k0 exp(E/RT)=koexp[y/(T/TO )]
- - y = 5,0
5 = 0,2
T =1+ (AHr)FAO XA o-
To F cP;
J=I
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0
Definindo: xq
(AHr) FAo Figura 4.4.5 (tko) em funo da converso em reatores CSTR no isotrmicos.
o R 4.4.27
F cp;TO
.1=1
Nota-se que, quando o reator opera isotermicamente ((3 = 0), o volume aumenta com A comparao entre os reatores PFR e CSTR, nas condies isotrmicas e adiab-
a converso, j que r V. Comparando com uma reao exotrmica, o volume depende ticas para o caso particular de (3 = 0,5 e y = 5,0 mostrada na figura 4.4.7.
de (3ey. Notam-se diferenas significativas, principalmente para converses acima de 50%,
Para o mesmo valor de (3 = 0,2 (exotrmico) e com energias de ativao diferentes, com fatores da ordem de 3 vezes, o que torna o reator adiabtico muito importante.
y =1,0 e 5,0 h uma grande variao de volume, o mesmo acontecendo, fixando-se y = 5,0
(PFR adiabtico, = 0,5)
e variando o parmetro (3 = -0,2 ate (3 = 0,5. ` 600 (PFR isotrmico)
CSTR isotrmico
Quanto mais exotrmica a reao ((3 > 0) menor ser a variao de volume para (CSTR adiabtico, p = 0,5)
converses maiores que 50%. Por outro lado, para reaes endotrmicas ((3 < 0) o volume 500 y (CSTR isotrmico)
o-
T =1+(3XA 4.4.28
O
0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1,0
Integrando para diferentes intervalos de XA, mas fixando os parmetros de energia, E4.4.1 Uma reao irreversvel do tipo A - R feita num reator CSTR no isotrmico.
y = 5,0 e (3 = 0,5, obtm-se o grfico da figura 4.4.6. Confirma-se tambm para o PFR que Deve-se processar 130 kg/h do reagente que introduzido no reator a 20C, sendo a con-
verso final de 90%. A temperatura final de 160C. Calcule o calor necessrio para atingir
o volume do reator adiabtico significativamente menor que o volume do reator isotr-
esta temperatura e o volume do reator operando isotermicamente a 160C, sendo dados:
mico para a mesma reao, principalmente para converses acima de 50%.
400 - -(is70/T) h-1
= 0,5 PFR adiabtico Constante cintica: k = 2,61 x 1014 e
350 -
reao de 1' ordem, irreversivel
Calor de reao: AHR = 83 cal/g
y= 5,0
Calores especficos: CPA = CPB = 0,5 cal/g x C
300 - Densidade da mistura: P = 0,9 g/cm 3
Isotrmico
Peso molecular de A: 250
250 -
Soluo
Yr- 200
150
100
^ Exotrmico
50
^j
o
0,2 0,4 0,6 0,8
xx
Figura 4.4.6 (tko) em-fune-da-m esau a1111rature5 PFR no isotrmicos.
Av1 ,//:i' 4's. y.rr^l`r^..tlue ^...C.JS?^.fAJ ,. .. .e...^ R... .^ ,.. . . "r.:. ,A,..ar,,Ae;{4s e: .r[.k v6i:., ti..^.,.<. x'S'r .. : +f. 1."r'ti J l'4b: : ...'W,.er -.:: : a ._^. ~1,4- e ....ao .. ..,.,1Y...:..
Portanto:
^F
i=
cp./ = [FAO (1XA) +XA] cp = FAO C P E4.4.3
Mas:
_G _ 130.000
250 = 520 (moles/h) 20"C 80C
FA0 M
0,2 m' /min
Soluo
E4.4.3 Uma reao irreversvel de 2a ordem e em fase lquida (A + B --> 2R), foi feita
Converso de equilbrio a 80C:
num CSTR adiabtico de 1,5 litro. As concentraes iniciais de A e B so respectiva-
Da equao da taxa e com a temperatura de 80C, obtm-se: mente, 10 e 40 moles/L, sendo o fluxo volumtrico na entrada igual a 0,2 L/min. e a
temperatura inicial de 17C.
r=0,2110(1X A ) 2 -0,0716XA 2 =0
Determine a converso e a temperatura. Se o fluxo de entrada for 10 vezes menor,
XAe = 0,63 .calcule a converso e temperatura: Se a temperatura de entrada for 50C e a concentra-
o de entrada 3.78 moles/ L, calcule a converso e temperatura. So dados:
Converso de sada do reator igual a 60% de converso de equilbrio.
Portanto,
Calor especfico da mistura > cP = 2,7 cal/g x K
XA = 0,378
Calor de reao -- 4HR = -34.000 cal/ mol
Volume do reator: Constante cintica > k = 33 x 109 exp (20.000 / RT)(L / mol min)
r = 0,210(1 XA ) 2 -0,0716XA -
v =ti = CAO XA 11 E4.4.3.1
Substituindo na expresso E4.4.1 a expresso da taxa e a converso final, obtm-se:
v4
(-r A)
V= 3,77 m3
Sendo:
rea da serpentina:
Pelo balano de energia no CSTR no isotrmico: M= CBO =4,0
CAO
Q, =Gc P ( TT)+AH,GXA = ' A,(TT 0 ) Portanto:
FAO = C4OVO = 1,415 x 8 = 11,32 kmol/min XA
T
E4.4.3.2
=CA
33x10 9 exp(20.000/RT)CA 0 (1XA )(M XA )
G = FAO M = 11,32 x 88 = 996,16 kg/min
cP =1,864 x 103 J/kg x C Nota-se que o h variao de temperatura no termo exponencial da constante
cintica. Portanto, se a reao ocorre adiabaticamente, temos que determinar a variao
60 CIA, = -8,48 x 106 (calor a ser retirado) de temperatura, utilizando o balano de energia para o reator adiabtico, cuja soluo
foi apresentada na equao 4.4.28:
UAI =1,41x10 5 T
=1 +RXA 4.4.28
TO
AS= 1,02 m2
ko MCAO =9,9x10'3
kO = 33x10 9
E
Y= =34,8
RT0
+ B R
A
V
r==7,5 min
vo Determine o tempo de residncia mdio e o volume no PFR nas condies iso-
trmicas e o volume na condio adiabtica, separadamente, para uma converso final
Substituindo estes valores na equao E4.4.3.4 e resolvendo, obtm-se trs
solues: de 10%, conhecendo-se:
Figura E4.4.4.1 Perfil de temperatura e converso. Substituindo a expresso da taxa E4.4.4.1 obtm-se:
Soluo
xf^ (i +E A XA) 2 A
E4.4.4.3
A taxa de reao irreversvel e de 2a ordem para concentraes iniciais iguais ser:
t
O CAO (1 + E A X ,a )(1
X ,.)2
(1 XA )2 T
(rA) = kCaoz l2 E4.4.4.1 Integrando, obtm-se:
( 1+F
A X .a) 2To)
- ,:1 XA(1.+EA)
O volume para um reator isotrmico pode ser determinado, substituindo a equao +EA ln(1 XA)]
da taxa no balano molar do PFR, equao 4.3.17: t kCAO (1X A )
Isotrmico
t=159,4s
V ' dX
. T==C, o
J '
^'O
O
r
No isotrmico
Obtendo-se como soluo: A taxa de reao irreversvel e de 2a ordem para concentraes iniciais iguais
ser:
EA )2 Xa
T= 1 (1+ + E A 2 XA +2E A (l+E A )ln(lX 4 ) E4.4.4.2
kCAO ( 1X A) z (1X 4 )
rA^=kCAO (T
,Ti
( 1+E
4 X .a
1i J
Clculo de EA:
Determina-se a temperatura atravs do balano de energia num sistema adiab-
8a; 'I*H1 ^H sz '. 5i E'- tico, conforme equao.
Inicial 0,4 0,4 0 0,2 1,0
Final O O 0,4 0,2 '0,6 T =1+wA 4.4.28
To
EA = -0,4 Onde:
__ AHFAo
CAO = YAO T = 8, 43 x 10 -3 moi / L
Onde:
4.5 REATORES ESPECFICOS
F CGl = FAO [(l XA )cPA
- + (1 XA )c pB + XACPR ] A cintica das reaes especfica para diferentes sistemas de reaes e processos, mas
J= vlida para reatores isotrmicos e no isotrmicos. Dependendo da reao os efeitos sobre
a converso, seletividade ou rendimento so bastante acentuados. As reaes em fase lquida
^Fc};=FAO (57+2,5X,) ou gasosa com alta capacidade calorfica podem ser realizadas em reatores especficos e
J=^ que operam isotermicamente ou no. Veremos os casos mais utilizados, como os reatores
semibatelada, reatores de reciclo, reatores de leito fixo e reatores com membranas.
41,5
E4.4.4.5
Q (57+2,5X,) 4.5.1 Reatores semibatelada
O reator semibatelada (tanque ou tubular) contm um reagente (lquido) em grande volume
Logo:
no tanque e vai reagindo continuamente com a adio de um segundo reagente, (lquido
T 41,5XA ou gasoso), sendo consumido instantaneamente. Note-se que a cintica a mesma, mas o
-1+ E4.4.4.6 consumo vai aumentando com o tempo de reao medida que o segundo componente
To (57+2,5X,)
adicionado (figura 4.5.1).
=1 E4.4.4.7
o
(lXA) 41,5X,
107,50Ao 1+ 18,8
exp
(I+c,X 4 )Z [ (57+2,5XA ) 41, 5XA
1+
57+2,5X,
Ay +
Sendo:
Figura 4.5.1 Esquema de reator semibatelada.
4.5.1
FAOFA+(r') V(t) = dt
Onde:
(rA ) = taxa de reao
Resistncia FA= fluxo molar do componente A
eltrica
V = Volume do sistema que varia com o tempo
FA=O
dV
CAO v -0+(-rA )V(t)= d(C,V) =V dCA +CA 4.5.2
dt dt dt
Figura 4.5.2 Perfis de concentrao para diferentes casos.
A variao de volume com o tempo, causada pela adio do reagente A ao reagente
B contido no tanque calculada, fazendo-se o balano mssico global, considerando a
Variao do nmero de moles do densidade mdia p no sistema sem reao qumica. Assim sendo,
componente A.
d(pV) 4.5.3
povo -0+0=
dt
F,,(mol/h)
Moles de reagente Admitindo que a densidade mdia ao sistema constante, isto :
Moles de B contido no
reagente A tanque p=p O =cte
que entra em V V
L Obtm-se:
CB moi/1 _ dV 4.5.4
Diferente de outros sistemas, V0 dt
existe 8 no tanque Com a condio de contorno:
A(g) + B ra R
t=O-->V=Vo
Figura 4.5.3 Balano de massa (molar) no semibatelada. Obtm-se a variao de volume com o tempo, ou seja:
V=V +v t 4.5.5
T=tio +t 4.5.6
f. ^,^ t "1 .+
Substituindo equao 4.5.4 em 4.5.2, vem: Note-se que CAI a concentrao inicial de A no tanque antes da reao propria-
mente dita.
CAO VO - CA VO + (-r4 )V (t) = V dCA 4.5.7 A soluo ser:
dt i
CA 1 1 CA; tio
mas, e A' 4.5.14
CA, (t+ti0)k* \rok* CA, (t+t o )
dCA _ dCA dti 4.5.8
dt d'r dt
eq.4.5.6
E4.5.1 Seja uma reao irreversvel do tipo: A + B -* produtos, cuja taxa representada
por uma reao pseudo la ordem. Esta reao se d num reator semibatelada de 10 litros
Substituindo a equao 4.5.8 na equao 4.5.7, obtm-se:
e 25C , cujos dados so:
( -rA) V (t ) 4.5.9 t = 0 * CA o= 3 x 10-4 moles/L
(Cao CA)vo + =VdCA
clT
> CA ; = 5 x 10-5 moles/L
vo = 2 L/min
Consideremos uma reao irreversvel e de 2a ordem
--> (-rA ) = 0,38 (mollLmin)
A + B -+ produtos
Calcule o tempo necessrio para atingir a converso estabilizada?
Onde o reagente Bem fase lquida est contido no reator de volume V com concen- Soluo
trao CB e o reagente A adicionado a uma vazo constante. Portanto, a cintica pode
ser representada por: Pela equao 4.5.14 precisamos calcular:
V
(-ri ) = k C,CB
4.5.10 To = = 5 mm
vo
A concentrao do reagente B muito maior que a concentrao de A e varia pouco Com k* = 0,38, calcula-se,
com a adio do reagente A, podendo admitir-se que a sua variao seja desprezvel em
relao a concentrao do reagente A. Neste caso, admite-se uma reao pseudo la ordem. rok* =1,9
CA 1 1 5 x 10' S e 0,381
Onde:
CAO 0,38(t+5) 1,9 3x10-0 (t +5)
k* = kCBo
Pela definio de converso:
Substituindo a expresso da taxa 4.5.11 na equao 4.5.9 obtm-se:
C
XA =1-
CA CAo
(CAo -CA ) vo- k*CA V(t)=V 4.5.12
Vem:
di
Rearranjando, vem: 2;63 1, 8 -0,38, E4.5.1
,A l-
t+5 + t+5 e
dCA+ (1+Tk*) C -CA
A 4.5.13
d'r i T
0,5 1,0 1,5 3,0 5,0 10,0 20,0 25,0
t (min) O
Resolve-se esta equao usando o fator de integrao fi = exp(f f (x)dx), com a XA 0,474 0,792 0,766 0,751 0,743 0,764 0,827 0,895 0,912
condio inicial: T = To --* CA = CA;
i
Os resultados so colocados na figura E4.5.1.1:
T- V - CAO
A
1 ,o - VO r
4.5.15
0,9
Note-se que o limite inferior na entrada do reator mudou para XAI, sendo a converso
em qualquer posio ou de sada XA (figura 4.5.4).
0,8 -
Sendo:
0,7 -
CA =CAO( 1X A)
X e
0,6 - CAI =CAO (1 XAI)l
0,5
Para simplificar a soluo, admite-se uma reao irreversvel de primeira ordem do
tipo: A - Produtos , cuja cintica, num sistema a volume constante, representada por:
0,4 0
(-rA) =kCA =kCAO( 1 - XA
5 10 15 20 25 30
1
T PFR =--1n (1XA ) 4.5.21
Quando o reciclo grande (R 00) haver efeito de mistura e obtm-se uma soluo CAO, v
o
que corresponde ao reator CSTR ideal. Neste caso, expandindo a funo logartmica n 1 PFR
em srie e desprezando os termos de ordem superior, obtm-se:
vo ,CA, v01 , v01 Cai '
1 XA
4.5.22 1
k (1XA )
CSTR v02 Reciclo
Portanto, dependendo da razo de reciclo tm-se solues que podem indicar o
aumento da converso final, da produtiQidade e podem representar comportamento do Balano no n (1):
reator no ideal. A razo de reciclo seria um parmetro que indica o desvio do comporta-
mento ideal. E um parmetro equivalente ao tempo de residncia mdio, que tambm CANO 1 CANO +C A V02 (a)
indica o grau de desvio do comportamento do reator ideal. Vai = Vo + V02
Exemplo
VI
1+ R =
vo
E4.5.2 Uma reao A R + S se d em fase lquida num sistema constitudo de um
reator CSTR e um reator PFR com reciclo. Introduz-se no primeiro reator 1 kmol/m 3 vo ,=vo (1+R) (b)
de reagente A, e ambos operam isotermicamente a 300C e a presso atmosfrica. O
volume do primeiro reator de 0,086 m3 e a vazo de entrada de 1,6 m 3/kseg. A Sendo:
converso na sada do PFR de 90%. R=1
vo
A reao de Ia ordem e a constante cintica (rA ) = 8CA kmoles/m3 h. Substituindo (b) em (a), vem:
Calcule o volume do PFR considerando que a razo de reciclo R = 1.
C4, (1 + R)=CA , + C4R
Soluo
Ou, em funo das converses:
Sendo a reao de primeira ordem tem-se a taxa:
(IXA , ' )+ R (1XA )
(rA ) = 8CA = 8CAO (1 XA 1XA , =
(I+R)
l 307
306 I PARTE II: REATORES M. SCHMAL
CAPITULO 4: REATORES 1M. SCHMA L
Para o 2 reator (PFR) com reciclo, utilizamos a equao 4.5.16: Fluido dinmico
Sendo:
va, = v (1 + R) = 3,2 m3/kseg PFR ideal
Laminar Turbulento Leito fixo
m = kAC
Nos reatores CSTR e PFR ideais em fase homognea os reagentes e produtos encontram-se A transferncia de massa por difuso nos poros dada pela lei de Fick, ou seja:
numa nica fase. A reao homognea ocorre numa fase lquida ou gasosa, cuja concen- dC
M
trao varia ao longo do reator PFR e no CSTR a concentrao instantnea. De dz
Num caso especial quando a reao ocorre na parede do tubo com o catalisador na dC = gradiente de concentrao no poro (cilndrico)
superfcie interna do tubo e escoamento uniforme, o comportamento igual a uma reao
em fase homognea. dz
Se o catalisador constitudo de partculas tem-se um reator de leito particulado De = difuso efetiva do gs no poro
fixo ou mvel. O escoamento no mais uniforme e a reao considerada heterofsica.
O nmero de Reynolds caracterstico do escoamento e quando definido em funo
Neste caso o catalisador constitudo de partculas slidas, mas os reagentes e produtos
so gasosos ou lquidos, podendo ambos escoar atravs do leito particulado no sentido do dimetro-da. partcula, ser:
concorrente ou contracorrente. A reao pode ser cataltica ou no cataltica, e ocorre na 4.5.23
Re =. udP
superfcie das partculas e/ou dentro dos poros do catalisador. Neste caso, o sistema
considerado heterofsico, do tipo slido-gs, slido-lquido ou slido-gs-lquido, respec- u = velocidade superficial do gs na seco transversal
tivamente, leito fixo ou mvel, leito trifsico (trickle bed) ou leito de lama.
dp = dimetro das partculas
A fluido-dinmica destes reatores complexa. O perfil de velocidade numa seco v = viscosidade cinemtica
transversal no uniforme, devido influncia da parede e a porosidade do leito cataltico,
causando a no idealidade do reator contnuo. Por outro lado, as disperses radiais e axiais, representando os coeficientes conv
tivos e difusivos nos poros, sero caracterizados pelo nmero de Pclet, assim defino
c-
As partculas slidas apresentam altas reas especficas devido a alta porosidade
(volume de poros). No reator de leito fixo ou mvel, ocorrem fenmenos de conveco, (ver captulo 7):
devido a trs mecanismos: difuso molecular; difuso de Knudsen nos poros das partculas 4.5.24
ud Taxa de transporte convectivo
e difuso superficial, dependendo das caractersticas geomtricas dos poros e das partcu- P = P=
las. Procura-se determinar a difuso efetiva combinando os trs fenmenos. DQ Taxa de transporte difusivo
u = velocidade superficial do gs na seco transversal Portanto, o nmero de Pclet (P) um parmetro importante para avaliar se h
dp = dimetro das partculas efeitos de massa, e o nmero de Reynolds para verificar se o reator encontra-se em esco-
De = difusividade efetiva amento turbulento e consequentemente, nas condies prximas de um reator ideal podem-
se aplicar as equaes bsicas dos reatores ideais.
As disperses radiais e axiais, em geral, existem num leito cataltico particulado.
No entanto, sob determinadas condi es podem-se desprezar os gradientes radiais. Pode-se Exemplo
considerar a velocidade uniforme numa seco transversal (PFR ideal) quando a relao
entre os dimetros do tubo e da partcula maior que 30, e qundo o nmero de Reynolds
elevado, caracterizando assim um escoamento mais prximo do turbulento, ou seja, altas E4.5.3 A hidrogenao do tolueno foi feita num reator tubular de leito fixo, contendo
velocidades superficiais (vazes elevadas). Neste caso, o nmero de P pode ser calcu- um catalisador (p = 2,3 g/cm 3 ). A reao se d em fase vapor, operando isotermicamente
lado, conforme equao emprica?: a 600C e a presso 10 atm. Introduz-se os reagentes com 20% de tolueno, 40% hidro-
gnio e o restante com inerte (%vol) com uma vazo de 400 L/min. Sabe-se que o fluxo
de sada do benzeno de 10 moles/min. Calcule a massa de catalisador no reator,
P=1+19,4 4.5.25 sabendo que a cintica dada pela seguinte expresso da taxa i .
P
Soluo
C(t)
20% T
40% H2 Fe = 10 moles/min
40% N2
T = 600
P=10atm
p = 2,3 gim'
CH3
T H B M
t
Sendo:
Clculo da velocidade superficial: _YroP_0,2x10_ 2
CTO RT RT RT
A = rrd z
= 5,06 c m2
4
M= `=20
C
Cro
v4x105 =7 9x(0 4 cm/min=13,1 m/s
u=-'.= Substituindo as presses parciais na equao E4.5.3.1, obtm-se:
A 5,06
5,6x10-(1-XT )(2-X)T
Clculo do nmero de Reynolds:
(-rr) 1+ 2,52 xXT + 2,02(1- XT)
udp = 13,1x2,54
Re= =4,52x10' Ou
u 0,74x10 6
336x10"6 (1-x )(2-XT )
E4.5.3.2
(-rr) (3,02+0,5x XT
Nota-se que o nmero de Reynolds muito alto e encontra-se em regime turbu-
lento. Pode ser considerado como escoamento uniforme na seco transversal e ao longo
do leito. Substituindo a expresso da taxa E4.5.3.2 na ewlao 4.3.17, vem:
W zr
Clculo do nmero de Pclet: (3,02+0,5xX T )dKr
E4.5.3.3
Fro - o 3,36x10 -6 (1-Xr ) (2-XT )
ud 7, 9 x 104 x 0, 5
P= = -6,58x10'= 6,58 x 103
DQ 0,1x60 Clculo de FTo
Logo:
0,2 x10 x 400
Fro = Yro Fo = Cro vo = 0,082 x (273 + 600) _11 ,in
17
/min
(1/P) = 1,5 x 10-4
O critrio para um reator com comportamento ideal (1/P) = 2 x 10-3 . Clculo da converso final:
Portanto, os efeitos de transferncia de massa e difuso so desprezveis.
FB = Fro XT
Os nmeros de Reynolds e de Pclet indicam que o reator tem comportamento
pseudo-homogneo, prximo ao comportamento de um reator ideal. Nestas condies, XT = 0,89
podemos calcular a massa do catalisador, utilizando as equaes de um PFR ideal.
Integrando a equao E4.5.3.3 e com os valores acima, obtm-se:
Logo, pela equao 4.3.17 vem:
W dXT
w= 2,2 x 104 kgcat
T==C .ao J 4.3.17
Fro o
Um exemplo utilizar os reatores de membranas para gerar e separar hidrognio No segundo caso, a membrana porosa e inerte, mas o catalisador encontra-se dentro
para clulas a combustvel 1 . do reator, onde ocorrem as reaes e um produto deve ser separado, passando atravs da
O hidrognio pode ser obtido pela reforma do metano e reforma autotrmica, onde membrana porosa inerte, os demais passam diretamente at a sada do reator. Dessa
ocorrem as seguintes reaes: maneira aumenta-se o rendimento ou seletividade para o produto desejado, aumentando
tambm a converso, j que a reao se desloca na direo dos produtos 5,13.
Reforma com vapor: CHI + H20 t-a CO +3H2 AH 298K = 206 kJ/mol Consideremos uma reao do tipo:
Reforma seca: CH4 + CO2 2C0 +2H2 AH 298K = 247 kJ/mol A+B-9R+S
Oxidao parcial do metano: CH4 + 1/20 2 H CO +2H2 AH 298K = -36 kJ/mol Sendo R o produto a ser separado pela membrana.
Pelo balano molar de qualquer componente no elemento de volume dV tem-se:
Reao deslocamento (shift): CO + H20 t-+ CO2 + H2 AH 298K = -41 kJ/mol
dn.
F.-(Fj+dF)+JrdV= di 4.5.26
As reaes de reforma com vapor e a reforma seca so endotrmicas enquanto que
as reaes de oxidao parcial do metano e de deslocamento so exotrmicas. No processo
autotrmico o processo toma-se exotrmico e termodinamicamente favorvel. Considerando o regime permanente, obtm-se genericamente (equao 4.3.13):
V_ Xf d .a 4.5.27
Fo - (, ( - r,
Portanto,
rt = ri?
RR = kC CR .4.5.30
E4.5.4 A reao
- em fase gasosa A F k; R feita num reator de membrana, sendo R o XA = 0 95
XA,
produto separado pela membrana. A reao reversvel e de la ordem, sendo k = 0,05 sI .
O reator opera a 8,2 atm e a temperatura constante a 227C. A constante de equilbrio a XA =0,316
227C igual a 0,5. Sabe-se que o fluxo de entrada do reator de 2 moles/min e o volume Com separao
10 litros. Dada constante kc= 0,3s- I , calcule o fluxo de sada de R. A taxa muda, incluindo-se o termo de transferncia de massa.
r=kCAO [(1XA ) XA ke C AO XA
r=kCA k'CR = kCAO rI (1XA ) 1 XAj
L K
No equilbrio a taxa nula. Logo, Rearranjando, vem:
_K r=kCAO 1k` A
X
=0 33 E4.5.4.4
Ae 1 K \ XAe/
A taxa resultante em funo da converso de equilbrio ser: Onde,
k'=(1+ke^=1,3 s-'
r=kC.ao l1- XA I E4.5.4.1
11 XAe J Substituindo a equao E4.5.4.4 na equao E4.5.4.3, e integrando, vem:
Sem separao:
X^
. =_ XAe In 1 k^ XA E4.5.4.5
kk` \ XAe /
= V = CAO f dXA E4.5.4.2
vO o r
Dados, k = 0,05 s- I , T =1 min = 60 s, calcula-se a nova converso:
Substituindo a equao da taxa E4.5.4.1, vem:
XA = 0,248
XA
T= ---In 1 E4.5.4.3 Finalmente, calculam-se os fluxos de R
k l X4)
Calculando a concentrao inicial: Sem separao:
moles j
P 8,2 _ FR =C R VO =CA,vo XA =FAO XA =2x0, 316=0, 632
0,2 moUL min
CAO _ RT _ 0, 082 x 500
Com separao:
Clculo do fluxo volumtrico:
moles
FR
=F4OXA
=0,427
FAO 2 (L min )
v_CAO 0 2 -10 1/min) A taxa de retirada ser:
Clculo do tempo espacial: molses
RR = k C CR = kC AO XA = 0,0644[
.iili^."
!,'. ". fi i-dM1... te^3 bV:A.".>>o.3n. ... .. I.au .one..9..sd:a. .r .o P^ o_ .a 1. P...Br: ^.. . ^ o ^.r.,.
A escolha do reator de grande importncia e deve ser feita em base tcnica. H trs Reator batelada:
critrios principais para diferenciar os reatores batelada, tanque e tubular: x, dx.
r 4.6.1
t= Coo r Al
Volume do reator. \rA /
Produtividade.
Tanque (CSTR):
Seletividade.
= = CA0 XA
No primeiro critrio comparam-se os volumes dos reatores com base no tempo de V 4.6.2
residncia mdio para um determinado grau de avano da reao ou converso final. O tempo v0 ( Y4
de residncia mdio depende da cintica de reao e, portanto, da taxa de reao, que por
sua vez depende se a reao ocorre a volume constante ou a volume varivel. Num sistema Tubular (PFR):
a volume constante tem-se diretamente a relao entre os volumes, pois o tempo de residncia V .< dX
mdio igual ao tempo espacial, este definido como a relao entre o volume do reator e a ti= =CAO J 4.6.3
vO o r
vazo na entrada do reator. Para uma mesma converso a relao entre os volumes pro-
porcional. Como o tempo de residncia mdio num reator PFR similar ao tempo de reao
num reator batelada, pode-se admitir que tenham comportamentos similares e comparar Analisando as equaes do PFR, batelada e CSTR, representadas pelas formulas 4.6.1-
somente os reatores tubulares (PFR) com os reatores tanque (CSTR) ideais 5.7 . 4.6.3, observa-se que a rea debaixo da curva AC representa a integral da equao do PFR,
enquanto que a rea do retngulo ABCD representa a equao do CSTR. A taxa correspon-
4.6.1 Comparao de volumes dente a concentrao de sada no CSTR igual a concentrao media no tanque.
Para visualizar a diferena entre os volumes e os tempos de contatos nos reatores a figura Para uma dada temperatura constante e reaes a volume constante, estas reas so
4.6.1 mostra o inverso da taxa em funo da converso. Esta curva representa o compor- diretamente proporcionais aos tempos espaciais nos reatores e tambm aos tempos de
tamento cintico da reao, independentemente do tipo de reator. A taxa de reao decresce residncias mdios, admitindo-se a mesma vazo de entrada e uma mesma converso final.
4y com o aumento da converso e, portanto, o inverso da taxa crescente e positivo. Portanto, elas representam os volumes dos reatores.
Pela figura 4.6.1 conclui-se que o volume de um CSTR sempre maior que o volume
do PFR. O tempo espacial ou tempo de residncia mdio (contato) no PFR sempre menor
que no CSTR. Como o tempo de reao do reator batelada igual ao tempo de contato
do PFR, pode-se compar-lo diretamente com o PFR. Se a reao ocorre a volume varivel,
os tempos de residncia mdios no so iguais aos tempos espaciais e, consequentemente,
os volumes no so proporcionais.
Pela figura 4.6.1 observa-se que para converses baixas, os volumes dos reatores
PFR e CSTR so prximos, conforme reas AEFG e, portanto, tm vlumes iguais. Estes
so usados para estudos cinticos.
Consideremos alguns casos para comparar os volumes dos reatores PFR e CSTR e
verificar quais os parmetros mais significativos no critrio de comparao.
10,0
t= 1 ln(1XA ) 4.6.4
k vcsn,
1 XA
t t=- 4.6.5
k(1 X)
tcs,
tpF.,
Para a mesma vazo de alimentao os tempos espaciais so diretamente propor-
cionais aos volumes correspondentes. A relao entre os volumes do CSTR e PFR 5,0
[V CSTR
VPFR /
VPFR
A razo entre os volumes do CSTR e PFR ser13 :
em relao reao sem variao de volume (EA = 0), para uma mesma converso final.
XA Quando h contrao tem-se o inverso. Por exemplo, para uma reao irreversvel de 2a
ordem, com EA = 1 e converso XA = 0,80, obtm-se:
4.6.6
Exemplos
TPFR = 311 min = 5,2 h
E4.6.1 Efeito do Parmetro M
O volume do PFR, sendo vo = 40 L/h:
Butanol e monobutilftalato reagem na presena de-11 2 SO4 formando dibutilftalato e
gua em CSTR e PFR separadamente. Os reagentes encontram-se em dois tanques VPFR = 207 L
separados, contendo 0,2 mol/L de MBF e 1 mol/L de Butanol com 10 L/h e 30 L/h,
respectivamente. Misturam-se os reagentes antes de entrar no reator. A constante cintica Logo, a razo entre os volumes do CSTR/PFR ser:
: 7,4 x 10-2 L/molmin. Calcule os volumes do CSTR e PFR separadamente e mostre
a relao entre os volumes para uma mesma converso de 70%. VCSTR= 2,5
VPFR
Soluo
Taxa de reao: -rA = kC 4 CR , sendo A = Butanol e B = MBF os reagentes.
A vazo total na entrada do reator ser:
v01
+v02 = vo = 40 L / h
E4.6.2 Efeito do Parmetro EA
VCSTR = 520 L
t 1 1+EAXA
+In(1-XA )
No PFR tem-se: kCAO [ 1-XA J
_ 1 (M-X A )
4.6.6
t'" k CAO(M-1)1n M(1-X A )
Clculo de EA:
Volume:
VCSTR = 159 litros
0,4 0,4 0 0,2 1,0
o O - 0,4.i' p;2 0,6 ` EA = - 0,4 . (contrao)
Logo:
VPFR = 73,8 L
4.6.9
Turr =
XA (1+ EAXA )2 tPFR =CAO
1 11+E AA)
rO)
kCAO (1 XA ) 2
Note-se que para os dois casos os tempos de contato mdio so diferentes para
T CSTR = 15,9 min
sistemas a volume constante e varivel, dependendo de_E A. ____
Assim, 1,0
-
seEA =O tcutr= T CSTR
- e t PFR T PFR
seEA ^ O
-4 t csrr # ZCSTR e tPFR # T PFR V CSTfl
Em qualquer caso: tPFR = tbarelada VPFA
CSTR:
0,5
aA C. AO X A
WCSTR 1+E A XA )(rA ) 4.6.10
t
PFR:
aa = Cao Xa _ 4.6.11
W t X" Xw.t
dX
(1+EAXA)(r. )
Para exemplificar, consideramos uma reao reversvel de primeira ordem direta e Xg/X=
reversa do tipo: A R R. A taxa resultante em funo da converso conhecida. Substi- Figura 4.6.3 Comparao de produtividade e volume de reatores 13 .
tuindo-a nas equaes 4.6.10 e 4.6.11, obtm-se:
4.6.3 Rendimento/seletividade
CAO k(l+N)X 4
WPFR / 4.6.12 Havendo mais de uma reao, onde um produto ou subproduto desejado, a escolha do
(N+XAe )ln 1 XA reator e as condies de reao so muito importantes, j que a cintica de cada reao
XAe depende da temperatura e da ordem de reao.
Onde: Inicialmente, vamos definir rendimento e seletividade para reaes mltiplas que
ocorrem simultaneamente, seja para reaes em paralelo, srie ou mistas. Quando ocorre
N = CRo
somente uma etapa de reao, o rendimento confunde-se com a converso.
Cao Considerando um sistema de reao do tipo:
_ CAO k(1+N)XAe XA 1 4.6.13
WCSTR
(N+X Ae ) 1 XAe / I A+B R (produto desejado)
A+ B ^. S (produto indesejado)
Observa-se que a produtividade, ou taxa de produo mdia, depende da converso
final e da converso de equilbrio para uma determinada temperatura. Relacionando-se as Definem-ses, 7, 13:
taxas do CSTR e PFR, tem-se a produtividade relativa dos reatores. A taxa de produo
mdia inversamente proporcional ao volume do reator. A razo entre as taxas do CSTR Rendimento:
e PFR, bem como dos respectivos volumes mostrada na figura 4.6.3.
A produo unitria do CSTR diminui sensivelmente em relao ao do PFR com n moles de A transformados em produto desejado (R) 4.6.14
altas converses e, ao contrrio, o volume do CSTR aumenta muito mais em relao ao (Pa n moles de A reagidos (totais)
PFR. Por exemplo, para uma converso de 70% da converso de equilbrio, a produtividade
do CSTR 50% menor qe a do PFR, para as mesmas condies de alimentao. Para
Rendimento operacional:
aumentar a produtividade do CSTR ou PFR usam-se reatores em srie.
n moles de A transformados em produto desejado (R) 4.6.15
(PO
n moles de totais alimentados .
Onde (FAO FA) o fluxo de moles de A reagido nas duas reaes. C8 alm
CA baim CB baim
CA alto
Substituindo a equao 4.6.22 na equao do rendimento global 4.6.20, obtm-se Requer-se alto rendimento e como mostram as equaes acima, estas dependem da
para um sistema a volume constante (em funo da concentrao), cintica de cada reao, em particular da ordem de reao e das constantes cinticas em
cada etapa.
1 c, Analisando o efeito da ordem de reao, sabendo que R o produto desejado, se a
cl:oA=(C 4.6.23
AO
CA ) J YA dC A for maior que a2, ento, pela equao 4.6.27, a diferena (ai a2) negativa e, portanto,
a concentrao aparece no denominador. Para que o rendimento seja alto, necessrio que
a concentrao local seja grande, ou seja, baixa converso, tal que rpA > 1. Ao contrrio,
Onde 4 A o rendimento global.
se a2> a1, a concentrao fica no numerador. Logo, a concentrao CA local deve ser baixa,
ou seja, converso alta. Para altas converses sugere-se o reator PFR e para baixas con-
Efeito da ordem de reao:
verses o CSTR. Se ai maior que a2 o CSTR a melhor soluo.
Consideremos as reaes em paralelo:
Esta reao deve ser feita num PFR e CSTR separadamente. Calcule os rendi- 1,0
X = 0,5 .v^
mentos local e global em funo da concentrao na sada dos reatores, mantendo as CSTR/PFR
_
(A = E4.6.3.2 F
SA [1+ k 1 0,4 X = 0,5
k1 C,,
= k2 0,2
Define-se: x' como um parmetro que relaciona as duas constantes
k 1 CAo
cinticas. y
o,o r -- T
0, 0, 1,0
O rendimento global do CSTR igual ao rendimento local e, portanto, 0,0 0,2 0,4
c d c,a
1 7 CSTR
CSTR = Figura 4.6.5 Rendimento de PFR, OCSTR para x' = 0,5 e razo
l+x. c" para diferentes valores de x. \ 0 PFR
C A
J
O rendimento global do PFR determinado substituindo a equao E4.6.3.2 na
equao 4.6.23.
C
x C Nota-se que, ao contrario da comparao entre os volume de reatores, onde o
In Ao
volume do CSTR sempre maior que o do PFR, o rendimento no PFR maior que o
=1 X 1+x. E4.6.3.3
PFR + v
CA [ CSTR. O mesmo vale para comparao de seletividades nos reatores.
1
CA,
Para a seletividade em relao ao produto desejado, conforme equao 4.6.19,
obtm-se:
Analogamente, se (b2 - bt) > 0 ento ser necessrio ter baixas concentraes de B
na sada. Portanto, sugere-se um reator PFR com A sendo alimentado na entrada e B ali-
mentado em vrias posies. O reagente B consumido imediatamente. A alimentao de
B sequencial permite que todo o reagente A seja consumido at o final do reator.
Se ao contrrio (b1 - b2) > 0, ambos os reagentes saem com altas concentraes.
Sugere-se um CSTR.
1,2 -
Exemplo
1,0 -
0,8 -
E4.6.4 A decomposio trmica do butano se d a 650C e 1 atm, transformando-se em
0,6 - butadieno. Este por sua vez transforma-se por craqueamento e polimerizao, conforme
taxas:
0,4
0,2 -
Butadieno k' - dmero (R) -+ produto desejado
0,0 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0
Butadieno HC (S) - produto indesejado
C ,,,/C A ,
z
Figura 4.6.6 Razo de rendimento e seletividade para PFR e CSTR. rR = kiPR E4.6.3.1
A relao entre as seletividades do CSTR e PFR mostrada na figura 4.6.6.
rs = k2Pa
Verifica-se que o rendimento e a seletividade (definio alternativa) so distintos.
Sendo
O rendimento varia sempre de O a 1,0, enquanto que a seletividade pode ser maior que 1,
j que relaciona a taxa de formao do produto desejado com o produto indesejado. 30.000
lnk = +7,24
2 4,57T
Presena de dois reagentes:
Quando h a presena de dois reagentes simultaneamente em duas reaes paralelas, define-se . Alimentam-se o reator com 1 moi/1 de hidrocarbonetos, sendo 72,5% butenos e
o rendimento em relao ao reagente participante nas duas reaes. Assim por exemplo: 27,5% de butadieno. Determine as condies finais nos reatores PFR e CSTR, admitindo
rendimento global de 80% do rendimento mximo em dmero.
A+B k-
R -* produto desejado
Soluo
B -S - produto indesejado Butadieno o reagente principal no sistema de reao paralela, sendo o dmero (R) o
produto principal. O rendimento no CSTR ser dado pela equao 4.6.30:
Admite-se ordem genrica para as taxas de reaes dos produtos formados:
1
0 CSTR
rR =k,C a 'CB a 4.6.30
[l+ X .Pso ]
rs = k 2 CB b,
Onde:
Como o reagente B participa das duas reaes e R o produto desejado, o rendi- k,
mento ser: x=
'
1 kiPBo
`PB =
k .0 (` ' -q) 4.6.31 A 650C - k2 = 1,14; kl = 8,47
l+?B
k, C,,'
PBO 0,275P
=0,275P=0,275 atm
Logo: Onde:
k2 k2
= 0,49 = 0,50 x =18 k,CB,
k PBo
CB
1- Mas, para uma converso de B de 80% o valor de = 0,2 e sendo eD CSTR =
0,85, obtm-se x* = 0,035. CRo
O mximo rendimento no PFR para x* = 0,50 (figura 4.6.5) de PFR= 0,67.
Para 80% do rendimento mximo o valor ser Logo, a concentrao C' O rendimento no PFR dado:
'FFR = 0,5.
CAO CB
nas sadas do CSTR e PFR sero 0,65 e 0,35 e as converses 0,35 e 0,65, x+
x ln C"
PFR =1+
respectivamente. 1+ 1+ x
CB
Ceo
Como a converso no PFR igual a do CSTR, obtm-se:
(D PFR = 0,934
E4.6.5 Consideremos um exemplo com participao de dois componentes, sendo
conhecidas as respectivas taxas de reao.
2B---'=---> S -- produto indesejado Reaes em srie num sistema a volume constante, onde R o produto desejado e S o
indesejado so representadas por:
rR = k, CA CB _ A A^RS
Soluo In ^I1
`PR = A (p 4.6.33 .
A taxa de transformao de B em ambas as reaes (r8 ) = rR + 2rs e, portanto, o ren- (x -1)
dimento local ser:
1 x 4.6.34
_ 1 qps 1(P .4
tPB = (x 1) NAx x
kzC R
1+2
k, CA Onde:
'a
Para determinar o rendimento mximo de R, calcula-se a sua concentrao mxima Os rendimento ou seletividade mximos so obtidos para a concentrao mxima
e o tempo correspondente. A concentrao mxima, conforme equao 3.6.13: do produto R. Neste caso, obtm-se:
4.6.41 4.6.35
= 1+x '"=
cPRm = x''x ^CSTRmH
4.6.36
0PFR =
(1cPA)[(x1 1)((PA(PAx)]
CA0 C 4 CR
= = 4.6.38
k,CA k,C4 k,CR
_ CR _
':D CSTR 4.6.40
C.40CA
1+ x(1(PA) E4.6.6 Uma reao em srie A S feita num CSTR. A cintica des-
(PA conhecida, mas o rendimento de 68% e a converso de A 35%. Se o volume do
reator de 300 L e o fluxo 150 L/min, calcule o rendimento da mesma reao e nas
Os resultados so mostrados na figura 4.6.7. Nota-se que o rendimento no CSTR
sempre menor que do PFR e depende tambm do parmetro x relacionando as velocidades mesmas condies no PFR.
especficas das reaes
Soluo
kz
O rendimento no CSTR dado pela equao 4.6.40:
k,
CR = 1
^csrR
A diferena maior para altas converses, (PA pequeno. Quando a velocidade espe- CAO CA 1+ x( 1 (PA)
cfica de formao de R maior que a de decomposio (x< 0), o rendimento do PFR (PA
muito mais alto para altas converses, decrescendo significativamente quando x > 0.
Finalmente, as velocidades especficas dependem da temperatura e da energia de ativao Sendo a converso 35% o valor de chh = 0,65 e como c13,,,.= 0,68, obtm-se o
de cada etapa que podem influir na escolha do reator. valor de x = 0,874.
O rendimento do PFR pode ser calculado pela equao 4.6.37 para a mesma A figura 4.7.1 mostra que possvel combinar reatores, diminuindo o volume ou o
converso final, ou seja: oA = 0,65 tempo de residncia de cada um, associando-os de tal maneira que o volume final seja
equivalente ou igual ao volume de um (mico reator. A vantagem combinar os reatores
PFR= em srie ou paralelo de modo que ocupem um espao menor com a mesma eficincia,
xl
I x ^x=r) rendimento, seletividade e converso final. Na figura 4.7.1 mostra-se dois reatores em
srie. Assim, por exemplo, as reas achuriadas ABEA' e BCDE indicam os dois reatores
PFR em srie, sendo a converso na sada do primeiro reator XAI e a sada do segundo
0,822 reator XA2 . Observa-se que a rea proporcionai ao volume de cada um, e, portanto, o
PFR
volume total equivale a soma dos volumes V1 + V2 = VPFR.
Para calcular o volume do PFR, devemos determinar a constante kl. Esta pode
ser determinada pelo CSTR, tendo a vazo e o seu volume. Logo,
T=V _ CAO C, = 1q 1
k vO
k I CA 1N.a
kl = 0,27 min-1
TPFR -CAOJ A= 1 ln(l - X 4 )
ki Ca k,
A XA
XA,
XA2
4.7 COMBINAO DE REATORES Figura 4.7.1 Inverso da taxa de reao em funo da converso.
Foram estudados separadamente os reatores contnuos tanque (CSTR) e tubular (PFR) com
caractersticas prprias e distintas. Ao compar-los vimos que, para uma mesma converso A rea hachurada ABEE' equivale ao volume do primeiro CSTR e a rea BDCF ao
final, o volume do CSTR sempre maior que o do PFR, principalmente para altas converses. segundo reator em srie. Estes volumes so diferentes e a soma deles no igual ao volume
Alm disso, o tempo de residncia mdio no CSTR tambm maior que no PFR. Ao con- de um nico CSTR, indicado pela rea ACDF'. Portanto, a combinao de os dois reatores
trario, o rendimento e a seletividade so sempre superiores no PFR comparado com o CSTR. CSTR em srie permite diminuir o volume do reator, mas a mesma converso final.
A cintica a mesma para qualquer sistema e a taxa depende da concentrao e Tm-se, consequentemente, diferentes tempos de residncia mdios em cada reator, aumen-
temperatura. O inverso da taxa em funo da converso mostrado novamente na figura tando o rendimento final. Nota-se que a combinao de vrios reatores CSTR em srie
tende a se aproximar de um nico reator PFR.
4.7.1, mas varia de reao para reao, seja ela irreversvel ou reversvel, e de ordem
genrica. Alm.da combinao em srie, podem-se colocar os reatores em paralelo. Conse-
quentemente aumenta-se a produo final com reatores de menor volume comparado com
Como vimos no captulo anterior as equaes bsicas mostram que a rea debaixo
um nico reator de maior volume. Existem vrias combinaes, conforme figura 4.7.2.
da curva cintica ACDA' representa a integral da equao do balano num PFR, enquanto
que a rea retangular ACDF' representa a equao do balano no CSTR. Ambos represen-
tam o tempo de residncia mdio dos reagentes nos reatores.
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1 Ou,
Como a converso definida por:
V (XA, X )
FAO F-, 4.7.6
FAO ( ':a )
FAO
= F,O F A
Esta expresso vale para sistemas com volume constante ou varivel. Quando o
F40 sistema a volume constante, pode-se fazer o balano em funo da concentrao, con-
FAO FA, forme expresso abaixo:
FAO
I; ( CAr-, C.,,)
4.7.7
=T=
vo ( r1)
Obtm-se:
dFA Como vimos anteriormente, a soma dos volumes dos tanques (CSTR) em srie
= F ,o dXA
menor que a de um nico CSTR (ver figura 4.7.1). Observa-se ainda que, quando o volume
e constante, o tempo de residncia mdio ser igual ao tempo espacial tcsrR = Tcs=R em
cada reator em srie, mas diferente para um nico reator. A cintica da reao deve ser
Fgo dX a = rA dV conhecida e vlida para qualquer reator em srie ou paralelo.
O objetivo determinar o nmero de reatores necessrios, em srie ou paralelo,
Integrando, vem: visando atingir a mxima converso ou produtividade desejada com o menor volume
V x ' dX possvel, bem como as condies de reao, para qualquer tipo de reao4, s.
4.7.2 E possvel obter solues analticas para reatores em srie para reaes irreversveis
=J A
FAO X:_, (-rA) de la ou 2a ordem a volume constante, como veremos abaixo. Para os demais casos, as
solues so complexas e exigem mtodos computacionais 6 .
Comparando com o balano num s reator, observa-se que a nica mudana foi feita
nos limites de integrao. Para n reatores em srie, o volume total ser igual a soma dos Clculo do nmero de reatores em srie para uma reao irreversvel de 10 ordem
volumes intermedirios e a converso final ser XA . Logo, Consideremos uma srie de reatores CSTR de volumes iguais. Isto significa que o tempo
de residncia mdio e o tempo espacial so iguais em cada reator. Logo,
4.7.3 V
T. =
vo
Ou
Se o fluxo volumtrico vo constante, num sistema a volume constante, podemos
dX dX Xr"
afirmar que o tempo espacial total ser T = n'ri.
XI A dX f"' dX X1,a;
dX.4
A A + + .A +...+ 4.7.4 A taxa para uma reao irreversvel de la ordem ser 13:
J
+XJ
J J
0 ( - r,) 0 (- rA) 0 ( -rA) X " ,_, ( -rA) Xm,_i (-r4 )
(rA )= kC, = kC ,O ( 1X A)
Para os reatores CSTR em srie, faz-se igualmente o balano molar no i-reator,
conforme figura 4.7.3 (b). Como a concentrao no tanque homognea e igual a concen- Logo, para o reator i tem-se (equao 4.7.6) a seguinte expresso:
trao de sada tomam-se diretamente os fluxos molares de entrada e sada.
_ (x,, x
FA,+rA l;=0
( 4, )
4.7.8
vo CAO (-rA ) k(1 X A;)
Colocando os fluxos molares em funo da converso na entrada e sada do i-reator
Ou rearranjando, obtm-se:
(note que a converso vai aumentando enquanto que a concentrao do reagente vai dimi-
nuindo) obtm-se:
(X A, -XA,-1) = T i l( (1- )(A,)
FAO()CA,XA,-,)+rAV=0 4.7.5
r..
i: i .x .. .. .
Como i; = cte, pois os volumes so iguais, tem-se, aps somar e subtrair a unidade
(1), a seguinte expresso: (rA ) = kC,' = kC402 (1 X A) 2
Observa-se que a converso inicial nula XAO = O. Logo, V (XA; -XAI-1) ()G ) 4.7.11
( - r4) kCAO( 1-XA)2
(1XA,)=(1+tik) 4.7.9
Nota-se que esta expresso contm um termo de 2 grau, cuja soluo apresenta
Substituindo na equao 4.7.9, obtm-se sucessivamente: duas razes. Sugere-se o caminho inverso: partindo da converso final desejada no ltimo
reator, calculando-se as converses ou volumes nos reatores anteriores at chegar ao pri-
( 1X AZ) =
meiro reator, observando que a converso neste reator tem que ser positiva. Este mtodo
1 z
(1+'r k) permite determinar~es diferentes de reatores em srie, conhecendo as converses nas
e entradas e sadas do mesmo. Assim, rearranjando a equao 4.7.11 obtm-se:
1 4.7.12
(1XA,, ) = 4.7.10 (1XAr-i)=(1XA;)[(1+^;kCAO)(1XAI)]
(1+i; k) n
Ou,
1
(1 )(Aj =
((1 + T ;k)
i=i E4. 7.2 Considerando n reatores em srie e conhecendo-se as converses na sada do
primeiro 0,40 e no ultimo reator 0,85, calcule o nmero de reatores, sendo desconhecidas
as constantes cinticas.
E4. 7.1 Admitindo que a converso na sada do 1 reator de 0,475 e na sada do ultimo
reator de igual volume de 0,99, calcule o nmero de reatores CSTR em srie. Observa- Soluo
se que a cintica no foi dada, mas admite-se que a reao irreversvel e de Ia ordem. No primeiro reator a converso 0,40. Substituindo na equao 4.7.12 para i = 1
XAt =
tem-se:
z ;kC 40 =1,1
Soluo
Tendo a converso no primeiro reator igual a 0,475, pela equao 4.7.9 determina-se o Sendo os volumes iguais tem-se que Ti = i = cte. Partindo-se do ltimo reator
y_= termo (1 + T,k) -' = 0,525 Portanto, conhecendo a converso final no ltimo reator igual onde a converso final igual a XA = 0,85, calculam-se as converses nos reatores
a 0,99, pode-se calcular as converses intermedirias nas sadas de cada reator, utili- anteriores, utilizando a equao 4.7.12. A converso na sada do primeiro reator no
zando a equao 4.7.10. Note-se que a converso no ultimo reator no deve ultrapassar pode ser inferior a 40,0%. Resolvendo, obtm-se:
0,99. Com isto calcula-se o nmero de reatores CSTR necessrios para atingir esta
converso. = 0,241 < 0,40
Obtm-se 6 reatores em srie de igual volume.
I
Portanto, para este caso, necessitam-se 7 reatores em srie de igual volume.
Para reaes mais complexas obtm-se solues, utilizando-se mtodos numricos. 4.7.2 Reatores em paralelo
Soluo grfica Consideremos reatores PFR ou CSTR em paralelo, conforme figura 4.7.2 (c, d) e detalhada
O mtodo grfico serve somente para visualizar a sequncia de determinao de volumes na figura 4.7.5, para ambos os casos.
e condies de entrada e sada de reatores em srie nas condies isotrmicas. A condio principal que a concentrao ou converso na sada de ambos os
Tanto os volumes como o1 tempos de residncia mdios podem ser diferentes. reatores deve ser igual, implicando que o tempo de residncia mdio e tempo espacial
Deve-se conhecer a taxa de reao, que vlida para qualquer caso como representada na sejam iguais.
figura 4.7.4. Consequentemente, as concentraes, os fluxos volumtricos e os volumes de cada
reator podem ser diferentes.
Logo, pelo balano molar chega-se a mesma expresso de um nico reator, conforme
equaes abaixo:
V _ dX,,
PFR 4.7.14
FAO! o ( rA)
U )
CSTR /(X^ 4.7.15
Fio; lr+
)= Ca; 4.7.13
Ti
Esta expresso representa uma linha reta que intercepta a curva da taxa (rA ;), (a) (b)
obtendo-se a concentrao na sada do reator seguinte, sendo o coeficiente angular igual a
Figura 4.7.5 Combinao de reatores PFR e CSTR em paralelo.
Ti visando atingir a mxima produtividade desejada, bem como as condies de reao, para
qualquer tipo de reao.
Pela figura, basta conhecer a concentrao inicial, o tempo espacial no primeiro reator
para calcular diretamente a concentrao de sada do reator e assim sucessivamente, at E possvel obter solues analticas para reatores em srie para reaes irreversveis
atingir a concentrao final do ultimo reator, conforme indicado na figura 4.7.5. Os pontos de la ou 2a ordem a volume constante. Para os demais casos, as solues so complexas
B, D e F representam as concentraes nas sadas dos reatores em srie. Note-se que T, pode e exigem mtodos computacionais.
ser diferente, portanto, os volumes tambm so diferentes
O mtodo pode ser usado para reatores PFR em srie ou combinaes diferentes.
.ssi ?itv 4 ,.rt!'a,^,Srtt e J-..'.{i_ i3,..ti:4>^Yeg..s.,. ti' ',"r. id,.t.__, xr.h?:, _. nt' M^ > _ g::
t 4.6.23
A- A dCA
1 J cp
`CAO C C,O
A)
4.7.18
(c,. c.)
de
E4.7.3 Conhecendo-se a cintica das reaes pode-se tambm calcular o rendimento
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 n reatores em srie. Para as reaes:
Converso X,,,
C82
4.7.4 Rendimento e seletividade em reatores em srie r0 = kICA
Os rendimentos nos reatores CSTR e PFR foram estudados na seo 4.6.3 e quando com-
parados mostraram que o rendimento no PFR sempre maior que no CSTR. Para n reatores
Soluo
em srie o rendimento global ser igual a soma dos rendimentos em cada reator. No CSTR
o rendimento global igual ao rendimento local, enquanto que no PFR o rendimento Calcula-se o rendimento local:
integrado ao longo do reator, conforme equaes 4.6.20 e 4.6.23. 1 E4.7.3.1
(P4 r''
Para n reatores em srie: (1+ kC,
k, CA
CSTR em srie
O rendimento para n reatores CSTR em srie, ser de acordo com a equao 4.7.18: Com dois reatores em srie tm-se duas situaes:
Dois reatores PFR em srie com a converso no ponto mximo e um segundo reator
1,
i,-1
1
k x
C (CA -
B_ j
CA,)
em srie, (curvas ABFH e BFDC).
A melhor combinao ser com um CSTR seguido de um PFR. Portanto, o rendimento
t\ 1+
global seria representado pelas reas do retngulo ABFG e da curva BFDC. Qualquer
E4.7.3.2 outra combinao apresentar um rendimento global inferior.
(CA, CAn)
Exemplos
Para qualquer cintica o rendimento local em funo da converso mostrado na E4.7.4 ster hidrolisado com excesso de soda caustica. A soluo de ster entra com
figura 4.7.7. H dois casos, conforme figuras (a) e (b).
uma vazo de 200 L/min e concentrao 0,02 moles/l, enquanto que a soda custica
com 50 L/min e 1 mol/L. A reao de 2a ordem e irreversvel, cuja velocidade espe-
(a) (b) cfica 2 L/(mol x min). So utilizados trs reatores CSTR em srie, sendo o volume
do primeiro desconhecido, do segundo 2.200 L e o terceiro 800 L. Calcule o volume
do primeiro reator e as converses na sada de cada reator, sabendo-se que a converso
G final de 95%. Utilize o mtodo analtico.
E D
Soluo
a) Mtodo analtico:
Como a reao de 2a ordem, tem-se a taxa:
Onde:
A =ster
B = soda custica
Figura 4.7.7 Rendimento em funo da converso: (a) e (b)4. 13 Mas a soda custica bastante diluda e entra separadamente. Logo, as novas
concentraes na entrada do primeiro reator sero:
No caso (a) a curva do rendimento decresce com a converso. O rendimento global
a integral (equao 4.6.26) representada pela rea debaixo da curva (HF) para uma con- CAO = 0,02 x 2500 = 0,016 (mo)
verso final (XAf) no ponto C. O rendimento global de um CSTR mostrado pelo retngulo
(ACFG). Comparando, observa-se que o rendimento do PFR maior que o CSTR. 50 =0,20 (mo)/
CBO=1,0x
Com dois reatores em srie obtm-se os rendimentos pelas reas debaixo das curvas 250 1 /
(HD) (HF) cuja soma igual a de um nico PFR. Com dois CSTR em srie, os rendimentos
so representados pelas reas dos retngulos e o rendimento global ser a soma dos dois Observa-se que a concentrao de soda custica (B) maior e, portanto, o rea-
retngulos, diferente do rendimento de um nico CSTR. O rendimento de dois CSTR gente A o limitante. A relao entre as concentraes iniciais ser:
maior que o de um s CSTR, porm inferior ao rendimento de dois PFR em srie. 12,5
No caso (b) a curva do rendimento apresenta um mximo no ponto B. No PFR o M = CBO =12,
CA,
rendimento global (curvaHFD) menor que do CSTR (retngulo ACDH).
Pela equao da taxa o valor de M muito maior que a converso XA. Neste caso,
pode-se desprezar o segundo termo e considerar a taxa como pseudoprimeira ordem.
Mas, Onde XAe a converso de equilbrio. Resolvendo esta ltima equao determina-
se a converso de equilbrio. Logo, com K dado obtm-se:
T ; kMC AO =X3 kMCAO = ^x2x12,5x0,016=1,28
g
0
(4K1)XAe 2 -8KXAe +4K=0 E4.7.5.3
Logo:
XA ,-1 = X..12 = 0,86 Logo:
XAe =0,88
Para o segundo reator, tm-se a converso de sada e o volume, e, portanto,
calcula-se: XAe = 1,14 raiz fictcia (desprezada)
T 2 kMC AO = 3,52
A converso na sada do reator dever ser 85% da converso de equilbrio. Logo,
XAt = 0,486
XA = 0,75
Sendo o fluxo total na entrada do primeiro reator 250 L/min, obtm-se o volume Substituindo a equao da taxa resultante na equao do CSTR 4.7.6, obtm-se:
do reator:
T 1'kMC AO = 0,94 XA Xa
T CSTR = CO = E4.7.5.4
(r) '1 XA 2
Ti = 2,35 kCAO2 (1XA)z
K4
V = 588 L
Com os valores de K = 16 e de XA = 0,75, obtm-se o valor de T e, consequente-
mente, conhecendo o fluxo vo = 3,5 m 3/h, calcula-se o volume de um CSTR.
V = 1,35 m3
E4. 7.5 Quer se processar uma reao reversvel a volume constante do tipo 2A -o P + Q Considerando que a capacidade do reator disponvel apenas 5% do volume do
em um reator CSTR ou vrios reatores em srie. Introduz-se um fluxo de 3,5 m 3/h do reator calculado, ou seja,
reagente puro A com uma concentrao inicial igual a 48 kmoles/m 3 . A velocidade
especfica de reao direta igual a 0,75 (m 3/kmol x h) e a constante de equilbrio V = 0,067 m3
K = 16. Se a converso final deve ser 85% da converso de equilbrio, calcule o volume
de um nico CSTR. Se a capacidade dos reatores disponveis de apenas 5% da capa- Ento o tempo espacial em cada reator (igual ao tempo de residncia mdio, j
cidade do volume calculado, quantos reatores CSTR em srie seriam necessrios? que o volume constante) ser:
Ti = 0,0193 h
Soluo
Assumindo uma reao reversvel a volume constante, tem-se a equao da taxa resultante Admite-se que os volumes sejam iguais e substituindo a taxa de reao E4.7.5.1
em funo da converso, conforme equao j apresentada na cintica, ou seja: na equao 4.7.6 obtm-se aps rearranjo a seguinte expresso:
XA, 4K
r=kCAO 2 (1XA ) 2 1 XA2 J E4.7.5.1 lI 1 ){(1+T;kCA 1 E4.7.5.5
Ll K 4 ll XAe1 XA e 4K 1XAe )[IXAe -1)+I XAe
A converso de equilbrio para esta reao de 2a ordem direta e reversa tambm
Substituindo os valores vem:
dada por:
4K 1 Soluo grfica
1+ ti,kCAO A, = 0,604
4K X Calculam-se as reas:
Substituindo-se a converso final XAe = 0,75 e com os valores de XAe = 0,88 e
X'Ae = 1,14, obtm-se sucessivamente: Ao = 0,4 x 200 = 80
VPFRI = 160 m3
E4. 7.6Quer-se combinar reatores em srie com base no grfico representando a cintica
VPFR2 = 150 m3
de uma reao, conforme figura abaixo. Dados o fluxo volumtrico vo = 1 m3/h e a
concentrao inicial do reagente CAO = 1 kmoles/m3 , escolha a melhor combinao e
calcule os respectivos volumes. Note que a taxa dada em moles/l x h.
-B
E4.7.7 Dois reatores PFR em paralelo processam uma reao do tipo A k> R + S em
fase gasosa. O reagente A introduzido com 20% (1') de inerte separadamente, sendo
a presso 10 atm e a temperatura isotrmica de 550C. Sabe-se que o tempo de residncia
mdio num reator de 3,3 min. O volume de um reator o dobro do outro. Calcule a
razo entre os fluxos na entrada dos dois reatores, sendo dada a velocidade especfica
da reao. Calcule a converso na sada dos reatores.
Soluo
A velocidade especfica da reao calculada para a temperatura de 550C ou 823 K.
Logo, substituindo-se vem:
X
v *n " 'k.^. ._.^ dn, v vA f n, l/.' i,.. .. .. ^<..,,a.^, d.r.:r; .,^, , srt,
Conclui-se que a reao irreversvel e de 2a ordem e, portanto, a taxa corres- Substituindo-se os valores, obtm-se:
pondente, j em funo da converso ser:
z r=829s=13,7 min
l I^ 2 ( 1-X
2 n^AO
(-YA1=kCA A) E4.7.7.1
(I+E A XA ) 2 Mas,
-CA fo (1+EAXA)(-r )
d4
E4.7.7.2 v02
EAXA)+E4ln(l-X,)] E4.7.7.3
=[(^1
Clculo de CAO:
Substituindo estes valores na equao E4.7.7.3 e tendo o tempo de residncia 1. O reator equivalente a 3 reatores em srie, sendo o primeiro no isotrmico, o segundo
mdio, calcula-se a converso na sada dos reatores: adiabtico e o terceiro isotrmico. Quais as converses na entrada e sada do segundo
reator (adiabtico).
XA = 0,7 2. Calcule o volume do reator isotrmico.
3. Calcule o calor de aquecimento no primeiro e o calor necessrio para manter o ter-
ceiro reator isotrmico?
Nota-se que a converso final na sada de ambos os reatores igual, j que o
tempo de residncia em ambos os reatores deve ser o mesmo.
Dados:
Para calcular o tempo espacial, parte-se da equao geral do PFR. a 00T
0
k=4x106e min- 1
dX A
2 = CA0
J E4.7.7.4 AHR = - 150 kJ/mol
0 (-r )
Calor f gua
Soluo
1. Primeiro reator Aquecimento de 25C at 100C
T
Pelo balano de energia no PFR vem: =2,34
Ta
^F_C P = FAC pA +FR CPR = FAO (1- X A )CPA +FAO XA CPR E4.7.8.2
O terceiro reator em srie opera isotermicamente, e conhecem-se as converses
de entrada e sada, determinadas anteriormente. Logo, pelo balano molar num PFR
Como CPA = CPR =180 J / molK tem-se:
O segundo termo:
O terceiro termo: Substituindo a expresso da taxa na equao E4.7.5.5 e integrando entre os limites
de converso de entrada e sada do terceiro reator, vem:
Q=UAxAT=300x60x1x100=1,8x10 6
1 lnllX4N
Substituindo-se os valores na equao E4.7.8.2, calcula-se a converso na sada k 1-X,,
IJ
do primeiro reator. Neste caso,
Como o terceiro reator opera isotermicamente a 923 K, calcula-se k:
XAl = 0
8.00
-k=4x106e r
Portanto, no houve converso durante o aquecimento.
No segundo reator, operando adiabaticamente, a temperatura aumenta, mas no k = 0,688 min -'
pode ultrapassar 650C = 923K.
Pelo balano de energia num sistema adiabtico, deduzimos: Logo, pela equao E4.7.5.6 calcula-se,
T3 = 1,31 mim
T =1+(3XA E4.7.8.3
To Clculo da concentrao inicial:
. a . r e i4 t ..t^t 4 o., ,e .a ^2.+. ..
vo F2,44x103 L/min
V3 = 3,2 m3
XAI = 0,501
Soluo
Logo, no PFR tem-se a seguinte expresso:
CAO (1XA )
1
VO _ kln E4.7.9.5
(1)
PFR
( 1X
95% .41 )
X'AI = 0,103
362 1 PARTE II: REATORES 1 M. SCHMAL
CAPTULO 4: REATORES 1 M. SCHMAL 1 363
Dados:
XA = 0,203
O tempo espacial pode ser calculado pela seguinte equao E4.7.10.4, ou seja:
vo =194(L / min)
Substituindo a equao E4.7.10.1 na equao E4.7.10.2 e integrando, obtm-se:
V
ecom r=-
vo
E4.7.10.3
t 1 (1> AX") +E 4 ln(1X 4 )
kC,,, L(1X,,) V= 1,05 m3
J
3
d', ., 'R2 ^ h .^.. ,J { F ^. .., ^, ^.... s' f o, . r:.. ,irr aa T, a. , fi.:. ;b :.. :....: .,..^: i ...1:. u... b c., ., i.4, yd tfF..v .. F^.:. rr, er od F Asnfd. a.laa.!a:^%.,!.,Fp `...
Como os tempos de residncia mdio nos reatores so iguais, tal que a converso
Portanto, XA,nar = 0,2, conforme figura abaixo:
na sada dos dois reatores sejam iguais, deve-se determinar a temperatura de entrada no
T=To +(3X4
Onde:
^xR X FA0
1F C
Sendo:
Logo:
^ F CPi = FAO [(1 XA )CpA + [CPR + Cps )XA = FAO CPA = 170 X FAO
Converso X
= 470
E4.7.11 O rendimento local de reaes mltiplas foi determinado sem conhecer a cin-
pela expresso 4 :
2
cp=0,6+2X A 5X4
Logo, o rendimento global no primeiro CSTR ser igual ao rendimento local,
=0=2lOX A =0
Onde: os
E4.7.12.1
ri,y =kI [ M ][ H 2] " k, = 55 (L / mol)
-dC., = Cao dX.a 5
E4.7.12.2
r2T =k,[ X ][ H 2] 2
k2= 30 (L/mol)'
Logo:
Para um tempo esr16tial de 30 min a concentrao mxima de m-xileno foi de
06
3.13.10-3 e a do Mesitileno foi 2.10-2 moles/l, com temperatura de 700 K e 1 atm.
CI) PrR = 1
- X.41) 0,2
J (0,6+2X ,, - 5X, 2 )dXa Calcule o rendimento local no PFR.
Resumindo:
M = Mesitileno
Y32 65%
X = m-xileno
T = Tolueno
Portanto, o rendimento global ser de acordo com a equao 4.7.18: CH4 = Metano
H2 = Hidrognio
( CI-I - C.a, M+ H2 - X+CH,
o = 1=I
X + H2 - T+ CH4
( C.ao - CA
1 =0,71=71%
dFV = rlX - r2X
dF,,
1M
dV
E4.7.12 As reaes abaixo se processam no reator CSTR isotrmico:
dFT
YZr
dV _
CH3
rICH + r2CH ,,
dV
d
H, >
+
rM = k, L M JL H 2 1 E4.7.12.5 A taxa intrnseca definida pela cintica na superficie do poro ou nos stios super-
ficiais, nas condies de reao e, 1 doravante denominado fator de efetividade. Ainda
aqui desprezamos os efeitos de massa ou calor externos.
Logo, substituindo equaes E4.7.12.4 e E4.7.12.5 em E4.7.12.3 vem:
Definiremos inicialmente o fluxo de A por unidade de rea, como
i
k2 [X r
PPx=1 E4.7.12.6 moles
k, [ M ]
cm' - h
Substituindo os valores de concentrao e constantes vem:
e consideremos uma partcula de modelo esfrico. Logo, o fluxo molar de reagente (A)
cpx =0,918
que passa por um elemento Ar ser igual as, 7:
d ( F'.a )
r,,'A;r 2 -0 4.8.6
dr
Sob condies equimolares, o fluxo direto igual a contra difuso. Pela lei de Ficc
o fluxo de difuso do gs A atravs do poro ser:
dCa
Figura 4.8.1 Efeitos de difuso intraparticula. FaI, =D dr 4.8.7
Substituindo equao 4.8.7 em 4.8.6 vem: Nesta equao o termo cn chamado Mdulo de Thiele. Ele representa a relao
entra a taxa de reao superficial e taxa de difuso no poro, ou seja:
d( r2D dCa )
dr kRCa Sg ps Taxa Reao
+r' A.r- 2 =0 4.8.8
dr De (C,; -0 ) Taxa Difuso 4.8.15
R
A rea interna A; desconhecida, mas a rea superficial total Sg (BET) e a densidade
da partcula slida ps, so grandezas que podem ser medidas. Logo,
Nota-se que no numerador o parmetro mais importante a velocidade especfica,
=
A, cm sendo a taxa de reao representada por k'Ca , enquanto que no denominador a
g 4.8.9
difuso efetiva De junto com o gradiente de concentrao dividida pelo raio do poro ou
P, Ssord "
partcula, representa a taxa de difuso.
O mdulo de Thiele definido para qualquer ordem de reao n. Para o caso parti-
A taxa de reao de desaparecimento de .r' moles depende da ordem de reao. cular de uma reao de primeira ordem, tem-se:
m2xh
Admitindo uma reao irreversvel e de ordem genrica n, vem:
k'Sg p
r'j = k'C,, 4.8.10 =R 4.8.16
D
Substituindo equaes 4.8.10 e 9 na equao 4.8.8, tem-se:
Onde:
dCA 1 k' a velocidade especfica da reao de primeira ordem e tem unidade
cm'
d (r -Q
D
dr cm2s
k'C a"SgPs r2 = 0 4.8.11
dr A rea especfica total Sg (cm2/g) medida por BET
A densidade do slido ps (g/cm 3).
Onde k' moles
x h) a velocidade especfica (unidade por rea). ( cm 2\
m2 Coeficiente de difuso De
s ,
D, (m 2 /s) difuso efetiva. O coeficiente de difuso efetiva de Knudsen e de difuso molecular dos componen-
1 Transformando a equao acima, obtm-se uma equao diferencial geral para o tes gasosos so distintos e determinados por correlaes empricas ou na maioria dos casos
perfil de concentrao: so tabelados , 6, 7
d2CA 2 dCA k'C,; Sg P, Observa-se que o mdulo de Thiele apresenta casos limites.
4.8.12
dr- r dr DQ Quando o seu valor alto significa que a difuso efetiva ou taxa de difuso muito
Esta equao pode ser resolvida com as seguintes condies de contorno: pequena em relao taxa de reao e, consequentemente, a difuso a etapa
limitante.
r=0 CA = finito O oposto ocorre quando o mdulo de Thiele pequeno, representando uma velocidade
4.6.13 de reao lenta em relao velocidade de difuso e, portanto, a reao qumica
r = R -* C, = CA, --> concentrao superficial
superficial a etapa limitante.
Adimensionalisando com:
A equao 4.8.14 pode ser resolvida para as condies de contorno indicadas,
obtendo-se a seguinte soluo:
Esta expresso vlida para uma reao de primeira ordem. Os perfis de concen-
trao so ilustrados na figura 4.8.2, e dependem do mdulo de Thiele.
.x- .14155.
Ar Vir`:av a d >, h.:. .,b t ^,.^ :tC;,v ., .1.$.).,J.h.
A figura 4.8.2 mostra os perfis de concentrao em funo do raio do poro para os A taxa observada seria dada pela difuso no poro, mais pre cisamente pela taxa de
casos limites de difuso controlando e reao qumica controlando em funo do mdulo difuso dentro do poro, equao 4.8.3. Logo,
de Thiele. Observa-se que com a difuso controlando a reao praticamente acaba prximo
a superfcie, quando r -> R. O oposto ocorre quando a reao qumica controla, o perfil
de concentrao ocorre ao longo do raio do poro. FA Lrea =E4 47rr z
--
1,0 1 Junto com a equao 4.8.7, vem:
dC 4
AIr=
-DQ dr
O1 Pequeno Vem:
dCA
Reao r,; es =-4r[r2D, =-4rrRCAsDe d7<,
dr r=R
4.8.20
superficia 1
controla
onde x = r/R
Derivando a equao 4.8.17 vem:
do
= coth O, -1 4.8.21
d2i, X=1
4ttR '
rn =-kCils Sg p s 4.8.19 Colocando num grfico o fator de efetividade em funo do mdulo de Thiele
3 (escala logartmica, calculado), obtm-se a figura 4.8.3. Esta curva semelhante a citada
Nota-se que, como a reao irreversvel e de primeira ordem em relao a A, a na maioria dos livros1-5' 9, 10.
unidade de Observa-se que quando o mdulo de Thiele pequeno (da ordem de 0,5),'o fator
( de efetividade praticamente igual a 1, no afetando a taxa de reao observada. Por outro
s lado, para 01 variando de 2 at 10, nota-se que o fator de efetividade varia linearmente.
ce a unidade de ( Acima de 10 o fator ri sofre um desvio maior, indicando forte efeito de difuso nos poros
(cm2sj
ss da partcula esfrica, afetando significativamente a taxa de reao observada em relao a
taxa de reao intrnseca.
6'
k
R 2 CA" 'Sg p
.v
_ 4.8.27
D
1=( 3n
4.8.28
2 1%
n+1
2 'Z 3 DQ
^
C', 4.8.29
q n+1) R\k,,Sg ps
Esta expresso vlida para reaes com grandes efeitos difusivos e para esferas,
1
mas de ordem genrica. Observa-se que o fator de efetividade nas condies isotrmicas
Figura 4.8.3 Fator de efetividade em funo do mdulo de Thiele.
no ultrapassa o valor unitrio.
Quando a reao no isotrmica, principalmente nas reaes fortemente exotr-
Para valores de 1 entre 2 e 10 pode-se admitir uma variao linear do fator de
0313 micas, o fator de efetividade varia sensivelmente com a temperatura, j que a temperatura
efetividade com o mdulo de Thiele, ou seja (coth(D, - 0), portanto, varia no interior dos poros ou partculas, provocando um gradiente de temperatura, devido
a reao qumica. E necessrio fazer um balano de energia para um modelo especfico
3 (esfera, cilindro). Vale lembrar que a velocidade especfica de reao varia com a tempe-
tl _ 4.8.24
ratura. A soluo da equao de energia nos conduz a um parmetro de energia, assim
definido s, -':
Aqui, o mdulo de Thiele definido para uma ordem genrica.
Para uma reao irreversvel de la ordem, o mdulo de Thiele , de acordo com a C,,, (AHR )DQ AT
equao 4.8.16, dado pela seguinte expresso: 4.8.30
T,
=R ^kSg p s Onde:
V D, (-AI-IR ) = calor de reao (kcal/mol)
= respectivamente, a condutividade trmica e a temperatura na superfcie do poro ou
k,Ts
Substituindo-se na equao 4.8.24, obtm-se:
partcula
3 \I DQ
4.8.25
ATm a mxima diferena de temperatura entre a superfcie externa e a do poro.
R k Sg p,
O parmetro de energia (3 tem sinal positivo se a reao for exotrmica e negativo
Neste caso, pode-se determinar diretamente a taxa observada, substituindo a equao quando for endotrmica.
4.8.25 na equao da taxa, Para estas condies obtm-se:
= 3 jD, k Sg p
(m) 0 _ T _ ( AuR ) De
ob,
R
CA, 4.8.26 (c. Cm) 4.8.31
T kT
Quando o mdulo de Thiele grande o valor de Cm efetivamente nulo e a mxima 4.8.2 Efeitos da difuso intrapartcula sobre os parmetros
diferena de temperatura entre o centro e a superfcie externa da partcula ser igual a: experimentais
(AR )DQ Quando h efeitos de difuso intrapartcula a taxa observada diferente da taxa intrnseca
T= (C 4.8.32 superficial, controlada somente pela cintica de reao e, portanto, deve ser corrigi pelo
fator de efetividade rl.
O fator de efetividade para reaes no isotrmicas em funo do mdulo de Thiele Com fortes efeitos difusivos este fator de efetividade inversamente proporcional
pode ser representado genericamente, pela figura 4.8.4. Nota-se que para sistemas isotr- ao mdulo de Thiele. Quando a ordem de reao genrica n deve-se tomar o cuidado na
micos o valor de (3 = 0. Admitindo uma reao exotrmica com (AHR) = 20 Kcal/mol; interpretao do resultado experimental, j que, segundo a equao 4.8.29, a ordem de
condutividade trmica ke = 2 x 10-3 cal / (Ccros) e DQ = 0,I(cm2 / s) e a concentrao reao no a mesma da taxa intrnseca. A taxa observada dada por:
externa C, =10 -4 mol / cm3 , obtm-se uma diferena de temperatura de 100C.
Na verdade, os valores experimentais podem ser inferiores, mas os clculos indicam
que se no levarmos em considerao o gradiente de temperatura o erro pode ser signifi-
cativo. A figura 4.8.4 mostra o comportamento do fator de efetividade quando h gradientes Substituindo-se o fator de efetividade em funo do mdulo de Thiele, o fator
de temperatura nas partculas. inversamente proporcional ao mdulo de Thiele quando h fortes efeitos difusivos. Logo,
i com a equao 4.8.29 vem:
2 1S
X 4.8.33
3(? Dek j Ca
rb R n+l S
Ou
r br
=3( 2)Y2 I P(k o
ler)l
[eJ
(i+./
Ca 4.8.34
R n+l SK ,
Tem-se, portanto, uma ordem de reao medida aparente n', que ser obtida, igua-
lando as equaes 4.8.34 e 4.8.35:
Soluo
O fator de frequncia aparente contm vrios parmetros, sendo proporcional a
Adimite-se uma reao reversvel de la ordem direta e reversa, j que a soluo e bas-
I De tante diluda, ou seja:
Isto sugere que ele aumenta com grande coeficiente de difuso, e diminui com alta
Logo, a taxa ser:
rea superficial.
Existem vrias maneiras para determinar os efeitos difusivos e, vrios critrios para
verificar se h fortes efeitos difusivos. A maioria desses critrios particular para cada r"=kC,k'CR =k[c 4 I CR] E4.8.1.1
K
tipo de reao e sob condies limitadas.
O critrio mais usado conhecido como critrio de Weisz-Prater, que definido No equilbrio, a taxa resultante nula, ou seja:
como, a relao entre a taxa observada e a taxa de difuso, ou seja [1-3, 6-9]:
Cne
K= = X =16,6
= r obs = r'observadar'i"r ^2
4.8.38 CAe 1 XA
wr = Tl "
rD rim rD
Portanto, a converso de equilbrio ser:
__ t,tx1U xl
1 =0,213
1,65x10 5 x [0,94 0,75)x 0,021
. dY !^.^....!,.5:.ae}P..vrbtov.l.,T... :.,e J<
,fse+d.-.^... dY ', d P.:. y^ IFR.,.,S:.._.ra....:... .^` o::., r,^e4^^,.,
Mas,
rD
_
'"Sg
De CA,
R
z
=3,02
Logo:
Mas, o fator de efetividade etn funo do mdulo de Thiele igual a:
`P _ = 0,28
10, 6
3(4), cothO, -1) 3 r 1 1 1 E4.8.1.5
413,2 cl), tanh t1 O, Por este critrio no h efeitos de difuso quando o raio da partcula menor.
Partcula
Rl z r obs _
k1J E4.8.2.8
y12
R22
2
robsl ,
Substituindo os raios e as taxas, obtm-se: Figura 4.9.1 Efeitos de transferncia de massa externos+ internos.
(r ") = kS
Ra = km a,,, (C, C A,) 4.9.1 g CAO (1 X.a ^
1+
k SgA0n 4.9.8
Onde: ka
"
(rA ) = k'Sg CAs = k'Sg C.4 (1 XAS ) Tl 4.9.4
Em regime permanente as taxas de transferncia de massa e de reao com difuso E4.9.1 Uma reao irreversvel feita num PFR contendo catalisador de partculas
so iguais. Logo: esfricas de 3 mm de dimetro. Introduz-se o reagente A puro com uma vazo de 1.000
Lis, sendo a presso 1 atm e temperatura constante de 300C. A converso na sada do
k ,,,a,,, (CA CAS) = k'Sg CAS Tl 4.9.5 reator deve ser 80%. Calcule a massa de catalisador que deve ser colocada no reator,
conhecendo-se os dados adicionais:
Colocando em funo da converso, vem:
Soluo
P
A Taxa ser: x10-2 (mole,/)
C4O = RT = 2,12
-= J( ) 21,2 (mole/)
F = CAO VO =
s/
Finalmente, calculamos a massa:
Substituindo a taxa na equao 4.9.3 e integrando, obtm-se:
W = 896g = 0,89 kg
W1
ln(1XA )
F k*CAO Sem transferncia de massa:
Sendo k. = k 'S 7
k' =k'Sg r1=0,07 x300x0,154=3,23
Precisamos calcular S2 Pela equao 4.9.9 vem: cm/xs)
_, Tl Logo,
k'Sg rl W_
1+ ln(lX,)=23,4
k na,,, F k.11
Para avaliar o catalisador nas mesmas condies industriais, faz-se um scale down Deposio de carbono filamentos:
em laboratrio, utilizando a mesma velocidade espacial, presso e temperatura, mas com
uma massa de catalisador em escala de bancada. Alm disso, para avaliar os catalisadores
sob regime cintico, determinam-se condies tais que sejam minimizados os efeitos difu-
sivos e de massa. Nestas condies podem ser feitas avaliaes comparativas entre os
resultados de bancada e os obtidos ndustrialmente.
A escolha do catalisador comercial mais apropriado passa necessariamente pela
determinao da estabilidade. O envenenamento e deposio de coque podem ser revers- Figura 4.10.1 Esquemas de desativao.
veis, enquanto a sinterizao geralmente um processo irreversvel.
A sinterizao um processo termodinamicamente favorvel que diminui a rea A figura 4.10.2 apresenta um resultado interessante da converso de etanol em
superficial do catalisador. Embora a natureza do slido e a atmosfera qual o catalisador funo do tempo nos testes catalticos sobre catalisadores de Nquel suportados, realizados
esteja exposto influenciem o processo, o fenmeno de sinterizao basicamente domi- em diferentes temperaturas.
nado pela temperatura. A temperatura mnima de sinterizao pode ser estimada a partir
da temperatura de fuso do slido (Tfuso), dada em K12 : 0,9
A 723K
= 0,3 TTuso 4.10.1 0,8 -
O 773K
0,7 - * 873K
A temperatura de fuso do Ni 1.726 K. Assim, segundo a equao, a sinterizao
C 973K
do nquel pode iniciar a partir de 517 K.
0,6 -
Coque so espcies carbonceas deficientes de H2, que se depositam sobre a super-
fcie do catalisador. A deposio de coque pode ocorrer sobre a superfcie cataltica. O 0,5 -
carbono quimissorve muitas vezes de forma reversvel. Assim sendo, o catalisador pode
ser regenerado pela eliminao do carbono com algum agente oxidante, tal como 02, H2O 0,4 -
ou mesmo CO2 . No entanto, em alguns casos as elevadas temperaturas necessrias para a
oxidao do carbono podem promover a sinterizao do metal, o que diminuiria a atividade 0,3 -
do catalisador para o reuso.
0,2 -
Esquematicamente: r
0,1 -
Sinterizao:
0,0
00:00 00:25 00:50 01:15 01:40 02:05 02:30 02:55
Tempo (horas)
Figura 4.10.2 Converso de etanol em funo do tempo para diferentes temperaturas.
Condies: GHSV = 200 mLEtOH x min-1 x gcat-1 , H20/EtOH = 3, vo = 100 mUmin.
Conforme pode ser observado nesta figura 4.10.2, a atividade inicial do catalisador
aumenta com a temperatura. Para as temperaturas de 773 e 873 K a desativao muito
elevada. A medida de carbono feita por termogravimetria (ATG), ou seja, por oxidao,
acompanhando-se a perda de massa, conforme figura 4.10.3.
Envenenamento e deposio de coque sobre os stios ativos: A 557C h uma perda da massa, indicando que h carbono depositado sobre os
stios ativos e, portanto, provocando desativao constante. A 570C houve bloqueio dos
poros. H tambm formao de carbono filamentoso.
A figura 4.10.4 mostra a anlise obtida por microscopia eletrnica de varredura
(MEV) do catalisador desativado. Observa-se a grande quantidade de filamentos de carbono
sobre a superfcie do catalisador, bem como aglomerados de coque.
r4 ) b = k'aSg CA I] 4.10.4
Nota-se que a taxa dada por massa de catalisador e neste caso deve-se conhecer
a rea superficial das partculas Sg.
A taxa de desativao varia com o tempo e pode ser de ordem genrica:
da
rd =--=kda
dl
" 4.10.5
Em geral de primeira ordem, mas pode tambm ser de ordem fracionaria, dep en-
dendo do mecanismo de desativao, satisfazendo a lei das potencial. Admitimo s o caso
mais simples de primeira ordem e assim teremos:
ii
Integrando, tem-se a variao da atividade com o tempo para uma temperatura 4.10.2 Desativao no reator PFR ou CSTR
constante, ou seja: Partindo da equao do PFR ou batelada
a=e 4.10.8 x,,
= t = CAO dA
Y
Finalmente, substituindo as equao 4.10.8 na equao 4.10.4, vem: 0 \ A'' ) obs
kdr
4.10.9 Onde [ o tempo de reao e r o tempo espacial.
=k'SgCA11e
Esta taxa depende da partcula.(pellet) e no caso so partculas esfricas. Se no h A taxa observada em funo da converso dada pela equao 4.10.4, em funo
efeitos difusivos o fator de efetividade r1 = 1. No entanto, se h efeitos difusivos este fator da efetividade e da ativao: .
decresce sensivelmente e depende do mdulo de Thiele. O fator de efetividade varia con-
forme equao 4.8.24 ( rA" )obs = g
k 'aS CAO (1 XA )' 1
3
rl _ Substituindo-a na equao do PFR, considerando efeitos difusivos, usando as equa-
es 4.10.10 e o fator de efetividade, obtm-se para um PFR com efeitos difusivos:
O mdulo de Thiele (DL deve ser corrigido, variando tambm com a.
3k'Sg i (-z
In^lX A )= e 4.10.11
0,6 _
E4.10.1 Uma reao irreversvel feita num PFR contendo catalisador de partculas
esfricas de 24 mm de dimetro. Este reator do tipo com alta taxa de reciclo, e
0,4 - comporta-se como um CSTR. Introduz-se o reagente A puro a presso 1 atm e tempe-
ratura constante de 300C, com um tempo espacial de 4.000 (kg x s/m3 ). Foram feitas
medidas de converso com o tempo, conforme tabela abaixo Calcule a taxa de desati-
0,2 - vao com e sem difuso, conhecendo-se os dados adicionais:
z
D, =2 x10 -8 m2) ; Sg =--30(m Z kg ); PS V3)
=1.500( k
Soluo k'SgP.
(I), = R
Consideremos inicialmente o caso sem difuso: D,
Trata-se de um PFR com alta razo de reciclo, comportando-se, portanto, como 2,493x10 5 x30 x1.500
um CSTR. A soluo (r( = 1) (equao 4.10.12): 4), =2,4x10-3 -8 =18
2,0x10
k'
-0,4 Porm:
3k'Sg c
-0,6
0 1 2 3 4 5 6 7
Tempo(h) Mas:
Figura 4.10.6 Taxa de desativao.
k'SgPs
=R
Portanto, o coeficiente angular nos d o valor de kd = 0,256 h-1 e o coeficiente De
linear permite calcular 1n(kSg i,r,) =1,096. Da, calculamos o valor de k', tendo Logo:
Sg = 30 m2/kg e 1= = 4.000 (kg x s/m3) R2p
k' -- =9x10
Sg 'r 2De -4(m/,m )
s
k' = 2,493 x 10-5 (m' /m2s)
Ou
Ou
k" = 2,7 x 10-2 (m3 /kgs)
k" = 7,48 x 10-4 (m3 /kgs)
0,8
Calcularemos novamente o mdulo de Thiele com os dados acima.
I k'Sg p s 0,6
4) R
' D,
XA
0,2
Portanto, o valor correto da constante ser:
k'OS g P,
(I>, d = R =1084
DQ 4.10.4 Desativao forada
e o fator de efetividade ser: O teste de desativao forada a altas temperaturas permite simular rapidamente a desati-
vao do catalisador durante uma campanha. Para certas condies h uma drstica reduo
_ 3 _ 3 de atividade. A seguir procura-se determinar as condies de regenerao.
11
1084
A desativao forada pode ser provocada de duas maneiras:
Finalmente a converso varia com o tempo e a atividade ser:
Sem difuso: 1. Atravs de testes em temperaturas mais altas, induzindo de certa forma a sinterizao
XA -(0.2561) do material para verificar qual o grau de desativao por um perodo limitado e curto.
= k'Sgti,,fre-(0.2561) = 2,99e 2. Utilizando a carga real com altas concentraes do componente principal, aumentando
1XA
o craqueamento e a formao de coque.
Com difuso:
XA 3k'Sg ti
Os catalisadores so testados acompanhando-se a converso com o tempo. Aumenta-
/
= 0,5, e -0s2i se gradativamente a temperatura, voltando a condio inicial. Aps os testes catalticos os
1XA catalisadores so analisados por termogravimetria para verificar a quantidade de coque
Portanto, formado.
XA 0,521
= 0,5
1XA
Para verificar os dados, temos a seguinte figura 4.10.7:
a, N
^.re n ;^^'
+3Yr vst. r^ - .va^.ft^ce^,s^^ E4.10.3 Com base nos resultados experimentais acima e com os dados do exemplo
i t
anterior, admitindo a desativao sem difuso, mas com desativao forada, calculamos
B gasolina 5,2 51,7 77,1 87,1' 60,8 a curva da converso vs tempo. Partindo da equao 4.10.12 e os dados da tabela 4.10.2,
carga sinttica 34,5 42,8 90,9 98,5 calculamos as constantes de desativao, admitindo comportamento prximo do CSTR.
C gasolina 5,4 6,6 8,6, 3;9
carga sinttica 96,5. 78,1 98,9 99,3
A gasolina 11,6 52,6 82,8 93;8 83,5 XA = 2, 99e -(' ')
carga sinttica 45,7 .97,2 99;7 . 1XA
*a 350C
O tempo estimado da reao foi de t = 5 h. Logo, calculamos as constantes kd
utilizando as converses da tabela 4.10.2:
Nesta etapa observa-se uma grande desativao com relao etapa 1, utilizando
a carga sinttica. Isto constatado principalmente com o catalisador C, que praticamente XA = 0,35-4kd (60C)=0,35
no havia sofrido desativao anteriormente (em torno de 4%) aps tratamento severo
a 350C. No caso dos outros dois catalisadores, A e B, apesar de sofrerem tambm um Aps desativao a 350C e novo teste de atividade, para o mesmo tempo de 5 h:
aumento na desativao, de 65 para 94% e de 54 para 88%, respectivamente, observa-se
uma recuperao na atividade destes catalisadores aps a etapa de regenerao. XA = 0,05 -* kd (120C) = 0,77
Os resultados de atividade com gasolina de pirlise na converso do estireno e,
medida a 120 C, para as trs amostras selecionadas, so mostrados na figura 4.10.9.
Substituindo estes valores na equao 4.10.11 e com os mesmos dados de converso ou mesmo CO 2 . No entanto, em alguns casos, as elevadas temperaturas para a oxidao
do problema anterior variando XA com o tempo de reao obtm-se o grfico da figura 4.10.9. do carbono podem promover a sinterizao do metal. A oxidao ou combusto ar na
presena de vapor de gua permite a remoo do coque.
O processo de regenerao dos catalisadores no simples e envolve uma srie de
parmetros que esto diretamente relacionados com a desativao. E fundamental conhecer
os mecanismos de desativao para poder escolher as condies de regenerao. So afe-
tadas as propriedades texturais, como a rea superficial e volume de poros, bem como as
fases superficiais metlicas ou propriedades cidas do suporte. Portanto, dependem da
histria do processo, do tipo de alimentao, do tipo de processo e suas variveis, como
a presso e temperatura, que so os principais fatores de desativao. Portanto, a regene-
rao tem sentido quando a desativao pode ser revertida ou as fases podem ser recupe-
radas, e s pode ser avaliado caso a caso.
Os parmetros que influem sobre o processo de regenerao so as taxas de aque-
cimento no processo de combusto do coque, o tempo de regenerao e os gases carreados
no fluxo de regenerao.
Evidentemente, a taxa de combusto critica e a temperatura de ignio, que por
ser altamente exotrmica provoca aumentos de temperatura incontrolveis. A dissipao
de calor uma alternativa para evitar bruscos aquecimentos devido ignio de combus-
0,0 ; , . 11 to, o que significativo quando a relao atmica H/C elevada. Finalmente o tempo de
O 1 2 3 4 5 6 7 8 9 1011 121314151617181920 remoo do coque fundamental e pode ser feito em vrios ciclos sem que o processo
Tempo (h) seja afetado.
Figura 4.10.9 Desativao dos catalisadores constantes de desativao. No processo queima-se o carbono ocorrem as seguintes reaes:
Os resultados mostram que a desativao aps 6 h foi de 0,38 enquanto que com C + 02 -4 CO2 AH298K = - 406,4 kJ/mol
desativao forada aps 6 h a converso foi da ordem de 0,02, indicando uma queda
2C + 02 -4 2C0 AH298K = - 246,3 kJ/mol
acentuada. Extrapolando a curva de desativao normal o tempo necessrio para desa-
tivao completa seria de 11,5 h. CO +'/2 02 --4 CO2 AH298K = - 567,3 kJ/mol
C + 2 H2 - CH4 AH298K = - 83,8 kJ/mol
C + H2O -> CO +H2 .H298K = 118,5 kJ/mol
AR
In E 1 +InI 4.10.13
TCz R TC E
Figura 4.10.12Perfis de Oxidao das amostras: (a) 02, (b) CO, (c) CO2.
Condies: 10 K x min- i , 5 %0 2/He sem adio de gua.
Avaliao cataltica
Utiliza-se um reator de leito fixo variando a temperatura fixando a presso total e a velo-
cidade espacial. Os experimentos so realizados em testes contnuos durante 30 dias.
Slido
A (produto, gs)
R (produto, gs)
Interface
Cinza
Figura 4.10.13 Modelo uniforme de consumo de slido.
O balano molar num elemento de superfcie 4nr2 entre r e r + dr, onde no h Figura 4.10.14 Perfil de concentrao de consumo de slido.
reao ser:
N a 4nr 2 1-NA 4nr 2 0
r+dr - Logo, o fluxo molar de reagente A na interface ser:
Logo: dC
NA =-E4 - 4.10.17
NA r2 )= 0 4.10.15 R
dr ` r2
R Rot
Subtituindo na equao 4.10.14, vem:
Balano em relao ao slido (carbono):
(_Dr2 dCA
)=o 4.10.15 Taxa gerada = taxa acumulada
2 d(^nR' pe)
r' 41rr =
dt
Com a condio de contorno: dR r" 4.10.18
Na superfcie externa: - r = Ro -+ CA = CAO dt pe
Na interface: -> r = R(t) -^ CA = 0
Onde
Resolvendo a equao 4.10.13, obtm-se (equao 110.36): E = frao de slido
1 1 p = densidade de slido
Co __ R r 4.10.16 A taxa de reao (desaparecimento) na interface igual ao fluxo de reagente A que
Co,o 1_
chega at a interface:
R Ro
De CA,
(
t=
pR02 c
1_3[R +2I R 4.10.21
6D,CAO
ll Roi ll Ro J)
Caso particular:
A reao qumica na camada no reagida determinante. Neste caso, a taxa de reao ser
de primeira ordem, ou seja:
rs "=ks CA
dR rs" = k CAo
dt p p
t pRoorl
\ RRJ]
406 1 PARTE 11: REATORES 1 M. SCHMAL CAPITULO 4: REATORES 1 M. SCHMAL 1407
PFR
CSTR A = - 0,25
t = In (1XA ) 1.3
O valor da constante pode ser calculado temperatura de reao de 150C, ou seja: Clculo de vo:
5.400
lnk= +12,5
T
Como t = 3 min
71
= 0,7x 50
v =ti = C.ao XA CAO - PAO
= 5,52 x 10-' moles / L
R T 0,082x773
v0 (-r
Logo:
Substituindo a taxa equa 1.1, e substituindo os valores para a mesma converso,
vem: Fao = CAO Vo
i = 4,71 min
Tendo o fluxo e a concentrao, calcula-se:
Com a mesma vazo de entrada obtm-se o volume:
VO = -
F A0 =90,5 L/h=1,5 L/ min
CAO
V= 1,63 m3
Clculo do volume do tubo:
Isto d uma relao:
VCSTR=1,8 V=^
z L =126 cm'
4
PFR
Logo:
4.11.2 A reao A ^R+S irreversvel e de la ordem. feita num PFR com 50 = V = 0,084 min = 5,04 s
'r 2.3
tubos, sendo cada um de de dimetro e 1 m de altura. Introduz-se 200 kg/h de rea- vo
gente, com peso molecularA = 80 junto com 30% inerte, presso de 50 atm e temperatura
de 500C. A converso de sada de 80%. Calcule o tempo de residncia mdio. Clculo de EA:
Soluo
A taxa-de reao ser: Inicial 0 0 0,3
Final 0 0,7 0,7 0,3
(1-X )
-YA = kCA = CA0 1+ E 2.1
A XA EA = 0,7
Substituindo esta taxa na equao do PFR vem: Com estes valores calcula-se a constante cintica, utilizando a equao 2.2:
Para determinar 'r precisamos calcular o volume e a vazo. O tempo de residncia mdio pode ser determinado, usando a equao para o tempo
Sendo o fluxo de massa total G dado, temos que para cada tubo: de residncia mdio no PFR, ou seja: equao 1.3, admitindo a mesma converso de 80%.
G,=
S =4kg/h t=-kln (1-)(A )
Sabe-se que a reao elementar e k = 0,07 (L/mol x min) a 27C, sendo a energia
de ativao igual a 20 kcaUmol.
Qual dos reatores voc recomendaria e sob que condies? Justifique.
Se a reao fosse feita num reator batelada de 200 litros e a converso final fosse
igual a do PFR, calcule o tempo necessrio a 77C e a 0C, sabendo-se que as concentra-
es iniciais so iguais a 1 moUL.
Soluo
A: 5 Umin, 4 (moles/LI
10 L/min, 2 moles/l
B: 5 Umin 4 (moles/L)
2X 2 2X,,+1=0
No CSTR
XA > 1 impossvel.
No PFR
Calcula-se a constante k a 77 e 0C. Mas a 27C tem-se k e, portanto, ko ser: Calcula-se:
= CAO d A
3.6
0 ( -rA) A equao do CSTR:
M
4.4
J )
k 50 =13,8 (L/mol x min) L
Mas substituindo os valores em k*
Obtm-se:
2yk0 [I,] =10 _2 /2,150x-2 x10 -2 Js -' molL '
k = kn, =S
t = 0,65 min k, l mo1L 's '
t = 5.000 min = 83 h = 3 dias Substituindo os valores de k* e a converso de 80% na equao 4.4 vem; .
V=12,6L
_V _ JdX
T CAo 4.11.6 A figura a seguir mostra o comportamento da taxa em funo da converso.
o r
Podem-se sugerir os seguintes casos:
Cuja soluo :
Dois PFR em srie.
1 X Um PFR e um CSTR em srie.
^(1+BA ); +E A ' X A +2x 4 (1+E A )In(1X A 5.2 Dois CSTR em srie.
k C l
AO ( ^) )]
Qual o esquema que resulta no menor volume total?
Base de clculo: 1,0 g A unidade da taxa: (mol/L/min) e a vazo de entrada vo = 10 L/min. A concentrao
inicial CA = 1 mol/L.
NA _0,5_
nA 40 0,0125 mol
MA Soluo
Calculam-se as reas, considerando que o volume proporcional a rea;
n,= = =0,025mol
0
Mr V
No PFR = 1= = = CAo x rea (integral)
Clculo de e f r
_yo P _ 0,33 _
-2 moles / L(kmoles / m3
CA0 RT 0, 082 x 3335,68 x10
t46^3'"b\.,,3.,-k+"e^ML ^ti.^,: > 1.V^RYA^!A,.:S',..?=..Y,ac, ni .^
nf CSTR,
rea 3=2,0
Para o primeiro caso: admitindo PFR 1 em srie com PFR 2 , obtm-se uma rea total Clculo das vazes e concentraes de entrada do reator:
de 2,4.
Para o segundo caso: PFR 1 em srie com CSTR 2 , obtm-se uma rea total de 2,7. L
Para o terceiro caso: CSTR Z em srie com CSTR2 obtm-se uma rea total de 3,2.
O volume total com menor rea quando se tem PFR 1 em srie com PFR 2 . C.a01 v01 = CHO VO
O sistema mais indicado tem um volume total: Vtotal=24 litros. 2 x 10 = CAO x 40 -4 CAO = 5 x 10 1 moles / L
C 01 v01 = Cao v
4.11.7 Dibutilftalato (DBF) produzido a partir de MBF com butanol em fase lquida
e catalisada com H 2 SO 4 num CSTR, conforme reao: 1x30=CBO x40-->CB0 = 7,5 x10-' moles / L
HC, ,O HC, ,O
CH C'
CH , C-- 1
1 Substituindo 4.1 em 4.2 vem:
OH O
H9C4
V XA
4 .11.8 Uma reao irreversvel deve ser feita no PFR e CSTR separadamente. Calcule A relao:
os volumes dos mesmos, conhecendo-se a cintica conforme dados abaixo, sendo o vcsrR= 2,4
fluxo de entrada igual a 2 m 3 /min. A presso de 1 atm e a temperatura 300C. Introduz-
VPFR
se o reagente com 30% de inerte. ^%2
XA, T 2 =120
Soluo
Pela velocidade especfica de reao pode-se dizer que a reao de 2a ordem, e
portanto,
Clculo de CAO
0,7
,7x1
-2 (moles/L)
= 0,082 x573 =1,49x10 Portanto:
x,, dx
V ka =2,46x10"
No PFR = i = = CA, J A
= CAo x rea(integral) = 3,72 s
vo o r
Logo:
V XA
No CSTR = = = CAo = CA, x rea (retngulo) = 8,9 s
vo (rA
VcsTR = 17,8 L
fl
rA =kCZ=kCA O (1 XA )2 =1,5x1x(10,7) 2 =0,135(kmoles/m'kseg) 9.4 4.11.10 Dois reatores em paralelo processam uma reao do tipo A R + S em fase
gasosa. O reagente A introduzido com 20% (v) de inerte separadamente, presso de
Substituindo as equaes 9.4 em 9.3 e considerando que o tempo de residncia 10 atm e temperatura de 550C. Sabe-se que o tempo de residncia mdio num reator
mdio igual a 50 kseg, vem: de 3,3 min. O volume de um reator o dobro do outro. Calcule a razo entre os fluxos
de entrada nos dois reatores, sendo dado:
FA, =13,4
12.00
O fluxo molar de sada do 1 reator: lnk -+10,6 (L/molxs)
T
Calcule as converses nas sadas dos reatores.
FAOFA' =XA ,=0,33
F4o
Mas: Soluo
FAO = C Vo
AO
A+1
20
vO = =20 m' /kseg
Como t = i
V2 = tiu0 =54 m' A+I V 1 =2V 2
Considerando que a taxa de sada do 1 reator seja igual, calculamos a temperatura Para calcular a constante a 550C:
no primeiro reator.
12.000 +10,6 10.1
Ink= T,
r4 = kC', (1 XA, )2 = k x1 x (1 0,33) 2 = 0,135 (Imoles / m 'kseg)
84.000
4.11.11 A dimerizao 2M => ' D feita num reator PFR adiabtico em fase lquida.
r O reagente entra com 1,3 m3/kseg, a uma temperatura de 312 K. Calcule o volume e a
t=CAo o ( l+E .a'V A) (r4 temperatura na sada do reator para uma converso de 70%, sendo conhecidos os seguin-
tes dados:
Substituindo a equao 10.2 sem 10.3, vem:
Entalpia 300 K: -42 kJ/mol
1 Coeficiente de troca de calor: 200 J/mol
1= {[ (1 ln(lX a ) 10.4
kCA, (1XA) ] } Concentrao inicial:16 kmoles/m3
Constante cintica: k = 2,7 x10 " e -(" 'avT) (m3 / mol x kseg)
Concentrao inicial:
Soluo
= 0,8 x 10
CAo =1,35 x 10 - ' moles / L) Seja 2A k ^R
0,082x723
A reao de 2a ordem, conforme unidade de k.
Logo:
EA = 0,8
XA = 0,7
Mas:
Mas:
Que so resolvidas junto com a equao 11.10, ou seja:
FAO F4 __ FR __ X.4
2 FAO FAO 2 T _ 1,34XA
To 11.10
Logo: 1+ (2X )
^ ^C
j PI =F40 (1XA)CPA+Fio CPR
2
J=]
Para uma converso de 70%, a temperatura de sada ser igual a 538 K, ou
Como: T =172
,
To
CpA = CpR =Cp = 200 (J/mol x K)
T = 538 K = 265C
Logo:
Integrando a equao 11.12, obtm-se a soluo grfica:
^F.Cpj = FAO C Z'4]=
F'P
P [(1-X A )+ (2X )
.4 11.7
AH, FAO
1,34 42.000FAO
11.9
FAO 100(2X )312 (2X,,) A
^F.c pilo
j=l
T 1, 34X 4
TO =1+(3XA=1+(2XA) 11.10 -0,1 0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8
X,,
Mas, segundo a equao de Arrhenius:
Volume do PFR:
k=2,7x10" e -('2i85/T) =2,7x10"e -[39(L )] 11.11
Substituindo a equao 11.11 em 11.3, vem: V PF,FR = 1,3 x rea = 5,55m '
xaA
V
4.11.12 A reao abaixo feita num reator adiabtico:
t PFR = -Cq0
VO
kCAO (1-X 4) 2
Logo:
X, H3C CH + Cl Cl -4 H,C = CH + HCI
_ VPFR - r dA
'C PFR - - J 11.12 \CH2 \CH Cl
1,3 o 4,32x1012e--[svi(rao)]1X., 12
e-(27.2o'Rrl
= F A CpA+FB C PBA +FR C pR +Fc0s+Fc p, 12.5
k = 4,12 x 103 /m3 /kmol x min
Porm:
Dados adicionais:
FA =FAO( 1X)
AH = -2,67 kJ / mol
ao( MXA)
FB =F
FR = FAO XA
Calores especficos molares em J/mol:
Fs = FAO X
C3H6 = 1,7 J/mol; Cl2 =0,5 ; C 3 H 5 CI=1,1 ; HC1 = 4,0 ; N2 = 1,04 J/rnol
Substituindo-se na equao 12.5 vem:
Calcule a constante.
Calcule o fluxo de entrada.
Calcule o volume do PFR.
AH,) FAO
T =1+ ( 12.4
AA 12.10
T0
^F cp;To
;_I
428 1 PARTE II: REATORES 1 M. SCHMAL CAP TULO 4: REATORES 1 M. SCHMAL 1 429
Dados adicionais:
Q2x3
CA'= ' (kmoles
0,082 x 303 =241xl0
Fluxo de entrada:
v =5,6m' /h=336m'/min
4.11.13 Propileno reage com gua produzindo etilenoglicol. Introduz-se o reagente com
excesso de gua num PFR a 27C e com uma vazo de 5 L/min, com concentrao de
e-(41.8"Rr)
1 moles/l. Dada a constante: k = 1,69 x 105 (min-1 ), sendo E (J/mol). O reator
adiabtico, mas a temperatura mxima no pode ultrapassar um valor de 400 K, ento
opera isotermicamente at atingir a converso final de 90%. possvel fixar a tempe-
ratura em 300C? Por qu? Qual seria a temperatura se a converso fosse a metade na
0,2 0,3 0,4 0,5 sada? Calcule os volumes dos setores adiabtico e isotrmico.
Dados:
Volume para converso final de 70%:
OF =-4,7x104 kJ / mol
V=11,9m '
Cp(propil,no) = 45 (J/mol x K)
Volume para 50%: Cp(agua) = 23 (J/mol x K)
OH
T = 390 K = 117C
Pelo balano de energia:
Clculo dos volumes:
Para o reator isotrmico:
T
=1+(AH,)FAO 13.1
X^
Ta
F c pi ra
Mas:
FCpi = FA CpA +FB CpBA +FR CpR (rA) = k CA = k CAO (1 )(A) . 13.5
i.,
Substituindo-se a equao 13.5 em 13.4 e integrando vem:
F--
^F Cpi =FAO (I XA )CpA+ CABA+CpRX A
i=1 FAO
XA = 0,607
Se XA = 0,45
r.,frv.xi:.
Sugira uma taxa que pode apresentar adsoro, desoro e reao. Tente resolver
30 B
analisando a tabela e calcule as constantes.
Soluo
Admite-se uma reao do tipo:
A R+S
kKA p,
r= 14.1
1+K,p ,,+KR p R +K s p s
0
0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6
Analisando as experincias 1,2 e 4 onde s a presso parcial do componente A varia:
XA
'1 7,10,
Logo: 2 7,11 5
ii = 9,41 3 7,62 ' 10
6 5,36. ' `. 3 0 5
7 5,08 3 0 10
7 10 7,0 3 -3 3
8
Observa-se que para as presses fixas de A e R, pelas experincias 6 e 7, a presso
de S varia 2 vezes e a taxa praticamente constante. O mesmo com as experincias 7 e
10: a presso de S cai cerca de 3 vezes e a taxa est na mesma ordem de grandeza. Isto
sugere que o componente S (gua), que deve estar no denominador, no influi significati-
A reao : ciclo-hexanol + ciclo-hexano + gua.
vamente sobre a taxa. No se encontra adsorvido.
OH
Consideremos analogamente a influncia do produto R (ciclo-hexeno), observando
as experincias 4 e 5:
7;82 2 5 1
7;11" 2 10 1
A k-R+S
434 1 PARTE 11: REATORES 1 M. SCHMAL CAPTULO 4: REAT ORES 1 M. SCHMAL 1 435
Nota-se pelas experincias 4 e 5 que um aumento de 2 vezes da presso do ciclo- O coeficiente angular igual a 1.293, portanto,
hexeno (R) no afeta significativamente o denominador, indicando que ele no se encontra
adsorvido, e pode-se consider-la desprezvel. 1 =1.293
k
Logo, a taxa pode ser representada: Logo:
- a
kK, p,, k=0,522 min - '
r= 14.2
1+KA p ,,
O coeficiente linear igual a 9,9. Portanto,
Rearranjando vem:
1 1 p,, = 9,9
= 14.3 kKA
kK a +pA
k r
E consequentemente,
Transformando-se C4 = e considerando T = 400 K obtm-se os valores da
tabela e figura abaixo: RT KA = 0,193
R a r ^^ I,YI i.
7,1 0,030488: "4,29E+01 4.11.1 5 A transformao do cumeno feita por craqueamento cataltico sobre slica-
2 7,11 0,152439 .2,15E+02: alumina a 950C e do tipo A" +R + S , onde A-cumeno, R-benzeno e S-propileno,
7,62 0,304878 4,00E+02 ou seja:
8 6;20 0;030488:' 4,92E+01.-
10 - CH 3 CH ,CH3
7,00 0,091463 1,31E+02
No grfico tem-se:
+ CH3 CH= CH3
0 1 1 1 I i f
0,00 0,05 0,10 0,15 0,20 0,25 0,30 0,35
C,,
. o:b;7FiArnol35P. Yrri+! .. ...v ,. ^^.,. . dr. aJ._. :.., ?<., a. 4.... > ...
Dado: Ma:
8RT
k 4 itM )
- 1 r8x8,31 1x10'12
1,7x10 15 =2,44x10 1
3,14x78
A constante de desoro:
k = 0,097 min- 1
Neste caso, assume-se uma reao de primeira ordem, cuja soluo :
KA = 6,64 (1XA )
rA = kCA = CAO
1+EA XA
Pela teoria do estado de transio (TST) vem:
kdr Substituindo na equao do PFR (equao 4.3.16) e integrando, obt m-s
e:
KR(benzeno)
kd
0.
0 0,2 1,0
0,8 0,8 0,2 1,8
0,536=[I,81n (1-)(A)+0,8XA] 4.11.17 Uma reao em fase gasosa A > R + S processada em dois reatores PFR
em paralelo, sendo que um opera isotermicamente a 2 atm e 200C e o outro adiabati-
Portanto, a converso ou concentrao de sada sero: camente. Introduz-se A puro com 10 moL/min separadamente, sendo,
XA = 0,38 222,RT)
k=8,19x10"e-(34 (L/molxmin)
Cm =170 (J / molK)
C,R = 80 (J / molK)
Cps =90 (J/molK)
OHR = - 80 (J / molK)
Soluo
T =1+ ( AH ) FAO
XA
t= 1 eAln(1XA)+(1EA)XAl
kCAO (1X4) T ^Fc Pl T0
J J=1
Clculo de e
Mas:
^ F. pj = [ FAO(1X A) C P A+ (cpR+C PS ) X
A]
EA= 1,0 i=
2
=5,15x10-2 (moles /L) Logo:
C40 = 0,082x473
cpj =170FA0
Clculo de k (200) i=
E
k = 8,19 x 10 15 e (J42z2n,9'73) =1,106 (L / moles x min
80.000
O XA
ij
Logo:
4.11.18 Duas reaes processam-se num PFR diferencial isotrmico a 700 K:
CH3
CH3
+ + CH,
CH
H3C CH3
(M) m-xileno (X)
CH; CH3
H, + CH,
CH3
Tolueno (T)
(X)
0,05 0,110 0,1 15 01 ,20 Onde m-Xileno o produto desejado e Tolueno o produto indesejado, sendo conhe-
X,, cidas as constantes:
iS
ru=k,[M][H2]':2
k,=3,42 [(L/mol)'' x h] 18.1
CAO = 0,07894
P = CAO RT = 0,07894 x 0,082 x 377 = 2,43 atm Onde os ndices 1 e 2 representam as reaes 1 e 2.
Quando o tempo espacial 0,5 h, a concentrao mxima de X de
V2 = T 2 V 0 = Vt 0,313 x 10 2 moi/L e a concentrao de M igual a 7,6 x 10-3 mol/L, sendo
[Mo] = 0,02 mol/L. Calcule o rendimento global no PFR, usando a mxima produo de X.
s Soluo
'IH =r im
=YX = ri 18.8
O rendimento:
(p rx 18.10
rM
Mas:
rx=k,[M]x[H,]':2k,[X]x[Hr =+^r
Clculo de E
18.11
Inicial 8 0. 2 10
Final 0 8 26 34
EA = 2,4
0,8x1,48 .2
CA = = 2,04 x 10 (moles / L)
0,082 x 708
k, [X]
9x=1 18.12 Logo:
k:[M]
v0 = 3,92 Lis
F=15L
4.11.19 A desidrogenao do ciclohexano feita num PFR, conforme reao:
Adoece: H D
3H2 Adoece em contato com outros doentes: H + D 2D
Doente fica bom: D k H
Doente morre (irreversvel) D k' * M
Introduz-se 8 e 2 moles/s de ciclohexano com hidrognio, respectivamente. A reao
de primeira ordem e irreversvel, sendo feita a 435C e 1,5 atm. Calcule o volume do Perguntas:
reator para atingir uma converso de 70%. Determine a taxa de morte.
Determine a taxa de pessoas adoecendo.
Soluo Qual o tempo de meia-vida?
Tem-se uma reao do tipo A^R+3S em fase gasosa. O fluxo total de entrada de
k1 =10-5 h-'', k2 =10-7 11 -1 , = 5 x 10 -6 h-' e k4 =10-' h-'
10 moles/s e a taxa pode ser representada por:
Soluo
r =kC k CAo( 1XA ) As taxas correspondentes a cada etapa:
1+ E A XA
Cuja soluo : = k4 [D] 20.1
Ou:
ro =k,[H]+k2[D][H](k3+k,)[D]=0 20.3
Desprezando o primeiro termo, que a taxa inicial, pequena em relao as demais, O tempo de meia-vida:
vem:
_ 0,693 _ 0,693 _
[H]= k3 +k4 -1.444h=60 dias
20.4 t"Z k 4,8x10
k2
Alm disso,
4.11.21 A reao 3A 2R + S foi feita num reator batelada. A reao exotrmica,
rH =k3[D]kz[D][H]=0 20.5 sendo AH = -25.000 kcal/ kmol. O reagente aquecido at 400C, mas em seguida
deve operar adiabaticamente. Durante o perodo de aquecimento 10% foi convertido.
Somando a equao 20.3 e 20.5, vem: Qual o tempo necessrio para converter o restante at 70%? Dados:
volume do reator = 1 m3
[D] = [H] 20.6
k4 massa = 950 kg
Mas:
v0 ( -rA) ( -rA )
2 e -p0.000 er) (rira)]
k = 1,48 x 10 =1,48 x 102e-{7.5 21.3
Ou sob outra forma:
Substituindo as equaes 21.3 e 21.2 em 21.1 e integrando, vem:
x,, . t CAO CA
=1 dgA
e [^si(r, ro )]
0 1,35 x 103 (1 X A ) 2
1 a /f(X,,)
i i r
0,00 0,05 0,10 0,15 0,20 0,215 0,30
I 1 1 I I I
0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7
Xq
k,,, = h ,,a
k = koe-(E/RT) = 0,01
Ento:
xA
k = 8,2e-(10"'T)
Figura E4.11.23
Logo:
= CB0 - CB
4.11.24 So conhecidas duas reaes em paralelo, cujas taxas tambm so dadas: CP
2
Soluo Ou:
1
A taxa de transformao de A ser: 1 dC 4
CAO CAf + kz
+ rs = k,C 4 CB
kCB
rA = rP + k2 CA
Onde:
Logo, o rendimento ou seletividade ser: dC
2B
dC4 =
rp B
k, CA C
^A
_rA k,CACB +k2CA k2 CA dCB
1+ _ 1 1
k,C4 CB
CAO CAf
1+-k, L 2
kCe
Onde:
Fp = 1,5 = Cpvp
CAO -CAf = 0,15
r
Cpf= 0,15 moles/L R feita num reator adiabticO .
4.11.25 Uma reao irreversvel do tipo A + B
Introduz-se os reagentes em concentraes equimolares a 27C e a 20 Lis.
^2:
6.0000
T = 300 + XA = 300 + 200X,
3
Clculo do calor retirado para manter o reator isotrmico, tal que a temperatura
externa no supere 50C. Logo:
Pelo balano de energia:
=-429 (m J kgxs
dO P
dl' =UA(T -T)
Onde:
T = 300+200XA 4.IIP..1 A reao A+ B> R feita num reator batelada a 227C e 10,3 atm, sendo
Ou: sua composio inicial 33,3% de A e 66,6% de B. Foram obtidos os seguintes dados em
laboratrio:
T
= 1+ 0, 666X, 0,001
0,010 0,005 0,002
.0,4 0,6
0 0,2 '
dV = f (X A )dXA
Mas: Calcule o volume de um PFR com converso de 30% de A, sendo o fluxo de entrada
iguala 2 m3/min.
dQ=UA(T -T)dV Calcule o volume do CSTR nas mesmas condies.
Compare os volumes para converses mais altas, 60% e 80%.
Q UAv 'f
(T -T)dXA Trace a curva da taxa e da converso em funo do volume.
P P o o (16.8 25.4 Se a densidade do catalisador for 0,8 g/cm 3 ' como seria a taxa/massa? Calcule as
1,93 x 10' e (''T )) cAo (1- XA ^ 2 massas necessrias para atingir as mesmas converses do item 3.
possvel determinar os tempos de residncias mdios? Calcule e compare com os
A soluo mostrada na figura E4.11.25.3. tempos espaciais.
Qq/p
4.11R2 Faa um resumo dos tempos de residncias mediados no batelada, CSTR e PFR,
5000 -
considerando os diferentes casos:
4000 -
Volume constante.
3000 - Fase lquida.
Fase gasosa.
2000 -
A 2R
A S
Isotrmico 4.11P.8 A desidrogenao do etanol foi feita num reator integral a 275C, obtendo-se
os seguintes dados experimentais em laboratrio:
4.1185 Uma reao do tipo A ^R irreversvel apresenta uma taxa de reao:
P(atm) 1 1 1 1
1 1 1 1 1
8C,
Y^
..0,6.. ,1;53 1,6. . 2,66 4,22 4,54
1+4C A +2C0
3 3 3 4 4 4 4
P(atm) 3 <` 3
A concentrao inicial (A puro) igual a 10 moles/L. 0,2
W/F(kgh/kmol) 0,4' 0,6 0,88 1,6 0,2 0,4 0,6 0,88
Faa um grfico da taxa em funo da converso.
Calcule os volumes de dois reatores em srie, sendo um CSTR e PFR. A converso
intermediria de 50% e a converso final foi de 90%. 7 7` 7 7 7 10 10. 10.,
Justifique a soluo. 0,4 0;6 088;, 1,6 0,2 0,4 0, 6 :-.
,.
1 wd. a:;. i^G+.e oknaane. Lfl4d _,kv+^+ '^ .+.f h.. fih0ile'.i{..o!' ..^ , :estie +bi'Teo. ^Po'3d. oe.i'ic ..-,: . ^..nae .^. s .0.9:: < .,.. . o:!h .i^, ;^ n_4 ^,. ., .o, o . P.+ ^ P e.w,a...t. ke. o. ao
A constante de equilbrio igual a 0,589. A carga consta de uma mistura azeotrpica Dados:
etanol-gua contendo 13,5% (molar) de gua. A gua no adsorve. Estime os parmetros CAO = 1 mol/L
de adsoro-desoro e reao, usando a converso como varivel de regresso. Defina FAO= 5 moL/s
qual o melhor modelo. UA = 5 kJ/s x dm3/K
Calor de reao: -231-0,012 (T-298) kJ/mol
Calores especficos: A- 0,122 kJ/molK
4.11P9 Uma srie de experimentos foi feita usando diferentes tamanhos de partculas, Velocidade especfica: k = 1,48 x 10"exp (19.124/T) L/mol x s
que foram modas para verificar o efeito de difuso. A reao de primeira ordem e
Temperatura de entrada: 675 K
irreversvel. A concentrao na superfcie igual a 2 x 10-4mol/cm3 . Os dados abaixo
Temperatura de sada: 700 K
mostram as taxas observadas:
-(' 9.'24'T)
k=1,48x10"e L mols
Adiabtico 400C Resfriamento
Uo =5kJ/s LK
Dimetro - 5 cm
O fluxo do trocador suficientemente alto para manter a temperatura em 50C. As constantes de taxa e de equilbrio podem ser obtidas em funo da temperatura
Introduz-se .4 puro a 5,42 moles/s e concentrao de 0,27 mol/L. O catalisador entra junto de referncia (T,.)
com o reagente a 450 K e o coeficiente de troca de calor entre o gs e o catalisador
infinito. A capacidade calorfica do slido de 100 J/kgK. A desativao dada pela
seguinte constante:
CO + H 2O< CO2 + H,
Tabela 2
3. Reao inversa: tiVli
CO - 70,65
CO, +3H 2 CH4 +H,0 H2 0,0296 -82,90
CH4 0,1791 - 38,28 823
As cinticas so conhecidas: H2O 0,4152 88,68 823
Faa um grfico da converso do etanol em funo do tempo para a alimentao 2. ARIS, R. Elementary chemical reactor analysis. New Jersey: Prentice Hall, 1969.
contnua apenas do gs (A). 3. BOUDART, M. Kinetics of chemical process. New Jersey: Prentice Hall, 1968.
Faa o mesmo para a alimentao contnua de lquido e gs.
4. DENBIIGH, K. G. Chemical reactor theory. Cambridge University Press, 1965.
Dados: 5. Exerccios resolvidos de cintica e de reatores. Divulgao interna, 1980.
d^ = 10 -4 m
6. FOGLER, H. S. Elements of chemical reaction engineering. 2. ed. Upper Saddle River, New Jersey:
De =4,16x10 -10 m' /m^,1 s Prentice Hall, 2000.
(k Ag a) g = 0,052 s"' 7. FROMENT, G. F RISCHOFF, K. B. Chemical reactor analysis and design. New York: John Wiley &
Sohns, 1979.
k 4c =4x10 -4 m/s
8. HILL, G. Chemical engineering kinetics and reactor design. 1977
V.., = 5m x 0,1 m2
9. HOUGEN, O. A., Watson, K. M. Chemical process principies. part 3. Kinetics and catalysis. New
fg = 0,05; f = 0,75; f = 0,2 frao volumetrica) York: John Wiley & Sohns, 1959.
alimentaro: vs = 0,01 m' /s;v, =2x10 -4 m3 /s 10. LEOCADIO, I. C. L. Combusto de materiais particulados de diesel com catalisadores contendo
Mo. Tese (Doutorado), COPPE/UFRJ, 2005.
KA = 86.000 Pam 3 / moi
11. LEVENSPIEL, O. Chemical reaction engineering. 3. ed. New York: John Wiley & Sohns, 2001.
CB = 400 moi / m3
12. MOULIJN, J. A., MAKKE, M., VAN DIEPEN, A. Chemical process technology. Nova York: John
Wiley & Sohns, 2001.
4.1IP.16 A hidrogenao em fase lquida foi feita num reator de leito de lama, sendo
13. PETERSEN, E. E. Chemical reaction analysis. New Jersey: Prentice Hall, 1965.
dados os seguintes valores da tabela abaixo 7 :
14. SATTERFIELD, C. N. Mass transfer in heterogeneous catalysis. Cambridge, Massachusetts: M.I.T.
Press, 1970. -
EtEZ.211..M ," 15. SCHMAL, M. Cintica homognea aplicada e clculo de reatores. Rio de Janeiro: Guanabara,
A 4,2 0;01
1982.
0,02
A 7,5- . 0,01
B4 1,5 16. SMITH, J. M. Chemical engineering kinetics. New York: McGraw-Hill, 1981.
B 2,5 0,03 .
B 3;0 ;0,04
Onde
S = solubilidade do H2 no lquido (mol/L)
(r'L) = taxa de reao de reagente lquido L (mol/Lmin)
Lquido
Slido
Gs Gs Gs
J ' ..,. n ot Ilr i^ ^.
468 i PARTE II: REATORES i M. SCHMAL CAPTULO 5: REAES EM SISTEMAS MULTIFSICOS 1 M. SCHMAL 1 469
Nos casos de leito fluidizado e de lama, os gases reagentes mantm pequenas par- 2. Taxa de transferncia de massa do gs para a fase lquida.
tculas em suspenso e a reao se d na interface gs-slido. O processo mais conhecido
o de craqueamento cataltico FCC (Fluid Cracking Catalyst). J o reator trifsico igual R, = kb ab (C Cb) (mo/s) 5.2
ao leito fixo, onde gs e lquido fluem concorrente ou em contracorrente. O processo
envolve a reao qumica na interface gs-lquido-slido. Tem-se como exemplo o hidro- Ci = concentrao do reagente A na fase gs ou global
tratamento de leos pesados, cisando eliminao de compostos nitrogenados, sulfurados Cb = concentrao de A na interface gs-lquido
e oxigenados provenientes das cargas de petrleo. Encontram-se tambm nessa linha as
aplicaes biolgicas 2 . Onde:
kbab = representa o produto da taxa de transferncia de massa na fase gs (global) e
Nessas reaes ocorrem as seguintes etapas s : a rea da interface gs/lquido
Absoro de gs no lquido sob a forma de bolhas.
Difuso do gs no lquido bolhas.
3. Taxa de transferncia de massa do gs no lquido at a interface do slido:
Difuso do lquido at a superfcie do slido.
Difuso nos poros.
Reao na interface lquido/slido ou gs/slido.
RA =k,a,m(Cb C ) ( mWs)
S 5.3
Onde:
kl = representa o coeficiente de transferncia de massa (cm/s)
a^ = representa a rea da superfcie externa da particular lquido/slido (cm 2/g)
m = representa a massa das partculas de slido no leito (g)
RA = mi (r4; ) 5.5
Figura 5.2 Perfis de concentrao nas diferentes etapas.
Considerando-se uma reao irreversvel e de primeira ordem, tem-se a taxa por
massa de slido, na superfcie dos poros:
1. Separadamente temos 2,5:
Concentrao na interface gs-lquido:
Para baixas concentraes aplica-se, em geral, a lei de Henry: l -rA: )= k ( CA,) 5.6
(UBs) mol/L
C; = Hp; 5.1
Em regime permanente as taxas de transferncia so iguais, ou seja:
Onde H a constante de Henry e i representa a interface gs-lquido.
RA(bolha) = RA(Iiquido) = RA(slido)
470 1 PARTE II: REATORES 1 M. SCHMAL CAPTULO 5: REAES EM SISTEMAS MULTIFSICOS SCHMAL
M. 1 471
, t
Separando as concentraes, rarranjando5vem: , d
i
, / ,
, ,
, ' ,
,
' i
, ,
, , ,
, ,
m
Figura 5.3 Resistncias mssicas em cada etapa.
Esta expresso engloba a transferncia de massa, a difuso rios poros e a reao Se o dimetro das partculas pequeno, j vimos anteriormente, que o fator de efeti-
qumica. A figura 5.3 permite visualizar o efeito de cada etapa, representando a equao vidade independe praticamente do modulo de Thiele, ou seja, ri = 1. Neste caso a difuso
5.7 tendo como parmetros de medida o inverso da massa na abscissa e o inverso da taxa nos poros da partcula no afeta a taxa e a resistncia somente devido reao qumica
superficial, que a etapa limitante do processo. Sabe-se que /ciai dependem do dimetro de
global na ordenada.
particular e da difuso, muitas vezes representados pelo nmero de Sherwood, ou seja:
Observa-se que a resistncia a transferncia de massa na fase gs/lquido independe
da massa do slido (caso a). Por outro lado, tanto a transferncia de massa ria fase lquida "
Sh = k,d
at a interface como a difuso e a reao nos poros dependem da massa do slido (caso b) D
e do tamanho da partcula. O inverso da taxa RA representa a resistncia ao fluxo de massa Se o dimetro de partcula pequeno a resistncia transferncia de massa na fase
e a reao na passagem do gs reagente da fase gasosa at a superfcie do slido, onde lquida desprezvel.
ocorre a reao qumica. Por outro lado, analisando as mesmas expresses para dimetros de partculas maiores,
Ocorre que tanto a rea de interface lquida/slido ae como o fator de efetividade vemos que o fator de efetividade decresce e o nmero de Sherwood cresce. Sendo o fator
dependem do dimetro da partcula. Pela figura 5.3 observa-se que esta resistncia global de efetividade inversamente proporcional ao nmero de Thiele e o nmero de Sherwood
varia linearmente com o inverso da massa do slido e dependendo do dimetro da partcula diretamente proporcional ao dimetro da partcula h efeitos combinados. Portanto,
muda a inclinao. A resistncia taxa decresce com a diminuio do dimetro da partcula
Sendo tl =3
(casos c e b).
O caso (d) mostra que a resistncia a transferncia de massa na bolha praticamente
Ento:
nula, ou seja, tamanho de bolhas de gs muito pequenas, mas por outro lado, quanto maior
o dimetro da bolha maior ser a resistncia a transferncia de massa (caso e).
Isto pode ser observado acompanhando separadamente os efeitos de cada etapa.
Partindo da equao 5.7, vem:
Nota-se que, com o aumento do dimetro de partcula a resistncia cresce signifi-
cativamente. A figura 5.4 mostra um comportamento geral da resistncia em funo do
dimetro de partcula. Pequenos dimetros mostram que a reao independe e a etapa
limitante do processo. Com o aumento do dimetro de partcula a difuso limitante e
com partculas grandes a transferncia de massa controla o sistema.
I rr
1
u 0 5x10 -6
R, Sc= ' =5.000
D 1x10 -10
Transferncia de
massa limitante Sh =2+0,6Re0`xSc''3 =0,6x\/2.000x5.000 0'3 ' = 460
Sh = ''
(k a )xd
D
= 460
Difuso Logo:
Reao
limitante (k,a,)=460 e =4,6x10 (Ls)
limitante
A taxa ser:
Ln dP
Figura 5.4 Etapas limitantes. RA b
= k,a,,x(C C,)=4,6x10 6 (1.000100 =4,14x10 -3 (moi /Ls)
E5.1 A hidrogenao de um leo feita em fase lquida num reator PFR cataltico Re = d ,u = 1,10 -' 0,005 =1.000
contendo partculas (pellets) de dimetros esfricos de 1 cm. A concentrao externa u 0,5 10 -6
de 1 kmol/L e na superficie da partcula igual a 0,1 kmol/L. A velocidade superficial
igual a 0,1 m/s. Verifique se h efeitos de massa. Se o dimetro das partculas for de Sh= (k,a')xd =325
0,5 cm h mudanas? Desprezar os efeitos difusivos nos poros. Dados adicionais t : De
(k,a,)=6,5x10-6(/s)
Viscosidade cinemtica = 0,5 x 10-6 m 222/s
Difusividade = 10- 10 m2/s Ra = 5,85 x 10-3 (moi / Ls)
Equao de Sherwood = Sh = 2+0,6Re o,5Sco,33
Sendo Re = nmeros de Reynolds e Sc de Schmidt
rea superficial = 100 m 2/g
Soluo E5.2 A hidrogenao de linolina feita num reator de leito de lama, utilizando-se dois
Taxa de transferncia de massa: equao 5.3 tipos de catalisador A e B. Mediram-se as taxas de reaes em funes de diferentes
massas, conforme tabela abaixo. Em funo destes dados qual o catalisador que apre-
RA = k,a, r (Cb _ C) (m%) senta o menor fator de efetividade? Usando o catalisador A com 50 g/L, haver aumento
da taxa se a distribuio do gs for melhor 1 ?
Para calcular o coeficiente de transferncia de massa, calcula-se o numero de
Sherwood, e conforme correlao tambm os nmeros de Re e de Sc, assim definidas:
5.10 42
Sh = 2 + 0,6 Re" Sc"3 C2. 7,5
3 1,5
0,1
Re =du=1 10-2 =2000 3,0
u 0,5 10-6
6-
Pela equao 5.7 temos. considerando uma rea$ de primeira ordem:
5-
E5.2.1
4-
S/l-r p )
Definindo 3-
Como o coeficiente d- conjunto (Cl , C2) 6 vezes maior que o de (C3 ,C4 e C5)
A partir da equao E5.2.1 podemos fazer um grfico de
e sendo o coeficiente angular inversamente proporcional ao fator de efetividade, conclui-
C. se que o conjunto (Cl , C2) apresenta menor efetividade.
R Pela relao:
rlr
476 1 PARTE II: REATORES 1 M. SCHMAL CAPTULO 5: REAES EM SISTEMAS MULTIFSICOS 1 M. SCHMAL 1 477
Soluo
3 6 D 6 1 10-9
=0,0447 Concentrao do lquido: 1.000 kmol/m 3
d,k'S. p, 0,01xI0-2 '40,48x2,5x1.500
Hz + CH3COCH3 --> CH3CHOH--CH 3
Portanto, h indicao de fortes efeitos difusivos.
(A+B -> R)
Logo:
=rB =k CH, . 5 (kmol kgxs )
=0,048x2,5=0,12 (my
kgs J
PA
1 1 km 0V
CA(H,) HA 0 37 Z' 7 (l m'
Nota-se que a concetntrao do lquido (B) muito maior que o H2. Portanto,
encontra-se bastante diludo e a taxa depende da concentrao de H2.
Pela equao 5.7, tem-se a taxa global:
CA
RA -
1 1( 1 1
+ I` --+---
kbab m k,a, k"r) 1
Admite-se um CSTR.--ideal para calcular o volume do reator, portanto,
T=CAo XA
RA
k,=5,54x10
Precisamos determinar os diferentes parmetros de transferncia de massa e de /m as)
difuso: No conhecemos e difcil determinar a rea interfacial. Admite-se, um valor
al = 1.000 m2/kg
Calculo do fator de efetividade: determina-se o modulo de Thiele:
Como a reao de ordem 0,5, o modulo de Thiele ser:
=--5,54 x 10-1 /1g s l
Admite-se que a transferncia de massa na` fase gs seja desprezvel, ou seja,
kbab = grande
Sendo:
Re = n Reynolds
Sc = n Schmidt
Mas:
m = 1,3 kg
REFERNCIAS Os reatores de leito particulado podem ser de leito fixo, fluidizado, lama e trifsico,
1. FOGLER, H. S. Elements of chemical reaction engineering. 2. ed. Upper Saddle River. New Jersey:
onde a reao heterognea na presena de catalisador ou material slido fixo ou em
Prentice Hall, 2000. movimento. A maioria dos processos em petroqumica e gs natural heterognea, como
por exemplo, reforma do metano e metanao a partir dos gases de sntese; sntese da
2. FROMENT, G. F., BISCHOFF, K. B. Chemical reactor analysis and design. New York: John Wiley &
amnia a partir de nitrognio e hidrognio; sntese de metanol a partir de gs de sntese;
Sohns, 1979.
craqueamento cataltico para produzir gasolina etc.
3. HILL, C. G. An introduction to chemical engineering kinetics and reactor design. New York: John Nas reaes slido-gs a taxa de reao varia com as propriedades da superfcie do
Wiley & Sohns, 1977. slido e a constante cintica o parmetro mais importante para decidir qual o tipo de
4. LEVENSPIEL, O. Chemical reaction engineering. 3. ed. New York: John Wiley & Sohns, 2001. sistema a ser adotado. Sendo o slido um catalisador ou no, ele poroso e os poros
podem ser grandes ou pequenos. Por isso, a difuso das molculas importante, podendo
5. SATTERFIELD, C. N. Mass transfer in heterogeneous catalysis. M.I.T. Press, 1970.
ser de difuso intrapartcula, difuso Knudsen ou difuso superficial, dependendo das
caractersticas da superfcie se tem alta ou baixa rea superficial. Normalmente, determina-
se a difuso efetiva englobando ambas.
A constante cintica aparente ka depende tambm das propriedades do slido, da
.difuso ou da transferncia de massa. A taxa definida por unidade de volume, ou por
unidade de superfcie ou por unidade de massa. Por exemplo, para uma reao de 1' ordem
a taxa por unidade de volume :
r = kCa = (mol/Ls) ,
Onde: - .
CA (moUL) e k(s-'
A relao das taxas para diferentes condies e para a mesma ordem de reao
(Ia ordem) ser:
Taxa/volume:
Taxa/massa:
482 1 PARTE II: REATORES 1 M. SCHMAL CAPTULO 6: REATORES HETEROGNEOS 1 M. SCHMAL 1 483
484 PARTE II: REATORES M. SCHMAL CAPTULO 6: REATORES HETEROGNEOS 1 M. SCHMAL 1 485
6.4
ED = a disperso devido a difuso
e = porosidade do leito Tanto as disperses axiais como radiais podem ser desprezadas para reatores dife-
d, e dp = respectivamente os dimetros do tubo e da partcula. renciais operando com baixas converses.
Em resumo:
Para o nmero de Re maior que 10 observa-se que o nmero de P axial ou radial
Para - >>((10
1 0>330)
0)
independem do escoamento, sendo P,. radial da ordem de 10 e P, axial da ordem de 1,
tanto para os gases como para os lquidos. e sob condies isotrmicas a disperso radial desprezvel, mas a disperso axial no
No entanto, diminuindo o nmero de Re < 1, o nmero de P decresce linearmente desprezvel. Logo, a equao bsica ser:
para os gases, indicando difuso molecular. Para escoamentos em fase liquida o compor-
tamento diferente, j que para Re pequeno a variao radial e axial maior e decresce dC, , d2C
u =E- r 6.5
com a diminuio de Re. dz dz2
Nos sistemas particulados a ordem de grandeza dos efeitos radiais e axiais no
uniforme. Algumas hipteses podem ser feitas para simplificar, desprezando os efeitos Onde r a taxa de reao (moi/1 x s) e E,* a disperso axial.
radiais e axiais, aproximando-os para as condies ideais.
A primeira condio escolher um nmero de Reynolds tal que o escoamento seja Para L > 50
homogneo e uniforme radial e xialmente, isto , tenha uma boa disperso. De acordo com d
as experincias os gradientes radiais podem ser desprezveis quando a relao entre o di- pode-se desprezar a disperso axial.
metro do tubo e o dimetro da partcula do slido grande, tornando a diferena entre a
velocidade em qualquer posio e a velocidade mdia do fluido praticamente desprezvel. Portanto:
Recomenda-se que dC,
u = rA 6.6
dz
d >(10-> 30) 6.2
dP Onde rA desaparecimento de reagente A. Esta equao a do PFR ideal.
Pela correlao:
486 ,.PARTE II: REATORES l M. SCHMAL CAPTULO 6: REATORES HETEROGNEOS M. SCHMAL 1 487
dP u= 2pg
6.7
dz - gdP
Onde:
us = velocidade superficial
dP = dimetro da partcula
pg = densidade do gs
f = fator de atrito
z *_ u
L eu u
O mais importante conhecer o fator de atrito num leito particulado. H vrias
correlaes que so funes do nmero de Reynolds e da porosidade do leito particulado.
Sendo a velocidade superficial mdia.
A equao mais conhecida e usada a de Ergun 4 , ou seja:
1.2 Com as seguintes condies de contorno:
(1-e)
f =6,8 Re-0 2 6.8
e3 =0 XA =0
r = k, CA, 1- -A 6.10
XA, j
Onde
Onde XAe a converso de equilbrio. Partiu-se de reagente A puro (R = 0). 6.16
E E.
o parmetro de Arrhenius.
Y RT0
No equilbrio a taxa resultante nula e determina-se a converso de equilbrio a
partir da 6.9, 6.10, e observando que a constante de equilbrio a temperatura constante O balano de energia para um reator adiabtico ser:
igual a (equao 3.2.20):
6.17
K= k! = XAe
(-AH, )xr
6.11
1- XA,
r^:^.^u, am..ia9 4
488 1 PARTE II: REATORES 1 M. SCHMAL CAPTULO 6: REATORES HETEROGNEOS 1 M. SCHMAL 1 489
Onde
_ ^R I
C-" o parmetro de Energia. 6.19
P Cr To
varia com a temperatura. A figura (c) e (d) como a converso varia com a temperatura para Figura 6.3b Influncia da entalpia de reao sobre a converso de equilbrio em funo da
diferentes taxas constantes e as solues para diferentes condies de temperatura. temperatura.
XA
T
Figura 6.3d Solues de converses e temperaturas para o reator adiabtico .
Reatores em srie
Nos reatores adiabticos em srie pode-se passar por diferentes etapas de resfriamentos
intermedirios, conhecendo-se a taxa de reao em funo da converso e da temperatura.
O objetivo atingir maiores converses em temperaturas mais baixas na sada do reator.
Assim, para uma srie de trs reatores, parte-se de uma temperatura To e uma taxa r3 E6.2.1 Segundo W.J.Thomas2 a produo de S03 a partir de SO2 feita num reator
constante (figura 6.4). Na interseco da linha reta (equao 6.18) com a curva ri atinge- adiabtico. A composio da mistura na entrada do reator: 7% de S0 2;11% de 02 e 81%
se B a temperatura TI e converso XAI . Na sada do primeiro reator resfria-se a mistura de N2. A temperatura de entrada no primeiro reator de 400C e o fluxo molar 170
at atingir uma temperatura menor Tio C. Admitindo a mesma taxa (3 e com a interseco- moles/min. Calcule a massa de catalisador e para a converso de 79% na sada do reator.
da reta com a curva r2, encontra-se uma temperatura menor 7'2 e converso maior D, Dados:
como pode ser observado no esquema abaixo. Dessa maneira, pode-se construir um
sistema com trs reatores em srie, atingindo a converso mais alta e temperaturas Densidade do catalisador: 2 g/cm3
menores. Presso: 1 atm
Entalpia de reao: L.HR = -23.290 kcal/kmol
To T3
Tz T20
D X^/ E
XA, XAz
Soluo
Clculo do peso molecular mdio:
M=0,07x64+0,11x32+0,01x80+0,81 x28=31 , 48
u; a' ::
492 PARTE II: REATORES M. SCHMAL CAPTULO 6: REATORES HETEROGNEOS M. SCHMAL 493
Clculo do Calor especfico mdio: Calcularam as taxas e os resultados so apresentados na seguinte tabela (Coulson e
Richardson) 2 :
C, = 0, 07 x 0,190 + 0, l 1 x 0, 246 + 0, O 1 x 0, 240 + 0,81x0,226=0,239 kcal / kgC
r
BRC.A0 = Com esta tabela construiu-se a figura 6.6, colocando na ordenada o inverso da taxa
R= 0,537
A CP T0
e na abscissa a converso, bem como o perfil de temperatura em funo da converso.
400 -
PSO3
ki PPo so,--
1 K P P ,;,
y SOz O; _
r=
22,4x1+K,Ps0 z + K,Po
Onde: 200 -
494 1 PARTE II: REATORES I M. SCHMAL CAPTULO 6: REATORES HETEROGNEOS 1 M. SCHMAL 1 495
6.2 REATOR DE LEITO FLUIDIZADO Nota-se que possvel medir a altura correspondente a mnima fluidizao, e
conhecendo-se as densidades do slido e do gs e a frao de vazio pode-se determinar a ;3
O reator de leito fluidizado caracteriza-se pelo fluxo de gs ascendente mantendo ou arras- perda de carga.
tando partculas muito pequenas em movimento. O reagente gasoso em contato com as A velocidade mnima de fluidizao determinada diretamente pelo grfico expe-
partculas do catalisador facilita a reao devido a alta velocidade, baixo tempo de contato,
rimental da figura 6.7(3), ou seja, umf, bem como a velocidade terminal ui ou de arraste uf
efeitos importantes que favorecem o transporte4ide calor e massa. Em muitos casos, as
(7). Correlaes empricas foram formuladas por Leva et alii4, conforme relaes abaixo:
partculas so arrastadas e podem re-circular, passando por um processo de regenerao,
como o caso do processo de craqueamento cataltico de petrleo.
O ponto de partida estabelecer a hidrodinmica do leito fluidizado, que definir
se as partculas esto paradas, em movimento ou sendo arrastadas pelo gs reagente. Para
verificar e estabelecer o regime de escoamento mede-se a perda de carga em funo da
velocidade superficial, conforme figura 6.7. Sendo:
,P dp = dimetro da partcula (m )
mmHZO
3
g = viscosidade dinmica (Ns/m2)
Leito
fixo A medida que a velocidade superficial cresce o leito torna-se menos denso e as
partculas so arrastadas, podendo a velocidade terminal ou de arraste ser calculada pela
equao emprica:
u ,I 4drg(p'p) 6.22
3pCn
24
CD conhecido pela literatura4 para um regime laminar: C = .
Sendo: Re
U slcm/s)
O equacionamento de um reator de leito fluidizado pode ser feito atravs de modelos O balano de massa para o modelo apresentado na figura 6.8 feito separadamente
especficos, separando a fase gs da fase particulada. Um dos vrios modelos apresentados para a fase gs e fase emulso, considerando regime permanente e sistema isotrmico 4,6 :
por Levenspiel6 apresentado a seguir:
O escoamento das bolhas na fase gs est em contato com a fase particulada cons- Fase gs (bolha)
tituda por partculas slidas muito pequenas, sendo chamada fase densa ou fase de
emulso. A bolha envolvida por uma densa nuvem de partculas, chamada emulso, onde ^9h
lbub d +k, ( CAb CAe)+r"AYfb = 0 6.24
h o intercambio de fluxos, com transferncia de massa, calor e de reao qumica. A figura
5.7.2 ilustra este modelo:
Onde:
fb = frao do leito ocupada pelas bolhas
k; = coeficiente de interface (cm 3/cm3i e ito x 6)
ub = velocidade superficial da bolha (cm/s)
CAb = concentrao de gs na bolha
CAe = concentrao de A na fase emulso
Fase r" = taxa de reao (mole/g x s)
Densa
t, (partculas p = densidade do gs (g/cm3 )
Fase +gs)
Bolha Fase emulso (gs + partculas)
(gs)
dC z 2
fuedCAe+k,(C .ab CAe fD +rp e (lfb )=0 6.25
dz edz
Onde:
i (2) Ee = frao de gs na emulso
fe = frao do leito ocupada pela emulso
De = coeficiente de difuso efetiva (cm 2/s)
ue = velocidade superficial da emulso (cm/s)
e
Pb
Pb = 6.29
PFR ideal
( 1 lb)
D, O
Onde k,mO
CSTR ideal De= O, k,
ub
a= k; x0, D e =O
(u ,,,f /E f)
_
k; 0, D,
Onde pe corresponde a frao do volume total ocupado pela bolha na zona de inter-
face (emulso), desprezando a massa de slido na bolha em si.
Os coeficientes de troca na interface foram determinados empiricamente, sendo as
mais usadas as seguintes correlaes:
kb, =4,5
df +5,85 6.30 w
Fo
Admitindo urna cintica de primeira ordem, resolve-se a equao 6.25. Obtm-se Z=0aCAh =O
uma soluo da converso em funo do tempo espacial, ou seja, XA vs W/Fp, conforme
figura 6.9, em funo de diferentes parmetros 4.6. Z=LC Ab =C.
Nota-se que h diferenas sensveis comparando o leito fluidizado real com os rea-
tores ideais. Os parmetros mais importantes so os coeficientes de difuso efetiva De e Onde a constante k,. dada por:
os de transferncia na interface k;. Estes parmetros so determinados pelas equaes 1
6.30 e 6.31. P+ k 1
O modelo apresentado por Kunii e Levenspiel 6, aborda um sistema mais simples, +
kb V. 1
constitudo por uma fase "bolha+interface", chamada zona intermediria ou "nuvem". P 1
K =k +
Vk 6.33
Sugerem que a velocidade superficial seja maior que velocidade mnima de
( k) b (1E )
fluidizao: + b
gb
u
= >_6--* -11,
um/
500 1 PARTE II: REATORES M. SCHMAL CAPTULO 6: REATORES HETEROGNEOS 1 M. SCHMAL l 501
Onde:
E6.3.2 Quer-se produzir 40.400 ton/ano de acronitrila em leito fluidizado pela amoxi- g = 9, 8 /, x 3.6002 =1,1,27 x 106 m/h 2
dao do propileno. O reator de leito fluidizado opera a 1 atm e 400C (*). A frao s
molar de propileno de 0,24. A converso de propileno foi 78%, sendo a reao de Logo:
primeira ordem, cuja velocidade especfica de reao igual a 1,44 m3/ kgcat x h a
400C. Dados adicionais (*) Adaptado do Froment 4: 136 = u, u f + u6 = 1.800 7,2 + 2.534 = 4.326 m/h
Porosidade do leito > e = 0,24 _ Com estes dados possvel calcular o coeficiente de transferncia na interface da
Dimetro mdio das partculas d, =511.t bolha com a nuvem, ou seja, kb, utilizando a seguinte formula emprica (equao 6.30):
Densidade do slido -4 p, = 2.500 kg/m3
Velocidade mnima de fluidizao*umf = 7,2 m/h U De"
2d 4
=4,45x10 '
Porosidade a mnima fluidizao -9 = 0,6
Ic=4,5x
d +5,85 b db 4
fxk
502 1 PARTE II: REATORES 1 M. SCHMAL CAPTULO 6: REATORES HETEROGNEOS 1 M. SCHMAL 1 503
ur -u,,f - 1.800-7,2
- Frao da bolha na emulso: fb = = 0, 414 Mas, a converso desejada de 78%. Logo,
ub 4.326
V.2 1, 17
- Volume da interface emulso/gs (equao 6.28): =
V 0,17+a
Com todos estes parmetros calcula-se o coeficiente Kr, , ou seja, equao 6.33:
.. .w.. .1.s1 4 .r.... 1J.:. A LJ1.0j .
REFERNCIAS
1. ARIS, R. Elementar)/ chemical reactor analysis. New Jersey: Prentice Hall, 1969.
3. FOGLER H. S. Elements of chemical reaction engineering, 2. ed. Upper Saddle River, New Jersey:
Prentice Hall, 2000. 1
4. FROMENT, G. F., BISCHOFF, K. B. Chemical reactor analysis and design. New York: John Wiley &
Sohns, 1979.
5. HILL, C. G. An introduction to chemical engineering kinetics and reactor design. New York: John
Wiley & Sohns, 1977.
6. LEVENSPIEL, O. Chemical reaction engineering. 3. ed. New York: John Wiley & Sohns, 2001.
7.1 INTRODUO
7. SATTERFIELD, C. N. Mass transfer in heterogeneous catalysis. M.I.T. Press, 1970.
Nos reatores industriais as reaes podem ocorrer em fases mltiplas. o caso de reatores
8. SCHMAL, M. Cintica homognea aplicada e clculo de reatores. Rio de Janeiro: Guanabara, de leito fixo, leito fluidizado, leito de lama e leito trifsico. Nos reatores de leito fluidizado
1982. e leito de lama o slido (catalisador), na forma de partculas muito pequenas, est em
movimento no reator. O escoamento do fluido complexo. Nestes sistemas o escoamento
da fase fluida no homogneo e h grandes desvios em relao ao comportamento ideal
de um PFR ou CSTR, caracterizando um reator no ideal.
Por outro lado, h vantagens excepcionais nestes reatores, onde h melhor transfe-
rncia de massa e calor, melhor e maior contato entre os reagentes, e principalmente menor
tempo de contato de reao,.
Como nos reatores ideais, as cinticas e as condies de reao so semelhantes, no
entanto, a distribuio dos produtos completamente diferente e para correlacion-los com
os experimentos, necessita-se de um estudo mais detalhado das condies de no ideali-
dade, levando-se em considerao os escoamentos, os fenmenos interfaciais e superficiais
e de transferncia de calor e massa. Estes fenmenos caracterizam a disperso axial e
radial, causados pela difuso e conveco.
Os exemplos mais conhecidos so mostrados na figura 7.1. No reator PFR vazio, o
escoamento pode ocorrer com um perfil de velocidade laminar ou turbulento. O escoa-
mento laminar no PFR caracterizado como um reator no ideal, j que o perfil de velo-
cidade numa seco transversal no uniforme e, consequentemente, o tempo de contato
entre as molculas diferente no centro e prximo a parede. Num escoamento turbulento
o perfil de velocidade no uniforme, mas na mdia pode comportar-se como escoamento
uniforme, estando mais prximo das condies ideais de um reator ideal, j que o tempo
de contato entre as molculas dos reagentes aproximadamente igual.
Diferentes so os escoamentos em leitos catalticos, tanto de leito fixo como de leito
fluidizado ou de lama. Os escoamentos so aleatrios, dependem dos espaos vazios no
leito fixo por onde fluem os gases ou lquidos reagentes, ou mesmo da velocidade aparente
do slido num leito fluidizado ou de lama. Estes so conhecidos como reatores no ideais.
(c Reator) Tronco cnico a) Fluxo mais prximo das condies ideais e tempos de residncias iguais.
Reagentes b) Menor queda de presso no reator.
c) Carga do reator (recheio ou catalisador), visando melhor escoamento e menor perda
de carga.
d) Troca de calor interno ou externo, que depende se a reao exotrmica, endotrmica
Reagentes
e se a operao isotrmica ou adiabtica.
Figura 7.1 Tipos de reatores. O fluxo no reator e, portanto, as velocidades superficiais numa seco transversal
do reator, variam com as condies e a forma do reator.
Ao estudamos os reatores ideais, que so casos limites, no verificamos a influncia O perfil de velocidade no fluxo laminar em tubo cilndrico pode ser calculado,
de outros fenmenos causados pelo escoamento, pela transferncia de massa e de calor. apresentando uma distribuio de velocidade varivel na seco transversal, causando
Portanto, os parmetros at agora estudados foram determinados em regime cintico sem variao no tempo de contato das molculas ao longo do reator e, portanto, no pode ser
considerar os efeitos de fenmenos de transporte. Quando isto acontece a taxa real menor considerado reator ideal.
que a taxa cintica intrnseca. No escoamento turbulento, ou seja, quando o nmero de Reynolds alto, a distri-
Nos reatores contnuos CSTR o escoamento tm caminhos preferenciais. Nos rea- buio de velocidade varia na direo axial e radial, com maiores velocidades prximas
tores contnuos tubulares vazios o escoamento pode ser laminar, turbulento e ter volumes as paredes, sendo mais uniforme na parte central do tubo.
mortos. O escoamento pode causar efeitos de difuso radial e _longitudinal e, portanto, Quanto maior for a velocidade ou o nmero de Reynolds, mais uniforme-se torna o
provocar gradientes de temperatura e de concentrao radiais ou axiais, consequentemente perfil de velocidade no reator, aproximando-se bastante do escoamento ideal, favorecendo
afetando a reao qumica. um contato uniforme e portanto um tempo de residncia mdio ideal das molculas.
O reconhecimento do reator pode ser feito recorrendo-se ao chamado "balano popu- Os reatores com colunas de recheio; pailirulanuuelite us icalmcs catalticos, apre-
lacional". O que significa isto? Consideremos uma reao qumica irreversvel de primeira sentam uma distribuio de velocidade bastante heterognea e bastante difcil prever os
ordem, sob condies isotrmicas, cuja soluo : espaos vazios e caminhos preferenciais, que dependem do tipo e forma do recheio ou
508 1 PARTE II: REATORES 1 M. SCHMAL CAPTULO 7: REATORES NO IDEAIS 1 M. SCHMAL 1 509
partculas de catalisadores e a sua colocao no interior do reator. No entanto, o contato Veremos que as tcnicas que foram desenvolvidas para tratar dessas questes utili-
das molculas muito maior, devido ao aumento da rea de contato, favorecendo a reao zam noes de distribuio de propriedades dos fluidos nos sistemas, baseadas na teoria
entre as molculas. Mesmo assim, quanto maior o nmero de Reynolds, ou seja, quanto das probabilidades. Veremos as noes de distribuio de tempo de residncia (DTR) para
maior o fluxo, o reator se aproxima mais do escoamento turbulento e, portanto, das con- as reaes e escoamento de fluidos i,2, alm de outras propriedades, como a distribuio
dies ideais de reator. ` de partculas slidas tratadas pelo balano populacional de partculas.
Alm do escoamento, delem-se considerar os efeitos de transferncia de massa e
de calor. Nos reatores sem recheio consegue-se prever a troca de calor e, assim, determinar
as condies para uma operao isotrmica ou adiabtica, conhecendo-se o perfil de tem- 7.2 DISTRIBUIO DE TEMPO DE RESIDNCIA
peratura no leito cataltico. Para fluxos uniformes a transferncia de calor depende da
capacidade calorfica e, portanto, o perfil de temperatura pode ser uniforme, havendo O tempo de residncia leva em considerao o tempo que cada elemento de fluido ou
grandes desvios, caso a capacidade calorfica seja muito elevada. conjunto de molcula passa pelo reator, que por sua vez, depende da velocidade das mol-
Nos reatores catalticos ou com recheio, h ainda a influncia da conduo de calor culas no interior do reator e, portanto, do fluxo do reator. Ele pode ser igual ao tempo
das partculas. A temperatura afeta sensivelmente a constante cintica e consequentemente espacial, se a velocidade for uniforme numa seco transversal, como o caso de um reator
a taxa de reao. Paralelamente, h efeitos de transferncia de massa por conveco e por PFR ideal. O mesmo no acontece com o reator tanque, pois a distribuio de velocidade
difuso nos poros das partculas que dependem do escoamento e das propriedades de no uniforme. Na maioria dos reatores no ideais o tempo de residncia no igual para
difuso, afetando sensivelmente a constante cintica e, por conseguinte, a taxa de reao todas as molculas, causando variaes de concentraes radiais ao longo do reator, ou
qumica, devido aos diferentes tempos de residncia4as molculas. seja, a sua concentrao no tanque e na sada no so uniformes. Isto significa que preci-
Estas consideraes tambm valem para os escoamentos em tanques e para o reator samos inicialmente definir o tempo de residncia e calcular a distribuio de tempo de
batelada. No entanto, o contato entre as molculas depende ainda da forma geomtrica dos residncia para cada sistema.
reatores. Devem-se evitar os volumes chamados "mortos". Quanto maior a agitao, maior Pode-se visualizar a distribuio do tempo de residncia atravs de um experimento
o contato entre as molculas e menor a probabilidade de ocorrerem volumes mortos. com o uso de traadores, introduzindo molculas marcadas num determinado instante.
O contato instantneo e a concentrao na sada do tanque ou no reator batelada deve Escolhe-se um fluido no reativo e adiciona-se um traador, medindo-se a sua concentrao
ser o mais uniforme possvel. Atinge-se a condio ideal quando a mistura for perfeita. A na sada do reator. Em geral, usam-se corantes, mas podem ser utilizados outros materiais
figura 7.2 ilustra os diferentes casos: com propriedades condutivas ou material radioativo, que possam ser medidos.
Escoamento de fluido Monitorando o traador na sada do reator, podem-se observar diferentes situaes
para as molculas marcadas. Se o escoamento tem um comportamento ideal, como um
-pisto, observar-se- que para um tempo mdio todas as molculas sairo rio mesmo ins-
tante (figura 7.3a). Num reator tanque ocorre o oposto, onde a concentrao das molculas
marcadas decresce com o tempo na sada do reator (figura 7.3b). Reatores no ideais tm
um comportamento intermedirio onde a concentrao das molculas marcadas na sada
do reator ter uma distribuio tipo "Gaussiana". No incio observa-se na sada uma
pequena frao de molculas marcadas; a maioria sai num tempo intermedirio e nova-
mente uma pequena frao de molculas sai no final, conforme figura 7.3c.
O traador introduzido sob a forma de degrau ou pulso. Para simplificar, utiliza-
Batelada Tanque remos um reator tanque de volume V e um fluido lquido inerte (gua) com fluxo vo. Num
determinado instante introduz-se um corante pelo fluxo sob a forma de degrau com con-
centrao Co e mede-se a concentrao C na sada do reator a partir do instante t = 0. Pelo
balano (figura 7.4) tem-se:
dCl
v0C0 v% C= V 7.1
dor dtJ
510 1 PARTE II: REATORES 1 M. SCHMAL CAPTULO 7: REATORES NO IDEAIS 1 M. SCHMAL 1 511
F(t)
Co
1
rea 2
1I CSTR ideal
vo C o v o C= V (dC/dt) I
Reator I
no idea-NI
Moles do
Fluxo molar Fluxo molar
traador
que entra que sai
Acumulados
moles/h moles/h PFR ideal
moles/h -
512 PARTE II: REATORES M. SCHMAL CAPTULO 7: REATORES NO IDEAIS 1 M. SCHMAL 1 513
No reator PFR ideal, o tempo de residncia o mesmo para todas as molculas, 1,0 -
admitindo velocidade uniforme e constante, de modo que a concentrao de sada do tra- rea 2
ador igual concentrao da entrada. Logo, F (t) = 1, ou t = T . O tempo de residncia
0,8 -
mdio no PFR ideal igual ao tempo espacial.
Qualquer outra forma de distribuio de tempo de residncia entre o CSTR ideal e Data: Data1 B
Model: Boltzmann
o PFR ideal considerada no ideal.
Chi A 2/DoF = 0,00001
Para determinar a funo F(t) a partir de dados experimentais, usaremos a proprie- RA2 = 0,99996
dade G, j definida no Captulo 1. Se G uma propriedade qualquer (condutividade, Al -8,69359 4,14906
ionizao, comprimento de onda, etc.) que proporcional a concentrao G1 na entrada e 0,4 - A2 0,99782 0,00285
x0 -10,08414 2,52512
G2 na sada, ento a frao de distribuio de tempo de residncia cumulativa que perma- dx 4,65647 0,1517
neceu no reator num instante menor que t ser:
0,2 Area 1
F(t)=G(t)G,
7.6 0,0
G,G, 5 10 15 20 25 30
t(min)
no
Soluo Nota-se que tempos maiores indicam que a frao de molculas que sai do reator
maior que o tempo de residncia mdio, acontecendo tambm o inverso.
Tempo espacial:
V 1 Traador em forma de pulso
'r===5 min
vo 0,2 O outro modo de determinar o tempo de residncia quando o traador injetado sob a
forma de pulso. A resposta da concentrao na sada do reator pode ser calculada, admi-
Clculo da funo F(t): tindo-se que uma frao de molculas AF saiu do reator no intervalo de tempo At. Uma
frao de molculas saiu com a concentrao Co e a outra frao saiu sem Co na sada do
reator. Logo, no intervalo de tempo At, tem-se o seguinte balano:
F(t)= G(t)G, C(t)C, C(t)2 2C(t)
.. voLF. (t)Co = v0 C, 7.7
GZ C2 C, -2 2
No limite At - 0 tem-se:
F(t) dF C
limo ^a 7.8
At dt Co
Onde:
t= tempo de residncia mdio
E(t)dt = E(6)d6
t
Integrando:
m(C
f dF = f ]dt 7.2.1 Casos ideais
o o \ Co
No PFR ideal a resposta instantnea sob a forma de pulso. No caso do CSTR ideal a
Mas pela curva conclui-se que: resposta ideal ser uma distribuio de molculas no instantnea, conforme figura 7.6.
Para a determinao da distribuio de tempo de residncia com um traador em
-/c 1 forma de pulso num volume V e com fluxo volumtrico vo, admite-se que sejam introdu-
f dt=1= tiCo SC(t)dt 7.9 zidos N unidades de traador. O balano global nos d o tempo retido neste volume.
o \ Ca / 0
Logo,
5 10 15 20 25 30 35
84,9 1 141,5 141,5 4 113,3 56,6 28,3 O
\
Soluo
0
Pelos dados determinamos o grfico da concentrao na sada do reator (figura E7.2.1). 1 2 3 4 5 6 7 8
1i
Integrando-a determinamos a rea, e com a equao 7.9 calculamos -;Co: Tempo t (min)
15 20 25 30
t (min)
D PolynomialFit of Data1_D
Integrando-a. conforme equao 7.11, obtm-se o tempo de residncia mdio: Na tabela abaixo, encontram-se os valores calculados das funes de distribuio
de tempo de residncia E(t) e E(0) (equao 7.12).
t = 15min
0,8
f s > "::^W B
t (min)
B Polynomial Fit of Data1_B Figura E7.3.2 Distribuio t E (t).
Figura E7.3.1 Distribuio de concentrao versus t. Pelo clculo da rea, obtm-se conforme a equao 7.11 o tempo de residncia
mdio:
Integrando obtm-se a rea total igual a 81,75 x 103 c/min. 1=2,35 min
Logo, pela equao 7.10 calcula-se E (t):
O tempo espacial foi 3,25 min. Obtm-se um desvio de 22%.
^7 yr:^s`. r ac4Yth :`: ^r s n:t'i,1 s ^e,xv^: k
520 1 PARTE 11: REATORES 1 M. SCHMAL CAPTULO 7: REATORES NO IDEAIS ^ M. SCHMAL 1 521
7.2.2 Variana
a' = 0, 264
O tempo de residncia mdio representa o tempo de contato mdio das molculas num ele-
mento de fluido. A funo de distribuio do tempo de residncia, seja atravs de F(0) ou
Logo, calculando a varincia, podemos verificar o desvio do comportamento ideal
E(e) mostra uma variao dos tempos de contato e, portanto, h uma variao de tempo em do reator tllizando a disperso axial, atravs da equao que relaciona a varincia com
torno do tempo de residncia mdio, mi variao de distribuio de tempos de residncia.
o nmero de Pclet (4.5.24) , ou seja:
Analisando as curvas pode-se inferir que a largura da curva representa a varincia.
No caso do PFR esta largura praticamente nula, enquanto que no CSTR ideal relati-
a2 =2
= 0,264 7.17
vamente larga. Portanto, a largura do pico pode indicar o desvio do comportamento entre P
os dois casos ideais.
Define-se, portanto, varincia como uma distribuio de tempo de residncia em P = 7,6
torno do valor mdio, e pela teoria da probabilidade pode ser representado por:
Quando o nmero de Pclet grande (P--> 00)tem-se um comportamento
prximo ao PFR ideal e quando muito pequeno (P -* 0) aproxima-se de um CSTR
ideal.
Onde: No presente exemplo o reator tem um comportamento no ideal.
a' = f 0 2 E(e)de -1=1,264161=0,264 Esta concentrao mdia representa a soma das concentraes dos elementos de
.o fluido ou conjunto de molculas no efluente, cada qual com o seu prprio tempo de
residncia.
Este o chamado modelo de fluxo segregado, baseado na hiptese fundamental de
que os elementos de fluidos so independentes ou no se misturam (modelo de macromis-
tura). At agora, considervamos mistura perfeita no balano de massa e concentrao
uniforme, sem interao entre os elementos de fluido (micromistura), denominado modelo
de fluxo no segregado.
A seguir sero estudadas reaes cinticas especficas em modelos"segregados.
a =8,091746,40=1,689
t Z'
522 PARTE II: REATORES M. SCHMAL CAPTULO 7: REATORES NO IDEAIS M. SCHMAL 1 523
1+ Tk
=T=C aa X 4.3.11
CAO
vo (rA
A converso ser:
Substituindo a expresso da taxa em 4.3.11, vem: CAO C4=
Tk 7.26
X A, =
C,o 1+ Tk
X,
7.20 Portanto, comparando as converses de uma reao irreversvel de primeira ordem
k(1XA )
para o modelo no segregado (equao 7.21) e o modelo segregado (equao 7.26), obtm-
Resolvendo em funo da converso XA, vem: se resultados iguais, que dependem somente do parmetro Tk, independente do tempo de
residncia mdio. Conclui-se que somente o tempo, e no o grau de mistura, determina a
Tk converso de uma reao 'irreversvel de primeira ordem.
7.21
1+ Tk Para um reator contnuo pisto (PFR), o tempo de residncia mdio igual para
todas as molculas e analogamente obtm-se a partir da equao 7.2.3 uma soluo do
Agora, considerando o modelo da macromistura (segregado) para um sistema a tipo:
volume constante, parte-se da equao da taxa:
7.27
XA, =1e-"
(r,) = dC, = kC., 7.22
dl Concluindo, obtm-se a mesma resposta para ambos os casos.
Logo: Para uma reao irreversvel de 2a ordem o volume constante da taxa :
zk
CA = C 7.23 (rA ) = kCA ' = k CA02 (1 XA ) 7.28
rn
Para o modelo segregado parte-se na equao 7.18, ou seja: Para o modelo no segregado (micromistura) tem-se pela equao de balano molar
de um CSTR,
f C(t)E(t)dt= JC(s)dF XA 7.29
= ZC .ao k
(1-XA)'
Mas pela equao 7.5 para um CSTR a distribuio de tempo de residncia cumu-
lativa dada por:
Explicitando XA obtm-se:
F(t)=C-C =lexp(- 7.24 7.30
o
T XA = R +1- J(i+2)
Logo:
dF=-e
k
524 I PARTE II: REATORES 1 M. SCHMAL CAPTULO 7: REATORES NO IDEAIS 1 M. SCHMAL 1 525
-X,,,
=1 (3e a E, ((3) 7.34 Os resultados da figura 7.9 mostram a relao entre as converses do modelo segre-
gado e no segregado em funo do parmetro (3 e, ao contrrio do que foi observado para
Onde E,{Q) a integral exponencial. uma reao irreversvel de 2a ordem, o comportamento o oposto. A razo decresce com
A relao entre as converses dos modelos segregados e no segregado em funo o aumento de 13, indicando que a converso do modelo no segregado maior que a do
do parmetro 13 mostrada na figura 7.8. modelo segregado. Isto significa que quanto menor o tempo de residncia menor ser a
converso no modelo real.
1,10 -
1,08-
e C
1,00
0,5 1,0 1,5 2,0 2,5
0,2 0,4 0,6 0,8 1,0
1/p
R
Figura 7.8 Razo converso modelo segregado e no segregado.
Figura 7.9 Razo converso modelo segregado e no segregado reao de ordem diferente.
526 1 PARTE II: -REATORES M. SCHMAL CAPTULO 7: REATORES NO IDEAIS M. SCHMAL 527
A figura 7.10 mostra as converses para todos os modelos acima discutidos em Tabela E7.5.1 Dados experimentais {
funo do parmetro 113, explicando o comportamento dos reatores ideais (mistura perfeita 0 .0 ,5 1 1 5 .-2 2,5 . 3 3,5 4 4,5 5 :5;5 6 6,5
ou pisto) e no ideais, levando em considerao o tempo de residncia real do conjunto -0' S 22 27 26 -22 19 15 10 7. 4._ . B 3 T ::
de molculas no reator.
0,9 -
Soluo
0,7 - k=3,255
moi x min )
0,6 - A taxa de reao ser:
X., =1,05
E7.5 Uma reao irreversvel do tipo 2A --+ produtos feita num reator em fase lquida. X,
Introduz-se 1 mol/L de puro A em uma vazo de 15 L/min. A constante cintica dada Logo:
por:
XA =0,58
2." (
k=5,41x104e O aumento pouco significativo.
mol xmin) -
Determine o volume do reator CSTR operando a 25C para uma converso de Caso 3:
55%. Calcule as converses para uma DTR de CSTR e para uma distribuio do Considerando uma distribuio de tempo de residncia, conforme-tabela E7.5.1,
exemplo E7.3. obtm-se as diferentes funes de distribuio de residncia mostrados na tabela E7.5.2.
528 1 PARTE II: REATORES 1 M. SCHMAL CAPTULO 7: REATORES NO IDEAIS 1 M. SCHMAL 1 529
0 0 . XA = 0,864
0,0611 0,023278',
22 0,269 ~246 .
27 0;330 0,056145 Comparando-se com o modelo segregado ideal, obtm-se um desvio de 57%, o que
26 . 0,318 0,042349
bastante significativo.
22 - 0,269 0,029452
19 0,232 0,02159
15 0,1.83 0;014806.
0,122 0,008725 7.4 ANLISE DAS EQUAES EM REATORES NO IDEAIS
.0,085 0,005472
0,049 0,002832_ Admite-se uma reao qumica global (homognea ou heterognea) e o escoamento de
0,0366 0;001941 fluido em reator tubular, com disperso radial e axial tanto de movimento, massa ou calor.
0;0366. 0,001787
- 0,0122 -0,000552 Esta anlise vlida para qualquer caso, porm as propriedades fsicas e qumicas das
0' -:0 misturas tm comportamento ideal.
Onde CAO k = 3.255 e CAO =1 moIJL O tensor tenso depende do tipo de escoamento. No escoamento laminar propor-
Logo, cional a viscosidade que depende da temperatura, enquanto que no escoamento turbulento
C A = -j- 1 E(t)dt=0,13609 depende do coeficiente de troca de quantidade de movimento E2i ou seja,
0 1+3,25t
A figura E7.5.1 mostra a distribuio de concentrao. 1 =f(v,e,) 7.4.2
0,07 -
Junto parede o coeficiente Ez desprezvel, predominando o escoamento laminar,
0,06 -
N enquanto que na regio central predomina o turbulento. Neste escoamento turbulento Ec
funo da posio radial. Nos leitos particulados esta funo depende de vrios fatores.
0,05 -
Balano de massa
A equao do balano de massa, expressa em funo da concentrao, varia ao longo do
reator com a posio radial dada por:
0,02 -
uaC=1 a
0,01 - [r(D+E )aCl+a[(D+ED)----1+r 7,4,3
az r ar L ar az az A
0,00 *^
0 1 2 3 4 5 6 7 8 Onde ED a difusividade efetiva radial e axial e D o coeficiente de difuso.
t
530 PARTE II: REATORES 1 M. SCHMAL CAPTULO 7: REATORES NO IDEAIS 1 M. SCHMAL 1 531
Balano de energia
d ud
O balano de energia tambm pode ser escrito da seguinte forma, para um tubo e tempe- P = Pclet radial 7.4.8
LD
raturas, variando radial e axialmente. Admite-se que as propriedades trmicas so cons-
tantes e no variam com a temperatura.
P = ud Pclet axial 7.4.9
D
pCpuaT 1 [r(k + E,) + [(k+E,)aT] +(rA^+Q 7.4.4
az r ar ar J az az Analogamente, para o balano de energia:
Onde o calor especfico (cal/gxC); Ir, condutividade trmica; Eh difusividade
trmica axial e radial; LHR calor de reao (kcal/mol); (rA ) taxa de reao de transfor- 1 1 a Ek 1dT ' 1 a r(1 Er^91aT ' Da_
u * _ar
= =--- r' 1+ + 1 - + J +(3 +Q' 7.4.10
mao de reagente A (mol/L x h) e Q calor externo (kcal/h). az' P, r' ar' k ar' P, az' k, az' P_
Chamaremos E*h e E*D as disperses axial ou radial de calor e massa,
C
respectivamente:
Onde:
e, =k+Eh 7.4.5
e^ t..:..
-. y i^h, raa r, .+,n ..: .i. . ,r.,.-N.::;+i.-,a, :,ta:;.. r. t..
532 1 PARTE II: REATORES 1 M. SCHMAL CAPITULO 7: REATORES NO IDEAIS 1 M. SCHMAL 1 533
Dr
aa ,, .o(l)
u'
ax A 0(1) ; logo, o termo convectivo da ordem de 1.
:: -
Gases
F
i
Por outro lado, observa-se pela definio dos nmeros de Damkhler e de Pclet
que a relao da mesma ordem de grandeza. O nmero Da relaciona a velocidade da
reao e difuso, enquanto que o nmero de P relaciona a velocidade convectiva e difu-
siva no balano de massa. A anlise semelhante para a equao de energia. Lquidos
0,001
Como os termos acima indicam
A =0(1) ou u* ;{
aa -0(1),
u*aa
0,01< Re < 1.000
pode-se concluir que o desvio do comportamento de reator ideal (PFR ou CSTR) somente
Figura 7.4.1 Difuso radial e axial.
devido aos nmeros de P axial ou radial. Quando estes nmeros so grandes, P, ->
ou P, ---> , os termos de disperso axial e radial so desprezveis e o reator comporta-se
como ideal. Caso contrrio, ter um comportamento no ideal.
O nmero de P relaciona a velocidade de escoamento u e o coeficiente de difuso
D ou a relao E/D, onde E varia com a posio. A anlise deve levar em considerao a 0,001< D, < 1.000
variao desses parmetros radiais e axiais.
Lquidos
E=
A relao e E''
E, E,
ordem de 10-2 . Para valores de Reynolds maiores (10 3 ) o Pclet menor ainda, obtendo- Figura 7.4.2 Difuso radial e axial.
se um valor de Ps = 1. Portanto, a disperso axial para lquidos e gases no
desprezvel.
534 PARTE II: REATORES 1 M. SCHMAL CAPTULO 7: REATORES NO IDEAIS 1 M. SCHMAL 1 535
Para escoamentos turbulentos h uma variao significativa dos coeficientes radiais e Analisando os termos, observa-se que Pr -oo (o termo de disperso radial) des-
axiais, principalmente devido a no homogeneidade dos perfis de velocidade. H conveco prezvel e os outros termos so da mesma ordem de grandeza 0 (1). A disperso axial no
e difuso simultaneamente na regio central e prxima a parede. Os coeficientes de disperso pode ser desprezada, j que P, de ordem finita. Quando os coeficientes de disperso e de
E dependem do gradiente de velocidade e portanto, da posio, conforme figura 7.4.3.
difuso forem da mesma ordem de grandeza e forem pequenos, aproximam-se de um esco-
amento tipo pisto, pois o perfil de velocidade uniforme na seco transversal radial. Neste
Observa-se que D radial da ordem de 3-20z e por isso, 1,7 vez maior, afetando o
caso, obtm-se a equao de um reator ideal. Portanto,
perfil de concentrao radial, conforme figura 7.4.3.
Junto a parede prevalece o escoamento laminar e a disperso radial desprezvel.
Caso a) Reator no ideal:
Prximo ao centro a disperso radial da ordem de 20-30.
Analisando a equao do balano de massa, conforme equao 7.4.7, mas conside-
7.4.13
rando a disperso axial e radial,
u* =1 1 a ,aXA 1
+ 1Lr [aX2A 1
+ Da 1X A^ 7.4.12 Caso b) Reator ideal:
az' Pe r' ar'L ar' j Pe az'2 J Pe_
aio o . o 7.4.14
Onde:
p
Anlise das condies de contorno
Nem sempre as condies de contorno levam em considerao as mudanas na interface,
no caso de sistemas heterogneos, onde estas condies so diferentes. Consideremos
Radial somente as condies de contorno para o balano de massa onde h mudana de fase,
desprezando o escoamento radial. Assim, podemos dizer que os fluxos molares na interface
so iguais, ou seja:
Na interface z = 0, tem-se:
Re <1.000
7.4.15
Figura 7.4.3
d ud
Pe, = Pclet radial 7.4.8 Sabe-se que os coeficientes de disperso e difuso so diferentes em z = 0+ e z = 0-. Analo-
L E,
gamente para z = L, na outra extremidade do reator. Se no h diferena, o reator comporta-
se como um pisto, ou seja, comportamento ideal. Logo a equao acima simplifica-se.
Per = uL Pclet axial
7.4.16 E,
Para z= O-4CA =CAo
Porm, nos escoamentos heterofsicos ou mesmo com escoamentos no unifor- Em resumo, num reator com disperso axial temos:
mes (laminar, turbulento ou particulado), pode-se admitir que em z = 0- o coeficiente
de disperso desprezvel, mas no em z = 0+. Neste sentido a condio de contorno
a - 1 rax2,,1 k' L A)
ser: + u (1-X 7.4.22
a Pez ILL a JJ
7.4.17
a) No PFR ideal o nmero de P oo, e portanto,
=0 X A =0
e sendo DE -> 0, ento Pclet axial P, -j oo. Nestas condies o reator comporta-se como
reator ideal e, portanto, para z = 0 a converso inicial ser nula (.X = 0). Por outro lado, 7=1 XA =1
se DE ^ 0 tem-se P, = 0 (1) e portanto,
Quando P = 0 (8, = oo) tem-se o reator tanque ideal (CSTR). Portanto,
z_o , > 0.
dz'
7.4.24
Logo, quando z = 0+ a converso XA diferente de zero. H efeito de mistura desde
logo na entrada do reator.
A condio para z = L, ser: Com a seguinte condio de contorno:
aX = constante
7.4.21
Logo, com a condio de contorno, observa-se que:
XA = constante.
PFR ideal
` PFR no ideal
CSTR ideal
REFERNCIAS Vrios compostos orgnicos podem reagir entre si, formando novas molculas duplas que
reagem com a molcula inicial para formar molculas maiores. E o processo da polimeri-
1. ARIS, R. Elementary chemical reactor analysis. New Jersey: Prentice Hall, 1969. zao. Estes tambm ocorrem em molculas naturais, como por exemplo, na celulose e na
2. FROMENT, G. F., BISCHOFF, K. B. Chemical reactor analysis and design. New York: John Wiley & borracha. As caractersticas dessas molculas dependem do monmero, do comprimento
Sohns, 1979. da cadeia e da composio. O mecanismo e a cintica foram estudados anteriormente e
podem ser observados na seguinte experincia em fase homognea.
3. HILL, C. G. An introduction to chemical engineering kinetics and reactor design. New York: John
Wiley & Sohns, 1977. No caso mais simples, faremos uma experincia com uma soluo de estirol e de
AIBN em soluo. Esta molcula um iniciador e com calor se dissocia em radicais:
4. SCHMAL, M. Cintica homognea aplicada e clculo de reatores. Rio de Janeiro: Guanabara,
1982.
R* + H2C \
C6H5
540 1 PARTE II: REATORES 1 M. SCHMAL CAPTULO 8: PRTICAS DE LABORATRIO 1 M. SCHMAL 1 541
f catalisador vapor de HCI diretamente. Ao fim da reao o produto era vertido em uma
soluo de NaOH 1N, separado e destilado. Foram feitos testes entre zero e a temperatura
ambiente utilizando como reagente isobuteno puro (AGA 99,0%) e RAF 1.
Foram planejados testes em diferentes temperaturas e quantidades de co-catalisadores
(HCl/Cat = 3 e HCl/Cat = 1). Os produtos obtidos foram analisados por Infravermelho.
Devido formao de HF, foi confeccionado, inicialmente, um reator de Teflon. Em
razo exotermicidade da reao, a temperatura da reao passou de 0C a 70C em apenas
9 T alguns segundos aps o incio da adio do reagente. Foi utilizado um reator de ao inox
de maior volume e com um bom sistema de refrigerao (figura 8.2), onde foi possvel
um controle preciso da temperatura de reao. A figura 8.3 apresenta uma amostra do
produto obtido.
Na tabela 8.1 esto descritas as condies em que foram realizadas as reaes de
polimerizao. Foram realizados testes utilizando tanto isobuteno puro como a mistura
Figura 8.1 Esquema experimental da reao em fase homognea: polimerizaos. RAF1 (proveniente da Polibutenos) como reagente. Nestas reaes foi utilizada uma tem-
!
peratura de "set point" no banho termosttico em torno de 0C de forma que a temperatura
interna do reator ficasse em torno de 5C. A adio do reagente era feita bem lentamente
Procedimento de forma a no aumentar significativamente a temperatura do sistema. Aps o trmino da
1
O estirol seco com CaC1 2 por retificao, sob vcuo de 50 mbar. Benzol tambm deve ser adio do isobuteno, a temperatura permaneceu estvel em torno de 8C. Verificou-se que
purificado. O iniciador deve ser descristalizado com metanol, aquecido a 50C, resfriado para um volume de sistema reacional (reagente + sol. etanol em diclorometano) de 1.000
sob vcuo e a seguir secado a temperatura ambiente. O balo com trs bocas deve ser limpo mL produziu-se em torno de 600 mL de produto.
e secado vrias vezes. Depois deve ser colocado em banho mana a 50C. O balo deve ser
purgado com N2 vrias vezes. Os reagentes so introduzidos no balo pela torneira S. Tabela 8.1 Condies de reao
Fecha-se o balo e comea-se a agitao. Atingindo a temperatura de equilbrio, introduz-se Temperatura (C) 5
o iniciador. Retiram-se amostras aps 2, 4 e 6 h, inicialmente 20 mL e depois 10 mL. Estas Razo volumtrica etanol/diclorometano 1:100
amostras so colocadas num pequeno Erlingmeir contendo o neutralizante e a seguir Razo molar BF3/etanol 1:1
pesadas. A soluo deve ser bem agitada e o precipitado tambm filtrado e pesado. Lava-se Volume da soluo etanolIdiclorometano (mL) 101
com metanol e seca-se a 60C por 4 horas. Observe que h aumento de volume. Despreza- _
1.000 Volume total do meio reacional (rnL)
se a influncia da temperatura sobre a densidade. Volume da soluo etanol/diclorometano (mL) 101
Coloca-se num grfico a converso com o tempo de reao e determinam-se as taxas Tempo de reo(min) 45
para diferentes condies, ou seja:
542 1 PARTE II: REATORES 1 M. SCHMAL CAPITULO 8: PRTICAS DE LABORATRIO 1 M. SCHMAL 1 543
UV-10
- - PIB24
POLBF3 (Isobuteno)
POLBF3 (RAF1)
em
Figura 8.4 IV na regio entre 1.700 e 1.560 em- 1 .
8.2.1 Experimental
A figura 8.5 apresenta o fluxograma da uma unidade geral de testes. Emprega-se um reator
de quartzo em Usem bulbo, cuja temperatura controlada por um termopar tipo K, asso-
ciado a um controlador/programador Therma, acoplado a um forno de resistncias
eltricas.
A unidade tem saturador cuja temperatura controlada por banho termosttico e
monitorada por termopares do tipo K. O sistema tambm possui um controlador mssico
de fluxo gases com quatro canais. Vlvulas de quatro vias permitem que estas correntes
sejam desviadas dos saturadores (posio by-pass). Uma vlvula de trs vias permite
substituir o He pela mistura reacional.
A determinao das vazes volumtricas pode ser realizada por um medidor de fluxo
tipo bolhmetro e auxlio de um cronmetro. E necessrio considerar perda de carga ao
se borbulhar os gases pelo saturador, obtendo-se curvas de calibrao da vazo lida no
flowmeter em funo da vazo determinada no bolhmetro.
Para evitar a condensao de lquidos, a linha mantida aquecida temperatura de
aproximadamente 75C com um sistema de resistncias, empregando-se um Variador de
Voltagem ATV115
Figura 8.3 Polmero obtido utilizando BF3 como catalisador3 .
Resistncias de Controle de
aquecimento '-, , i temperatura
da linha Termopar por banho
1 temosttico
Fluximeto Saturador EtOH
Canal 7
Termopar
4 vias acoplado a
Reator um forno com
programador/
Fluximeto controlador de
Canal 4 temperatura
4 via
CH, Fluximeto
Canal 2 Saturador H,0 Controle de
Fluximeto 1 temperatura
H21 ^p2j ^ Canal3 Termopar por banho
egurana temosttico
Bloqueio Figura 8.6 Cromatograma tpico obtido durante a reao CH4 + CO 2 .
Ar Cromatgefo
Purificad
Bloqueio
0,2 - AE,
e
Bolhmeto
YEi 8.2
Figura 8.5 Fluxograma da unidade de testes 2.
1+0,2 A
Anlise cromatogrfica
A anlise feita atravs de um cromatgrafo a gs em srie com a unidade experimental, onde: Ei um componente yEi a frao molar do componente, AEi e A02 so as reas
equipado com coluna de fase ativa Hayesep D e um detector de condutividade trmica corrigidas do componente e oxignio, respectivamente.
(TCD) e de ionizao de chama (FID). O gs de arraste utilizado o hlio, com vazo na
Para a anlise da alimentao do reator o gs hlio borbulhado pelos saturadores
coluna em tomo de 12 ml/min a 20C.
contendo o lquido, mantidos nas temperaturas desejadas, por pelo menos 40 minutos,
A calibrao do sistema feita por meio de injees de misturas padres certificados
sendo analisadas diversas amostras no cromatgrafo. A frao molar correspondente rea
e com concentraes conhecidas, por exemplo, padres de H2, CO, CH 4, CO2 e H20.
Obtendo-se as respectivas reas, pode se calcular os respectivos fatores de converso da de componente (alimentao do reator) pode ento ser determinada a partir do padro
externo por uma regra de trs, segundo a equao 8.3.
rea dos picos cromatogrficos em concentrao molar, por meio de normalizao mate-
mtica. A figura 8.6 ilustra um cromatograma tpico obtido, onde se observa a pequena 0
sensibilidade para o H2, e na tabela 8.2 esto os tempos de reteno e os fatores de cali- AE' Y Ei 8.3
3'=
brao de cada um dos componentes.
Tabela 8.2 Tempos de reteno e fatores de calibrao das reas dos cromatogramas onde y a frao molar do componente (por exemplo: etanol) de alimentao e Ai a
rea correspondente frao molar de componente na alimentao.
Hz 3,5 4,275 A frao molar de gua na alimentao do reator (Yr t_o) pode ser determinada pela
CO 5,3 0,67 razo das reas corrigidas de gua (AH 0) e outro componente (AE, ), segundo equao
CH4 9,2 0,45 8.4:
CO2 13,9 , 0,915
H2O 18,9 0,55
AHr
YH,o = A YF 8.4
H2O
Determinao das fraes molares e presses parciais
O clculo de presses parciais para o efluente do reator a partir das reas cromatogrficas
realizado pelo emprego de um padro externo e pelos balanos de carbono. Antes do Verificao do regime cintico
incio dos testes cinticos, a mistura borbulhada no saturador. A partir do conhecimento
Para a verificao do regime cintico so realizados dois testes, nos quais a vazo volu-.- ---
da razo, por exemplo, 02 /He (0,2/0,8) e das reas cromatogrficas, possvel determinar
mtrica (vo) alterada, mantendo-se a razo (mcat/vo) constante.
qual a frao molar correspondente a uma determinada rea de A, segundo a equao 8.2.
Este o padro externo empregadof .
546 1 PARTE II: REATORES l M. SCHMAL CAPTULO 8: PRTICAS DE LABORATRIO M. SCHMAL 1 547
Para o sistema sob regime cintico no deve haver alterao na converso em testes
que possuam a mesma razo (mca,.%vo). Caso a transferncia de massa externa determine a
velocidade da reao, uni aumento na vazo volumtrica tende a diminuir a camada limite
entre o gs e a superfcie do catalisador, aumentando a concentrao das espcies gasosas
na superfcie, e consequentemente a taxa de reaoconverso atingida.
Benzeno foi o nico produto encontrado e no se observou desativao dos catalisa-
Testes catalticos dores aps 4 h. A Al2O3 no apresentou atividade. Os resultados so apresentados na tabela
8.3 e a figura 8.7 mostra o TOF com o inverso da temperatura, e a energia de ativao foi
Os testes so realizados presso atmosfrica. As presses parciais de lquidos so fixadas igual a 24 2 kcal/mol 5 .
pelo controle de temperatura dos banhos terrnostticos e das vazes volumtricas que passam
pelos saturadores. A metodologia destes clculos est descrita em detalhes em Patat, 1975. Tabela 8.3 Desidrogenao do tido-hexano sobre catalisador de Pt/AI 203 (P =1 atm H 2/C6 H 12 = 13,2)
Os catalisadores so em geral reduzidos sob fluxo de vo (mL/min) de uma mistura s
10% de H2/He, sendo aquecidos a temperatura T (C), taxa de aquecimento (10C/min). 3 5cw-. a t'_ ,a ^3^KL
Cafs ` or n Pt rf ZOFa (s 3) E (k a/ I
Para o ajuste das presses parciais dos reagentes, interrompe-se o fluxo de gs sobre o reator.
1
Depois de atingidas as vazes e a temperaturas -desejadas nos saturadores, vrias amostras
0,9% Pt/Al 2 0 3 0 161,5 1,0 24
da alimentao (contendo lquido e gua) so analisadas no cromatgrafo. Uma vez esta-
bilizadas as condies de entrada, a temperatura do reator ento aumentada at a tempe-
ratura desejada de teste, e aps algum tempo (cerca de 30 minutos), inicia-se a reao.
A transferncia de massa externa ou interna deve ser investigada aumentando-se a
velocidade espacial, sendo mantida constante a razo m CR1/FE , (massa de catalisador/vazo
molar de lquido). Estes testes so feitos na temperatura de fixa e presso parcial do lquido
na alimentao fixa. Por exemplo, a massa de catalisador e a vazo volumtrica do gs
empregadas nos teste so da ordem de 25 mg e 100 mL/min (mc a,lvo = 25 x 10- 5 gcat x mL -1
x min 1). Para o segundo teste utiliza-se metade de uma massa de catalisador e metade da
vazo volumtrica para obter a mesma razo e acompanha-se a converso.
A velocidade espacial calculada (GHSV) da seguinte forma:
Experimental
Os testes so realizados na unidade racional multipropsito, conforme figura 8.5. O pr-
tratamento dos catalisadores consistia sempre de uma secagem at 150C sob fluxo de He
durante 30 minutos, seguida de reduo com mistura 10% H 2/Ar (30 m1/min) at a tem-
peratura de 500C (10C/min), mantida por uma hora. Em seguida os catalisadores so
resfriados at a temperatura ambinte sob fluxo de He. As misturas disponveis para a
reao devem ser: 10% CH4/He e 10% CO2/He.
Os testes catalticos com anlise cromatogrfica podem ser realizados presso
atmosfrica em um microrreator de quartzo de leito fixo. A massa de catalisador de 20 i
mg e a vazo total dos reagentes de 200 mL/min, com relao CH 4:CO2 :He = 1:1:18
(GHSV = 600.000 cm 3/h x gcat). O fluxo dos gases so monitorados por controladores de
fluxo mssico com vlvulas transdutoras conectadas a um painel de controle de 4 canais
(MKS), permitindo uma diluio precisa entre as misturas reagentes.
Equilbrio
+- PtAI
e PtZr
Pr1Zr Data: ptzr550_C
4 Pt10Zr Modal: r=P/(a*P+b)
Chi^2 = 0.0002
0
a 4,27612 0,41389
i I 1 1 1 I b 59,125 12,003
400 500 600 700 800 900 1.000
Temperatura (C) 0,00
0 10 20 30 40 50
Figura 8.8 Converso em funo da temperatura 8 .
Pco2 (Torr)
Determinao das taxas Figuras 8.10 Taxa em funo das presses parciais de, variando a presso CO2 a
e mantendo a presso de CH4 constante a T = 550C.
Para determinar a cintica com um modelo especfico, determina-se inicialmente o efeito da
variao da presso parcial de CH4 e CO2 sobre a taxa de consumo de CH4 para o catali- Modelo cintico
sador PtZr a 550C, cujos resultados so mostrado nas figuras 8.9 e 8.10. Cada ponto foi
A partir da anlise dos dados disponveis na literatura e dos resultados obtidos, foi proposto
medido aps 30 minutos de reao naquela condio. Quando a presso de CH4 mantida o seguinte mecanismo bifuncional para a reao CH4-CO2 8 .
fixa em 19 Torr, a taxa de consumo de CH4 exibe dois diferentes nveis, um quando
Pco, < PcH, e outro quando Pca4 Quando a presso de (-02 e fixada em 19 Torr a {A} CH4 +p^CHxp+( 4x 1 HZ 8.6
2taxa de CH4 aumenta com o aumento da presso de CH4 at 27 Torr; para presses acima J
deste valor a taxa praticamente constante.
{B} CO 2 +z^CO,-z 8.7
[z] + [CO 2 z] = 1 8.14 Logo, plotando-se PcH //^ H versus PcH , tm-se as constantes A' e B'.
e substituindo as parcelas (8.12), (8.13) e (8.14) em (8.10), chega-se seguinte c) Com as constantes A, B, A' e B 'pode-se ento calcular kcH, ,
Kco, e k.-
expresso para a taxa de reao do metano: Os parmetros cinticos calculados a partir desse procedimento so apresentados na
tabela 8.5, juntamente com os coeficientes de correlao obtidos para o catalisador
kKco, kcH, Pco, PcH, PtZr a 55C.
rcH, _
8.15
kKco2 PCO, +(1+ Kco, Pco, )(kcn P. + k&' P} 4-')' 2) !t t'
kcH4 a 0,030..
As constantes cinticas foram calculadas atravs do seguinte procedimento: kcozb 0,0.148 .
1.,138
a) Quando a presso parcial de H2 nula e a presso de CH4 mantida constante, a taxa correlao 0,983
de reao do metano pode ser expressa por: a Unidade: mol/hgcatTorr b Unidade: Torr 1 Unidade: mol/hgcat
= aPCO'
rcH onde a, b e c so as seguintes constantes: 8.16 O modelo proposto ajustou muito bem os dados obtidos pelos testes cinticos para
bPCO +c os catalisadores contendo zircnia. No entanto, os resultados mostram que a cintica pode
a = kK c02 kc1 PcHJ 8.17 ser simplificada, considerando-se:
1 Kco, Pco,
b = kKco, + Kco, kcH, PcH, 8.18
Portanto:
O estudo da otimizao das condies de operao do reator Parr para a reao de
rCH, = kcH^ Pcri, = 0,03P,,,
8.26 hidrogenao de acares, foi baseado nas condies industriais visando obteno de -90%
de converso a 65 niin de reao.
554 1 PARTE II: REATORES M. SCHMAL CAPTULO 8: PRTICAS DE LABORATRIO 1 M. SCHMAL l 555
Volume do reator Parr = 450 mL 8.3.2 Reator integral contnuo (tubular) testes de isomerizao de xilenos
Massa de catalisador Ni-Raney para 6% (Pcat.novo/ Pslidos) = 10,92 g
A Unidade de Isomerizao de xilenos tem como funo aumentar o teor de orto-xileno
Temperatura de Reao = 130C
na corrente de xilenos a partir da converso do etilbenzeno.
Presso Total = 40 bar (580 psig)
Concentrao da amostra de HD a ser hidrogendo = Etilbenzeno -->o-xileno 8.27
1. Sacarose: 1,14%
2. Glicose: 51,72 % Durante o processo de isomerizao, o etilbenzeno pode reagir de diferentes formas:
3. Frutose: 47,14 % i) Isomerizao para o-xileno; s1
Agitao = 1.200 rpm ii) Desproporcionamento em benzeno e dietilbenzeno;
Tempo de Reao = 50 min iii) Desalquilao.
Filtrao a quente (80C) para evitar-se a polimerizao dos produtos formados
Catalisadores bifuncionais (suporte cido/metal hidrogenante) so requeridos para
As anlises do reagente e dos. produtos de reao foram realizadas em cromatgrafo reao de isomerizao. Nestas condies, ocorrem simultaneamente as reaes de hidro-
lquido HPLC-WATERS, equipado com coluna Shodex Sc101, com fase mvel aquosa. genao de aromticos (reagentes e produtos) e de alcenos, reaes secundrias de hidro-
Os resultados das corridas de hidrogenao de HD a 50 min e 130C dos catalisa- craqueamento de naftnicos e hidrogenlise. Devido s funes cidas do suporte, as
dores lixiviados a 100C (exceto comercial) esto descritos na figura 8.13. O catalisador reaes de transalquilao, desproporcionamento e interisomerizao dos xilenos tambm
Ni-Raney comercial apresentou a maior converso (60 %) seguido um pouco abaixo dos ocorrem em catalisadores bifuncionais:
catalisadores promovidos com Cr e Mo. Os outros catalisadores aditivados apresentaram
nvel de converso em torno de 35% a qual foi semelhante obtida pelo catalisador o-xileno m-xileno p-xileno 8.28
Ni-Raney 100 lixiviado (liga da GETEC lixiviada no NUCAT) a 100C. A ordem de ati-
vidade dos catalisadores testados foi a seguinte: Cabe ressaltar que a converso de meta-xileno para orto-xileno indesejada.
Estudos j publicados na literatura relatam uma maior atividade para catalisadores
Ni-Al(comercial) > Ni-AI-Cr Ni-AI-Mo > Ni-raney (100) = Ni-Al- Fe = Ni-AI-Co de platina suportados em zelitas quando comparados com catalisadores suportados em
y-Al203 . Igualmente so relatadas como preferenciais as reaes de etilbenzeno via rotas
Reao a 130C (cat. Lix. 1000) de isomerizao, transalquilao e desproporcionamento.
Desta forma, a avaliao de catalisadores comerciais exige uma metodologia de
acompanhamento simultneo da atividade e da seletividade, assim como a avaliao da
Convi (%) estabilidade cataltica nas condies de operao.
O objetivo avaliar catalisadores comerciais base de platina (Ptl, Pt2 e PO),
Sel. soro (%)
comparando-os quanto atividade e seletividade, para sua utilizao em unidade industrial
de isomerizao de xilenos 7 .
Metas
1. Avaliao da atividade dos catalisadores de platina quanto converso de
etilbenzeno.
2. Determinao da seletividade dos catalisadores de platina quanto converso de
f
etilbenzeno em xilenos.
3. Avaliao da performance dos catalisadores submetidos desativao forada.
N^e\
b C. Go
Os catalisadores selecionados foram submetidos a testes de performance nas condi-
ciocc \, es operacionais apresentadas na tabela 8.6, com carga real. Foram realizadas as etapas
de secagem, ativao, reao, desativao e reavaliao, descritas a na figura 8.14.
Figura 8.13 Converso e seletividade da reao de hidrogenao de HD a 130C e 50 min 6. O pr-tratamento foi feito de acordo com o esquema abaixo, mostrado na figura
8.14.
556 1 PARTE II: REATORES 1 M. SCHMAL CAPTULO 8: PRTICAS DE LABORATRIO 1 M. SCHMAL 1 557
400 C
30 C 360 C
225 C t5 min
N 1% 02/N 2 2,,,. H2 mo
Secagem
O catalisador seco em fluxo de N2 (24 L/h) com 1% de 02 (1,2 L/h de ar) a 400C por Cromatgrafo
10 min, a uma taxa de 400C/h. O catalisador resfriado a 225C sob o mesmo gs. A
225C passa-se um fluxo de N2 puro (100%) por 5 min.
Ativao
Troca-se o N2 por H2, passando de 5 a 37 L/h em 10 min (8,3 L/hgcat). Simultaneamente,
o reator aquecido a 400C e a temperatura mantida por 1h.
Reao
Desativao
558 1 PARTE II: REATORES 1 M. SCHMAL CAPTULO 8: PRTICAS DE LABORATRIO ( M. SCHMAL 1 559
Foram retiradas amostras a 360, 370 e 385C e novamente a 360C (360C, v).
A etapa de desativao foi realizada sob fluxo de nitrognio, a 4500 C por trs horas. E
novamente foram avaliados os pontos a 385C e 360C (385C, D e 360C, D).
A carga e a fase lquida do efluente do reator foram analisadas por cromatografia
gasosa, sendo, no mnimo identificados os seguintes compostos: ciclo-hexano e leves at
C7 (denominados no aromticos), estireno, benzeno, tolueno, etilbenzeno, meta, orto e
para-xilenos.
Os testes foram realizados usando uma carga industrial. Os resultados de composi-
o da carga e do produto dos testes a 360C, para os trs catalisadores avaliados, so
mostrados na tabela 8.7.
Observa-se, para os catalisadores Pt2 e Ptl, uma grande diminuio de xilenos nos
produtos a 360C, que foram convertidos em compostos mais leves (no-aromticos). O
catalisador Pt3, embora apresente o maior percentual de etilbenzeno na composio do
produto, no apresentou alterao significativa da corrente de xilenos.
Tabela 8.7 Composio da carga e produtos dos testes de atividade a 360 C, Seletividade (360 C) NF<' o-xileno (360 C)
para os trs catalisadores avaliados
o-xileno(370 C) o-xileno (385 C)
= Repetio (360 C)
Seletividade
A seletividade a o-xileno, com relao corrente total de xilenos (% lxilenos), foi
calculada pela equao a seguir e apresentada na figura 8.16, juntamente com os valores
de produo (% molar da composio final) de o-xileno.
S n Kilenoproduto
o seno 100 8.30
= Xilenos pr dmo
560 1 PARTE II: REATORES 1 M. SCHMAL
REFERNCIAS
5. PATAT, E, KIRCHNER, K. Praktikum der teschnishen chemie, 3. ed. Berlin: DE Gruyter, 1975.
i
6. Projeto PEQ2470/COPPE/UFRJ, 2002.
Anlise de ar
Peso: oxignio 23,2%; nitrognio 76,8%
Volume: oxignio 21,0%; nitrognio 79,0%
Peso molecular mdio do .ar: 29
Peso molecular do nitrognio: 28,2
Constantes (gases)
R = 1,987 cal/(mol x K)
82,06 (cm3 x atm)/(mol x K)
Densidade
1 mol (gs ideal a 0C e 760 mm Hg) = 22,41 L
Energia
1 Joule (J) = 1 (watt x s) = 1 Nm = 1 kg x m2/s2 = 107 erg
1 kcal = 4,186 J
1 kcal/h = 1,163 W
1 kcal = 4,186 x 103 J = 1,163 x 10-3 kWh
Comprimento
1 pol (in) = 2,54 cm
1 micron () = 10-6 m
1 Angstrdm = 10- 10 m
562 1 CINTICA E REATORES 1 M. SCHMAL
Massa
1 lb = 0,454 kg = 453,6 g
1 ton = 1.000 kg = 2.000 lb
Volume
1
1 in3 = 16,38 cm3
1 ft3 = 1,728 in3 = 28,31 dm3
1 L = 61,02 in3
1 m3 = 1.000 L
Fora
1 lbf = 4,448 N A
1 kw = 1,348 HP Acetaldedo
1 W = 14,34 cal/min decomposio do, 4
Acar(es)
hidrogenao de, 552
Temperatura Acumulao
T (K) = 273,15 + T (C) = (5/9) T (R) termo de, 243
Adio
T (R ) = 1,8 T (K) de radicais, 115
T (C) = T (K) 273,15 reaes por, 115
iniciao, 115
propagao, 116
Presso terminao, 116
1 atm = 760 Torr = 1,013 x 105 N/m2 = 1,033 bar = 1,033 x 104 kgf/m2 Adsoro
num reator tanque, 251
da molcula reagente, 157
Batelada, 54
fora da,157
adiabtico, 282
Calor sobre stios, 157
fsica, 148, 149,150 C
1 kcal/m2 x h = 27,78 x 10- 6 caUcm2 = 1,163 x 10-4 W/cm2 = 0,368 BTUft 2 x h
isoterrnas de, 15
1 kcal/m x h x (C) = 2,77 x 10- 3 cal/cm x s (C) tipos de, 151 Clculo
1 kcal/Kg x (C) = 4,18 caUg x (C) modelos de, 151 das variveis de medida, 6
converso,7
de Langmuir, 151
grau de avano, 6
qumica, 149,150
Calor
Viscosidade Adsoro-Desoro
em reatores no isotrmicos, 279
Cinemtica: 1 Stokes = 1 cm2/s = 10- 4 m2 /s fenmenos de, 146
em funo da temperatura, 279
Amido
Dinmica: 1 Poise = 1 g/cm x s hidrolisado, 552
Carvo
gaseificao de, 4
10 Poise = 1 kg/m x s hidrogenao de, 552 Catalisador(es)
1 Poise = 360 kg/m x h Amnia BF3 como, 542
sntese da, 4, 140 polmero obtido com, 542
com reator cataltico, 140 desativao dos, 398
representao esquemtica da, 140 fenmenos externos ao, 141
- Anidro i-S, 145
actico, 3 superfcie do, 145
hidrlise do, 3 gradientes de concentrao, 145
Arrhenius micrografia do, 388
diagrama de, 146 o perda para os, 388
grfico de, 51 de massa, 388
Atividade por ATG, 388
reaes a estrutura, 33 regenerao de, 398
insensveis, 33 Clula(s)
sensveis, 33 crescimento das, 136
para lquidos, 483 grfico a partir da, 139 G de fluido no reativo, 234
radial, 483 E3.10,2, 165 no reator tanque, 234
para gases. 483 representao da, 165 Gs(es) no semibatelada, 298
para lquidos, 483 Equilbrio disperso para, 483 num sistema aberto, 242
Distribuio converso de, 273 axial, 483 perda de, 388
cumulativa. 513 para reaes, 273 radial, 483 para os catalisadores, 388
funo de, 513 enclotrmicas, 273 Gaseificao por ATG, 388
de concentrao, 518 exotrmicas, 273 de carvo, 4 transferncia de, 142, 381, 475
versus r, 5/8 em funo da temperatura, 24. 27 Grfico com difuso, 381
de tempo de residncia. 236. 237. 238 constante de, 27 . a partir da equao, 139 efeitos de, 142, 381
casos ideais. 515 converso de, 24 E3.9.3, 139 externos, 381
curva da funo de, 236. 238 qumico, 19-27 de Arrhenius, 51 internos, 381
variana, 520 Escoamento Grandeza(s)
influncia da, 475
caractersticas de, 508 genricas, 13
DSC (Calorimetria Exploratria Diferencial), 399 Medida
formas de, 232
H variveis de, 4, 6
E reatores, 232
clculo das, 6
Espectrofotometria, 6 Hidrogenao
Efeito(s) converso, 7
Espectroscopia, 6 de acares, 552
de mistura, 521 grau de avano, 6
Estado de amido, 552
reaes, 522 condutividade eltrica, 6
de transio, 105 hidrolisado, 552
irreversveis, 522 teoria do, 105 cromatografia, 5
do crotonoaldedo, 4
difusos, 52 Eslirol gasosa, 5
Hidrlise
trmicos, 283 polimerizao do, 539 lquida, 5
do anidro actico, 3
anlise dos, 283 com radicais livres, 539 dilatometria, 6
Efetividade Etapa(s) espectrofotometria, 6
fator de, 372, 374, 376. 390 intermedirias, 52 espectroscopia, 6
Inibidor(es)
em funo do mdulo de Thiele. 374 Exerccio(s) presso total, 6
externos, 132
para reaes no isotrmicas, 376 propostos, 218, 406, 457 efeito de, 132 titulometria, 5
modificado, 390 cintica, 218 Isobuteno Membrana(s)
Eley-Rideal resolvidos, 193, 406 polimerizao do, 541 reator com, 311
modelo de, 160 cintica, 193 Isomerizao esquema de, 312
cintico, 160 reatores, 406 de xilenos, 555 Metanao
Energia(s) reatores, 406, 457 testes de, 555 de Fischer-Tropsch, 4
de ativao, 546 [soterntas Metano
F
determinao da, 546 de adsoro, 150 reforma do, 547
tipos de, 151 com CO 2, 547
de barreira, 173 Fenmeno(s)
envolvidas nas reaes, 125 de adsoro . desoro, 146 Mtodo
K
enzimticas, /25 difusivos, 143 diferencial, 81, 85, 128
global, 275 internos, 143 Knudsen taxas iniciais, 85
balano de, 275 externos, 141 difuso de, 144 integral, 129, 130
potencial, 47, 148, 149 ao catalisador, 141 MFM(Medidores de Fluxo de Massa), 233
L
com o decorrer da reao, 47 Fermentao Modelo(s)
curvas de, 149 biolgica, 136 Langmuir cintico, [03, 160
para fisissoro, /49 cintica de, 136 modelo adsoro de, 151 clssico, 103
para quimissoro. 149 Fischer-Tropsch Leito de Eley-Rideal, 160
variao da, /48 metanao de, 4 fixo, 485 competitivo, 133
Entalpia sntese de, 4 reator de, 485 de reao, 166
de reao, 489 Fisissoro, 148 fluidizado, 494, 496 no catalisada, 166
influncia da. 489 modelo de, 496 heterogneos, 31
curvas de energia para, 149
sobre converso de equilbrio, 489 potencial, 149 reator de, 494 homogneos, 31
Equao(es) Fluido Liquido(s) no competitivo, 133
35.4, 60 disperso para, 483 Mdulo
no reativo, 234
representao da, 60 axial, 483 de Thiele, 372, 374
no reator tanque, 234
anlise das, 529 radial, 483 fator de efetividade, 374
balano de massa de, 234
em reatores no ideais, 529 L W H W (Langmuir-Hinhelwood-ougen-Watson) em funo de, 374
Frao(es)
cinticas, 38, 40 modelo de, 157
molares, 95
O
a volume constante, 38, 40 relao entre as, 95
M
irreversveis, 38 Funo ^cru(ns)
reversveis, 40 integral, 59 Massa parciais, 83
E3.9.3, 139 representao da, 59 balano de, 138, 234, 242, 298 determinao das, 83
k k&, t t.: s&, sbta
ab+i K;;-- . >O,i
efeitos nos parmetros experimentais, 377 efeitos nos parmetros experimentais, 377 PFR, 348 distribuio de, 274
fator de efetividade, 372 fator de efetividade, 372 razo de, 332 influncia da, 46, 48, 50
poros, 368 poros, 368 para CSTR. 332 na constante cintica, 48
transferncia de massa com, 381 regenerao, 398, 401 para PFR, 332 na taxa, 50
distribuio no, 308 de catalisadores, 398 Sintese na velocidade de reao, 46
de concentrao, 308 estudo cintico da, 401 da amnia, 4, 140 perfil de, 294
especficos, 296 tanqe,25/ com reator catalitico, 140 Tempo
com membranas, 311 balano nuns, 251 representao esquemtica da, 140 concentrao versus, 240. 517
de leito fixo, 306 tempo de residncia, 233 de Fischer-Tropsch, 4 converso em funo do, 302
pseudo-homogneo, 306 definies de, 233 Sistema(s) de meia-vida, 68
de reciclo, 302 distribuio dc, 237. 238 abertos, 53, 54. 242 de residncia, 233, 263, 509, 515, 520
semibatelada,297 curva de. 238 balano de massa num, 242 definies de, 233
esquema de, 297 funo de distribuio de. 236 com reao qumica, 53, 54 distribuio de, 237, 238, 509, 515, 520
exerccios, 406 curva da, 236 balano molar em, 53, 54 casos ideais, 515
propostos, 406, 457 noes de. 233 batelada, 5 curva de, 238
resolvidos, 406 tipos dc, 233 curvas cinticas para, 5 variana, 520
formas de escoamento, 232 tubulares, 231 condensado, 147 funo de distribuio de, 236
heterofsico. 307 formas de, 231 partculas do, /47 curva da, 236
esquema de, 307 Reciclo interao entre as, 147 mdio, 253. 263
heterogneos, 481-503 reator de, 302 contnuos, 5, 10, 96 no CSTR, 253
de leito, 485, 494 esquema de. 302 curvas cinticas para, 5 no PFR, 263
fixo, 485 Regenerao fechados, 53 noes de, 233
fluidizado, 494 de catalisadores, 398 com reao qumica, 53 mdio, 245
ideais, 241 estudo cintico da, 401 balano molar cm, 53 num reator batelada, 245
batelada, 243 testes de, 397 multi fsicos, 467-480 Teoria
no isotrmicos, 273 Rendimento(s), 325, 331 reaes em, 467-480 das colises, 185
adiabtico, 281 de reatores, 348 Soluo)es) noes elementares da, 185
anlise dos efeitos trmicos, 283 em srie, 348 diferencial, 86 Termo
batelada, 281, 282 CSTR, 348 taxas iniciais. 86 de acumulao, 243
adiabtico, 282 PFR, 348 lquidas. 172 de reao, 243
PFR, 259 em funo da converso. 350 Teste(s)
esquema de reatores, 32. T catalticos, 552, 553, 557
tanque continuo, 251
tubular continuo, 259 global, 327 Taxa(s) unidade de bancada, 557
introduo, 229 para reaes em srie, 337 dados experimentais de, 134 de atividade, 558
multifsicos, 467 do CSTR, 337 em funo da concentrao, 134 a380,558
esquemas de, 467 do PFR. 33 decoliso, 188 para trs catalisadores, 558
no ideais, 505-538 razo de, 332 de desativao, 392 de desativao, 397
caractersticas de escoamento, 508 para CSTR, 332 de reaes, 29. 188, 475 de isomerizao, 555
efeito de mistura, 521 para PFR, 332 definies, 29 de xilenos, 555
reaes irreversveis, 522 Residncia influncia das, 475 de regenerao, 397
equaes em, 529 tempo de, 233, 509, 515, 520 do substrato, 128 unidade de, 544
anlise das, 529 definies de. 233 versus concentrao, 128 fluxograma da, 544
introduo, 505 distribuio de, 237, 238, 509. 515. 520 influncia na, 50 Thiele
tempo de residncia, 509 casos ideais, 515 da temperatura, 50 mdulo de, 372, 3 74
distribuio de, 509 curva de, 238 iniciais, 85, 86 fator de efetividade, 374
tipos de, 506 variana, 520 mtodo diferencial, 85 em funo de, 374
Parr, 552, 553 funo de distribuio de. 236 soluo diferencial, 86 Titulometria, 5
esquema de, 552 curva da, 236 inverso da, 316 TPO(Oxidao com Programao de Temperatura), 401
prticas de laboratrio, 539-560 mdio, 253 em funo da converso, 3/6 Traador(es)
desempenho de reatores, 552 no CSTR, 253 num reator batelada, 245 balano molar do, 510
batelada, 552 noes de, 233 versus presso, 210 de patamares, 234
integral contnuo, 555 Resistncia(s) Temperatura em pulso, 238
tubular, 555 mssicas, 471 converso em funo da, 24, 25. 27, 488 resposta do, 510, 511, 514
reaes, 539, 543 de CHa, 25 na sada do reator, 510
S no equilbrio termodinmico, 25 para entrada em degrau, 511
em fase heterognea, 543
em fase homognea, 539 Seletividade, 325 de equilbrio, 24, 27 Transferncia
...^YLs, 368, 467-480 de reatores, 348 influncia do parmetro sobre a, 488 de massa, 142, 381, 475
em sistemas multifsicos, 467-480 em srie, 348 em reatores no isotrmicos, 274, 279 com difuso, 381
intraparticulares, 368 CSTR, 348 calor em funo da, 279 efeitos de. 142, 381
u .t
Premiaes:
Prmio Humboldt Award 2003;
Prmio Cincia e Tecnologia d Mxico 200
Prmio Scopus/Elsevier/Capes, 2009;
Prmio Pesquisador Snior da FisoCat
Federao de Sociedades Iberoamericanas
Catlise, 2010.