Livro - A Verdade Sufocada - Cel. Carlos Alberto Ustra PDF
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Livro - A Verdade Sufocada - Cel. Carlos Alberto Ustra PDF
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RESERVADOl i(
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29 VOLUME - 3~ PARTE
\
A TERCEIRA rfENTATIVA DE TOHADA DO PODER
1970 - 1973
4~ PARTE
A QUARTA! TENTATIVA DE'TOMADA DO PODER
1974 -
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, 11 E S E. R V f\ O O \
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SUMARIO
AS TENTATIVAS DE TOMADA DO PODER
.'
19 'VOLUME
, .
.- la PARTE
~ PRIMEIRA TENTATIVA DE TOMADA DO PODER . '
.- CAPITULO I "
..
A .:FONTE DA VIOL~NCIA
...J.. Os obj etivos da Revoluo Comunista ............... 2
2 .Os caminhos da revoluo :i
3. O Trabalho de Massa ............................... 4
CAPITULO II
- .........................
. 1
7
~. A Internacional comunis~a
, 8
.2. A formao do PC-SBIC
9
t 3. As atividades do PC-SBle ~
.. ~. 11
-4. A ase do obscurantismo e da indefinio
!
,I
:. - 'CAP1TULO III ..0:' " ~
i: A INTENTONA
__ ,_,"4"
COMUNISTA
a o., _._u_ .. _.~_. _._ . , - ......... ., .
I J.. A mudana da linha da Te .. 14
, ,
.
I,
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"r~'.: ~~. ------I~.E S ER.V A-;;;;
AS TENTATIVAS DE TO~mnA DO PODER-- SUMRIO - Continua9o II
CAP1TULO IV
l o PCB E O CAMINHO DA LUTA ARMADA
i
1
,
)
1. A reorganizao do PCB 25
i
1 2. A legalizao do PCB 26
I
I 3. A volta clandestinidade . 27
li 4. O "Manifesto de Janei~,o
. "
li 28
!j .
II 5. O "Manifesto de Agostd" .. " 29
':I; 6. O IV Congresso . 0
30
. I
I,
CAPITULO V
\:
I
\,
1
'OS CRIMES DO PCB
I
J
J. A violnciacomunista . 33
\ 2. Bernardino Pinto de Almeida e Afonso Jos dos San
tos ... ~..... '.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 34
3. "Elza Fernandes" 35
I, ~. Ma~ia Silveira e Domingos Antunes Azevedo 38
2a PARTE
A SEGUNDA TENTATIVA DE TOMADA DO PODER
CAPITULO I
AS DlVERG~NCIAS NO MOVIMENTO COMUNISTA
'I. A IV Internacional 42
2. O PORT quebra o exclusivismo do PCB 43
3. O XX Congresso do PCUS f' . 45
4. O V Congresso do PCB ~ ~ 46"
5. PC do B: a primeira grande ciso no PCB 48
6. POLOP: uma criao da esquerda independente 50
7. AP: uma criao da esquerda catlica 52
CAPTULO II
A At'1hO
Y"'"~ COMUNISTA" '. -.... -- ...--. -.---- -- ..- .. -L'.
i \
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!RESERVAOO
AS TENTATIVAS DE'TO~A DO PODER - SUMRIO - continuao II1
CAP1TULO 111
O ASSALTO AO PODER
~. A rebelio dos sargentos de Braslia ' 74
2. O Estado de stio ~ ~ 77
3~ A frente 6nica ~ ~ 79
4. Os Grupos dos Onze ~ 80
5. O plano revolucionrio . 84
6. O comicio das reformas '................. 85
7. A rebelio dos marinheiros no Rio de Janeiro ~.86
.8. A. reunio no Automvel Clube . 89
CAPTULO IV
A'REVOLUO DEMOCRTICA DE 1964
~. Ascenso e queda de Goulart ~ 99
2. A'iniciativa da reao .
.100
3. A' reao. no Campo Poltico ~__
'.102
4. O apoio da imprensa ..
.
.
103
5. Amplia-se a reao ~ ~104
6. As mulheres envolvem-se decididamente ~106
,. I
-3a PARTE
.A TERCEIRA TENTATIVA DE TOl1ADA DO PODER
- CAPTULO I
,1964
2. O Ato Institucional n9 1
~
, 118
.
1965
1966
. .
~ .A continuidade da poltica Econmica 160
2. O~umprimento do calendrio eleitoral 161
3. Nova Constituio -; -~.
, 162
4. O Movimento Estudantil inicia o enfrentamento 164
5. Cuba e a Tricontinental, a OLAS e a OCLAE 165
6. O Movimento de Resistncia Militar Ncionalista
1 (MRMN) e a Resistncia Armada Nacionalista (RAN) 168
~
~-----------I
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R F. S E R V AOO ~~---------_...J
. .
. IRESERVADO
.AS TENTATIVAS DE :'TOMADADO PODER - SUM1\RIO - Continuao ~ V
CAPiTULO IV
1967
5. A reorganizao
.
4. O aparente refluxo do Movimento Estudantil
do Movimento Operrio e S'indical 189 .
.~.187
CAPTULO V
1968
RESERVA09
~ \
I.
I
" 0-,
fRE SE n V~~'
CAPTULO VI
1969
"
IRESERVADO
AS ~ENTATIVAS DE'TOMADA DQ PODER - SUMRIO continuao VII
330
12. Os dominicanos na subverso ................
332
13. 'ALN: a guerra psicolgica .
335
14. ALN em'Ribeiro Preto/SI' e no Cear ~
15. ALN no Planalto central . 337
339
16. ALN: as a5es na Guanabara ~
17. ALN: as "quedas" em so Paulo . 343
348
\X18. Os dominicanos levam Marighela morte ~.
351
19 ALN: remanescentes reestruturam-se em so Paulo
.rx. 20.
FALN: a aproximao com a Igreja e o seu desmantel~
men to ...... ,- . . .. ............. ..... .. , 352
21. Marx, Mao, Marighela e Guevara - M3-G 354
22. O pc do B e a Guerra popularl 357
23. A consolidao da Ala Vermelha , 359
24. O surgimento do Movimento Revolucionrio Tiradentes'
(MRT I 362
125 O pCR atua no campo ~ 365
I 26. O fim do primeiro MR-8 .. J-L.A -&-a~-"'-~9-S- -'
I 27.'A DI/GB inicia as aes ~rmadas e assume a siglaMR~
. n .
28. O sequestro do Embaixador .
Charles Burke Elbrick 370.
29. Os prenncios da ciso dQ pOC
/----
379
l 30. O COLINA funde-se com a VPR . ~~~
31. VPR: as "quedas" do primeiro trimestre e a fuso com
o COLINA . _ ~ . ,. '. ! 385
AI"
~32. A VAR-Pa mares e a ,gran,e d aao -".
. ~, 388
~33. VAR-p: O "congresso do Racha" ~ 392
~4. A VAR-P encerra o seu I Congresso Nacional 396
35. O ressurgimento da VPR .~ 398
36. Resistncia Bemocrtica (REDE) , 400
37. A "Corrente Dois'" da AP funda o partido Revolucio-
nrio dos Trabalhadores 403
38. A FBT estrutura-se em nvel
,. nacional ~. 406
39. MPL: ~uta Armada x Conscientizao das Massas 406
40. Do MNR surge o Grupo independncia ou Morte :. 410
41. Um mil novecentos e sessenta e nove .......,. 411 r,
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RESERVADO
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P""" I RESERVAOO 1,1-------------- I
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lo!; TENTA'l'IV1\S
DE TOMADA DO'PODER - 5UHRIO - Continuao... VIII
-CAPITULO VII
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E~
---~--------~----- SE fi V A ~~ XV,I
o
recuo ao passado colocou-nos diante de urnaoutra'viso:
a do processo mais amplo da subverso que.se materializa em no~
so Pas, na seqncia dessas tentativas de tornada do poder pe-
los comunistas, nas suas diferentes formas. Se a extrapolao
do limite anterior do perodo inicilmente fixado mostrou-se im
portante, muito mais o seria no seu outro extremo, buscando urna
viso alm de 1974 -- urnaviso dO,hoje. Ai tivemos a percepao
ntida daquilo que consubstan~ia a quarta tentativa da tornada
do poder.,
'-a:-:;"''J:Zr~F~
~)~ S f R V A O~
R. XVII
.
[
RESERVADO
R E S E .H V A O O XIX
INTRODUl\O
1.Primeiro ato
alto teor.
~~t_y'a_perpetrado.'o,. primeiro. atentado terr~~j..~_t.:::._~~._
capi-
tal pernambucana
...;.
_. o. . _ .-""'-'
o guarda-civil
,
Sebastio
.
Tomaz de Aquino, o "Paraba", o~
trora popular jogador de futebol do Santa Cruz, percebeu que uma
maleta escura estava abandonada junto livraria "SODILERIl, lo-
calizada no 'saguo do aeroporto. Julgando que algum a havia es
quecido, pegou-a para entreg-la no balco d~ Departamento de
Aviao Civil (DAC). Ocorreu uma forte ex~loso. O som ampliado
pelo. recinto, a 'fumaa, os estragos produzidos e os gemidos dos
..
feridos provocaram o pnico e a correria do pblico. Passados
os momentos de pavor, o ato terrorista mostrou um trgico saldo
de 15 vitimas. ;
I R E S. E H V A..O. O .
XXI
InESEnVJ\D~
i
Naquela epoca, em Recife, apenas uma organizao subversi , i
va, o'P~rtido Comunista Revolucionrio (PCR), defendia a luta
armada como forma de tomada do poder. Entretanto " os inquritos
abertos nunca conseguiram prov~s para apontar os autores dos
atentados. Dois militantes comunistas, ento indiciados, vivem,
hqje, no Brasil. Um professor do Departamento de Engenharia
Eltrica de uma Universidade Federal. O outro, ex-canq'idatoa D~
putado Estadual, trabal~ava, em 1985, como engenheiro da pre!ei
tura de so Paulo.
2. Segundo ato
,
No dia 16 de abril de 1970, foi preso, no ~io de Janeiro,
Celso Lungaretti, militante do Setor de Inteligncia da VanguaE'
da popular Revolucionria (VRR) , uma das organizaes comunis-
.
tas que seguiam a linha militaris~a cubana.
-'( R E S E R V~-----------_--I
lO
.-
...
!----,----------- I~-;' S E R V fi O~ ~ ....
I
~--------~---JRESERVAOO
--
XXIII
RESEHVADO
I
I R E S E R V A O .0
. -:-...,. .. ,- -.
..
... XXIV
foras de segurana;
_ Yoshitane Fugimore morreu em 5 de dezembro ~e 1970, em
so Paulo, durante tiroteio com as foras ~e segurana;
_ Digenes Sobrosa de Souza e Ariston Oliveira Lucena fo-
ram anistiados em 1979 e-vivem livremente no Brasil; e
_ Gilberto Faria Lima fugiu para o'e~terior e desconhece-
se o ,seu paradeiro /
atual.
3 .Terceiro ato
A manh de 23 de maro de 1971 encontrou o jovem advogado
de 26 anos, srgio Moura Barbosa, escrevendo uma .carta; em seU
c
RESERVADO
------'-
RESERVADO, xxv
coe.~.
No vacilo e nao tenho dida4 quanto -
a4 m~nha~ conv.lc_
I
nado, a um "Tribunal ReVOlucionrio".
r RESEnVAOQ
1-'
hESE'R~AD 0_1
na ~alada" seus olhos abertos pareciam traduzir a surpresa de
ter reconhecido seus assassinos. Da ao faziam parte seus com-
panheiros da direo nacional da organizao subversiva Yuri X~
vier Pereira e Carlos Eugnio Sarmento Coelho da Paz (ltClnentelt),
este ltimo o autor dos disparos fatais. (4)
na Il.evo!uco bll.a~i.lei.Il.a..
1empell.a.- nOJ ~ ~a.bell. c.ompll.eendell. o momen.to que pa..6.6a. a.
guell.ll.a Il.evoluc.i.onll.i.a e no~~a. ll.e.6pon.6a.bi.li.da.de di.a.n.te dela. enoJ
~a palavll.a de oll.dem ll.evoluc.i.on.ll.i.a~
A.o M~wn.t ll.e".6pon.6abi.li.dad,!- na." oll.ga.ni.zaco c.ada. quadlto 'de
ve anal~all. ~ua. c.a.pac.i.dade e ~eu pltepalto.
~epoi..6 di.~.to no ~e peltmi..tem ltec.ao.6
... . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. ~ .
! I
RESERVADO
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~ S E fi V A O O)
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AEROPORTO DE GUARARAPES
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1
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1
O TENENTE-CORONEL SYLVIO FERREIRA.
1 SOLIDAREDADE CCM os FERIOOS DA SILVA AGUARDANIX> SOCORRO
IRESEnVA~
---
I RE S E nv A O O] 111,
1 ,."
O CRIME DE SETE B~RRAS
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N)S RESTOS HOIUJ\IS,
~ E R VA 00
-J
~ H1\RC1\ D~ VIOLENCIl\
-------------1
r R E S E
"JUS'fIAt-1.ENTO"
n V A ~~
DE Hi\RCIO LEITE TOLEDO
XXXII
,
i
MRCIO SURPREENDIDO PELA VIOL~NCIA DE SEUS COHPANIIEIROS
,.
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R'E S E R V A O O 1
. !
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--
1~ P A R T .E
~
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A PRIMEIR A TENTATIVA DE TOMADA DO PODER
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"
Fs E .~ V -A O O
CAPITULO I
A FONTE DA VIOLENCIA
2. Os Caminhos da Revoluo
3. O Trabalho de Massa
I. [RESERVADO
1.. .. '.
I
I-R-.-E,-S-E--R-V-'-A-O--'i o 1 5
-
tar -- o ~ue e norm~l --, ou, se desmor~lizada e sem determin~_
o, pode, simplesmente, "ca~ pela man.obra", pacificamente.
~._-~._._- - ~
."
.'
[R ,f S f R V A~ O
7
CApITULO II
A IIr Internacional,
tambm conhecida como Comintern Ou I!!
~ernacional Comunista (IC), foi criada em 1919, por Lenin. Apro
- -
veitando-se da base fsica 'cOnseguida cm a revoluo russa, em'
1917, a IC pde colocar em prtica SUa doutrina de expanso mUn
. comunismo,
dial do \
aIicerada na ..
c~perincia dos sovietcs: ~No
seu Ir Congresso Mundial, ~ealizado em 1920, a IC aprovou ~eu
(1) A.II Internacional perdurou ati a 1~ Guerra !~ndial. quando o nlcio -
lismo mostrou_se, na prtica, mais forte e decisivo do qucoo intemaeio
n~lismo.. na_
.~ r
LRESERVAO"O
,I
~
],
!"-"-----.-------F S E H V ~ O ~ 8
. .
~ .
"16~ - Tod04 o~ .paAtido~ comunL~ta~ ~io' ob~igado~ a obed!.
ceA i~ Ae~olu5e4 e deci~5eJ da rnt~~na~ional Comuni~ta, con~i-
deAada como um paAtido mundial ~nico".
2. A formao do PC-SBlC
-------------[R ESERv~
IH!: ~ C H V A O ~~ _
. '
rI' li
mtodo para agitao e mobilizao' das massasll (3).
(5' Carone, E.: "O PCB - 1922 a 1943"t Difel S.A.,RJ, 1982,' p~gina 9.
I
'. I
-----------. R E S E n V AO/O
),2
DllStRVAGO
I
Nesse incio da dcada de 30, o prestgio de Luiz Carlos
Prestes, ento exilado no Prata, ainda era muito grande. As re-
percusses nacionais da sua Coluna faziam-no um dos mais respe!
tados lderes entre os tenentes. No entanto, era, ainda, um re-
volucionrio em busca de uma ideologia.
Aproveitando ..
o idealismo revolucionrio, e at certo pon-
to ingnuo, do movimento tenentista, cc;mseguiu a simpatia de mu!
tos militares. A atuao de mili~ares no Partido, cQmo Mauricio
Grabois, Jefferson Cardin, Giocondo Dias, Gregrio Bezerr~ ~gl!
fRESEI1VADO
berto Vieira, Dinarco Reis, Agildo Darata e o prprio Prestes,
.
sao exemplos desse trabalho de infiltrao e recrutamento.
.--- - --".- -
, .
"
...-.-~------- -.ER V A O O 14
CAPITULO 111
A INTENTONA COMUNISTA
1. A mudana da linha da IC
I'
v~io com sua mulher, Erika, qu~ poderia servir como motorista e
\
\
d~tilgrafa.
,-
(J)
Para maiores detalhes do plano revolucionrio de Bcrgcr, ver Arago, J.
C.: "A Intentona Comunista",
. Biblicx,
~ R.J., pg.inns 36 c 37.
-'
i
I.
I
{HESEH'lf.O 0\ 1(,
(2) Hoiais, F.: "Olga", Ed. Alfa-Omega, ~no Paulo, .1985, pgina 67~
17
\RESEHVAOO 9
Parti~o de que era o "Gnico neste pais que est baseado nessa
ideologia, a qual j levou. vitria o proletariado e as massas
populares da sexta parte do mundo, a Unio Sovitica" (3).
Em documento dado a pGblico logo depois da Conferncia, o
PCD, vislumbrando as eleies de outubro, criticou a via parla';'
mentar, sob ~ualquer forma ou rtulo com que se apre?entsse, ~,
firmando que "de modo alg4m re~olve a situao das mas~~s;' ,si-
tuao que s poder ser resolvida pela derruba~a vol~nta
, . dos-
se governo e sua substituio p~lo gove~no dos soviets (c~nse-
lho) de operrios, camponeses, soldados e marinhei~os" (4)
A. nova lina poli tica do "povo PCB", .em agosto qe 1934, .
pasou a ser a da insurreio aram~da para a derrubada do goveE
no e a tornada do poder. Os ~atos 090rridos no ano peguinte mos-
tr~riam se estava preparado para isso e se iria alcanar seu ob
je'tivo
---..--- .. --\_. -- --.- -- ....-- ...
(5) Reis, D.: "A Luta de Classes no Brasil e o PCB", Ed. Novos Rumos, S.P.,
I
1981, pgina 39. I,
I
n E S E R V A D/.O
,I ~- E S E 11 V A O O 20
6. A Intentona
-Muito 'j foi escrito sobre a Intentona
,.
Comunista de 1935.
Como sntese, basta-nos relembrar que os atos de terror tiveram
(6) Lcvinc, R.M.: "O Regime de Vargas", Ed. Nova Frontci,ra, R. J., 1980,
prina 10t.
r 11 E S E R V _~~ __ ..L-.- ";""-'"
[n 1': S E n V 1\ ~~I- 2_01,
,I I
R E S E Fl V 1\ 0--:0 --------- ---1
nicista da Revoluo de 1917? Estreita intcrpre ta50 do ma te l' i ,\
lismo histrico? Crena de que bastava um partido resoluto p"lr~1
impulsionar o processo revolucionrio? Erro de avaliao d.:\rl'd
lidade nacional? Superestimao do papel dos militares comuni~-
tas? Cumprimento incondicional s ordens da IC?
\
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'--------------1 fi E S E R V! O O
JRE S E R V A D~ ~_~
.'
1
A SUBORDINAO OSTENSIVA AO COMUNISMO SOVIf:TICO
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o A::Mo,
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, ARrHUR
Ml\RCl\S
D1 NATJ\L/RN.
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l~E SER V A D~-------------~;";';'
CAPTULO IV
1. A reorganizao do PCB
Qualquer que seja a resposta encontrada para explicar a
Intentona Comunista de 1935, constata-se que ela poderia repe-
tir-se a qualquer momentO. Apesar do contundentefracasso da In
s
tentona, o Partido nunca fez a aul::0critica dos principio que a
nortearam. A preocupao era"analisar as causas dessa derrota,
procurando encontr-las apenas na forma como foi preparada e de
sencadeada. Continuava dominando nos dirigentes do PCB a conceE
o da tornada do poder pela luta armada e um discernimento so-
bre.a conjuntura nacional pouco confivel. Para eles, apesar do
sangue derramado, aquelas acoes insanas representaram "estimu-
lantes precursores" da revolu~o nacional por vir. l
( 1) se
Aproveitando-se desse novo clima, o PCB rearticula- e,
em agosto de 1943, realiza sua 11 Conferncia Nacional, em Ita-
tiaia, no Rio de Janeiro, que ficou conhecida, como "conferncia
da Mantiqueira". Nesse conclave, o Partido trat~ de "dar todo
o apoio luta da Unio sovitica e politica de Vargas" (2)
A partir de ento, passOU a desenvolver intensas ativida-
. .
2. A legalizao do PCB
Ao aproximar-se o trmino da guerra, com a vitria da
aliana entre as democracias ocidentais e os comunistas, o pre-
r.idente Vargas decretou a anistia e abriu possibilidades de le
galizao a todos os partidos polticos. Enquanto as diversas
corren'tes polticas comeavam a reagrupar-se no sentido da for-
ma~'dos respectivos partidos, o PCB era o nico nacionalmente
,organizado. Valendo-se o prestgio que lhe dava a identifica-
ao com o povo russo, que havia suportado a agresso nazista na
Europa - e que por isso contava com a simpatia dos povos do mun,
do ocidental -,o PCB passou imediatamente ao de massas.
Em abril de 1945, o Brasil restabeleceu I
relaes diplomticas
i
com a URSS.
o Partido criou o Movimento de Unificaao dos'Trabalhado-
res (MUT), organizao sindical paralela, a fim de orientaro tra-
balho sobrea classe operria., No campo, a fim de explorar as di~
putqs entre posseiros e grileiros, organizou
...- as Ligas 'Campone-
----- -.-- ----.
(3) Sobre as Ligas Camponesas, ver item'4., Capo 11, da 2~ Parte, dest-c li-
vro. I
3. A volta clandestinidade j ~ !
,
mais 'constantes.
Em maro de 1946, em pleno CongresSO Nacional, Prestes de
clarava, para espanto dos~o-comunistas, que lutaria ao lado
da Rssia em caso de guerra contra o Brasil (5).
-
Nesse ano, em agosto, o Partido organizou um ConQresso N~
cional Sindical que, num desafio ao Governo, criou a C9nfedera-
~o Geral dos Trabalhadores Brasileiros (CGTB). A CGTB represe~
ta~a 'um passo 'frente em relao ao MUT, que, criado ~m abril
de 1945., foi fechado no mesmo ano, por incorporar ~~deraes
sindicaiS, procedimento no permitido por lei.
Paralelamente a esses desencontros com o Governo, a situa
ao interna modificava-se em decorrncia da evoluo qa pitua-
o internacional que corria e~ franca mudana de rumQ. A Rs-
sia, pela fora do Exrcito Vermelho, imps seu regime, tota'1it
rio a mais de uma dezena de pases do Leste Europeu, ocupados
durante a guerra (6). Com isso, a aliana entre a URSS e asdem~
cracias ocidenta~s chegava ao fim e iniciava-se a "guerra fria".
I
t
m~nia) nulgria e IUgO[' :',.~~ '. ~'
- _R E S E fi V AO,,!:
J
I.
I n, E S E-~n~ O~ -!-"
I ~Cgist~o do PCB (7 de maio de 1947) e declara a CGTB igualmente
ilcgal(7).
Muitos militantes, inclusive Prestes, passaram i clande~_
tinidade. Entretanto, a estrutura do PCB no foi tocada: '''0 fa-
to que a imprensa do Partido, jornais nacionais eestaduas,
continuaram circulando regularmente .
4. O "Manifesto de Janeiro"
( 7) Para maiores detalhes sobre a cassao, ver Barb~do, A.: "O fechamento
do Partido Comunista", R.J., 1947. .
( 8) Reis, D.: liA Luta de Classes no Bra'Sil e o PCB", Ed . Novos
Rumos, S.P., pgina 82.
( 9) Vinhas, H.: "O rartido", Ed. lIucitec, S.P., 1982, pg . 94 e 95.
(lO) Rc is, . D.: "A Luta de Classes no Brasil c o rCB", Ed. Novos Rumos,S.P.,
1981, pg. 83
(,1) .Vin~\as, H.: "O partidO"I~h ~
, . p.lg 95
..
, '
.'
IR ,E S ( Il V A O O
29
1
o processo revolucionfirio chin6s, de 1949, impressionou
tanto os dirigentes do PCD, que, mecanicamente, pensar~m em re- r
produzi-lo no Brasil. De acordo com Dinarco ce./{.-Reis: "TItltta.-~c.,
~ame.nte., da cIL5nica te.nd~ncia impe.ILante. no tILabaiho de. diILe.c~o
man.i.6e.6.tada; .6obtr.e.tudo, no hbito de:.cop.i.a.It,de. malte.ilta altbitlt.
ILia e gItO.6.6e.ilta.men.te e..6qlle.m.tica.,mode.lo.6 e. expe..Jtincia.. poiZ.ti
ca.6 pO.6ta.6 em ptr.tica pOIL paILtido. COllluniJ.lta.6 de!. outILa.6 na-
e e..6 " ( 1 2)
o sectarismo e a tendncia a aao violenta continuavam a
ser a tnica do perodo.
5. O "Manifesto de Agosto"
i
I I
R E S E n V I~'[)/.0 t--------------J
---,--~~
.I~E S ~.H V A ~~-
que ~; pode~La exL~tL~ na cabeca do~ que elnbo~a~am tnl d o C tllll etl
.to" (1 3)
6. O IV Congresso
Ainda sob o impacto do suicidio de Vargas, ocor~ido dois
meses e meio antes, e a morte de Stalin, no ano anterior, o PCB
realizou o seu IV Congresso Nacional, de 7 a 11 de novembro de
1954, em so Paulo.
Organizadas de acordo- com a rigidez stalinista, as reunies
,
('3)Reis, D.: "A Luta de Classes no Brasil e o PCB", Ed. N;vos Rumos; S.P.,
1981, pg. 87. O "Hanif.esto de Agosto", na ntegra, est publicado ncs-
c livro de Dinarco Reis, a~partir da pg. 140.'
(14)Vinh;ls, H.: "O partido", Ed. H~citcc, 1982, pg. 129.
(15)0 "Jornal da Tarde", de so Paulo, de 11 de jul~lO de 1971, publicou ex-
tensa reportar,em sobre o problema. '
('6)Azevcdo, F.A.: "As Lig;ls Camponesas", Ed. Paz c Terra, 1982, pg. 57.
(17)Hcis, D.: "A Luta de Classes no lIr;lsil e o I'CB", p.1g: 89.
I~ESErlV~ / '. -
[RooE S E R V A ~ O 31
I:
I
preparatrias tiveram pouca participao das bases partidrias. Ii
Numa dessas reunies, destinadas a aparar as arestas, Digenes I'
de Ar~uda C5mara, "de~ocraticamente", alertou sobre o programa:
"dele nao tiro wna vrgula; foi visto por Stalin"(18)
t
RESERVADO
{-' / I
.I~. E S Ei'n v.~~
r
ria "necessfirio acionar a luta de classes no campo, a~rup~r
grandes massas camponesas pobres e sem terra ,em torno do l')arti-
do, educando-as no processo da pr6pria luta revolucionria" (21).
Sua pregao iria dar frutos num futuro prximo.
o Congresso, como um todo, foi a expressoviva do secta-
rismo que nort~ava as concepes comunistas, sufocando as lutas
ideolgicas internas, latentes, entre o caminho da luta armada
e o da via pacfica.
No dizer insuspeito de Moiss Vinhas:" ...o p~op~io Vioge-
neb de A~~uda Cama~a, bintetizando uma pe~cep~o coletiva, i~ia
daJL "expJt.e.6b~O teoJt.ica" inigualvel a ebba mi.6tuJt.a o~gnica de
le"[tu~a "catab,t~o6,i.bta", apocal1.ptica, da Jt.ealidade,e.6que~di.6mo,
declinante, ebt~e"[teza e megalomania p~~tidJt.ia'l (22).
O PCB, por seus dirigentes, continuava no caminho da luta
armada.
"
.---- -- ...-.--..- . -
"
(21) Arruda, D.C., membro de cc/pcn - "O ~rogro.mo. do pcn - llv.ndeira de Luta
c Vitria", llpresentado no IV Congresso do pcn. "
(22)Vinhas, M.: 110 1>artido", Ed. lIucitcc, S.P., 1982, pago 134.
.. ..
'.
r~E S E n V A ~~ _ 33' I
I
CAPITULO V
OS CRIMES DO PCB
1. A violncia comunista
'1
alguns dirigentes. )
- I
34
r R E S ~..,"r_{
_V_A_D_o_II--~-----------'
.'
[n 'E.$ E H V 1\ O O
35
3. "Elza Fernandes"
Desde menina, Elvira Cupelo Col9nio ~costumara-se a ver,
em sua casa, os numerosos amigos de seu irmo, Luiz Cupelo Col
nio. Nas reunies de comunistas, fascinava-se com os discursos e
. .
com a linguagem complexa daqueles que diziam ~er a salvaio do
Brasil. Em especial, admirava aquele que parecia ser o chefe e
que, de vez em. quando, lanava-lhe olhar,es gulosos, devorando o
seu corpo de adolescente. Era o prprio secret~rio-geraldoPCB,
Antonio Maciel Bonfim, o "Miranda'~
------E J
E n V 1\ D))
36
37
"R.i.oI 17 - 4 - 4 O -
Meu c.alto Bon-i.m
i exumdc~o
Ac.abo de add.i.4t.i.1t
I
do c.ad~velt de minha -i.ltmiEl
vilta. Rec.onhec.-i.ainda a 4ua dentadulta e ~eUd c.abelod. Soube tam
b~m da c.on6-i.4d~0 que elementod de Itedpondabil.i.dade do PCB6-i.ze-
Itam na polZC..i.d de que hav.i.am a4da~dinado minha iltma Elvilta.
O-i.ante d-i.6do, Itenego meu pad6ado Itevoluc.-i.on~ltio e enc.elt-
Ito ad minhad at-i.vidaded c.omuni6ta6.
00 teu demplte amigo
Luiz Cupelo Col5nio".
E n V_~_~--_"":'-_._.--------'
[ROE S E R V A~ O 39
- ..-- ---.-
'.
OS REFLEXOS
~E S E 'R V A ~~,___________
DA DERROTA COMUNISTA l
t1O
2~ P A RT E
\ \
i
i
I
IR E S EII V A O
..
3 42 .
CAP1TULO I
1. A IV Internacional
43
,I
"
te,
.
Desse
Capo I,
modo, modifica~se o quadro apresentado
item 1., deste livro, acrescentando-se
na 1~ Par-
a linha tro
tskista: ,.' r
I
li
TROTSKISMO
,I
'I
I
"Programa
, . de Transio". As resolues desse Congresso d~ Funda )
i
I
n f. S E n V' 1\ 0,.0'1,
~SE:nVhOO 44
! pareceram
11 paises.
21 delegados,
Entre eles,
representantes
o brasileiro Mrio
de grupos
pedrosa
trotskistas
reprcselltava
de
o con~inente sui-amcricano.
~-----------r.~
f
F. S E n V A () O
45
3. O XX Congresso do PCUS
4. O V Congresso do PCB
(2) Pcrnlva, O.: "O Retrato"/: Ed. ltatiaio Ltda, nn., 19~O. p~. 255.
~~lE S E 11 v~-,--".--- ....I
IRE S E R V A O~
.'
ataqucs a Unio
varo proibidos, cntre outras coisas, "quaisqucr
Sovitica e ao Partido Comunista da Unio Sovitica".
t
R E S E n V A 0,...,0
_-....,---.---------1 HE S E ~ fi O O
XX Congresso do PCUS.
Para o lInovo" PCB, no Pas nao havia mais "condies para
ll
transformaes socialistas imediatas e a "atual etapa histri-
ca" no exigia solues radicais. Era vivel a obteno de con-
tinuas reformas econmicas e polticas, que poderiam ser alcan~
das atravs da luta de massas e da poltica de frente nica. O
carter da revoluo brasileira era llnacional-democrtico" e de
veria ser buscada uma slida aliana entre o proletariado e o
campesinato. As tendncias dogmticas e sectrias teriam que
ser combatidas e a luta ideolgica intensificada. O caminho da
revoluo seria "pacfico",s~m que, entretanto, fosse absoluti-
I I
zado. A luta armada foi colocada em segundo plano e nao mais
. 1~_~~!~iJ o
/RI:SERVADD 49-
!.
R f. S ( n V :. O O
./
I
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.
Na dcadn de 20, Thaelheimer, dirigente do PC a~emo, co-
meou a difundir suas idias, que Iprocuravam fugir ao dilema
Stalin X Trotsky. Na dcada de 30,i o bolchevista Bukharin paE.
sou a defender as idias de Thaelheimer. Caindo em desgraa, foi
fuzilado, em 1938, por ordem de Stalin.Na Espanha, 1\ndrs Nin,
dirigepte do Partido Operrio de Unificao Marxista (POUM),
passou a implantar as concepocs de Thaelheimer. Aps a Fevolu-
ao Espanhola, foi assassinado a mando de Stalin.
Em 1960, baseado nessa' posio centrista de Thael~eimer,
Bukharin e Nin, o ncleo leninista do Rio de Janeiro, que repr~
sentava a corrente da esquerda marxista independente e publica-
va a revista "Movimento Socialista", juntando-se a d'issidentes
do Partido Socialista Brasileiro (PSB), elaborou um docum~nto
propondo a criao de um partido revolucionrio da cla~se ope-
II
(4) o r,l."UpO dc S;10 P:lUlo, qu'c seGuia ~ oricM.;\t~~ '~al\~oUt,.,jjct.ll .~' 1I~'~~8'
t3rde, ,,(3star-se-la "a orr,.J1tlllll:'':::(JIItl> ~,.r 1411.- ,.,'
xemburgo, m3is I
(pOLOr).
IRf.SEnVf.lJ.J)
57.
.l~ESE.H'IAG~ .. '
S.:u:1cr,
!.";,;!(.~:. $.irn:io Rui Hauro. de Arajo Harini e Teotnio dos 5<\n
tos, os dois primeiros mais conhecidos como, respectivamente,
(5) A Ac;50 Int<,gralistn nrnsilcirn foi um movimento rcvo lucionilrio, chc indo
por Plfnio S~l~ndot com doutrina rquivalcntc ao fascismo.
I R E S E ~~ V A O ~. t
53
R 'E S E R V A O O
ca.
A Ao Catlica dispnha de trs organismos para conduzir
suas atividades: a Juventude Estudantil Catlic (JEC), no meio
est~dantil secundarista; a Juventude Operria Catlica (JOC), no
meiq operrio; e a Juventude Universitria Catlica (JUC), entre
os ~studan~es de nvel superior. . .
Em 1959, em Belo Horizonte, na reunio do ConselhQ Nqcio-
nal da JUC, foi colo'cado em discusso o'documento "Da ~ecessi-
dade de um Ideal Histrico". No ano seguinte, no seu Congl;esso'
dos 10 anos, a JUC aprovou o documento "Diretrizes Mnitnas'para
o I~eal Histrico do Pov9 Brasileiro", no qual optou pc~o "so-
cialismo democrtico". Nessa pqca, a JUC era dominada pel~ sua
ala esquerda, denominadu. de"setor poltico", com predofllin~ncia
no~ Estados do Rio de Janeiro, Minu.s Geru.is c Bahiu..
No Rio, a PUC, orientada pelo padre Henrique Vaz, era o
'principal reduto da JUC esquerd~sta, onde despontu.va o lder Al
do Arantes. Em Uinas, a Faculdu.de de Cincias Econmicq.sd~ UFHG
reunia os principais agitadore$ da e,Pquerda catlica, c;:omqHcr-
beFt Jos de Souza, conhecido como "Detinho", Vinicius" Ca~:deira
Brpndt ~ Henrique Novais. Destaca~a-se, tamb&m, a atua50'do P~
dre Lage junto aos favelados.'~a ijahia, liderado por Jprg~ Leal
GQnalves Pereira, o bolso esquerdista da'JUC ce~tra~iz~va-se
na Escola Politcnica da Univel;sidade d~ Bahia e consegui~ cle-. I
,I
I -
\
\ R f. S E fi V A D"f.)
.- \ H E ~ E ,H V I, L ~
"-----------[ H F. S E 11 V " ~
'.
os seus aspectos bsicos, permanecendo" ainda, com' rcsC]ucios
da doutrina social da Igreja. Apesar de dizer-se mrirxista, de-
fendia no a ditadura do proletariado mas um objetivo meio in-
fantil, meio irreal, o "socialismo como humanismo". Apesar de
defender a revoluo soviitica, no a~eitava etaeas intermedi~-
rias, propugn~ndo por uma revoluo so~~alista, o que a aproxi-
mava da "linha centrista". Apesar de fazer:op50
cia, afirmando que li a histria
" .
'no r~gstra
pela violn-
quebra de estru
tura sem violncia", no explicitou a forma de luta pela qual
propugnava, limitando'-se a clamar' por uma "preparao revolucio
nria" conduzida num processo de conscientizao e de mobi.liza-
-
ao populares.
, I _ ,
Em seu primeir.o ano de ex~stenc~l ,oficial, untes di\ Hcvo-
luo de maro de 1964, a AP destacou-se, apenas, por sua atua-
~o no movimento estudantil, por suas origens na.JUC e por-o sua
influncia na JEC. No campo, infiltrou-se na Comisso Nacional
de Sindicalizao Rural, criada por um convnio entre a'Superi~
tend~ncia para a Reforma Agrria (SUPRA) e o Minist6rio do T~a-
balho. Na fundao da CONTAG, em dezembro de 19G3, a AP reali-
zou aliana com o peB, embora tivqsse assumido uma posio mais
radical ao defender a refo~ma agrria "na lei ou nu.mflrra". No
sindicalismo urbano, sufocada pela fora do PCB, nunca, conse-
guiu resultados expressivos;
I'
",
:1
IBESEflv~~I, ,li
"
I'
Lq. E S E.I1 V fi. O ~ ~
CAPITULO II
A AKO COMUNISTA
In E S E n ..:.?~-.--/-----_---:"_--""
V
~j 7
IR'ESEHV"D~
-----fH f: SE n V l\ ~~
r-------------fR E
S'Efl V~ o 59
e aos soldados.
3. Reforma ou Revo~uo?
a.-------------LnI E S E n V A ~n () I
..- lRE S [\1 V" D ~1----------6-0-t
dos Estabelecimentos de Crdito (CONTEC), dos Transportes Ter-
restres (CNTTT) e dos Transportes Maritimos, Fluviais e A~reos
(CNTTMFA)
4. As Ligas Camponesas
I
~
o ano de 1961 marcado pela aproximao
li50 e das Ligas som as conccpcp~s'revolucionrias
--
de Franciso Ju-
..
de C,uba..
Ju-
.
~
--
lio era um advogado, casado c~--militante comunista Alexil)a
v ~
~respo e que, atuando nas Ligas desde 1955, tornara-se seu prin
<?i~al 1.ider
.
Em novembro desse ano, a Unio 'dos Lavradores e Trabalha-
dor~s Agrcolas do Brasil (ULTAD.),dominada pelo PCB, ~ealizou,
'em pelo Horizonte, 5 I Congresso Nacional de Lavradores e Trab~
lha~ores Agrcolas. O conclave caracterizou-se pel disputa en-
.
tre as idias cubanas de Julio e as teses do
.. pcn. Em entrcvis-
. .
n
ta ii revista IIChe , de Buenos Aires, durante esse Congresso, Ju-
1i59 afirmava:" ... nO~-60 .te.ma - Ife.OIL/1Ia ou ILC.VO.tu.co~
"Se neg.6.6 e.1Il0-6 a lLe.vo.tu.co ~ e.ILZaJllO~ .de.JlIa[J~}9(J.-6t c.a.'Le.n.tc.-6
de llU.tC.I1.t.<.c.'<'dadc.; no .tcItZa/1l0-6 o va.tolL,de dc.c.ltdelt 1t0-6tJo 1'011;(:0.6
fr~ E S E H V f\ 01-------
1)... --1
__
----.-----------.1 ~,ESE'nv 1\ DO~----------G-2 ...
O Comando Geral
I
de Greve, dominado pelos comunistas, en-"
., .
&-----------1 R ES [ R V ~ ~I--,------------
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E.
R E S 'I~ V A
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111 E S E n ~..~ O o
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65
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n V l\ O ~.
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.l~: F. s [ n ~~ ..~~.~J._,.
\ rc E S E. H V :\ C ~ \
I
I )
Krriel, ent50 Ministro da Guerra, ora um "golpista". 1\ situa5.o
i
encaminhava-se para nova crise.
I fi E S E ~ A O ,i I.
68
(UNE)
Na area estudantil, a Unio Naional de Estudantes
e a Unio Brasileira de Estudantes Secundaristas (UnES), alm
de entidades estaduais e municipais, levavam as concep~es comu
nistas aos jovens. O prprioMEC, ,
atravs do Movimento de Cultu
ra popular, do Movimento de Educao de Das e e da Campanha de
Alfabetizao, editava cartilhas de doutrinao ideolgica, in-
citando os pobres s lutas de classe. O MEC, ainda, fornecia
elevados recursos a essas entidades estudantis, utilizadas para
financiar a ida de estudantes comunistas a paises socialistas.
. . !.~~
:.:~~~.~~~~J
.'
,..... [-R-.E-~ -s-[- -;; V li~ O 69
8. O Movimento Campon~s
A partir de 1962, o panorama no movimento campones modifi ,;
car-se-ia totalmente. O Governo Goulart decide estimular a sin-
:"
dicalizao em massa, na tentativa de reorientar as mobiliza- "
,
ciais no campo. I :
\' ,
Em outubro, program~do um comi.cio em Recife, do qual d~ I
- "
'-- 1H E S ~ nV li 1)...
0 l.
70
tra apoio.
organicamente, o Conselho das Ligas iria opta~ pela pYO-,
posta do Padre Alpi.o, que propugnava uma composio predomina!!,
temente operrio-camponesa para o Conselho Nacional e que as'Li
gas com o nome de Ligas Camponesas do 13rasiltivessem como sup0E. .
te uma organiza.o de Hassa (OM) e,um~ organizao Poli tica (oP).
do Brasil.
As Ligas foram a expresso mais~explicita da tendncia
violenta do Movimento Comunista Brasileiro, antes da Revoluo
de 1964.
"
71
9. Cedendo s pressoes
Com o fracasso do Plano Trienal, Jango perdera a oportuni
dade de seguir'uma linha moderada e voltava-se para o papel de
populista, que melhor se ajustava ao, seu passado., Isso era o que
desejavam as esquerdas. O PCB fez publicar uma Resoluo Polti
ca (8),na qual, alm de mostrar insatisfao com o Hinist~rio
e sua poltic~ conciliatria, ~testava o crescimento e ? radica
lizao do movimento de massas e vislumbrava a possibilidade de
novas vitrias:
"CJt.e.6c.e, poJt. ou.tILO lado, a c.omua..tividade da..6 6oILa..6 pa.-
.tJt.i~.tic.a..6 e pILoglLe.6.6i.6.ta.6, ava.na e .6e Jt.a.dic.a.liza o mo~imen.to
de ma.66a.6, a.bnindo-6e, dia.nte de n0660 povo, pelL.6pec.tiva6 de lu
.ta..6 vigon06a6 e de maiOlLe.6 vLtoILia.6".
O Partido exige novos passos adiante no movimento sindi-
cal e preconiza a utilizao de novas formas de' luta para defla
grar ma greve geral:
"A ,eleva.o do movimento de llIa6.6a6 .tambem e.6.ti vincul(tda
jul.l.ta. u.tiliza.o de d,i6eJLe.n.te6 60ILma6 de lu.ta.. CO/lllc.io6, m(01i
6e.6.tae.6, .6U6pel16o de .tJLaba.lho, . glteve.6 de 60lidaILiedade,
'
e.te..,
.6.o OlLllla6 de lu.:ta qUe? podem C.OI1.tIL.i.buiIL paILa. melf10IL pILep((/L(lo
da. fjlLeve. ge.ILa..t po.tZ.tic.a.". '
! I
"
',"
mos":
"Fa.z.endo, a.6ina.t, uo da. pa.f.avJta o pJte.ide.n.te. JOCtO Gouta.Jtt
pJtOl1unciou, na. veJtdade, doi
O pJtime.iJto caJta.cteJtizou-e
dicuJto.
pelo tom vago e va.cilante.. com
e
q~e.. .e.. /te6e.Jtla., ne..petlndo 6~a..e~ j~ v~Jtla6 vezeb pJtonunciada6, a
ne..ce.idade da. Jte6onma. de bae e ~ dl61cei, condl~e de vi-
da do povo.
Foi quando. e veJti6icott a. mal1l6etao de clectg1Lado da ma~
Cl p~pula./t, exib~ndo de Ja.ngo a de6inl~o.
O plLe.ideltte mudou, ento, viivetlllC'.l!.te" o p,l'.cUtO do: dl-
CUltO, emplte.tando-.e.he. um tom lIlai 'vigOlLO'~O, embona 6(Lg'<11do, a'il1
da aClui, a. a6llt/l1a~e.6 de. Jtepdio ~ pol1.tlca de c.oltci.t.laCto. Ne.~
t palLte, 6e.z que.t~o de IJIvtc.lona,IL o di6c.uJt.6o elo CGT - a I e.11t~
dade mxima do tltaballtadol(.e./~ blLalle.LO.6 I como a6LlI1ou -, c.o~
pJtome.te.ndo-e. 6aze.Jt c.om que. e.m 1964, na cOlllemolLae. do '24 de
ago:to, j pO.6am e.1L 6e.6.te.jada6 Cl{> Jte60Jtllla de. bae. c.onve.tt.t:l-
da em lLealldade .. AilLmou. que a con6Q.c.uo dect ~e6olLllla6 de-
pende, 6(Lndamen.talmente, da mob.<.l.<.zao do:~ tlwoallwdoJte6 e do
povo, di~eJldo (lue nenlw.ma. lLe60ILma ocla.f.. 60i 6e.<.ta, ate ago/ta,
enao ob a. pJte.o da maa" (11).
(9) Skidmore, T: "nr4\si1: ele Getlio 4\ C4\r.telo", Eo. 5nr,n, R:J., p~'r,. ~11.
(lO) Novos Rumos n9 236, de 30 de ngosto a 5 de setembro de 1963, png. 8.
!l~~_~--~---------"'"
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o ASSALTO AO PODER
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superiores e tecendo crticas Justi.a Elei toral.
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_\n E S E-H V h .U ~ 7G
2. O Estado de Sitio
I
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G_ E S :~_!.~~~'I-"
---------- ---1
Sob a alega50 da crescente vio16ncia de fundo politico e
com as sucessivas ondas de greve, os ministros militares foram
induzidos a solicitar ao Governo a decreta50 do estado de si--
tio. Em 4 de outubro de 1963, Jango enviaria mensagem ao Con-
i
g~esso, solicitando a vignci~ d~ssa medida por 30 dias.
-
tituies democrticas c o chefe da conspirao chama-se
Belchior Marques Goulart. -O movimento subversivo que ora se ar-
ticula nao o primeiro que o Sr. Joo Goul;rt procura f~zer de
--- J
(2) No livr.o de nlio Silvo, j citodo; sio nnrrjdos ns p:lginas 296 e se-
p,uinlcs, sob o ttulo "Grnve Dcnncia", detnlhcs desfic pt~mo c de tcn-
tativa scmelhantc de Joo Goulort, cm t9O, Cjunndo v:i,ce-prcsidcI'!tc de.
Jusrc1lno Kubiu;cht'k .
~nvA~t
L~~_~-. ----_ --.. 0.
r'~ S E H V ,\ C
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o 1-- 7_9...
3. A frente Gnic~
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As presses econmico-financeiras e os impasses pol~icos, :1
I',I
aliados ~s flutuaes de comportamento de Jango, parecinm levar ,.
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1---------------( H ; S E n ~.~[!~iJ.
[~E S E Il V A~.OI-- _1
"0 c.O/llrhOlili.6,~() de. ILe..6fjlwlT..do de.ve.li. .6CIL U/lI .tcUl:tO ,H.ee.Ilc, p!'.!:.
ILa i 111
p IL e..6 .6 i o I!a h o C.o /li pa 11h e. LO, d e. v e. I! d (), a 11;f:e..6, v Vi,i. (./.CCl!z.Cl5 ,{ cf'.-i.a.6
de..6.6e. .6o.tdado do.6 G -71, a b.i1IJ de. qu.e. .6e.ja .6e..f..ec..io/1ado, ao /lI.x-i.-
mo, o .6 a u..:t. /1 ;t J.. c. o -6 e. v e. ILd ({ d e i IT.. o
o ,~ ILe. v .t u c. i (} 11.ILi OI.>, o .6 d e..6 .t em e.h o _
.6 (J.6 da ph o-, pIL.ta 111(} Il.t e.... "
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de guC'rri.llwf.
Hovil1\011tos de Ec.lllC,\.10
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ll.ILio.6" .
_ "VeI.:oI.>C.6ponto.6 ~ . .6ombll.a da ma.6.6a humana, de.ve~.o COlt-
v~ll.gi1l. 06 G 11 e..6pe.c,[allzadnl.:o em de.6t1l.uio e. a.6~alto6, j~ co-
mandando 06 COlllpanhe.ill.o.6 e com out~oJ.:, .6e. ajuntando pc.C-a6 Iwal.> e
avel1ida.6, pa1l.ct. o ce.n.t1l.0 da cidade, vila Olt di.6l.Jtito, de. aeILdo
com a. impoll..tncla da toca.llac!e, de.p~edal'ldo 06 e.6tabe.te.cil1len,t06
COllielLciai.6 e iJtdu6.tll.i.cti.6, .6aque.cU1do c. incendiando, com 0.6. molo-
tOV.6 e. on.tlLO.6 matell.,[ai.6 in 6.talllv e.i6 I' 0.6 e.di6Zcio.6 pblieo.6 ~ oI.>
de. emp/l.e..6 a.6 palL.ticu.e.all.e..6".
_ "A:taqu.e.6 .6imul:tne.06 .6e.ll.o d('.1.>6ec/wdo.6 con:tll.a a..6 ce.n-
.tlLai.6 te.le fi nica..6, lLd'[o - e 11
li I.>6 o ll.a6 e, o n d c. 110U v e.h, . de TV, ca.6 a
de altmal.>, pe.que.no6 Qua~.t'.i.6 M'[l'[.ta~e..6 ... "
Observa-se que essas rocambolescas instrues de Brizola
refletiam o s~~ .crcb~o insano e faziam inveja aos mais detalha.
dos planejamentos dos anarquistas~ Sabendo que a revolu~o vi-
nha sendo conduzida pelo PCD, atravs da cha;na.da"via.pucfica.",
Brizola reservou um item de suas "Instrues'Secretas" para tra
tar do "Aliado Comunista":
" V e.v cm 0.6, ~ .t e h 6 em p!'- ~ I'1l. e/~ c.'it.t ('. q u c. o c o mu n i.6 ta. 11 (I .6 -
60 I'1L,[ncipal a.t,[ado, ma6, cmb~/w .a.tahde,[e (J Pa/ll.i.do COlil(tit.(.6.ta
.tCIl. 60hall palLll 6a.zelL a Revo.c.uio Libc.lt;(:ado/l,"; (I rCG lia da IlIa.l6 e.
que. Ltlll MOV.tlllC?II;(:O d.tvid..<..clo em v~)lial.> 6IL('.11;(:(' .6 ! .. 1.')tllCl..6 em' .tLtta.
ahclL.ta CIl.tILC ~J.. pcto podrJLIll!'!lLtic~'"-ta \,.,..';'l..ta de. [IM rla~
~------------.-t~~ E ~_:_,~~~~-_._._-_._------~
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83
G. O C~mciodas Reformas.
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pbli.ca.
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1 t!". -""',ar"h. 1.4~JU (tI \111" lr I:l'-J Jh~;QI'J ~'J Vd'O:I, l.tut.U1.. '''':'1, , :'Iu ..
COHh,' ,Id . ("'11 .11111 ...1:11.:I"n:,.\ lo, Lo, QUI". lJu I'rlt~':o .l'l:0 c.;'.'r. t't.c.~11J.I. l"forOl 4XI'I"",Ur. q~l" ..
] ""'I,,;a.,Lo :.
~t f"'\\.lorlh..,
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fAr.lhdl!l"
Itr 'O~IrI'UJ"'f.w,
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11.1 \"\t.j,tlo.
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Pt.'b C,h)::" 'd..)'" H, ).m. ':.r ;r..d(.f..J
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.A p:"~r" ()H~h.:'I'lIr" C', .~. 1'(.Iotl '.Ultul,.., J.:.;.r Ur O"J.';.~'" ~:.";r:;:l'ti'l l:~.l, b r~.1Il\ .('.Jn~
C') l,r'c.~l,Ht::t f"!" J~(r:'~!J:ka c."m ace' "~I' (.C,., !:.L;.;:.--:-'~l.. J:;~ f!f~lrJ'~'",:~ c. ::":-' ~) "'\13
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J. c" .:~:." :
A APREENSO NA SAlDA .
li I
ao. Ademais, a divis~o que oc~rrera na~ Foras Armadas, mais li j:j
2. A iniciativa da reaao
A posse pacifica de Joo Goulart nao trouxe tranquilidade
Nao. O Governador de Ninas Gerais, que fora favorvel as-
censo de Goulart Presid~ncia da RepGblica deixava transpirar
que "j partir dos primeiros dias, os propsitos do Presiden-
te indicavam rumos perigosos". Dando curso a essa preocupaao,
em 26 de novembro de 1961, ou seja, poucas semanas aps a posse
de Goul~rt, Magalh~s Pinto em ~ntrcvista imprensa declarava:
liA Na~o continua t~aumatizada. P~l~am no an indagac5e~ inquie-
tal1.t e.6 "
Esse clima de insegurana que a Na.o respirava, 'aliado
s dificuldades econ6mica~ era sentido de forma mais acentuada
.pelos empresrios. No era, pois, de estranhar que partissem d~
, .
les as primeiras iniciativas no sentido de reverter essa situa-
ao.
A preocupao dos empresriO? com a infiltrao comunis-
ta, com a propaganda esquerdista e a estatizao vinha de algum
tempo. Pelo menos, desde os filtirnqsest~gios do governo populi!
ta de Juscelino Kubitschek. Dessa preocupao resultou uma 's6-
rie de encontros de 'empresrios do Rio de Janeiro e de so Pau-o
10, os quais, com a posse de Goulart, se amiudaram. Da troca de
idias sobre suas responsabilidades na manuteno da liberdade
e da democracia, surgiu no final de novembro de 1961, o Institu
to de Pesquisa e Estudos Sociais (IPES).
~
O documento bsico do Instituto, de autoria de Gan-idoTor
.res, intitulado I'A responsabi~idade democr~tica do empresaria-
do", utilizado par\ o recrutjamcnto de'" novos adeptos, \prcscnta-
I .
va o IPES como uma "organizao ~partid'ria com objetvos esse~
cialmente educacionais e civicoSll Seu lanamento foi iec6bido
.
'
..--.- ..--.-- ... - .
, .
R ..E ,S E H V 1\ t: O 101
.'
favoravelmente pelos principais jornais do Pais e saudado
. com . i
..
giram no ano de 1963, com objetivos .semelhantes aos do IPES,mas
a maioria delas voltada'diretamcnte'l)ara a a50 politica c a10u
. :.1_ !'
mas delas dispo.stas mesmo 'fi a50 rcivolucion5ria, .sencces~iio.
Um desses grupos, por exemplo, contactou c~m JGii~ de Mesquita
I
r-------
~ S E n V'::~:.:'~-'.----- -1
---.-----------1 ~. E S E 'HV f\ D O
102
[HESEllvADol
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~~~~~'If- ~ 1_0_3..,
:I,l",
\1.
. ~
I ~~,
.,
No enta.nto, desde 1962, orgnnizara-,se no Congresso \.111\ blo I
I
co interpartidrio denominado Ao Democrtica. Parlamentar (MP),
que se constituiu numa oposlo atuante at a Revoluo. Conta~
I
do com cerca de 200 parlamentares, a ADP, permanentemente, tra- ,l
vou batalhas verbais com os representantes das esquerdas, onde,
,
muitas vezes, mais do que o mrito di:lS questes, valiam ~las re I
4. O apoio da imprensa
"-------------'1 H r: u;,
--------~
S I: H \' ).
J'
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I
\ fi E S E.n.v fi. O O 10-1
5. Amplia-se a reaao
Em todos os segmentos onde o pros'elitismo esquerdista atua
va houve reao. No meio sindical, eram realizados cursos para
trabalhadores,' dirigidos pelo Movimento Democrtico Brasileiro
.
(HDD), organismo patrocinado por empresas privadas de so'Paulo.
O IBAD era outra entidade que atuava nesse meio, promovendo os
denominados Eventos Interestaduais de Sindicalismo Democrtico,
e editando a revista "Rcp6rter Sindical", com a finalidade d
unificar a ao organizada dos democratas em 'antecipao ~ atua,
ao do infiltr'ado CGT.
O Movimento Sindical Democr5tico (HSD) era outra entidade
que buscava defender os princpios democrticos na rea sindi-
cal. Antepondo-se aos organismos sindicais controlados pelos co
munist.l.s,
chegou a ter influncia na Confedc1:'aoNacional dos
Trilbillhadoresno Comrcio (CNTC).
Foram inmerils as entidades que~surgiram para antepor-se
a ailO comunista nos sindicatos e entre os operrios. A Federa-
50 de Circulos Trabalhadores Cristos, de grande influ5ncia
chegou a estabelecer-se em 17 Estados e a criar uma Confc~era-
~o Nacional. Igual significado tinha o traba).ho desenvolvido
Apesar dos esforos feitos, essa foi uma das reas onde a
reao mais se radicalizou, mas onde os ~xitos foram atenuados
pelo elevado grau de doutrinao que dominava o meio. Essas inG
meras entidades atestaram, por6m, que a juventude nao esteve'
omissa nos anos agitados quo precederam o 31 de maro de 1964.
t. c ,,,I d"
i t" pc lo "O r:;~t~d:~l'~'-'~;J_~r o '; 1981 ..
107
"--------.----I.I~.:Sf_~~_~~-~-_.::J
.
109
---{RESER'.'I.O O/
,
.t (I /11a t.i. c ({ /11c.Il.t e p e./t de. (J d llt e.l:t o d e. .6e./t. o b e.d e.cl cf o (... I" .
O Hinistro da Justia de Jango escreveria mai.s tu.rdc,rcf~ 1,.. 1;
Drizola para o aprestamento dos grupos dos onze, ap0sar das fac
es contrrias u.Goulart dentro'uas FOl:as ~rmadas comearem a
- I
i
ser ouvidas, qU.:lndoexpressavam i.vnl~cessida(le
de preparar-se,
paraum
!,
.
,- contragolpe, a maioria militar nno estava ainda convencida da
necessidade dela mesma parti~ipar da revoluo . ..
No dia 19 de mU.ro, dia de sfioJos6; Padrqeiro da Faml-
I,
,I
..
__
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sara da rea poltica para a da Violncia.
A'IHarcha da Famllia com Deus pela Liberdade" foi outro, i:. 1
e suas re formas. l\. autopresGrva5.o institucional, por meio c1l' ('. -:'
trole da disciplina, era uma questo qe estava aci.1no dos <)1"\::"" ,
(5) DUl\1:tc, E. ~ "32 mais 32 igual a .64" _"0Si dos de maro a (l queda lll'
8. A vitria da democracia
.......
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O HEOJZIJO PEr .. u/\ 1\.J:,vuJ..i\.TDf~Il.X.TJ1\'l'ICl\ DE 31 DE H'\I,o DE .l9G~ -
Cl\HPINl\S - 07 l\br 64
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FOl~l'j\Ll::Zl\ - 03 OUr. Gil
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3~ PA RT E
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1964
2. O Ato Institucional n9 1
~; ...
.~:....:.:-:--.~-_
-----------~ ..--l R 'ES EIl V .\ IJ ~II--------------l-l~.,
,
o Comando Revolucionrio desejava que o CongresSO comea~
se por sua pr6pria depura~o e que votasse uma lcgisla50 aIlti-
subve~siva de cmerg~ncia, a fim de facilitar a restaur~5o da
I .1
J IllLt:al1do-no~
II.C'.~ do
a. ll1od..t.6..t.c.-'c.a,
Pltc.~ldc.n.te ela. Reptbf.lc.a
apC?na.~, na jJ(uLte
(', o, ), Falta. he.cluzlJt
Jte.ta.t.i.\ICl
all1eia
ctO~ pocle-
In6tJr
tucional, le..e4ultante do exe~eZclo do rodeie..Con6tltulnte, lne~elt
te a.:t.oda6a6 ~evoluc~e6, a 6ua legltimac~o.
o Ato Institucional outorgava Revoluo poderes para a
rpida trdnsforrnao
.
do Pais, mantendo o Legislativo, .
o Judici
rio e a prpria Constituio. Dava, ao Presidente da Repblica,
o poder de introduzir emendas constitucionais; abreviava o pro-
cesso de elaborao dos atos legislativos; dava, ao Executivo,
competncia exclusiva em legislao financeira; sus90ndia, por
seis meses, as garantias de vitaliciedade e estabilidade, permi-
tindo, mediante investigao sumfiria, a demisso, a disponibili
dade ou a aposentadoria dos que houvessem "tentado contra a se-
gurana do Pas, o regime democrtico e a probidade administra-
tiva"; autorizava, tambm, nos seis meses seguintes, a suspenso
de direitos polticos pelo prazo de 10 anos e a cassao de ma~
.datos legislat}vo~, excluda a apreciao judicial. Finalmente,
o Ato institucionalizava o mecanismo de transferncia do Poder
Executi~o, atra~~s dO'Col6gio Eleitoral, encarregado de e~colher
indiretamente o Presidente da Repblica.
..~..~!~~..l
1.~~_~._~_I~ /
1~1
in
A Socieuade Rural Brasileira publicou um manifesto,exig
. . I,
1 i
do ~ militar para presidente c pedindo expurgos pollticos. A I1, !I
1 :
, .
Unio clvica Feminina tambm fez publicar seu manifesto, no qual I1
4. Os desencontros iniciais
Tantas quantas foram as correntes de pensamento' que se
aglutinaram em torno do ideal revolucionrio, tantas foram as
que emergiram da revoluo pretensamente vitoriosas e desejosas
de imprimir-lhe rumos consentneos. com suas idias. medida que
a Revoluo se desenvolvia e sua estratgia ia sendo traada,
passava a desgostar indivduos e grupos, que viam, na no coin-
cidncia de seus rumos com suas prprias idias e interesses,
descaminhos revolucionrios.
Era a conseqncia natural da ausncia de objetivos pol-
ticos definidos. Antes da Revoluo,es~a discusso no fora apr~
fundada, porque poderia tornar impossvel a coligao que ator
nau v~toriosa. Depois, apresentava o risco de 'provoc~r cises
irremediveis nas foras rcvolucionrias e mesmo pre~ipitar ~um
contramovimento executado pelas foras ,janguistas" ,
(7}.
..
. l~~_!~
__~~_t:~~r~~ I __ '
A [) O
.' I R~ 'S E H V f\ ~_~J
porcional aos objetivos que se pretenc.1ia alc;,:1arnesse perodo.
5. A estrat6gia de desenvolvim~nto
250 parlamentares.
J havia, por parte dos revolucionrios, um consenso em
torno da exigUidadQ do mandato presiden6ial. O programa de esta
biliza~o econmica exigia mais do que o ano e meio que lhe res
,e tava do perodo anterior e nao teria logrado seus objetivos na
poca da eleio presidencial. A quebra da base parlamentar acen
tuou o problema, dificultando a aprovao de medidas indispens
va em seu editorial:
--"-~"Noque,tJLCtulO.6 peltdc.Jl. a Re.vo.tt((io pe.ta .tCCtpctc.i.daclc. de COIt
.6otJ..d.-.f..a. A lIla.te/l..tct-p/{,J..l1Ia de.6~ct COJu>ot.i.dcto Cculla-/~e .t.<:lIlpo..
Se qu ..t.6 etUlIO..6 .6e.1t .6u6.tc.tente.I1\e.nte Il.e..Ctt.i..6;(a..6 e. .6e.Il/Ht.:CO.6, .tltanb 6e.-
It.tndo o. pte.J...to paltct 3 de. ou..tU.b'ILO de. 1966, obtOtC?1lI0.6 IIW.t.tO mct.t.6
1 do que. ct coJ..J'lc.tcl.ncict de. IlIctnda.to.6".
As maiores resist6n~ias ~ prorrogao, en~retanto,partiam
1 do prprio Presidente da Repblica e de alguns setores das ~os-
1 e
tes rcvolucionrias, co~o Carlos Lacerda, que via, no adiamento
das eleies e no critrio de maioria absoluta proposto pelo Go
verno, ameaas ils suas pretenses pessoais ii prc!;i<1ncia.
1 Ante relutncia de Castelo, o "Jornal do Brasil" voltou
J a comentar:
"POA J..bbO, ItttncCt en.te.ndelllo ..6a a.tLtude do P/{e./~.i.dell.te Cab:te.
.to BItCtnco, que, no 6undo, 1Il.t.6;(:UItCto ~e.tt de.ve.ll. de clll'-6e de uma
J Itevo.ello,
t.lta a
com
plLo.tltogctao
ob .6eu~ c.J.>c/I.pu.C.Ob de
Olt Coillc..i.dncJ..a
, c.tdado,
ele. Illanda;(:o~".,
1
J n E S E H
.
V t, I} O
- " .
--._-----~~
J
lH E S E R V A O~ 1_2_G
I
sociais e na economia.
7. O restabelecimento da ordem
Os sindicatos e as universidades haviam sido os alvos pr~
diletos da difuso das idias comunistas.
A priso da cpula comunista que manipulava as Confedera-
oes e o CGI'e a interveno nos sindicatos que atuavam de forma ir-
regular (cerca de 15 %) desarticularam o mov imen to sindical, embo-
ra os operrios permanecessem afastados da Revoluo.
neiro, testemunhou:
"Ape.l>alL
d.ll>l> O , al.!Jultl> de. 110l>, U1a.ll> potr.. e.npl..lI.l/110 do que.
potr.. outlLa CO.ll>lt, l1o aCILe.dLt.vet/llol>, j. e.nto, em l.lo.tuc;el.l pacZ-
6.i,cal> pa /ta lt pILO b l.emt.lca /ta cf6 11a!. No IHo me..n.t o cf o 9 o l.p C?, t:{. l1/ut-
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De linha stulinista-m~oI.sta, o PC do I3usava un\.1. linguagem ;il'l I, I
,.1.
I I:
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grosseira c agrc~siva, ,buscando explorar a crise pela qual pas- "
'
I
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I; :
sava o PCI3 e recrutar militantes de suas fileiras. /'
Em agosto, a Comisso Executiva'do PC do E aprovou o docu : i
,i I" 'l
de Janeiro, o episdio ficou conhecido como 1 "Gucrrilha de Co- :, 1:
II '.1,1i
pacabana" , 'desarticulada" em seu n1scedouro, pela a50 dos orgos 'I I'
i IIll1
policiais. ! j Ir:
ti"
! '{' I
'1' .
lti '" '
O desbaratamento da "Guerrilha de Cop1c.luan"
levantou o ::t
questionamento, pelas ~squerdas, de como deveria estruturar-se ilt f
'
'" , 1l
~
interrogutrios, dos elementos, presos.' I I/[
'1'1:\
, I i,I\~
Ent.retanto, a.publicidade dnda' a.oepi.sdio aumentou o prcs i
~ , 11:
t1gJ.O da POLO~ junto ~s esquerdus, por aprescnt5-la como ~ma or I'r
... - I
I
II
I
(11) Do pl:3ncjamcnto da \Ir)ue'tTilha\l~ partlcipnrnm Ruy !'buro ele Al"alijo }Iari- "'1'
- i' 1
ni, Luiz Alberlo Nuni.z B.'IHlcira, }Onalelo dt, Ar.si:; Hunh, Dircell clt' As- ;i'I'
11'
, .-
sis Hunh, Cuido de S:>U1.~ Rocha, cl.iutlio Galcno uC' tl:1r,'11h5('f, Linha}'cs,
nl'lln i o Duarte' dos SanLos,
01 i.V\i l"\). !
.Jos Nendt:; de
~ol
I Sn
Rod ~ c Jos ~h~tlciros de ',o
i.' .j'
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~ S E n V :~ {~~-, -----~------~ li'
li;
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,
11
130
.~E S E 11V A O ~
e no movimento,
Ao final do Congresso,
o prprio Posadas
demonstrando
declarou:
a confiana
"s Q. C. U I!I P fl.{){
Cjue 1:.inha
!li (I "t (I da "
...
a ft e.6o.tu . " .6 de.tc. COI19ftC?.6.60, o pIL X.{.1l10 8c.fW 6 c.Lt: (I 11(1 r(t.c~c..{.o
da A.tvoltad({"
(13) Compunh~m. ainda. o Bureau Pol.tico: Sidncy rix H3rC]lIcs dof, S,1nl:os;
Sumi d:1 Tomoch i; Tl io Vi.r,evnni";
~ C:lrlOr. Vi <ln<1Hon tnl"l"oyo5;C os sel'\I in~-.
tcs mcmbroR :;uplcntc"s: cliiud io Antonio V<1sconce 1] o::; C<1\':'I1can ti; }l:lr.
da L:lhat, ('sposa de G<1briel Lnhnt;. c Naria Hel~mni:1 "Br.:;nd~o Tavares
de Almeida.
[~~
~:~~,,()I:_.
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--A
~--------------r,HE SERv iI~_0--,__-----_.
tavam no Uruguai, participando do Congresso Mundial da linha p~
sadista (14).
.,
t~.~~~~) E n v.,_~~ ' "
.
'
F;; n VA L ()
13.
i
ves, c o "ltima H9ra", chegarmn a indica::-locais onde est.ariam '1
,.
ocorr~ndo as pretensas torturas, sendo citados a Base Area de d
I
('6)
.
Ap!>.:1 Rev'oluo, (or.~m pref,os nove.ngcntcs chin('ses, seLe dos quaIS I
, I .
~: E 11V~j\ \l/0.J-.-----~-------...J
r--' --------------1 R E S Ei H v A O O I 13t1
( 17) A CJI um rCo de (achada, funu.1da pela lU. Internacional, com ~cdc
em Paris.
In r: s E II ;_" Il~J'-.,---------__-J
136
EE SERVA ~~-
'I
I,
de. ItO a~~a.~.61Itio
I de Tob.i.a.6, a.tltibuldo(t PO.e.1C.1..Cl,Cl61.l.lnl r..t;ltni- Ir
na.ltdo o p/tOvoc.a.dolt e. de.'~l1Iolta.f..1..z.aJtdo o apalt<?.f..{w de ltC'..plt<?.6,~o". i
I
I
, .
parn n in!ititui:io
t'l na I grcj a, Higucl reEI~".~""
do Er.tndo e nem pnrn n Igreja.
tJ~-f\." nn'~'\f('ntc,
R r: S E 11 V ~'--/
O.nfi.ltr:lc;iio H:l1:xis-
Ed. Sepe!;, p.ir .. 9 c 10).
__ ------- __ --J
~------
1.
atos terroristas.
I.~
E S E R V A ~_~ /'
r-------------];~~.
~.~ H~A C o 1,- Jt\l
---
tas, essas denGncias geram, no minimo, a'dGvidn, seja porque e
sabido que quando a autoridade se dilui h sempre a possibilida
,
de de excessos c abusos, seja porque a "maioria das pessoas ouve
as denGncias mas poucas so aS.que se interessam pelas respos-
tas.
I'
1-- (H E S E n V A l~O t
L- ---:--- ..
'.
14?
CAP1TULO II
1965
nhecia os problQmas.
A revoluo comeava a perd6r uma parte fundamental, do
--..------.
lH
1 1
nv_~~~OJ-,-------------l.,
F. S E
I
,- . .1
~-------------I~. E S E rlV " ~~ _
144
2. A~ eleies de governadores
1\.s
maiores dificuldades, porem, adviriam com I
as eleies,
.
r------------.-. -I~A.'
E .S Ei: ' /I. II {) 1"---------------
..
---
tos polticos.
As eleies de Francisco Negro de Lima para o Governo do
Estado da Guanabara e de Isr~el pinheiro para Minas Gerais fize
ram com que voltassem ofensiva os que no queriam ver esses pol-
ticos frente desses dois importantes Estados e dos que nao
queriam eleio alguma.
_ Os resul tados eleitorais provocaram reaoes na linha dura,'
essi
traduzindo descontentamento com a poltica do Governo ,e pr 2
nando-o para que anulasse o resultado do pleito. 'A evolu~ da
crise intranq~ilizava os meios polticos, mas af~!tava, antes
de tudo, o prprio Govern6, fiador das eleies.
Ento, era j fato conhecido que se estudava no Palcio
do Pl~nalto uma nova emenda constitucional, para apaziguar os
setores descontentes, a qual, entre outras medi~as, preconizava
a eleio indireta para Presidente.
Os resultados de 3 de otubro haviam indicado a I/acerda
dividenc10s
,
1 que seu vinculo com o situacionismo
prcsidn-
no lhe renderia
nem politicos nem eleitorais. IContinuava candidato
.1 3. O Ato Institucional n9 2
Em 13 de outubro, o Governo prol~s uma srie de medids ao
. _ 0_'
.1 CongreSSO, as quais
indispensvel
expressavam o .que era
para superar aquela crise e cmpossar os eleitos.
cons i.derado o mi.nimo
Muito
,
do que se vinha
,
constituindo na pregaao dos gover-
nadores de Minas e da Guanabara estava contido no Ato. Ambos
acusavam o Governo de nao querer assumir a responsabilidade da
politica revolucionria e afirmavam que corruptos e subversivos
estavam voltando. O AI-2 continha uma resposta objetiva a pssas
.I criticas. Tamb~m a dissoluo dos partidos, uma pregao do.GO-
vernador de Minas Gerais e de outros lider~s
.
revolucionrios,es -
tava contida no Ato ..
"
r-------- [R E S E 11 V ,~ /; () 147 '
5. Cuba e o foquismo
~-~l-.~=~-l~~
tos internos dos paiscs amcricnnos. O npoio cubanQ 5s Ligns Cam
" I
150
(3) NeG~a mesma rcunl.:tO. foi analisada a necessidade de rCCllr~ns paro a Ope
rao. sendo [cita uma vaquinha entre os prC'sC'ntes: Darcy Ribeiro con=-
tribuiu com 500 dlares. o e;.:-prc[c"ito de Belo Horizonte. Ivo ~bgalhes.
com 300 1:1i1. cruzeiros. o ex-Sar~cnto A~bcry com 10 mil cruzeiros e Jef-
ferson Cardin com 5 mil pesos un'l~uaios'. O nic:o que n~o contribuiu foi
o prprio Bri7.01n. nlcr,ando que ainda n50 havia recebido os dllrcs pr~
metidos pelo governo cubano.
. ~
(4) O rl..'(oro foi conscp,uiclo. Alcindor tlouxe doir. elementos de 5.1nta N.1ria.
o cx-Slq;C'nto Finllo Ch.1VC? c1Wr.Oll de Porto Alei,'\re com"l1lai.~, 'llg\1ns . den-
tre eles Ad,llu;lsLor Antonio nonilha. e ValdC'tar nrrcr..imcntou mais dez lia
l
mellS.
--------
\ H F. S E n V_:~ n/~-. -- ..-----------'
.hE S E H V A O~
(5) Na noite de 19 de maio 'de 1965, Carlos de Lima l\Veline, membro do Comi-
t Estadual do PCB do Rio Grnnde do Sul, junto com Jos Lucas Alves Fi-
lho, colocou duas bombns num avio C":117 da' For.'l Aren llrasileira, esta
ciot'wdo no Aeroporto Salgndo Fi.lho, em Porto Alecre. A $abotncem, i.nicI
almcnte prevista para ser desencadeada contra um avi50 no~te-amcr~cano,
fr8cassou, por uma falha no dispositivo deton:mte.
r,;: E$ :~_~~D~ /
..
9., A AP transforma-se numa organiza50 revolucion5ria
I-------------[~
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F. S_~_~_~_~
.... -.-- ...
O
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J.;...
.F' n~ n;JI~ li -
".'
158
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H E S E H V ~' li ~'1 --------------- 1 r; q
nas ,(8), afirma que "qLla.tqu.c.tL g/LU)JO .e. a t.1 o - anrc.lL.tc.a 11o oJL9aI1.i.z.;;'do
e 'J.>lL6.tc..ic.ntc.11Ie.Il.te aLLdaz palLa .illl.i.ta/L o ex.C?IllJ.l'c.o cu(,all(l .tC.lL.tlt )Jo~-
.6.ib.Le.i..dadc. de!. clelLlLul>a.1L um goVC.ILIlO, VC.IlCC.1L I~ua P(le.Zc.i.a ,c. .6eu
C.X.r.ILC.t.to e. .iH~.ta((/l(Ul uma nova .6(J(' tC?dade 1.>0c,tac'.tl.>.tCl., que. OI.> }.Jalt-
t.id o~ c o nJLLl1.t.6ta~ e o ut!l..O -6 /li o v.i/ll C.11to,~ d c. e.-6que ILda doc. 0'11t.ill e /1;(: e
hav.tam c..6.tado a aIHLIlc..taJt. de.-6 de .telllpo.6 a.t/t.~".
','
G~~_~ 1l;;I-----..,....------~ I
, I
I
r--------------_._InE SE" R ~ A O~ 160
CAPITULO III
1966
~------------~~SER~AOO
1 "__ -- ..- ..---... '.
lGl
.'1 .... ,
RESERVADO 162
-----------~ E S E_~_A [) il
~ E .S E. H V .\ t; _~Ii---
\ -.,
163
(1) C~stcllo Bt:lnco, Cnrlos: "Os militares no pod(>.r''. vol.l; Ed. ~OVil Fron
teira, pr,. 6\0.
(2) Iu"m, p:lr,. 637.
III E S E n V':'~~I_.
-----------_-A
t-- 1~ E S E H.V A O O 164
L .
I n f: S E ~~~;-. ------------~
rRESEIlVA~~ _ 166
nental" (4)
."
(4) 'h China pretendia estender sua. influncia Amri:ca l.atina. Entretanto,
a Unino Sovitica n.io via com bons olhos essa influncia e, vebdamen-
te, manobrou para que Cuba e a Tricontinental permanecessem sob a _sua
orientao, isol:llldo os chineses. DurZllltc os dclwtc.>fi, a qucsto sino-s~
vit ica <lei rrollos nimos. Ao final, a China, derrotada,o ficou apenas
com a sua prpria OSPAA.
~~ E S E n V ~A O O
'0
. ,
(5) Sobre n OSrAAL e a OLAS., csclnrcc~ o folheto: ."A OSPAAL l:r:thalhn pnra
unificar, coorJcnar c implllsionnr n lutn contr~ o imp~ri~Jismo c o colo
nialismo no mbito.de trs continentes. A lLAS, no .imbito de \I\n {mico:
Amrica Latin:l".
In F. S E n ~:!~C;J-.
------- -1
r.
R E S f. nv Ai o 1G8
r R ~' S E n v _~~~J
G E .5 E I{ V A :~
---
1-- 1_6_9_
I
I
outros norte-americanos, tachados d~
"agentes da elA e do impe-
rialismo". O MRHN acreditava que os atos terroristas provDa:.1.riam
umarcpressiio violenta, que, por sua ve'z, conduz iriu ao clinu vi
sado pela organiza.:io,denominado de "autodefesa clus massas". O
movimento, a partir da, ganhundo mais adeptos, desaguaria na re .
voluo armada, a partir. de aes de guerrilhas belO constitu-
das. As bases do movimento seriam levadas ao Rio Grande do Sul,
com a idia de recrutar militares e civis, que participariam da
organiza50 formando "nGcleos de resist6ncia em vrias cidades
do Brasil (6).
(6) lni cialmente, a chefia do HRNN coube ao ex-Al mirante C.1ndido Aragno. ros
teriormcnte, por problemas de s,ldc, Anlc~6 l~ntrcgolJ o cOlll.1ndo a Alre=
do Ribeiro Dludt e a Emanoel Nicoll. lnl:l'gr"ll"Llm o NR~INos ex-mili.tares
exilados no UrlJguai e em outros pases) ex-militares cassados 110 Br.:lsil
c) clandel':tinnmcl1tc) nlguns milit~ll~c!> aincJn l'm 1.crvio at.ivo.
(7) o!> 'Imilit.'1rC's" fornm rt'prcsentador. por Alfredo Rill(.iro D.:l\Idl:) Elll:Jl1oel
Nicoll c Jacy Percirn Lilll.:l) e os "S1I1diC"alist:l~" por OS\':tJdo {l,lcheco)
OSlldo Stnfor.u da Silva) Luis cl:ilJdio Brnr,n DlI:lI~te e J)nntc Pel':lc:mi.
(8) Tcntnndo fi~.lr acim.:l dos grupo's) .1:lI1go CriOll lJlII Comi t p.ll",l coorden:i..:
los) intC'gr:1do por: Em.:\I1oel Nicoll) rcprcf,('nt:lfldo o r,rlJp'o milit:1r; :1n-
t'C' PC!.lC':ll1i) o sindic:l1; Nciva Horcira) 05' brizolisl:H'; (! 1l..''Ilcy Ribei-
ro, rCpH~S('nl'.:lnclo o rl"l' --~~~lintivlI P01"<'11111,;0 p1"o.porou',
_n E S E H V".:~~ O J
... --.----.--- ..
-
IRES~R.vAOO 170
"
(11) }:cssn linhlt o ren apoiou o ~iDn n.:Js ~es de novembro <.le 1966t con-
tr<l l proposta do voto nulot e incentivou l ntu:lno junto nos sindica-
tOSt inclusive npoinndot em dczcrnhrot o I Congl"C'sf>o dl CONTAG., Estimu-
lou um movimento de protesto dn intcle('tunli.d':llh~ conlrl o que clllnlnva
de 'lIterror clIllllr.:ll" ct no cnmpot iniciou Ulll ll"i1h,11ho "em colal>or.:l.10t
p:trticlllarrncntct com elementos prop,resf.nt.1s do dero cnt]ico".
C.:lnwto Pcsno~tR.: "pcn: Vinte An05 de 1'01 ticn"t Li.v'rnril
E <.li t o r a C i n c i a s :nli nw n.1 s, n
1 980 t p g i 11. 8 H
"
IH ;~ 11 V~~iJl-.---_-------
-[fi E SE ~~. 1_7_2
'radi.ciJ.I,
o Comi t Central <;10pcn realizou uma reuni3.o, na qual
cri~u uma Seo de Trabalhos Especiais, que entre outras atri-
buies, tinha o encargo principal de preparar o Partido para a
luta armada. No ms seguinte, enviou 10 militantes para realiza
rem um curso de guerrilhas em Moscou (12) .
(14) '--
~~\p\,O pri.ncipal aspecto desse documento o chamamento a Guer
ra popular e .luta revolucionria no campo:
"g imp4e~cindZvel p~epaha~-~e pana a luta a4mada, 604ma
mai~ alta da .tll.ta cf e ma~ ~ a~" .
"A luta 4evoluc.ion.ILia em 110/~~0 paZ~ a,H)umin. a 601(.1I1a de
Gueh4a Popula4 ... que implic.a na l1eceidade de onganiza~ a~ 604
ca anmada do povo, a pall..t.tJL de pequel10 nuc.leo de c.ol11ba.ten-
te.6, no amplo empnego da t.:l:ic.a de 9ue..nhLe/ta,~ e. I'1Cl cnia..o de ba
.6e.6 de 'apoio 1'10 campo"'.
1 a presidncia
julho, em Belo
da UNE, durante
Horizonte, preservou
o XXVIII Congresso,
a hegemonia
realizado
d AP no
em
meio
1 univcrsit5rio.
continuva
Enquanto
assegurada
isso,
pelas ligaes
;
a influ~ncia no meio
que a orsanizo
sccundrista
mantinha
com a Juventude Estudantil Catlica"e pela sua decisiva partici
] paao na reorganizafio da UBES.
J
] A AP solidificava o seu'dominio no Movimento Estudantil.
As orientaes contidas no doc\linento "Resoluo Politica", tam-
bm, levarl'lm a 1\P. a r.ctol\1ldu
dos trabalhos no meio operrio
1 c no C.JlllpO.
H E S E ~l V t, D/,O 1 --1
] _ ...._._::...J ,
L~.E E S R V A~~ 176
I
l ist . )lnra o Hl'asil", ~":~~~..!;..::.:;~Ia nprov,\(.Io no nno f,(gllinte.
n E ~; E n V_:~~~/O \i-,-------- __---I
rR E S E R V 1\
terroristas,
, Nesse ano, ocorreram os pr.l..mcTI5-~lt.cntldos
o o 'I
178
L- ----I
...;.... n' E.: E~i.~.,_~/J1-, -, -------------1
G. E S E n ~~ 0'1 1 AO
{~~_E _n_v_~,_~~--/--------_---I
1S1
\
\
i
CAPITULO IV.
.1
1967
...,
L-------------l n E S E n V A [) O
, 1._-------, ----"
,rnr:SEi:\"\1..
_____ ' . _.
J
183
2. As dificuldades polticas
3. A Frente Ampla
A Frente Ampla que se apresentava como, um movimento'de op~
sio ao Governo Castelo Branco, se assim o fosse realmente, d2
veria ter perdido sua finalidade com a posse do novo governo.
No entanto, na mesma semana em qu este se'iniciava, a, Frente
apresentava seu esboo de programa. Ela continuaria a mover-se
em apoio a ambies pessoais e/ou de grupos.
Lacerda, porm, estava indeciso. Havia uma tendncia em
transformar a Frente em um terceiro partido, mas essa alternati
va a enfraqueceria pois a colocaria em disputa com o partido
da oposi~o. Talvez o melhor caminho para chegar ao poder fosse
acercar-sa dele e no enfrent-l~ e Lacerd~ tentou essa aproxi-
maao. \
\
\
rn E S E ~~:,\ ~ ~ I
185
s
no inicio de setembro, o Secretrio da Frente, deputa-
do Renat6 1\rcher, anunciaria o local de'seu lanamcllto: Belo
IIorizonte. A dat~ ainda' no estava definida. Archer convocou os
simpati.zantes para a hora da definio e
procurou tranqUilizar
o MDB quant.o ao carter de co~\petio da Frente com o pnrtido.
Deputados da ARENI\ tambm se dispuseram
a participar a nova
agremiao politica.
Lacercl.:l.,
nao aprovei t.udope lo Governo, acci tava ns tC!:>C'R da
,.
186
t---------------. In E S E nVA [1 ~
u
faco esquerdista do moviwcnto. Em 24 de setembro, encontro -
se em Montevidu com Joo Goulart, firmando um acordoque passaria
a ser conhecido caro ollPacto de Montevidu". Embora o QJvemo pr~
curasse esvaziar a importncia desse encontro, ele iria dar for
a poltica e popular. mobilizao que a Frente pretendia rea-
lizar contra o sistema implantado pelo Governo da Revoluo. O
Pacto atenuou bolses de resistncia antilacerdista no MDB, pr~
venientes, particularmente, dos antigos petebistas. Resultou num
compromisso de acrescer ~s teses defendidas pela rrente, a de
luta contra a poltica salarial do Governo.
Esses acontecimentos provocaram uma reunio do Presidente
com dirigentes da ARENA. Os parlamentares arenistas desej~vam
que o Governo desse, pelo menos, um alivio na poltica salarial
e fizesse a promessa de eleies diretas, como forma de esvazi~
I. mento da Frente Ampla. O presidepte recordou aos polticos que
I
eles que haviam sugerido as eleies indiretas e.que aqueles
que ma~s pregavam as eleies diretas para Governador foram os
que apelaram aoS quartis para impedir a posse dos eleitos. Tam
I bm informou estar convencido da necessidade da manuteno
I
107
__
n F. S E ~ V ;. lyO 1
___ .__
..- ....
'.
__------
-.---.---J .
_.~.. -.-.--
... ..
ln E S E R V~ ~ )__ . 1_8-18
(2) Caso A.: "A Esqucrda Armada no Br:lsil", Nor:lcs Editorcs, Lisbon/rortu-
al, 1976, depoimento de Wladimir Palmeira, p~cina 29 .
.I
l~ E S E
...
n V k n O
,
1---"".:-------------'
-
.-- r;~~-:~~~~_;~,----.----------1-8-
~------- -..
:
tres. I
6. A OLAS e a I COSPAL
Em janeiro de 1966, por ocasi~o da criao da OLAS, fica-
ra decidida a realizao de sua primeira con~er~ncia em meados
do ano seguinte. Assim, de 31 de julho a 10 de agosto de 1967,
em lIavana, realizou-se a I Confer~ncia de Solidariedade dos Po-
vos da Amrica Latina (I COSPAL), da Organizao Latino-Arncrica
na de Solidariedade (OLAS).
Pelo Brasil, compareceram: Alusio palhano e o ex-Cabo An
selmo, representando o Movimento Nacionalista Revolucionrio de
Brizola; o ex-Almira~te Arago e Emanuel Nicoll, pela Resistn-
cia Armada Nacionali~ta; VinIcius Jos ~ogueira Caldei~a Brandt
e Paulo Stuart ~'lright,pela Ao p'opular; e Carlos Marighela -
que j'estava com relaes estremecidas como PCB -, como con-
vidado.
A tnica da I COSPAL foi o apoio luta armada, de acordo
.com a guerra de guerrilhas ,dentrodo modelo cubano. Da IIResolu-
ao Geral" aprovada, pod~n-se destacar os seguintes trechos: .
H E __ .._._J
... --------- '::,.
, . o'
(3) A "fora gucrrilheir3" era integr.1da por Ar':lkcn Vaz C:llvilo, !\\Iel ino 13io-
ni Capitani, lll.1rantho Jorge Rodrigues Norcira, Euvnl UGusto de Nelo,Jo
su Cerejo Gonalves, Gedcy RQuriguc~ "Con:ei.:l, Hilton Soares ele C'ltitro
Jorge Jo:; ela Silva c Jono Gernimo d.1 Silva. Outros (!lllltro "gucrrilhei
ros", ~os Carlos Bcrtoncclos, Dario Vi:l1111Rcis\ 1\1[}cclo Ncr.y 1'3iva e P:;-
oro Espinosa" seriam presos, 1lI3is tarde, no l{io Gr311cJc elo Sul.
r
'. - .. ----,..
192
fnESEIlVJ\G~
o
ncleo estruturado no Rio de Janeiro pelo Movimento Na-
cionalista Revolucionrio para apoiar o "esquema geral" de Bri-
zola, foi duramente atingido. Bayard De Maria Boiteaux, preso,
processado c condenado junto com outros "intelectuais de esqueE
da", assumiu toda a responsabilidade pelo comando do movimento
no Pas.
\
\
\
"
" .
(4)Apresentndo como "Dr. Falco", Flvio Tnvares reuniu-se com o gr.lIpo de
Uberlndia no consultrio de GlI:lrncyR:lniel'o, onde comp:lrccet'L1Il1,
alc!m do
dcntistac de Jnrbas, Taylor Silva, Carlos Mnluf Wutkq e Edmo d0 Souza.
I n E S E n v_~~~ /'
'-----.- .... -.--
193
'RESERVADO
~ 8. As atividades da RAN
Em 11 de janeiro d~ 1967, as 10 horas da manh, um grupo
composto por sete brasileiros e uma uruguaia invadiu a embaixa-
da da TChecoslovquia, em,Montevidu, visando a obter 'asilo po- .
ltico'e a conseguir salvo-conduto para Cuba. As alega6e~ de
_ perseguio poltica e falta ,de garantias pessoais no convence
ram o chefe da misso tcheca, que negou o asilo e solicitou,
atra
vs da chancelaria uruguaia, a retirada dos invasores (6).
(5) Castello Branco, C.: "Os Militares no Poder", Volume 11, Ed. Nova Fron-
teira, RJ., 1977, pgina
interessante notar que, llermano Alves, ao n't? reconhecer as a t ividndcs
subversivas de Flnvio Tavares, reconhC'cia a "livre operao" da imprens~
no regime que tachava de "ditatorial"~
(6) Faziam parte elo Crupo Gualtcr de. Cast-t'o Nello, }l~lt'COS Poncier, Artur' Pau
lo de Souza Gi:lcomilli, Ennelindo Dias P:lix.1o, Jo.io Carlo!': de Souza Go-
mes, Eny Tolu5 Toscn de Freitas, Carlos Gnlv.io C.:unargo c 'a uruguaia Suza
na Paiva l'cn~,irat todos membros da RAN.
r------.-
in E S E n V A D/O
t-------------JR E S E il V A ~~ 194
o
apoio de Brizola RAN limitou-se a .intermediao junto
ao governo cubano, conseguindo, em julho, que Cndido Arago e
Emanuel Nicoll fossem a Cue..apara participar da primeira Confe-
rncia da OLAS. No retorno, Nicoll trouxe dYares para iniciar
o envio de pessoal a Cuba, para treinamento de guerrilhas.
~ r: S E n V ~ O O
~ - .... -.--.
fn E.s E n V "~ OJ . ._19-15
"
'-J
.
me se 'propalava -- para colocar em prfitica a teoria cubana de
guerrlhas, aliou-se ao ex-militar. asilado Leoni Lopes, cont~a-'
tou um marginal e assaltou a residncia de Nicoll, roubando-lhe
cinco mil dlares (7). A defeco e Marcos Pancier demonstrou
a precariedade do critrio de seleo dos militantes da RAN e
deixou-a, novamente, sem ~ecursos para preparar seus quadros
guerrilheiros.
....
A debacle da tentativa do MNR de Brizola em Capara, a pre
cariedade de sade de Cndido ~rago, tambm envolvido em pro-
I
blemas familiares, e a ida de Emanuel Nicoll, em setembro de
I
1967, para so Paulo, provocaram um declnio das atividades da
RAN e' levaram-na dissoluo, em novembro, no Uruguai (8).
(8) Os rcm:mcscentes d., RAN, misturados aos rcm::mescentl'S do NNR ele nrizoln,
prOCU1",Hinm noVo fi cilminhos, optando por outras organizaes subversivas
ou ab':lI\uonando n militnll':c,-,i.il polti(:::.:.--_~" ,I
(9) Tambm seriam expulsos: Joaquim Cnmara Ferreira, Anibnl Fcrnnndcs nbnnvi
des, Lourdes Odete de Carvalho Dcnnin, Nery Rcis de Almeida e Francir.c
Leivas Otcro.
____ .[n E S E n V~ ~ __ .. ...A
IH E S E nv 1\ ~iJ 197
,
IR E S i:-;; v A O O
198
(11) Eram eles: Aluizio Ferreira ralm~r, Milton Gain Leite~ Aritonio Rog~rio
Garcia da Silveira, Umherto Trigueiros Limn, Nielscn Fernandes, Rcinnl
------
til E S E 11V A~ 01- 1....,99
(13) A DisGid~ncia da Guanabara era dirigida por Jorge Eduardo Snavcdra Du-
ro, S0rgio Emanucl Dia$ Campos, Jorgc''Emlio Bonct Guilayn, Nclson Lc-
vy, Ycdda Botelho Salles, Luiz Eduardo Prado, Luiz Robcrto TC'nrio c
Jorge Higucl ~Ieycr. C i.nterc!#fiiultu rCfifoa] tar C(~le apcsar de Inc1dimir PaI
mC'i.r,1 posr.ui.r gr:mdc influncia na Di:.r.iunci.1 .U'l Gual1<lh.:lra, onde mili=
Inda .1bertnnlC'ntc
do tinI", projoc"o. r
. tav;1, n30 fluir. f.1zer )lnrte de fiU:t dinc;nll, ,t.1Ivcz pnrn nno deix,.ar l"l'VC-
sua pOGitno idco]~~ir
ES E ~~7.-ry~_.
---~._---
. no movimento univcrsil~rio, on-
...
--~l~ E S E H V A O O
200
,
!
L~
\
o grupo vencedor, de posies mais moderadas, pregava a
unidade da organizao e, liderado por Daniel Aaro dos Reis Fi
lho, Wladimir Palmeir~, Stuart Edgar Angel Jones e Luiz Eduardo
Prado de Oliveira, prosseguiu o trabalho junto .:lOS estudantes d.:l
cidade ~o Riq de Janeiro. Alguns meses depois, entretanto, radi r
calizaria sua posio, adotando um militarismo foquista. l.
Ii
rflESEnVA~O 201
- I
I
, 1967, enviou uma carta ao PCB, rompendo definitivamente com o
i Partido, acusando os membros do Comit Central de manterem-se
- ,
nos cargos "a poder de cambalachos" e tachando o orgao de ser
uma "espcie de academia de letras, cuja nica funo consiste
em se reunir". Sobre sua ida Conferncia da OLAS, Marighela
afirmava na carta:
"E evidente que compa~eci Jern pedi~ pe~rniJJao ao Comit~
Ce.nt~al, p~irne'<'~o po~que n.o .tenho que pedi~ l.<.c.enca pa~a p,tat.<.--
c.a~ atoJ ~evoluc.'<'on.~'<'oJ, Jegundo po~que n.o ~ec.onheco nenhuma
auto~ida~e ~evolucion.~.<.a, ne~.te Cornit~ Cent~al, pa~a de.te~mi-
na~ o que devo, ou n.o, 6aze~".
iH E S E~_~~o
o, _ _
In E S E fl V ; ~ ~ 202
Gn V_~!: O
[~E 203
----..
-.--------
~~ F. S E n V l~vO I
- ----.--
lRESEnVA~~J~ -2-.04
o caminho
da luta
-
Revolucionrio.
da luta armada",
armada possivel
Afirmando
varrer
que
o PC do B
"o caminho
osistema
destaca
poli
tico criado pelo golpe de primeiro de abril e conseguir um novo,
pOder": Aps os costumeiros ataqu~s URSS e a Cuba, elogia a
Albnia e a China, e cita Mao Tsetung como "o maior marxista-le
ninista da poca presente, o inspirador e guia da Revoluo Cul
tu:cal". Esse documento faz referncia a uma "Circul'.r d Comis-
"
'-
SEIlVADO
rI1ESEHV~LO 205
~,
~$ E I~~: ~)ll
i-------------,-~~S E H ~ 1
0 .. _ 206
J quim (19).
J i 1\ f. S E 1\ V...'~~~
--
r n E S ~-~ V A G 0"'-' 208
17. O IV Congresso e os
rachas 11.
da POLOP
(20) Entre os lderes da dissidncia estavam:' ngclo Pezzuti, Carlos Alber I '
IH E S E 11 V..~~~
L _ -- .- .-- ..
/'
209
'j
~ilson Egidio Fava, \Valdir Carlos Sarapu e Joo Carlos Kfouri
Quartim de Horai.s-,selando antig,o namoro com os ex-militares do
Movimento Nacionalista Revolucionrio de Brizola, criaria, em
1968, a Vanguarda Popular Revolucionria (VPR).
"
'-------------1 R 1: S E n V f\ ()/p 1--,-. ---------_-1
_ ...-~--- ..
t" ---~l
~ E S E R V A O~_. 210
IRESERVADOl /'
.. I ....-.---'
'HESlI{V/t.ol '<J 21J;
No ano de 1966, os dominiCilliS-
de so Puulo pr~:mh;v~i.:1m
o
que denominu.ram a "SemanU.d.:l.
Liberd.:l.cle".
A essa reunio, cuja
tSnica foi o incitamento rebelio, compareceram not6rios e co
nhecidos esquerdistas. Ainda nesse ano, dava-se o ingresso no
convento dessa ordem dos jovens Oswaldo Augusto Rezende Jnior,
Magno Jos Vilela, Luiz Felipe Ratton Mascarenh.:l.s,
Ives do Ama-
ral Lesbaupin e Carlos Alberto~tibnio Christo, originrios
do meio estudantil, onde atuavam poli ticamen te comprometidos com
idias esquerdistns. E~breve, j como religiosos, iramos cons
tatar suas atuaes em atividades e organizaes subversivas.
Em 1967, mais urnareun~~p c1andeseina seria realizadu num
convento religioso, desta vez no dos dominicanos de so Paulo,
J o qual, por isso, j se ia notabilizando. Ali, no incio do ano,
~
houve uma reunio do chamado DCE-livre d~ Pontifcia Universida
1 de Catlica de so Paulo (entidade ilegal). Tambm nesse conve~
to, numa iniciativa de seu Prior, Frei Francisco Pereira de Ara
1 L~ r: s~~~ [) O
--- ..._~--
,
I
P'---------------\: R, E S E. n V l\ C O
212
"
pareel~ da Igreja poderia obter col~borao para suas ativida-
des, o PCB incluiu na resoluo poltica de seu VI Congresso a
seguinte proposio: "A posio da Igrej~ Cat6lica, na qual po-
Q~~osas correntes se identificam com a~ foras que lutam pela
paz e pela, democracia, cresce sempre mais em importncia (..).
A frent antiditatorial inclui tambm correntes e lderes reli-
giosos. Da o importante papel da ala progressista da igreja c~
t6lica. Nosso objetivo principal na luta contra a ditadura pro
mover a formao de um nico bloco de todas as foras de oposi-
ao (.)"
,'-J----------.--;-[fi f. S E fiV_:"..:! O
o .~~ ~~:.--J
t: 1\ '
r-------------fn E SE n V A ~~ 213,
1.------------[ n E S E r~~,~~~-.--------------'
--'--~-----'-----.lR.E ,S E H V A O~
IRf.SERVi\O
.' I ....-.---' -
I /
Nesse ano,. as dissid6ncias que se-haviam formado em tor-
no da linha poltica dos Partidos Comunistas, a que a POLOP no
ficou imune, comearam a definir-se e dariam margem ao surgime~
to de nada menos do . que nove organizaes optantes da lu-
ta armuc1a, sendo cinco oriundas do PC13,duas do PC do 13 e duas
da POLOP.
,
\
\
CAPiTULO V
1968
1. 0 "camin.r.odas pedras"
.
Quem desconhecia a preparao das esquerdas para a luta
armada at poderia prognosticar que 1968 seria um ano tranq~ilo.
Pelo menos para o Congresso, ele comeava ao velho estilo - com
uma convocao extraordinria, por mera convenincia'dos que.to
maram essa iniciativa. No havia pren6ncio de crise institucio-
nal iminente, nem os projetos em pauta justificavam essa provi-
dncia.
'----~--------[R ES~_R
V_~~) O
'------ ...-.--
. - , ~ __ ." ~ ~ ,- ~, # _ ' """"'-'-- -._"-,_ _~--_
------------[ 11 E .s E 11 V A ~ O 217
\ n~tia-sc no que
L:10 pela 1.~CV01U'ii{),q nc :;{, r'~'I~ (' n' jj ,.1\
r---'-- ~
~::'~~.~'. :~.~l~ J.
.-
IR.ESEHVAG o 218
2. A retomada do desenvolvimento
" ,
P I B
ANO INDSTRIA AGRICULTURA
REAL "PER CAP.ITA"
1956-62* 7,8 4,0 10,3 5,7
* Mdia anual
I
I
.Esse crescimento e ra dCFcorrente de um processo rduo, sem
demagogia, que demandava tenacidade e coragem-polItica para en;
frentar a inevitvel impopularidade, enquanto seus frutos esti-
vessem em maturao. Devia-se a seyeras restries ao oramento
do Tesouro, ao abandono de subsidias patern~listas e as refor-
mas institucionais que modernizaram o aparelho do Estado.
3. As pedras do caminho
1..-
1- --
rR E S E n V A O O 219
.'Aras
.
/i.i9a:das
ao Governo, tanto militares quanto'polticas,
" " '. -' :.~".:'~.:..
,~./
.passavam a'd.eil.unciar
o carter subversivo da Frente.
:; o,"
. .'No:~:n'4,o
conseguido demover as reas militarescom as quais
se' l.1.gava da'-:s.t:!vera condenaco que faziam de seus acordos pol.-
".ticos.c~m'
'Kti~itscheke G0l:1lart,Lacerda iniciava a chamada "guer
rilha"verb~lll'".- provocar a tal ponto qu.e se tornasse 'inevitvel
uma reaii.o.
'Aps fazer acusaes genricas de corrupo a(~minis
trati va, 'sc~ func'!amento,acusava os Hi.nistros de Estado de se-
rem "vendidos.aos interesses estrangeiros".
(2) Para conhecer as verses do pl~ncj3mcnto fiubvcr~ivo d:\ frente Ampl:l que
circul:l\'~n\ cpoca. ver em "Os r.OVl'rno~ lllllil;ll:C:;". de nlio Silv . , c\;)
Colc;1O "Histria da Repblica H)a!.ilclra", Ellitora TrC:~, V0h!\1IC; 20, p~-:
r.ina fi'.. r ---:--',n I
l~~E S [ ~~ ..~.~}~-. ---------------'
I ~
[~ E S ~ Fl V f\ O O 220
--------.- ----
..-. ~_4_. __.... '4'_.'_~_
[n E S E R V A~~ . 221
---------L~~:
..~~~.~
...- -:- [R E. S E H V /\ [; O 222
.
olicia na Avenida 'Rio Branco,. quando 'foi morto, por uma bala
.
erdida, ~.7~ -1-.!n~I.~}1i~.
... Resolvendo ...
se capitalizaro f~
o, o cadver foi velado durante toda a noite na Assemblia Le-
islativa, quando foram pronunciados inflamados discursos con-
a "ditadura milit~r", sombra ~e retratos de Guevara. No
seguinte, o enterro de Edson Luis, elevado a condio de
"mrtir estudantil", reuniu milhares de pessoas que, no cortejo
Cinelndia e o cemitrio so Joo Batista, prometiam vi~
chegando a depredar um carro da embaixada norte-america-
a incendiar uma caminhonete da Aeronutica.
ram romper, o cerco a fora, quando mais ,lo dU<ls cenLenas foram
presos.
(fl) Car.o, A.: liA Esq\lC'nla Anll:ld:l no Br:\!;il", Hpr;\('s EJilure!:, Lir.bo:l-)\Wlu
"'\1 19-j(J (1(."";",,.,,'-" ,1
.. . U1'l:1;llll'\ 1",11111'1')"1 1))'iI1'\ 3/1 -
-i~\
,,", , . ,.-------~- -- .... -.. ,. .. , I t' ,
E S E n V_~~~..':.~-- -
P---------------J H E S E H V A G~
22
I ,
sao de generais
(9) Sirki:;, A.n.: "0S C;lrhoni\rior., eloh:\l Eclillwa, ~.P., 19l)/l, 1'51'.. 9!t.
Ca:;o, A.: ",\ r.$qUl'nb. !\n:~;\d:\ no \\\':\$11", ,ohr<1 .ii Cit:HIa, p;:;. :n.
(10)
,-----_._--\-
HE ~~ E H V Il,Y
l----------t .._~
__
.l
I"
I;
I
' . .1
e-- I~E E n S V A~ O 228
. IRE'SEIlVAD~
que o desencadcamento da luta so seria possi.vclse o seu "brao
armado" sasse do meio estudantil. A classe operria, ainda ap
tica, ,e o campesinato, aba~donado e disperso, no poderiam ser
arregimentados a curto prazo. A juv.entude, radicalizada e fana-
tizada no interior da~ escolas, era o nico instrumento que po-
deria mobiliar as organizaes militaristas que estavam surgi~
do. Nada melhor~do que uma priso em massa, envolvendo comunis-
tas e inocentes .teis, para servir de bandeira e jogar essa"for
:,
i I.
I
"agente do imperialismo ianque". \
_________
-----1 R~ SEHV h L O~----------2-3_0
6. As manifestaes operrias
Trs eventos significativos marcaram a atuao dos opera-
rios no ano de 1968: 'a greve de Contagem, em Minas Gerais, a ma
nifestao do 19 de maio, na capital paulista, e a greve de
Osasco, em so Paulo.
A greve' dos metalrgicos de Contagem estourou em meados de
abril, entre os operrios da Belgo-Mineira, estendendo-se, pos-
.teriormente" para a Mannesmann, a Mafersa e outras fbricas. Os
operrios ocuparam as fbricas com grupos de segurana e, atra-
vs de piquetes, conseguiram a paralisao das demais. Apresen-
tando a reivindicao de 25% de aumento, fora da'poca'norma~ do
.dissidio, os operrios receberam, do Governo, a contraproposta
de um a~ono de emergncia, que.f~i prontamente recusada. Nega-
ram-se, inclusive, a dialogar com o prprio M~nistro do Traba-
lho,'Jarbas Passarinho, que fora ao local. No dia 22 de abril,
havia cerca de 15 mil operrios parados e 16 empresas afetadas.
No dia seguinte, a polcia nilitar ocupou a cidade e prendeu os
lideres, encerrando a greve.
Em so Paulo, a situao'era mais'critica, em face da
maior quantidade de operrios politizados pelas organizaes co
. '
p5r,inn 58.
______________
.Jrl_R_F.~~_~-~~~J---::;/--------
J. ~. . 231
[ RE S E R V A~ O t----------------,
j .
balhadores, com a presena do prprio governador paulista. A Opo
J sioSindical,
s autoridades
apesar
governamentais,
~
de ter-se
.
posicionado
resolveu participar,
.
contra
s que pre-
o convite
J .parando
a tribuna
urna "pequena"
e expulsar
surpresa:
o governador,
Foi montado um plano para tornar
preparado pelos dirigentes
da VPR, da AP, la Ala Marighela e da UNE, com o conhecimento e
J o apoio de outras organizaes comunistas.
da s estava apinh~
j j
jda de gente.
No 19 de maio,
Quando
dia do comcio,
o Governador
a Praa
de so Paulo, Abreu Sodr., .co-
~eou a falar, um militante da VPR cortou os fios do microfone,
J )como sinal para o incio da baderna. Sob urna chuva de pedras,to
mates e ovos podres, a comi ti va do governador foi expulsa da tr i
Je M
buna, refugiando-se na Catedral. Sob um imenso retrato de Gueva
~a, vrios oradores revezaram-se na tribuna, todos com contun-
J. ~deJ1tes ataques
i
. "di tadura militar".' Um deles, conclamandC? pela
maliana dos 'estudantes com os op?rrios, era o militante da AP,
r~
j '.
~Luis
!i
Gonzaga Travassos da Rosa~ ento presidente da UNE.
.------- __--1
. I
G- E S E j{ V /I. L O 1-- 2_3...,2
(16) Cnf,o, A.: "A Esquerdn Armada no Brnsil", obrn citnd'n, depoimento de
Jos Ibrahim, piOsin"
e~
Be[,
F. 5 E n
n,
V " O~--~-- .....J
------------- ----------------------------.-----
------- .. -.- ....
LR~ S E R V A O ~r-----_-_---_-2-3-13
'.. ..
~am~fun, a Comi~so Nacional de Controle, a Comisso Agrria e a
'Comisso Cultural.
(17) Compunhnm, aindn, <l Comisso Exccut~V3: Ol~lnnd(l Bonfim Jnior ("Jor-
ll
ge") " Gct'nldo Rodrigucs dos Santos ("Harcclo , "Ner.,r.io"), Zulcika DI
Almnbcrt ("Hartn") c Jai.m~ Amorim l16 Hi.randa (IIJo:io"), como efeti-
:vos; c nrcules CorrC'i3 dos Reis ("H.1C'-<~do"), Antonio Ch3morr.o ("X~-
vi.er") c Halter de Souz~ RihC'i,ro (I'BC'to"), COlnO 5\11'1 entes. Foi elei-
to, tnmh~m, \Im Secret~ri3do composto por Giocondo nins, Jnimc Amorim
.
de M1r~nd~, Fernnndo re~e1ra . \..
C1T.'lstlno ('''f 1 li
~ e~;, "Cl "",' ") 1 ~.1 uC I\1-
,.0Ge
\}\I<1\lCLC1\lC S~lcs ("}iarcos") c Itair Jos V,closo ("Pedro").
r R. ~ S E H V A
I
(j o 2
( 18) Faziam parte do Comit Central, alm dos membros da Comisso Executi-
va: Nicolau Tolentino Abrantes dos Santos, Thomaz ~iguel Pressburger,
Helena Boaventura Neto, Geraldo Soares, Salatiel Teixeira Rollins,
Jarbas Amorim, Higuel Batista dos Santos e Osmundo Bezerra DU.:1rtc,
alm de Rmulo de Arajo Lima, como suplen~e. Outros militantes compa
rcceram a essa I Conerncia do PCBR, dentre os quais Lincoln Bicnlh
Roque, Roberto Ribeiro Martins, Valdir Salles Sab6ia, Lnuro Reginaldo
da Rocha, Luciano de Almeida, um militante de nome Luiz (codinomcs
"11ugo " c "A n.''') c outro, do Esplrlto
. . .
Santo, conhecido por "Nilo".
(19) O rCBR foi orr,anizado em Comit Central, Comit Executrvo e Secreta-
riado, Comits Rcgionain, Comits de Zona, Comits ~Locais e Orgnniza-
c.es de Bnse.
..
I,
II
HVI\LO 235 !
(20) O gnlpo de H:mocl Jover Tclles C'ra intC'r,rauo,'cntrC' oul1:os, por !\nn:l11
do Teixeira Frllctllor.O, G~aldo $oan.'l;, lll'i.cna no:\V(~.nlllra NeLo, Roher-=-
to )~iheil'o Hartinl> el' ;--~-'''':---Jll1C'
---------l':~E S E n ~_!.'_I~.>1 -.----------- ..J
236
mil dlar~s.
Jorge Hedeiros Valle - o "Bom Burgus" ingressou no
Banco do Brasil em 1952 e, ati 1964, nutria simpatia pelo peB.
A partir de julho ele 1968, valendo-se de sua funo t'
na ag6ncia
Leblon, no Rio de Janeiro, mediante a emisso de' Ordens de Paga
mento fictcias, desviou bilhes de cruzeiros velhos, trocando-
(21) No Secretariado, ~o lado de ApolBnio Pinto ~e Carvalho, foram inclui-
dos Salaticl Tcixeira RolLins.c Higllel Batista. dos Santos. Na Comis-
so Exccu tiva, alm de ApolBnio de .Carvalho. pcrm:mcccr<lm H5rio AI vcs
de Souza Vicira e Bruno Costa de Albuquerque Haranh50. aos quais se
juntaram Nicolau Tolentino Abr:mtcs dos Santos, Ren LOlli:;Lallgcry.de
Cnrvalho c Jarbas Amorim. Para o Comit Central. or:11\1 cham.:1dos L"llIl."O
, .
os por cerca de 1 milho de dlares, depositando-os num banco
da sula. Usando parte do dinheiro para satisfazer suas ambi-
6es pessoais, o "Bom Durgu~s", acreditando que a luta armada
derrubaria'o regime'brasileiro, passou a distribuir a outra paE,
te para as
. ...
organ1zaoes
.
que pregavam a violncia. Tornou-se, a~
sim, o grande "m'ecenas" brasileiro, financiando, de imediato, o
PCBR e, no ano;seguinte, o MR-8. Com o dinheiro, o PCBR'p&~e pro
fissionalizar um maior nmero de quadros e montar uma razovel
infra-estrutura, adquirindo, na Guanabara, cinco apartamentos,
uma grfica e dois automvei~.
.
poca,o PCBR chegou a ter cerca. de 200 militnntes ativos, com
os ,maiores contingentes nos Comits Regionais do Nordeste e Su-
deste.
(22) Or. Comit.s Regionais estavam assim distribudos: CR-1 (Centro), [onn~
do por Gois e Distrito Federal; C:\-2 (Nordeste) - Sergipe, AlllgC\:lS,
pcrnnmbuco, Paraba, Ri.o Grande do Norte c CC<lJ"ii; CR-3 (Sud'~5te) -Gun
nabar.:l, Rio de Janeiro e Esprito Santo; CR/.- S.10 Paulo; CR-5 (Suoo::
'cstc)-Par:m~, Bato Grosso e Santa ~'lt::lrina; e Cl~-6-1~io Grande do
Sul.
I --.------
L~~-:~~
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1 .._.-. __ ._ .. _ -:-.":'J'
...---.-----.--------1 nE S E il V A C O
238
tncia p'ara'
o partido, pela sua.riqueza de detalhes na orienta-
o lia preparaao da "guerra revolucionria" no Brasil. O segu~
do era intitulado liAsFormas Elementares da Guerra Revolucion-
ria" e o terceiro documento, "O Processo da Guerra Revolucion-
ria", estabelecia os detalhes.para desencade-la atrav~s da lu-
ta armada, na forma da guerra de guerrilha.
Integrado por dirigentes experientes oriundos do PCB e jo
vens sados das agitaes estudantis, com uma ideologia moldada
pelos diversos documentos doutrinrios e organizacionais aprova
dos e com urna infra-estrutura reforada pelo dinheiro do "Bom
Burgus", pde, o PCBR, dar incio s suas atividades revolucio
, .
nrias de luta armada, o que veio ocorrer em 1969.
In E S ~ 11 V A l. ~ 239
i'
I
Os grupos revolucionrios dev~riam preparar-se, treinando
tiro e defesa pessoal e participando de acampamentos onde pudes
.-
sem ir-se acostumando a vida no campo. As aes de roubar e fa-
bricar armas e munies, ou mesmo compr-Ias, tamb6m eram rotu-
ladas como atividade~ de preparao da gu~rrilha. a apoio finan
ceiro seria resul tanto de assaI tos ou contribuies voluntrias.
(23) Al~\Il dos 1.nos iUlolr.os) lnos nrctivo~ t~rin\ll \Inicie, Zild:1 ;1 }Iari-
r.hela. ('omCnl:llHlo-se, inclusive. que ~elllfilh() YlIri. Xavier Perci)"a
(" JO:lO:-IO") sCTi\ o ':r.'i.U'
<to ..., I t :"1,,,1,'r.C::l
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'"~, In;1o.
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240
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I R' E.S E Il V ::~ .
241
i
i
~Qs-Jundiai~ em agosto; ao carro pagador da Massey Ferguson,.no
'iI
Alto de Pinheiros, em outubro;. j,ndstria Rochester-Armas e li
~tl
'~Izio, Alex de Paula Xavier Pereira, ktonio Carlos Bicalho Lana, Anto
Espiridio
niO Neto, Benj.:l.min de Oliveira Torres Neto, lbrc)' Toshik
, ! iaki, Guilherme Otvio Lessin Rodrir,ues, 1sis Dias dr Oliv~ira, Jo-
~.~l
s Jlio de Arajo, Jos Luiz Del Royo, Jos Luiz Paz Fl'I'nand(~s, .10-
~ lj 'da Silva Tavares, Luiz Almeida de Arajo, Luiz JOSl~ cl;} Cllnh.:J, Nr
t Clo Leite Toledo, Naria ArnGlia de Araj '? Silva, Norb,:I-t () ~hcri~g, Pa~
~. ~10de Tarso Celestino da Silva, Renato Leonardo Nartll;lll1. Rlcardo
\SI . rApg<lut P\ulo Guilherme, Srgio Ribeiro Granja, Viri:lto X:lvier de Ne-
'o Filho, Hnldemar Rodrigues de Nenezes, \~ashinr,ton 1\ c1:11 \J('r( o Mastro
~inque Martins, Yuri Xavier Pereira e Zelik Traj Ber.
,(26) ~Ptrticiparalll dessas aes os seguintes elcl1IL!ntos: /\tl11l I'OIl l'ilho, ~b
Hoel Cyrilo de Oliveira, Deni.sop Luiz de Oliveira, .lI':;"" /\lp'I'ilil Fi'=-
lho, Miguel Nakamurn, Frnncisco Gomes d.') Si.lvil, /\)'rt"ll ~:,dlil'().r; Cal-
dcville, Naria Ap'-lrCc.id.:l da Costa, Jono 1.('on:1r<.lo d:l Si !\",' I\"ch.l, 1'a-
kno Am.1Ilo" Ney da Costa Fnl.c.:l.o, \'inlcius Nec1ciros C:I1,i"\'III", C:lrlos
Henrique Kn:lpp, El i.nnc Toscnno S.:lInikhO\"ski, BO:Il1l'rf,~':; ,.11' ::'1\1,':1 }1:1S-
S:1, Itobi Alves de Correi<1 Jnior, Cnio Ven:incio :'1:11'1111':, 1\;).\ de Cc'r
queirn Cc~.ar COl'hisiC'r U<ttC'lIS; C:.11'10$ M:ll.ighc~l:1, :-1:.1:' " .. '\111 II:tin Br,i-;;
de C.1rvnlho, Arno Pires, Virglio Gullles da ~~ilV:I, ::'1;'.1 .. !:,!,rt.o COlo
rei<l, .10;;0 C.1rlos Cav.-l1santi. Reis, Ayltol} /ld;11bl'r~" ::.'11.,( i~ (:1']S;
An tunC!~; lIo!"l" , Ca rIos
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R E S [ H V II L O 243
..
de Dulce de Souza Haia. O contato deu-se nos meios teatrais, on
de Frei Beto atuava como reprter 'da llFolha d'aTarde". FreiDeto
chegou a participar de um jantar com'Onofre pinto e foi aprese~
tudo por Dulce a Isaas do Vale Almada~ ambos membros da VPR .
.
A'unio dos religiosos com as organizae~. subversivasera
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245
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--------------r; E ~, E R V f\ L O
246
Ainda em ..
1968, o grupo.realizou treinamento de guerrilha,
exerccios de tiro com metralhadora INAe revlver .38 e aind~
experi~nciai com explosivos a base de clorato, nas proximidades
do Rio Bartolomeu.
(29) Os nutores do documento foram Gil1c)' lllorilll Viall.:l, lIlcio Percir.:l For-
tcs, Jos Jlio de Arajo, Ri.cnnlo pg:l\Iil ]':1lI1o Cuilhcrr.lt' l' ~1:1t"o R"bcr
to Galh.:lrdo ZanCOll.:lto -todos ex-membros do Comit ~llIlli<.:ip.::ll do PCB de
nela l1ori;~orltc.
(30) SCf,u11l1o n Correntl', "a C.l:lS5C operria bra5 1c l';\ s pCHkr.: di.'~;Cllllh~nh:tr
o p:lp~lllid.g{'ntc no plOCC~~;o da n~voll1l;;io ::e tivl'r ~ SII:I (l:(~nl.L: Um p;lr
tido de v;mgll:\l'dn guiado pdn tcorb lIIarxi:H:il-Jrnini:;ta. C01(ll';I-~il' n:i
onh'l\I do di;) n l'C'constrll(;tl.O do p:ll:tido lIn ~~la:;sc opcr:iri:l, (>11\ todo:: 05
tl'rn'nns: ..i.!~,,".
idl~oll:;gico, nn.1..)JI.:..0....! _I~!:~'.~.~~
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-I~ E S E H V /I. L O'"
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250
,-
(34) O Comando da Corrente ficou consti"tuld'o por Hrio Roberto Galhardo Zan
conuto, Gilney AI110rimViana e lIlcio .Pereir<l Fortes, asscssorndos por
Jos Ad;o Pinto, que era o responsvel pelns atividades de logstic<l
du' orr,anizao, sendo inclusive o depositario do <lrmamento.
(35) Particip:l1.-am do <lssalto: Lcio Dias NO~llC'ira ("Ho(~rigo"). Nelso.n 'Jos
de Almeid<l ("Beto"), Jos Alfredo ("Henriquc"), Lei.la J'>ias ele Arajo
("I.ia" - "Laura") c Jos Ad~o pinto ("Lu{z C:1r1os'" - "Evnldo").
----.-----l.~:.:~~
..~ ;~~J----------------J I~\':'"
252
E~V.:'~l~l fi "
,. -------_. __ -. C- :.,- ---*9 .....
r~.... ~ __ ._ .. _
.
IRESEilVI\Lo l -
254
I
No segundo semestre de'1968, dinheiro passou a nao mais
faltar ao PCR: Ricardo Zarattini.Filho conseguiu-o em quantidade,
atravs do Partido Comunista Brasileiro Revolucionrio (PCBR),
que o recebia do "Bom Burgu~s".
Em agosto, "Capivara" arrendo~ o stio "Borboleta", no mu
nicpio d~ Palmares, em Pernambuco', que passou a ser o centrodo
trabalho de campo do partido, atuando com um grupo nas 'regies
de Barreiros, Sirinham, Rio Formoso, gua Preta e Joaquim Nab~
co. Alm do trabalho de recrutamento e divulgao do comunismo
no meio rural, praticaram atos de sabotagem, como a queima de ca
naviais e de engenhos.
Influenciado por idias militaristas, Rica~do Zarattini.foi
expulso da organizao, em dezembro de 1968, e com esse ato a
fonte financeira do PCR secoU e seu incipiente trabalho no cam-
.po no evoluiria. . ..
i
\
255
(42) Esse grupo de a~o da DI/GB era constiturdo por Daniel Aar~o Reis Fi-
lho, Joo Lopes Sal~ndo, cid de Queiroz. Benjrunin, Cludio To'rrcs' da
Silva c StuartEdcnrd An~cl Joncs.
I.H r: s ~ n V-..~-".-_l:.-O-! /
_-----.~-
.. -.
bara, que foram constituir novos organi 7.ue~;.EIlt l't~ t.)n~o I <1 cmra
ximao da Dissidncia Leni.nist do PCB no Rio GLlllc:1Celo Sul
(DL/PCn/RS) trouxe um certo alento c:t POLOP, l t'llll0 r'l:1
vista C:1S
(/.3) Entre os princip:lis nll1.it:mtcf, d:l nnn, :t1.("1l\ (lo:; 11;:~; p Ci~:ldp~;. <'IH'Orl-
ll":l\':lI1\-~;e Fern"ntlo Luiz. NOt',lIcir;t Ih, ~Oll:::l, CLj'lllin .h'!"!,, C::llll.11":I, <::1\'10:;
Hine' n,'\IIl\fl'lll, Srr,iu de r~ri:l PinhCl, Ana ,c:l'i::1ill:~ ~..I1I.lI. '.'i I ~;Illl Thillu;
('0 ,hlliol' I' Fl:vi:l lh'IC;::-:~'':~'.!>::)-:'::: tI(, Thlll"l."ll,
i.~.~~
..::.~~_:~
.. ..:~,",I~~l.r------"------------
...
---------------,
r~
... .
E S E i1 V 1\ ~ O
--
258
(44 ) o Comit Nacional (CN) eleito nesse Congresso era constitudo por ~ri
co Czackes Sachs ("Ernesto Hartins"), Eder Simo Sader("Raul Villa"):
Celci Kamayana ("z Paulo"), Fbio Oscar Harcnco dos Santos '("Emi-
lio"), Flvio Koutzii ("Laerte"), ~larcos Faerman ("Gerson"), Otavino
Alves da Silva ("Ablio"), Peri Thadcu de Oliveira Falcon ("Romero'~ e
um estudante de nome Jari. A suplncia era form.:lda "por Nilmiirio de Ni
randa ("Augusto") e mais dois,conhecidos por "Arm.:lndo" e "Azevedo". -
(45) O Programa Socialista_para o Brasil, adotado pelo partido, considera-
va a FER como o ~mbriao para a sua criao y e seus integrantes ti-
nham que concordar com o carter socialista da revoluo. A dificulda
de dessa concordncia levou o POC .:l p~anejar (\ constituio de uma
"Frente Onica ProletnriLl" (FUP) , que, ao contriirio dLl Fim, no exclui
ria aqueles que no defendessem o carnter socl:llistLl da revotuc;o-:-
Suas lutns t5ticas seriam centradas na lutareI:! autono.ml:1 sindicttl,
tnl como constou de um~ circul.:lr intern.:l, o "Informe s Clulas" do
Secretariado Executivo N.:lcionnl (SEN), d~tado de maio de 198. '
_______________ '[~~.:~-:__I.~::::,_ll,~
... _._ .._. __ _------._-~-_ -~ -~_ _._
... .. .. _ .. ... ~-----.
__ .
259
~
cabana, no Rio de Janeiro (47)~
(/,7) n~$sC's' :!ss:!ltog, onde for~m rO\.lhndos cc>ntcn:\~ de mi1han's de cruzc>iros
e morto \.Im civil, p:lrticip;1l"i'lm i\nr.l'1o P<,'zzuti <In Si]v:!, Juar.ez GlIilll.1-
re-s de Brito, A(onso Cc>lso L:l1la l.c>itc, Antnio P<"n.il~a ~1.1tto5. J(');jo Ll~
C:J~ Alves, Hllrilo Pinto cl:1 Sil\':l, S,'\'C'rino Vi:m.1 Colou. PC'dl"O I',wl., ;;!',~
tas, lr.alli C:Jnpos, Jorgl' 1~:lim\l'Hlo t::lhar., Hlurlin Vit'ir:1 dc' !.tt ..."'t. \:i~....,.
Sl-l"r, io HCIH'ZeS ~I:tccdo. F:l\1s to }l:1t'h;ldo Fl'(! i "t. I:n.i 11 ~:,;r.,~!"nie l"I.;;lt'n r. OI' f'w-
lio 'Antlno
. , nittcncourt --- 1.'~~i(l:1., - :1~~".,~
,----.'(~(' . n't;nu,"'( )\)">1."1' .<t'.l,t)nr
c\1' Oll\'r:r:1,
.. .' \...--...~t
1' t.
1___ '" .. .'...
'/ ,.-.-Jl
, ... " '1'1 rOl
/
/'
.. -
o
.r~
ano seguinte seria crtico para 'o COLINA. Uma seqncia
E S E ~ V ~ ~ iJ
262
--
Nos trs ltimos meses de 1967,
com a POLOP ~ongresso, de setembro, estava
no I
a formao de uma_I1y'~__
articu~
-------
organizao, de cunho mili
o grupo foquista que lira
---
(48) Participaram desse assalto: Onofre Pinto, Pedro Lobo dp Oliveira, An-
tonio Raimundo Lucena, Jos Arajo Nqbrcga, Jos Ronaldo Tavares Lira
e Silva e Otaclio Pereira da Silva.
, (49) A primeira direo da VPR ficou constituda por \.[ibon E~dio Fava,\.[al
dir Carlos Sarapu e Joo Carlos Kfouri Quartim de Horai.s. pelo grupo
dis&id~nte da POLOr, e Onofre Pinto,' Pedro Lobo de Oliyeira e Di6~c-
ncs Jos~ de Caivalho, pelo ncleo de remanescentes do Movimento Nacio-
nnlistn Revolucion~rio. I
--_._--------~::=.::.~.:_~.::::.~--=-.::::--=--
..
_-'-_._-~-----
-' - - --.------ -------------- '-~~--- .... .....
--.- --~._
' .. ......-.
-----
[fi E S E fi V /\ L O 'Aoi,da. vfR 263
., ~". O"
264
\RESERVf\O~
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E S E R V f\ O O
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.. -._----::~~.:_-,_ _--~---,--:.---. -.---.-.-- ..---------
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oA __ . _ "
265
ga.va uma pa..ta'" de C.OtlIl.O na. qual no c.abc./l.i..a equ elL umCl Cl,'UlIa pe-
f
qu.ena. Pode.ll..ia .tC!.1l. .&:.tclo dom.inaclo pelo.~ do.i, jOVCIl.6 e. o.'tte~, e, JII
I,
alm d.i!.>.&o, ]Jll.Oteg.ido!.> pe.e.a c.obell..tuILa de "Ge.ti..e..io", C!. !>.ta.c..icnado ;~
II
a meno.& de 30 lIIe.tll.o!.> do loc.a.l c. .tambm aJLl1lo.do. POIl. C{tlc. e.nt.o ill
I'
t
a:t.iIl.Ou. na.que.le /tomem? POIl. que mat-lo, ~e a. i.n.ic.a ajuda que. po-
dell..ia Il.ec.ebell. v.ill..ia. de uma ll.g.il e a~u6.tada dona-de.-c.a~a, que
a-!>.&.i!.>.t.ia .tudo pa.ll.a.lL~a.da na. c.a..tca..do.? E.te.!.> pode.Il.-<.alll .tl1lple.n;\'..Jl.te
golpe-lo na. c.abe.ca - uma'.imp.te e. do.tolt.ida, Je.m dv.tda., ma~ i \
neto mOIl..tal c.oll.onltada. . "j 1
I :
: - em 6 de dezembro, segundo assalto ao Banco do Estado de
so Paulo,
, da Rua Iguatemi; e . .~
'. - em 11 de dezembro, assalto a Casa de Armas Diana, na Rua . 'i
I
'! .~
(51) Essns aes foram pro1ticndo1s pclos scg\1intC'~: l::il it:lllt."::: ~I\o[rc Pinto,
rcdro Lobo de Oliveira Antnio Rnil1lunoo LUC,'1I.1, ,l.';" l\r:llljo de ~bl:e-
gn Jos Ronaldo 'l'nvlr;'s de Lira C' Silv", ol:llil i !"'r,'ir:, d" Silv<I,
'!.
C1nudlo , de Souza Rl)ClrO, 'I " O svn l' 10
I 1\11
A t .01\1
- 'o c\p". .;,. IlIl ,,'; Ilil~"'~IH'" ' . ,J Cl5l! C.:1r
vnlho de Oliveir.a, lI.:1\11iltClnF('cn"llHlo Cunh:l. :Lil..~, .\I,',"l'tu ~l:trtini,Ed
ln:do Leitc, \~il~on Er,.t1io F<1va, Salllllc] ];1\'1'111,'1:', 1," ,1';1.1:; f)u\.:hot', ReI
n.:11do .Tos de ~Iclo, n.,r.cy ROllr.igll(,S, ~ll'lcid,'~: 1'.,)11.:,.' ''',I (-"::t:1,lllnio
- " .I (' ] \ 1 I 1' , 'I I. ' , ,'\I I I ' l" 1
Roberto f.spinoso1, Jono D01l\lngos u.:1 .-1 \':1, I' ,,'.' :.' . <'I_"l vn,Rc
no1t<l Ferraz GUCl'r.l de ntlrndl~, Dll]Ll' (h' S(lll;'.,l , .11 .I~ .,," II \I\~()ll() Ilrnz
de Cnrv,11ho,
llcrlllL'I>' (.alll.11"go ''I.'
B<1tlgt:l, "1 i I 11\I 1 \I 1 I '1 I' 'I 1\11 t)' \110
10 . ~
1 ,
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r,\Icir:1 Filho, Chi;~llo OZ:lV:l, Jos' Rail11l1ll dl1 .1:\ 1'.. :..1,1 1:,\\1'1 t\lllniodc
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1~~$ oriundo5 do Movimento Nacionalista Revolucion~rio,
I
_ "'polticos.ou "leninistas", oriundos da POLOP. Numa re~-
nlio, ora chamaua de conferncia ora de congresso, realizada no
litoral paulista - conhecida como a "praianada" -, os "milit~
ristas", apoiados pela adeso de Carlos Lamarca, assumiram a di
reo da VPR e expulsaram Joo Carlos Kfouri Quartim de Morais
("t-1anoel"),Wilson Egdio Fava ("Amarelo") e sua mulher Renata
Ferraz Guerra de Andrade ("Cecilia"), que, em seguida, fugiram
para o exterior, sendo o.primeiro acusado de ter levado dinhei-
ro da organizao.
I n f. S E n V_~~l~
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.tlt.6 ca.ltlte..ga.dolte: de. tlt.t.ltta. ba.f.a..6 cada. Uni; o o Lt.tItO , Ulll Ite..v.e.-
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dec..t.d.t.do .6.o U61..C.t.e..I1.t.6 pa.lta. Itea..e.lza./L Ullla. ao de jUl.J:t:.tCLIlle.H-
J a. coelt.tulta. a.ltma.da.".
Ij
diram suspender a ao". Quatro dias depois, em 12 de outubro
~j de 1968,
li
ii
U Chanc1ler dirigiu-se para a garagem e retirou oseu carro, em ma!
cha a ri. Enquanto seu filho, de 9 anos, abria o portio, sua e~
\
i
'.,
posa aguardava na porta da casa, para dar-lhe o adeus. No sa- 1
\ Pedro Lobo, "ne.6_!Je 1..It.6.ta.n.tc?, UIJI dO.6 IIleLf.6 companf1c ...i.1L05 .6a.f..tou do
\
! Vo.tI~.6, ILe..vlvC?1L na. m.o, e d-i ..6pa.ll.ou. c.on;t!ta C {w.ncl.C.c.lL" . Era Dige-
nes Jos Carvalho de Oliveira, que descarregava, ii clueimu.rol.lp.:l,
os seis tiros de seu Taurus de calibre .38.
IR E S E 11V A 00 l /'
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......
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_-----~-----,-.....-----..- ---.------
..
.
I n E S E i~ V I, L O 269
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preso em 21 de abril de 1970 e banido em 15 de junho, para a Ar
glia, em troca do Embaixador alemo, outro seqestrado. No ex
terior, casou-se com Maria de Ftima da Costa Freire, filha do
educador cOl\~unist'i1
Paulo Freire. Aps passar por vrios p.:tses,
dentre os qUilis Suia, Itlia, Polnia, Chile, Por.tugul,'I\l:>:cf-l.ia,
.-
Cuba e Guin-Bis.sau, retornou ao Brasil, aps a anistia, e uqui
leciona Economia na Pontifcia Universidade Catlica de so Pau
lo e na Universidade de Campinas.
Dulce de Souza Haia ("Judit"), que realizou os levuntamen
tos sobre Chandler, foi presa em 27 de janeiro de 1969 e bAnida
para a Arglia, em.15 de junho. Tem curso em Cub.:t e percorreu
diversos pases, 'tais coma, Chile, Mxico, Itlia e Guin-Bis-
sau, onde passou a trabalhar para o seu governo. Retornou a so
P.aulo em agosto de 1979 i passando a desenvolver at.ividcl.cJes
em "mo
vimentos pacifistas", tendo sido eleita, em 1980, presidenta do
, I
,lI'Comi
t de Solida):iedade aos Povos do Cone Sul".
, .
,I
Pedro Lobo de Oliveira ("Getlio"'), o motorista na aao
criminosa, foi preso em 23 de juneiro de 1969, quando pinta'va
um caminho com as cores do Exrcito para o assalto ao quartel
do '49 R~gi.mento de Infantaria, de Qui tana. Em 15 de julho
de 1970" foi bani:do para a Arglia, em trocu do Embaixador ale-
mSo. Em fins desse ano foi.para
fez curso de guerri- Cuba onde
, .
iha. Aps passar por vnrios pases, dentre os 9uais Chile, Pe~u,
Portugal e Repblica Democrtica A~em, voltou a so Paulo, em
novembro de 1980, indo trabalhar comogeren~e de um stio em Pa
riquera-Au, de propriedade da familia 'de Luiz Eduardo.Grce-
nhalgh, advogado de subversivos e um dos dirige~tes na~ionais do
Partido dos Trabalhadores.
Finalmente, Digenes Jos Carvalho de Oliveira ("Luiz"),
que descarregou o seu revlver em Chandler, foi preso em 30 de
janeiro de 1969, quando desenvolvia um tr.:tbulhode campo em Pa-
ranaba, em Hato Grosso. Em 1.4 de maro, foi b1ldo pura o l'lxi
co, trocado pelo Cnsul japons (mais um do~~ c1iplol:\.:ttas
estr;.\n--
~eiros seqestrados), indo, logo aps, para Cuba. Em junho de
1971, radicou-se no Chile. Co~ a queda de Allende, em setembro
,1e 1973,' foi pura o Mxico c, dai, para a ItlLl, Blgica 0 1'E
tugal. Em 1976, passou a trabalhar par.:to (jovcrno da Guinl':-Hi ~~-
snu, junto com Dulce de 'Souza l-1nia;sua 'lnl.:1:~i\.
J\p~~ n ani:;lL\,
retonlOU il, indo res idil~ em Porto J':.l('~Jn~, onde v j
ao l3ru.s \,1' ('(l/li
u u.dvoqacJ~lr-\Lu~ili.nd(\
l\:~.\~n(\nde~;,
tcnf.l0tr;I));,lh.ltld <.'0\\.) .\~~!;l'~;!;()l (1" \'v-
""--'-'1r-----..- - .. - ..-.... --
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~'.~:~
...
1.J--------'----- ..
I
1
. [RES E"H V A I:~ 270
(53) Vinicius enviou um documento para a direo da AP, o qual no foi acei
to. Preparou, cnt5o, outro textQ, que seria levado i considcra~ da
orcnnizacco somente na primeira iReunino Amplindn d:l' Direno Nacionnl. ..
. .
muitos importantes'quadros abandonaram a AP. Em contrapartida,
..
tal politica alcanou -- e j vinha alcanando -- sucesso, atra
vs da participao de jovens ex-universitrios nas greves pe-
rrias e na agitao no cmpo.
--,----.,..--
f R E S ..-.E R v_~~~._w., "
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Em contrapartida,
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--- -~----~----------------------
_--~------,._-----------_._...._.----_._-_
...... ...
o I
iH
275
"clero p:r.:0gress.ista",
parlamentares, mi.J.itares naci.onalistas,
r
intelectuais e profissionais, o,grupo divergent.c afirmava que
:11 ~
os estudantes, por si s, no fariam a revolu5o e que se ceve~ I
riam colocar sob a direo da classe oper5ria. .r, ,
: H:
Inicialmente, o grupo de divergc~ntes gaGchos artiCulou-se
. .
em uma tend6ncia, atuando junto aos operrios c estudantes, sob
o nome de Tend6ncia pela AlianaOper5rio-Estudantil, procuran-
do, apenas, modificnr a linha politica do PORTo Acentuadas as
diverg6ncias, o grupo resolveu constituir-se em fra50, tomando ~
uma posi~o independente, c, em maro de 19G8, numa casa em Ca- Im
pa0 da Canoa, criou a Frao Bolchcvique 'rrotskist:a (FBrI') (62) I ~:
Alguns meses depois, em agosto, no sitio de Itacolomi, em I Ir.,!
1.1
I ,
Gravata!, nas proximidades de Porto Alegre, a FBT rerilizouasua
i Confer~nci~ ~II
- nn
(62) A
Nacional, que contou com ~ presena de
teve como fundadorC';,: Vito Antonio Lttizia,
represen~
'DC'ivis l1utz, l.uiz
Anlonio uo;. S:mtC'lf, ranovich t~ Luiz C.:lstilhos - estl'S n:1 uirc:1o: c 1I
alhla Vera Lcia ~;trin:.uini, cOlllp:1l1hcil":l dC' Vilo. Slvio Nogul'iril "
I
Pinto .Tlinior, J\lcx:l\llln~ Srlll1l'iuC'l"$ d" Silva, ,\\i) i /\lbpl:lo Br:mcks
(1:11 Zot l' sua companheira Jl1~~sara ScllC'Slasky, (.;l-ico ))ornl'lc5, Jorge
..i':':f" ~bgdil ~Ia1":\ t.a110\) i.
Edll:\n!o P i ntn IJal1:>('\l .t'-.~~'.I~.~~.':'~~:~~.1,.'
..I~_:~.._.l~I.J
lI)'
L~~_~~.~.o~
-'----- .----. I
27G
EESEHV/l.~o'l
. -
tantcs de so Paulo.
.
26. O surgimento da Organizao de Combate 19 de Haio (OC-19Maio) '
I'~
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I
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.1n E S E~ V A O O I---------.J..J.~
em maio de 1969.
arregimentar os descontentes.
No incio de 1967, Arraes recebeu a noticia de que os po-.
lticos e as organizaes consultadas haviam concordado com a
frente. Durante esse ano, o ex-governador pernambucano movimen-
tou-se, por diversas vezes, no eixo Argel-paris, procurando con
tatar e congregar outros asilados brasileiros.
Em 12 de maio de 1968, em so Paulo, foi realizada a reu-
nio de fundao do MPL, com a participao de Mrcio .Moreira
Alves, Mauro Borges, Frei Francisco Pereira de Arajo, Marcos
Correia Lins, Miguel Newton Arraes (primo do ex-governador) ,De-
jaci Florncio Magalhes, Piragibe Castro Alves, Raimundo Mon-
teiro Alvares Afonso (irmo de Almino Afonso) e os operrios
metalrgicos Vitelbino Ferreira de Souza e. Joaquim Arnaldo de
Albuquerque. ~
Sem ter um documento base para orientar suas atividades ,
o MPL, segundo o pensamento de Arraes, deveria desenvolv-las
em duas fases. A primeira, j em andamento desde 1966, visava
unificao de todas as oposies ao go~crno federal e ao rcgi.rre
(66) Entre outros, citam-se: os irmos Silvio e Marcos Correia Lins o a.d
vogado Dejaci Florncio Hagalhes, o ex-ministro Almino' Afonso: .Ro-=-
bcrto Las Casas ,o ex-padre Rui Rodrigues da Silva 'c' Pirngibe Castro
AI vc s.
I
.---------
R E S E ~!~ 01--/---------- ....
--=-----.-.--------------_._~--_.
( H \' f\
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~'1' 279
(67) 6rp,o fU\1(l~do por protcst~ntl's pll":I amparnr :15 vlim~s li.:! g\lC1Tl na
Arglia.
(GS) Vl'l." o tl"ah:1.1ho da Fn'l\tC' Hra5ilC'il"a de 11\(orl\;:I\;;;o (F\'.I). no ext(~dor,
1\0 c~p t \11 ()
V I I 1 l~ ~ 1~~'j.L;.!1.'-~~ __
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l ~, l n V ,--I>" 1-----------
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[;ESEHVfl.LO 280
l
.
I
1
Prosseguindo as atividad~s de aliciamento, o advogado e
jornalista Sebastio de Barros Abreu foi contatado por Dejaci
Florncio Magalhes, do MPL, atravs do jornalista D'Alembert
Jorge Jaccoud, ento chefe da sucursal de Brasilia do "Jornal do
Drasil". A inteno do MPL, na realidade, era a de fazer conta-
to com Jos Porfirio, o mesmo da "guerrilha" de Trombas e For-
moso, de quem Sebastio Abreu j fora advogado e ainda era ami-
go. Dejaci desejava entregar a Jos Porfirio um documento de Ar
raes e Almino Afonso, no qual eram expoptas as linhas bsicas do
MPL. Arraes pretendia acelerar o processo revolucionrio e via,
na figura de Porfirio, o lider para desencadear uma guerrilha
rural em extensa rea a Este do rio Tocantins, nos estados de
Gois e do Maranho. Esse documento foi explicado aos jornalis-
tas Sebastio Abreu e D'Alembert Jaccoud pelo deputado federal
Mrcio Moreira Alves, em seu prprio apartamento.
. .
O trabalho de arregimentao em Braslia prosseguiu atia-
vs de Sebastio Abreu, que contatou Aurlio Wander Chaves Bas-
tos, ex-vice-presidente da UNE e lder'de um grupo de universi-
trios, entregando-lhe um documento que recebera de Dejac{ Mag~
lhes. Atravs de Aurlio, foi contatado Joo Humberto Maf~a,
que controlava um grupo de 'estudantes secundaristas.'
IR E S E~!~. O
lRE5EHVA~!'
.------
1 Americano (CELAH).
A a~osfera existente na assemblia era muito propicia p!
1 ra a discusso das necessidades de mudanas sociais no continen
~._--', ~t~~~~,,:\~!:.~
~? ----.-.---.
-
.---------------.--' -------.
--------------1 R E S C H V I, ~ _~_!
28
I
~~ & Parte ~is malevel e ingenua das populaes. L
~:i~
'
O.Boletim do Partido", de janeiro de 1967, trazia as se-
guintes orientaes de Hoscou: "t qu.e ma...U
a. ju.ventu.de .i.dea..e..i.~ta.
v~cl~n~~mente~ente a.~ .i.nju.~tia.~, e .i.~~o na.tu.~a.t. o~ joven~
1
e~to c.omea.ndo a. ex.pv.i.menta.Jtnova.~
. emoe~ e a..i.nda.no a.p~en-
de~a.m c.omo c.ont~oti-la.~ ( 1 A~ u.n.i.veJt~Lda.de~ ~o o~ c.a.mpo~ de
c.u.ttu.Jta..i.dea.L~ pa.~a. e~pa.tha.~ a.~ Ld..[a.~ ~evotu.c..i.onJt.i.a.6( )".
o "Relatrio de Ao",de fevereiro desse ano, de Pequim,
~eguia pelo mesmo caminho: "A o~ten~.i.va. d.i.ve~g~n.c...[a.
potlt.i.c.a. e
a.~ ma~c.ha.~ de p~ote~to de~de mu..i.to~o a..tivida.de~ e~.tu.da.n.ti~ no
mu.ndo c.a.p.i.ta.ti~.ta.o~ jouen~ 6o entu.~ia.~.ta.o6 e C.iO~Oo6 de 6eu.~
d.i.JLeLt06. An~ e.i.a.mpo~ 6 elLem ou.vidoo6 e ex.p~imem ~ eu.6 ~ ent.i.l11e.nto,~
em voz. a.lta. .. Se o~e.m o6u.bme.tido6 a. u.m inte.ligente e.6.tlU/llto e.
po~ c.he6e~ o6u.bveIL4.i.vo~ pode.lLo c.hega.1L a.t a. viot~nc..i.a. c.~.i.m.i.no-
. .." .
A infiltrao nas comunidades estudantis,que comeara no
inicio 'da dcada,resultou em distrbios fora de qualque.r previ-
so com as reivindicaes que deflaqraram as desordens .Os mani
festantes estavam intencionalmente dispostos a provocar uma 'fo~
te reao da polIcia, e isso foi obtido, in~lusive na Ingla-.
terra, onde os estudantes raramente se expressam em tumultosvio
lentos.
Nos Estados Unidos,o problema foi mais simples, pois vi-
viam a guerra do Vietn e os jovens que a ela se opunham man~-
festavam um sentimento sincero. 'Suas convices, porm,foramusa-
'das por astutos.agitadores. O ressent~me~to co?tra a autoridade 4t.
varreu as universidades norte-americanas, e em cada parte a in~
terveno da policia era como "leo jogado na fogueira"em
cada confronto, os choques causavam centenas de feridos.Du
rante o primeiro semestre de 1968, a agitao nos Estados Uni-
dos resultoucm mais de 200 demonstraes de vulto em urna cente-
na de universidades. Pelo menos no Estado de ohio,foi declarada
a Lei Marcial e foram proibidos todos os comci6s. Na Universi-
dade de Kent, nesse Estado, em maio de 60, a Gparda Nacional ma
tou quatro estudantes, sendo duas moas, fi feriram mais nove,
ao rebater a ao violenta desses. Essas mortes inflamaram os
estudantes e, poucos dias depois, nada menos que quatrocentasuni
versidades norte-americanas estavam oc~padas pelos estudantc~.
IR E5ERV_~~I----::-----------'
I .. .. __o: _ .-J
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oes em cadeia. I .
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I R E S E il V ~ _(~ 287
IH E S E n V_~_I.)~I---:"--------_---I
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289
"
(76) Para a.cxata :ompreenso sobre os' tiros perdidos, que semprc ocorrem
em m..
,\nlfcstaoes e conflitos desse tipo, ver a criao ge "mnrtires"
c limitas subversivos em ao" na obra de J. B. lluttpn, j5 citada.
E S E n V,, D Q
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- ... -- . ..--J
--~_._----' ---_.- '."
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do-o no cargo. Era o que podia fazer na ;I.inhado equilbrio.
[0-:;~~~~~,/
,';C;; !
I~ESERVhG o 292
ER-V~-~-~_-~~-O-.,/
293
fn E ~. C -;v t. i. _(.~J.
quais era propici~d treinamento em t6cnicas de guerrilha, par-
ticularmente no exterior, em especial em Cuba, na China e na
URSS, ,nesta ordem de importncia.
I "" .
.,
-1 L' .' I, ,.'
1,' ,1 ",.'
\ ._ _ _. ~.. _"_0.' .- ,/
SEHVALO 294
...
que defendiam essa mesma alternativa como a melhor forma de evi
tar mais intranquilidade para a populaao.
- .
I
--------------1 R E 5 t. IIV 1\ I. (I: 295
I
...I
l.~~_~ . .. <_.J
!- - __
296
IRESEHV/\OO'
declara:
"~66im, 6e to~n~ impe~io6a a ado~o de medid~4 que impe-
am 6ejam 6~u6t~ado4 06 ideai6 6upe~io~e6 da Revolu~o, p~e6e~-.
6e~v~ndo,a o~dem, a 6egu~ana, ~ t~anq[ilidade, o de6envotvinte~
to econmico e cultu~al e a h~~monia potltica e 60cial do Pal~
comp~ometido4 po~ p~oce66066ubve~6ivo6 e de gue~~a ~evolucio-
ni~ia". (grifos do autor).
uma soluo muito boa para o Governo e para o Pas. Foi urna so-
luo emergencial, que se fez duradoura. Ao.ampliar o controle
sobre o sistema pOltico, ao invs de folgar o "n" dado pela
Revoluo, apertava-o.
Ifi E S E fi V-.!~ O
------- (1\ . ,, ~._~~=.~._~ ...-----------...--~-~~-
RESERVI'.GO 297
i
,---"-- .....
[fi E S E 11 V~ ,/
I . __
~ l __ -=:'-:-."=:: __= --
,:
--.------------------.-- -.--------------------------.-----------.-------- ..--- ..
299
E S E H V 1\ L O
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MANIFEsrl\o.JES EsrUOAN-
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DEPREDAOORES.
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DANl'IL.
A INI'RAl\"QOILIDl>DE
DA roPUIAJiO RE-
FLEI'E A ATUAhJ
OOS AGITACORES.
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TRT\NSI'ID PERrURI3AlX> PEL.7\S lvU\NIFESTl,OES DE 1968 - lUa DE Jl~'ElRO.
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305
[R E S E Il V A G O I
. CAPl:TULO-v-
1969
]
."Na.6 plt.tmei.lta.-!l a.<;oe.6,. pc.gamo.6 a .tn.tl1l.tgo
1 de .6~plt~.6a e ele a.c~ed.tto
.ta.vam de .6.tnrpte.6 ma.tg.tJ1a..
que .6e tna
Etc. pe.ndc.u.
um a.no .6C?gu.tndo p.t.6.ta.!l na.f.-6a.6. Quando
] de.6 co bnt .6eu (!.lUtO, elta. tc:utde dC?ma.t,!>. A
gueltlta Itevotuc.ton.n.ta Itav.ta. comeada.
i
>
CARLOS MARIGHELA (1) .1
1
1. Os reflexos do AI-S
18ESERVADO:~-,~.--------~
--------_ ..-_--~-------_.---.-----
._--~ _-._~- __ ._~._____ __ 4 _
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[RESERVADO 307
-'I !~ E S E
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pos'tulados de Maquiavel, segundo o qual ".todo 1Ila..e. deVe? ,~Ol.. 6 e..i,-
to de. unta ve.z",no teriam do que reclamar. Ante a alternati-
va de se eleger um presidente apenas para cumprir o mandato in-
terrompido ou para cumprir esse mandato restante e mais um man-
dato integral, decidiram-se por esta ltima opo. Alm do fato
de as eleies presidenciais representarem sempre momentos de
instabilidade e tenso polticas-no sendo indicada pela situa
ao a convenincia de pronover-:se duas eleies consecutiv1s-, h~
via ainda o precedente do governo Castelo Branco, que fora levado
prorrogao de seu mandato, por consenso, mas que quebrara, de
qua-Iquer modo, as regras estabelecidas. Enlbora nao interessas'se
a muitos essa verdade, o fato que'o objetivo'da Revoluco era
encontrar uma soluo que permitisse sair da emergnci.a e,mesmo
em meio do arbtrio, preservar, tanto qU'anto possivel, aestru-
,tura democrtica. Decidiram-se, tambm, os polticos, pela apr~
sentao de uma candidatura militar"que obtivesse o maior con-
sensoposs.vel - de modo a preservar a unidade -, e pela parti
cipao do Congres.so na eleio do indicado.
arenistas.
Conduzida a seleo do candidato pelo Alto Comando das For
as Armadas, atravs de consulta aos oficiais generai.s das trs
Foras, no dia 6 de outubro,esse rgo colegiado reuniu-se' para
1 definir a escolha e no dia seguinte emitia uma nota oficial. Nes
. -
sa nota, era analisada a.situaointerna, anunciando o r.esulta-
do da escolha e informando que o' escolhido, o General-de-Exrci
to Emlio Garrastazu M~dici,aquiescer1 em "aceitar a convoca-
ao, considerando-a como miss5.o a ser cumprida".
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s ~ n ~:~
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.. -,' ._--~., .. -.~.. _-------------
~ IRESERVAOO: 310
eleio, foi'pr,omuJ.gad'a
Precedendo a nova Constituio.
Aqueles que saudaram a Constituio de 1967 como excelen-
te, por, dispor de adequada' declarao dos direitos e das
garantias individua~s, e a presena da representao po-
. .
pular que asseguruva a renovao peridica dos 9overnantes, por
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IREsEnvAool~-/--------~
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meio de eleies, nao tiveram por que se descontentarem. A nova
Constituio conservava es~a parte, ainda que restringisse, co-
rno era de se esperar, a proteo
. .
dos direitos polticos. A nova
Constituio, porm, mantinha inserida nas suas disposies ge-
rais e transitrias os Atos In~titucionais e Complementares. Ao
prsidente da Repblica caberia decidir sobre a oportw1id.1dc
ea for
; -
ma de revog-los, sendo a nica autoridade compet.ente pra de-
cretar sua cessao. O Presidente recm-empossado colocou como
meta-sintese de seu governo faz-lo at o trmino de seu manda
to,o qUe significava o fim do processo revolucionrio. Esse era
seu objetivo clarrunente expresso. E~se era o objetivo 1ser al-
canado para que a Revoluo fosse vitoriosa. Por outro lado,
significava que, naquele momento, o processo revolucionrio ain
da estava em curso. Na compreenso dessa dicotomia residiria em
boa parte a mais rpida 'ou mais demorada volta plenitude demo
..
. ~
crt~ca no Pa~s.
(3) Sirkir., A.: "Os C~lrhol1.;ri('l~", Glohal Edit:o\:.t, SP, 19lV" p.ig. 11/.
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31
(6) ~tnrco Antonio da Silva Lima e Avelino Bioni Capitani eram cx-marinpdi-
ros, prc$os na penitcnci~ria da rua Frci Caneca. ,
(7 ) Avclino Bioni Capitani foi citndo como nutor do tiro' Entalo
f.n E SE. n V A O pI ".
---.------.-----.--------------'-- -_:---_-~_._--_._------------
J
-----------l~ E S E 11V " ~~r 31.
J Consumada a fuga, o grupo dirigiu-se para a regio de Ja-
carei,onde chegou noite. O? fugitivos saltaram das viaturas e
] ,
, ,
I
sido utilizadas na campanha da FE~.
I
ro e marchas.
Confiantes com o ,sucesso at ento alcanado por' suas
,aoes a~madas, Flvio Tavares e Jos ,Duarte dos Santos, em con-
tato com ?ar~ntes do "Bom Burgus", iniciaram ?,planejamento d~
urna ao espetacular para libert-lo da priso em que se ,encon-
trava na Ilha das Flores. A ao no chegou a ser tentada,em vil::
tude da desarticulao da organizao, pelos rgos de segurana"
a partir de agosto.
Em 7 de agosto, o MAR realizaria o seu sexto e ltimo 'as-o.
salto. O alvo escolhido foi a agncia vistaAlegre ~o Banco Na-
cional de so Paulo, situada na Avenida Brs' de Pina (9). Tudo
correu, normalmente at que, durante a fuga, o Volks dirigido por
Flvio Tavares, 'em que iam Jos Duarte e ,Jos ~ndr, foi, inter-'
ceptado pela polcia e teve um pneu furado. Flvio Tavares sep~
rou-se dos dois outros assaltantes e conseguiu fugir. No tiro-
teio que se seguiu, Jos Duarte descarregou a sua metralhadora
INA contra os policiais. Encurralados"os dois bandidos pegaram
urna criana de quatro anos como refm e a ameaaram de morte c~
so a policia se aproximasse. Mais tarde, desgastados moral epsi
cologicamente, devolveram a criana e entregara~-se policia.
Flvio Tavares ainda conseguiu homizio na casa do advoga-
do Jorge Antonio de Mil7'andaJo~do, situda na rua General 'Gli-
(8) Wilson do Nascimento Barbosa foi devolvido pelas autoridades uruguaias c,
mais tarde, em 10 de maro de 1970. banido em troca do embaixador suio.
(9) Participaram da ao Flvio Tavares. Edvaldo Celestino da Silva. .Jpsc
Duarte dos Santos. Antonio Prestes de Paula, Jarbas da Silva Marques, .
j . I R E S E I{ V /I. l.; O, . .
crio 114, onde recebeu, no dia a-de-agosto, uma sacola com oi-
1 to mil cruzeiros novos -- parte do produto do roubo --, enviada
por Antonio Prestes de Paula (10). Tavares seria preso no dia
o
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der de destruio. I
IR E S E I<)V A O O 11--/-----------'
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319
[R E S E fi V " L O/
. . --- .. ---
io do Comita Central (CC), foi criado um Com~ndo PolItico Mili
tar (CPM) do Nordeste, ihtegrado, dentre outros, por Luciano de
"",J Almeida, Alberto VinIcius Melo do Nascimento c Carlos ~rto Soa
res(14).
da firma "Corn~lio
----
de Souz~
---'
e Silva", distribuidE
ra dos produtos da Souza Cruz, em Olinda. AO. levar para o banco
os 50 milhes de cruzeiros apurados no dia anterior, fQi assal-
tado e morto por Alberto VinIcius Helo do Nascimento, Rholine
Sonde Cavalcante Silva, Carlos Alberto Soares c Joo MaurIcio
de Andrade Baltar. As autoridades policiais, entretanto, aperta
vam o cerco aos terroristas do Nordeste, provocando a fuga~e di
versos deles para o exterior. I
t------ -1'--""1
I H E ::. r v
I: f, !; ..-J. l I
L__ .._. ~._~. .. _ ...1
320
IRESERVAO~
tes.
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No paran, o PCBR organizou-se a partir de uma reunio rea
I
lizda em fevereiro de 1969, em Pontal do Sul (16).
A nivei nacional, no entantp, a situao dO PCBR era, em r
::'.e
1969, contraditria em 'termos de atuao armada. En-
nLCL.lll:':~
ra a luta militarista.
Assim, em outubro de 1969, o CC detalhava a organizao
de sua estrutura armada, atravs do documento "Plano Ttico. do
Comando poltico Militar Nacional", no qual tecia consideraes
sobre a guerrilha rural, a .guerrilha urbana, a "auto,-defesa das
massas", a propaganda armada, a logstica e as atividades de "in
formao e contra-informao".
o PCBR publicou, ainda, um documento no qual traoU as di
retriz~s para a construo de uma "frente nica do proletariado"
com outras classes e camadas da populao, denorninando-a
de "Fie,!:. .
te Revoluionria popular" (FREP).
Nessa poca, foi ativado, de fato,' cornoestrutura partid-
ria, o CR do Sudeste, na rea da Guanabara, editando o jornal It .
"Avante" (17). Foi montada urna rea de treinamento militar na
Ilha dos Cabritos, no litoral fluminense prximo a Cabo Frio, e
realizado um assalto a uma agncia bancria na praia de Icara,
de onde foram roubados cerca de 40 milhes de cruzeiros.
~~m 17 de dezembro de 1969, o PCBR as'saltou o Banco Sotto
-
Maior da
1
~--- I R E 5 E l\ V A O ~l ->
.-..... -----
----------- ... - ---.-- . I
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[n E S E Il V A ~~
321 t
.
ga, obstados por uma viatura policial, surgiu um violento tiro- I ;i
~
o
PCBR encerrava com trs mortes o ano de 1969. Sendo ain
da pouco conhecido, essas aes chamaram sobre ele a ateno dos
rgos policiais ..As declaraes de Paulo Sr~io iriam contri-
e buir para o levantamento do partido e dar inici.o a seu desmante
lamento na Guanabara.
9. O fim da Corrente
;~_~~~~;~iJ~~.J
I~!;
322
-. R E S E n V fi. D O~
-._
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S ~ f1 V A O O
P __ --------------------~
I.
_~--~.-. . .
._--~----_.--.. - ... ~.-
[n E S E R V A U O
32
-
a Corrente instituiu setores deatividadc~ (22).
(22) Gilney Amorim Viana ficou responsvel pelo setor ele expropriano, I1l-
cio Pereiri\ Fortes, pelo setor de instruno, M~rcio Arn~jo de Lacerda,
pelo setor de arm:ls, e M.rio Roberto Galhardo Zanconato, pl1l0 setor de
propaganda.'
(23) )Grcio Arn~jo de Lacerda foi ~ motori~tn do Volks utilizado nessa ten-
tativa de assalto.
IR ES E R V AO O
324
IRESEnv_~ . ./
'------------~--.----- .-----=- ---------------.- .. , ---.~~
.J
r-------------I R E S E fi V A -;;;;-, . 325
]
--
salientado que a guerrilha urbana e a guerra psicolgica em cur
so eram o prenncio da guerrilha rural. Criticava as organiza-
J o
. -I'R E S E ~ V A o
...-_.- ._~..------~._--------
~,------,---~----_.~-----.-
I ---
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I
fn.ESERVIIG o 327 . !
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I
I
tinha a assessor-lo Carlos Eduardo Pires Fleury. O GTA era com I
Nesse inicio
..
d~ ano, a ALN $ofreria importantes perdas em
so Paulo. Em 26 de janeiro, morria em tiroteio com a polcia
um dos principais assessores de Marighela e coordenador do GTA,
Marco Antonio Br.as de Carvalho, o "Marquito". Ainda em janeiro,
foram presos Argonauta Pacheco da Silva, coordenador de cursos
de explosivos, e Joo Leonardo da Silva Rocha, membro do mes~o
GA. Em fevereiro, morria tambm em tiroteio com a polcia, no in.
terior da grfica Urups, Ha~ilton Fernando Cunha. Nessa opera-
ao, Arno Preiss, que substituira "Marquito" na coordenao do
GTA, queimou-se, passando, .ento, as fun6es de coordenador do
GTA para Virgilio Gomes'da Silva (25).
f R E S E il V A G ~
l~~~
[. .~_~,_.~,~~j
n
_____________ ,REsERv~Dol 330
I
-,
em ligao com o p~dre VerIssimci, em Rivera, no 'Uruguai, montou
1--
I(l f. S E R V A O ~ If---/---------~
--,~._--- ------....-~-:-----
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33
E
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H E ~.;E n 'I f, D/O (------------- __ -J
-----_ -_._.-----~
...
lRE~ERVfl.LO 332
'!
- ~,- " r
de. a.ltma..6, .6a.bot.a!] en.6, "'glte.ve.6 e mal1-i. C.6.tac e.6 po pulaltc". A men-
sagem tinha a finalidade de incentivar as atividades terroris-
tas no Brasil, .realizar a propaganda c:-:ternae ao mesmo tcmpo
"
dar uma satisfao ao.governo cubano,de onde provinham Os dla-
res que auxiliavam o susterito da ALN e onde eram preparados os
seus quadros.
lRESERVADO
(29) Faziam p3rte do ~rupo, na ~poea: Jos~ e Nanei Marieto, C~rlns Rlls~n J~
nior. Antonio de Souza, DarriC'r Carl()~; C"lh:lr~to, l':ltrncn\.o 1Il'llrique
dos Santo:>, ,1osl~ Adolfo l~r;mvill(', To!;hio '1';l111\{;l,
C;1l-1os T.eopnldl' Tei-
xeira P1111ino, Jos ELluardo dl' S:lh~f. J~o:~cll;il:O (' \.J:llniC'l- 1.('011C:lrrijo.
[0~~~-~~:~~~.J
-- ...---- -- ..------
-... ~------_ .... -- ...... --- ..--
:.- ..
336
jRESERVAOO]
Liberados pela polcia, aps 2 meses de priso, PauloEduaE
do eAry Almeida foram procurados por virglio para reiniciarem
as atividades. purante a reunio, virglio, demonstrando o .com-
.prometimento a que se sujeitava um militante da ALN, props o a~
sassinato de Guilherme, por ter delatado os dois policia. O
assunto ficou para ser resolvido posteriormente, pois a propos-
ta preocupara e assustara Paulo Eduardo e Ary.
IRESERV~. "
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337
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338
LRESERVhO~
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34
lnEsERvAc~
ardo Fayal de Lira, que estava em contato com a Ala V~llia, re
solveu por seu ingresso na ALN (37).
A primeira ao da ALN na Guanabara ,foi a tentativa de a~
salto ao Cine Opera, na praia de Botafogo, em 27 de abril de
1969, sob o comando de Domingos Fernandes (38). Os subversivos
.' .
entraram no saguo do Cine Opera, e, de armas na mao, dirigi-
ram-se bilheteria. Foram obstados pelo guarda Antonio Guedes
- .
de Moraes, que sacou a arma, dando incio ao tiroteiro. Jos Pe
reira da Silva e Domingos F~rn~ndes descarregaram suas armas na
direo do guarda Antonio, que, ao final, ficou prostrado no sa
guo, baleado. Surpreendidos, os terroristas debutantes retira-
ram-se sem conseguir perpetrar o roubo.
O fracasso da ao provocou uma reflexo autocrtica na tt
ALN/GB. No estavam.preparados para ela. Tal constatao pr~
vocou.a ida para o Rio de Janeiro de Frei Osvaldo Augusto de Re
zende Jnior ("cludio"'), orientador dos dominicanos em so Pau
lo,par~ estruturar a organizao.
Com'o r'eforo do grupo de Fayal e o assessoramento de Frei
Osvaldo, a ALN/GB reencetou suas atividades. No dia 12 de junh~
era assaltada a agncia Uruguai do Banco. Boa Vista. O levanta-
mento, a ttulo de ensinamento, foi'realizado pelo prprio Frei'
Osvaldo, assessorado por'Valen tim Ferreira'. O assaI to, comanda-'
do por Domingos Fernandes, teve sucesso, sendo arre~adados,qua-'
tro mil cruzeiros novos. )
A partir dessa ao, a ALN/GB realizou uma srie de assaI
tos bem sucedidos: dia 8, a agnci~ so Cristvo do Banco de
Crdito Territorial,
I
(37) O novo grupo que engrossava as hostes da ALN/GB era constitu{do por:
Ronaldo Dut~a Machado, Newton Leo Duarte, Flvio ae Carvalho Molina,
Fredcrico Eduardo Mayr, Jorgc Wilson Fayal ~e Lira, Paulo Henrique
Olivcira da Rocha Lins c Jorgc Raimundo Jnior.
(38) Participaram dcssa ao: Jos ,Pereira ~a Silva, Carlos Eugnio Coelho
Sarmento da Paz, Aldo s Brito Souza Neto, Luis Afonso Miranda da Cos
ta Rodrigues e o Dr. Iber Brando Fonseca.
(39) .Faziam parte do bando assaltante: Dulce Chaves Panclolfi que se amasia ,',
------------[~ E S E H V fi r. O
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orgu.nizu..:i.o
atncoll dois soldados rl.:1
POlicia Nilitar do I:~t.:tc1(1
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I R E .S E n V fi. O 0"1
342
(40) Ro~aldo travou contato com Rholine Sonde Cavalcanti Sil~a, Luciano AI
mClda, Pcrlv Cipriano e Hauricio Ansio de Arajo. '
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IR E S E R V_A
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-----------1 fi E S t: nVAUO
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343
Dez. 1
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17. ALN - As quedas em Sao Paulo
um til:"On.:lCOX.:1. e o fllncion:\riod.:l.
J..ut:7.'Fcrranc1o,
JOl:t.,~ (:"1 ~:li'J
sua morte. Rober~o Ricardo Cmodo foi preso sem resistir pri-
sao. ~ r
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346
30, foram presos Jos Luiz Novaes Lima e Gontran Guanaes Netto,
ambos do setor de apoio.
Mrcio Beck Machado, militante do setor de apoio, foi de-
tido,tambm no dia 30.de setembro, na rua Maria Antnia,em fren
. -
te Universidade Mackenzie. Quando era conduzido para a viat~
ra policial, trs elementos que faziam a sua cobertura inter-
vieram,atirando e ferindo o agente do DPF/SP cludio Ernesto
Canto. Aproveitando-se da confus~o, Mrcio evad{u-se junto com
os demais militantes, enquanto Cludio Ernesto Canto, apesar do
pronto atendimento, veio a falecer mais tarde em conseqncia
'dos ferimentos.
No dia 19 de outubro, foi preso, em so Sebastio, o cooE
denador do setor de apoio Paulo de Tarso Venceslau, em vigiln-
cia montada pela fora policial local no "Solar dos Brizolas".
'Na mesma data, era preso mais um militante do setor de apoio,
AbelBella.
Terminando as "quedas", foram presos, ainda em outubro,
Carlos Alberto Lobo da Silveira Cunha e Denison Luiz de Olivei-.
ra, remanescentes do grupo de Takao Amano. Essa ao fulminante
dos rgos de segurana' resultou na priso de dezenove terroris
tas.e no "estouro" de doze "aparelhos". O grupo de ao de 'Ta-
kao Amano foi todo preso. O'grupo de Carlos Eduardo Pires Fleu-
ry', acfalo, tambm sofreu considerveis perdas, que, somadas' ao
desaparecimento da indiscutvel liderana de virglio Gomes da
Silv~, desestruturaram a ALN em so Paulo.
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R E S. E R V A O O
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I
clio Cesar Ramos Krieger fizeram com que o aV~aose desviasse p~
ra Cuba. Os pa~~sageiros foram mantidos, durante todo o tempo,
sob tenso, ameaados com armas e dinamite. Os seqestradores
distribuiram panfletos e leram um"manifesto atacando o governq
--
brasileiro. Em Cuba, alm de se protegerem contra a perseguio
policial, os terroristas tiveram a oportunidade de freqentar o
curso de guerri~hus, proporcionado por Fidel Castro aos Qili-
tantes da organizao" subversiva.
t{ E S E H V r.
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D/O !---------------~
!RESERVAOO
348
giosos dominicanos.
(41) Antes dC'f.sC local, era \Itiliz;lda a Rua TC(hloro S.1tnp;do, 1101 :!1tu!::! c10
110, f 01 mudndo.
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pois ~bril'.hcla o ;;ch:lVa Illlllll PI't"l'.o:;o
-l~~_:._~_~_:"~~~~.J'-----------
350
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. .
0'1J
cinco minutos, aps o que, desceu a rua, passou pelo carro, pa-
rou novamente e seguiu no sentido rua abaixo.
As 20 horas, Carlos Marighela subiu a Alameda Casa Branca,
no sentido contrrioao percorrido pelo seu segurana. Caminha-
va pela.calad~ oposta a que estava estacionado o carro dos re-
ligiosos. Quando atingiu a altura onde estava parado o carro,
atravessou a rua em linha reta e, aproximando-se do veiculo,c~
primentou os frades. Frei Fernando desceu do carro para. permi-
tir a entrada de Marighela no banco traseiro.
Neste exato momento, a equipe de policiais que estava pr
xima, acercou-se do carro e deu voz de priso, ordenando que M~
righela sasse com as mos para o alto. Conforme o cornbinado,os
dominicanos saltaram do carro. Marighela, ao invs de obedecer,
abriu uma pasta de couro que trazia consigo e tentou ~~ um
revlver Taurus calibre 32. Diante do gesto de resistncia, os
policiais atiraram. Quase que instantaneament~, estabeleceu-se
violento tiroteio na Alameda Casa Branca. Os demais veiculas do
dispositivo cercaram o quarteiro, mas nao conseguiram impedir
a fuga de dois carros suspeitos.
Um terceiro carro, marca Buick, com um ocupante, rompeu o
cerco policial e continuou a avanar, mesmo aps tiros e gritos
de dvertncia e de ter um dos pneus traseiros furado. Dando a
ni~ida impresso de trata~-se da cobertura de Marighela, o v~i-
cuIa foi metralhado, tendo seu nico ocupante. falecido no local.
Tratava-se de Friedrich Adolf Rohrnann, residente Rua Flrida
n9 135, em Santo Amaro, dentista, sem anteced.entes criminais ou
policiais. Pelo que foi apurado, Friedrich sofria de neurose de
guerra e deve ter sofrido um desequilbrio emocional ao ouvir o
tiroteio, tentando romper o cerco policial.
'R E S E R V A O O
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352
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e Mercantil, na Avenida Brigadeiro Luiz Antonio (43).
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V A O
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",.,--.-.:...,-------- --.~~ !
---fn E S E nv A.~~
353
A pronta r(;'~o
dos rgos de segurana, a partir desse rou
bo, desbaratou a FALN, impedindo que a organizao efetivasse
seus intentos criminosos. Ao ser desbaratada, a organizao j
se estendia pelos municpios de Ribeiro Preto, Sertozinho, Be
bedouro, s50 Joaquim da Barra, Franca, so Jos dos Campos, Ba~
ru e so Paulo. Foram presos cerca de 50 militantes e apreendi-
do farto material destinado luta armada, como uniformes deca~
panha, armas, munio e explosivos. S em .so Paulo, capitalif~
ram 11 estourados" trs "aparelhos" d'a organizao.
fRESER~~r / .
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I 355
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naao Nacional.
1
Na verdade, o projeto foi descartado desde o incio pela
sua inviabilidade prtica. ~dmur queria.dar um passo maior do
J
que ~s pe.Fnas- no possua meios suficientes para realizar a
1 ao (47). Desgastado, "por cons'iderar-se o comandante da rea de
1 Gois, Edmur dirigiu-se a so Paulo para pedir explicaes a Ma
righela.
i (49) Participaram desses ,assaltos: Joo Batista Rita, Paulo Roberto Telles
I Frank, Bcrtolino GarcinSilva, ngelo Cardoso da Silva e Dario Viana
I
I
II
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dos Reis. Edmur priclcs de Cam~r~o tomou'parte em todas as aes.
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,R E S E R V A O O
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[R E S E l V fi C O
o. Planejava,
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tambm, a montagem de uma estrutura militar na
357
'I
, R E S E R V A O O 'I ::_;
Esses primeiros militantes estabelecera~-se comercialmente na.
rea~ adquirindo urna farrnci~ e pequenos armazns, onde vendiam
os artigos que interessavam aos habitantes locais e deles ,com-
pravam o que produ~iarn. Utiliza~am-se
. , de um barco; que permiti~
,I
[nESERVf\CO
-- 359
(54) Estiveram presentes: Diniz Cabral Filho, flio Cabral de Souza, Derly
Jos de.Carvalho, Paulo Cavalcanti llrasil, Jo[io Francisco d Pinedo
Knsper, Paulo dc Tarso Giannini, Fcrnando Sanna Pinto, F01ipe Jos~ Lin
doso, Paulo Ribeiro Nartins, Olyr llatist.:tCorrca, Renato Carvnlho Tap
js, Jaimc de Almeida, Jos Horcira Chllmbinho, Dl!V~mir .10$05 <.lc C.1rvn=-
lho, Edg~lrd dc Allllcidn:-Iartins, JlnlCSAllcn Luz c RailllunJo Gon.:tlvcs
de Figuciredo.
(55) A primcira DNP dn AV ficou constilll<.lapc los 11 primciros milit.:tnt~s
citados dentrc os que comparcccram a. rCUnl.:lO.
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I"
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roo- 1R ES E R V A O O, 360 l
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Brasil, considerado o "tc6rico" da organizao
ticipa.do da comisso para a el'jiboraodo documento "Os 16 Pon-
I
c que havia par-
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~-.:.'
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.
362
RESERVADO
-
sao.
A AV encerrou o ano de 1969 com um ato ~imultneo de sabo
tagem, ao lanar, em 16 de dezembro (Dia do Reservista) , duas
bombas contra as placas do Servio Militar, uma nas proxrnudades
do tnel Nove de Julho e a outra na Ponte Pequena, em so Pa~o.
RESERVADO
-------------- 0
[R E S E H V A O 363
~I
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364
-I R E S E R V A O O J
.
raro-se numa casa em Campos do Jordo. Como obser7adores, foram
convidados Eduardo Leite, pela REDE, Rgis Stephan de Castro An
drada,. pelo POC, ..
"AItair", pela VAR-P, e Joelson Crispin, pela
VPR. Ao final da reunio, apenas' sete militantes decidiram for-
mar UluGi. i'tOV!. organiza~o. Os demais optaram por ingressar na
VAR-P (64)
Em f1ns de setembro, esses sete militantes e mais Jorge
Kurban Abraho reuniram-se em so Paulo e criaram o Movimento
Revolucionrio Tiradentes (MRT) (65).
I
Como linha poltica, o MRT:nada apresentou de nov~ e era,
mesmo, bastante incipiente, procurando a violncia pela violn-
cia. Seu nico documento, a "Carta de Princpios", era o mesmo
confeccionado por Plnio Petersen Pereira no ano anterior, mera
cpia dos 25 pontos de Mao Tsetung e do PC da China.
e
Mas nao eram essas as preocupaes dos seus militantes:
os objetivos e a estratgia diluindo-se. a reboque da ttica das
aes.apmadas. Para ser militante do MRT, diziam, no era preci
50 ter boa formao poltica. Bastava saber apertar o gatilho e
(64 ) Optaram por uma nova organizao: Devanir, Flnio, Waldemar, Armnio,
Nelson Fer~ci(a, Joo de ~orais e Antonio Andr.
(65 ) Para o comando do ~ffiT, foram eleitos: Devanir, Wldemar e Armnio.
Plnio Petersen Pereira, o "Gacho", ficou como uma espccie de "asses
sor do comando", inclusive formalmente fora do Diretrio Naci.onaI
(DN), constitudo pelos outros sete militantes.
"
I.R E S E R V A O ;1
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Logo aps esse assaI to, o MRT realizou uma reuni fio num ap~
relho em so Joo Clmaco, na qual compareceu todo o DN, com ex
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ceo 'de Jorge Kurban Abra6o. Foi aprovada, ento, a aquisio ,
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25. a PCR atua no campo /
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o do PCR no cumpo.
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36 I
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priac;es", que, aps roubar 5 carros, realizou os seguintes as-
saltos: ao depsito do Projeto Rondon, na Universidade do Esta-
do da Guanabara, de onde levaram grande quantidade de material
para ser usado no campo; ao Banco Lar Brasileiro, agncia Ipa~
nema, em 6 Jan; e ao Banco Aliana S.A., agncia Abolio, tam-
b't=\ na Guanabara, em 16 Mar (66).
Em abril UO 1969, apesar de j ter vrios planos de assaI
tos a bancos, o MR-8 no mais precisou realizar, esses roubos.Os
cerca de 400 mil cruzeiros novos recebidos de Jorge Mede~s VaI
le, o "Bom Burgus", proporcionaram-lhe uma cmoda situao fi-
nanceira. Com esse dinheiro, pretendia deslocar-se do Paran e
adquirir uma fazenda para treinamento de guerrilha em Santa Ca
tarina, nas proximidades da Serr~ do Pires, entre as cidades de
I
Mafra,Lages, Curitibanos e Rio do Sul.
Entretanto, uma srie de prises de militantes, desbaratou
o 1~-8. Em J5 Fev~ j havia sido preso Umberto Trigueiros .Lima.
Em 4 Abr, foi a vez de Aluzio Ferreira Palmar, em Cascavel, no
Paran, aps um acidente de trnsito. Ainda no Paran, em
, . 28 de
abril, na "cidade de Laranjeiras do Sul, foram presos An~onio Ro
grio Garcia Silveira, Ivens Marchetti de Monte Lima, Sebastio
Meeiros Filho e Marcos Antonio Farias de Medeiros.
A partir do incio' de maio, dive.rsos."aparelhos" do t-1R-8
foram vasculhados, na Guanabara e em Niteri, sendo presos doze
militantes (67). Ao mesmo tempo, outros "aparelhos" ,foram desco
oertos em Curitiba, onde houve a priso de mais seis militantes
da organizao (68).
Aps essas quedas, os remanescentes, entraram em pnico e
refugiaram-se em outras organizaes. Mauro Fernando de Souza,o
mesmo que deu o desfalque no Banco Mercantil de Niteri, ingre~
sou no COLINA, sendo preso em 13 de agosto de 1969, em petrpo-
(66 )
o "Comando de Expropriaes" era integrado por: Reinaldo Silveira pi-
menta, Joo }~noel Fernandes, Ivens Marchetti de Monte Lima, Tiago An
drade de Almeida, Sebastio Medeiros Filho, Umberto' Trigueiros Lima7
Ant~nio Rogrio Garcia da Silveira, Ronaldo Fernando Martins pinhei-
ro, Luiz Carlos de Souza Santos, Marcos Antonio Farias de Medeiros,
Gerardo Galisa Rodrigues, Joseph Berthold Calvert e Zenaide }tachado.
(67) Foram presos: Luiz Carlos de Souza Santos, Gerardo Galisa Rodrigues,
Tiago Andrade de Almeida, Antonio Calegari,~Hlio Gomes de Medeiros,
Zilia Reznik, Martha Mota Lima Alvarez, Milton Gaia Leite, Paulo Ro- .\
berto das Neves Benchimol, Rui Cardoso. de Abreu Xavier, Ubirajara Jo-
s dos Reis Loureiro e Paulo Amarante Barcellos.
(68) No Paran, foram presos: Csar Cabral, In de Souza Medeiros, Joo Ma
noel Fernandes, Nilse .Fernandes, Maria Cndida de Sousa'Gouveia e }!a::
ria da Glria Oliveira Leite.
11:1
I
E S E R V A O ~.I '.
_._----_._-~-_ ..pp-_ ...._-~.-.~._------_ ... -. ------~----_....-
.-
367
I
Decidindo iniciar as aoes ~rmadas, a Dissidncia da Gua-
nab~r~ (DI/GB) enviou, em janeiro de 1969, Joo Lopes Salgado
para o interior da Bahia, a fim de comprar armas. Ao mesmo tem-
po, iniciou treinamentos de tiro numa fazenda pr6xima a Jequi6,
atravs de cl'udio Torres da Silva. Quatro m:;sesdepoj.s, esses
".
treinamentos intensificar-se-iam na praia do Per6, em Cabo F'rio,
tt e numa praia prxima a B~zios.
cinco mili tantes roubaram ccrc.:lde 38 mil Crl1;~L' i r(l:: 11')\'0:;. Nes-
te ltimo assalto, Stuart estava mui to ncrvo:;o, <:111 'J.llldc) <l(Hs-
r
.'
R E, S E H V 1\ r.; o
.-
368
(69) Estiveram presentes: Daniel Aaro Reis Filho, Franklin de Souza Mar-
tins, Jos Roberto Spiehner,-Stuart Edgard Angel Jones, Joo Lopes Sal
gado, Cid de Queiroz Benjamin e Vera Silvia ArajifMagalhes. -
(70) Entre os militantes da Frente Operria estavam: Lcia ~ria Murat'Vas-
concelos, Mrio de Souza Prata, Marcos Dantas Loureiro, Harcos Aaro
Reis e Solange Loureno Gomes. .
(71) Faziam parte da Frente de Camadas Medias i~portantes militantes, como
Carlos Augusto da Silva Zi:liQ.eCarlos Bernardo Wainer.
(72) Alm desses dois militantes, a F~ente de Trabalho Armado foi constitui:
'do por Cid de Queiroz Benjamin, Cludio Torres da Silva e Vera slvi
Arajo Magalhes, amante de Jose Roberto Spicgner. Posteriormente,' in-
gressaram Jose Seb~sti~o Rios de Moura e Sergio Rubens'de Arajo' Tor-
res.
"
. -- _ ..--_._--------_._----~-_._--------'- _._----------..-~--
I R E S E n V I. L .:J 369
11 I
(3) A DI/Cil nio C$tav.:l sntisfcit:l com o seu prc;prio nomc, qllc trazia r~mi
niscncias <.lo PCI3 c a situava locniizada, :lpcnns, n,'1 (;u:lIlab.:lI.:t, .J; ri
zer:l, inclusivc, p.:tnflct:1gtms uS.:lndo o nomc de Frenle ESllld;llllil I~\.'v
lllcion~ria (FER).
(7/.) Os jornai:: klVi:1nt f:lrt:lmcntc noticindo quc o "primeiro" ~IR-S 'x-Dl I
NI'!', cx-HOI~ELN) t'SlaV:l cxtinto; cm face <.l:lpri.s.io de seus mili lill1tl~S,
c.~m'1l>ri 1 <.lc 1 ~69.
(75) tHadjmir Gl':lcindo So:n'cs P:llmclr:l ("Harcos") (oi b.:tni do em 5 de ~~e-
tCl1\hro ll(' 1969, p:lrl o Nc~xi c.o, _ ..._._
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RESERVAOOI~---------~
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28. O sequestro do Embaixador Charles Burke Elbrick
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~ue ~exesse com a opinio pblica.
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372
RESERVAool
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FTA, tornou a fazer contato com "Toledo", em so Paulo, pormen~
~-
riz~do detalhes da operaao. Da reunio participou virgilio I
l ..
COmes da Silva, coordenador do GTA da ALN, que seria o comandan
te da operaao. virgilio selecionou os militantes Manoel Cyri-
lo de Oliveira Neto e Paulo de Tarso Venceslau para participa-
rem diretamente da ao~ uToledo", representando a direo da
ALNt deslocar-se-ia para o Rio de Janeiro para coordenar ,as
aoes e orientar a ligao com as autoridades.
Os levan'tamentos, reconhecimentos e providncias logisti-
cas da operao, todas sob a responsabilidade da DI/GB, j ha-
viam sido tomadas.
Fernando Paulo Nagle Gabeira, jornalista do Jornal do Br~
sil e responsvel pelo setor de imprensa da DI/GB, atrav's de
sua amante Helena Bocayuva Khair, havia alugado, em 5 de agos- .
.to, a casa n9 1026 da Rua Baro de Petrpolis, no Rio Comprido.
O "aparelho", alm de servir ao setor de imprensa, seria utili-
zado para guardar o embaixador aps o seqllestr9.
------------Ei; 11 V A ~ ..0_,
373
'
l~ l, E S ER V A O O
---.- -,.-.~--__--- ~--_._---_._-~-------~---_.~_
.-. .._,.
.--~-
...~ ..~..
LR E 5 E H V A C OI'--- 3_7~5
o
Cadillac ao a~ran~ar foi s~guido pelo Volks azul que fa
zia a cobertura ,na retaguarda. Ao re~ornar Rua so Clemente,
seguindo para a regio ~e transbordo, o carro diplomtico pas-
sou a contar com uma cober~:ura frente proporcionada pelo volks
bege dirigido po~ Sebastino Rios.
l"R E S E R V A O O
. "-,--- -.-.,...-.;--.,----.------- .. -- .
rR E S E R V A ~~1-- 3_7..,7
l~~~v..~~~~j--------------..,.-J
E -;
_------------JI ~E S E n VAOO~...-.--------3-7...,8
planejamento inicial. Enquanto mantivessem Elbrick vivo teriam
.nc~nce de escapar.
O :l:~ de sbado foi de expectativa. O Governo brasileiro,
em respeito vid~ humana de um representante estrangeiro,j h~
via aceitado as condies dos trroristas. O Mxico, um dos pa
ses propostos, tinha concordado em receber os presos polticos.
Quatorze presos polticos foram reunidos no Rio de Janeiro. Gre
grio Bezerra seria recolhido .em Recife,quando da passagem do
avio. As 17.30 horas, um avio Hrcules da FAB decolou da Base
Area do Galeo levando rumo ao Mxico os primeiros terroristas
banidos do territrio nacional.
Na manh do dia 7 de setembro, domingo, foi colocada por
Cludio Torres,no monumento em frente empresa Manchete, na
.
Praia do Russel, a terceira e,ultima mensagem. "
Os sequestrado-
res anunciavam o.conhecimento da chegada dos 15 subversivos no
Mxico e aguardavam apenas uma autenticao, previamente combi-
nada,' para libertar o embaixador.
I
Com o "aparelho" cercado, a.vida do seqestrado valia, en
11
to, a vida dos sequestradores. Os terroristas resolverames-.
colher o momento da sa4a do. jogo Fluminense
. . x Bangu, no Maraca
na, para libertar o embaixador. Tirariam proveito do incio da
noite e ~a confuso do trn~ito, no final do jogo, para escapar
dO.cerco policial. Elbrick foi colocado vendado num volks diri-
gido por Cludio Torres, tendo Virglio Gomes a guard-lo. Em
. .
outro volks, fazendo a cobertura, deslocaram-se Cid Benjamin e
Manoel Cyrilo.
Helena Bocayuva Khair j tinha auxiliado Gabeira a
I '
reti-
'I ,.
j,-.-------------I' ,
-'RESERVADOr~----------------~
"
f R ~ S E H V A C O, ~3"J.,
(77) Pelo CN, compareceram: Ceici Kameyama, ~der Simo Sader, ~rico Czack-
zes Sachs, Fbio Oscar Marenco dos Santos, Flvio Koutzi, Nilmrio de
Miranda, Otavino Alves ca Silva, Peri Thadeu de Oliveira Falcon, e
mais um, conhecido por "Armando". AsSecretarias Regionais estavam re-
presentadas por: Clayton Rogrio Duarte Netz (RS), Harcos Wilson(MG),
Rgis Stephan de Castro Andrade (SP), Teresa Daisi Furtado (PR) e "Aze
vedo" (BA).. -
(78) ~rico Sachs, substitudo no CN pelo suplente "Azevedo", seria preso
no Rio de Janeiro em setembro de 1969, no OPS, de onde se evadiria
no dia 20 de setembro, pedindo asilQ'poltico'na Embaixada do Hxlco.
,(79) Aps a realizao da RAN, a Secretaria'Executiva Nacional (SEN) foi
constituda por Fbio Oscar Harenco dos 'Sant~s, Ccici Kameyama, ~der
Simo Sader e ngela Maria de Almeida.
(80) Da aeo, realizada sem conhecimento da direo nacional", participou,
tambm, o militante do POC Antonio 'pinheiro Sales. "
---------------'
R E S E'R V ~
~-- .. -.-..--.--, ---.-- I
~--_. --------_.-.------'
. ,~",.,.....", .
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IRE5 E fi VA
~[;
3 8 1
_O_t------------- - -t
.E E. S E R V A O O "J .
"justiamento ou amedrontamento".
Na tarde de 14 de janeiro de 1969, o COLINA assaltou, s~-
multaneamente, os bancos da Lavoura e Mercantil de Minas Gerais,
em Sabar, onde roubaram cerca de 70 milhes de cruzeiros (82).
Apesar do assalto ter alcanado xito, ele representou o
inicio do desmantelamento do COLINA. Nessa mesma noite, ngelo
Pezzuti da Silva, seu principal dirigente, foi preso. Suas de-
claraes possibilitaram a priso de diversos militantes, den-
tre os quais Jose
Rai~undo de Oliveira, do Setor de Terrorismo
e Sabotagem, e Pedro Paulo Breta~ e Antonio Per~ira Mattos, do
Setor de Expropriao. I
.
Esses de'poimentos levaram a policia ,. a desbaratar trs "a-
R E S f ~ A O .Dl ./ '.
----------. ----------------- ..
. ,-.. - . -
- .... -- .... '.- .. ---.- --.--- ..
ESEflVIiGO 383
~,
I
I
parelhos" do ~OLINA, em Belo Hprizonte, na madrugada de29de ja
neirode 1969. 01.00 h, 11 policiuis dirigiram-se para o "apa
relho" da Rua Ita, n9 113, no bairro Santa Ifignia,"entregue"
por ngelo Pezzuti, onde no encontraram ningum, apenas docu-
mentos da organi~ao. s 02.30 h, foram para o "aparelho" del~
,-
tado por Pedro Paulo Bretas, na Rua XXXIV, rl9 31, no bairro San
ta Ignez, onde'encontraram explosivos, armas e munies. s
04.00 h, reforadospor 3 guardas-civis de uma radiopa t.rulha,os p~
liciais chegaram no terceiro "aparelho", na Rua Itacar1Tnbu, n9
120, bairro sito Geraldo, tambm "entregue" por Pedro Paulo Bre-
tas. No local, quando disseram ser da policia, foram recebidos
por rajadas de metralhadora, disparadas por Hurilo Pinto da Sil
va, irmo de ngelo Pezzuti, 'as quais mataram o policial Cecil-
d~s Horeira de Faria e o guarda-civil Jos Antunes Perreira e fe
riram, gravemente, o investigador Joi Reis de Oliveira. NO lo-
cal, foram encontrados armas, munJes, fardas da PM,docu~entos
do COLINA e dinheiro dos assaltos, sendo presos sete militantes
da organizao (83).
ll:~a doCAJ:mo Brito, convidou esae grupo gacho para uma reunio em
~GWq., nA qu~~ alo .$~nt:.o9:raria ao COLINA. Ao mesmo tempo, o CO
~~MRg~~~~~h~~~b~~ffi @~~~@g g~~~~~t d~ DQh~~, d~Go~s e do
pr6piia Ria GftiH s si. N inf~a mrc~ Ei faiiida a
reunio prevista na Rua Miguel Lemos, no bairro de Copacabana,
qual compareceram repre~entantes desses grupos (85). Nas d~s-
cuss?es polticas, ficou claro que, para o COLINA, o carter da
revoluo era socialista, mas com uma etapa de libertao nacio
nal. Decidiram fazer uma nova reunio, dentro de 60 dias, para
efetivar a fuso e deslocar dois militantes do COLINA, LisztBe~
jamin Vieira e cludio Galeno de Magalhes Linhares, para inten
sificar os trabalhos no Rio Grande do Sul.
ganizao.
Em 31 de maro de .1969, o COLINA executou o assalto ao
Banco Andrade Arnaud, na Rua Visconde 'da Gvea, n9 92, na Guana'
bara, onde foram roubados cerca de 45 milhes de cruzeiros e foi'
assassinado o comerciante Manoel da Silva Dutra .
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---------- -------------. -.--,-..--."
_..~..--~-~ . _----------. ....- """'-.p _.__ .~-_ ._... .;... - _ _-~._. -
, ... --..--- . I
..r
I'
385
R E' S E n v A I~ o''
---
procederam integrao dos grupos do Rio Grande do Sul, de
Gois, da Bahia e de Drasilia. Foi aprovado um novo Progr~D,~'~,
apesar de ainda ser, foquista~ sustentava a necessiduJe de reali
zar um maior trabalho oper~io.e definia o carter da revoluo i I
~ .
corno sendo so~ialista, eliminando-se a etapa de libertao na-
cion~l. Foi aprovado, tambm, um projeto de Estatuto e eleito o
novo CN do ex-COL~NA (80).
Na tarde de 15 de maio, militantes do ex-COLINA assalta-
ram o Banco Mercantil de Niteri, agncia do mercudo so Sebas-
tio, na Avenida Brasil, roubando cerca de 12 milhes de cruzei
ros.
Alguns dias depois, houve a primeira reunio do novo CN,
em Copacabana, onde.foi fixada a estrutura orgnica e foram se-
torizados os membros da direo, alm de traados os plane~; pa-
ra a f-i
usao com a VPR.
(88) fi. partir desse pleno, n organizao passou a assinar scu~ dOl'UI:ll'nto5
como "ex-COl.INA". O nnvo CN integrado por: cra
C.l1"10S Alherto Sll;ircs
de Freitas, Juarez. Cuimariics de Brito, H;,rl.:1 UO C;lrlllO Brito, lkr"~'rt:
Busti\quio de Carvalho, C.:1rlos FrankJ in p;\~x7io Ar;llijl', Di.1ma \';Ina
C:: "'~dj
Rou s se ([ 1. inha rC' ~ e C:\f.10..
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_I R E S E R V h O O 1--_--------3-8 6 -t
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.1 R E S E n V !_
" I. 387
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1969, numa casa em Mongagu, cidade do litoral paulista (89). I
II
Nele, o grupo de Celso Lungar~tti oficializou a sua incorpora- ,
- I
I
I 'I
A partir desse congresso, a VPR reiniciou suas aoes arma
das, com um assalto a um banco na Rua Duilio, n.:lLapa. Em 9 de
maio, realizou o assalto simultneo aos Bancos Federal, Ita,Sul
1\mericano e Hercantil de so Pc1Ulo,
este nl'RuaPiratininga, na Hoo- I
I
! '
ca,.cujo geren te, Norberto Draconet ti, foi esfaqueado. ~c::~.~_~_.,.
aor o guarda-civil Orlando Pinto da Silva foi morto, com dois 1
.. ' ,'. ' . t,'\J", .._...... ..... ~._...... --.. ..,., -_ .....-..
--- ...,~.-
\
,1.
m 8 de Jun Oj ainda na capitai a VPR assaltou 1
~I
o Hospital Santa Lcia, na Alameda' Ribeiro Preto, levando gran '!
,
I
I
1
-,1
388
[ R E. S E R V A O O "
Belm, em 2 de
velra, c O outro, na Rua Bonsucesso, nobairro
e o casal Tereza n
julho, onde residiam Jos Arajo de Nbrega
irmo de Gilson.
gelo e Gerson Theodoro,de Oliveira,
Nessa poca, encerrava-se a primeira fase da VPR. Com a f
sao com o COLINA, surgia a Vanguarda Armada Revolucionria-Pal-
mares (VAR-P).
~ERVAO ;1 .-'
'
-_ .. --_.~.-------_._--------_.
.. ~~ . _._ . .:.. __ . , . _.~ . "l . ~ __ ~. _
I------,---
R E S ~ i< V 1\~ 389
I
moralmente fortalecidos, em face do nenhum dinheiro e das duas ,I
"
~!~_f,_:~~_~._Iv.~1
--
. --. , --~ .~.__ '. __ .. __ .....
----- ....... __ r_~ .....
___
IR, E 5 E R V A O O 1 3_9..,0
.
organizao e, com os documentos, poderia desmoralizar um dos ar
ticuladores da Revoluo de 1964. Necessitando de mais dinheiro
pa~a o roubo dos cofres, Juarez decidiu executar o que denomi-
nou de "ao retificadora", assaltando, em 11 de julho, a agn-
cia Muda, do Banco Aliana. O assalto no proporcionou o resul-
tado esperado: alm de s terem apurado 17 milhes de cruzei-
ros, foram perseguidos ~ela polIcia, quando Darcy Ro~rigues as-
sassinou o motorista de txi Cidelino Palmeira do Nasc~to (91).
;'
I R E S E R V A O ~'I ./ '.
~r -.-. .- -.....~_.
I
I
[R E S E il V A i~. 391
(93) No incio (h") 1970. j no l3rnsil. Luiz C:lrlo:; .I~l'Z(llll(' 1~('ldrigl1<.'8 pediu'
p:\ra .Jorge Frcclcric.n Stl'in }cv:\r. do Rio ,Gr:llhk do ::111 p:l1'n :l GIl;lll:tba
r:\. cm clu:l~ vi."f,C'lls. f:1-'l~.':~I'':.._:!..:'~;''lilh;I(,:;
dl' Cl'IlZl'il'on. -
l~ ~, l I~,~
.,~
._~~~
392
~ E 5 E fll v A .0 ~
da cpula dirigente s bases, acabariam por dividi-la e enfra-
quec-Ia.
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t~ E '5 E ~ ~
'---'---"~.""-'
Ao~1 .~
~--------- _______ ,_ . _--.-. P"'""" - ,.~
... ,;~.. ,-.- .. -.- .... I
I
I
393
participantes. I
1
J5 no inicio do congresso, apareceram divergncias, ao rea 1
lizarelu o balanada fuso e o ~uncionamcnto
I'
da estrutu~a
do CN
qa V~R-P. Os delegados criticatam a Conferncia du Pus5o, esta-
belecida pela decis5.q da cpula scm que tivesscm sido ouvic..1.:1S
as
basC's, e n.=1o
chegar<lm.a.um acordo sobre a estrutul-a da orqaniza
(95) Cl\Illio de Souza Ribeiro hchl~U o tempo todo; R;\\ll HllUr.1 Elh"':lI1!',l'r uor
miu com AI\~\ ~1.1till1e 'l'{'nrio da Hota, {'RpO!;a do alls('ntc FC'l"n:lntloC;\l-::-
los ~1tscillit.1; c D.1rcy Rod.ril~lIC'S t.entou violt.'nl:ll lIm:l d:l5 l1lul111:l"l~:; pr~
IRESERVADO)
(96) o "grupo dos 7" era integrado por: Carlos Lamarca Cludio de Souza (
Ribeiro, Chizuo Ozava, Darcy Rodrigues; Jos Raim~ndo da Costa, Celso
Lungaretti e Jos Arajo de Nbrega. Tambm foi chamado Antonio
gues Espinosa, do ex-CN/VPR, que, em inflamadas discusses, foi
.-
Rodri
p.res-
sionado a aderir no "racha dos 7". Espinosa respondeu que eles esta-
'ORES E R V A D {_.__/
vam livres para sairc que ele continuaria com a VAR-P.
..-I
__ -o __ . - . . -- ..--.--.-. _. ------'--.------- ..----' .... i -,'"
caram, quando
' . LR E S E~ A_~ O I
reafirmarm a disposi50 de permanecer na v~n-p,c
elegeram um CN
provisrio (97). Decidiram desmobili2ar o con-
gresso durante
10.dias (por problemas de segurana, advindos da
salda dos 7) e
iniciar a sua ~egunda fase, aps relatar o ocor-
rido s bases. .'
I
1
rial deveria ser distribudo proporcionalmente pela qUlntidade ,
o'
1H E ~)_:_~ ::_~!~~-----'
__
396
EESEnVADi)-
aps o "racha"
.A VAR-P havia perdido a oportunidade de tornar-se a maior
organizao subversiva brasileira.
397
.
procurava,. assim, aumentar seus quadros e articulava-se nos Es-
tados de so Paulo, Guanabara, Rio Grande do Sul, Minas Gerais,
Bahia; Gois, Paran e Ce~r.
relhos" da organi za50, locali "",adonu Rua Agu iodab, nCf 1530,
apto 101, no Mier, na Guanabara. Aps a voz de pris~o,scus oc~ 1
pantes resistiram a tiros e petardos de dinamite, sendo presos i
I
I
Antonio Roberto Espinosa, fto CN, Chael Charles Schreier e Maria ; 1
Auxiliadora Lara Barcellos. Fanatizados,' Chael chegou a ingerir
.e Veneno - apesar dos agentes terem procurado impedir a ai\o _,
Vindo a falecer no dia seguint0.. Naria Auxilioc1ra, dois dias
depois, tentou enforcar-se (103). Espinosa, ao contr5rio, apon-
tou'diversos "aparelhos"eelemenLo::::da
o
Vl\R-P 0, inclusive, da 1,
'I
I
tado para o CN e clesignado'para dar assistncia ao 'S~t~r de Op~
raoes na Guanabara, que se,encontrava em processo de organiza-
50 e montagem e seria, posteriormente, incorporado ao Comando
Rcg ionill (CR).
to
IRESERVAOOr--~--.-----~
---.-.-----,------.---:::,..,.-,-::::--------------- -'
... ...
EHV~.~ 399
tos, particulrurnocnte
o Eremias, e ameaando os militares do Exr-
ci to: " . podem esperar, ns vamos ench-los de chumbo quente".
i
a pa~ticipa50 do comando da REDE. A organizao deveria reger- ,i
I
se pelo centralismo jemocrtico, com os grupos discutindo, estu j
. i.
dando e participando das decises do comando .. 1
~!
A REDE, assim como outras organiza5es surgidas na mesma I
tantes clandestinos.
l~l n-~!:~~~--------
I
I: ~_:
.. _._ __ ._-----.._ --
... .... ... _--_
~ ... ... _ _._-- ...._ ... _---_.- ..-.-. --_ -- -- -.----- ......... -- ..- - .. -
.... .... .. , ...
402
rRESERV~G~
[-R E S E R V_ o~ /.
~.... .----_-:._---~---------------_.
~---------------
..---_
....
-.~_--_ ..._....-.4_~--1 -------- -------- .- ~.'
403
lRESEIlVAl.~
I
gadeiro Luiz Antnio, no ,dia 29 de dezembro (lll). I'
j n I: .~\~E nv:.:,~~~~j ,
.1I
j
I
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fRESERVAGO 404
(113) A DNP era composta por Altino Rodrigues Dantas Jnior, Vinicius Noguei
ra Caldeira Brant e Maria do Carmo ;rbiapina<"Bezerra de Henezes.
(114) O CC constitudo no I Congresso, o nico realizado pelo PRT, era 'com-
posto de Alpio Cristiano de Freitas, Maria do Carmo Ibiapina Bezerra
de Menezes, Altino Rodrigues Dantas Jnior, Vinicius Caldeira Brant,Al
berto Henrique Becker, Augusto Nascimento, Manoel de Souza Castro, fer
rcira, Joo Francisco e Pedro de Souza. -
,..
r /l E S E n V_ A o o
.. ~._-----
------~--::=:-:-:... -.-,.-----=-~----------------_._~---
=-..=...:'::.
fn E S E Il V. ~ I. o. 405
( 115)
Na Regio 2 (SP, PR e Tringulo Mineiro), o trabalho de dire.:io est~va,
acumulativamentc Com o trabalho de dire.:io naciol1i.ll, sendo exercido
por Vinicius Caldeira 13r:ant, ~bria do Carmo Ibiapina }31~".('lTa <.le Ncnc-
zcs e Altino Rodl~igucs Dantas. Tinham a DuxiliL-lo, o membro do CC, A.'!.
bcrt:o Henrique ilcckcr.
Na Rcr,i.:io 3 (Gil, HG e RJ),o trabalho era coordenado por Alpio Cristia
no de Freit:as, ~uxi1indo por SUD. mulher to/anda Corsct:ti Harinho.
Antnio de Paulo e Augusto Nasciml~nLo eram caml'0lH!SCS do Vale do Pinda
r, no Har.~nh50, c respons:iveis pL'lo trabalho na In IA e 1'1). -
"Luciano" ou "Gordo" e Ferreir eram de Rec ifl', l~ coordenavam os traba-
lhos na R6 (AL, PE,o PB, RN e'CE). Paril RL'cirl~,Jil"ihill-~l' Jo:io Franci.s-
co, memhro do CC, aps ilbandonar a mi.litncia no PRT l'm Nova IguaU/lU.
Na lUl (GO, DF c J.l'ste do HT),o trah,.lho i.ncipienle esl:<.lvn soh a respon
sabilidadc ue H:moel dl' SOll?a C,lGtro, c\mp()nG~'jdo N(\rtc de GoLis, ir=
mo de Jos Porfirio, que mantinha <.'ontat,os em UrUl'lI, Por:l1lg:11:U c S:m
ta Tere?:l.
406
.1'
[nESERVAD Dl
conseguiu reunir o CC para eleger a Direo E~ecutiva. A carin-
cia de quadros e a falta de recursos aproximariam o PRT de ou-
tras organizaes visando atuao em "frente" .
.RE S E RV~.
lr R E S E R V ,,\ L o 1-----------:-------,
407 j.
I (117) O nome frente s n50 foi oficializo.do porque houve rcniio d~~ a1r.unt.:J.s
or~:mizal's, princip.:J.11I\l:~ntl; d<l l\50 Popular, l~nt ilc:ei.tilr a U('IH';lllin~50.
coa de 1970.
e I
I'R E S E R V A O O I.
-~-------,-_._..-.-----
- _--~_._._- ---~~
... ... .... ..-, .._,-"~",,,"---' --......-.;.. ..~._. __ -- ....
.
----,-~ 1
il
J
......
---------_[R ESERVA~.::.1----------_--4-0'""t9. ;,
,
Um dos pontos abordados nas reunies foi a necessidade do
i
, movimento passur ~ contar c;omum suporte financeiro autncmo,que . II
I
mantivesse um fluxo de recursos constante, independente do aux j:
lia internacional. .'
i
J
j
i
\
-. _-~ '-0- _._~ __ ~. _~ -4 . _. __ . _.
410
!RESERVADO'
. -
luta .armada criariam um obstculo intransponvel a conciliao
e provocariam o rompimento.
I
r i
,o grupo resolveq contribuir financeiramente para o soer-
l
guimento do movimento e lanar um, jornal, que seria o veculo de , 1
I,
,
aliciamento de novos adeptos
. . para a organizao a ser criada. O
jornal precederia a estruturao da nova entidade. Maria Jos li ,
,
(125) N~C}ucla oca:;i~o, o g'rupo foi rcfor~~do pela :l(\('~;;i() d~~ lIl'nll(~sHachado Nc
to, que h.lvi~ "ido posto em libcrd,1l1c, em Hilh1~; Clr;)~s. ,1\>0:; l:lIlUpri.r
pen.,. por palticip~:lo 11:1 frncnsR.1d.:\ guer.rilh~1 dL' 1I1"1;~nl;1. lI.:nl1(!f, (oi.
:lcolhillo por t-bri.:\ .lO:;I~ i,ollr0l1co. 11:1 (";,\!,;,' UI' qllelll P:I:;:;OIl o, rl':: i ti i t".
"
412
RESERVADOI
IRESERVADOr. ,/
L .__
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""-"'- . ~ _---~.-
..
[R~SEnVADO 413
414
11'"-'------------1 R E S E R V A O Or 1
~-----------JRESERVADOl
.--- .... - --- ...... - i
. ,i
,
415
I
I
I
.
a estao terrena de comunicaes por satlite de Itabora, que I
l
i
iria revolucionar um dos setores mais deficientes do Pas, embo
ra dos mais importantes para o desenvolvimento e a integrao
nacional. Os investimentos na infra-estrutura
oi
econmica nao
eram negligenciados e estavam sendo feitos continuamente, orien
tados para a expanso do. fornecimento de energia, do sistema de
transporte, da~infra-estrutura urbana e das indGstrias pesadas,
especialmente do ao c de min(~raEto.
Abria-se a economia. para o co
rn~rcio exterior. O Pas comeava a produzir excedentes,
I
al6rR do
!
caf.
to de um novo governo.
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.'I :::
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1,, .
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rRE'~ERVAOO 416
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I~ E S E R V A O o. f . .
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417
1969
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Iln ES f n Vt, [~O!---_.-
:-J
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,,
R E-~; E H V 1\ o o 418
CAP1Tr: J VII
1. A intranqilidade crescente
Havia em 1968 um clima aC"ntuado e crescente de intranqi
lidade, com as aes preparatr\~S -e iniciais d~luta amada sen
do realizadas com desenvoltura, o que conduziu o Governo a edi-
tar o Ato Institucional n9 5. A preocupao-com essa situao
alcanava o Exrcito, que acomp;mhava essas aoes com interesse
mas era incapaz de identificar :;euautores.
Dentre essas aes, o Ext"cito preocupava-se, particu,lar-
mente, 'com os assaltos a pedrei tOase casas de armas e tinha um
interesse especial no esclarecjmento dos atos terroristas que "
2. O acaso
Num sitio, em Itapeceric~ da Serra; municipio da Grande
S~ Paulo, viviam, com suas re~pectivas familias, duas i~ que
chamaremos, simplesmente, de i~~ da 'frente e irm de trs.O fi
lho desta ltima brincava nor~~lmenteem todo o sitio, embora
[ R E S E R v~~~
.... --.,._-,~---_ _---, .._---
.... ~-------- .. --,-----
L 419
~
I do um deles logrado fugir. O Delegado local comunicou o fato ao
DOPS de so Paulo. No entanto, seus agentes que compareceram ao
local julgaram que'o inqurito deveria ser policial-militar,
correndo pelo Exrcito. 'Lignram-se com o Comandante da 2~ Compa-
nhia de Policia do Exrcito e recolheram os presos qucla orga-
nizao militar.
de um grande contrabando.
I Apesar da estria-cobertura verossimil, o major Comandan~
te da Cia. PE, que deveria mandar recolher ao quartel o calTLinho
f
pintad~ com as cores privativas do 8xrcito, julgou que o epis
dio poderia estar vinculado subverso. Decidiu, ento, alm
re de m~ndar buscar o caminho roubado realizar uma "varrcdura"na
rea, procura de outros dados que pudessem esclarecer o caso
! (1). No entanto, c?mo sua companhia estivesse com recrutas, re-
cm-incorporados, pediu ao Comandante do Esquadro de Reconheci
\ mento Mecanizado, seu vizinho de quartel, que lhe cedesse uns 5
ou G homens para guarnecer seus "choques" (2). Tendo o Comandun
I te do Esquadro sido autorizado a ceder-lhe os homens, combina-
ram o inicio da opcraao para as 5 horas do dia seguinte, 24 de
janeiro.
I
(1) Varr,et 1urn - oper:lao- d e var.clI. II \.1mcnto d e arec1,.
- t l.PO
'" pente .1 no
f'" ,
(2) Cho<]lIc - carro aber.to, de fcil ('mIJaI"que c desemharque, i.lti.lizado peln
Policia. f'
-~ ~)r v-;:~~,
L~". ~_c.:...J
H
........._,~ .. ,
RESERVADO
420
3. Moleque sabido
Antes das 5 horas do dia seguinte, adentro~ a Cia. PE um
peloto do Esquadro de Reconhecimento Mecanizado. No era issq
. .
exatamente que o Comandante da Cia. PE pedira. No entanto, como
o companheiro do Esquadro devia ter passado boa parte da noite
reunindo aquele pessoal e preparando o seu material para aquela
"operao.anti-subversiva", no teve coragem de fazer o peloto
retornar ou de mant-lo inativo no quartel. Decidiu lev-lo tam
b~m na "operao".
As 5 horas, um capito da Cia. PE,que ~ria ccmandar aope-
rao, deslocou-se com os choques e o Peloto de Reconhecimento
Mecanizado para Itapecerica. Se o objetivo da operaao fosse
atrair o pbliCO, teria alcanado pleno xito. Os carros de re-
conhecimento M-8, do Peloto de Reconhecimento Mecanizado, cons
tituirarn-se numa festa para a crianada.
Foi com um desses garotos que rodeavam os M-8 e que nao
tinha mais do que 10 anos, que o capito, procurando saber como
os elementos'chegavam at o sitio, entabulou a seguinte. conver~
sa:
E como o pe~~odl chegd dt~ o ~Ztio?
Ele~ vm deCd~~O dt dqueld~ ~vo~e~ l em bdixo, on-
de deixdm o Cd~~O e ~obem d pi ..
E qUdl o ca~~o de que ~e utilizdm?
-E u~ 6U~Cd:ci~za, q~d~e novo, md~ que tem o~ 4~i~
I .
r ",
___
-..... ...
--.--.--~-------4.-~-.-------
~.~--"---
--,...-_._--_ ..... -_.-.---- ..~_.-_ ----------~.,~
.. --- -~
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:
__________ 4_2.....,1 -
)
......
----------In ~S E R V A ~~ .
J
i1
'I
, I
I
1 da zona sul de so Paulo. Incontinenti, o capito foi enviado ~
"
para aquele 10cal,1
I
J Chegando rua que lhe fora indicada, qual nao foi o es-
panto do capito ao dparar-se com o "fusca" cinza, indicado pe-
,'.
J lo moleque sabid, com a placa que ainda retinha na cabea. Por
mera curiosidad~ foi examinar seus pneus traseiros. De fato, e~
tavam na penltima, se no na ltima lona. No seu interior, ha-'
viam sido abandonados uma pistola Walter 7.65, trs revlveres
.38 e duas carabinas .22.
\ 4. A revelao surpreendente
"-------------E~-~ S
~~._~~~l.~~-----------------
..... 1
I
I R E' S E R V A O O
422
I.....
formada de recrutas,no havia ainda realizado nenhum tiro real.
R-E-S--Eit--VA-. -0-0- I
I f R E S E Il Y ,,~~ 423
t~
I'
1 e 5. A clula subversiva do 49 RI
-
se refere a esses contatos mantidos com Lamarca: 'rde~de
epoca, a 11OI.lCl Ite.f.aco 60-<- Ul1da.mC!..n.ta..tIllC?,llte. po~:Z.t.iCCl ( .
d~uela
Jal.l
i~~';'~,n-~=,\l.~~~]
t
424
RESERVADO
Grande do Sul.
Em 26 de novembro de 1964, foi preso em Porto Alegre,quan
do embarcava para Montevidu, o ex-capito da Fora Area Brasi
leira, Alfrerlo Ribeiro Daudt, implicado na "Operao Pintassil-
go". Dada a sua periculosidade e audcia, Daudt foi transferido
do DOPS para o quartel ~a 6~ Cia. PE, considerado um local mais
seguro. Na madrugada de 13 de dezembro, sete dias aps sua tr~
ferncia para aquela organizao militar, o ex-capito da FAB
logrou evadir-se. Era um caso indito naquela Companhia.
.'------------------
------ ._-----~-~_
...-
I' cal de na~cimento c aumentara sua idade em dois anos, pois, te~
do saldo de casa com 16 anos, tinha dificuldade em obter cmpre-
'10. Valendo-se desse 11 segredo" icomunl,Darcy P.Jssou u expor-lhc
I
suas idi.as rcvolucionZlrias. NO momento dcs'cjuc1o, 'Darcy confi-
f'
L-.-----------[H E~~_~_~~_~~~~j;-----------
~... [ R { Si E R V A D D 426
!~ F. S E R V ~ n
'- -~...-'
..,,- .... -.----------.--------.--:;.-----------'.- .... ...,.....-.-
I R E S E H V fi L _0-, 427
D:HCY no depoimento
SCll em liA Es~ucrda Armada no nr;\~;jl", .i: cit;t<!o,
(7)
pi\r,. 10(1, mentc, huscando c.nf,ranidccC'l'-~e ao~ 01\1l'~; d,';; :;Ul'\"'l'~;ivos,
quando diz: "E uecillimos regressar imediatamente .111 <\1I.llll'l IlL' Qui-.
1111
ta\ina (' executar rapi.d:\mcntc a primeira p;:tt'll' lln i1: \. '11I~;".ia, a
parte da a:lo prcvi~;tn para o din 25". Diga-~;l' d,' \',1:::"';""\:" qUI' 110m
ele nl.'lll os outros doig tiv('ram qU;llc(lwr p~ll:t.ieip,I.:,\I) 11.... ::.\ "L:lpa uo
roubo.
G~~.i ~.~~~~.!----"'-'
I
- -.-----
E~~ .
428
\
menta exigido organizao pdra a participao de ambos no rou
bo do 49 RI.
7. ~nex~erincia?
Numa noit~, em fins de setembro de 1968, inesperad~ente,
Lamarca acompanhado de sua mulher, fez uma visita de cortesia a
um sargento do Regimento. O sargento estranhou a visita por no
encontrar motivo que a justificasse. A conversa, porm, iniciou-
.se.normalmente, exceto pela situao do sargento que se viu on~
trangido em sua prpria casa. Larnarca, desde. logo,procurou dei -
xar sua mulher com a esposa do sargento de modo que ambos ficas
sem sozinhos.
Em certo momento, aps tecer elogios ao comportamento pro
fissional e familiar de seu interlocutor, Lamarca disse-lhe de r>
(8) O General Euryale Jesus Zerbini havla sido reformado, pela Revoluo,em
abril de 1964. ' .'0
C'
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__I R E S E rl v_:~~~. /
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~.:_ __ .""":'""";"
__._~..__._w
, _ .
429
II
Nos dias subsequentes, Darcy insistiu com ele para que ade
risse ao grupo, dizendo-lhe que o movimento em que estavam era
de mbito nacional e que eles no desejavam v-lo embarcando 'em
canoa furadall Incentivara-o, procurando " -
tranquiliza-lo quanto
famlia, informando-o que a organizao lhe proveria toda a
segurana. '
I - .-'
l H ~E ~ ~~.:'~~-1Ii- ----------- --l
~-------------I R E" ~ E. H V A C O
430
com um
.indivduo,
Esse cabo, havia seis meses,' t~nha estabelecido amizade
1
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1R f. S E n V_:',_0. ~.
--.-.-
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'~.-- - - -.-_.-.- 0 ._ , ._0 . -
ESEI1VACO 43]
-'
aps as informa6es do cabo, havia dois graduados capazesde tes
temunhar sobre um problema da maior gravidade, que punha em ris
co, no mnimo, a vida de integrantes do Regimento.
8. O fio da meada
"
As atividad6s subversivas em S&o Paulo comearam a ser
1
I.
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432
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a..o. Sem e-6-6a de.ta.n.o, a po.tZc.<.a Hao .tc.-'l...i..a dC?.6c.(Jbc/i...to jcw,.-:.:L!:J 0.6
au.tolLe.6 da a.o, lJolr.que cc. veltda.de que. lletO d.<..6pu.Jlha de. nc.Jlhwllct
p'<'.6.ta." I
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- E s E R V "~~
435
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'R E S E R V A O O
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'---I ~:
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os en-
437 I
frenta~tDmla bala, o:quetr~ddund~va~ em alguns ctasos= em .retardo
propos~ a no cumpr~m~n o e m~ssoes ou numa a uaao ma~s agre~
II
siva. ..
o
mais importante, no entanto, que de inicio houve uma
colaborao espontnea muito grande, refletindo o anseio de se
obter sucesso numa rea que havia mais de um ano desafiava a p~
lIcia, O aumento do trabalho sistemtico e at mesmo o xito ini
cial comearam a tornar-se fatores negativos. Era hum:mamcnteim-
possvel que deixassem de aparecer os cimes e os zelos c c~cjn~ I ~
A.6 ma ('..6 .t a '- e.,'s d e a 6 (! .t o q tt C. /{ ('. C c. b.7. a 1Ilo ,.s (( cf I C [J a da. ':.Co 6' .c,S:.
I"l.t
.(.llIpOlttall.t('. elo l3lta,~.U:. C da. Am:.'l..(Ca. LcU:i.lla, ('.116/1.('1: (U\'I( v <-C. tcn.ta
,
ollda de ;(:elr..JI.O,'L..i
...sIllO, onde. lIIe.ta-dz.i.a de. a.61.>{(.f...t(J.~ (1 [1(U1C(' . .s l'CO!t-
1
It.i.alll a cada rUa c..OIIl o 6.t1ll de ob.tclt ItCC(ut.~OI.> pa/,,( (I ,fall.{();lcn.to I )
da cOII.tlta-ltc.votlt'.o; ope.ltlt.e.~ de .6e.qlle..~.tJLO~; .(II\'IO(;('.~ ele qua!t-
'.t-i ..6 C.OIll Itoubo de altllla.!J; en -illl , atol.> que. dc.i.X.([\"ll:: a PO].1It-ta.o j
allledlLoll.tada e. .te.l1.6a ( l
Ve. /li a .(.o a /li e. a d o .6 d e J. (t /l f 1 o ]:I It o C ' aI/ J(',,,
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IR E S E R V /~).~--~------ -'
,~#_--_ ~------.,---------..~.._-
--_
.._.
-----------[1 RE S ERVAGO. 4
--
Braslia, sob os auspcios do Exrcito. Reunindo os Secretrios
de Segura.na, os Comandantes das Polcias Militares e Delegados
do Departamento de Polci~ Federal, o aspecto que mereceu maior
nfase nesse conclave~foi, justamente, a necessidadede integr~
o operacional dos organismos policiais.
, i
des de combate subverso. Esse trabalho coordenado seria fei-
e to com base, exclusivamente, na compreenso de sua necessidade,
por parte de todos os rgos envolvidos no problema. No havia,
ainda, nenhuma medida legal que indicasse essa colabora~o. Ela
teria que ser espontnea. O resultado da reunio, no dizer do
Gener?l Ayrosa, "60i.. .6 LUtpltC Cl1dCH.tc?, ]Joltquc todo.6,. ul1aJ!-tIJlC:'.Il.tC,
a.c.ha.ltalll quc a plt pO.6.ta a.tcl1d.i.a a WlI an.6 cio 9 Q./w.c.. O Il.tc.O C{LLC
-- H f:____
S E n V, :, [)c'_J
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1
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' ~- "-.-. . -- -~. . --.- -.-.
1, I~
I I
440
CENTRO DE
COORDENAO
(Qnt II Ex)
CENTRAI, DE
OPERAES CENTRAL DE
(SCh D1/II Ex) INFORMAES I
(Ch EM/II ~
.
Todos os informes e i~form6es
. colhidos deveriam ser
transmitidos diretamente e no mais curto prazo para a CeQ~~de
c:-. _
r
I'
. ., ..~.-.:..~
'''.'''' ... ...
'
I
/'
R E S E R V_~~ O
443
IRS(HVA~~,
445
12. Dificuldades e desencontros
o documento que propunha a criao da "Operao Bilndeir.an
. .
te" e que foi aprese,ntado,s foras e aos'rgos que a compori-
am, ,na reunio realizada em 24 de junho de 1969, prescrevia qu~
.>
I _. -
to a s~tuaa.o:
"a. A irea de so Paulo e municipios vizinhos consti-
tuindo a denomifiada "GRANDE SO P1\ULO" - vem sendo alvo da ao
de vrios grupos organizados sob as mais diversas denominaes
VPR, OPM, COLINA, FLN, ALA NARIGHELA, etc. -, por estudantes
habilmente manipulados e pelos adversrios da Revoluo de 31
de Maro de 1964, todos sob a liderana consciente ou consenti-
~a de elementos do PCB, do PC do B e outras faces comunistas,
j agor~ identificadas.no propsito comum de derrubada do Gover
no e das instituies.
Inspirados nas aes dos 9ubversivos, com outras fi-
nalidades, ~as igualmente agitando, Iprovocando dilnos e contri-
,bui~do para urna ao de'desmoralizao das autoridades, alguns
'marginais atuam, realizando roubos, saques e iltentadosa pesscas .
_ Aes estim~da?: desencadeamento da guerrilha ~rba-
na; recrudescimento de assaltos a bancos, carros-transporte de
valores, organi.zaes industriais e comerciais para obteno de
fundos; assaltos fi quartis, casas de armas e depsitos de ex-
plosivos para obteno de material blico, equipamentos, explo-
~ivos e a desmoralizilo das foras policiais e orga~izacs roi
, ' -
litares; terrorismo, particularmente o seletivo, contra autori-
dades civis, militares, lideres democratas, industriais c outras
pessoas influentes; panltagem, agitao e propaganda contril-
ria ao Governo c s instituies; explora~o de atos dos gover-
nos federal, estadual ou municipais, suscetiveis de utilizao
negativa e adequada aos seus propsitos; tentativas de liberta-
o de presos em quartis ou prisoes civis; tentativas de asso-o
ciao dos Movimentos Estudantil, Sindical, Rural e Religioso.
b. Unidades, servios e meios do II Exrcito, 4~ Zona
Area, 6~ Distrito Naval, Secretaria de Segurana Pblica (For-
a pblica do Estado de S~o Paulo - policia Civil - Guard~ Ci- I
I
vil) I Diviso de Policia Federil em so Paulo, Servio Nacional li
~I
d~ Inform~cs.- Ag6ncia em so Paulo, continuar5o atuando em
toda a rea. " I
subversivas.
i,; . I
,Li, :i
: ~tj
li )
111/:0_ J I
,1:1:: I
I:, '
~ ~.... ..... ~.
444
rRE'SERVAOO
{RESERV~
.---.- ..
-.,.--------._. '00 ' . __ ._,. __.,._. __ .
'-
445
IRESEnVAlJO
"., ;~( - ~ I
~ i.f I ,
446
R e"S E R V A O O
.
o "sui generis" vivida, porque '~-'--------'---.-
ela teria tambm reflexos no
recrutame_~~? do pessoal e_E_?
__~~prio d_~,~dobramen.todf\s aes-.
Q~ando-h uma --guerradeclarada, na qual se en;oive t'da--insi:i
tui~o-; osoldado-profissionar, sem sentir pra~er e at mesmo
.,,
r-~E 5 E R V A O O I /
----~-----
. \11
1 , 1.11
."
In E S [H \~~
447
Ii{/I
, Ii 1\
por ser esta a hora da grandeza de servir', a hora sublime c es- . II i I
perada de se dar ~ P5tria, que ~ compartilhada por seus famili~ I, ; I
' l ,i
res. No ,-e!ltanto,
.vivamo~--,.uma
g\lcrx_a_j_~_~r~~b~,
unnim~, un~la";' . '"
... --.------ . - - .-.-" - .
11
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teralm~te declarada })elo .~~.~~igo,._
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no. reconhecida oficialmente
_"f"-'~-"----'."- .
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i,l,
i!
,
I
e que anlis.e~_.-=-~u_~~_oc1das
levaram quase a ocult~-la.,n qual no I'
,I
s~ empenharia mais de 1% (um por c~nto) dos efetivos das foras I"!
nela engajadas~ NQO apresentava,_assim, o mesmo estmulo, 'mas
___ ----.0------ .
?O homem, mais do que no combate regular, porque a
exigia m:uit_~__
enfrent.amento era dirio, com um inimigo do qual no se tinha in
.' -
formaes precisas I que agia inopin'qdamente, de surpresa,com via
. I -
l~ncia e tendo a iniciativa das aqs. Al~m disso, numa situa- I, ~ ,
o de guerra nornlal/os ri~cos s~o apenas, do militar, no alca~
ando sua faml~a, que, pelo contrrio, perman~ce em segurana,
agasalhada pelo conforto moral de seu gesto e o apoio dos ami- , .
gos e familiares. Neste caso_~._.no)
Al.~m da situaiio cons~range-
C_-_w_.-.-.------
dara de se o~br.i?_~r
a ocultar as ativid do marido., por que.
tes de seguranu, de apresent~r d~s u aS .. por suas auscncias
sistemticas, por seus horriosincolnuns, por suas atitudes' in~
sitadas, a muJ.her ai~da vive sob presso psico16gica const~nte,
,
produzida por in\prbp~r~.os dirigidos por caria ou ielefone, anGn
cios falsos e ameaus verdac.leirasde seqestro. dos filhos. Hui-
ta!> foram as mulheres que n~o suportaram ess0 angstia perm'.nen
te,e n50 foram poucos os lares desfeitos por incom~reens6~s ou
falta de'estrutura psicolgica para suportar tal situao_conti
nuadi. pot tudo isso, no era fcil o recrutamento para esse t~
---
po de misso .
.
Principalmente
.......
a falta de recursos e a expectativa de que
essa era uma situao transitria fizeram com que esses proble- I
,
seus intcCJrantcs, pelas razes us mais diversas, desde a I
fulta ,i
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I I I'
I \. ,! r\ 1
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R'E S E it V A L O '1
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jl
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das foras policiais, e o emprego efetivar-se-ia por solicita-
ao da autoridade civil, ou a ju.zo do comando militar compete!!. , :1
,
,~ ~I '
I
te. Em tal plano, a,a~o militar era apenas uma entre inGmeris li
outras componentes
. prcv'istas pelo Governo. Evidentemente,
."
s se
-
ria desencadeada' se houvesse a perturbao da ordem ali previs-
'I
ta. Ao Governo interessava, antes de mais nada, evitar a pertuE
~
ba~o da ordem, e para isso tomariaimedidas preventivas, na sua'
1:..-
maioria, na esfera dos m1n1ster10S e orgaos civis.
Em 1961, o planejamento das Foras Armadas e sua condut
no mbito da Segurana Interna estavam calcados nas Diretrizes
, i
Governamentais de maio desse ano, que previam aes preventivas I
eLe. e. a qllaC.ladc,
6illa.t. de ~lla 6oIL,a". Primeiro, somente ele se
estende a todas as pcssoa.s na sociedade; outras entidades, como
as associa.es rcligios.:;e associa.'espr~issioni~, como il.
, I
'I '
( . ,'I
I
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I
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..:,._:~~--------------_...I
I J,
,t .,.,-'
" ........... ,.....-.-.
450
.
CNBB, a CUT, a OAn, etc., alcanam apenas uma frao do todo.To
;da a vez que qualquer dessas entidades quiser impor suas no~ a
toda a sociedade haver choque. O sistema politico possui,em se #
Segurana.:I:n.~~;-na
,....
atril2.uiaum papel .pr'eponderan
te _~os..
co.~?-~9:~Jl
'-. __ . __ I -_o"
tes militq.res,
d.e~~~,.quanto ao planejamento e. execuo da~
, ,.
-,..-----------------.--.- ._---_._-----"~--------------------
I~
E S E HV AC ~1,_ --_4_5l
I
\1,
I
17
Em resumo,' o Centro de opera5es de Defesa Interna (CODI)
nada mais era do que o centro de coordenao j existente no II
Ex&rcito e batizado de "Operao Bandeirante", com id~nticas.
I
cito, com sede no Rio. de Janeiro,! onde a subverso tambm esta- "
'lI 1\
I ;1
, \1
va bastante ativa, iniciou, em outubro de 1969,cstudos visando II
"
~!
criao de seu CODI. Contando na equipe de trabalho criada p~
ra esse fim com oficiais que 'haviam feito um estgio na "Oper~
ao Bandeirante", apresentou como resultado de seu trabalho uma
estrutura contendo apenas a parte da OBAN que efetivamente esta
va atuando, isto , sua Central de Informa5es.
A Central de opcres, por estar sem funo na OBAN,n20
foi prevista no CODI do ento I Exrcito,sendo, no entanto, pr~
vista uma evoluo que j ocorrera no II Exrcito -- a introdu-
, ao de uma coordenao Executiva, subordinada Central de In-
~ormaes (CI), para coordenar as ativia~es de informaes dos
diversos rgos envolvidos e que, por essa razo,funcionaria fo
ra do QG do ~xrcito.
CODI - I Ex
J
- - -, - - - - -
r \-
I COMISSO
l C li E P E
(Cmt I Ex)
---i
ASSESSORA
CEN'l'HAL DE
INPORHJ\ES
(Ch EM/! Ex)
..... ..... ., ~
COORDENl\O
EXECU'fIVI\.
r
Sce Sce I~\
I\.dm Irifo
~
\i '* Il'r~t.:\-se
da Sce de Opcrllocsuc Inform.:l.5.
a Sce Op cJoEH uos Comanl1os,que tr.:\
t.:l
N~Q confundir
de oper.:lc$
mil i t.:\rcu. I
<:01\\.
\
I.
\!l E S E R ~"~~J'------------_.
_ ~------_.,.---_.._-_., .... -._-, ~ ,~ -.',. --.-" .
- -.---.-.----------
452
R E'S E R V A O O
,I '-
" Sem segredos, no dia 17 de janeiro de 1970, diver~;os jor-
I' L
:nais do Rio de Janeiro anunciaram a instalao do CODI dl)~ ExE
~ito, na vspera. Por vrias razes, entre as quais a fnlta ~e
instalaes fsicas, o CODI do I Exrcito somente foiin5talado
nessa poca, quando recrudesceram as aes terroristas 0 se acu
mularam as atividades do Batalho de Polcia do Exrcito, que
havia prendido vrios militantes ~a VAR-Pa1mares, apreendendo
farta documentao da organizao. Havia sido preso, tan1bm, um
militante do PCBR, em assalto agncia Brs de Pina do Banco
Sotto Maior, o que poderia propiciar outras prises de elemen-
tos dessa organizao. Em abril, foi inc1ulda na estrutuca do
CODI uma Comisso Assessora, diretamente subordinada ao Coman-
dante do I ExrCito, exercendo funo e tendo constitui~o sem~
lhante ao Centro de Coordenao da OBAN. As dificuldades e os
desencontros no COD~ do I ExrCito, assim como seus xitos, se-
riam em tudo semelhantes aos da OBAN.
l'R E S E R V A O () I ./ '.
'.'-'---r ...
~-~----"-"---'--'--"---"-----~ ---- ---'
,'.---'- .. ---
-------....
--1/
...--------------1 R E 5 t i1 '/ I\, l.. o
[";
453
,
..
oi
,."~
inclusive do pGblico interno; e medidas atinentes aos meios de ' ..
divulgao e falta dc' motivao do pGblico, inclusive o inter
no.'
I
I
IR E"$ E R V A O~. 454
57 .
SEHV/l.LO
455
------
.
deixou de ser analisada com a pro~undidude merecida. Anunciaram,
I
ali, o acrscimo, na estrutur.a da10BAN, de uma Central deDifu~ ----- .-._ ,.. _ ...... _ ~~, __ .:",~r ..
A CemtraL ..
de-Di-fus-'rinc--
chegoua. funcionar, ficando quase to
,---~ , .
intiva quanto a Central de Operaes .
Na verdade, olv.i.dou
...
se que a populu.o__
~.... ~.~
~i~1ha o direi to de
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.
, .... -.---
\
.
I
;:~.-~'::'--nlnporoi li tar,
nhr a.batalha contra ."\..-"~:~~.:.=.~
..... inicinVll-!iC
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_,-_ .._.__ -.---~.-~--_
~o. - J
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............. -~ .. .. ,~. .._--"'~, ... ... ....
.
I I
R E:S E R V 1\ O~
456
I ~
'P.~~c:J.~::.uma
'~ batalhaimportant~ssima a ,da comuni~a~9.soci~.
._ ~",.,.. ''4 .
1I
te do ~blico interno, que paspOu a ver os que lutavam contra a ; :1
" !
subverso como os responsveis pelo desgaste da prpria Insti- . I
I
I'
, ,
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",
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I
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~I
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,
I
JI
~. , I
1
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SUMARIO
AS TENTATIVAS DE'TOMAD DO PODER
29 VOLUME
"'e, 1.
2.
Renasce o otimismo nacional 459
o' .., .'
11. ~~e~~~~:~~.~~.:~:~~~~
12. O PC do B 'prepara-se, no campo e na cidade.,........ 495
13. A AV ampli'a a sua estrutura ,. 496
14. O MRT reduz-se a um grupelho : ~ '497
15. O surgimento do Movimento Revolucionrio Marxista
(MRM) " ,e 500
16. PCR: na prisio, "Capivara" vira "Cachorro" 501
17. O MR-8 ,intensifica, as aes armadas ~
18. A cisio e a crise do POC 506
19. O surgimento da OCML-PO 510
20. MC~: uma fugaz rebeldia no POC 513 ,
;,
21".'::"VpR.:;meses
de planejamento e s;i.gilo .;,
' 5.14,,<
.\ J" '
(X 22. O sequestro do cnsul japons Nobuo Okuchi 5~9
23. VPR: A tentativa de seqnestro do cnsul norte-amer~
cano em Porto Alegre ~.~ ~~
24. VPR: a crise de abril ~ 526
25. VPR: as reas de 'treinamento do Vale do Ribeira 529
....
_"':
"
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,.i I
..
j,
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t;
3.
4.
5.
;I
I
' " 7. As atividades da CR/SP da ALN
....~ ................ ..
.
e 6.
li
~ I'
8. As 'atividades da CR/GB da ALN
612
7.
i! 9. A falta de liderana na ALN 616,
1
8.
"I
, I
,I
'. 11.
13. O assassinato de He~ning Albert Boilesen ~I ,I
I
;j
14. O fim do MRT ~ .631.
'I
12.
I
:1 15. A diviso da CEx/PC do B 635
16. A desarticula,o.da AV .. 636 13.
17. O MRM tranSforma-se na OPCOR, que desarticulada 636 14.
( 18. PCR: um "justiamento" e u~ assassinato ~ 638 15.
19. A desarticulao cl POC e o surgimento do POC-Comba- 16.
te ...... ~ . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 638
-G E S E R V ~ _
I
...
"
"" f~ E" S E R V A O O
AS TENTATIVAS DE 'TOMAu uu ~uu~u --SuMRIO
"
continuao XI
ao ..
ra .- . ~ . . . . ................... 716
635
636 13. Novas aes contra o foco'guerrilheiro : 721~
636
638
14. VPR: as "travessuras'" de Herbert e de Anselmo....
15. O desmantelamento do PORT 728
727 ~
1 i"
638
16. Remanescentes trotskistas em busca de uma definiao'729
R E S E R V A 0'0
fi
~
I
I
i
,
I AS TENTAT
~SERVA~~
-4
.AS TENTATIVAS DE TOMADA DO PODER"- SUMRIO
- Continuao XII
I 9. O
~17. VAR-P: os prenncios do fim
10. O
18. Surge uma 73l
nova RAN ~ 734 11. A o
19. HR-8:
o fim do militarismo, o "racha" e o Pleno 73( 12. As
20. O MPL
reestrutura-se no Brasil ~ 74: 13. Co
21. Um mil novecentos e setenta
e dOis 74C _ 4a
PAR
- ANEXO C - CROQUIS DA REGIO DO BICO DO PAPAGAIO 75~
- CAPITULO XI A QUART
1973 - CAP!T
1. A EST
A reinstitucionalizao gradativa 756
2.
O pice do desenvolvimento nacional 759 1. A
3.
4.
O desenvolvimento social 764 e. A
A FBI continuava em expanso . :: ~~"~S 3. O
5.
Os justiamentos
11 e o desmantelamento do PCBR /767
11 4. A
6.
A desestruturao do PCR !~~68 5,. A
7.
ALN: a violncia at no estertor 770 6. A
8.
Urna ajuda involuntria guerra psicolgica 773 - CAP,!
9.
o fim da riALN , 776
10. O - '/" S Ucur1'
' 778
peraao'
11.
Desartifulao do foco guerrilheiro do PC do B 782 1. A
12.
A incorporao da APML do B ao PC do B 786 2. A
13.
A extinio da VPR . ,' 787 3. A
G14. 4; O
" O fim da VAR-P
! , 788 I
15.
A extino da LO e'do MPR , 791 0
16.
RAN: mais um-fim
,. melanclico 791
17.
18.
A diviso (da DG do MR-8 796
O crescimento e a desarticulao do MPL , 796
e
19.
Um mil novecentos e setenta e'trs 800
= CAPTULO XII
I
.
.
\
,
I
R E S E R V A O o!
\R~SERVJ\OO
continuao . XIII
AS TENTATIVAS DE TOMADA DO PODER - SUMRIO
9. O organismo'revolucionrio 825 .
10. O recrutamento 826
11. A preparaao dos quadros 830
12. As deser5es e as t~cnicas de terror 831
13. Conclusio . i 836
CAPITULO t
A ESTRAT~GIA GERAL
' .. ~,.~.~......
-------------F,
AS TENTATIVAS DE TO~~A DO PODER
R V A
SUM1~IO
~~J
Continuao x~~
I
1
,"
1_ A linha ortodoxa
...... ".... o ................
878
2. A esquerda revolucionria
PC do B . - . . ... . . . .. . .. . . .. . . . .. 883
- MR-8
888
PRC . . .
.. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. 892
PCBR o
. o ...... o . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 894
l~CR .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .... 897
3. A linha trotskista
Convergncia Socialista .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. 899
.
ORM-DS .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. 903 .
OT/QI o a'
905
........ 907
-. OQI .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. e
........................................... 909
PORT
.
4. A luta armada .................................
... 909
CONCLUSO .......- ........- .. . .....- ......... ... 918 ~
BIBLIOGRAFIA ............. ...... .............. 920
1NDICE ONOMASTICO .
................... .. . . . . . 924
..
\
\
XI .,~
j
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878
883 ,
888 ,,,
I
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L
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1
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90
.
9
909
909
918 .
920 AS TENTATIVAS DE
924 -
TOMADA DO PODER
.2.2. VOLUr\~E
1-
..J
'. ~L"''-- .' _"_~,,_,,,,~_."A_"
"
459
RESERVADO
CAPTULO VIII
1970
.
verno estava colhendo os frutos de anos de sacrifcios, mas
ber colh-los e aproveitar as oportunidades surgidas vierarr.tor
'
sa
senvolvi.mento.
To ou mais importante do que o volume dos recursos obti-
dos com as exporta~es, seria a melhoria qualitativa da inds-
t~ia e sua preocupao com preos competitivos, a nvel interna-
, '
rRESERVAOO~
461
: .!
IRESEHVI\DO
anual de salrio.
Com o crescimento do PIB de 9,5%, completava o Brasil seu
terceiro anb consecutivo de crescimento a taxas das mais altas
do mundo, e no havia fatores que indicassem a mudana desse ri t
mo a curto prazo. O crescimento da riqueza nacional estava sen-
do dirigid para ampliar-se no Pas uma sociedade aberta,isto,
livre. Nessafi condies,no se podia encarar o futuro com re-
ceio. Renascia o otimismo nacional.
(1) Josl'ph Goebclls llfirmav" quc "Uma mcntir.1 rcpctiua. mil vezcs acaba por
l~-~-----_--
transform:lr-sc em vcnl;llk .." .--'
H F. S E ti ~_~:~
..
--- --~._-.----
o' - _
'--...
R E'S E R V A O O 462
.
gUndo tema,' as notcias tinham procedncia, mas a atitude do
prprio Presidente em relao ao assunto bem como as providn-
cias do Ministrada Justia mostravam que os responsveis seri-
am identificados e punidos, coclo o foram.
(2) Ver em "O Estado de S.Paulo"" edio de 15 Nov 86, o editorial "Aids e ]
desinformatzya: qual a pior?"
r~ E S E n V A O O J
,,
I
l _----------rRESERVAO~
.-" ~_ ... __
463
.':...........a
3. AS areies de novembro
Apesar 'das dificuldade~ apostas para a volta normalida-
de democrtica, com seq~estros de autoridades estrangeiras, pi-
rataria area, campanha caluniosa no exterior etc, o Governo ia
cumprindo eventos que representavam um avano nesse sentido. As
eleies de 15 de novembro eram um marco nessa direo. Nessas
. .
eleices, a vitria do partido do Governo foi insofismvel. A .
vittia para o Senado foi esmagadora, ~ na Cmara" foi obtida uma .
folgada maioria absoluta. Naturalmente, para esses resultados
concorreu o apoio. dos governos estaduais, todos sob o domnio do
partid,:,do Governo, exceo do da Guanabara. No entanto,influram
de forma ainda mais marcante, o desempenho do Governo federal e
o prestIgio do Presidente Mdici,que o havia torhado um cidado
. .
festejado, seja nas .tardes do Maracan, seja nas festas do c-
rio de Nazar.
Esses resultados fizeram com que surgissem na imprensa in
sinuaes de uma possvel "me.xicanizao"
das instituiespolticas
do Pas e rumores c1e autodissoluo do partido oposicionista.
Eram
avaliaes, no mnimo, precipitadas, dado que a votao obtida
pelos candidatos do MDB nos grandes 'centros, tendo em conta as
circunstncias, no fora de nenhum modo desestimulante.
Mas esse no foi o nico passo no sentido da busca dessa
normalidade. Os meios polticos no mais foram afetados pela l~
gislao revolucion5ria,e at o empenho do Governo em transfe-
rir os ministrios e seus 6rgos para Braslia, de modo a torn~
la, .efetivamente, o centro de deciso nacional, onde a ativida-
de polItica mais intensa, contribuIa nesse sentido. Nesse ano,
o Itamarati transferiu-se totalmente para a capital, provocando
que, no m5ximo em dois anos, o mesmo ocorresse com as represen-
taes diplom5ticas. Tambm os Ministrios da Fazenda, Plancj~
mento e Indst::ia e Comrcio; cujos titulares j tinham seus g~
r~ f. S [. n V
-
r~ D ~
----- ..----- ..--
- ..
-----
.. ' .. 464
RE'S E R V A O O
4.'Frente Brasileira de Informa'es
.~....:.._....---.a
. ~65
[n E S E .Il V. f\ O O
I
I
bro,'em Paris, com alguns de seus dirigentes. As propostas radi
C~iS de Arraes nao permi tir~m o entend~mento desejado., Antes p~
~
<4 __
1
.'
R E'S E R V A O O 466
, i
.-
..... 1R E S E R V A L O 467
,-
des da esquerda mundial e trnsformada no marco do nascimento
da FBI ou "Front".
Tendo ao fundo um grande mural com a fotograf~a do finado
Carlos Marighcla, George Casalis - professor da Faculdade de
Teologia Protestante de Paris - presidiu a cerimnia,com a par
ticipao de urna mesa diretora composta pelo advogado Jean Jac~
ques de Flice, Blanquart, Miguel Arraes, Jea~ Paul Sartre;' Mi-
chel d~ Certau - padre jesuita, redator da revista "Notre Com-
bat", professor do Centro Experimental Universitrio de Vincen-
nes j
_, Pierre Jale - presidente do Comi t de Defesa da revis
ta "Tricontinental", e autor .de diversas obras sobre a economia
do Terceiro Mundo -, Jan Talpe - fisico belga, ex-professor da
US!?, expulso do Brasil por envolvimento 'com a ALN -, Luigi t-lacca
1
da tortura"; ~an Talpe, "O nic? meio de defesa: a' luta armada";,
Migriel Arraes, "O povo brasileiro na luta por sua libertao"ie
, ,
I-------------i_~~_r: _s ..~~,)_~J--------------
_~_"~~
, . ",
468
...
-----------1 RE'
S E R V A O O:
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~~.:, R E'S E R V A O O 470
..- ... ";.,.~ .
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.. -Shilling
... ,-.,..
.; ... ...:1 ...
Schirmer, no Uruguai
.,. :~s~~
. --
-A FBI t~m passou a em~egar os terroristas autoexila-
.d~.ou
. banidos, sustentando-os
. no exterior. De onde provinham
-' tantos recursos, no foi possvel se determinar ao certo. O fa-
to "
que esse trabalho exigia milhares de dlares que brotavam
como que por encanto.
...,
.
,
(' .,-:'.:-a
-',
UJ.11
.. drich Han Dcr Weid, da AP, e Jos' Maria Crispim, do PCB. A cons
~ituio desse colegia~o,formado por faces comunistas empenh~
das na luta armada no Brasil, d uma boa idia da "iseno" das
..
G~s f 11 V A D O I
,
...
rn E S E n V A U ~ 471
'
I
I
k' if'
5. O fim do CC do PCBR
(6) ngela Ca~~rgo Seixas vive no extcrior com Philip Agec, notrio desertor
da ClA, tendo-o auxiliado tln clnborao do livro "Por Dentro da GlA".
rn ~I
-
E S E n v A o
,
4 3
qestro
A frustrada tentativa redundou 'numa nova leva de prises
,em Recife. Em 16 de julho, chegou-'se ao ".aparelho" da Rua Jan-
. .
daia n9 37, em Afogados, quando foram p~esos Francisco de Assis
. . . .
Barreto da Rocha Filho, 19 dirigente do CR/NE, sua ,amante Vera
Maria Rocha Pereira e Nancy Mangabeira Unger, responsvel pelo
Grupo Armado' de propganda (GAP) do CR/NE. Os 'trs reagiram a
tiros ,saindo ferida Nancy,. com um tiro no abdmen e outro na mo
. .
direita. As declaraes prestadas, particularmente as de Nancy
.Mangabeira, proporcionaram a "queda" de trs outros "aparelhos"
e a identificao de diversoS outros militantes. Nancy, em seus
depoimentos, tomoU uma'~ficiente'deciso: enquanto, para os r-
gos de segurana, entregava seus companheiros, na justia e p~
.ra o' seu prprio partido, acusava Francisco de Assis e Vera it-
ria de "traio" (11)
(12) Pelo crime, Theodomiro foi condenado morte, pena essa comutnda para
priso perptua c, posteriormente, par.:l 8 anos. Em 17 de <l.ljostodc19i'9,
fugiu da penitenciria da Bahia, conseguindo asilo na !\unc.3tura Apos-
tlica c obtendo s'11vo-contluto p.:lr<l o exterior. Depois de P:1SS;ll: al-
guns anos (>11\ Paris, Theodom.ro regressou ao Brasi.l CI1\ s(!tC'llIhro ele 1985.
Recebido COlllO heri, dl'cl'-ll:OU qUl' irin filinr-se ao rT c que nao se ar
rcpendia rIo nto que h.lvin praticado.
EE S E n V ~ o__~
4
"IRE"SERVADO}
(13) Assim ficou conhecido o grupo de militnntes da ALN que terminou o cur-
60 de guerrilhas no final de 1969 e que aguardava oportunidade de re-
tornar no Brasil.
IH E S E nV,'A l~J-..-------
americanos". Finalizando, relembrnya-se que 'a unio das foriJ.s
, ~
revolucionrias, uma idia constante do pensamento poltico de
Marighela, deveria ser conseg~ida htravs de "aes concretas e
n50 nas~edas
.. "
de discusso". Citahdo o seqestro do embaixador
v . ~
norte-.mericano, realizado pela ALN em. "frentell com o MR-8, co-
mo um pr,imeiro passo para a unificao das foras revolucion-
rias, "~ol~doll vaticinava a unio das-organizaes revolucion5-
rias brasileiras partidrias da "derrubada da ditadura pela via
armada".
[~~ S E~~~~_~ O!
-
\ i '
n . r R E'S E R V A o o I ~ a
i' No "'~latrioSobrea Coordenaoda RegioCentro-Norte" ficava I
definida,a'
.
partir de 1969,a vinculao
....- dos trabalhos de MinasGe
. -.. ...
rais e do Nordeste Guanabara, na ' "Coordenao Centro-Norte".
. .,
O texto do relatorio,em parte uma aUOXx~ticaAenunciava uma vaci
lao na aplicao da ~stratgia que colocava o campo - a rea
estratgica -- como principal e d~agnosticava a falta de traba-
lho de massas. Quanto ao relacionamento da ALN com as, outras or
..
ganizaes, estabeleceu-se' uma polticade restrio execuao
de aes em "frente" por questes de segurana. As aoes em
"frente" seriam admitidas em situaes excepcionais, na concre-
tizao d~ grandes feitos, corno os seqestros.
Da avaliao dessa documentao e de suas atividades, depre-
endia-se que o comando da organizao, incluindo o controle d
pessoal n<;>exterior, estava sob a liderana de "Toledo". Entre-
tanto, havia uma reb~ldia desse pessoal quanto direo no Bra
sil, decorr~nte da falta de um rgo de direo localizado em
Cuba (16).
RESERVADO
,. }
,
.....
------------f
I
i'
479
H E S E H V A G O
'---------------r;;;:
L_---.-
S [ I~ V :. (~'!-------------...;-.-.
__
-_-1
4. "
'..
. IR E'S E R V A O O J
kamura e Jos Alprin Filho, este importante dirigente do subse-
tor operrio, foram presos no dia 29 de janeiro. No desenrolar
da operao, Maria Luiza Loctelli Garcia Beloque,
,
coordenadora
" ,
IR E S E H V A O ~J,
[n E S E R V A G~
-I
teida por um toldo, sobrviyendo com a bacia fraturada. Fei
transferida para o Hospital G~ral de so Paulo estabelecimen
J to militar --,onde, sob intensa vigilncia, pode restabel6cer-
se ,~ara responder na j.pstIapor seus crimes
:.~;
.
i 1\ E S [~_~ ..~_~)_~
.'
' .
483
.1 n E SE H V ~ [; ~
, RV/\()O
--
, J
...
t------- ------IR E'S E R V A O O)
i. ram a inteno
\ de afastarem-se por inaptido quele tipo de ativi
dade. Foram ameaados de ~orte por Monir Tahau Sab, caso resol-
vessem abandonara organizao.
f
I
..
R E S E R V A O ~I
1,
~----------rR ES( HVAGO 485
.
Pretendendo aumentar a potncia de fogo do grupo, foi rea
.lizado, por volta das 14 horas do dia 25 de janeiro, um assalto
. 1 Fbrica do Andara, do ~xrcito~ o alvo eram as metralhadoras
das sentinelas que se mantinham n~s ~uas. Divididos em dois gr~
'1
pos, os assaltantes esperavam um sinal de Carlos Eduardo Fayalde
Lira para ~niciar a ao, atacando simultaneamente os ~ois sol-
dados. Dado o sinal, o grupo chefiado por Paulo :Henrique Ro-
cha Lins acovardou-se e no atacou a sentinela. O segundo gr~
H4"a I ~gr;e1.i.u
po, che~ia,d.opor ;E1~v~l, d.,e ~.cO~OMadp.s o soldado
George de Souza, ferindo-o na cabea e retirando-lhe a metra-
lhadora. Durante a fuga, no interior do Volkswagen usado na
a~o, Mrio de Souza Prata, ao tentar desengatilhar a arma, pr~
vocou um disparo, atingindo mortalmente Luiz Afonso Miranda Cos
ta Rodrigues, que se encontrava no banco dianteiro. .Por volt
das 16 horas, o carro foi encontrado na Rua Teodoro da Silva,
com o cadver de Luiz Afonso no banco dianteiro
...
No dia 11 de maro de 1970, os militantes do GTA Mrio de
.Souza Prata, Rmulo Noronha de Albuquerque e Jorge Raimundo J-
nior deslocavam-se num Corcel. azul, roubado, dirigido pelo lti
mo, quando foram interceptados nas Laranjeiras, por uma patru-
lha da PM. Suspeitando do motorista, pela pouca idade que apare~
tava,e verificando que Jorge Raimungo no portava habilitao,
. .""" .
os policiais orde?aram-lhe que entrasse no veiculo policial,ju~
to com Rmulo Noronha de lbuquerque, enquanto Mrio .de Souza
Prata, acompanhado de um dos soldados,iria dirigindo o'Corcelat
a delegacia mais prxima. Aproveitando-se do descuido da pol-
cia, que no revistara os detidos, Mrio, ao manobrar o veicu-
lo para coloc-lo frente da viatura policial, sacou de um~
arma e atirou, matando, com um t~ro na testa, o soldado PME~
"'---
Newton de Oliveira Nascimento que o escoltavano carro roubado. O
;olda~~:eon"'D~TS?Bu~t~~~;;;t,.LUci, e rfs duas filhas me_Do-::-
res,de quatro e dois anos.
Dois dias depois, tinha prosseguimento o festival de vio-
lncia patrocinado pela ALN. No dia 13 de maro, foi abordado,
na Lagoa Rodrigo de Freitas, para uma verificao de rotina, um
Volk~wagen vermelho conduzindo Carlos Eduardo Fayal de Lira,Pa~
lo Henrique de Oliveira Rocha Lins e Ronaldo Dutra Machado.Agi~
do .com rapidez, os subversivos sal ta~am do carro, ocasio em que
F~yal de Lira, sacando sua arma, atirou contra a barreira, feri~
do gravemente o Sargento do Exrcito Francisco Aniceto A~tunesi
--- -.-.-- ~_._..-
RESE RV~
i,
I R E S (. H V 1\ O
487
(21) Zilda, auxiliada em sua manobra pelo Dr. Iber Brando Fonseca e Rosi
ta Teixeira de Hendona, foi para Cuba .
(22) Assim eram chamados os militantes possuidores de curso de guerrilhas
em Cuba.
(23) O GTA passou a contar com a participao de Reinaldo Guarany Simes,
Snia Maria Ferreira Lima, Viriato Xavier de Melo Filho e Benjamin de
Oliveira Torres Neto, os ltimos recm-chegados do curso em Cuba. No
incio de agosto, mais dois "cubanos" incorporaram-se ao GTA da CRI
Gil: Isis Dias de Oliveira c Gilson Ribeiro da Silva.
(24) Participaram dessa ao: Isis Dias de Oliveir~" Snia Maria Ferreira
Lima, Aldo de s Brito de Souza Neto, Hlcio Pereira Fortes, Benjamin
Torres de Oliveira Neto, Reinaldo Guarany Simes, Otoni Guimares FeE, '.
nnndes Jnior c mais os nlilitantes do PCBR Getlio de Oliveira Cabral
c Francisco Roberval Mendes.
[R E S E R VA~
'.
'1
"
"
489
[R E S E, R ,V A O O
Como Slvio i\lbuquerquc l-Ioto., oricnt;ldor do p,rupo, [oi para Cubn pnr-
.(25)
ticip"r'do Cllr:;o de (;ul'rrlh:ls, J\)s6 Sales de Oliveira p3SS0U a coor-
denar as a L i.v ic.l'1l1c:; da i\LN no Ccar;,
j-.---------.-'-- -.~-'l
-L~~~:~]-~~:_~;--------------
~90
[RE'SERVAD~
~ ----....
I
i\
R E S E H V rI {; o 491 . li~
~
~
"
plosi.vos, alm de material de impresso. Com essas prises" apu
rou-se que fora da autoria do grupo da ALN os assaltos Farm-
cia de Pronto Socorro Jayme da Fonte e a um posto de gasolina
na Avenida Rosa e Silva.
~,
. e
acoitados pelo irmo Alosio. Paulo Henrique fez contato cem Ave
lino Batista Neto e, pouco tempo depois, dirigiram-se para o Rio
Grande do Norte, onde iniciariam, com orientao de Avelino, que
era da area, o trabalho de estruturao da organizao no Esta-
do.
A conduta suspeita de Paulo Henrique fez com que a pol-
cia o detivesse - e atravs dele tambm fbi preso Avelino -,no
dia 13 de abril. Aps uma tentativa frustrada de suicdio, Pau-
lo Henrique relatou todo o seu envolvimento com a ALN na Guana-
bara e no Nordeste.
. .
. Em jUlho, fqi providenciada
. a_compra de uma rea proxima
aImperatri~, no Maranho, qu~ seria a base para o desenvolvi~
mento do trabalho estratgico. Em setembro de 1970, Jos Tava... !
.res foi deslocado para Belm. O planejamento constava da ida an
. -I
tecipada de Capiberibe para a area de Imperatriz, onde recebe_i
ria Tavares.
~------~-----rESEnVADO
1.-.. .
495
-----------.1 R E S. E n V A G~ --------------
te. A organizao sofreria, nesse ano, uma srie de reveses no NE
e nas duas principais CR, de so'Paulo .e Guanabara, mas seus GTA
estavam sendo reforados pelos "cubanos" do 11 II Exrcito da ALN".
-j
gUinria.
I!
~ho de ~asa, com cunho essencialmente social e sem conota5e~
poli,tica:sparentes, de modo a ganhar a confiana. da rarefeita L
I~
'populafiolocal. I~
,I
F.~_~-}1~~;;l=~J
-I!l-.-------'-c-
.. ,
....... . ,
.....
_..__ ..1
.~
\ '
j
I .. i96
1
;
!
I
,
1
,. .I R E'S E R V A O~
Vigorosas" procurava aumentar o ~espirito de oposio das mas-
!,
'sas" e "acelerar a preparao da luta armada"
.,
13. A AV amplia a sua estrutura
A Ala'Vermelha (AV)
, entrou no ano de 1970 com uma nova li
nha pol.tica estabelecida pelo documento I~S 16 Pontos", aprov~
do no ano anterior, no qual repudiava o foquismo e assumia o tra
'balho'de massa.
Dispunha de uma Direo Nacional Provisria (DNP), com-
posta por 7 membros efetivos, dos quais trs eram do Bureau po
lltico (BP), e 2 suplentes. A AV estava estruturada em sete Co-
mits Regionais (CR) (30 ) .
"
'i Cada C~, alm de uma Rede de Apoio, possua dois setores
o Setor de Trabalho Operrio e o Setor de Trabalho de Massa,sub
. .
.dividido nos subsetores uriiversitrio, se"curidaristae da pe'que-
na burguesia. Tudo indicava que, por ser a primeira organizao
~ reformular a su linha pol~ica e a aderir ao trabalho de ma~
s~, con~eguiria crescer e alcanar maior projeo na esquerda
revolucionria brasileira.
Entretanto, em 20 de janeiro de 1970, a priso.de Diniz
Cabral Filho, fundador e dirigente 'n9 1 da AV, arrefeceu o ni-
mf e o funcionamento da organizao. As "quedas" decorrentes,no
ci de Minas Gerais, levaram o pnico a seus militantes~ que de-
/
I bandaram em busca de segurana em outros Estados. Essas "quedas I~
I R E S E R V A O ;1 '-
......
----------I_R E S E H V ~'(J O
497
"
No mes seguinte, uma nov~ reunio da DNP aprovou que o I
Congresso da AV seria realizado dentro de 18 meses e publicou o
docurn~ntd "Diretivas par.fio T.rab~lho Operrio'~.Decidiu,tamb~,
.. ~
que a organi~ao passaria a editar dois jornais, o "Unidade 0-
periiria11 'e o "Lut~ Pro~etria".
~
A partir de agosto, sem dispor de uma infra-estrutura que
lhe grantisse a sobrevivncia, a AV criou um Curso de Madureza,
no ABC pulista. Com isso, alm de ~onsequir recursos financei-
ros,' otq'anizaco poderia recrutar novos militantes. Ao mesmo
tempo a fim de conseguir recursos imediatos, a AV assaltou, em
setembrot um Volks do Banco Francs~Italiano, em so Bernardo do
Campo, qU tra~sportava o din~eiro ~o pagamento dos funcionri-
os da Chrysler, roubando Cr$ 78.000,00. ~pesar de ter mudado a
sua linh poltica, a ~V nao se esquecia da facilidade em conse
guir 'dinheiro atrav~s de assaltos.
L-------------l::_~;s-[o;~o~.!..~)~~J
498
......... R E'S E R V A O O
la "frente".
Depois do assalto ao Banco Ita-Amrica, na Vila Leopold!
na, em 25 de maror no qual participaram Devanir, Antonio Andr
Camargo Guerra e Jos Rodrigues ngelo, pelo KRT, esses mesmos
-
militanteS e mais plnio e Waldemar Andreu assaltaram, ~em 2 de
~ numa aao de "frente", a Companhia de CigarrOS souzaeru4
no cambuci, no qual "Bacuii", !la REDE, assassinou o guarda d",s~
P!ran'ca ?Ofo.~~~;ta.~~~.,
Logo depois desse assalto, o Diretrio Nacional (DN) do
KRT realizou uma reunio para tratar da sada de. Armnio de So~
za Rangel, que nao se considerava mais em condies de permane-
cer no comando. Essa reunio marcou o incio das divergncias e!!
tre'Devanir e Plnio e transcorreu num clima de violncia. En~
quanto Devanir chamava plnio de oportunista, mais preocupado em
realizar-se financeiramente, este,. que tinha a maioria na reu-
nio, acusava Devanir e Antonio Andr de realizarem as'aoes so
memte' pela violncia. DoS sete membros do DN, cinco ,acompanha-
ram Plinio e desligaram-se do MRT.
o MRT reduzia-se a um grupelho de militantes, girando.fm
torno de Devanir: Antonio Andr, Jos Rodrigues e Domingos ~!!
tins, alm de dois simpatizantes, que tambm sairiam logo~is.
Fortalecer_se-ia,entretanto,com a chegada de Joaquim Alencar de
Seixas, antigo militante expulso do PCB do Rio Grande do Sul,can
sua famlia, constituida pela esposa, .Fanny Akselrud de Seixas
e quatro
. filhos .Desses filhos, Ivan, c~ apenas 16 anos, passa -
ria a condio de militante, participando de assaltos junto com
o pai.
maio, Devanir e Antonio Andr, pelo MRT, assalta
Em 29 de
Brasil, agncia da Avenida Jabaqua~a, de onde ro~
ram o BancO do
180 mil cruzeiros 'novos.
baram cerca de
Entretanto, com a salda do grupo do "G~cho", o MRT preci
; .
NoJms de setembro, dois novQS militantes ingressaram no
MRT: bim~s Antonio Casemiro, vindo da VAR-P, e Gilberto FariaLi
ma, da ALN. No dia 15, seis militantes do MRT, em "frente" com
outros ela ALN e da VPR, assaltaram um carro-forte da Brink' s,fa
to j reiatado no item 7 deste capitulo. Logo aps esse assalto,
Devanire Joaquim participaram de uma reunio da "frente", onde
ficou decidido o seq~estro de trs diplomatas para a libertao
de 206 p~esos, cujos resultados tamb6m j~ foram narrados no mes
mo itm , deste capitulo .
-
.... ..... -.
R E'S E R V A O O 500
-~-----
(33) Foram ..os seguintes os criadores do MRH: Fernando Sanna Pinto, Job Al-
ves dos Santos, Milton Tavares Campos, Jaime de Almeida e Joana Darc
Janscn Ferreira. '
(34) Foram realizados os seguintes ass~ltos: ao Banco Ita-Amrica,em Vila
Leopoldina; i Companhia de Cigarros Souza Cruz,no Cambuci, no qual mor
reu um guarda de segurana; garagem da CMTC, na ,Avenida
Imperatriz Leopoldina;ea.um carro-fo~te da nrink's, na rua
Paraso (este frustrado).
IH E S ~E H V A O iJ
, .
lRESERVIICO
.'
t~~~~.,~~~~._~J
.......
502
-,
.
RE'SERVADO
entrou 'em 1970 com uma nova Direo Geral (37). Editava os jor-
. . fortemente
nais "Avante" e "Resistncia" e estava . . organizado na
Guanabara e iniciando sua estrutrao na Bahia, vista como o
'trampolim pa~~ o Nordeste. possua, tambm, dirigido por Joo
Lopes Salgado, um trabalho de campo na Bahia, na regio de Can-
gula, em Alagoinhas, e urna "rea de recuo" no Rio de Janeiro,
na regi~o de Cachoeiras de Maca~u, para ,homizio e recebimento
de militantes do exterior. Em janeiro e fevereiro, havia adqui-
rido cerca de 50'revlveres Taurus, calibre .38, alm de quase
cinco mil cartuchos.
Em 31 de janeiro, foi preso, em so Paulo, Fernando Paulo
,.
Nagle Gabeira, que havia participado do seqestro do embaixador
americano. Seus depoiment'?s foram dec,isivospara a identifica- e
o de diversos militantes, e, atravs deles, iniciaram-se as
investigaes para suas localizaes. (38).
(37) A nova DG era constituda por Daniel Aaro Reis, Jos Roberto Spi~g-
ner, Cid de Queiroz Benjamin, que comandava o Grupo de Fogo (GF), St~
art Edgard Angel Jones, que.dirigia a Frente Operria, e Carlos Albe~
to Vieira Muniz, que permanecia na direo da Frente de Camadas Mdi
as. .' " .",
(38) Fernando Gabeira, nessa poca,estava atu~nd no subsetor operrio da
'1J..N/SP.Foi banido para a"Arglia, em 15 de junho de 1970,em troca da
vida do embaixador alemo. PosterioDa1entc, fez curso em Cuba com o co
dinome de "lgncioll, tendo retornado ao Brasil em 01 de setembro de
1979.
(3~) Na ocasio,fugiram Daniel Aaro Reis, Jos Roberto Spicgner, Cid de
Queiroz Benjamin, Vera Silvia Ara~jo Magalhes, Carlos Augusto da Sil
va Zilio c mais um militante no identificado.
; IH E S E H V A O -;;-] .
j l---------~
r
'
[n E S E H V A IJ~
503
,
Aps dIligncias processadas noite a dentro, em busca de um t-
xi que havia levado um dos tcrtoristas ~eridos, chegou-s~ ao
, . ., ..
apartamento.. da Rua Taylor, onde. foi preso Jos . Ruivo de Pereira
e Souia. Pela janela dos furidoa do apartamento, Jos Roberto
Spicgner escapou es~tacularmente, sendo encontrado, pouco de-
pois,' Jmbaixo da cama; em uma casa da Rua Joaquim Silva. O poli.
cial subiu 'rapidament~ na cama e o tiro disparado por Jos Ro-
berto no conseguiu atravessar o colcho. Aps tiroteio travado
com o outro agente que chegara a porta do quarto, ali morria
Jos Rberto Spiegner, com um tiro pa cabea.
No acabaram a as desventutas do MR-8 nesse incio de ano.
Em 6 d maro, 7 militantes faziam panfletagem na Avenida Subur
bana,. prximo a Inhama. Ao serem abordados por uma RP, abando-
naram os dois Volks e refugiaram-se numa pedreira localizada ~a
Estrad Velha da Pavuna. Cercados e ~pos intenso tiroteio,foram
presos Daniel Aaro Reis Filho, membro da DG, Vera Slvia Ara-
jo Magalhes, ferida de raspo na cabea, Carlos Augusto da Sil
va Zlio,ferido no pulmo e no maxilar, Pedro Alves Filho, ba-
leado no brao, ~ Jorge Alves de Almeida Venncio, al~m do ca-
sal PauloC~sar Farah e Regina Maria Toscano Farah (40).
.. -- .. .......
,
[R E'S E R V A DO I 504
. Em j~ho, Joo .
Lopes Salgado e .Alexandre Lyra de Oliveira,
disfarados de funciontios da Light, entraram na ;resid'encia do
. . . -
industrial Jos Carlos'Leal, no Leblon, acobertados por outros
milit.antes do GF. Em fac~ da reao ..da vtima, fugiram, depois
de Salgado ter baleado o industrial.
Em julho, d~scontentes com os procedimentos adotados no se
qestro do embaixador alemo~ cinco militantes que haviam par-
ticipado dessa ao deixaram a. VPR e integraram-se ao MR-8. Ao
,
"
rR
I
E- S E ~'-~~~-;-~'I'
.
"
.. -._-'- ..",.
505
.
. (POC) realizou em um sitio, perto de so Roque, uma Conferncia
.
Regional. Foram discutidos a realizao das aes armadas,o tra
balho operrio e o trabalho estudantil. Houve divergncias so-
bre a prioridade a ser estabelecida entre a execuo de "exprott
priaes" e a efetivao de tarefas no meio operri,o. Acentua-
ram-se as divergncias surgidas por ocasio da Reunio Ampliada
'Nacional (RAN) de julho de 1969.
Os militantes ligados "Tendncia Proletria 11defendiam
a realizao do ,trabalho operrio ns sindicatos legais e nao
aceitavam a realizao das aes armadas. Os "voluntaristas 11fu.
ziam uma aberta opo pelo trabalho'armado e sugeriam a criao
de "Unies Operrias", clandestinas, para a atuao no movimen-
to operrio.
, I
rnESEHVAOof
[R E 5 E n V " L O 507
.. ---
ele~ta direo da SR/SP,composta ~or'militantes .~voluntaiis-
tas" (1.7).
.,
O ro~pimento, incvitvel~ efetivar-se-ia em fevereiro~du-
rant uri\areuriio'real'izada na,residncia de f:der Simo Sder
Ao final do encontro~ Eder e sehs liderados retiraram-se doPOC,
reafirm~ndo a inteno de criar uma organ~zao voltada exclusi,
vamer\te para o trabalho operario. Aps o "racha", a direo do
POC foi reformulada (48).
'tt,. '
.
Terminada a reunio, as duas correntes mandaram emissri~
os s diversas SR, tentando "ganh-'las" para suas posies. Ao
,', .
finaldti disputa, 'o POC ficou com a maioria nas SR de so Paulo
e do Rio Grande do Sul e um pequeno ncleo na Guanabara. Minas
Gerais, Guanabara, Bahi?- e Paran acompanharam a "Tendncia Pro
, \
, '
~E S E n~~ ;L
-
SERVADO 509
renco dos Santos e a outra, pela dupla Lus Eduardo da Rocha Me.;:,
11no e ngela Maria Mendes de Almeida. 'Fbio criticava os mto-
., ' .
dos de discussio empregados pela tend~ncia oposta. Defendia a
.tese de que a esquerda perdera sua oportunidade histrica e se-
ria preciso comear do nada para construir-se umaorganiza50r~
alrnenteca~az
. -.
de influii na pol!tica s
nacional. A outra tend~n-
cia rec6nhecia que as teses continham desvios e erros, mas que
seria a partir delas, tomadas criticamente como base, que se P~
deria avanar.
(SI) A din~o n.:1ciolln1 ficou composta por: Fbio Oscar 1-larC'ncodos S;l1ltos;
. Hlndimir Nct~ Unr,nretti, Alberto Aur.,usto Jnior - rc~po\l5vcl pelo 'Se
t01: de Form.:1o de QlI.:ldros':"', Ana Nr~ia Harqucs Silvn - r('si)()n~;;ivcT
pelo Setor lnterno -, Ricardo Pr:lt3 Soal-C'!-i - rcspoll!~;i\'(!l pelo Setor
de Imprensa -, Hlio Bento Hir;md.:1 Cunhn c L:mrindo Hartins .JlInqllci-
1:.:1 Filho.
-, :
510
cao.
Durante o Ativo, foi escolhido um Comit NacionalProvis
rio e foram distribu.das funes e responsabilidad.es (52).
A Secretaria Executiva Nacional (SE~) do POC foi substi-
tu.dapelo ~ureau Poltico (BP) na OCML-PO: ~ principio, o BP
ficou constitudo pelos quatro membros efetivos do CN.
A OCML-PO, abominando o militarismo, dava nfase ao traba
lho junto ao operariado, procurando manter-se fiel ao Programa
Socialista para O Bras~l (PSB), aprovado no IV Congresso da ORM
,PO, em setembro 'de 1967.
A curto prazo, a organizao tinha como objetivo a pene-
trao na classe operria, a fim de, a mdio prazo, realizar a
doutrinao marxista-leninista e,a conscientizao do operaria-
do para as lutas econmicas e poli ticas. A longo prazo,a OCHL-PO
,previa ,a revoluo socialista realizada pelos trabalhadores da
cidade e do campo.
Em abril de 1970, a OCML-PO divulgou a sua "Declarao Po
litica", considerada o primeiro documento doutrinrio da organi
zao. O texto diagnosticava a debilidade da esquerda, pela fal
ta de ligao com o operariado e pela supremacia de concepes
burguesas dentro do movimento. Na outra ponta, a debilidade da
classe operria era assinalada pela talta de uma organizao in
dependente e de consciencia poltica. A declarao preconizava
(52) ~dcr Simo Sadet', T.ldia Acct'honi, Jos Luiz Homem da Costa c Pedro
Ivo furtado for~m cscoll\idos como m0hros efetivos do'Comit~ Nacional.
l~l-
I' S E 11V~ .
511
rREsEnvA~1
:~ --
a cria co;do Partido Revolucionrio e,nao descartava as ativida
des armad?s, consideradas ~ndispensveis, desde que orientad~s
para' o t~balho de organizao de classc. Esta organizao dev!:.
ria se~:~
orientada
.~
para as ~as
. mais importantcse selecion-
das, cham.das
"
"plos proletrios li".
\"
1~~:._.~~
..:_~:._:f ~'.~:_~).J---------------.;_._~
R E 's E R V A O ~ nl
I
:512--t
I R E S E R. ~_~ O ; I ".
IRE SE Il V 1,-;; ~
mais um Donto de apoio em sua articulao nacional.
---
novembro do ano anter.ior, lo
-----~---------
'
In E S E n v ,,~
515
[R E S E li V ,,~~
(58) As discuss~es sobre a propaganda armada durariam todo esse ano,c se-
riam intensificld,\s em dczc!llhro, a partir do $C'q/!estro do cll1bai.x~ldor
suo.
(59) A Vl'R j. h:lvia [cito um trcinam01\!:o, de outubro n dc?'('mbro de 1%9, c,
nnqucle mOlllc:nto, janeiro de 1970, inicLlv:l .:1 impJnnta.1o de 11111;1 nov.1.,
i\n~:l de trein':lIl1cnto, n':l rcgi;io de Rer.i~tl.o,.
'-I~~~
.~~
I:~:~
;)_
01
c:
I R E' S E R V A' O O I
Na Guanabara, havia duas ue. Uma, denominada de' "Joo Lu-
cas Alves" - UC/JLA -, era comandada por Jos Ronaldo Tavares
de Lira e Silva, ex-Sargento do Exrcito, e possua duas bases
4 - .
(60). Essa UC, como as demais,
. possua .uma,vida
.
prpria, com
.
um
Setor 'de Imprens~, um de DO,cumentaO, um de Intelignci~,e uma
, .
Base Mdica, onde se destaca~a Almir Dutton Ferreira (61). A'o~
tra UC estava em gestao e fora denominada lISeverino Viana Co-
lou". Era comandada' por Herbert Eustquio de Carvalho, um ex-
estudante de Medicina, homossexual, vindo do COLINA de Minas Ge ~.... f
'I,
so pelh contagem ,
de 2 x I, com o voto isolado a favor do fuzila
mento (65).
1 '---- E~~;--~~~~0~~:=;)_-~J
",
P---------- [~
Es E R V A D O I 51R
'. '
mundo morreu no tiroteio que se seguiu, enquanto que sua es~
sa, Damaris de Oliveira Lucena, foi presa. No "aparelho",alm de
dbcumento$ e material cirrgico, foi encontrado um verdadeIro ar
senal: 11 FAL, 24 fuzis, 4 metralhadoras, 2 carabinas calibre
.22, 2 espingardas calib~e 12, 1 Winchester. calibre .22, explo-
sivos e milhares de cartuchos de calibres diversos. No dia se-
gu5.nte,,-duranteos interrogatrios, Damaris declarou que a VPR
estava fazendo "treinamento militar em florestas.perto de Regi~
tro". No se sabe muito bem o porqu~,mas
, .
os 6rgos de segurna
passaram a acreditar que a rea era em Registro do Araguaia, em
Mato Grosso. Perdia-se, naqueles dias, a pr~meira oportunidade
de descobrir a rea de treinamento .
lcia Chizuo Ozava ("Mrio Japa"), que sabia onde era a rea de
" !/lI
--
que stava estacionado na Rua Alagoas, do outro lado da esquina.
'Os militantes da VPR Oswaldo Soares e Mrio de Freitas Gonal-
~------- ..
yes, ao longo da Rua Bahia, faziam a 'segurana e interrompiam o
trnsito ns proximidades da esquina.
Okuchi, colocado no bancb traseiro, teve os olhos yenda-
dos com esparadrapo e foi forado ,a colocar a cabea qobr~ os
joelhos de Liszt, que se postara a seu lado. O motori~ta ~o car
IH E S E 11 V A O 0-1----,-_-
"
!
.----.-----
'~'I
~.
521
rOiera ,''}3acuri
~, que partil;lem velocidade, aps !-,adislas ocupar
o o~tro banco da frente. O Volks azul seguiu retaguarda, na
seguran~a, at a Aven~tla Or. Arnaldo, com os outros participan-
tes d~ SeqUestro.
.....
Os comunicados, escritos por Ladislas, .exigiam a liberta-
co de cinco presos polticos e a obteno de asilo poltico no
Mx~co, o~ outr? pas que a isto se di~pusesse. As exigncias
dos seqestradores iam da paralisao das atividades de busca
propaganda de "suspenso das violncias cantora os presos po1ti
e cos~. Os terroristas ameaavam dinamitar o esconderijo do c6n-
sul, com todos que l estivessem, caso houvesse alguma tentati
va de resgate. Todos os comunicados eram assinados pelo "Coman-
do Lucena" da VPR, em aluso ao terrorista morto em Atibaia.
No domingo,
Liszt do "aparelholl,
15
de maro, s 16 .hor.s, "B?\cu~i." retirou
deixando-o na Vila Mariana. Por volta
18 horas, bkuchi foi vendado e levado por Ladislas para o banco
_s
traseiro 'do Volks v~rmelho. IIBacuri" e Denize, apos revistarem
a casa e queimarem doc~entos, trancaram porta. O endereo es-
tava send~ abandonado por quest6es de segurana.
'.
.1r
523
i III~
as semanas depois.
.-----_. __ ._.~~-'
525
_----- ..----\ R E S E 11V A~ O'
H F ~~ r ~~;-~~-;;-r~
I ------------_J
__._ , _J
if
I l
[R E' S ,E'R V A O O) 5~
ff
I O Volks, batido, foi abandonado na Rua Dona Laura. O ou-
i ' tro.carro foi guardado para futuras aes. De madrugada~ reuni_
I
dos no "aparelho" em que o c?nsul deveria ser guardado, analisa
I
i ram as causas do fracasso. A~ hoje, no se sabe'o que fizeram,
i
'{
naquele momento, com o "Comuniqado Nmero Um"
.. -"
Ao contrario do que se esperava, alem do sequestro do co~
sul japons, a VPR pouco fez em abril. Alis, esse ms ~onfigu-
rou-se como de verdadeira crise na organizao, com ~ priso de
cerca, de 50 militantes nos trs Estados, Rio'Grande do Sul, so
Paulo e Guanabara, atingindo desde a cpula at as bases. Sua
. ....
nica ao armada, nesse fatdico ms, foi a do dia 12, na GUa-
nabara, quando assaltou urna garagem junto estao de Todos os tt
Santos,.roqbando dois carros. No resto, foi uma sucesso de"qu~
"
das.
. Uruguai,
escavados nas barrancas do Rio . nas proximidades da Dar
ra do Turvo~ foi encontrada grande quantidade de armas,munies
e material de acampamento. Roberto Antonio de Fortini,qu~ havia
rcebido 65.000 cruzeiros para a preparao da AT, conseguiQ f~
gir co~alguns outros militantes que s seriam presos nos meses
seguintes ..
t!"
Em Porto Alegre, em 11 de abril, a priso de Eliana Lo- 4t
I
li
rentz Chaves possibilitou as "quedas", nos dois dias seguintes,
do comandante da UC/}1RS, Flix Silveira Rosa Neto e outros qua-
'tro ~ilitantes. As declaraes dos militantes presos, particu-
larmente as . de Joo Carlos
, Bana Garcia, possibilitaram o des-
vendamento da tentativa de seqestro do cnsul norte-am~ricano
e dos demais militantes que integravam a UC gacha, alm da lo-
calizao de 5 lIaparelhos" da organizao', em Porto Alegre.
[n
LI~
E S E n V A ~l
_
,.
",
527
[RESEBV/l.O
. -
Ocupando esse "aparelho", os rgos de segurana prenderam, no
dia 11, Wcllington Moreira Diniz, lugar-tenente de Juarez Gui
mares de Brito, um dos Crat UC na Guanabara. We.llington, em su-
o as .declaraes, forneceu dados sobre a operao plstica que Car
los Lamarca havia feito no ano anterior e sobre as fotos tira-
;I
grafo.
Eriquanto isso, o CN/VPR faziA uma reunio com os seus Cmt
UC, numa casa em perube~ cidade do litoral sulpaulista,qual
compareceraiu Carlos Lamarca,' vindo da rea de treinamento, Ltldi~
las Dowbor" membro do CN e Cmt UC dm so Paulo, e Maria do Car-
mo Brito, n\embro do CN, alm d9S dois Cmt UC da Guanabara. O Cmt
UC do Rio rande do Sul, tambm previsto para a reunio,no foi
encontrado (68).
F6i decidida a desmobilizao da area de Jacupiranga, por
. '
t6rmino detreinamento~ c a ativao da AT de Trs Passos (69).
Disbutida ~ necessidade da descentralizao do Comando,para a
conduO d&s opcra&cs de guerrilhas irregulares ntlnova AT, L~
marca rcu~ou a proposta de aumentar o CN de 3 para 4 membros,
mas ~ceitoU a forma~o de um Esttldo-Maior do Sul, para auxili-
lo na conduo das operaes (70).
Terminada~ reunio, cada participante voltou para seus
lugar~s de ao. Maria Barreto seguiu ~ara Porto Alegre, levan-
do ordens e~critis para F&lix,quc,' obviamente, no foi encontra
do (71).
(68) Flix Silvei.ra Ror.a Neto j hav-n. si.do 1~re50 em 12 de abril. Aindn na
casa, est:lVnm presentes 1a1'<'1 Tavclbcrr" aman te de Lamarea, }lar ia Bn..::.
reto Leite Valdcz, que iria cumprirmiss~o no Sul, e Tcrcina Dias de
Oliveirn, a "Tia", rctir:tda tia ilrcn tic treinamento no inci.o de l::arc;o.
(69) A VPR :tinda no snbia q\ll' a AT j hnvia sido lll'smaotclad:l.
(70) Sobre o assunto d;J. llcBcl~nlr:llj.za:;o do Com:ll1do, L:l1Iwrca e5crevcl'ia o
documento "Niio S Um Exemplo".
(71) Pre~w algu05 dias (h\poi.~;, ~l:1rja B:I1~rcto.Lcitc V:lll](>z disse que,nilo (:0
cOlltr:1I1do F~lix, nl~:r.OU (';':';J.S onknG, qlic ('titavam em um ('ovelope (e=
I .
c l;!llo. -l~~~~_~~
-.--.-...
_~_~~
..~..~\.:J~l----------------
-..
-..
- ...
- --..
R'E'S E R V A O O
,.
governo,da Arglia, atravs do seu Embaixador
'_
~afif Keraman~ "'P' ~,
(72) A partir da, Haria doC.11~lUo,Bri.to sempre foi consitIer.:1tl.1 como um bom
"p:l1:tido". Indo para o Chile, C1P.OtI-$Cem olllllbl"o tI" 1971 com ugt~10
l'e7.zlIt:i. da Silvl, seu ontir.,o comp:mllci.ro do COLINA. pH .1. queda de
Allcndc, o c.1sn] cfilc\,(' em v;1rio!; p.1.scs d.1. Europa c da fr.icll, haven
do qll('ltl di.f',:\ que Kenlll\ane tl'ri.a devolvido 800 mil. d1.ans p1l'.1. }bd
do Carmo. E!II setemhro tI(, ]975, llUltl aci.dl'ntc de carro \1l111C;llH'lll expli-
cado, em Paris, ('la pcnicll o sell ~)(.)1Il.11"idl}.I~('t()nH)1l ao H,":tr.il em !~('l"elll
IIro ue 19i/(). Depois d(~ (':15.1.1"-5(> com Chizuo Ozava. o "}Lirio Japa", cn-=-
tI'ou par:! ol'DT de Bri.::o) :1 r;l'ntlo n()nll~ada, em ) 9B3, :1~;~;('~;sora d.'! ~;N'l'e
tada CI:1 Edllca:;o do G()Vl~l:no do ):::t'ldo do I~j() dl' .I:nll:n.
[~;-;~~.::
1l'-~:_'~':~j;~_~J-~-
---
no
IRE'SERVAO~
A re estratgica, nos tempos da VAR-Palmares, escolhida
na confluncia dos Estados do Maranho, Piau e Gois,ficara'em
segundo plano, condicionada, nas palavras de Carlos Lamarca,"s
discusses com a ALN". Fracassata a idia de criar uma rea t-
tica em Gois, mas, essa" pocal ainda estava em pleno andamen
to a preparao da de"Tr~s Passos, no Norte do Rio Grande do SuL
. .
Falava-se~ tambm, numasegurida ~rea ttica, na regio de Foz
do Iguau, no Sudoeste do Paran.
Mas, para _realizar tudo isso, a,VPR precisava possuir qu~
dros preparados, que ativassem, com eficincia, as reas tti-
cas. Reso~veu~se criar uma rea de treinamento poltico-militar,
onde os militantes pudessem adquir~r as tcnicas de guerrilha r~
rale Carlos Lamarca era o homem ~ndicado para desenvolver essas
tarefa.s.
Desde meados de 1969, a VPR, ainda embutida na VAR-palma-
.res, h havi~ inicia~o negociaes para adquirir um sitio onde
pude?se realizar esse treinamento.Mano~l de Lima, ex-prefeito
de Jacupiranga, municpio localizado a 30 Km ao 'sul de Regis-
tro~ na regio do litoral sul paulista, era amante da cunhada
de Onofre Pinto. Manoel possua, em sociedade com Flozino Pi-
nh~iro de-Souza, o SitioPalmital, na altura do y~ 254 da BR~
116, rodovia que liga so Paulo a C~ritiba. Com 40 alqueires de
terras, 30 Km ao sul de Jacupiranga, o stio aca~ou sendo v~nd~
do VPR. Celso Lungaretti adquiriu~o por 3.500 cruzeiros,regis
trando-o em seu nome falso, "Lauro Pessoa" (73).
Em 15 de novembro, Lamarca foi levado por Joaquim dos San
tos e Jos Raimundo da Costa para o Sitio palmital, onde j os
aguardavam Celso Lungaretti, Yoshitane Fujimore, Massafumi Yo-
shinaga e Jos Lavecchia. A partir do dia seguinte, quando Joa-
quim e Jos Raimundo retornaram para so Paulo, os 5 militantes
permaneceram no sitio, realizando treinamento de tiro,marchas e
reconhecimento das reas adjacentes. Observaram, entretanto,que
a rea nao era a ideal: alm de ser pequena, a excessiva proxi-
midade da rodovia e a constante presena de caadores aumenta-
vam a sua vulnerabilidade, inviabilizando-a como area de treina
mento pal..
...
a mais "guerrilheiros".
, '
,---,.---
. "~'''._'''_ ..
'''''-_._ '- -.
,
.
Durante esse perodo, passaram a considerar o local aca-
tI
nhado para receber mais alunop e, deslocando-se uns 2 Krn,no ru I
que lhes pareceu 'a ideal, na qual montaram a Base "Carlos Rober I
to Zanirato" (7~ .
~C,_
ta.nteda REDE.
Nesse ms de maro, considerou-se completa a ,arca de trei
namento, com Lamarca comandando o ncleo "Carlos Marighela",com
posto por duas bases: a "Carlos Roberto Zanirato", com Darcy Ro
drigues no comando e tendo a intcgr~la, Gilberto, Lavecchia,R~
vollo, Valneri, Delcit Ant~nor, Herbert c Iara; e a "Eremias D~
lizoikov", comandada por Yoshitan Fujimore e integrada por\' Di -
genes, Ariston, Nbrega, Edmauro, Roberto Henkes, Carmen e Ubi-
ratan. Um total de 18 militantes, dentre os quais 2 mulheres.
'1
t
t...
(.~- ..~_.~-~_.~
---
..
..---.
~.. ~~-~
- ~._ ..
535,
ra durante a noite, passou 'a ser empregada a partir das "3 ca-
sas"~ com a misso de limpar a rea e de tingir o ponto mais
ll
elevado do primeiro compartimento (a "topo-bicha ), a estabele
.~
cendo urnabase para a sa~da de novas patrulhas
.
A tarde, um avio C-llS, com uma equipe da Brigada Aero-
terrestre (Bda Aet) , integrada por 11 oficiais, 17 subtenentes
e sargentos e 6 cabos,pousou em Registro.
. .
No conseguindo ligao com o PO, Lamarca, na hora do al- 4t
.moO, enviou Digenes para obse~var o que havia ocorrido. Ao re
torna~, cerca de 3 horas depois, Digenes afirmou que ouviu vo-
'zes dando ordens na regio do PO e os IIgritosde Darcy' e Lavec-
, '
1;\ E S E R V A D ;1-,-------------'
1'.1._ - ~~~:...;..:.;:..-.t..':l..~.:.~-~-.~~
IR E S E n V ~_~
537
.;1
Em 2~:de abril, Lamarca JB hvia decidido sair da rea pe
"'
lo norte, atingindo .a estrada que liga Brao a ~ldorado. Nesse
dia, prosseguiram as patrulhas de vasculhamento d rea,por tr~
pas da 1~/19/49 RI'e da equipe pr-quedistas, que se desloca-
>
ram para o 29 compartimento.
rar i1a'
base' das "3 casas". Perdia-se mais urna vez, a oport:unid~
de de encontro. Nesse dil, foi'descoberta a base "EreJnia!5".
A despeito da desati~ao,
o CIE havia montado um disposl
tivo de vigilncia e informaes
(78). Dois oficiais seguiram
'para so Paulo, a fim de conseguir reforos, nada
conseguindo
emface da ordem de desmobilizao do disposi'tivo ..
R E S E 11V!~.
1 _
~.:.-~:.;.:.;-_~~"J... --..-
--... ... -A
!'
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.-~'
'-I'...'I:"t~'..'...
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,I: ~;
'/iI''.;
;,
jllft,
"
militantes viriam na carroceria da F-350. Por telefone, foi avi 11
i
ri
sada a polcia de Registro. O Sargento comandante do Destacame~
to da
.
PM, que policiava Eldorado,
.
deteiminou que seus seis sol-
dados, armados de revlvo~es .~8, estabelecessem uma barreira e
seguiu para
,
Jacupiranga,
.
a fim de,avisar
. o Exrcito. s 18.30 h,
o PC d Jicupiranga decidiu enviar um peloto do 69 RI para El~
; .),'~--,-,,~
dorado~
--- -~~0~~~-~0.
:,:~~~::j
RESERVADO 540
. I ~. ' .
, "
,,~,,"-
[RESEnVl\(; o 541
...
do Tenente -o dia 10 de maio,
Mendes,
domingo~
praticado" a coronhadas,
.
foi marcado
.
pelo
desfechadas
assassinato
por
----.Yo-
shitane Fujimore e Di6genesSob~osa
4
~e '~ Souza (79). Ap6s ente~r
10,0 j ento "grupo dos 5" andou algumas centenas de metros, ch~
gando a uma
. " planto ,
de abacaxis e bananas, numa fzend 20 km
ao norte,de Sete B~rras. Essa f~zenda estava ocupadD por tropas
do Ex6rcito. Mas, mesmo assim, os 5 ficaram no local durante 10
dias, escondidos e,mbai.xode uma pedra, que formava uma esp6ie
de grut~.
E E'S E R V A o OJ
'-dia de maio,
"- 29-;;;no :?t- ..~
a cerca
CJ!!-e - ~-
de 1 Krn de tropas
c:.L::<:"",~~.
do Exrcito.
I Na manh
do dia seguinte, aps tornar banho num rio,
~---_._--_._~--_ ._ -----bar-
-
...,-~-~._---_._---_._.
__ ..._--_.--'~--~-"- ....
bear-se e cortar o cabelo, Gilberto Faria Lima
l:.. __
conseguiu sair
'da rea sozinho. A idia do grupo, agora reduzido a 4, era con-
guir a~xlio de transporte, junto aos militantes da VPR, em so
.Paulo.
(80 )
.
Posteriormente, Di6gcncs c Ariston, presos, declararam que esses
ros os esp~nt~rnm para longe do local. ti-
_. . __ ;T
fRESEI1VAool
J__ ----- .,
,
i Em 8 de setembro, o cadver do Tenente Mendes era desen-
terrdo do local apontado por Ariston , preso em 19 de agosto..AI
guns dias depois, Lamarcadivulgava um manifesto intitulado "Do
, 4
9 U..l.1l do' 6 uao6 :te 11dEI1 C.'<'CLo6e.m o c i. o n ai.6. Sua 6 q u a.e.'<'da cl (?,~ m.{LUc(/((!.,~ ,~a o
Umi:tctdao6, :tem l.<.mLl:e.o6 ,de. eqJ/LOve.Ltalilen.:to plL'.tic.o do c.ol'lhe.c.<.me.,i_
to tec't.<.co que pOo6.6(ti. pouco e.i1ge.Hh(l~:'o" O va.e.o~ po.tZt.<.c.o ([(te.
p0066Ui PCUta .6e.Jt. UlI1C.;[dc~ de. e.~qucA.dCL .fite. 60..t dado pe.J:.CL '<'mp!Le.n6a
(il1.tC!.Jt.e.o66ada ou nol. 6 61Ulo6 ((callltCL ..~ o6ao .t.<.mi:tacla. e. 6((0 ILa-
'LCL4, :toda\'.i..,CL e e..te.mc.l1to all,dc,<,(J.~ o" .
Na GuancJ.bcJ.rl,
desapl1.rccia a UC "Severino Vizma Colou".. A
ou t.ra UC, a "Jofio Luca s 7\1 vcs ", pU.ssou a ser conwndz\c.1apor S-
nia El.:mc Lafoz, tendo ganho o reforo de trs mi.l
j tantes OI' il1l1
dos da VAU-Palmares. Em 550 Paulo, n6 lugar de Ladislac, assumiu
o com.mc1o da UC, Or;\Vl.ll(10
Sbarc~;. No Rio Gr.lnoc do Sul, a Vf'J< in.:!:,
cinv.::l a SU.:l. recsLnlLurac[o, llpS (l f.L1SCO dl'\tentativa de ~;~'qLlc~
'-------,----r~~j~.~
_~... ~).J-
~~_~f~!~j~
544
-------{ R E' 5 E R V A O O]
iniciando-se no Nordeste.
r- .lNo pararam, entretanto, as" "qedas", em conseqncia das
.prises. Em maio, resistindo a tiros voz de priso, foi morto
Joei~on C~;i.spi.m,
que havia participado do seqestro do cnsul do
. .,,- ..,; ;
Japo.
I No dia 17, em so Paulo, foi preso o recm-designado ca-
l c: . da UC, Oswaldo Soares, que entregou seu "aparelho",
mandante c~
mo j foi narrado, onde morreram sua companheira Alcery Maria G~
ms da Silva e Antonio dos Trs Reis de Oliveira, militante da
ALN.
Tambm foram presos, em maio, Encarnacin Lopes Peres, Luiz
Alberto Barreto Leite Sanz, Jovelina Tonello do Nascimen-
to e seu marido Manoel Dias do Nascimento, que colaborou com a
. '
polcia na identificao de dezenas de militantes (81)..
(32) Em (I de jUl1ho de 197C, N:lSStlfUllli YM;hi n:lj;:l np:11'l'('C'U ('l1f01"C:I(\o c'm HU.,
res Cerveira.
A priso, em 18 de abril de' 1970, de Maria do Carmo Brito ,
m.embro do CN, e a localizao de seu 1\ aparelho", na Gvea, pro-
porcionaram aos orgaos de segurana a descoberta de um minucio-
so planejamento para o seqestro do embaixador alemo. Nele ap~
reciam as primeiras letras dos codinomes dos principais partici
pantes da ao: Juarez Guimares de Brito, .Maria do Carmo Brito,
Jos Ronaldo Tavares de Lira e Silva, Roberto das Chagas e Sil-
.va, Alex polari de Alverga e Joaquim pires Cerveira~ Desses seis,
trs estavam presoS, um morto e somente dois soltos W31. ~
Em maio, as prises estavam abarrotadas de militantes da
VPlh Para ela,eraurgente desencadear uma operaode seqestroque li-
bertasse os principais quadros e que, ao mesmo tempo, tivesse
repercusso internacional. A UC/JGB retaoou os planejamentosj rea
lizados. O que visava ao embaixador norte-americano, dirigid?por
Alfredo Hlio Sirkis, mostrava uma segurana forte e atenta, mo
tivada pelo seqestro anterior do Embaixador Elbrick, em setem-
bro de 1969, e a tentat~a de seqestro do c6nsdl em porto Ale-
gre, em abril de 1970. O referente ao embaixador da Sucia reve
lara que o veiculo do diplomata fazia constantes mudanas de iti
nerrio, tornando muito difcil a sua execuao.
to.
547
\'liJJ
.. n ~terce\'l.es,
ys .i;1.b~),l~Ol.nc;1Q Inconti ncn ti, o ti casal ti que namo-
rava na "Escadinha do Fialho", Sni.lEliane La[oz e Jos Hil t.on
Da~bosri, este com metralhadora,~l"OU suas armas contro a Va
~t 0:1 C:f>(J\Jr~lll;), ferindo Luiz Antonio -~
no abclrnene na coxa.es
querda
,--- c --,----'-"--'--'---...:.~-~-!..::..
Banharo, na
r.?_~lp~_~.i.nparou t.:.rs
rigis mnt:ando-o com
'.__ .:::?J ~_
,-------[~~Ti~~~.:~--I).~\~------
IR E"S E R V A O O J 548
I
\"
H E S E 11 V A
~.. ,,,I l... ;.;- -
~j
HESE(lVAOO 5-19
es.
Nesses cinco dias,'"foram tranqilas as relaes entre lIoi
leben e os cinco terroristas, sempre escondidos por capuzes. A
comunica5.o era f..eta
i por Sirkis, que, em ing ls, faz ia o seu pro
seli tismo', diz~ndo, entre outras coisas, que es tavam tentando li
bertar seus companheiros, torturados nas prises.
orgnni.zal.'s
Silva,
cOI\I\lI1i.st.:ls:d'loer.v<ll Ayes
Apolpnio de Cal-/ho.
E~lIa/llo.PifC'.~; FlC'fy,
Cart'os Eou)lnlo
Cil,l dC'_~ueiroz.l\f.nj:~lllin~,
Fi:
Coqieiro" i\llgel.1l'ezzut:i.;lua
tl de Li rn,
l>~iie~ A~-~? ltt>ft;s,
C:ll/lOS
119-
""nll';. l'ern,,"d<5. !"'1CO "ncY"do F,cl.r e ,l'ernmHlo I'aulo N".l'.l,.J G~bhl-
0 1
l~.:\., e0 5 As1is:Gonfe~, JonCj~\i!,i l'ltlc:r~'!irn, .J,or!.eJt:til1!lr\(l~ .N~~S
Harj9 Anto~liJl Azfvdo N~'yC'r. Hn1."lf:l~~c nt~l!lO f'f:"Jis. l~l
r~1 {l~l~va, 111lfucf }'i~to ~a ~i.Avn, _1~ol .1~.l10DlI -r~l ~lachfldo, Ta ia Ro ri-,
lClO:;V li
r~-[~-'~
r.lI~~; i~('rn:l/\(ll'~; l.' VlJ~:1 S.l v J: Ar:tll.! N:lp,:I11 .lI'r.. .
J n V A O O I
RESERVADO 550
t
,~~~!.~.::'.
1\ ,. ""' ., ,
A D~
I
IR E S E R V 1\' ~~
551
Apesar de, "nesse ms, terem sido presos trs militantes que
haviam participado da preparao da rea ttica ~e Trs Passos,
a UC/MRS estava e~ultante com aS aes armadas que vinham sendo
executa~as~ Tanto que, no momento mesmo em que o CN colocava
em disctisso a possibilidade de setem criados "comandos de sabo
tagem", a ~PR gaGcha dis~ensava os debates e organizava o cita-
,.
do comando (87). Aodado, Isko Gerrner, coordenador do "comando
de sabotagm" da UC/MRS, em documento datado de 28 de setembro,
,
propunha o seqestro de "ex-governadores., militares e diploma-
tas", alm de operaes de sabotagem com "bombas, minas, grana
das e mttte'ial incendirio" em portos e navios.
aes armadas foram realizadas. pela VPR, na capi tal paulista, nes
se ms: no dia
,
15, em "frente" com militantes ?
,da ALN e do HR'r,
(,.'
militares.
Has, nem 50 de sucesso viveu a VPR/SP, de 1970.
em setC'lnbro
No dia 22, foram presos J.1riode Freitas Gonalves e sua compa-'
nheira Nomia Iba. Na ttirde do dia seguinte, ao ser levado para
"cobrir um pontol' nos terminais de nibus do Anhangaba6, Mrio
conseguiu fugir espetacula~mentc, . enquanto seu companheiro
reagia violentamente priso, morrendo em conseq6ncia,dos fe-
rimentos recebidos. Identificado pelos documentos que l~rLRvQ co
mo sendo "Edson Cal>ral Sardinha",. s mais tarde se conseguiu le
vantar que o morto era o misterioso "Ai:ibia" Jos t-1aria
Ferreira de Arajo I ex-marinhei):o com curso de guerr i.lha em Cu-
ba e compa~heiro da paraguaia Solcdad Darrett Viedma. Em seu lu
gar, como coordenador de um~ das base5, assumiu Edson NcycsQu~
resma.
(cn) :O"eom:\IHlo ,Jp ~;[),hotaf.(lil" era intt'l'.r,tlo por: T!:ko Germel', ~!:Irco 1\ntnni.o
Lilll:J })our:ldo, Cl';~ar 1\111'.11,,(:0 Tcjera de }{ e .Higucl Vill:;LO\.J C:olohi:;('~;ek.
em Nova Iguau.
No inicio de outubro, deu-se a transferncia do CN de so
Paulo para a Guanapara. Seguiram para o Rio de Janeiro Lamarca,
Iara, Ins Etienne e Jos Raimundo 'da Costa, com escolta for~e-.
ll
xo.
Em meados de outubro, numa reunio da "frente", decidiu-se
executar trs seqestros consecutivos, como demonstrao de fOE
a, no dia do aniversrio da morte de Marighela, 4 de novembro.
A id~ia, como ja vimos anteriormente, era libertar 200 presos.
Em so Paulo, duas prises importantes aconteceram no dia
2 de outubro: as de Ubiratan de Souza e Valneri Neves Antunes,
que haviam participado da rea de treinamento do Vale do Ribei-
ra. Seus d9poimentos esclareceram detalhes ainda obscuros do que
Por defenderem a montagem dc 'uma melhor infra-estrutura para a orr;ani
( 88) zano, antes de prosseguir nas aes, esses militantes, no atendi-
dos, dcixarnm a Vl'R, tr.:msferinclo-.se para o NR.,.8. Foram acompanhndos
pelos mil i tantC!> Robet't:o Hcnkcs, Carmem Nontc ira dos Santos Jacom i.ni,
Jesus l)arcdcs SOlO, H::mocl llcnri.qc Ferrcira
Oliveira. -
e Caio Slllom Souza de
E HESEI1VAOO
--_ _---~ ..
'.
..
rRE "s E nv " I) ~
3 .
,
ment6; e
----
o do dia 13, na Avenida das Na6es Unidas, em Santo
Amaro, qua~do f>ram feridos nas costas o Sargento da,PH, \'1ilson
Nora dos Santos e o Cabo Artl,lr
N Saraiva.
Dois dias depois das elci6cs, uma n0~a reuni50 da "fren-
te" det:erminou a posio de "recuo" e suspendeu os trs seqes-
tros programados, apesar da opinio contrria "da VPR (90).
No dia 19,Lamnrca escreveu o documento "particlo ou Prole-
tariado?", retornando o tema "avano ou recuo", "vanguarda ou ma~
sa", que havia, na Guanbara, provocado o "racha" elos 8 militan
tes que foram para o r-m-8. Definindo-se pelo "proletari.ado", La
marca procurava demonstrar que o recuo,para a organizafio, nao
er~ uma posifio reyolucionria, sendo incompatlvel meSlno com os
"principias leninistas". Analisava, tambm, o quadro gl~ral das
esquerdas, concluindo que as org.:miza6cs estavam desmembradus,
. --E~~~~-I~~>:::::~;~~r
-.
(90) ESf,;l C'$t;
IRE.SEItVAD~ 55~
[Il E S E~~ AO ;J .
""i '. -,'
555
rRESEnV~D...':..
En~uanto isso, no Rio draride do Sul, a UC "Manoel Raim~n-
do SareS" prosseguia nas ages armadas, incentivada pelo ~xito
das efetuadas em agosto e setembro. Na'noite de 27 de novembro,
junto' com dois militants do MCR, assaltaram'a Casa Modelo, di~
tribuidora dos produtos Lacta, localizuda na Rua Dr. EduardoChar
tier. procurando'.dar
, a entender . que era um assalto de marginais,
usarrn disfarces e, alm de 3.550 cruzeiros, levaram dois rel-
gios, um rdio e chocolates.
(92) Os milit.ml:er. da Vl'R, presos, foram: Luiz C.'lrl0~; J);\llwtto, Cal-los /\1-
bcrto T(~jcr.1 (le 1:6, J)i()I'.(\W!; ~;ohro~:.'l de SO\l~", .Jorge ~,ohro!;a (10 SO\1-
1..1, Edl'IIl.lI."N('illlf~!:, C;II)0r.l~()11lIt() Scrr:I!Hd.J:org(~!;, Airton I\nlonio c:u;-
-----".---.------
t.<"lgna,
.. f~ E ~:: E II V r. 01------.
.Jos Clayt 01\ I-'-'"'"~---_~"---'~'-';""-
J)
-..-.-.--------.- ...-.., .'-'- ,---..
'1.vio C:i) Rt' i!;.
. --
R E S E' R V A O O 556
que~a mdico, etc. Para o MR-B, havia que s montar, antes, uma
infra-estrutura eficiente que assegurasse o sucesso das aes.
Era a posio de "recuo" que'a VPR j havia discutido poucos me
ses antes e_ deliberado c,pntra. '
..
558
-.
como desinformao, Paula Brandi de Barros Cachapuz daria',
logo aps o seqestro, diversos telefonemas para rdios e dele-
gacias, procurando dar falsas pi;;tas pocia sobre o paradei-
ro dos terroristas.
o "aparelhO. escolh~do para a guarda do embaixador seria,
do mesmo modo que o do alemo, a residncia do "casal" Gerson e
Tereza, que haviam alugadO, desde julhO, uma casa de trs quartos
da Rua Tacaratu, uma ladeira que comeava em Rocha Miranda, on-
el
de havia um quartel da PM, e terminava em aonrio Gurg .
O esquema para o envio das mensagens s autoridades ~
.j estava pronto, com "pontos" anteriormente marcados entre os
trs "legais" do "aparelho", Gerson, Tereza e Herbert este
apresentado vizinhana como irmo de Tereza --, e ~4I
Dias e Ze ai e que os deixariam em cinco diferentes lo
cais,avis ; ogo depois, aoS rgos de comunicao social .
ando
. 05 levantamentos sobre 05 hbitos do'embaixador haviam moS
trado que ele saia diariamente, por volta das 8,45 horas,de sua
residncia na Rua Campo Belo, em Laranjeiras, e dirigia-se no
seu Buick azul de chapa diplomtica para os escritrioS da em-
baixada,na Rua cndido Mendes, na Glria. No havia carro de
_." I
e.
mudanas de itinerrio: de sua residncia, na Campo Belo,a pass~
va pelas ruas pereira da Silva, das Laranjeiras, Ipirang e Co~
de de Baepend:l, chegando Praa Jos de Alencar, ao Catete
dal, ating~do a Glria. Para ele, o seqestro de um embaixador
suio era improvvel, j que o envolvimento do pequenino e neu-
tro pais no traria dividendos poltiCOS aoS seqestradores. pa~
sava, portanto, diariamente, entre 8.50 e 9 horas, na Rua Conde
de naependi, uma rua estreita, de mo nica, que liga Laran-
jeiras ao Flamengo. Com ele, no nuick azul, seguiam o motoriS- a
ta, desarmadO, e um agente da policia Federal, com uma pi.stol
7,65 mm'.
Depois de dois adiamentos, CarloS Lamarca marcou a aao p~
ra o dia 3 de dezembro. Tudo pronto, com ~s militantes em seUB
postos, o comandante da operac;o no apareceu: Si.l:kis hav.c",se
a chi\VC do Voll:s que .> loOvaria,ea Ger
esquecHlo de cnt.rcgi\r~J.hc
50n, ao local
W/~~~~
/
f R E 5 E it V~~
559
(93) O Agente d.l Poliei" Fc<.1er;ll. lh~lio Cnrvnlho <1e AI;l\jo. com ti 11\('(luln to
tnlmcnle f,l'ceion'l\l.l \,(']0 I'rojclil. viri'l n ["lN'e)' ;\:; 2 horns tI<,) di;
10 de. (k:'.(~llIbrn ~Ie 1970. 1\0 lIo:;pit;tl fl'IIJc.'l COlltO.
. 1~~.~:::~~~.~~,~._~I:.:.:.j;.-~~.J
IR E' S E R V A O 01 560
,-L,t.,~~.
guranc;n. os 5 milit:lI1lC'f, !\0(\1,,i:Wl tl'l' ~'!1f) i(ll'nt'ficnclo:..
E~;~~~-OJ-"
r------------[ R E S E 11V h~ O 561
dias consecutivos,
. ,. na primeira pgina dos jornais e, em tcx:1as
ai';
rdios e ~V do Pas, s 6, 12, 18~e 20.30 horas;
- a ~esso de passagens gratuitas nos trens suburbanos da
Central e da Leopoldina, durante dois dias; e
- a liberao de 70 presos para o Chile, a ~rgGlia ouo M~
xico ..
--I.'0~~.~~~:~~J
~ E' S.E R V A D D r
final do comunicado traiia a sombria advertncia de que estavam
"firmes nppropsito de executar a sentena de morte". Ao mesmo
tempo, Lamarca determinou que os militantes das duas bases en-
viassem, por escrito, a res.pectiva posio.
l!~E ~ E n V A n ~l-'------------'
~t..~~,.,.._--------.J
..~
"
~~;~-;o
--.... --.-- ...........--.-oJ
......
.r R E S nv A' o .i1 565
32. VAR-P
. enfrenta sucesso de crises
nejado por JBmes Alen Luz, que o executou juntamente com Athos
Magno Costa e Silva, Cludio Galeno ~e Magalhes Linhares, Iso!
da Sonuner, Nestor Guimares JIereJiae r-tarliaGuimares Freire,
~sposa do terrorista Fausto Machado Freire. Os objetivos reais
do seqUestro eram realizara propaganda poltica da organizao,
conseguir:trainamento militar para esses militantes, em Cuba, e
re~irar d~ pAis Marlia Freire, mili~ante da ALN. No obtendo o
tr.einamento inilitar que
.
desej ava, a VJ\R-P ainda pereJeu os nd.li-
tan~es Isolda Sornmer e J\thos Magno, ~ue, desgostosos com a fal-
ta de coordenaio da organizao, a abandonaram.
(99) Nl~5HC pt'r(ll!o foram pl~e!~Of" <.'1:J.t.rC ollll~OS, AllIi lc:\r li:1Y:lI~d (~ IH 1 111
a V;l\l:\
HOll!;r.e( Li.nh:1n~s, ('!;(::I inlcgl"antl' do CR, c akIlHlu\l;\ClllI:1 VAlt-l': SQ\lia
Carllo!;o, 1-:\'<.'r<l1."uo Nbrega Quc'i 1."0'-: c L('(I:1 It. Atn.:l.r:l 1. Que' i I~OZ.
"
566
~ E'S E R V A O O ~
,
.
feita na . imprensa do CR/RS, em face das prises ocorridas
no grupo da imprensa nacional, que praticamente o desestrutu-
rou (101).
--I~~~~'~~_I{-"~:~:~~,~~~~J
--
p--__ ._O._.. _.-_._._. [R ES E R V A O OJ
568
!
I
~ S E n v__~:~_~ '.
I ... -.- ...
56'9
rRESEnVALij
33 . 0 surc;imento da Dissidncia da Vl\R-Palmres (DVP')
~-----
Temeroso' das investiga6cs que seriam desencadeadas,
co Nat.al entregou a ~eraldo Ferreira Dama.sceno as arm3.S que gua.E.
Euri
~~~:~_.[I~V_~,_~_iJ
r .. . _ . _ . .. _
,----------1 n E S E R V ,,-;:-;;-
571
na calada.
Os doIs fracassados assaltos ~ o "~ustiamento" provoca-
ram a salda de diversos militantes da DVP, no segundo semestre
de 1970, alm da extino do CO c da criao de uma coordenao
oper5ri~'a tim de fortalecer os trabalhos nesse setor.
ria .
..
--- --...----.--
.... ... .
l R E S E Il V A ~_~
573
do par:tic1()
novo". Dentro da CEP, Paulo Stuart h1right e Jair Fer-
reira de s, em minoria, questiollvam a anlise da sod,edacJebra
silcira" ,o carter d'a revoluo c o cuminho da luta armlc1a. A
questo do partido j no conseguia encobrir a 'gama de contradi
es latentes dentro da AP.
-i.~_~_.~~
_..~_~:.
~_,:..
__l~- ll..~~
..
[RE'SERVAOOr,
{;;-';~-;;"~"~-~'~'l---------
~ --... ... -.~.-
- -- --.. ..-.-.--- ...---
... ... ...
IR E SE H V ",C .i1j- 5_7_5.
de quantidade
. de um remdio txico, o que provocou um grande pro
testo da linha posadista mundial, dizendo que ele havia sido"as
sassinado sob tortura~".
-f
(lt~ Tr~s GA form~ri~m uma cquipri de nc~o (EAj e tr~c ou mais EA formnrinm
\Im sclor. 'l'n~!; 0\1 m:,i~1 r.ptOl('S (':~t:lh('l!.'.(t'ri~lll1 um:!. J'{giol1:tl.
l0:-~_~~~~:
.~~
o.J
I R E 's E R V A O O 1 578
(111:) A n~nle de Educao conlwa com o c,oncurr.o ele n~ntri7. Beb:i.ano Costa,
Hnrin Letcia L:i.gncul Cotrin e H,wia Ai:cln Bl'zerra. Beatriz Bcbi<1no mi
nistravn clIn;o:; sohn~ Elluc.:lno c Haria Letcia, .:ltll.:lndo no Novilllcnto
__ .--i
-
IRESqVAO~ . 577
(11ro Tr~s GA formnri~m um~ cquipri de nc~o (EAj c tr~~ ou mais EA formarinm
um f)(lor. Tr~f; m:tin ('~~t:I1>('l!.'.clri~lllllll11., J"(gion~l.
ln ..~:-~_~~~~:
011 1-;('('01'('5
.~~o.j
."
lR E S E R v"~o"l 579
(112) Aps o rompimento eom os il"l1l~o!; Correi., Lins, houve a di~~s(llu~o d:t
soc'd:l(h~ d finn:1 lnlradc. Ikpois de um pdnH~:iro :Jju!;te dC' COl1t;If.,r
r:\C5 pntL'lHiclI t.el~ Jin,'ito a uma p.'l"ccla m"io1' de e,'pjt~ll, como n':;:;i1-I:'
cimento. ln:;i.:;\ iu C01l\ Slvio na devollliio lIa rcst;l\ltc ~lo dinheiro, n71-
d" c:on::l'[',uindo de po::.t.b'.<".L- __ ... _
.
dade principal. O movimento tinha o objetivo de implantar um re
gime socialista no Brasil, a longo prazo. O contato com os estu
. .
dantes foi evitado. A radicalizao do movimento estudantil po-
. ~
deria colocar em risco a organizao. A primeira fase, ap0s aci
so, centrou-se em contatos com o clero, com os intelectuais e
com os trabalhadores urbanos e rurais.
rn ~~~~~_:~~~~~.<~l-_~J
.....
----.--------1 R E'S E R V A O O 1 582
I~ E S E H V {\ D O
. ,---_.---_ .. _ .......
~- ....
--_.1-------------
IR E S E H V " ~~~
583
como 'foi o caso da ALN, que nesse ano acolheu seus militantes do
chamado li II Exrcito de cubanos". Evidenciava-se, clarame.nte,
um incremento
te, no
~
ser~a
, na radicalizao
unilateral1 A
e na violncia,
resistncia priso
que,
a todo
naturalrnen-
o custo
causou vris mortes, de ambos os 1l:l.dos.
Houve assassinatos frios,
como nos casos do .Tenente Levino ou' do Sargento Walter, quando o
:.;,." , .
[Il ~.S__~;~--;:-;i~I-----------_ow_-~
.---....--_ ..._~
.........
IR RV
'. T ..
E'S E A O~ 584
tal.
E~ 1970, o Governo enfrentaria, ainda, situa6es delica- .;.
das, decortentes do que as organiza6es subversivas denominara~
de "grahdes a6es", representadas pelos seqestros de diplomatas
e de aeronaves, em busca da repercusso internacional. Nada me-
nos de tr~ seqestros seria~ real~zados nesse ano:
o do cnsul ~
do Japo em 55.0 Paulo e dos embaixD.dores da Repblica Federal
da Alemanha e da Sua. O gov~rno brasileiro nesses epis:1ios fi
xou uma conduta independente dD.s pscuo-rea6es internas e in~
tetnacionais. Negociou com os terroristas, que com sua aao en..:;
volveram ou ameD.aram pessoas alheias aos problemas internos,
mesmo os que se mostravam simpticos com os seqestradores, mas
.cuja segurana era uma responsabilidade sua. O Governo estava
ciente ,de que esta era uma ao a que estavam sujeitos os pases
do munc10 livrt;, independentemente do tipo de seu governo - do
plennnente. democrt.ico ao autorit5.r:io -~ mns nao os pases tot~
lit~rio~. De fato, at~ hoje, nao ocorreu e nem ocorrer seqes-
tro em nenhum pas comunista ou ao que envolveu ou envolver
seus representantes diplom5tic05, por ser evidente a coniv6ncia
e a ~dentidade ideolgica desses pa.ses com a ao terrorista.
. . .
Do mesmo modo que no ouviremos falar de Comits de Solidarieda
de aos povos dos "fganist5.os", elas "etipias", dos "cambojns",
das "tchecoslovquias" e dos "t.ibetes" do mundo.
'-
.... , ...
R E 'S E R V A O O I 586
que no o admitissem.'
Alm'desses trs, vrios seqestros foram planejados, e aI
guns, embora frustrados," foram tentados. Destes, a tentativa de
que foi vitima Curtis Cutter, cnsul norte-americano em Porto
Alegre, narrado no item 23 deste capitulo, di uma amostra cabal
da moral comunista que orientava a guerra psicolgica de que o
Pais era alvo. Para os comunistas, sob o pretexto de que "osfins
justificam os ~eios", as barreiras iticas inexistem. "A mo~ali-
aa.de c.omuniJ.da" - corno acentuou Lenin - "e J.>uboltdinada ao/~ -
il1
"
.,
[RESERVADO
587
..- - ~ -
F_ r: -;_.~.':.~~:~~
'.-":", l'I" ..~'~.~.,.,..It. ~- .i" .
rR ES E R V A O~
588
AOES TERRORISTAS EM,1970
....
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589
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...
591
lR E S E fl V~~
J. h,avia queblLado un.6 cinco de.lc.6 quaftdo u.m .glLupo .e..<'dc,'tctdo pOIL
um ~ujeito com calLa de japon~.6 veio contlLct mim e entlLamO.6 nUma
luta cOlLpolLctl". Preso, Luis elogiou as realizaes do' governo
brasileiro e passou a ser chamado pela impren~a chilena de "mi-
nigorila brasileno" (1). '.
Ainda ness~ ano, o ex-deputado Mrcio Moreira Alves ten~
.tou distribuir,du~ante as sesses da 59~ Conferncia Interparl~
mentar realizada na Europa, Um panfleto altamente ofensivo a
Pas, ao que n~o logrou xito em decorr~ncia de gestes.promg
vidas !:p~la :..~delegao brasileira. Q,mesmo verificou-se com um d~
< -
I . J"
( 1 )
O Sl1JClto com cara d'e ]aponcs- " que at:lcara
/I . era o tC1T01"lst.:t
LU1S . '1'.:1kao
Amano. um dos trocador. pela lib('l"t:1i;Zo do clIl},:lixador d.:! Sua. Lus'
preferiu fie.,r preso. n50 concordando com o (,'1ll!>;lix:ldor. brasileiro que
pretendia indeniz.1l" os r.l1bversjvo~; )(']:\ I1lc'ia chzia ch~ p.liIH~is dc~;l:nl
dos. ("Joriwl do Bra!;il". 10/(i/7t). A e~;sa altura. 1971,:1 ill\prcn:;:!
li v n' j.:i d (' S a p ;11' C C e ri:l no Ch i 1('. (" J 01"l1:t1 do Br;I!; i 1", 2(,/ O5 /7 1) .
( 2 ) Ver "Jornal d() 1'1';1:;11" c1(' 'J.t!O<J!7t.
F-';~-:_E ~-~~_;:'~j
~l
.' ..-
_------------1 R E'S E R'V fi. O O
592
2. O processo polltico
A compreensao do processo subversivo em curso no Pas p~
deria.ter sido, paradoxalmente, o elemento catalisador que vi-
, .
nha faltando para
'
afrouxar o n dado pela-Revoluo -- a que j
noS referimos algumas vezes -, trazendo de volta a seu seio, no
"bondehistrico" do desenvolvimento que o Brasil experimentava,
aquelas pessoas'
que dela se afastaram, nor:orproblemas idelgicos.
por falta de comunicao e dessa viso poltica, perdia-se essa
oportunidade mpar. Essa nao era a ocasio de reunir homens num
partido r...olitico
de apoio aos governos ., revolucionrios,
~ mas a
oportunidade de consolidar um instrumento poltico que reunis
se as id~ias interpretativas do iderio da Revoluo,como con-
tribuio importante para o fortalecimento das instituies de-
mocrticas. Ao contrrio - embora se entenda os problemas que
toldaram essa viso na poca --,deixou-se engrossar o aglomera-
'do de pessoas que sempre se aglutinavum em apoio ao Governo e cu
ll
Ja nica fora polarizadora era o "governismo e que,naturalmc~
tel desagregar-se-ia com a mudana de Governo, ou medida que
ele perdesse sua fora como tal.
A rea poitica jera considerada saneada. O Presidente
Mdici no se valia dos poderes que o Governo estava dotado pn- I
posta oramentria.
No CongressO, por6m, a discusso mais importante gir~Y'
em torno da volta do recesso de julho que a constituio de (
C
eliminara. O retorno do recessO, justificavam os parlamcnt'lr !;'
exigindo reformu da Constituio, seria o primeiro passo na di'
.reo da rcdemocratizao do ras. Neste contexto e diante l:
.,
595
i~{!;~;~
I{.~>~;).~j
596
-
tancassem o fluxo de recursos do exterior, imprescindveis
-,;
a rr.anutenaodesse exito.
para
E S [ n V
. I.~~ 1\ I) oJ
J.
I
I==:: ~-:-=-=:.:=-:'
.. .....
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'.--_ ...
_--~.-
[~ESEnVA["O 597
e .cion~,
. --
denncias, atravs dos boletins da "Erentc Brasilena de In:orm
rg~o de divulgao do "Comit de Denncia da Repres"-
so no Brasil".
--:-t~._~_E~~~~
' L"=,:':-:-::-~.. _
I' ..-------.'.--- __
..I
597
IRESEHVAL~
,
-
militante da .AP Jos6 Serra,eram pessoas attiantes dentro do es-
quema da frente. Jos Serra era um dos ativos
,
entre' Santiago e f'.10ntevidu.
"pombos-correio"
Fernando,
.
Augusto da Fonseca e Anton.io Prestes de
.
Paula,
membros do CC, realizaram uma rcunio em In2adosde j ane.i.ro, na
Praia do Pirangi, prxima a Natal, da qual partiCiparam, al6m
dos trs membros do CR/NB, virias militantes. Nessa reunio,
a1m de serem traadas as normas para a atuao do partido, c~
cadas em rgidas regras de clandestinidade, aprovou-se a sriIda
de M5rio Miranda de Albuquerque da direo do CR/NE, em face do
seu expresso desejo de visitar a esposa Vera Maria da Rocha Pe-
reira, banidc1 no Chile (apesar de, por ocasi50 de sua pris50, no
artoanterior, Vera estar amasiada com Francisco de Assis Barre-
to da Rocha Filho) ( 6 ).
( 5) Dos banidos. pertenc iam ao PCIlR: Ren Lou is Louge ry d e Co rv aI 110. Bru-
no Daustcr ~f.1galh.3es e Silva, Elinor Nendes Brito, Nancy Hangabcir~1
Unger, Harco Antonio Hilr:1nh,1o Costa e Vera Naria Rocha Pereira.
( 6) Dentro do esprito da "moral reVOlucionria", o grupo nordestino do
PCBR, por certo, bem aproveitava seus ociosos perodos de clnndestini
d:1de para exercitar sellS apetites sexllais: Lylia Silvl Guedes cr
am~1\1te ue Odijas Carv~llho de Souza, o qual era casado com ~l.:1ria Yvonc
de Souza Loureiro, que er.1 alll,1nte de N.-11:io Hiranda de Albuquerque, O
qual era c;lsado Com Vera Hnria da Rocha l'ereir:l, que eril. ,Imante de
Frnncisco ue Assis Barreto da Rocha Filho, o C}u.11 fora mnantl' de Rosa
nc Alves Rodrir.ul's, que era nm:lI1tc de Jamildo Tavare~; COl1!;erva.
~~~_l' ~~:~~
. r ...~.-=::-::~~
...__
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._.._._..
I
I " __ ~ '. __ :':_~.I
. I
599
[RESEIlVAL o
,
I
\ \
( 9 ) Grupo de mil iton te s do ALN que roa li zou o curso em Gubo no I'e l' odo
entre maio c dezembro de 1970.
601
(RESERVA!'; O"
nToledo"~
Enquaftto o "Gru~o da Ilha" de~ga~rava-se da ALN; a Frente
'de Massas (FM) da Coordenao Regiohal de so Paulo (CR/SP) tam
ani
bm entrava em rota de coliso com . direo nacional da org
zao. As crticas da Frente aproximavam-se das do "Grup::>
da Ilha"
no que se referia pouca importncia atribuda ao trabalho de
massas em relaco s atividades do GTA .
. No iriciode 1971, a coordenadora do Setor Estudantil
do CR/SP, silvia Peroba Carnei~o pontes, orientava a formao de
Comandinhos", estruturas enquadrantes de elementos em fase de
.alic~amento (11). Tal fato quase ante6ip~u o "racha", pois a di
reo daALN no concordava com aquela forma de recrutamento.
Na ocasio, 'os desentendimentos no tiveram prosseguimento, gr~
as' atitude mediadora de Jos Milton Barbosa.
--
A c~ise entre a direo nacional e a FM foi reacesa com o
"justiamento" do membro da Coordena50 Nacional, M5rcio Leite
Toledo; em 23 de maro de 1971. O fato provocOu uma revolta ge-
I '""""" "
cional.
As dissenses entre a FM e a CN e o GTA iniciaram-se/real
mente, por questes de vaidade c disputa do poder. A FM cresceu
e glnhou cert-.aautonomia, adquiri.ndo condies de reali.zar
acs.
( 10) "Grupo da I.lha"- tambm conhecido como "C:rupo elos 28", por se): esse o
nmero de mili.tantes quc divc~.giam da ALN. Era constitudo por: Ryfi
Carlo$ Vieira Berl?et, Joo Le nardo da Silva Rocha. Lauribcrto Jos
Rc~cs). H.~cio ~eck. ~lac1~ado, rno!)rciS
Ra1n1Undo ~.:mdel.:a/Cout1nho,
7, Jo~ zc~e:;no
It~b. A1V(.'f.C~rrc~ Juntor,
da Si.lva, Lu:l.z
~yltor/ i\dall?cE.
to Hortatl., Harl.a AuguJta Thom:1s, Ana !-br1o/Rlbas Palmc11'a, i\nt'Jio
Benethz7.o, Anal l'lnrii--"orbi.si{r Hateus, Vinicius Hedc i ros ealdev illa,
l~lvio Carvnllto Holinn, l~rcderic<i Eduardo Hayr, Hrio ~obcrto Calhar
do Zan:Otl<\to, ~os Roberto i\rante:. J.e .Almeid.:t, Jos p'il:ccu de Olivei-
ra e Sl.lv.:t, .loao inrlo: Cavalf~nt1 Rc).~, Boan:r.rt~S de SO~I7;aMa:sa" ~'1
tanael de HO~Il'a G1.r.:tltll, Fr.anC1SCO J'osc de 011vc11'3, Jcov.:t AtS1S Go-
mos. Carlos Edu.r<lotiros Flour)'. Srgio Capoz. Ja JllIt yi>n{n i c;/SH-
vio de i\lbuqucrque Hat a. I I
.
As aes da Frente tinham de ter a participao de um elemento
do GTA que seria o "matraqueiro", respnsvel pela cobertura (12).
; Com o desenvolver das querelas, os "matraqueiros" comearam a
faltar aos "pontos de ao", al'gando, posteriormente', imprevi~
toscomo enguio do carro e problemas no trnsito, dentre ou-
tros (13). ;
Em maio de 1971, Yuri Xavier Pereira foi a Cuba buscar um
6ltimo entendimento com o "Grupo dos 28" e acertar a volta dos
militantes ao Brasil. Aps uma reunio com a cpula do grupo dis
sidente, representada por Carlos Eduardo Pires Fleury, Jeov A~
sis Gomes e Antonio Benetazzo, Yuri reconheceu a impossibilida-
de de reconciliao, ficando estabelecido que o grupo voltaria
ao Brasil por conta prpria.
Com 'a chegada dos primeiros elementos ao Brasil, ainda em
maio de 1971, foram reabertas as discusses que pareciam encer-
radas com a viagem de Yuri a Cuba. Enqua~to crescia a afinidade
entre o "Grupo da Ilha" e a FM, a CN e o GTA de so Paulo perma
neciam unidos, defendendo a posio militarista.
Monir Tahan Sa~ seria, em seguida, afastado do CN sob a
alega50 de levar para debate posies pessoais e nao as defen-
didas pela FH ..Ao ser afastado do CN, Honir afastou-se, tambm,
da FM, constituindo um grupo indep~ndente' (14). Este ,grupo man-
,tinha contatos tanto com a ALN quanto com a Dissid~ncia da ALN
(DI/ALN), denomin<:o assumida pelo "Grupo da Ilha"" dos quais
~~cebia apoio e com os quais participava de aoes para sobrevi-
ver.
Os primeiros elementos que chegaram de Cuba tinham a tar~
fa de'estabelecer uma infra-estrutura para receber o restante do
.pessoal. A id~ia inicial era a diviso do grupo em dois para a
atuao nas cidades e no meio rural. Na guerrilha urbana, seria
dada mais ~fase as aoes de propaganda armada: comicios em f-
bricas, atentados terroristas, assaltos a quart~s e a viaturas
militares, dentre outras. A guerrilha rural seria desenvolvida
em areas correspondentes ao nordeste de Minas Gerais e ao cen-
tro-oeste e norte de Gois.
In E S-_E R v~~~o]
,603
lRe
No dia 16 de julho de 1971, a
S E fi V A O ilDI/ALN iniciou suas ativida
des
.assaltando o posto de gasolina Capricho, em Santo Andr. Ou
rante a fuga, assal~aram ainda a viatura radiopatrulha n9 13,1~
vando todo, o seu armamento.
II~.E:
eS!:;lbc}('cer um ponto de :tpoio P,H<l <1" :ttivid;ldl~S nll"1is.
E~~~.~ ~J------'-----_--J
[R E 'S E R V A O O 'J 604
.Ap~s estabelecido o
racha 11 com a ALN, a orS!aniza~o_ ini-
ciou.o processo de escolha de sua denominao. Aps debates e
avaliaes de propo~tas, foi adotada a denom~nao de Movimento
c!:
de Libertaao Popular (~~LIPO).
I (17).
pb da~ iaiias e nao se efetivando na prtic~
Enqua~to isso,o SetorCampOns do HOLIPO seguia um planej a-
mento realitad6 ainda em uba. O grupO,pretendia internar-se no
. ~? '
campo; conseguindo, numa pr~meira etapa, legalizar sua situao,
familiarizando.'.:..se
com a rea e seus habitantes. Numa s~T"ldaet~
pa, em ligao com elementos da cidade e deles recebendo apoio,
.
iniciaria assaltos a localidades pequenas, distantes uns 400 a
500 km da base de guerrilha. Tais ads visariam a angariar fu~
dos, fazer adeptos e desmoralizar as foras de segurana,atrain
do-as para r~as afastadas de suas bases.
A rea inicialmente selecionada situava-se ao longodo Rio
so Francisco entre rbotirama e Dom Jesus da Lapa (18). Foram
ealizados reconhecimentos em !botirama,.por s~ tratar de um im
p~rtante entr6ncamento rodovirio. Naquela poca, foram tenta-
dos cbntatos bom o MR-8 para unificar as aes das duas organi-
zaes no. interior baiano, visto que as reas de atuao eram
t
_ Novembro: "exproprin.o" de lllll <lU nv0.~ Volkswagen no bairro d2S Per
di.zes; e assalto ao Banco Nacional de Hinas Gerais, no interior das
n1U. . .
D:zembro:) disc~so gravado ~ di~u 1[',1 do n~ Cidnd~ Un~.ve:s ~tr ia :1 tra-
ves do aIto-fjrlante de um:l koml)l exprolr1adai' lstrlOtnao de Car-
t~es de Natal com textos fubvc:r5i::os l;l favql da Vi.la Palmares, nas
vcspera.-do~NaNll; e~assalto a uma lbJa de r upas na Rua Xavantcs,.
no Brs, sC~~.~.~~:lc distribuiZ~o do produt~o do roubo no bairro J.:l Sa
popemha. t F'4'\A/'~
(18) O primeiro a chegar na rea foi Boanerges de Souza Hassa, por volta de
maio, instalando-se em Bom Jesus da Lapa. Em scguid.:l, Carlos Eduardo
Flcury, em junho, fez contnto COlll'Boancrgcs, estal)l'lc>ccndo plano~; para
mobili~H' l rea. Em julho, o trab:llho no c:lmpo reforava-se com a che-
gada de Jcov Assis Gomes c Rui C.:\rlos Vieira Bcrbet, [l11\bos procL'dcn-
tes de Cuba.
~ ES E R V A O O I __ __ ~ 50r
---- .... "
prxima,s.
~iI'
1
I
~{ f. S ~~_~.
L__ ,__ -------
607
IRESERVACO
H E $ E n V /I. Il ~I
...-----.-.- ...-----
.. -------------f R E 'SE R V A O ~------------......-:'60t
mante1adas (20).
(20) Aes realizadas em "frente" pela ALN com o HRT (algumas, tambm Nr:
o HRN), em so Paulo, em 1971:: em 18 de janeiro, roubo de car.ros cpI;.1
cas no cs tac ionamcn to da Avenida gua Bro7lncn n':> 337, com tnn:;l.lnenlO lh'
"coquetel Nolotov" e ferimento em um motori5ta;.e\11 3J. ele janeiro, :1~;"
salto ao supermcrcado "po de Alicar",na Rua Naestro Elias Lobo; em:'
de fevereiro, assalto ao supcnncrcado "po,dc Alc<ll.''',na Rua so G;I"
, 'I
I
I
"Hilton Botlur:1 c Hirand<1", nas ruas Arnillia Noronha e 0:;C:11" Freirl', f,
rer.pectiv\ll\l('ntc, no l;airro Sl1man~. J
'-~~_r:_:
...~ ~~.!:_l_)_~j-----------
"'- ..--.- ..---- ,
609
IRESERVAL~
. '
;1
famIlia. No dia 13 de outubro, o irm50 de Monir illtornou-o no
.,
t r.~JE ...~_E r~_~. A I)
.... . ,.. . .. ~..
,. '
0'1 1
----------- __
1
611
[R E 5 E R V A ~~.
Hospital
, So.Camilo e ligou-se s autoridades, info~mandooocot
rido
car, a ocasio,
. a CR!SP executou a intensificao das aes ter~
ror ista 5 de propag a.nda al:'mad.a
(21).
i~: ~_~._~_:.).~J
s..
612
'0L~~'~"::("i7.n O
par,"J Ninas Ger.1i~. Benjamin de Olivci=-
I
,I
.......~--.~~ . .... ~ .
. .. - '~
,, '
613
ESEHVfl.LO
-::---
(23) Em mc.:tdo5 d(~ maio, :\5 filcir.:ts da Cl{/GB scrimn cnp.rossndas por Antonio
Carlos Nogueira Cabral (' Luis JOS(~ d.1 Cunha ("qucimados" em s:io 1':1\1]0)
c por 1:'1:\vio Augusto N('v('s Lc~o dC' S:lll~~~ C' AU1"Cn:a :'kll."ia do N.1Sc.i:::L'nlo
Furtndo, Cjl1t' foram inlL'gl::1l1os ao GTA' Em contT:lpnrlida, Gil~;Oll l'ih(j.
)"0 dn Si.lv:1, vollmtndnl\l('nte, pC'}"(lt'l1 :\ liga;\Cl C0m a organi;~a~(l, d(~T'
xn\H\" iinc i.1
CI m i li [,
_~~~~':!:~I~J-------------_--
[~~:-$
~ E 'S E R V A~_' ~~
",
-Ln"SE~~- 1..- _
. ..
e
~ ...
..
,.. . .
....
- ,
rR E S E H V 1\ ~ O
>
615
l~~~_~-~ n ~..:,._~~~
[~ E'S E n V AO O
-
ter um e~treito relacionamento Com as demais organiza~Ses liga_
das luta armada, objetivando a unidade da esquerda revolucio_
nria. Assim sendo, fOi' realizada uma srie de aSes em "fren
te" (26), send~que a do dia.28 ~e outubro, o assalto i agincia
do Banco Ita-Amrica, na Rua Conde de Bonfim, resultou numa vi
tima. A aio, realizada em "frente" com o PCBR, a VAR-P,e o Mn-
8, constou, incluSive,'da interdiio da Rua Conde de Bonfim no
trecho d"fronte da agncia. Uma viatura policial que passava p~
lo local tentou intervir, mas foi obstada por rajadas de metra
lhadora, saindo f"rido o d"tetive Walter Cludio Ramos Mattos.
quenta mil.
zntos mil cruzeiros arr"cadados, quando Se esperav&'lmais de du
" E!:
L--..
.---
S E .H
.
..---.-- ...-----
v~n
. 0,. __
~
r R E S R V h ~.,
617
---
AnOS"" no cJt.wl,atravs de urna autocrtica, esforava-se para
aproxima~-se das posies do "Grupo dos 28" e da FM da CR/SP.
Atravis de tarlos Figuqiredo de ~, que se deslocou de Montevi-
diu para Santiago, recontptou os militantes que haviam sido ba-
nidos em troca do embaixador suo. Ainda nesse ms, surgiram
~ :
problemas no NE. A subordinao dos trabalhos daquela arca a
I ".
urna coordenao no Sul era critit.ada. O grupo que l atuava foi
transformado, revelia da organiza~o, na Frente de Libertao
Norte-Noideste (FLNN). O problema, no entanto,foi contornadocorn
a liberd~de de atuaottica da FLNN, que se mantinha estrati-
gicament~ ligada ALN. A CNP tudo fazia no sen~ido de manter a
unidade da organizao.
i
nizao fazendo um retrospecto de SUa atuao. Aps conhecer o;
declinio das atividades armadas, em 1970, em dec?rrncia.dos i
pes sofridos, a CN admitiu que as atividades da organizao 90Isei
.. ,
El I_~_~_ r:-~-'.:~:
! ---------------I
rR ES E R V A o~
2Q
.
ao em termos de uma militncia efetiva na organizao ou o seu
abandono.
f;;' s E-~~-A-;;~Or~------------
..... ,
(31) P~rt icipar.am da <lo: Anl.<ll~\o Canloso Rocha, Jos Sales de Olivcir;ll
Francisco Peixoto de Carvalho ("GaleGO") c Jos Ca1ixtrato Cardoso ri
lho. ..' ~
H_~~_~_~."~~~ .
[RESEHVALO
, abandonou o
dor da l\LNem Minns, Arnaldo Cardo!;o Roch.:\ Est.:\do,
deslocando-se para s50 Pablo. O mesmo destino tomaram outrosm~
(32) For<llll preSOR Luiz Fernando Gon.11v('f, dos Reis. Jlerv de Hl'lo e o ca-
bo l'mlG Ceclio EllIigclio S:ltllrninod'nt}"(~ OlJtrof.,
-- n J-: S E n V r. \l (>!
--.---- .!
624
litantes (33).
formando
'
1izar.
o desvio da ALN, olvidando a "revoluo como obra das m<1S
sas", foi atribuldo a dois fatores: o afluxo para a organizao
r-------~---.
~-------------l
H f S ~_~-~ :'"Ii "~- -----..J
.------ 0 o_..A
P-------- ~E 's' E R V " C' O 626
.
de "elementos da pequena burguesia, notadamente estudantes, im-
buIdos do espIrito radical", e a influ~ncia das t~ses de RegisDe
.
bray sobre estes elementos. O primeiro fator conduziu a ALN
-a
um excesso de aes urbanas, de
4
carter armado, anpletamente
.
dos
vinculadas das ma~sas, enquanto o segundo negava o trabalho ju~
to s massas e a necessidade de um partido que seria substitu-
do pela "Coluna Mvel E"stratgica".
...-.--------.-----~~ E S :_~_" () O
r--------------I_R E S E H V A L O 621
r-~-_._-_.
~------------12~._~_~~~,.:~.11,,~J
.
628
do combatente . e no
. do militante", estaria conduzindo a organi~
zao destruict .l\ssumindo esta postura, a TL/ALN no reco~
nheceria a sua .expuls~o, decretada, em maro de 1972, pela Coor
denao Nacional no Brasil
~_=[~ E S E f1 V. A O O l-
. .
629
car" a assassinato.
~------------rl~ I;:~-'._:~_~J---------------~
E~_I:_
_____________ [R E'S E RV A 0.0 632
(3/1) Neste assalto, Ivan Akselrud Sei.xas, filho de Joaquim Alencar,com ap~
nas 16 anos, exercitou a sua "aptidiio" para as aes armadas.
(35) A 1;:1 base integrada por Dcvanir, Antonio Andr, Jo:\quim i\lencnr c Do-
minRos Quintino dos Santos, c a 2~ constituidn por Dima~) Gilberto)Jo
s RodriC\lcs e Ivan. -
633
ESEHVf\LO
as dezenas, (36).
(36) O NR'!' so considcrava como militnntc$ aqueles quc p3rticip3vnm das 3es
armadas. Os nove Isimpatiz.:1ntcs" da poca eram: l'cdrina Jos de Carva-
lho. esposa de Devnnir; Fnnny Aksclrud dc Seixas, esposa de Joaquim, e
suas filhas. Iara Aksclrud dc Seixns c Ieda Aksclrud de S~ixas; ~aria
Uclcna Zanini Cascmiro. esposa dc Dim~s; Jos6 Xisto de Oliveira, Jos~
Dan' de Carvalho, Gildevil Oliveira de Helo c Antonio Tcllcs de ~l('nc7.es.
(37) Lembrar que Boilescn j havia sido .i\llg~doe conclen:1dopelo HRT, l'Ul 17
de fevereir.o. Faltava. apenas, o aprovo da "Frente".
(38) O Rssassinnto de Boilcscn ~st~ descrito no item 3 deste capitulo.
.'
R E 'S E R V A 00 634
~~~_:_~~liJ
_
-----------1 R E S E-U V 1\ I...i
635
16. A desarticulao da AV
(39) O "Gl-upO Tacapc" scd.<I. extinto em janci.ro de 1.97/., Com (l pr.is.1o dc SClIS
pOllCOS militantes.
(l,0) Int0.grndo por Fl~rnnndo Sanna Pi.nto, Joh.Alvcs dos :Jnntos, Nilton . Tav~:
rc~ Campos, J:lliw de Alnwi(la, Joana D.:Il.c J.1nSetl Ferreira c Palllo Rober
to ele H~r,alhiies, Com os dois primeiros compondo o Secreta1":Hlo.
----'I_--_ __
.
1\ r:
....
S E ;-
.... ~-
V A~
.. - ... -
IRESEIlV"L~_
637
Influenciada ...
pelas suas origens na Ala Vermelha (AV) do
PC do B, ,aOPCOR, adotou uma linha nitidamente maosta. Acmitia
um es.gio intermedirio diri<jido por um "Governo Popular Revo-
luci,onrio", alado, ao poder pel luta armada, atravs da Guer-
I'.,
ra Pofmlr e do cerco das cidades pelo campo, este eleito corho
1 '
.
o d assaltos na cidade de so Paulo. A OPCOR era uma organi-
zaao que s tinha "cabea", os seis integrantes do CN. ~es5e
inciO de 1~7l, estava comeando a recrutar oito novos milit~n-
tes, m Belo Horizonte e Vitria~
~ E 'S E R V A O O 638
-
"AI e~ti toda a minha vid~, de~de que me impo~tei com coi
~a~ de polZtica. E~tou p~onto d ~e~ponde~ pelo6 meU6 e~~o6, pa-
A4, q~a~do ~4i~ daqui, e~quece~ di6~O tudo e ~e6aze~ minha V~_
da, e~tuda~, t~abalha~, te~ meu~ 6ilho~ com minha e~po6a. E66a
~ a mai~ pu~a ve~dade, ju~o pela mem;~ia do meu pai, po~ minha
mie, po~ minha ,e6po6a, po~ meu 6ilho que e6t~ pa~a vi~,en6im,P!
lo que h~ de mai6 6ag~ado em minha vida".
De nada adiantou o juramento. Joo Amorim Coutinho, hoje,
est separado da esposa e militante do PC do B,tendo sido elei
to, em 1985, presidente do Sindicato dos Bancrios do Esprito
Santo.
-----
te da policia e '"ju~ado"
Alguns
P,?_:t; ... :tlm_,_Q.r,g,ani,z_~I.;() cOFRUni:!tfl.__
---.----
dias depois, em 2 de setembro do 1971, Jos Maria-
o
.
no de Barrosl
-
a mando do PCR, tomou um t~xi na Madalena, em Re-
~
---. "-------- ------------------
cife. 1\0 chegar perto do Hospital das Clinicas, quando fingiaque;
,ia pagar a corrida, aproximaram-se Manoel Lisboa de,Moura e Jo-
o motorista
..-----
'. ---
s~ Erni~-"Ribei~o da Silv~N-~~t~-h~~ti~~;-;;;~-l~o,
Gentil -----"
c10 'r~ir,
S.EHVAI..O 639
L-;-------------I~~
f S_:_~ .. :..--II.-:J-----------------I
~ E'S E R V A O O
640
(112) No inicio de julho, Fbio N,'1renco, ngd Harin c Leopoldo Nosek fo-
ram ao Chile, onde participnr:lm de um.1 rcuni:1o com os militantes do
POC Rui }l.1uro Narini, Teotnio dos Snntos, FLlvio ;Coutzi, Narco Aur-
lio Almeida Garcia e os militantes da OCNL-PO I~der c Emir Sim;;o Sc1dcr,
em buscn ele ullla solu<;';o );U~a a cri~c ({., ol'[;anizano.
n r: S E -;-~--; n 0"/
---------
. '------~---~ ..
".
641
'.
Os remanescentes do POCcqntinuavam praticamente inativos
e, somehte no incio de 1974, durante o X Congresso Mundial da IV
Intern?ional,seriam sup~adas as diferenas ideolgicas quepos
sibilittiriam ~ fuso dos remanescentes do POC com a Tendncia
Combate; surgindo ,ento o POC--Combate, organizao simpatizant
. ..
da IV Internacional.
~. S_~~~~~:'\ .~),._~J-------'----_-l
:-'------------G ES E ~ V A ~3 642
(llll) Carlo:. rcuniu-se, entre Olltl~OS, com ~dcr. Sim:io Sad~r, Jo:io Antonio Ar-
naud llcl~l~lli.:1., Jaime Rodrif,lIcs e sua csposa, Harin Llici.1. \.Jcndel CCl"fJl1Ci
ral c LlIi7. C:lrlos de AlmetI.1..
[Bf.SEI{VI\OOJ
.,------------
643
;-
E_I_~__
1I11., ....w-!1
r-------------[_R E S E;n ~;A ~ ~
645
.,
>, '" .
No incio de
, 1971, a VPR possua dezenas de militantes
,
no
ext~rior, banidos ou foragidos, particularmente em Cuba, no Chi
1e e nh.Arglia. Em Cuba, a VPR chegou a possuir bases de mili-
tantes; coordenadas por Onofre Pinto e Chizuo Ozava, emuitosmi
litantes realizaram cursos de treinamento de guerrilha,com in5-
tru~e~ de tiro, explosivos e de campo. No Chile, a chegada de
24 fuilitantes da VPR banidos em 13 de janeiro acarretou a neces
sidhde de uma estrutura que os integrasse. Assim, em 19 de fe~e
. ,
In E $ _~~:~~l
_~j
G ES E R V A~~ --.:::!646
----...
des da VPR no Rio Grande do Sul. Em Capo da Canoa, no dia 22 doi
janeiro, foi preso Isko Germer e, no dia seguinte, Reinholdo e
sua companheira Vilma de Oliveira Franceschi. 'oesbundado, o Cmt
ue/MRS~ em 10ng6 depoimento de pr6prio punh~ com o titulo de I
"Urna Posio", escrel{eria ainda em janeiro:
(48) Foram presos em Porto Alegre Marco Antonio Lima nourado, sua comp3-
nheira Rose Harie Porto Alegre Pereira. Antonio Const.=lncio de SOUZ3,
Cezar Augusto Tcjcra de R~ c Miguel viustow Golobispsck Maslak.
Gregrio Mendona. que substituiu Yoshitlnc; Fuj imorc no comando. LaCE
te Dornclcs Mlig,!. Aluzio Palllano Pedn.!inl Ferreira (! Jo~ An~a~J.nlO I
dos Santos.
(50 ) Compunham a UC/JGB: Gerson Theodoro de Oliveira,Cmt da UC,Alcx po13ri
de Alvergn. Zcnaidc Machltlo, Ivan Mata Dias, }1.:lUrcio r.uilhenne (1.:1Si)
vcirn. Alfredo lllio Sirkis, Aclair Gonalves Reis. Jos Roberto Con:l.\
vcs de Rezende. Tereza nf,clo. h7altcr Ribeiro NOV[leS, tleia Velo:~o H:I:'
ricio. Ukljara Silvcirn l~oriz. Jos Carlos de Oliveil"a Hendl's c Car-
los Alberto do Carmo. um mili.Ulntc que' veio da VAR-l' .elll Illcados do 311(1
anterior.
647
1R E S E rt V A L. O
n V !\~l-------
'--------------r~~~.E
~--~-------rESERVALO 649
IR E $ E R V.~_~~ __ ~J------------_-1
r~ ES E R V A ~ bSO
(51) liA" era "Alda", codinomc cnt:io \Ililiz'ldo por Ins Eticnnc Romeu.
__~_~r
t~_~,:"~~_~
fRf;:SERVAC.O 651
-'
4) nao con4egul~ AompeA com o culto ao 4ectaAl4mo exL4tente na
VPRj
In f. S _~~~~~-Il_iJ
...
.'
...-------------r E SER V A C O
-
24. A desmobilizao da VPR no Brasil
Gf.SEI1VAOO/
.._-----_.~
653
(55) Do CCP fazi~m parte: Jair Ferreira de 55, Duarte Brasil do Lago Pache-
co pcrc'ira, ll.1roldo Borges Rodrigues de Lim~, Aldo ti:! Si.1V.:l Arantcs,Jo
se Renato Rabclo, Paulo 5tuart \~right, Ron:!ld Cavalcanti Freitas, Jose
Goilles Novacs, Rui Soares Fraz.o, }{ogrio D'Olnc Lustosa, H:mocl d.:l Con
ccio 5nntos, Jos Luis Horeira Guedes e rJ:iclcs Santos de SOllza~ p
ra complC'mentnr o CC, llllnl::'- f.uturn reunio, f.oram indic:!dos os milit:m=
tcs: Nnria Jos Jaime, Antonio Neto Jk\rbosa, Joo B:lt5ta Frnnco D1."U-
~
rnond e Jos Fid~lis AUGusto Sarno. .
E
-------".
F. S l ~-~--~-~~:'
.
.
!i---------,---~-_..J
I
.
G E'S E R VA~
o
com~:icado da III RADN divulgou a existncia de trs cor
rentes na or;Jnizao, girando em torno da questo do partido.
A primeira c:=rente, defendida por Jair Ferreira de S e Paulo
Stuart Wrigr.:"lutava pela construo de um'partido inteiramen_
te novo e paf30U a considerar um grave erro, que se pretendesse
tomar ri PC d: B como base para esta construo. O segundo grupo,
liderado por :uarte do Lago Pacheco Pereira, pretC~dia ~onstru-
ir um partidcinteiram'ente novo, mas achava que tinha de ser em
torno de um P!=tido,marxista-leninista e que o PC do TI s~ria es
te partido. ;,:erceira faco, orientada por !iar 02. do Borges Ro-
drigues de Li;. e Aldo da Silva Arantes, ,no aceitava a propos_
ta de um part:io inteiramente novo, elegendo o PC do B como ba-
se para a uni:~cao das foras prolet~ias.
5
( 6) Como nov ido". os Es ta tu tos da APHL do B ins t i tu r om os orr.0n i SOlOS tom
porrios. t::".'em charn.:ldos de "[raes", parn coorder\.1r o tr.1h.1lho n.:lS
orf,aniz.:lc;C',: le m:1SSD.. Assim, em nvel' nacion.:l]" (orarll cl'ad.1s .15 Fra-
es Nacion:., da UNE c da UllES coUl os militantes
1 ~lonestino NOIHf' ira
Cuimares, c.. do H:tcedo de Laccrd.l, Huinbcrto de Albll<luC'rqllc C5U1:lrn Ne-
to c Hirtes :,:rncraro de Alc5nl:nra Noeueir.1 ("Ben") _ os trt-s primci-
ro~ n:l UNE c : lil t im.1 n~ES, . .,
{R f.
L_..
-;'7;; V A II O
o
I
.-----.
.
65'1
IRESEflVAl..O
-----_ .,.-_.:..._._-~-'
.
RE'SERVAD o
658
. ~,
1-. _
651
"
26. A AP condena e executa Antonio Loureno
(57)
Er~lIl1eles: ~bria noloces Pereira Bahia, H:lI1ocl da Concci.:io Snntos"A!ll
Maria ConzaGn, Antonio Lisboa Rodricucs Brito, Carlos Fernando da Ro-
cha Hcdci.ros e Luis Horais dos Snntos.
I
J~ .. __
659
FESEI1V~
.L-:=.-=.-.;-.;;o=.:-.,"" I,
66,1
IR E S E H V A' L ~'I
Ainda em Moscou, alm de contatarem com dirigentes da Kon
, , '
I- -._-_._-_._~=:::--=--J
"HE S ( ~ V A. D O
._0
663
. ,
(61 ) Embora nno 'tenha sido preso pelos rgnos de seClIrnna. Carlos Alb~'rto
Soares de Freitas foi alvo de lima campanha promovida por seus pat'I.'n-
,tes e pela csquerdn visando Z1Sl1:l libcrt:lc;no.
(62) Sabe-se que, pelo menos, Carlos Ill~nriqlle Vi~lIl:t Pcrcir:t c sua fut.lIra cs
posa UcIianc Gaspar Bibas. ab.:111don~n:.11ll
o Pas, rcfllgi.:1ndo-s~ no Chilc:-
1I H E S [ ~-~".~~~:'!
,. .'
r~
ESE
,
"
..
RVA:O'dr':'
.' --
,', :,' "." "~".:" .
.. '
(63)
Estiveram presentes ~ 20 parte do II Congresso: Jarnes Alen Luz,
Antonio Batista de Carvalho, Ana Hatilde Tcnrio da HOt,l, Ircnc Narco
ra de Carvalho, Jos~ Carlos da Costa, ~eraldo Leitc, Rosalina Nade i
Cruz Leite, licitar Farias da Silva, Naria Regina Leite Lobo de Santa
redo, Lgia Naria Salg,ldo da NbrC'ga, Antonio Harcss Prieto de Figllci
ro, Ad~o Vila Verde, e Corno convidado do PC8R, Luiz Alberto de OliveT
Benevides. S c
r~
...
E S E
__....
n iJ
V_A
_~_. _~.;.---.-'-_._--_
o
...
- -.
...
.
";' ~.
I
R E S E R V A O O)
-
665
(64) Eram responsveis pela CRUJOC os irmos Jnnurio Jos e Antonio Nnrcos
Pinto de Oliveira que com Maria Regina Leite Lobo de Figueiredo, Ire-
ne Madeira de Carvalho e Maria Emlia Silva compunham o Setor de Im-
prensa do CR/CB.
(65) Na ocasino,foranl presos Eliezer Vaz Coelho, Pedro Gomes dos Santos e
Catarino Leal Junir da Silva, estabelecidos em llequcnas propril'JnJc~
octlpndas pela VAR-P em torno de Imperntriz, que fnzi:l1no trabnlho dc
alieiamcnto c doutrina5o de clcl11l'ntos loc.nis,objetivnndo montar uma
rcd ('. d (' n po i o c. po ~~t ('rj.QJllli'_Dl.~.I!'_f-_~~,.If':l r :l r.11(' 1- ri 111:l rll r .11
. I R E S E R V _~~_~J
666
.\
E S.~_flV
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-,".
A. ~~
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667
//1" :.1
~ "Qui
'I'
i
sio,' o Setor de Imprensa passou a publicar o jornal~l
lombo",! como:po~ta-voz da dire nacional da organizao.
~o final do ano,foi preso Janurfo Pinto de Oliveira, um \ I
l
dos coordendores do GRUjOC e desestruturadc
da nesse'artd, mais uma vez, Marco Antonio Batista
esse
de
grupc. A.in
Carvalho
.
t
f
!
!f
abandona~a CN. ' I
!
A VAR":"P,adotando uma poltiC~ antifoquista, fora obriga- '
da a adetir: luta armada, por necessidade de sobrevivncia,ma's;
essa deciso no era aceita pacificamente na OS. Agora via des~
parecer o c;RUJOC, nica tentativa que mantinha de trabalho de
massa. As variaes de seu CN refletiam bem a irregularidade
que vinha mrcando ssa orgaRizao, desde sua tentativa frus-
trada de fuso com a VPR.
(68) :Hais taruc, aps uml1 autocrtic:lt Ernesto Pr:luo Lopes foi rcadmitido
n:\ LO;
..-------------rR ES"RV~O~
No 29 semestre de 1971 e ~~rante todo o ano seguinte, -a
par de ~lgumas prises isoladas, a LO procuraria I' d~senvolver
sua atuao junto ao operariado, formando clula~ em Belo Hori_
zonte, em Volta Redonda (na Corr:~:.~nhia
Siderrgic~ Nac~onal) ,
.. "
(69) Foram prcsos no 29 r.C\1\cstrc de 1:~1: C]ustavo Jos Ncycr, Slvia Lajl~s
de Oliveira c cludio Antonio G(l;.:.:ll.Vcs Eglcr, este lilH't'a<1o alp,uns di
as depois. Foi preso, cn~ho (" __Ul7?:.:-1,nclt Scix:ls .Hilmann Pc\"('ira-:-
'----, GE S E r ~_~~ .
p-~':.;.;;;. .
---_.-'.~
I
;'Jlw
IR E S E H V /I. t..' _~' ~,
'669
I.~
~fj
" I _
i
Ainda no incio de janeiro, 4 militantes do Grupo Polti-
co-Hilitar (GPM)saram,do MR-B. Nos meses seguihtes,todos iriam
tambm para 6 Chile. O fato curioso que cada um deles recebeu
paFa a fuga Cr$ 8.000,00 d~ organizao.
(70) ,'oralU ban idos. do HR-8: Carlos Bernardo Vainer. SalUueI Aario Reis. R.'!.
gina Ycssin R.:lmos, Llicio Flvio Uchoa Regueira, Antonio ROgQl"io Garcia
Silveira, Paulo Roberto Alves e seu irm:io Pedro Alves Filho.
(71) Faziam parte do CR/BA: Dcnilson Fcrrei~a Vasconcelos, cnt:io amante de
SOlanr,e, Haria Lcia Santana Ccrqueira, Eli:lll.'l Gomes de Oliveir:l, Dia
&0 Assun;io de Santana, Hilton !-tendes Filho, Rcn:lto JoSl..~Amorim da. siT
vciril. c sua esposa H.lrgarita B. da Silveir.l, Jailcno Sampaio da Silv
c sua COlU(1anlwir'lNildar:1.!:~-D.l1lbn.:- '
671
IR E SE R VA [j O
c~bea e na perna.
'No dia 18 de fevereiro,aconteceu a pri.meira "queda. do ano
para o HR-8, com a priso de Alexandre Lyra. de Oliveira, quando
. '
"cobria um ponto" com Edmilson Borges de Souza., do PCBR. Alexa~
dre falou tanto em seus interroga.trios que seria a.cusado, mais
<~~~_~~_~~
..~
tarde, de ter "passa.do pnra a reprcssZio"e "fa.l!.i'lmcnte
fugido"
I
1.-__
H F.
_.1
em novembro de 1975 (72).
'
'recia que o MR-B se fortalecia coma adeso de Lamarca, aumentan
i
do o seu prestIgio junto is esquerdas. Na realidade~ a o~ganiza
cio recebia um "elefante branco" e a responsabilidade de ,'manti_ -
lo na. abspluta clandestinidade.
H E S [ n V :. Cl () 1----------
I
---.1
674
InF$(H'V , to
,
I
----.-----
~ ~,ESERVADO
676
~--..r'-.
;.,
-----------r __ f\-E-~-[-[l-V~-~~~
nho pelos amigos que com ele cn~iveram (76).
- i
pos Barreto, o "Zequinha". Depois de dormirem numa pensao,- no i
inicio da estrada que demanda a Brotas de !1acabas,
chegaram nes- I
I
sa cidade natrde de 28. No dia seguinte, Lamarca e Zequinha
chegaram a Buriti Cristalino, enquanto Jos Carlos seguia com a I
II
(76) Num.:!homennr,cnl mui.to espccinl aos "heris", hoje Narilena d seu nome
ao DCE da Universidade Sant.:l Orsula e Mario Prata ao DCE da Universi-
dade Federal do Rio de Jnneiro.
[n _~.---_;-~~~l
E.S E
,-_ .~.- .. ".
~----------rE SEIl VAI._0_. 679
tornaram a area .
localidade
No dia 17, uma equipe que chegou de Pintada
foi informada de que dois homens descansavam sombra de uma E
vore, nos arredores do lugarejo. Ao se acercarem dosmesmo~dois
elementos da equipe, que se haviam lanado atravs da caatinga,'
provocaram rudo de mato quebrado. Isto alertou os terroristas,
e um deles exclamou: "Cap-<.:to. O~ hOIllC.H~ e~:to a..t!". voz de
priso, iniciou-se intenso tiroteio, findo o qual os dois ter-
roristas estavam mortos.
~~:~.,~ ._~I,~J
-.
1"4"' ' [ R E S E n V 1\ O O 682
-
EflV~~_.~.
AOES TERRORISTAS EM f971
685
'.,
\
CAP1TULO X
1972
.
Estado. As casas do Congresso, aps quatro anos~, viam a escolha
de seus dirigentes ser respeitada pelo Executivo, numa pr~tica
democrtica elementar, mas que, nas circunstncias, representa-
va uma evoluo. Os polIticos iam ampliando seus prprios espa-
os e retomando a liberdade.
ll~ F. S _~ _r_~._~_i._I.)_~-
~ r.RESERVAG~ 687
----------~---tH _E
~_
.
[ n V_.A_n~
- - ._._0 . ~
689
IRESERVf\L o
ria do Pafs.
Na re das comunicaes, onde se realizavam os primeiros
testes de TVa cores, foi criada a TELEBRS que, assumindo oco~
trole aci6niio da EMBRATEL, passou a gerir o Fundo Nacional de
Telecomunica~es. A TELEBRS, atravs de empresas representati
vas.em todos :os Estados e no Distrito Federal, iria incorporar
as mais de 800 companhias telefnicas existentes, boa parte das
,
quais operando com material obsoleto, carente de pessoal espe-
.cia~izado.e d~ estruturaadministrativa, sem condies de, por si
s, acompanhar a expanso desse sistema,dos mais reclamados pe-
lo.progress~ nacional.
Neste no, o Pas veria 'seus esforos na rea de educao
de adultos coroado de xito. O MOBRAL atingiria os mais altos
niveisde alfabetizao de sua clientela, comparativamente com
64 pases vinculados UNESCO e seria recomendado aos dc~ais pai
ses~ O Brasil, em 1972, alm da verba orar.lentria de' Cr$ 1,9 bi
lhes, empregou no MOBRAL m~is Cr$ 43,2 milhes provenientes do
Imposto de Renda e Cr$ 86 milhes canalizados da.Lteria Espor-
tiva. Alis, o Brasil continuava a ser um dos pases que mais
aplicava verbas na educao. Neste 'ano dispendu Cr$ 8,7 bi~s
para garantir a matricula de cerca de 20 milhes de alunos nos
cursos primrio e mdio e mais de 650 mil no nvel universi
trio. Ainda na rea social, alm de manter os programasde cons
truo de habitaoe ampliar os financiamentos em saneamento b
sico, milhares de trabalhadores rurais passar<:tma contar com um
peclio funeral e uma mdica aposentadoria, benefciocom os quais
foram aquinhoados, no ano anterior, quando da constituio do
Programa de Assistncia ao Tr<:tbalhadorRural.
3. O prosseguimento d<:tguerr<:tpsicolgj.ca
O xito do governo brasileiro em combater os grupos terra
ristas, a incap<:tcid<:tde
des~es de se ar~icular('m,
os sucessos cres-
centes do governo no senti~o de romper definitivurncnte as bar-
.reiras do subdesenvolvimento, impunham as esquerdas uma derrota
que, aos nao 'iniciados,podcrin afigl1i~ar-5ecomo definitiva. NJ cn
teso
~~~~._ ~\__\l . ~J
..-------------G E S E n V A O O 'I 694
5. A desativao do Molipo
(5) S alf,uns anos rna~s tarde, "Lucinna" veio a ser identificada C~)\IlO LOII.!:.
eles H:l.1:ia \".1tHh~r1cy l'ontes ("Gordinha". "Zlia", "Cludia"), cspo:;a clt'
1'.1\110 Pontes da ~;ilva, que fie cncontr,lV<\ pJ:'C'f,o.
~ S E I{__~__~_.[)._~.J-------------
,,~
695
------fR ESEn V1\ l..
_~
Beck Macha-
do foram assinalados num Volkswagen! no bairro do Ipiranga,e perse
guidos :fOrum camionetedos rgos de segurana. Houve troca de tiros
e o vidro do carro dos terroristas foi estilhaado. Numa evasi-
va, os subversivos entraram na Rua Colnia da Glria, no Ca~bu-
,
ci, onde resolveram roubar um carro para substituir o que esta-
va com o vidro quebrado. O primeiro veiculo que encontraran, ti
nha ao volante o 19 Sarqento da PMSP Thomas paulinode Almeida
que " do veculo e su~ariamente
'foi retirado assassinado COl1 uma
rajada de metralhadora. Joo Carlos saiu ferido na perna, duran
te a perseguio realizada pela vi~tura.policial.
~I.:0
17 __ de feverei~o
Nb dia 27 Lauriberto Josi Reyes em companhia
de Alexandre Jos Ibsen Voeroes travou tiroteio com a polcia,
na Rua Serra de Botucatu, no bairro Tatuap. ~rmado de metralha
dora, Lauriberto feriu um policial e matou um transeunte, Napo-
~, -------- ------------------'-----'--
leo Felipe Biscaldi, de 61 anos, funcionrio pblico municipal
~posentado ~.~_~i._~E:H'l - mero--84-9-d-q'uelarua. Ao final do
eErevero os dois subversivos tambm estavam mortos.
1_---....-
I
_
..-----------f.R E5 ( n v A ~~
697
6. A desarticulao da FLNN
'-------------r~ E S E nv,.~._~I~J;---------------l
r E S E R V " o o 698
(7): Jo~ Sales foi pre~o num hotel da cid~d~, quando pl.1.ncjnva os seqUes-
tros do f,crent:c, sub gerente e tesoureiro (la Ilf.ncia do I\anco do nr.1.-
~il, par~ posterior a~salto. Junto com Jos6 Sales fora~ presos o ra-
dio-opcl"ador da VARIG, Patrcio Hedeir.o.s, Geraldo Alves F01"mip,a e Jo
s Arrudn Lopes, elementos ue li~a.1o dn FLNN com a 51'c.1. t'urnl.
. ,
699
IRESERV"L~
.
pararam num bar prximo Casa de Oteno de Recife. Atravs
t~_:~~..' ~~.1fi
702
r:.
....:..........
F. S E H
_ ...
~,_",_~-"-"''''''''
,
.~~iJ 4
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/
l'
70
rRESERVhe~
. I~~:_~~
..~\_~~_~J .
[R E S E R V A O~ 704
Ao bal.:lIlo
trgico da ocorrncia trs terroristas mot-
(18) I -
'Alternativa 11
ou 11ponto de alternatlvn
c o encontro marCi1eo1 cn trL
11 ~ tn1"
litant:cs~ pnrn o cnzo de, por 111.f;Un1 imprc,'i.!;to, um deles [<11.1:<11' nO reltl,
( 19 )
to
I)
1\1:Il:C
i N"
a (10.
ro.
Com a priso, na estao rodoviria de s50 Paulo, e post~
rior morte de lIlcio pereira Fortes no dia 28 desse ms, des(al
cava-se ao mesmo tempo a CN e a CR/GB. A CR/GB ficava rstrita
aos militantes Flvio. Augusto Neves Leo de Sales e Ahtonio Car
o "Comando Jos Hilton Barbosa" era composto pOl-: lllcio perei r;1 For-
(20) tes, Anton~o Cat:'los Nor,ueira C<lhral, Flvio AI1f,I1~to Neves Leo d(' Sa-
les, Isis ni:ls de 01 ivcir<l, Auror:l M:lria elo Nascin\l'nto Furtado e S-
nia ltiplito.
708
.
nao evitou a fuga dos terroristas. Da agresso subversiva resu!
tou ferimento bala nos transeuntes Marinho Floriano Sanchez,
Romeu Silva e Altamiro Finzo. A senhora ris Amaral, tambm fe-
rida, faleceu no caminho do hospital.
;;.11to
simultneo s agncias do Banco de Crdito 'l'crritorial c
Sanco da Bahia, na Rua Bela, em so Cristv5.o, no d.i.o.25 de
,~.'
!~Y~reiro. O total arrecadado, Cr$ 108.000,00, foi distribudo
\",~~ '.:C \ ALN, a Vl\H--P e o PCI3R cujos mili tunte~; participuro.m da
..~.....~
....'"' .
~::) rarticir~rarn da a~o pela ALN: Fl~vio AUBUSlO Neves L~5o d~ Sales, ~l
_.~,rto
In \lAR-I': Lr,b l-Jari.,
C"
<1.1 Silva
lo,." 1.
e Cador; Al~'
709
-EHVtl.LO
1 H f. ~J ,
S _~_~~ ..: .~l ..
710
[H E S E ~~ lJ _~J
711
IRESEUVf'l'_O~
r-o -------- ---:-. \
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\
E~ ;~ V 1\ ~D O ~
._.._.~.._--_ ..---=-- ...
,G E S E R V fi u
-
O 713
[n' f S E~._~\_D.~
714
{RESERVADO
cigana.
Em seus depoimentos" Pedro esclareceu ter sido recrutado
para a rea de guerrilha e~ Fortaleza, no segundo ,semestre de
1970, por um elemento conhecido pelo nome de "Andr", integran-
te, naquela poca, do CR!PC do B!CE.
..
12. As primeiras operaoes de combate no Sudeste do Par (29)
(29) Os dados sobre essas orcra~~s foram obtidos ~m crandc parte atrav~s
de ~n~rcvista:. com ('lcl1l('nto~~quc p:1rtir.ipaloam das op<.'ra(lc:: l~ tIo ItRC'-
lnton.~
pro,>",ao, co",ultar T:q;i:X~r\:Y~)lr
sobre II luta no Ara!'.u,li'l" de ngelo IUTOYO. 1':11":1 mdhor
capitulo.
com'
rn E $ E II V A l. O l~ 717
No dia seguin~e foi preso num nibus, detido por uma bar-
reira policial, Eduardo Jos Monteiro-Tei~eira, quando se deslo
cava de Tcantinpolis para Marab ~ um dos itinerrios utili~
zados desde so PauIo e Anpolis para entrada na rea -- com o
objetivo de integrar-se ao grupo de treinamento na regio. Nes-
se mesmo dia 14, foi preso na Transamaznica, nas proximidades
de Marab, Danilo Carneiro ("Nilo'),que em sentido inverso, bu~
cava abandonar a rea, uma vez que fora liberado pelo Bir Poli
ico do Movimento. Joo Amazonas e Elza Monnerat no mais tenta
ram entrar na rea.
rial e suprimentos.
e
~
~m razo dos
ferimentos dos dois militares, a equipe retirou-se para Santa
Cruz e dali, pela impossi~ilidade de atendi~ento mdico na loc~
lidade, para a base situada em Xambio. Nessa cidade torrou~seco
nhecimeDto, por informao de um morador da rea conhecido como
"Pedro" , ~tle o Cabo Cruz Rosa teria sid()_Jrlort~_~31.1~~()_s_\~al_
dia" (Osvaldo Orlana6 Costa) dissera aos habitantes da regio,
que permaneceria mantendo guarda ao corpo do Cabo at que ele
apodrecesse e que o Exrcito nao teria coragem para- resgat-lo.
Foi formada uma patrulha com a misso de localizar e, de acordo
com a informao antes referida, resgatar o corpo do Cabo, caso
fsse confirmada sua ~orte. A patrulha efetivamente encontrou o
aba Rosa morto e recolheu seu corpo. Os subversivos haviam le-.
vado sua metralhadora, mas nao foram encontrados na rea. No dia
29 desse ms, durante um choque com os guerrilheiros, foi [crido
um sargento p~ra-quedista.
------G1
. . -........~..
- ~.
E
-- ...--
~~_~!_~_~_~~J----------.--
-.~_.__ ._-~
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- . __ ....
721
S
____
;.~'-------------_---J
t n V .. ..._J
:
723
fRESEnVhL. o
r
No dia 27, os terrorist~s investiram contra uma base do
29 Batalho de Infantaria de Selva, situada na localidade de Pa
vo. O Comandante do grupo de combate que estabelecera a base,
29 Sargento Mrio Abrahim da 6ilva, 'ao tentar chegar ao local
da incurso foi ating~do por um disparo desferido por um terro-
rista. Contam seus companheiros que o Sargento Mrio, mesmo fe-
~
rido e aps haver descarregado sua arma,-deu suas ordens ao gr~
po: "Ve.Lte.m-.6e todoJ.>, aeJUte.m-.6e. ao te.!ttteno, vatt!tam a - a
a!te.a .ti.
11.0.6'c mantenham a .6egu~ana". Logo aps chamou seu sucessor, o
Sargento Bonificio, nA boina ve.!tde ~ 6ua companhei
e disse-lhe:
AO! Comande. nO.6.6O-6 home.n.6 pa!ta que. a. ItOl.>l.>aP.t!tia. pe.!tmane.c.a I.>e~
p!tt Liv!te e democ!tata" (30). Depois chamou o Soldado Frota eper , -
guntou-lh~: "Como e4tio OI.> nol.>.6OI.>
.6oldadol.>?". Aps saber que to
dos iam bem, tornou a dizer-lhe: "Mantenha a J.>egu!tana. Viga a
t:.odo.6 que eu n.o complLcendo pOlLque .i..lLmio eJ.>:ta. ma.ta.l1do .tlLlllio. AgE.
.!ta. q~e. o plLOg!te..6I.>Oe.6.t che.gando aqu.i, o que que.lLelll 2.4.5e.6 b.'taJ.>!:.
.e.ei..lLo.6
alem da Tltan.6amazn.tc.a, alem do .que. o PlLel.Jiderlte. vem 6a-
ze.l1do pOIL todo-6 110.6, .tlLazendo palLa e.,5ta lLegio o qu.e. e.x'<".~.te de.
bom pa!ta o Su.l. Veu.6 0.6 pettde.lI1". A seguir lembrou sua famlia,
~sposa, filhos e me, e faleceu. A sua calma ante o perigo, o
seu cuidado com os subordinados e as suas recomenda6cs, const!
tuiram-se na sua ltima instruo uma li5.o de pa tr-iotismo. Sua
atitude serena e lcida diante da morte, embora no compreendc~
se a motivao da mo que o matava, ~ .digna dos her6is. Nesse
dic:t,o terrorista Miguel. Pereira dos SZ\ntos.("Cazuza"), do des-
tacamento "C", foi morto numa emboscada, tendo seu acompanhante
logrado fugir ileso.
l30) A boina verde CODlpOC o un.ifol"lllc (!o combatente de selva e o seu slIn-
.
bolo.
fnF.SCIlVADOJ
------- ...----.
1 . -----------------
..------------r~ E S E H ~ J\~ o 725
Araguatins, alm de elementos de informa6es e barreiras na pe-
riferia da rea, mantidas pela PM/PA. Isto permitiu que os sub-
versivos voltassem a se movimentar com liberdade, realizassem a
1
11 reaprox~mao com os moradores. da rea, adquirissem e estoc<:tsscrn
II alimentos e reestruturassem suas foras, em condies de, com '\
No cntanto, o PC do B continuava
:
'P' I !zcllIbro,
dois membros do CC mo~reram em
a sofrer perdas. Em de ..
l
~ li!dia 20, na Guanabara,
choques com a policia. No
Lincoln Cordeiro Oest e no dia 30, cm s50
1/111 Paulo, Carlos Ni;:olau Dnniell:LI ao tentar a. fuga auxili.:ldo por
1
l.!illi-"---~------,-"_-,,,"I_~!.~
H:t:r ..~_~
__
I'li'!' !
,li! I
111/1
\,"'"
i
727
..
o do Povo (MOLIPO) -- organizao estruturada na area e que
seria o em~rio do ~Exrcito Ppu~ar" - (31), sobre a forma de
recrutamento e os itinerrios ut.il~zados para a entrada na rea;
sobre as atividades
desenvolvidas. pelos militantes do PC do B
na irea, fornecendo ati dados ~obre as parcerias conjugais. Fi-
nalmente em 28 de~dezembro, foi presa em Vila ClemcntinajSP, a
militante Crimia Alice Sc~~dt de\Almeida que, grvida, abando-
nara a re de campo em junho ltimo.
'=--_-~::_-
....----------I fi E S [ HV:~_~
.. ,.1 .__.. . .... . __._.__ .l
729
IR E S E. n v/\ L -."}-
J IV [/I1[IWAC~
1 --]
SEtR[ TAl: lADO COIlIH : ORGA 'S'[cnTT,\T~TAJO - CO~jTiT ExT('T:"
UNifICADO ~SU IllZf.AO !'ELA R[ I1ITEfW,iC I O:lfll \'0 OU TEllOEu-
CONSTRUAO DA OU LA 11 riO-MIE- CIA ~1"'\X r STA-
IV INI[/lNACIO RICAr;o RE\'DLUCIOlill-
IIAL - RIA
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E S E H V
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rI ~J
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r R E S E -n v fi. l. O,
735
(37) o PrOL. Rubim Sa.ntos Leo de Aquino foi aliciado pelo seu colega do
Curso Psico-Pr~, J~lio F. Rosas Filho, para o GA de impress~o do, jor-
nal "Independncia ou Norte". No Hospital Pedro Ernesto, Gerson Noro-
nha Filho, sobrinho do Governador Clwgns Freitas, sua namorada Evelyn
Eiseirnstein e Sandra Lazzarini, al~m de outros estudantes e rn~dicos
residentes, passaram a engrossar as ,fileiras do GIM.
(38) O ProL Rubim Santos Leo de Aquino durou pouco no GUl por sentir-se
agastado por estar desempenhandofun50 julgada subalterna. Por ra-
z~cs id~nticas tamb6m se afastou do GA de impress~o Ccsar Jos~ Campos.
(39) ~luitas vezes o jornal "Independncia ou Morte" foi rodado no SESI,on'
de trab.:tl1wva militante RolicrtoPi,nto de Luna Pcdros~.
~. S ~_H-~~,-:~~~lll_~-J
r E SE n'v A~ o
(l,O) Part-icipavam do curso, alm de C~s.lrJ Sll.:1 esposa Flavia Sol lera Cam-
pos, Jos Scigro Correi! ~Icndcs ("Pedro") e sua esposa IVOll(' Naria Bar
rO$ Corrca c um dentista amigo de Cs.1r.
(1.1)0 cnt.1o C.:1sal de atores Paulo .Jos e Dina Sfat. foi contatado por Ana
Arajo de Arruda A1ullCJllCl-quC, mas 11.10 <lCcitOll torn.:1r-se lI1ilit:ll1tc. O
composi tor Capinam, procurauo por Cl:iudio C:llllpO.s, chegoll a ser apre-
sentado a A\Il:1dcLJRocha, \Il:1S, a1eg.11)(10 f;j1t:l de teu'po, escusou-se de
\Ilil itnr no GHI.
(t) Fril\1cisco Illv;lrcngn trnria (l:1ra o CUI o ProL Hanoe1 N;lllric.io de Albll
qliCl"C]llC.
o
r E S (i~ V~_~
737
ra servir na Marinha.
,. f,I, --'
IH r: :; F 1I V
-- ----.-
I
I
.. ...
FESERVAGi] 138
Em dezembro,
vio Ramalho Ortigo.
Sandra Lazzarini
No final de dezembro,
da RAN
"gahou"
Ramalho
(43)
para a Rl\NJos FI
Ortigo foi
I
ap'resentado a Amadeu Roc~la que solicitou para a organizao um.1S
armas que estariam guardadas no sitio da familia, na Estrada Gr~
ja-Jacarepagu. Solicitou ainda a utilizao do stio para rc~
lizar reunies e guardar material da organizao. Ramalho Orti-
gao argumentou que no poderia ceder as armas, porque elas est~
vam na resid6ncia da familia no Jardim Botnico, mas cederia o
[:.~ES_:~n__~._.'~_D_~.l--------__-----
739
rR ES E n V~~ _~J
sItio. Com o assentimento de Ramalho Ortigo, foram guardados
no stio dbcumentos da organizao, remdios e material de im~
presso. Ramalho Ortigo, por possuir um carro, passou a servir
de motorista para a ."impoluta figura" do comandante da RAN,.Ama
.deu de 'Almeida Rocha.
..
Ruth Escobar, que continuava mantendo contatos com seu ex
marido Carlos Escobar, foi, finalmente, apresentada a Amadeu Ro
cha, em dezembro,
:; ."
no Rio de Janeiro_Ruth reafirmou -
seu propos~;
to de participar da organizao e, corno estava de viagem marca-
.da para Portugal nG incio de 1973, ficou de refazer contato com
a organizao quando retornasse da Europa. Na ocasio Ruth foi
orientada para fazer contato com o Dr. Leonardo Barbosa de Me-
deiros, rebentemente transferido para so Paulo, para estrutu-
rar um GA 1aquela capital. Alm da possibilidade de trabalho coril
Leonardo, Ruth imaginava estruturar um GA na rea teatral.
I H f. S_~ n"~!~'~~J
rRESERVI\OO 740
ticias.
A Direo Geral (DG) decidiu fugir (45). Joo Lopes Sl1ga-
. .
do, Srgio Rubens de Arljo Torres e Joo Luiz Silva Ferrei:ra
de~
locam-se pa~a o Chile acompanhados por ~utros ~uadr~s. Os rema-l
ne~centes do MR-8, no Brasil, dispersaram-se c a histria da oEI
ganizao passou a ser escrita desde Slntiago. I.
No Chile, o HR-8 ganhou alguns militantes de outras orga-l
nizaes, como Nlson Chaves dos Santos e Jos Ibrahim, vindos
da VPR, e Neusa Maria Barbosl Sader, do POC. Amadeu ThilgO de
Mello, ex-militante do MNR, ministrava cursos aos quadros do
MR-8. As diverg~ncias, entretanto, erlm evidentes e centravam-
se, a grosso modo, na diviso entre "militaristas" e "massisG.ls",
.estes preocupados em dar uma nova dimenso linha po1itica ~
MR-8, voltada para o trabalho de rnlssa.Segundo SUlS teses, o
ano de 1972 marClva um perodo de transio, clracterizldo por
um impasse: ou a organizlo mudava ,
a sua linhl
.
poltica ou dc-
sapareceria como conscqUncia de sua pr5tica militaristl, ba;,ca
(tIS) Com l sada de Carlus Alberto VieiJ:.:1 Nuniz, n Dhc:'o Geral do l-lR-8
havia passado a ser integrada'por Jo~o Lopes Salgado, S6r~io RubcnG
de At:'mijo Torres, Srr,io Lnnull1.fo Furtado c Joo Luiz Silv.:1 Ferrei-
(46) Compareceram a AG: Franklin de Souza ~llrtins, Joo Lopes Salgado, Ca!;"
los Alberto Vieira Huniz, Srgio Rubens de Arajo Torres, Joo Luiz
Silva Ferreira, Nelson Chlves dos Santos, Nonna s Pereira Torres, !-la
ri.a da Glria Arajo Ferreira. Neusa ~1':Hia Barbosa Sader, Dirceu GreC-
co Honteiro. Eliznbeth Rabelo Correia Lima, Hladimir Gracindo Soares
Palmeira, H:l.1:ia Augusta Carneiro Hibeiro e Cid de Que iroz Bcnj amin.
(47) Esse grupo continuaria usando a sigla NR-8, diferenciando-se por usar
o termo "Construo Partidiirin" (CP). No ano seguinte. apesar .de ter
chegado a alcumns resolu~cs polticas, o crupo se dissolveria.
(48) Participaram da reunio de dezembro do NR-8: nr,cln ~l:1J:ia Mendes de
Almeida, do POC. llcrbcrt Jos. de Souza. da AI'. Eder Simo S.:ldnr, da
Gem.-po. Nilton lIalilis dos Santos. da F13-l'O, 1\lio Roberto Cardoso
Quintilinno, do Ponto de l'.1l"tida n9 1 (1'1'1), ClnlIdio Leopoldo S.1.lm,
do !:l~UpO "Temns c Debntes", e Ronaldo FOl\seca Rocha, de um grupo sem
nome.
I H F. S E Il V tI I) O
------, ...-.--
J
------- - ..
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742
--
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i .~nt il<; ~o li i I'C t
f
J-JI'
H r:
"n":> ''''
S-;~-~-~ fi. n
_
O I
743
(50) Em sctcml.n:o de 1971, H.:l r i.:J. Lectci<1. Ligneul Cotrin, do Setor de Educa-
. 9ZLO do HPL, [oi demiti.d"'l do m~};, 3cusacla de suovcrsiio. Para poder pr05
~;cr,lIir. sell trabal.ho, H':ll:ia Lectcl.:l .:lssociou--!;C a outro;, colcf~as de c";;
quenla c fundou o Centro de Pl.:tncj':lmcnt"o c Ikscnvolvimcnto da Edl.!ca;?1o
(CEPLATlE).
(51) A FAS1~ f:oi. cri:lda por iniciativa do P.:ldre c.:m<1.(knsc Leising c sc[',ula a
tl1csma orient':l<;o do ~Ilm, tendo COlHO ilrca de atuao O~; ccntJ:os ul"ha-
nos.
745
IRESEHVI\G~
I RE ~ _:_~~.,:~~1._~"J'-------------_-l
.~
,.~.
)RESERVJ\DO 746
[
se sentido. Uma lei regulamentara' nesse ano, a profisso de em-
~ .. -I
pregado domestico, vinculando essa categoria profi.ssional - at
ento no reconhecida -, ao sistema previdencirio brasileiro,
a exemplo do que fora feto,;no ano anterior, com relao aos
trabalhadores rurais. Da mesma forma, isso ocorria com a perma-
nente ampliao das oportunidades de educao, com a criao do
Instituto Nacional de Alimentao e Nutri50 (INAN), com o for-
necimento de rem~dio gratuito a 70% dos segurados do INPS, com
o aumento real de 3 a 4% do salrio mnimo, etc. Embora .no so-
lucionassem o problema da distribuio da riqueza, essas medi-
das eram formas de levar os frutos do desenvolvimento a esses
contingentes marginalizados e passos importantes para se alcan-
ar a justia no campo social.
Nesse ano o ~ars viu o Congresso Interamericano de Direi-
to Trabalhista e Previd~ncia Social reconhecer as vantagens do
Fund6de'Garantia por Tempo de Servio (FGTS) e recomendar seu
cptudo pclos parses interessados em per.feioar frmulas de ju~
tia social. Era a consagrao internacional de um instrumento
que ~ev61ucionara as 'rela6cs ~e trabalho no Pais, mas que so-,
frera enorme carga das csqu~rdas. O Movimento Brasileiro de Al-
fabetizao (I-10BRAL)., com 4 milh6es de a l\.mose 200 mil profcs-
sares, recebera id~nticn consagrao internacional. Era prova-
vel que nbs prximos anos viesse a ser reconhecido, tamb6m,oc!
foro. que se fazia para elevar a renda do assalariado atrav&s
do Plano Nacional de Valorizao do Trabnlhador, 'que buscava el~
vii-,loda condio de mo de obra no qualificada mo de obra _
especializada.
'Auspiciosa tambm era a constatao de qur;:l
o terrorismo ur.
bano estava decisivamente no seu ramo descendente. A FLNN e o
MOLIPO estavam descstruturados. 1\VPR pl~aticamentc j no exis-
tia no PaIs e o NR-8 seguia no mesmo caminho, do qual no estclV<l.
longe a V1\R-P. Embora surgisse nesse ano uma nova organizafio,a
Rcsist6ncia Armada Nacionalista (RAN) , cujo~ lideres eram j~ co
nhecidos p"or seus fracassos ant:eriores, podia-se af j rJ11al~
que a
"guerrilha. urbi:\na.l~
estava com seus dias contados. Sua. derrot.ami
litar completa era. uma quest50 de tempo. 1\s organizaes subver.
.sivns tinham consci6ncia de que )cJ. no podiam continunr a luta
armada. A fuga da dirc~o geral do MR-8 para Q Chile era um dos
mui \.:osindicios dessa ven1ac1e. Nc~;se nno o i-1R-8 ao f0.zer no ex-
747
~~:;~~~~[l~t,e._i .. r.e.j;~.~~,"~'l;1"~~~~:.::E~~~~~:~~:,~'i~:J~~~~~:"ID
..
da ALN/SP, aps terem pichado a loja e feito discursos por cin-
co minutos, ferindo, ainda, o subgerente MaurIlio Ramalho e o
despachante Rosalino Fernandes;
~~'"':'lLI?.~A~:AI-:i:~~~~"vpormilitantes de ~ma "frent~" d~ org~
o "justiamento"
........ --------- ...
do
---.. marinhiro
.
izaoes subvers1vas" como forma de expressa0 da sol1dar1edade
o IRA (irlands); o "justiamento exemplar" do posseiro Joo Pe- tot>6
< - -c&: W i~' .~~
reira,
. ~"'~<h
pelo PC do 13, na regiao do AraguaIa;
C""'
o assassinato do 19
Sargento PMS~-ffis paulino de Almeida,vque teve seu carro rou
- AO tl~""""'_~ ."_c..,;.",,..j;";"''''~~_''''''''~'''''''''''''''''''''''''~'''''''''''~_~L_''''''''''''''''''''''' ._
~_
~. -,-",";'~-~""~
..-
rino Floriano Sanchez,
.
I
R E S E R V h t.. O 749
---- I
dade. concreta".Que "pusesse em eVid?nCia a situao poltica,ec~
nmica, social e cultural do Brasil/'. Judite diz que ficou per-
plexa. No tinha formao nem conhe~imento para aquele tipo de
trabalho. ..
o padre disse-lhe que era preciso pesquisar. Judite ale-
gou que preferia :se restringir a assuntos estritamente religi2
sos, ligados f e religio, em ~irtude de ter tido uma vida
estudantil e religiosa completamente desligada daqueles aspec-
tos". Precisando da tese para ser abrovada e ante a firmeza do
padre orientador, foi pesquisar. Di~, no entanto que, ante a
situao criada, ficou completament6 transtornada.
'(52) Os bispos citndos crnm dois dos oito bispos brnsilciros signatrios
dl\ "~lC'nr.:\r.cm dos 17 bispos U"OTerceiro HlIndo", l."cfcri(lo no item 19,
do Cllp. IV deste trn"-h.O-.....C.:~~d_~L-::-i-Fuin opno pelo SOCi"'lli~;mo.
l--,--.- --
HESEnv:,f}o!
.. ": ,. - ... --"
~------------r E S E n V 1\ O O
750
'-~~E._~~.:
.. ~~~>'~~
o}
751
ANEXO C
'754
l.
CROQUIS DA REGIO DO BICO DE "PAPAGAIO
rI
l
cnOQU IS D~ R[GI~.O DO
BICO DO PAPAGA I O ~'
( PA-MA.,.GO) "~cr
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.... . .:. . '--- .
. ..
755
...----------:-----r. E S E H V fo. L O
756
CAPITULO XI
1973 .
1. A.reinstitucionalizao gradativa
. ".
i-- ~ ,-------l-,f,~-:~~:~C~~~~ll.~-.------.-
757
.. -:J~-----------_--l
rr~~ s_~~~._:' ~I)..
158
':'~\r.JJ.,.... .a.<:l.~a_Ag~~--de-'r.ur.s-
\lm~T9.ffib6'~a9<9'~P_qp)~,9P
mo LAN-=-.tl.:1;lL~~l!Iruq~~~~~~~&fJ!1'_-R.~C;j..f~~~"~a;;,
seun ~e'p-,~t.~.\.~a,~~;""s~>l9"~~~~t...9~..2~~~9l~~J'i~~f;:,,,S~$_~-
i
..Lodo c;~.E&.~
_cl.~'D\\g.&9...
O Geh Geisel, como candidato que tinha a maioria do col-
gio eleitoral que o iria eleger, enttevistava-se com todos os
Ministros par conhecimento detalhado dos problemas e projetos
m andamento em cada setor. O Governo por sua vez no diminuiu
o ritmo de sua ailininistrao e nem restringiu seus projetos
queles de curto prazo. O firasil continuava a projetar seu de~
s~nvolvlmento para o futuro.
I -
'2. O pice do desenvblvimento nacional
,n~J:~~~--9n~;J""~"-s.r,a;~<zmai.9_r~t:,9~&C'!Pl,CrtCsc"iIll.C.l)."~,?,..lq,
oda a sua histria, com um incremento de 14% no seu PIB,apesar
. --- ....l~--i._~_~~~.
:.... ~.~J
~1"'" ~ '.. _~llZCl",.""~''''"'!IO''''.'~--~~;;D:~~'
I)_ .. ..
760
.
dics de transpor.tar o . volume de carga agrcola atravs desses
corredores. A produo em escala na agricultur~, que recebeu do
Governo r.ldiciincentivos sem precedentes, foi acompanhada de um
plano de modernizao, reequipamento e expanso da rede fer-
A integrao porto-ferrovia delineava,em parte, a rea
bilitao de nossas estradas de ferro que se complementava com
o equipamento dos portos. Inaugurou-se em Santos um terminal de
carregamento de cereais dos mais modernos do mundo. Dois e meio
bilhes de cruzeiros fora~ aplicados tambm na recuperao dos
transportes ferrovirios suburbanos do Rio de Janeiro e so pau
lo.
Por ocasi.o da visita do Presidente Mdici a Portugal, ~.na~
cabo submarino com lGQ canais, ~ferccendo ligaes
mais claras e confiveis do Brasil com diversos paises curop~us.
De 4.000 terminais de telex existqntcs, o Pais passou n contar
com 15.000. Na rea d<l.Scomunicaes, os lti.mos passos nec\Js-
pnxa o estabelecimento de um sistema completo [Ol:411n dn-
......
-----------F E S E il ~:_"_, 761
G~::
~._-~ :._--
s [ n V /. () O
..:::=:::-;;.-;;: C_7".7" __--.- -- ---.-
I
------[R ESEHVAI.;
~ 763
. J
em torno da usina de Itaip e que se desse incio a suas obras. J
Foi form.ada..
uma emp~es~ mista ~os dois pases ~nt~ressados, co~mf!~.~'
.
"
.
um capital de 100 ml1hoes de dolares e uma comlssao do Congres-'
~
so ~aciohal foi encarregada de opinar sobre a aquisio,peloBra~
si1, dos servios de eletricidade do Paraguai. .
'~
fRESEftVAD o 764
.
3. O desenvolvimento social
H E ,$ [ n V,', 11 n I
I
r R E SE H V " o o 76(;
fir~'
j
I
I
Em julho, os quatro militar:tes iniciaram o planejamentodo
assassinato de Salatiel TeiXJ:'-rl 11011in5 ex-membro do CC e da
. ~~~,. ;.:~~ ., '..;,.'-,
',",---~io.-.;.~~~~.}'~~:i~, ,,).;.:'kJ.~~"J,;:~_~~,a
....
__
, .' I
. 1
RESEHVAOO
768
manh do dia 22, entraram num bar da Rua Dias Ferreira, no Le-
blon, onde Salatiel era o gerente. A vitima nem chegou a perce-
ber o que estava acontecendo. Absorvido no trabalho de lavar o
local, recebeu o impa~to de trs tiros disparados por ~a~~e
~"lio.,.. Enquanto Ran~si,..esperava no Vo~ks da fuga.,~i-
chava as paredes do bar com a sigla assassina "PCBR" e lanava,
sobre o cadver, panfletos ssinados pelo "Comando Mrio Alves".
6. A desestrutura50 do PCR
I F r s l'-;-~~l~-l-
I.~_ ... _ -- ... - .. -- . -- .
__________ [R E SE n v 'r.. l., _~ 769
e~.w~A9,"'''''~~~~~:i~co,'3i!;:;~';'~J\>w>~.~"a..J2~~i~m~i.;-.a8
~l:.~~
tIo ano. Manoel Lisboa e Jos ~Emi~n, usando fardas da Fora A~
tea, e'mais trs elementos assaltaram o Parque da Aeronutica
i '.,... ..,. .-
m Recife, roubando dois mosquetoes e uma carabina .30.
As primeiras
maio, em Joo
. prises
Pessoa, logo
de militantes
estendidas
do PCR
para Macei,
ocorreram
em fins
em
de
julho. Mesmo assim, em 4 de agosto, a organizao assaltou a Pa
daria Rosarinho, na Avenida Norte, em Recife, roubando cerca de
5 mil cruzeiros. Desesperado, o PCR -esquecia-se de suas convic-
5es. anteriores e buscava, no assalto, conseguir dinheiro para
a sua ameaada sobrevivncia. Foi, no entanto, o canto de cisne
de suas aes a~madas.
Em agosto e setembro, ocorreram as prises de dezenas de I
militantes do PCR, nos quatro Estados. Em Recife,foram desco~eE .
tos quatro "aparelhos". No localizado na Avenida Central, er..
Te
.jipi6, foi encontrada grande quantidade de armamento, de muni-
ao e de explosivos.
Seu principal dirigente, Manoel Lisboa de Moura, o "Gale-
gol1, preso em 16 de agosto, disse que Emmanuel Bezerra dos San-
tos, havia ido a Buenos Aires, no comeo do ms, a fim de conta
~ar e pedir apoio ao Partido Comunista Revolucion5rio (peR) ar-
gentino e Vanguarda Comunista e que, ao retornar, teriam um
"ponto" no Largo da Moema, e~ so Paulo. No dia previsto para o
encont-ro, s 0830 horas, deixado sozinho no meio da praa, cer-
cada pelos agentes, "Galego" encontrou-se com Emmanuel. Nesse
momento, ao receber voz de priso, Emmanuel reagiu a tiros, oc~
sionando um violento tiroteio que causou a morte dos dois mili-
tantes.
i
titui50 de grupos de discusso polltica, primeiro passo p~ra o
i aliciu.mento e recrutamento de novos militantes.
i
i
I, Apesar de abalada na sua estrutura, a ALN conseguia man-
ter o seu Setor de Imprensa funcionan0o. Divulgou, em so P<!uJo,
11
I uma edio nmeogru.fada do n9 9 de I!O Guerr ilhe iro" ,enCju,l.l1
lona
,I
li Rio de Janeiro erU. disti~ibuic1oo n9 9 de "lIo", re[crcn t ("s ciOS
meses de outubro, novembro e dezembro de 1972 (l ). Ar;,pul)1jca..
oes, refletindo O estertor da organizo..:io,no mai s (~na1teS:iam
seus' fei tos "guerrilheiros". Limi tavam-se a or iC!l1taro plan~ja-
---.--- I
\
I :_~_~-~.~~~Il
n f.~1
f.
772
.
"batida" no local, tendo sidb ali identificado o mesmo elemento
que deixara cair a maleta com documentos durante a fuga anteri-
or, companhado de outros dois~ ordem de priso, reagiram,tr~
vando-se cerrado tiroteiO. Ao dispararem suas'armas, os terro-
ristas feriram a transeunte Aparecida Guarnieri Rodrigues e um
,
policial. Ao cabo',da refrega os trs elementos
.
estavam mortos,
tendo sido identificados corno Francisco Seiko Okama,Arnaldo Car
doso Rocha e Francisco Emanuel Penteado.
.
Com dados fornecidos por Alexandre Vanucchi Leme, foi rea
lizada ~a operao de vigilncia na Vila Buarque, com a final!
-
dade de deter Ronaldo Mouth Queiroz, elemento imp~rtante no e~
quema de aliciamento de estudantes. Na manh do dia 6 de abril,
~i observado na esquina'da Av. Angilica com a Rua Sergipe, Um
elemento Com todas as !"aractersticas de Ronaldo. Ao ser dada voz
de priso ao sUspeito, >este sacou Um revlver .38 e reagiu a ti
ros, vindo a falecer 'no tiroteio que se seguiu. A POlCia, dili
genci.ndo nas ~mediaes da ocorrincia, localizou o "aparelho "
de Ronaldo, onde farta documentao demonstrava a preocupaio
de aliciar estudantes da USP e a realizao de levantamentos de
terroristas j mortos e de agentes de rgos de segurana. A
morte de Ronaldo punha fim a uma operao que teve incio Com a
priso
em de Alexandre e que deSbaratou o Setor Estudantil da ALN
So Paulo.
---'----------.- G_E--,,~~l~~:~.n
.,;j _
I----~- /, ..
,.
-.--
.. -;---1
/ .. :-: .,':.<."/
.A+:-:~=:._==_.:-.:.::.:... ., ., ....
...-----------[1 RE S EIt V f\ L 0_1-------------7-7-5.--.,
.
o nome ~desse rapaz da solitria
.
ra Alexandre Vanucchi". Erro
dessa natUreza compreensvel. Afinal~ o trabalhe de denGncia
sistemtica de tortura nos tribunais estava no seu incio e al-
guns terroristas julgavam que quanto mais grave a denGncia me-
'lhor, esquecendo-se de que mesmo a mentira precisa de umminimo
de coerncia e. no havia ainda urna coordenao ef icien te. Os po~
cos e~ros desse tipo no seriam mais cometidos. A verso seria
nica, normalmente coerente e com nuances sem importncia para
dar-lhe .maior autenticidade.
n f ~, l n V 1\ Il
I.
._-.---- '1'-
(l
,1
.~_....
-1
I R E S E H V AD O
(
776
9. afim da ALN
P, ~~~~a~&',~:d~~i~2.b~,=-~~93~e{~~Ilg.k~~~a,-
gens da e~~:~~f,)~mJJ~",~~~hS~.r~~,co, ferindo
seis policiais e seis populares. A bomba, entreguc com um bilhe
te, representou um protesto pela derrubada do Governo de Unida-
4Ir popular de Salvador Allendc, no Chile, ocorrida no dia 11 de
setembro.
A bo~ba,colocada na agncia da LAN-Chile,foi considerada
a ltima manifestao de viol~ncia praticada pelas organizaoes
subversivas e baliza o fim da tentativa armada comunista para a
tomada do poder no Brasil.'
. Em face das "quedas" ocorridas nas fileiras da ALN,sua e~
trutura que j era deficiente, tornou-se crtica. Em so Paulo,
restava um grupo do Setor de Massas, controlado por Betty Cha-
,chamovitz, do 'qual faziam parte Edmir Elias Albino, Gregrio Go
mes Silvestre e Rivaldo Leo. Estes elementos, militando na or-
ganizaio desde o final de 1972, ligavam-se diretamente ao 6lti
mo membro da antiga CN ain~a atuante, Ant6nio Carlos Bicalho La
~a. O ~rupo atuava no meio sindical da cidade de Santos, parti-O
~ularmente no meio porturio, imprimindo e distribuindo um jor-
nal.
A desarticulaio da organizao exigia a neutralizao do
remanescente da direo nacional, Ant6nio Carlos Bicalho Lana,
que continuava atuando em so p~ulo. Prosseguindo as investiga-
es, os rgos de segurana localizaram em 30 de novembro, na
Avenida Pinedo, em Santo Amaro, um casal suspeito. Ao serem obo!:.
dados, os dois sacaram suas arm~s e tentaram fugir, atirando nos
agentes. Cercados, continuaram atirando at6 tombarem mortalmen-
te feridos. COllfirmando as suspeitas, foram identificados como
Ant5nio Carlos Dicalho Lana e,S5nia Maria Lopes de Moraes. Des-
ta forma, a 1\LN tornava-se ac6ala com o desaparecimento do 61,-
.
..
/78
LR E S E R V A D~
.
lizar qualquer ao para reduz~lo. A sada das tropas da arca,
desde outubro do ano anterior, restitura liberdade de aao
aos subversivos. Tendo tido suas baixas localizadas particular-
mente a W da Serra das Andorinhas, sem dvida realizara remane-
jamentos em seus efetivos. Embora no houvess~m dados que indi-
cassem a retomada do fluxo de subversivos para a area, o longo
perod~ de permanncia na regio,realizando um trabalho de con-
quista da populao, e o proselitismo que passaram a desenvolver,
. .
desde julho do ano anterior, eram de ,molde a indicar que pudes-
sem ter conseguido ampliar seus quadros com moradores locais. Sem
dvida haviam reposto seus suprimentos, estabelecido novos dep
sitos,'organizado.novas bases e,possivelmente, -- se que pre-
tendiam expandir aquele foco, no se tratando de simples area
de treinamento --, teriam conseguido melhorar a qualidade e am-
o nmero de suas armas.
(3) 13odelj:\ ~ llOl termo C'mprC'r,.ldo na rea p:1r<l d.efinir \.IH. pequello cO\1l(:rcio
onde se adquire Cjlwrozeno,f:ll-inha,linh:I,:\p,1.l1ha, anzol l1tc. Cal':\ctcl'i
r..:l--$(~ cx:alnmcnle pl~la val-i,'dOldc dO$ pl:odlltO$.
f n .~~_~ <~_~_~-.'~~j.;,
l-------'---------
: ~, __ _ __ ._ _ .Jl ~,. , 'O-' ,.-.'
...------------rn_E_s_L_. _it_V /I. ~ _~
781
~'I
so", pelo que se haviam preparado para realizar emboscadas c
lI!!! aes de fustigamentos nas trilhas e caminhos. Julg<lvam ainda
que, corno das vezes anteriores, essas foras deveriam entrar na
l,'JI ar~a P~IO Norte c pelo Sul.
,. I As foras legais iniciaram as aocs em 7 de outubro c sur
I!jl preenderam as foras subvel.sivas,ainda C]llei). poca de incjo das
: l~ I
i~!
/,li! t~_!~._~
__:. _~~~~~'J
r{ V
h
I
ES[i{Vfl.l;O
, 783
IR E S E R V A V O 784
('I) "Pizlro" c como Chill11iHlonn "rei,\ o l"nstrca<.10l", o homem qtl(~ tem h:1bi-
li.dnde de [.C'fjuir rar.trO!;,
(5) ".1aime", ser possivelmente Jaime Pl'tit da Silva e "Ferr.eira", ou "z Fer
l'dra".Aritonio Guilherme Ribeira Rib.:ls.
(6) "Simo" o cotlinOnle de Ciln Cunha Brun.
(7) No combate do dia 2 de fevereiro, foi ferido um soldado da p.:ltrulh.:l Com
tim tiro na Coxa esquerda.
IR E S E R V A O~- .86
II
II 12. A incorporao da APML do B ao PC do B
.1I1.1
li
'I' Aps a expulso de Jair Ferreira de s e de Paulo Stuart
1I
Wright, estreitaram-se os contatos da Afio Popular Marxista-Leni-
nistado Brasil (APML do B) com os dirigentes do PC do B. Resol
i veu-se que o processo de incorpora50 da APML do B ao PC do'B se
ria gradual, coexistindo, inicialmentc,as atividades orgnicas
das duas entidades.
:1, Halo-oldo.
Borges Rodrigues de Lim.:l, Aldo Silva l\rantes, P:-ri-
cles Si:l.l1toS
de Souza, JO[i Renato Rabc1E), Joi.oBat:istl1 Fr,l.n,,~,'
[H E S E ~
-~ fi Il O
.._----_ .._._. ..- '
I
.-.!.:~=-:.:'------ .....- ...-.-...
[R E S E rt V A ~ O 787
o ncleo era formado por: Elldaldo Gomes da Silva que havi.a sido b.:lni-
do p<lrn a Argl in em junho de 1970, sua cnt~o companhei 1"a Paul ilH' Rci-
chstnl ("Silv::uw"),UIl1.1 tchCC<l ex-am:siadc Ladisl:Js DO\,,1>
01' , EV:lldo Lu-
iz Ferrci1'.:l de SOUZ<l, ex-m<1rinhciro Jarbas Pereira Harqucs, Jos Hano-
c1. d':l Silva c H'par<l!'.ll' .- .. ~----f Vicdl1l.1 ("Sol").
H E $ t= H V t, I' I) I
--------.... I
. .....
/8R
FESERVAO~
Dentro
do planejamento da organizao, Porto A] 1'1) "(' torna
ra-se o alvo de suas investidas armadas, no af de obll'r recur-,
50S. par implantar uma infra-estrutura de apoio ao tLlll lho de
d
I
Valle ,e Vi torino Alves ~ou t.i nllO ,r~t0E.
naram ao Rio de Janeiro.
[~~_~o_~.~-:-_."."-'1:------------_~
:~
790
~
\
10 ~~~~~fOi
.
relatada no tem dest~ capitulo referente
a A!,N.
COLINA
.com prenncios de grandeza, mas que se esvaziara paulati
namente corroda por dissidncias'c "rachas", acompanhando a me
1anclica sina das demais organizaes da esquerda revolucion-
.,
ria.
15. A extino
.-
da LO e do HPR
1~1~~_~_::
... II "1
,
792
'RESEHVAOij
nha sido citado pelo Capito-Tenente Jarbas Barbosa de Lemos co
mo elemento de esquerda, suscetvel de ser arregimentado para a
Resistncia Armada Nacional (RAN). .
Dentro do propsito da organizao de arregimentar os se-
tores nacionalistas das Poras Armadas, Jlio ~osas providenci-
ou um encontro do CT Camolez com Amadeu de Almeida Rocha. Nacon
versa ficou acertado o ingres~o de Camolez na RAN, com o compro
misso deste de tent~r criar um grupo de ao (GA) em Salvador.
Camolez levantou tambm a possibilidade de fazer um trabalho de
massa junto aos operrios da Base Naval de Aratu. Amadeu pediu
-num procedimento j padronizado - para que Camolez comprasse
uma pistola Waltcr PPK na Marinha e cedesse para a organizao.
Pcdi~, ainda, que fosse levantado o nome do oficial que coman-
dou a operao que resultara na morte de Carlos Lamarca no inte
rior da Bahia. Amadeu procurava r com uma fanfarronice caracte-
rist::a
r impressionar Camolez com a perspectiva da RAN poder a-
justar contas com aquele oficial.
q GA de propaganda estava, no inicio de 1973, em fase de
implantao. 'Filisbina Assuno Santos, como coordenadora, n
c9 -
tava com a colaborao de Ana Maria Ferreira Rosas, de Nicolau
Zarvos Neto e de Maria Alice Viveir9s de Castro. 1..cquip:::
de ao
{EA} da revista prismar coorde~adn por Jlio Ferreira Rosas Pi-
lhor estava completa com trs GA (15) er a p~rtir de fevereiro,
passOu a ser rodada no sitio de Ramalho Ortigo.
de militantes legais.
QuandO a emergnc ia es1.:avapra ticaTt1entesuperada, houve as
prises de Sandra Lazzarini, AdaU Ivan de Lemos e Jos Flvio
Ramaiho Ortig50. A partir dessas pris6es, o despreparo dos inte
lcctuais para a eventualidade da priso provocou o cOlnpleto dcs
mantelamento da organizao.' Amadeu Rocha, abandonando
, sua resi -
dnc i a, 'en trcgou grande par te do d inhe ira roubado guarda de Ji!o
lio Rosas Filho. O pai de Jlio gastou grande part.e do dinheiro
-------
(1.6) Amar:mLho
nizono.
Jorge RodLp,lIC:; }lol-eira. q\1e se (~nconlr.1va a(osLado
ti nh;~ pn~'li~iio de ser 5ct())-i.1.ado num ~Ad~ aef, ann:lllas.
da arga
,...
d~i
il Ivan de l,<'1ll0r. ~;(,l~i.:l:tr,rcl'.ado :1 estruLura de com:11\(lo n'l',ion:d \1.:1 C\l~~
nabaraq\l:tmln se libcr:t:;:;e llor. pr(JhlL'I1l:l~; jllllici"ir. por panicip.1<;ii
------
\
de a!.~;;!llos no l-lovilH('llll1
r~-~;-~-- r----'-----'-----'
(Iv 1\<:710 Rl'volllcion:ria
r. n ()
(~\I\R).
795
I ~"v":":l-:l-
-----------l-Jl~~_ __ . , . ' _ 4. __
797
. ~~~.o.'\_I)."_~
1
, .
79ft
aliciou,no ,
Centro de Estudos e Ao Social (CEAS),o PadreAn- ,
Durante' o encont:l."O
oco)~rcram
. alg\lll1u.S
def ini es. ,
O traba
lJ10 de bairros deveria ser retomado, ~provcitando-se das 80cie-
I (19)
A Rvgional
cool'Jcn,Hlol",
mil'll Silva,
Guanabara ficou constituid; r~lo Padru ~inayo
c pelos 1\lilitant~5 JoaCjllim
~1:lno('l Antlr;l~.~~:.:.::.-~~H;\Iia
Arnaldo
Gomcfi,
(l~' Alh\lc!lH'l'qllc,
G;IIJl~'II1().
como
1\1l<t-
n E S t
f -------
n V !\ [) O
... - ..-- ....'-.
J
.
1---..-., --~._
- - -.. .._---
799
.
dades de Amigos de Bairros j existentes. O trabalho do Setor
Igreja deveria prosseguir atravs das pastorais, sob a coordena
o do Padre Minayo Gomes. Os trabalhos no campo e nos bairros
nao tinham um coordenador designado, ficando aberto a todos os
4 ""
membros da Coordenao Nacional. No Setor Operrio, as Regia
nais deveriam'incentivar a atuao das Oposi6es Sindicais nas
fbricas e nos sindicatos.
boo da S~rra/SP.
-, ---~-----------",
~-----'--------l~
~_.~_~"
\' ";'------------ --1
t- ---- :[R E S E n V A [; O 800
'-----~_----------E~ !.~._.~
__
.c-o -.-.:.:.:_.~~.-:::.
~.J-- E
:---~-::::::;-.
[(_v. ~"__
()_..
..-------------rR E5E11
v ~~.:'~ 801
.
eia, sobre esses assassinatos, alguns brutais como do Dr "Otavi
nho", alguns de inocentes, alheios ao problema como de Manoel
de Oliveira, nio se ,ouviu uma Gnica manifestaio dos comit~s e
associaes ..
de Defesa dos Direitos Humanos que comeavam a pro-
liferar no ~as. Para essas entidades apenas as esquerdas ti-
nham direitos humanos a serem preservados. Para elas a imagem
de Deus estampada na pessoa humana, _seguramente, nio era Gnica.
ini-
do
Mais uma vez tiveram Exito. Nos desencontros que iri- I.I
am surgir entre o Brasil e Argentina, com relao ao aproveita- .1
mento do potencial en~rgtico do Rio Paran, provocados mais por I
problemas de poltica interna de nosso ~izinho do sul, o posi-
cionamento do Brasil foi tido, pela coligao de Partidos que ven
ceu as eleies argentinas, como uma "demonstrao de imperia1i~
mo". A mesma colocao seria posta quando o Brasil, buscando urra
estreita cooperao com a BOlVia, financiou alguns projetos na
quela nao irm.
----------------1 n E S ;: ~- r, 11 o J---.-----.------
"';.::_-". -::----.---- .
R E S il V 1\ I. li
803
EM 1973 -
I
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Pl\HEDE DJ CX>LfcIO \1Er("1\ DE 1\U1EID.7\, prClIl\Dl\ POR cY:J\.sr7\o DO l\S~;l\..SSTl'll\'l\J
IX) Pl\0FE~":~:OR Flv\NClSCO ,Jl\c.\.ltW~> DE l\LVl\H1oJ'lG1\.
I~-~J
---I~~~-;~-~~~
l . "o 1
. \ .'
805
I
CAPITULO XII
AVALIAO CRtTICA DA TERCEIRA TENTATIVA
t. O desfe~ho
~ "A gue~~a nao ~ um pa~~atempo, nem uma
pu~a e 6impt~6 paix~o do t~iun1o e do
~l6CO, . nem tampouco ~ ob~a d'um entu
6la6mo de6en&~eado: ~ um meio 6~~i~
pa.lLa. a..tca.H.a~ um 6im 6~~io".
C LAUS E(tJITZ
[~I~~.~. "~{.~".
~._I~.~~J
807
A Jsc;ttierda
independente, a g:em possivelmente o PCB te-
nha dirigidd suas triticas, corno e ~sual nessas horas, desapar~
ce e seus pdrta-vozes "fazem-se de mortos" (2). Mas a esquerda
organizada oU a que passaria a ser onhecida como "nova esquer-
da", tornou as dores e culpou a prpria linha revolucionria do
PCB e a forma com que o Partido conduziu a escalada comunista,
por esse fracasso. Esse insucesso, tido como fracasso da "via p!!.
cfica", robusteceu na "nova esquerda" a convico de que a to-
mada do poder s seria vivel pela luta armada, passando irnedi~
tamente a pr.~parar-se para ela. O fato ampliou o fosso entre e~
sas organizaes - que passaram .J. autode'terminar-se de "esq~eE
da revoluciohril" - e o PCB, por elas considerado reforl.1ista
de quem qu~riam distinguir~se.
809
n~rios,que
e estes
O fracasso
foram derrotados
deveriam
da invas50 da polBnia e dos levantes
eclodir em todas as partes
e rechaados para a Rss:a
da
rC-'~lucio
Eurs;a,
(3) .
foi
acompanhado por desastres na prpria Rssia. No inverno ::e19201
1921 os efeitos da guerra e do inefic~ente sistema econE~ico co
munista quase .levaram a Rssia a um colapso total. E co;~= se is
so no bastasse, os marinheiros de Kronstadt, a principa: vitri
ne da revolu50, revoltaram-se em maro de 1921 contra c que de
nominavam de usurpa56 comunista.
Essa combina5o,de derrota externa e dcsastre intc~no,fo~
ou os lideres soviticos a abu.ndonurem S\lnS p);etcnes de umn
ordem comunista mundial imediata e a se conccntrarem Cln salvar
(3) O.f.C. Ful1cl', liA HiliLary llistOl"Y o[ Lhe H(~!;Lcrn Hol'lll, 1':0'''; ':01"1,
PunI<. RHfl'.nnlls Co., 1956, png. 339/61; 13.\1. r.idd1. 1I.,it, "Tlw :""jviet
Army, Lon(l1"('~, \.Jenlpnftld ill1d Njcol~;()ll, 195(1, Jl;r~. 11~/51.
- ~ __ -_.-.-----. .......J
JnESl l\V/\) o!
811
, .
a revoluo antes de expandi-la. A pOltica externa sovitica
teve de ser orientada para uma tarefa imediata e muito necess-
ria: a preservao do novo Estado Sovitico at que ele se tor-
nasse bastante forte -- o santurio do comunismo internacional.
Lenin,pragmatico e realista na estimativa da situao do poder
mundial, anunciou ,-ao partido, em 1921, que no era possvel,deE
rotar os capitalistas com um nico golpe. Aceitavam o fato ce
que o "triunfo final do comunismo", teria de ser retardado por di
versas dcadas. Lenin preparou a base terica para urna "detente"
com as na5es capitalistas, prevendo alguma espcie de "mous vi
vendi" com os estados no comunistas. Estava mudada a estrat-
gia .par a revoluo mundial. Desse ano em diante foi dada nf~
se s formas no tradicionais' de guerra, sobretudo propaganc.a
e guerra poltica e ao desenvolvimento da arma organizacional
{os ~gente~ treinados do Partido, as organiza5es auxiliares e
de frente) '(4),.
1921, a nova estratgia foi anunciada por Karl Radek, ele pr-
prio um dos primeiros prottipos do revolucionrio profissional
da nova era da poltica mundial. Radek frisou que "a ta~e~a ~e-
VO.ellC..lJ1(iIt.i.a. podelt.i.a tOIll({1t muLta.~ ou:tlta.~ 6olLma,6 atem da g~(e.Jt!:.a
d.i.lte":ta", Os comunistas, disse ele, "dr.v.ull c.oI1lP,'1.<,.ldelL qu~ a op~'
JLa.t:o de. e..6c.o.f.a-5 da pa,'L:t.i.do, o tl1.a.ba.f.fw da-5 OJI.9al1.i.za.e,~c.{,:l.l1de~
;(:.tIla..6, a. p.'l.epafLa.co de. mal!.i6e.-6:ta~.6, aag.t:tao e. a pJl.opc,:]anda.
JL(!.VO.e.uc..tonn.I1.l. -- :tudo .t/.)/.)o e.tz.am 6o!tl1la,~ de. da.", Era una
nova ttica que surgia.
Somadas
essas idias as contidas na filosofia escatol6-
gica sovitica da guerra e com base em experi6ncias prticas em
t6cnicas revolucion5rias, onde a a50 popular foi fator decisi-
vo, te6ricos marxistas desenvolveram uma doutrina para a guerra
nao tradicional - a guerra revolucionria -- estruturada na ba
se das tticasda subverso e da l~ta armada (5). Sem criar pra.ticc.-
mente nada, esta concep5o, simplesmente, estruturou e metodizou
F~n;~;:, ""_~:TCd
e sim as clns=
scs sociais surcinclo da n id~ja do inimico interno _ o inimico de
elo,"c. 1c~ pc I 'J. ~.~o o r dos pn "c s .
(RESERVI\VO 812
almente conquiptada.
A criao do clima revolucionrio 6 obtido atrav6s da con
tinuao dessas aes c conscguid~ no momento propicj.o, atrav~s
da explOl:'a50de contradies, do ugravnmento de insatisfnes c
ansiedades, dadeturpClo e da desmol~u.lizao dns instituies e
dos valol:'csmorais c espil:'ituaisda nacionalidu.dc. ~ complemen-
tado 00r press5cs, demonstraes de fora e ativida~es de tcrrQ
rismo, sabotagens, desordens, greves, tumultos c di~itGrbioG.
__ . ---[fl ES,,"
.j------
H-;;:;;z,!--
- -.- -. ,
,.-- ..-. -..... ...,~._. ....".
' ~,,""" ..~.'_.-~-
,.....-~_." _ ..
..,~._ '~.-.~, ..... -.- .....-
813
(6) Ver item 3.) Capo I) 2~ Pnrtc deste livro para dados sobre o XX Con-
grC'sso do PCUS.
(7) A URSS .1. part ir
or.r.anizaes de
E E S E Il V A ~iJ 814
"1"...----- .
--;--- -~_._- . -- ~.... - -, .._---
.... [n E S [ I'~:.~~~~
..~_. 815
,
de 10m, dificultando sobremodo a orientao e nao p8rnUtilldo,as
vezes, que se ande mais de ,100mem urnahora, exige um esforo e..'<traordi.~
rio. Sem falar na temperatura e umidade elevadas, nos espinhos,
insetos e animais, na caa e na gua nem sempre disponveis, tOE
nam a sobrevivncia nela um risco, muitas vezes maior que o pr~
r
prio inimigo.
r
I
tR E S l ~\' :~~::_ 819
Guevara: "'; Qunda.menta..t que nunca. pode ~ulLgilt poJt ~l. ~ uma.gue~
Jt.ilha. ~u.bulLba.na. ... pOJtta.l'lto a n.o deJ.JJ.Ja gue.ItIt,U.ha, no .6c:l.ct
Leua.1t a cabo aC;C6 inde.pende.nte.6 maJ .6im de. acoltdo com pla.ncJ
.,
e~tlLa.tegicoJ.J plLe-concebidoJ.J". Debray , porm, mais radical na
condenao o'terrorismo independente e assim definia essas
"aes anirquicas"'~ ,,~c.la.lto que o leltJtoJtimo na. cidade nao po-
de de.6empe.nha.Jt ne.nhum papel de.ci6ivo e. que. tltaz. COH6igo aigullJ
peltigo6 d(l. olLde.m pot:t.tica..
\ Ma, 6e e.6t .6uboJr..dlYIado tu.ta u.ll.-
damenta.l, a. do ca.mpo, :tem do ponto de. vda mi.li.taJr..,u.m valc,'t.
e..stJtateg:.o: imobiliz.a miiltalte.6 de. .6o.tdado6 iH.i.m.i.go6, pa/tCl..e...i.~a
a ma.loJt paJtte do apa.Jtato ltepte.6.6ivo e.m talte.5a,~ e,~t''l.ei6 de. p/tc-
~ -
-\-eca.o. ... li
.
ln E ~ E_~ _~_._,~,,,;~-~. J
820
~ E SE R V A ~ O
a foquista na essncia.
, /'
do anteriormente no Japo.
do (13).
(~_~_~_,~~-Il
_~--.:--;~'~;,I
824
ao sr "democrtica".
Nesse racioclnio reside a explicao, simplista natural-
mente, dos dois significados que tm a palavra "democ)~acia" pa-
ra os comunistas e que os mortais comuns no conseguem alcan-
ar. A "democracia l' da revoluo comunista significa a elimina-
o d6 latifGndio c/ou do modo de produo capitalisfa e do~ la
tifund~riose capitalistas como classe. Enquanto no chegam ao
poder, democracia significa, porm, a mais ampla e il-restrita li
berdade. Liberdade, sobretudo, para organizarem-se COIR a ~aran-
tia da lei, para tramaT e investir contra essa mesma denocrad,a'.
Uma vez no poder, seriam as liberdades de expressa0, de opinio
~ de participao, as primeiras a serem "caadas" em nome da re
voluo. Consolidada a revoluo, seria caada, tambm, a liber
dade de oportunidade, nlOnopol~zalapel1."nomenclatura".
As organizaes trotskistas, como vimos no Hem 1, do cap.
I, du 2~ Parte, no visualizam a necessidade la.et.apa int~e)~me-
diria. Para elas, desde o inicio a revoluo ser socialista e
uma vez dorrubaJo o governo, o socialismo estar im~lantado.
t.ido.
\
l --I l\ E S ~~:-;~t
---.-
t-'-----......;.---~_IIR E S [ 11 V A ~_c:. 825
9. O organismo revolucionrio
IH E 5 E 1\ V A ~ ~~
estilo de direo, tanto o partidO como a OPM necessitam recru-
. .
,tar adeptos e .preparar .seus q"adros .e dirigentes, sendo estes
os aspectos que influiro no s~cesso ou insucesso da ao c, por
I 10. O recrutamento
o recrutamento e um processo de atrao,
. seduo,
enfim,
e
.
(1/') I;"".u I' urauO o mil i'ou te que i u toro r" "'gum lO~no (o rr.'H> i ,.n, "0 ,lo hn-
.--------
nc. comi.t:<-. etc.) d;l ol"l',:mizai\o !;\lhV\~l.f>i.vn.
8?7
[~ E S ~ i~ V A ~.~,
{15} A maioria dos fatos nqui narrados ji se torn~r~rn p~Gl icos, urna vez
que Sol:t\1f',(', q\1:mdo f,(' entr('r,o\l, pm julho de 1971 (vt'r C:lp it('l:\ )
.
deu C'nlrev.u;tLls, entrc outros, , .
r.l!"n. os Jonln.lSO "O G1 b"o 'c ",,'ul;lrlO
- .
de Notcin:;lt, rcvcl:mdo-os na oc,lr.iiio.
(1G) Crif:im(l~; :l cl:tta p:tl'a :lqUl]:tl; l1C'!;l:O:l;' que in!;if,lCrn em :1firm:lr qlll' a
(;uhv('l'!;;tO no Pa~ !a tt've incio :lPl;B o AI-5.
IH E S_~_~~~ __ <_lJ_~
------------~IESERVACO 829
4. discusso
5. coloca~o
da necessidade de uma mudana estrutural-revoluo;
de meios para se realizar essa mudana - propostas es-
pecficas da organizao;
6. integrao do elemento em algum nvel de trabalho pr~tico,
gressivamente;
pro-
freqentavam.
Na verdade, eram poucas as organizaes que tinham um nume
ro razovel de elementos com.esses ~ursos de especializao.MC$
mo considerando que os efetivos ds organizaes subversivas no
eram eievddos, esses percentuais eram pequnos. Se esses elemeh
tos' tivessem sido utilizados para a formao de quadros,num pr~
zo razo.vcl, poderia ter resultado em quadros melhor pr~
parados. No entanto no se tem noticia dessa utilizao. Os ca-
.50S de trciinamento assinalados ao longo deste livro sao raros.
Eram, de qualquer modo, cursos de formao m~litar. Se comparaE
mos eSses cursos com a formao dada ao soldado nas Foras Arma
das, onde os instrutores so profission~is altamente treinados
e especializados, contando com meios. necessirios e dedicao ~m
tempo integral durante nove meses, .pode-se concluir que era fra
co o preparo militar, mesmo dos militantes com' curso no exteri-
or. Aliando-se as formas de recrutamento utilizadas inexistn
eia de cursos ou'estgios de formao poltica, pode-se ccncluir
que tambm era baixo o nIvel de preparo ideolgico da massa de
mili tantes. Esse desprepal'o levou-os a cometer graves e bisonhos
erros de segurana, quer na prtica diria da militncia, quer
atravs de seu comportamento perante o "inimigo".
[
. l~~~_:~-~.:'._I)!
l----__
..-.-.
.l~ .
[R E S E H V A ~~ 832
.
"justiado", corno vimos em ,vrios casos narrados, quase 'todos,
diga-se de passagem, injustamente. Houve dive-rsos casos de ele-
mentos seriamente implicados na subverso que passaram pelos 6r
gaos de segurana e que no.foram identificados como subversi-
vos.
- I: E S E H- ~-;;;- ~ .
---------
,- ..--.--.- -- --::-:-.-..
,------.---
. ..--
-. ...
- -
-- .
r R' E S l i{ v :. I. o 833
l H E ~_.~_~~;-~1,-------------_..J
GESEH,\'''(J~ 834
,
.11~,~~~~
--
.. ~~;j
.. ,-.-. -' --
~~V~
.. - .',- -: '.
E S [ il V f. L O 835
---
nhecido omo "Brando" ou "Gordo". Assaltante a mao armada ,"I3r~
do" participou de uma s~rie de hssaltos a bancos e roubo de au-
tomveis. ..
Ao ser preso ficou desesperado
.
e escreveu uma carta. a
seus pais, na qual renegava o terrorismo e o comunismo. Possi-
velmente pression~do por colegas~de piis50, tumultuou seu jul~~
mento aO negar setls depoimentos ant.=riores, insinuandoinclusi-
ve que huvera sido forado a tomar aquela atitude perante seus
pais. Aps o julga~ento, arrependido, voltou a procurar as auto
ridads teafirmando seu repdio ao terror. "Brando" n50 f'ez
acusao' de ter sido torturado durante os interrogatrios,cmbo-
ra naquela altura essa fosse uma re~omcndao comum a todos os
subversivos.
(
'--------------l!~l~_~_~~n_v~~i
836
leninismo.
13. Concluso
A' avaliJ.o
desta tC)~cei'ratentativa de tomada do poder pe-
los comunistas, leva-nos a indaga6c~. muito parecidils com as for
muladas ap5i a primeira tentativa, tamb~m levada a feita pelo
caminho da vio16ncia. Conduz-nos igualmente ao pensamento de L
nin ao referir-se ao esquerdismo -doena infantil do comunismo
-de que ela foi "no s uma estupidez, mas tamb~m um crime".
[H E S ( n V,"~", 1\ fi 1-----------------1
. ,. ...
[RESERVADO 838
..
~A P A R TE.
\
\
\
839
CAPITULO I
A E9TRAT~GIA GERAL
1. A estratgia geral
2. A poltica de distenso
distenso".
Tendo o Bra~;j.llivrado-se da agrcssao armada comunista ,seu
novO governo propunha-se a ~einstitucionalizar gradativamente o
Pas, pois esse era o desejo da soci~dade bra~i1eira que logit!
mamente pressionava nesse sentido. Ess~ era tamb&m uma meta da
Revoluo de 1964.
o". novo governo iniciou a implanta6 de um progrhma de me
didas liberalizantes, progressivamente posto em pr5.tica, para o
retorno democracia que ficou conhecido como "poli tica de c1is-
tenso". Alguns chamavam essa f~se simplesmen~c de Icdemocrat~
za~o, outros,cientes dos poucos progressos que a Revolu~o fi-
zera no campo poli tico - premido. pela luta armada - a denami-
navam de aperfeioamento democrtico, como a indicar a necessi-
dade de avanos marcantes rlcssa rea e nuo a simples l,i._bcral:i.z~
50 ..Essa nuance serve paro.4esto.car que nao havia um con~enso
,de como conduzir cssa fase, que haviam divcrg511cias no apenas
quanto ao como, mas tamb6m o que, o quando, o porque, ptc.
im-
'l'ais
'medidas cOlOcaraJucom a suspenso da censura
------
(2) A pl:(lp:1['.0nda aqui. cntcnclilJCl como ,uma que da C\ll'l"l':! l':;ieoll',ic:a.
Con:;t:i.Lui-!>c na dHu;,~o de .lado:; c [:1tO$ vi$:1ndo a in[hH'lldal- Opllll-
C5, f,c'r:ll" (,1II0(,t., provoca at~tuJC's ou dirigir o Cl"lllporl"0HIl'\1to ele 111
dvclllO:; c r,r\lpo:;, -a fim de hellcficiarquclII ;, l;romove.- .
_~~~0_[7;~~,_:)~'~J ----
------------r R
E SEU V ~~: :J.
. 841
3. O equilbrio estratgico
O Movimento Comu~ista Brasileiro -. aqui entendido como o
conjunto das atividades r.ealizadas pelas organizaes comunis-
tas e,por organismos por elas criados, infil traos ou dominJ.clos,
conduzidas segundo a ideologia marxista-lenini~ta, que tem por
finalidade implantar o comunismo no Brasil - passou a coexis ,-
'I';
do da ditadura:
_ extino de todos os rgos de opressao.
4. A campan0a psicolgica
E.mapoio 5. consecuo das metus' do perodo de equilbrio
cstrat6gicq, seria desenc~deada uma, verdadeira ope~ao psicol
c
gica, tom base principalmente em a6es polticas e psicosso !
ais. Atrav5s dessas,ati,Vidades as organiza6es subversivas di-
fundiriam suas "bandeiras" e 'buscariam criar em grupos nac10'-'
nais c intcrnaci~nais, emo6es, atitudes e comportamentos favo-
r~veis 5. consccuo de seus objctivos.
Sc:.;;:-ia
dada continuidade campanha ps~col9ica CJue se de-
senvolvia no exterior com a Frente Brasileira de Informa6cs
(FBI) e CJue agora adentraria ao territrio nacional,
A revoada de subversivos do Chile, com a queda do governo
de Salvador Allende, c do Brasil, com a derrota militar da cs-
querd~ revolucion5ria, havia possibilitado a expans~o da Frente
.Br~sileira de Informa6es (FBI) que continuava operando. No en-
tanto, a partir de 1974, as atividades d~ FUI iriam comear a
sofrer um declinio, como dccorr6ncia da vit6ria dos 6rg5os de
I
I
sC9ur~na sobre as organiza6es terrorj,stas. As dcn6ncias divul
gadas no exterior, na sua maior parte, referiam-se aao poli-
,I cial contra <;,sterroris1:~s, ~)ua violncia e pretensa tOl:tur~1.
que
I
I
infli9i~n aos pr~sioneiros. Esse tema ia perdendo sentido.
'I
I ---,-
(3) b:ll1dcirns
E~;~::I~; cou;.t<lm uns Resolues' polt:il~ns do VI COn!~l:c~;~;odl) I'en,
li nt u:llil.aoa:.; :JlI('(~:.;~;iVa\l\l'nl<.' n:l~; rl~uni()(,5
1
do CC d(~ !wv('llIhJ'() de 1 )"/7.., ue-
i
i ~'."\\Ihl"l) dL' 1.~7 5 e m;ll:() dl~ 1977.
:1
"
I --
r r:l"E-_~T~~.,\-~J--
'.
843
l!.~
I~_~_~_n ..V-'-,. ~-~'J-------------_.-
I~. E S E fi V /\ \; ~-
344
I...
,
glia e EUA.
(5) Fa:r.i:1m parte da <.1ir0,1o do CPACI3': Almir Dutt:on Ferreir;l; Domingos F('r-
llanlh's; Jos }taria Crispim; ~l~rcio }!oreira Alves; Cndido da Co~;ta ,\1' :1-
go;Carlos Fif,uciredo de S;; Ferll:111do Leite PC'rcir3; Zillah Out:ton Fl'r-
reira; Al tair LlIcl1('si C:lI11PO!';"c ~rlWl11:1 E'~.r.,!."'nclcs.
0~-~';-;~;'~'':~
,
!-----------
II n
I
....J
----.- .. -- .... --'
84G
\RESl:.1Vf\U o
ll
lita:c
Essa "verdade" foi transmitida atri>vs de idias~fora,de
alta conotao emotiva e propositadamente genric"s, corno: "di
reitos hUlnai)os";"tor tur a, tort ur"dos. e tor tu t adore s"; "1ibad a
des elemoertic.s"; "cstado dc direito"; "ditadur militar"; "r
go de represso", etc, que, por .cu largo espectro, sugerem di
ferent idi.s a diferentes yessoas e explorandO interesses e
es
crena. da populao, mOS trarmn- se efic iente. e "ti ng ir <li" !<\ lt},
plos objctivo . Alm de difundir suas bandeiras, permitiu-lhOs
s
ou tm lhes permitido denegrir e enxovalhar scus algozes, ~ os o
rgio segurana _ buscando, ness. f.se, e~alir o inim
sde ,
s
de seUS integrantes, destruir sua moral & aeui-lo em campanhas
bem orientadas. permitiu-lhes colocar os grupOS neutros contra
esse alvo. E, permitiu-lhes, finalmente, justificar seus fracas
50S pret6ritos aos olhos dos futuros r6crutadOs, isto i, trans-
formar a derrota militar em vit6ria politica.
Nessa fase, ainda, seU aliado o clero "progrcssist.a", va-
lendo-se da dialitica dos direitoS hJm.nos e utilizandO-50 do
instrUmental ela Igreja que formalmente j atua pouticament.o
atravs da CNBB _ que dosee ao n.vel das "Orgi111izacSde ba-
.se", por moio de ampla rede de eopissoes, subeOlni.ses c ativi-
dades de gnlpOS, realizava seU prprio projoto de eoordenai"Oi'i'
1.Lica _ seu trabalho de massa - organizando grupOS de pl:es-
847 .1I
I exemplo,
clero
o II
"pro~ressista",
Movimento Contr~ o Custo de Vida",
aparentemente sem conota~o
orientado
polItica,
pelo
mas
objetivarctente.estrutt\rado como forma de treinamento e organiza"-
o de massa. Esse movimento comeou a ser organizado em 1973 e I."
s veio a
tona em.1978, como se fOsse "uma a~o cspont~nea
"'-
de
I,
5. A fronteira incerta
---.-
[~ E S E !l V h ~I
quidiocesan de Justia e Paz, i~tegrada por juristas doEstado.
a
OI'. comisso foi encarregaua da defesa dos li perseguic10S li c de mo-
ver aes civis contra uS autoridadlos "em ca.os comprovados de.
torturall (7). O principal objetivo do Cruel Arns era estimu-
lar a populao a resistir , "represso violenta" de uma .forma,
pacfica, mus firme , (B) (As aspas na corpo da cituo sodo
autor) .
As normas de terror, utilizadas principalmente pela ALN
pura ~edrontar seuS milituntes e ao mesmo tempo denegrir a ima
gem dos rgos de segurana, tinham continuidade agora no corpo
da guerra psicopoltica e era. difundidas visando populao
em geral.
Neste contexto ocorre o lamentvel, em todos os sentidos,
suicdio do jornalista .ludimir Derzog nuS dependincias do 001/
CODI/lI Ex.
N~m&s de outubro de 1975 o DOI/lI Ex estava desenvolven-
do investigaes visando a desmantelar oilulas do PCR no setor
a ta
de comunicao social. 1\odolfo Konder apontou o jOl:n 1i. llol:-
zog oomo m:i.Htante do partida. Vladimir Denog trabalhava na 1\5
dia e ~'V cultura de so Puulo, nO perodo noturno, sendo Dire-
tOr"-1\espon ,.:5ve]de Te lo" jornalismo. HO d.ia 24, Denog fo i oon v;.
dadO aprestar depoimentos no 001/11 Ex. O comandante d031 c.6r
cito hatia recomendado que se evitasse atrapalhar a vida pro[i~
oional dos envolvidOS, pelo menos at6 que sua. implica6cs a.-
soas
sim o exig . No [ora a proibiio de ouvir pe. apos aS
i em
18 OO hor fi s, !lerZog pod ea ter pro stado c scJ a):
ccimen to se. e'" 1i
berado no pr6prio dia 24. sua iltua~o era secund&ria.
No dia 25, as O 8 O O horas, Vlad imir !lc):
zog, aCOTopanhado do
jornalista paulO Pereira Nunes, compareceu 00 DOI, tendo HunCs
.~o informado que poderia procurar por !ler.og por volta das
16 OO !,ora., quando o jomali sta j devcr ia estar 1 i ber "do. 11cr-
.og inicialmente negou suO milit5neia, mo. confrontado com opr
prio Rodol[o Konder c Jorge Jatahy Duque ~.trada. acabou con[e~
sando os atPs nos qU.i esteve envolvidO, nenhum de moiar impo~
tilneia. No cn tanto, reve lou a nome de toda. os mil itan te s do PCll
i
('I) NpSL<I ('poca. ao invs llo~; ~'.el1l'l"nis d~ pOVO cl:1 7 ) 'tcnlativil dI' !.C)llIilcln
do pod('1". apiln~ciilll\ os "canlcais elopovo". V('r ,~ntn~vi~;I'a dC' 110m P:l\l10
EVal";LO lon~;, C\1ll1i:.;tlll~ia }l1I,,(\iala, n(: li Ih)\1\ !',H110 1':vari~;IO0- rn~;:o
In ;: ;~ l H V :. \) U
..
1
'
------[R ES.En Vi\ L O 849
panha cm desenvolvimento.
Os casOS de suicldio d tentativas for<1m elevados, particu
larmente desses Gltimos, tendo sido grande parte abortadas gra-
as as normas de segurana com quc se buscava evitar a consuma-
ao do ato extremo contra a vida nas pris6cs. Se fssemos rela-
cionar ~odos os casOS catalogados, al&m dos j apontados alent~
riamcnte nes.t.etrabalho I precisaramos abrir um novo capItulo .
Citaremos por&m, dois casos, ambos ocorridos aps 1975, o que
mostra que as instruE:S que dizinm "morrer c nassivicJ.l0.c,
mas
------
(11) "}bria" e ~;('ll ill1l;l$i.q rcvel:1r.111l (1:1do~, que 1'('\."\l1:i t 11::1111a }"L';)) i t:a;)o d(~
um;l il1lpol'\::lntc~ {"l1'C'l';l:tn (' ~;lIa ilknl:ific.a:o P(\cll~l'ia coll\l':p" l'l1! 1"1$('0
,
n intcl'yill:llk r.:;ic.n dI' ;Imbo~;, S('1I \lume con~;t:l (Iof. Ol:ll,.in. i:: lh'.slC'
----.-.---
---" ------.----r~-~:-:~-~~~;~-~~~
\:r;lh;\l\le>.
\-~
[R E S E n v 1\ L O' t
851
to"'o, e to"'o" d" d em clL"e.i." com 6 OILC"b pILO9 heb' t ab, te~
.-
,c
t.i.mM e, o qlLe p.i.olL, com 6lL .'" de "p"z" tende" cl bconb-id,.-
h.M e a pah.a! "h. a ".iodo. It o '" eub qlLe tio om',[Ite. rI" eh. em pllO.-
- ~
be.JLvalL buab ,{.1t.6;(:,U:ui.e.b (131:
6. A contra-ofensiva
A passagem do per lodo de equillbrio estrat5gico para a
contra-ofensiva estrat&gica foi deflagrada pelas organiza6cs
11
rist do
tilcui.ndo- em um reforo de peso para o ped.o de oonl'","-8:."n
se
siv<1. n
utilizando-se das organi7.a6cs de ",assa como i11str :C,C:l-
tO,de .io, ocupando posi5cs de liderana-no seio dos mais v.-
riados segmentos da sociedade, dirigindo e orientando 5i~po'i-
za11te. ou i.11
occn te 5 co loc .dos te s ta dN) dif c ren te s 1;10V ; ~.c,n'-
vO
1:05, conseg direci.on-los na bu",ea do objet.1 JwOpOS'C8,de
uirmn
,"obi li"" iio das mas Sil5 , e011sc i en ti 7.ando- il s d. 11ece5 s ida,l e dc, ~." 2:-
ticipare," do. movi,"cntos populares para pressionar o Go.crn~, a
fim de obter o atendimento de suas reivindicaes.
1\s eleies realizadas em nov8mbrc:i de 1982 I dandQ sc:c.:o.li-'
__ ---~---_.o..._-----[~-
l:l'I',lIr;\lla. ". ;-;;'~-I'-;;-7,\, 0 __ ' __ ""'-------'
~EC" '\" " 853
~~._~~_~."
L ....._
i
854
nmica.
Tr&s f~torCs concorreram, de forma decisiva, para o xito
desse trabalho de nassa' a total iiberdade concedida, a crise
eeonmico-financeira que o Pais atravessava, a qual reduziU o
bem-estar da popula50, gerandO a impopularidade do Governo o o
desejado mudar, e o' trabalho que h longo pra2,0 vinha sendo rea
liz<1do, pZl.ralclamcntc, pelo clero dito "P):oCJn:~ssista li
a
Nada do que foi feito ati entio, 'dentro desta . estratEgi
--
do MCll, eompa a-se a O I:rabalho de 5en"0 1"ida pc la s org m z'aoe s
r
subversi~as no bojo da campanha pelas ele~Cs diretas, feDliZ!
da em 1904, seja em termos de divulgaio, por todoS os mcios de
eomunica50 soei a1. de seu s s109 on s e po lavr as -de -ordem ,sejopor
sua pregaio ideo16gica is grondcs mossas. Nio se nega a valid!
ele do movimento, apenas ressalta-5e a formo com que o ""dvc>:s-
a
rio que viola as instituies" aproveil:a-se da fronl:cir de in-
'certeza par a de sonv o l.ver o 5 eu trabalho ele ma s 50, o seu p>:oseli
tismo.
J\lm de )=ealizarem o "trabalho de mobili<:anc1o prS
m(1s~;(1" I
s
viamentc militantes e simpatizantes para os coroicio , contaram,
para a continuidade dCS5e trabalho, com o oproveitomento da cn~
ponha publ &ria, tran.portes 9>:otuitos, 5hows, som, ilum1no-
ie4t
oo c outras facilidades postas i di.posi;'o dos Pilrticipante,;
pela 11\&'1 administrativa dos Estados, d.'s prefeituras e de
uina
outros or9unismos .
-------------
..;;;;----.------------ftl__I:-I:-~-;;;~\-
855
I.~~~
~_.~
~'~'~~~'~.~~.l j
,.
I
l~ E 5 E n V A C~
I o o
I~rat&gica, n50 cessou a guerra psicolgica, pcl contr&ri , com
a volta dos elementos do exterior ela foi incremcntada, ganhan~
~o sofisticao (15). ~
I
I para as esquerdas, nesse periodo,
Ja n50 satisfazia a fa,-
se
~ilidade de a~ar livremente, eonfundindo- com a oposi50 le-
u
i~al e leal s instituies. Era precisa desacreditar
I
a Revol -
i de 64, negar seus xitos, proclamando a "farsa do milagre
50
:econmico". Era precisa que a consecuio dos objetivOs da "aber
'tura" fossem a ela creditados,
I
para que pudesse manter na massa
a confiana em sua fora, transmitindo ao mesmo tempo a imag,em
~ governo acuado ~e nada concedia, mas que pressiohado atu
cedia.
Imanente ~m todo esse trabalho, estava'o objetiva de ati~
50
gir seUS algozes _. agora .as prprias Foras Armadas -,' que n
s recentemente, corno em 1964 e 1935, haviam sido o obst&eulo
;,nai5 srio ,a suas tentativas de tomada do poder, coma fitO ,de
afasti-l ou neutraliZi-las corno empecilhos sua caminhada.
as
No refutado com oportunidade, o xito inicial dessas i-
dias deu marg ! a novas campanhas, com as quais as esquerdaS
eu
feram atingindo seUS objetivOS; recrudoscidas aps a anistia,
am
quando 05 eE_terroristas retornaram dO,e.terior e incorporar -
. .' I
1
(15) No, fioa) da dcada de 70. foi criado 00 1\ra' i I UI"a co t idadc c aodesci e
------ , no. de so(i'tieada cstrU t~I'a. dotada de ,"OdCI'OO,S computadores c ou
daria e"'I'rer,O a de zco" s de c<-c er< or i S"" c sul"""" i "Os que te totoa-
vam ao )'a is al'" a 00 i 5 ti". co," o aI'" i o de ,,,i 1\"" ,,. de d 1n re s subv""
c iooada pela a I a pror.re";', ta do d cro. Essa co C i ""I,' ai 6., se ocupar
o difuodir a. torlu " delatadas scm~ por _, orl" ..1.,ur
ra
mor'o' " dt.sal""'e.idos c hl",ori.r: ". urig'-'" do r.r.i",e ,"Ilila.", o
"c ,I "do au 101'i ,;,.;" S cu ''I'''' c lho t "p.e'" ivo" c di t uod i r dc
~. _ \ : l' modo"1
I "',,;-' .
'o C" 1'''. ,,, 1. h ," otl' ,Ia" oq;ao' ",ro,'" ",,,,,,,." I,va" ", ,,,,, " u- n'"'' ,
_~~ p"r'~a'~r;\~t,~,';_;~~i~~;,~~j~1 "r "",1<-~" "",,,,.
857
,--------------.-----
,
,
358
.'I
R E S Z H V 1\ L ~
C1\P1'rULO 11
1. A i~filtrao marxista ;
(2)
ma .'
No it(,l\1 l~),cl() Cap 1 da 30 l'.wtc 11(11;\:(' lrab;l)h(l.~;\l"
.
o l l\lln "111rll1~'ncin5 1
."'.!.!:""-~'"IH'"
"~:'J:_'l'!.,~.2I~j'O::, i~""-,,.':,l''''''~ \ ~~ ",,'" "''' "" e" I iH< '--
I'H'~-:~:;.~:'
';t . V :. ;). () \
859
--~_ ..
-----.
860
atias . 1I
poradowski mostra ainda as influ&ncias de outros p~nsame~ ,
por si.
,Os Reformistas tm como principal caracterstica ij adapt~
o da Igrej a .s condies modernas f sob a orientao d('~s~nci-
clicas e em obedi~ncj,a autoti~ade eclesi5stica. Agem na finha
das tradicionais misses da Igreja, visando 5 constru5o deuma
civilizao crist~ org5nicB, alicerada num sistema religiosa
autnomo e nos recursos prprios. Julgam que a Igreja deve con-
sic1.crara cidqde - tcab:o no, qual o Reino de Deus se re.:lliza
-,
os pl:oblcmas e a~;,inCJuietac~;.
que ela suscita para os crist50s.
Has consideram que a ICJreju.pode e deve ter uma orienta~o "pe-
nets t.ica com relaZ\o aos ns~~untos pol Licos c neto \11\1('\.01:' ic:nta-.
8G 1 /
parti c :iPl?io paI U.co-p:u:U.c15r j;;. 1\cu sam C1~; iHl lori c1,1(1(~:;c1
C:I:l()cr.:i
ti ------.---.--'--.-~-----------F~<'~-;--~~
: ::." .'-- ..--.-.--,.---..---.----.----....'-- -.....
I '
I
........
------------1 R E G E n V A __L O
862
Essa tipologia ..
6 aceita, pelo menos pelos progressistas.O
,' ,
ex-padre Hugo Assmann, "um dos mais radicais protagonistas da teo
logia da libertao", ao referir-se ~s diverg6ncias nq seio da
Igreja,afirma que 110 verdadeiro abismo, a verdadeira ~iscrepn-
ela de fundo, nao e o existent6 entre cristos rudeme~ta t~adi-
cionalistas de um lado e os cristos reformistas p6~-conci1i~
res de outro, mas'o que existe entre estes e os cristos reVQlu
,cionariament.e comprometidos.
"
mismo" e a "t~rccira via", alegando que ela desvia a ateno do
. que essencial, a. Revoluo. Cohsidera os rcfonnistus (1.J.Igre-
ja "ingnuos ou reacionrios". AG cr.i ticar o p~drc Vekcrnans, SJ,
que d6fendcu a id6ia de que o subdcscnvolvi~cnto pode ser su~e-
rado por :r.edidas reforrnisJ.:as, diz "o que se deve f,lzer .cin-
cia nova, subversiva, rebelde, guerrilr.eira e poli tizl]c;a 11 c n.:lO
procurar "s<lidas terceiristast tais como c<lpitalismo de Estado,
muItiplictto elos paIos, de depen(;nc ia, elc 11
d:i.sc5.puJ.os" (8).
ele ser Jn<lJ.-X.lf:;Cl, m<i~; elc! !~er Illlrxj!~t-a em 1l0111C dil f". ]~;to (', v~~
J.e).--!~c ele ;,l~U valor ~l.imbJ.ico . .:l Ilr.V(~J pb.Uco p ~;ocj.:lJ.r o }lC'-
, .
(li)
'0-'0
}\'llll:1 .l.O
-.-.--- -- ----
.ll !:(i)';1
. - __ ._ . _ 'II~.I':;
O.h. C;,I.:~~I'~.'.'''. ) ?~.-
um discurso nico.
De um lado, esto os que, dentro da opo preferencial!pe , i-
los pobJ.;"cs
feita pela Igreja, procuram llTau. posio de concilia.-
, i
t------
---~----------.--~r;~'~~"~'~/-,~;-'-'(~'
865
1\os"oprimidos" ~ enqu~nto IIclasse",passava a caber a mud:m
a histrica que no esquema de Mounier era tarefa de todos os
homens (e passando-se na conscinci.a do indivduo pens'ante). Se
a nao,para alcanar sua 'dignidade deveria evitar a rbita de
influncia imperialista, caberia aos "subalternos" recusar as
relaes com os ','opressores".Para isso era preciso criar uma
nova ordem <1ic:.tintadas formas de organizu5.o capi tali.sta. ' Em
CO~scq~nc~a,a trajet6ria popular no s realizava-se em paral~
16 5quele sistema, como deveria peg~-lo na pr~tica, se necessi-
rio', peia fora. A teoria marxista estava aqui posta, 'em verda-
~cira grandeza, comuma nova roupagem.
jl.
Na dcada de 70, vao fundament,ar seu projeto na Teologia
I
portante
Para os teolgos da libertao,
no processo' de conscientizao
"---:a-"-'
( 12) A ~
('nelC l' lca "Q 1I':Hr:Jf,l'Sll10
I -. . A"
nno ,:10 l'
~)rll~ \1111
tOp11.:0 pal'a .15 J:('Ja'cs 0-
pcririo - dono elo c:Jpit::Jl, l.:mo\l. i1S bases do projC'to de orr,':l11iZ;l~0
socinl dn Igreja. Ser cristo nc::s.:l nO\':l IH~rf,[)(\cti\'':l P:1SSOll :J ser t'(.-
cusnr comp:Jetllar'-se com il ordem !;oci.11 vir..C'l1tc (' lllobiJiz;tr-'5c pilra rc-
fonn3-1n. A r poss\li Ulll.:1dimens':lo soei.1l. ']"er [(; scr':l vivl'r l'm L'OI:llllli
dade c ntllar por lllci.o dl~la. ESSil cOl1ccpiill til' f 11ll,dirica:l pcrcL"p':lo
. de snh';1,in, que n;lo :;t' n'fcn' Illli:; ;11h'1l':1~;.:i~; ct~nll1r.:l:' individual l! 1"0] i
r.ioS.:l, \l1.:1~;t'.1mbl1l:1 p;lrticipaio ltiva do Jeigo no mUlldo tompnr".:d. Es'':'
~;.:l concep;io d.:1 r. OL'V(,Jve ;1' n'ligi;io c.1tiilic.:! () c;lr.:iqr plof(.tjc() do~
prilll('iro~; tl'm(los, in~;t.1\11"':l\l(10 :u; por.:;ib'i] d;tdt':; P':l\",1 qU(~ a 19nj;, C;ltli
liC":! :H~ c.o1c'<jul' rr()ntlJI\I~'l1tc conl:ra o l.',nd(r I'lhl ico ::1'(';11 aI'.
l~i
..
'~_~
_.t.~-~:"~"'..";.-~~.!
:: -----.-
In E S E it V 1\ lJ O
Os desvios ideolgicos
Os telogos da libertao
alegam
~ que as CEBs
. sejam enten-
didas como ,momento de conscientizao e mobilj~~5o 'popular,
ve
IQas n50 como veiculadoras de um contedo pr.agmtico que pr.omo
um tipo especfico de ao'" como certa forma (1e ser e fazer, po-
ltica". Isto no corresponde i ~erdade se entendido o: signifi-
cado que a f e a 'salvao adquirem no universo da Teologia da
IJibertao.
Na teologia da libert.ao, a f orienta-se o.pcn(lsr~1ra um
'dos momentos da vivncia em comunidade, aquele referente soli:
dariedade entre os "oprimidOS". -
Dentro dessa'perspectiva capen-I
ga, os ma~ro.
res de toda ,ordem social c, atrav&s dela, salvao para cada ho
das aamunidadas da base'passam a ser os sal~ado-
e i
mem.
Essa concepao afeta todo o projeto da Igreja Catlica, I A
"revol 50 pessoal" de Mounier no mais ex~gencia a ser alcan
u
.cada por tod05 05 homenS, mas uma necessidade que retpi expIus;
vamen te sobre os "subalternos". De 5 5a fo rma, no o 'ser di v ino,
.
enquan
.
to ent:1dade ac i",a de todo s 05 ho",ens
,i
e pc,,"onif.icado., no
estado de hegemo~ia
crist, que cstarfi encarregado dei conduzir
i
.
_~ ---,-~-_.~~_"4_-~
subaJterno
s
'auo fora- . I
subtilternos",
virginia Duarte diz n respeito: "Alguns criticas desse
plano de a~O enfatizam com freqncia que difi,cilmcptc o pro-
cesso seria realizado sem de!:jc.:1mbar
em di t.adura, nica capaz de
i~por a vontade da maioria popular sobre a minoria db ex-opres-
sores 11
dr, pltO(t,(io Ila~ !lltO~ palLa 6a~~-.r.o,-\ 6U.llC.,{0I1Ct!t. lambelll . l',Ca ({(U',
~~',,>.
"'-'-"-"'''''-.
<..Q'l!. (). " o .ti' 11c,i ~ dr, d.n" ,. b . bod n dd '~"' fi te , e ",
~oc',dacll'. -~
I~~l'~r:.0..~!__'r n v
COllb.UW,{)l U!lJa C()lllqll~Ctit(~"':l~'t:~~~~~~;~_~~~
5. A "prxis progressist.u"
Introduo
I ~ubal ternos
"
1 e autonomia de suas .
organi zao,es e I f ini1111chtcI a ' I
I' . I -
J\Nl\.HPOS
lado" ao Estado.
]\[;~;im pa~:;::;oua ser t.l:1b~tlkl~li.la idi.a de crial.--~~(~ a l\l:ti-
cuL.iio N'lcion.:ll.dc l'lovimcnto~.; pop\llin"cs c Sin(1i.cill~l\NM1PO[;) .
Con:;tiL\lr-:;c-Ia lHllilll lll~t:icuL,Zo 0\1 COl:rcn'tc dc~ ~):i)'ll.1ic.:d.iGl'l);'
--------. - f~~~-:~~~;~-~_~;-l~l--
..--------
, -
SERVhCO 871
Oposies Sindicais
_- . ,,__
._.._ ~.~-:~,v .ij;----.--
~J .
.~-_. .' li ~.
__ .\
I 873
R E S~."_'.:~~ .".:
o partido poltico
-"'Jf.
.... ------------
nai\", ,
11,i 11.~,tJW.tlIC.I1:tO da..6 .e.u.:ta.l> po P(lf..a.1l e.I.>" ;
" 11li o pli.c . .tcnd e.1L .6OI. o Li 11.t('.o .tnl.l:Uw IIIe.nt (J dC' UH i. & -i. c.a c; (I 1'0itZ-
.t..i c \ 't, , I.1,\ (I -I-
t(l-t..a.1.1 POP(l .e. alLel.> e b ((bc.a/1. JL.ep.'L(J..~('.Il.t((h, ,~eUlpJ(e. '
/lI,CU.,~, i ((,~
aI.! p ( '; ,l .:;! l' ~ o b j e:t.t v CCI.l da c.ta.!>!\(!, :tJw. ba~ IICl cl 01(((
tct.ta. paJt.e.all1c.n<!L ou _I
('\ c.~lpJ.tulo liA relao ent~'e Partido Po1J.tico e HoviHl('nt~os
,
1)()1":'11..t~,,~;1I :1na l'lzn ~'orcan(o
[' b] 1 t:.' ,
'Op1C05 que cnrac t'erlzam
' o rc ].0-
. cj\'\:~.\l'.,':~lo que dGVCexistir entr:e o pa~tido poltico c ,os Inovi-
111(.:':"\: ,'~~ :,,,)pu)'are5.
.:'.-:
55 a n~;tlizno dn Conven o Nac i011,l1, em Set 81, o
Pu::':-=..:.
.:.: -:ornou-~;e <lpLo a ObtCl: o l:e<jist:l.:o definitivo, junto! (10
'1'1." :.. _ .. '.: Supcriol: EleitOl~al, o que ~,e concl:etizou em 11 Fcv 82.
--"--.-.
r(~Ilt'c jii
r~~i~~
n<1[:1011.:11, m.:t.i"
..forte,etc.
~~-.~I-
J\lquJl1<:tr; c1(~[;r;l\~:; corrr~nU~f;
.1.'. i ..------- ....--------
:jul
rnE.SEH~iJ 876
Os movimentos populares
.-------.--
(1/,)C1t;H;:io r('tir;Hla do dOL'I1:Hl'nt.o "Sohn' ;!~: Tl'IH\;:l)cias do I'T" .. R;!ul l'Ol1l
S(,C"(~l'l'ill dI) l'T/l~~; -. 111l'1I1hl',) do nil'l'l,;rioN;lCipl1al - j:l1win\ dl' 1()B7.
,
-~__----__-----r~~-~~--~~;~;.~:~:~,~)~(:
l-- ----.---- i ,..,_ ..
, .' ---.----.".-
...
-.....
-
I .
877
t
popul~res~
I ",
quer se~am de trab~lho ou pOlitico-ideolgicas, esta,
_
riam! determinando a formao de grupos variados c significati-
vos,: possuidores de anseios, vidos de representa50 e de part~
,.,
cipao nas questes sociais e politicas .
. '.
~~~
,. '
._-_._-~-;-~-~:-
.....
-~~!_--------
L~ .~~.
_"
l
j
cl\.l!1TULO 111
.,
A REESTRUTUIU~KO DAS ORGANIZAOES COMUNISTAS
1. A linha ortodoxa
Configurada a derrota da esquerda rcvolucion~rja, o parti
do Comunista Brasileiro-PCB, que se encolberu. durnnte o'pcr.oc1o
de luta armada, houve por bem voltar luz. Em reunio de seu I
1966.
Vol tlndo as ativ idac.1cs
.e tambm em c1ccon~ncia diJ.sdcnn-
.cias de Adauto Alves dos, Santos, pub~icadas'na imprensa., o PCD
que at. ento no havia sido alcanado pclof; rgos de ~>egunlll-
a, teve em 19.74/75.viil~io~de seus organ :i.~'1(\0:-;
desarticulados e
dirigentes prcsos. Seguibdo detcrminao d peus, os membros de
CC que ainda se encontravam no Brasil, foram retirados pilrn a
exterior onde, alim de Prestes, que desde 1971 vivia na unio
Sovi6tica, estrtvam seuS representantes junto ao PCUS c aoS PC
ela 'l'checoslov5.qUia,da :FraniJ.
G da Argentina (1).
--1_-"'-
i
r
879
, .
ao ,chocAva-se com a pOltica da FPAFj na qual nao havia espa-
o ptir o confronto. com a burguesia, um dos componentes dll"Frcn
; <.:. . -
ta 11 ,onde'o mov,imento sindical era um item a mais. O PCI3 ia pr
I... , ,_
dando, cst>do e hegemonia nunla rea que dominara por mui,tosanos.
,_~~_,:.~~~",_~-~-,-~:--~.~~,.~,,-
-----
f
..
880
r~ESEHVflD~
do peD';
Sob a fachad de "Encontro Nacional pela leg11idiJ.cJc'
o partido realizou, entre dezembro de 1983' e janeiro de 1984 o I
(3) Com a falnc i~ da revinta "rre~;('11:t" que sust enl.ava o jornal liA Esquer-
dali que tambm deixou de circular, n:io se ouvia m'lis (.,].11" n,1 ala di.:~s:i~
d('ntt )~l'novn(lor.1. D'.lVld Capi~;tr.m() da CO;.l;l Filho, ~;(,ll principal. J.dpr,
filioll-:-;C ao 1'1'. tendo roido cpndidato uC'rrot.ido ':10 carr,o de ))(:1' F('d np
pleito de novembro .<1('J2~l,f~ . .,... _
l.~,I.'..~~.~_~ " o'
I
i
G E S E H v
... -----
'\~L
- ~-' ..
882
ca.
,
to, etc.
No dia B de maio de 1985, O Di&rio Oficial da Uni50 (DOU)
publicou o Programa, os Eslatutos e o Nuni[csto do PC13, dando-
lh~ condies de legalidade. Tais documentos derum entrada no
Dep.:l.l:tuJ11cnlo de lmpn:nsu Nacional do Hinj. 5 lUl: ia dl :Ju ~-;
U. <;a C 1:\
oru.1o se in~;cr(vct.lIn p): inc:L} d.os no:; qlW , O!i COJlHlI1i :;Lll; )1,:tO ,\!~r
di tam" (4) ~
. .
A partir dessa au borizaiio do ministrio pblico, lX1.s~;a-:
ria o PCB a atuar com duas estruturas:
uma ostensiva, constituI-
da por su..."l.S Comisses Diretoro.sProv-:rio.s
i e outra clcJ.ndcstina, b~
, ,
4
.
11.1a Prestes
2. A esquerda revolucion5rja
PC do n
RC.COll1~)OSt.O
o CC e vivendo o clilTli1 de abertura po1it.ictl pr9-.
pOl"cionado pelo Governo de J050 F igUG iredo, o PC do 13 reilJ. J.htl,
em junho de 1979{ em Bruxelas, a: sua VI.I Conferncia !;iJ.c:l.onill.
'Durante a con~el:ncil { foi formi..ll:iL:oc.1o o rompimento COl;1 o PeU:U
00 Comun,tl. Chins (PCCh), adol:ilndo o p~rt ido uma postUl:a cOrJ
tra o "scciCll iinpc:.rL:.l.IL;rr.o", contra o "revisioni.srno n.1S~;O C2 chi
n=.> 11 , cont.n, a t.coria do~; "'l'r!; Ivjun(:os" e CO:1tra o pc:ns<tllcnto
de 1:1elO'1'::;(: Tung. Jl. VJI Con:::erol1c.1;:~ ll(~finiu a ttica ele ] \i1._ilJ: ~)(~
la rnui~.> lmpla l.iberdade pol.t:ici1{ at~av~3 de todas (:~.> "fOl'':I~;
ptri~icl~~ c soc:i.'::Lis" de oposi~io ao re0 ime. Def inla., La!l!bC~;.;{
1-------.----.--- ...,.....---,,-
~-_.~_._._""--"--_o'----_----~---r~~~"-;;~~"l;"~~_.;:-;~-;-
. L _ .. 0 " -.----.-- ~CII ~-_'.:._:_:,~_ .. ~..:~ __ . "::._ . .l.~-----~---------
.... - ....... ----.-- .. _,
-------------I[ R E S E I~ ~~ _.~J 885
CR Bl\l
Em ~;etcmbro ele!.1980,
Sl' (El) I
ell1 r.:tZilO lla!.:; punie:,;
-
R:r, 1'1\ ~ pn rO<lli;.~.:tl~<11l1
n "J~c\.ln.LioNacioll.:l..l.
sofr.ic1a~>,
.
o.s
<1e
:i
Cons\.ll til~;" e tomaram n inici.a tiv;t de conVOC;ll~c'xtrzlonH nill-Lnnc'n !
te o VI Con<Jro~;so. O CC r(',1~rln, .il11Cc1jilt:am(~ntc,cxpul!;[IJ1c1o
-----------l.~~~_--~~-_.-~-~
;r--:'~-~l-',: !--------~-._------
O'.'
fnL--E S [ li V 1\ lj O
. _
1I8(j
bJ:o de; 1982 I dentre SPU~; mi lj tan tC:;3 estru t\lrados ( gUil U:o depu L.i,!,
dos fedcGlis - l\ur.lio Peres, J'os Luiz !oreira Guedes, lI.:lroldo
Borgc.r; Rodrigues Lima e Aldo Silvu J\rantes, todos e10 CC, (>))-
p)~On\.11lc:i.(1.~;~;i.~
t\ ):e~'pc:i.to -, o rompi Jil(m Lo de t.oelo:, O~.;,lcolo::i C01l1
(ll CL1~;~;<' opl'l:iir.i.;l, C'on'Jn-'q:ll-.io ,\f~ "f 01:<;;;':; d<'ll1(\Cl":Il:i C'-I~; (~ P(111l1-
i.
---'--'l
, , ,'11 ' . I 887
~
R E 5.~~_ ..__,.~~~_I' ,
lares".
No seu trabalho
..
de mu.ssa,. o PC do B tem procurado inccnti
var o confronto entre populares c a ordem p6blica, tendo sido
comp~ovada a sua responsabilidade e~ quebra-quebras, saques a
estabelecimentos comerciais e invas&es de terrenos urbanos c ru
rais.
Dando cobertura sua atividade junto s massas, O PC do
B tem vrios militantes infiltrados na grande imprensa e na te-
leviso.' Bdita um jornal legal, destinado s ma~;sas, "Tribui1Zt da
Lutu. Operria", um jornal pi:l.r<l seus mili.tantes, "A Classe Opcr~
ria", c uma revista terica lc<]l, "Princpios", atravr:.; dos
quais difunde a orie'ntao de seu Comit Centrll, alm elas rc-
vistas "Presena da J'.1ulher" dirigido cxclusivm~entc as mulhc
res e "bebate Sindical".
No MOvimento Operrio Sindical, o PC do B passou a atuar
no C0I1!3cll:.o Naci.or:ill das Clas:;cs Trabb.lha.c1oras CCONCLNl'), hoje
CGT, dominando ou infiltrando-se em vr ias sndica lo:.;, c1u. r: cJ. o'
prioridndc queles que 'tenhalll ma.ioref:'. possibili.d()c1c:~; de exc-rcer
uma efetiva presso de base sobre o Governo e as classes patro-
nais.
---..----....--- ...--------E~:_,:...~~.~~
..:-~:.-~'
. ,-------.- ----------.,--~
--.-------[~ I: fi [: ~v~\_I, ~~J
lJ o trabalho mi.litnr, atravs do (lu<:11 cJ.ll.l<l ni\!; For~l~~ i\nna-
das c nar;; Policias l>1:Llitarcs .. Existem inclc:i O~; ele CJUO j5 OC01~-
l-m-o
Em 197G 1 na Fl:ana, o Im-8 lcal.izou o seu I
HcJ.~:; GUn.s rcsoluc~;, a o!gi:Jni./.<l3o confinnou Ll li.nha po} ..ticu de
"Pleno" <.1e 1972, no Chi).c (5)_
C]uL:nicl revoluc ion5.1' ia, fazendo con t.il tos com C)llt):i1;~ Or/Flrl.i :/.:1C':;
de :lhri 1 de 1977.
)) Ol',.:mi;'.:ll.<o de' Cll1l1h:ltC }\:llxj~laL('niniq:l da poltica ()l,<'~::l'i:l COC'\!.
1'0)'; }!l,\'iw'l1ln 11<.1;1 Fln:ln<-ip:H;:W do l'1'(lJ ('l;ll'i ad,) (:\u'); 1\1;:I() 1'<'pllLlr
I
.
889
(
o crcscirnent.o da or9lnizai~0 passou pcl-a fuso com l Fra-
lO Opcriiria Comunista (FOC) - um "racha" da OCl'lL--PO -, em no-
vembro de 1979, c, j5. em 1980, com o "Grupo Unidade", intcgrado
por remanescenteS d<l TL/ALN.
de contestao.
Em janeiro. de 1982, C}uando o CC distTibuiu D.5 "Teses p,;ra
,
o 111 Conqrc~:;so", aguou-se na o!:gJni7.l;~O um processo de: ci.:,:;~i.o.
Os dissidcnL0s atacavam as t.csos, tachando-as de reforrnj.stls c
cslcndianl suas criticas ao CC, acusado, dentre outros D.spectos,
por malversao de fundos, que estava conduzindo a ors~nizao
lista" .
Os dissidentes nno aceitaram as resolues do 111 Congre~
50 e il:on:i.camcnt:C', atl-avs 00 jornal clandestino, "Unidade prole
lria 11, at.acnV~lm o CC e suas posi.c.s rcfo.rmistas. O aSJl',IV;l1l<C'n-
-(-,O do problcl\1il econmico t01:l10n maj ten~~o o c liHkl na orq<ll1 i Z<'l-
ao. 'l'cl~m()S como: "tri:lInbiql1e" ( "calote" c "trapa a li cortilvam O~;
iU:C5 acn~;,Gcntados 5. tcnninolor<1 mal:x>t:a-lcninista, cl\\ol(1ul~a!~
<}o um conflito t:pico, caractc:)').!:t::i.co do "Ci:1pitalisll1o ~kc;ldlnte".
1
. ! . . .
891 '
nao h5 .i.n(licio~;
l:mbora n':lOpo~;~;aser C'1csC,ll~t':ld'l, de ;quc o
PRC
No final de 1980, cram expu} so;) do PC do B os d;slcnt.c~,;
que cr.it).cavo.ll\ il cxpericnci~ gur;:lT:ilhciLa (10 i\ra~iuaia c a eta!".):.
"nacion.:ll-burguesa 11 da revoluo. Os c):pul;~o~:;, CO)1Ccllt.ri.lc1os no::
Estados de sito Paulo, Rio de Janeiro, ]'.(l1dd, Par?c e Parln2l, pd~:.
saram a consid(~rar-sc marxis til s-lclJini s til;;, discc)):'d2-11ctO elo Lro-
'b,}:isJ:,o o do st.a1inismo o cOlllbat.cndo o r<.'visionisrao contcporZi-.
1100 _ representado pc1ns orientae~; C!n,l<lcltS do PCUS -., a so-
apos e>:pulsos, pa~:;saram a sel~ Cll(.ll1,lUO:; de "7\ Esquenla ri) PC 'do B".
l~ "Ef;Cjuc.rd21 do PC c10 n" ingressou C:!i\ ~Jrc:mc1c parte no P'l', apoil.J:.:"
do cr:i.i:liio ()<: Cl1'1.'. No l'1ovim('nt()E~jt.ud(tnU.l, p1.SS0U a c1;p,-; Ui r
c~:;pao e il'lflllFr.ci.:l, agruprlD(10-SC nu tcncl,ncia "Cannhunc1o".
tos trotsquist.us.
]'1J)(~::ilr c'la CJ:l LicJ aos p.:u:tido;.> c ele
_. __ ~~
or~Jl\l1 iZiH;CS
.. ....... - (' :111
li i ,1:1 to; I (\to 11\I t a di) f (' li I'
("I) ~;l'Ulliril',l'ntl' m:x:imo C1:llllio C;lnl()~;() C;~mpo!;,
f(li ('leito, \1'l1do ubtid(l
1::11 plll: si;o 1';1\110, S(~lI )"t:t1l1 Lo l.') I' ll()l:a), n.:io
., _ ... -~..
~' ~ .
893
I?CLm
:.;lito~;.
l'Cm~ an i c'\' ia
"fl~cn Lc", o PCBJ':' ldotou scmpJ:c po~; L\ll:it:; ':lCJLC~;~;i \"l~;, l)l~OI't\(.mi\n(:()
J:;:da .1.11\\ pr'occ:;~;o l:C t.Lll1:',i (;::;0 bunJ\1i.':;i\ c (ll1t L1 um pitct o so-
cial, ojd:1I1l10 pCJit conqu:i::Ll da .ini.cLll:iv:l p(d it:iCil ).,,'10 lliO\'i-
-"'--"'"'' - .. - .. ' . - ---rl~..l---..-~-~-\: " I., i' t--------- .. ..- ..-..,---~. __..
-r- . _._ .~_ .-
I
......
-----------E fi ~_.~_~_'
895
A reestrutura50 ..
do PGBR ~eria de se afirmar pelo consen-
so de um Congresso. Desta forma, em julho de 1985, na cidade d~
Feir~ de Santana, ocorreu o 11 Congresso do PCBR~ o "Congresso
Hrio Alves". As fprOVi:tesdos est~tutos da organizaiio e de
diversas questes foram rcferenclld.:lspela prcsen1 de setenta
delegados dos dive~sos comit~s subordinados.
1~(~f]ct:iJl(10
!;obn~ l..s._!~"!.::.',:,'.~"F'~r-:.
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plOln[iU Cu!; com o BrlS:U. p~l<::. !,;iC).:tcJlW, pCll.l l-'J.u.r;/j.l :-:al v",
dor c ])01<1 LIbia (8}.
19 Gl, ,
in~;('riu-~c no contp;:to,da lutu do PCl\l'. para o !;U:::lcn'Lo
c:;tu:tura cJi:~n{1r~i:;lil1i:L /, pris.=io de Cjll,-~(J T:1jljtiiJ1L(~!; di!
.~. :'.' 0 j
..----, '.' . -- -.- -- --
897
a efetivao de reformas ~;ociai l-;, cven tua l!tlC'nt c' propO)"(' io)wdn s
pelo regime burgu6s, como do interesse dos trabnJhad(lrcs. hfus-
tanc1o-so da "acomodao re forll~; t:~1", 1. OJ~~Flniza50 propl1C[nou p.c:.
lo rompiwcn to ro\'01uc1.on5.1'.1.o com ;1 orcl(~rnbl1rguc~;a, COlllO u solu-
a0 para a "mi:..;ria, a op1'css.:lO c a exp10ril~1() do povo brasiJ.ei
ro" .
(9) I\. OCI)l' ~~ll1"l~i.ll no fin:tl, tI;1 c1,~cad:1 d . '10, [onll,ld;1 POI" mi J j I ;lIll ('I; (>1'(lV('lI.~,
C'nll'l: d.1 :lgor.izalll~ 1\(:;10 l'pl'lr!;ll' (,\1').
1_. .. ..
__ ._.
~-E S E i{ V fI L () I
-----
.. ..--...-- _ ..... :
divida c>:tcrlil.
Para o >:ito d,l revolu(;i:o, a ol.-g~,n:i.za50 nj)cl~)lO~1 <l r;('cL'::~-
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brhs e outras posturasltle enfrcntamento.
I
3. A linha trotskista
Convergncia Socialista
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-..~.~.... I\ 1\ ::'--------. _
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9()(1
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fel ~;(~;10 romp.i IHl'l) l (l com l.,.l)II~.J~.
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li!
p.I'I;111l('nfo <1.1 clv.i
---.---.-----.----- ..-.- ._.~
~, '; ..' ;.,. r',:
902
t--------------.l R E S ~~ V
.
~l~-~~
I .
da externa.
mericanau
Ao contrl:i.o da maior.ia das organizC\es de eSC]\lcnlC\, C]ue
recebem recursos do ext.cJ:ior, a CS cont~r ibui.u com recursos f 1.n<1n
c~iros para a LIT/IV.
Fiel aos princpios de Trotsky, a organizao prcconizil a
luta armada para a conquistado poder, atrav&s da constjtui~o
de milici.as opcr5rias e populares e de aes de autodcfosa do
p~oletariado. Julgando que o momento era oportuno. a CS colocou
\'.
em prtica e'5scs principios em 1985 quando, alm dos ").queles
d porta de f5brica", sindicalistas filiHdos ao Sindiculo dos
MctalGrgicos de so Jos dos Campos/SP, infiltrado por cssu O~
,organi ZlJ:C:lln
um grupo de cerca de 300 homens, autode;";o:rd.l1'H:h's
"HiJ.lcia Netalrgi ca" ,.que pretendia, confonne anunciou, ~;cr "unu'
respostnda categoria ~ intimidafio policial e rcpressfio pro-
movida pelas i.ndst.rias contra os grevistas". O fato t.e.ve ampla.
repercus~~o na imp~ensa em 1985. Essa atuao, insere-sc, na
verdade, no que foi pr~~conizado por ']'rotsLy, em seu
de 'l'rans:Lo", ao abordar os Piqnetes de Greve, os Destacarncn-
t.os de COlcl)ate, a Milicia Oper5ria o o Armamento do ProJ.otaria-
do',
Para o trotski.smo, os "piquetes de greve" sao as c6lulas
fundamentais do exrcito do proletariadO, A partir deles, e por
oca.sio de cada gJ~eve e de cada manifesta50 de rua, o~; trotski.~
tas pr.op<.1gama idia da necGssid.:ldo de cria'fio de "dc~,l'\carncn-
tos oper&rios de autodefesa", inscrevendo esta. palavra de ordem
no P)=og)7amada. "ala revolucio11ria" dos sindicalos e cri ando
1:.<11s c1estacmnentos em todos os lugares pos~d.vei.!:;, a COllICa):pe-
las "017ganizacs de jovens", conduz ndo-G)s ao mune j o das .3.1"-'
---------F;:~;-;;;~-:;~;;
\---------- ..----- ..--
.-._ . " ... "., .. ~.; __ . , _ . """1I'.~ -.ft'I"Io"",..,.'-'- ....,'f~.....;"-:-'.: .......
.."r,',.., ;;":.~.:~...,~..,...-t,.~,,,.,,)~.-:-~ :1~.,.,., .~ - ..~.::'I\'"4 . ...-.,~-,'f"!"-';.--.-~,-".1'-.~.":'-7"'-
.,...,..~,-~'-~:;r.:- . ,.
:0;1" . - ..1 ,~.~''''........,~-
903
Consciente ..
de sua pequena representatividade, a CS optou
por continuar como entidado civil, atuando no interior do PT,
COllJ o objetivo de transfonllQ.-lono partido revolucionrio.
ORl-1-DS
'---------- rl~~_~;-~_'
..~/~.~-.,.
~ -;':"~J--_._-----"---_.'--'----'
1:-:-: ----- .. 9011
~~~~~~-~
...: Considerando o proletariado como classe dirigente da revo
luo, a OR1'1.-DS. pa.ssou a atuar prioritariamente no movimento sin
oi
"Tcrr.a gente".
A 0llJ.\1-DS, assim como a CS, prC!tcnc1c transformar o P'1' em
"partiq.o revolucion)~io", atravs elo assa lto a cpula da on Li.da
d8 por parte dos trotskistas. En tende-se que o "pal~tic1o do Lula"
& o principal resultado do desenvolvimento da luta da classe o-
perria I embora n2io Vossa, ainda, sor considerado um partido rc
voh~cion-riC!. Esta evoluo dar':"se- quando uma orFll1iz.3.Eio
maE.
xista revolucionria assumj.~ a direo pDrtid5ria 6 quando 110U-
mo militante.
l\tualmentc r a ORi'1-DS pennanece vinculada e C1cp::::ncJcndo
ic1eo
logicamentc do Secretariado Unificado (SUl ela IV Internacional,
constituIndo-se na sc50 brasileira dcsGe ramo do trotskismo JHun
di;:J.l,cuja !.;cdc(~l1conlTa-Bc em Brl1xcln[.;,na 13lgi.cil.DUI~.:lnto a
realizafio do XII CongrcGso do SU, no jnicio de 1985, na Argcn-
"l:ina, fO)~"lnolei.tof'".
Lr~) mi lltc:U)l:c~da or-~lani.zn[i()pa):il
:ir\~C<Jl~aJ:
os !~Oll!.; Or~F\l\i!.;mos
de (li.roZ.o
int(')~nacionill.
Po 1 i l:.i.
C~l1ncn
t.e,.l\ a l:u<.\t'.o
(lz\ or~Jl11l L:.\ ;,~o OCO):rc n t rav(.!!;
do
-------------905
PT ..Re~paldada pela ~cgcnda~ conseguiu eleger para a Assenillli
Constituinte os militantes Paulo Renato Paim BOlzani, do < Rio
.
Grai1.dedo Sul, e Vi.rgilioGuimarcs de Paula, de Hi'nas Gerais.
Na Con~tituintc, defende um programa socialista de transforma-
co da sociedadc~ ressalvando que a participao do PT rio deve
sig~ificar reconhecimento ou legitimidade da constituio gu
for aprovada.
c todas as concentraes
sveis pela segurana
como organizadores
dos damais companheiros.
da ao e como raspo~
Os "milit<:mtes
es-
peciais", apesal~ de retornarem s suas clulas originais, pas-
sam a ser subordinados diretament.e ao cc.
nlrJ.acomo J.nstrlllllcntos
para!a tomada do poder. Em seu III Con-
I
~1-;~~-~~
..~;-.:.
'~-,\1
I
l
I
t
90(,
------- , [~~~:.~.~~~.;~~~~~.~~~~~:J
I.. 'r--~-.~,".'.:'-:~.;.~.:~;:~'.:,~~::..:...
_ -'T' . . '_'_. .-' ~~>....".'....".~~,~.--..
907
teso i
------------------r~~~~~-_
dc~ Or9,.n5z<\i"io
:~._~._-~_.
~:':,';~(.:(---.-- '----------.---
pi1ri1 HCl:on:.t',rul,;.'io 11.'1Qlli1rti1 lllt.C'nl.-/{'i un,!] (('()!~.'{}.r),.
908
13ra::::3.1i<:1.
Assim como lS c1cnwis organizaes trotskisLil~;, atua poli-
ti.camente no PT e no meio ope=tri.o sindical at.ravs da CUT. 1\0
di1:co.
/..l------.---------,
.._~._." ......
E!-~;~~~:-;.~~I-.------
"-~~.,."....,..,""".,.,...,....-..~,-,...:.,'~,~.".""'i,."...-,.....~-,;~,." ,.',.,'.,._, ..:1.' '~,..-~7
...,'.:.;".':-", ."...,.....
--o --
..'>:rr "'C., ."<...,..,.._.:.~~,:,".,_,..,~.:'C",'",~::r:'---~
909
4. A Luta Armada
l!cn
o rcn realizou o seu VII Congresso em dezembro 83/janciro
84, qua.ndo apl:oVOU uma nova . "Eesolu5o Poli tica 'I que, em seu
item 11 RC\701uc;~.oe Insun:cio" deternna:
C.OJ/xt C((LC. a eM~.(I.[/lCt d(d IIle....t..O.6 )J(ULCl .t..{bC'.\(:'L o Paz,,\. (!.. t.'WjI6~O~~
"jJC'.,!l((J( ele. .te.h 6.i..cio Ullllll<1-'lC.O 11(( \I.iela elo /.,((/(Li.clo, o IIIO\I{ ..
iDtUl.{ ..~ rW!l clt>. ,!>lICl 6ItlJ(laC:(((I, ('111 197.2". (r~cfel:'jnc1o-se ,\ IntenLon;l
Com\lIl;l~,l de 3~; - Folha de; sEio P.:.l.ulo 03 Nov U~j) i
;-
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911
que l pd.6.6Zvet c.hega.!tmo~ a.o .60c.ia.l.i..~mo ~e.m e.la.. O q(te dita a.6
c.oi.6ct.6 d..m polZtica . a. C.o!Ute..e.acao de. 6!tca,~". (Correio Br.:l.sili-
ense, 24 Fcv 85) i
..
......
con.tIL.!t.i.o
"{\o do que. ~e d.tz, 110~ nao clc,~c.a!ttlllo~ a luta.
a.!l.tiIada, nem qual4ue.!t o(tt!ta 60!tlllit de luta". (Correio I3razilicnse,
23 Mar BG) i e
,,~ PO.6.6Zve.f. que. pa.6,~e/llb.6 pa,'ta o oc.-i.al.<',~nro pela V.la. pac.2.-
6.tc.a.; m.6 eu n.o eXc.LO a pO.5~.tb.i.l.i.dade da ta.ta. afUlI(lda e da v.to
.e..l1c.ia.". (Folha de so Paulo' - 11 Abr 86).
PC elo B
!to no e
a. .tU.tll aft/Jlada, ,6o dC.tc.fllll.tnadoJ.> m.tod(l) ({ttC io avc.l1.t:u
fLet01J. O plto.fc.J)t{( b.tco de.. .todo {l.}.. '",. ]Je,.Hoa.f. que /.la.lt(.(c.tpO((
d(l, c.flal/lada [l(Lc.It!t.i.tlw (!LaIM - e qlle.. no}.. pa!l('CC ((lIla 5"'Ll1la (,({ll/V!.!.,
~!':~_:~
-~~~~~:.
~.J I
.... --..'
912
1
c.e.de.1l1 /"lIa/., po-i.ef.. ('. p/tlV ..U..g"<"O.5 paci ..icanl('n.tc.". (Joo l\muzo-
nas de. SOl17.aPedrozo - Scc-Gcral do PC do B - ao Jornal (10 Bl:il-
c.zonlll PO/L Illc.io. de 6 (11(1l1(t.6 pJLplL.t6 de. .tu.t((, li!(.,s a vr..J! cac!cu, , .'!~~
cU..ca .<..I.l. V c.,~,.te. /li o da', a D u <'..hlt~l JL c.y o.tu c. .i. 011 h..(.cl 11t (I c..s t i d ('6 li oi 1;(' ((,t ~l
dade lc IH(t,{.OJL dOIl!,{,)l.{o C'. apf.-.c.a.o die ..~M( .f...nlw". (p<j 49 :.. 'l'escf;
illlP/(C.I1.~((, etc.. Poh ..I.l.bO, <'..66(>.. gOVC.:Ul0 t((O .{.ll':-'}J<'J({(do .:-,H'l(i at.-
can'cac/o pe ..ta Vl J(c\.'o.f.1Lc..i.OJJ(tJ( ..i.a,,{,,:-':f..:o ., pc.ta Lut(( hI11((c!a di'
gIUl.l1de. p(/(c.e.ta do povo b/((t,:-"i.tC..i.J10". (Documento do Cn.!PC do B!f~C,
de Ago 84) i
"N :t.C'..lllO.~ /lI([t..6 pon:(:o,!:> de COllvC'./[or.nc.tcL do 'li!.e. (le. di\ICl1~l~1
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de Sou~a Pedrozo Sec-Geral do PC do B _ re-
el.e.6 -tambm .6abc.m que .e.6.6e o iC.O call1.i.Jlfw, Apel1(u, po.'t te:tem.
J a. R6.6t poJe. -tJt.6, o qu.e. .the..6 d ma.i.o,'t e,~t.'L(ctUJl.Q, pode./)! i..'t ~c.-
va.ndo a c.oi...lJa. poli...-t.<.came.n.te. e.nQuanto pude.ltctll. ,\!a...\ o c.al1l.(..Il(l.C .'~e- i
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I /L. dLut.a Altmada". (Joo Amazonas de Souza Pedrozo _ Sec-Geral
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"Se plte.ci...l>O 6oJt,
vamolJ pegct/t em .aJtma.6 pa/ta c.OI1!.>~t.i.dall. aI.>
mudanal> 6oc.<.a.i...6 no PaZ.6". tCludio Cardoso de Campos, em pale~
tra realizada no dia 20 Dez 85 em Porto Jcgre/RS)
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FQI
liNdo ex.tl.>te ne.n{wma tnulio pac..:zSi.c.a. ate. out/LO 6.t.~.tellla
de domina.o da' c..ta,~.6c. btOlglle.MI. e. do illlp(,,"~.taLt1lo". (Resoluo
do 111 Congresso da FQI em 1979) .
liA FQl n.a.o de.!>ca.ltta a .tuta. altll1a.da como lI1e.to de. c.cn~e.cucao
de .seu!> objc~.tuo~, admitindo a 6ohma.c~o de. plquete.6 de. 9~eve6
(aftmadol.>, ({(te devem Itea.gllt a. 6oA.a a UIlI c.on,'Lon.to com o~ on9ao~
.:de .segultana, COIllO pJLeconiza Tltot.~I~y". (Curso de Formao de
~uadros - 19 semestre de 1986).
ORH-DS
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Exlteo Revotucioniltio 60ltte " bem tlteillado que da.tii .u. t~llta
co ao no vo e. ta do pitot etiltio". ( "Mrc ia P in to Camargo: In stru-
tora do "Curso de Comandos" da ORM-DS em 11 Nai 86).
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