Notas de Aula Curso Blocos
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O bloco normalizado, no modelo principal, possui apenas dois furos, vazado para
permitir a passagem da tubulao hidrulica, eltrica e de esgoto. Os furos tambm
atuam como formas na execuo do graute (concretagem) das vigas e colunas que
faro parte da estrutura pronta..
O bloco formal tem dimenses padronizadas por norma, apresenta afastamentos
mnimos nas dimenses o que permite perfeita modulao. Sua planeza permite utiliz-
lo sem revestimento podendo tambm receber friso nas juntas como forma de
acabamento.
O bloco de concreto pode ser utilizado tanto para vedao de vos em galpes,
barraces, muros ou edifcios de estrutura convencional de concreto como para fins
estruturais onde a estrutura de sustentao o prprio bloco que a atua juntamente
com o concreto (graute) do interior de alguns dos seus furos, conforme projeto.
O recorde brasileiro, e mundial, de altura em edifcio de alvenaria para habitao, o
edifcio.... em So Paulo cujo projeto de autoria do eng. Jos Luiz Pereira
Em muitas aplicaes de vedao, o bloco tambm utilizado como elemento
decorativo criando formas, figuras ou fachadas diferenciadas.
O paver pode ser produzido por, pelo menos trs processos bem distintos, a saber:
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Processo prensado. o processo mais usado e o que resulta em melhor desempenho
do produto aplicado. Tem a maior produtividade e o que requer mais investimento na
instalao, principalmente nos equipamentos de produo. Dos trs processos o que
apresenta maior possibilidade de patologias e o que resulta em maior consumo de
cimento, para se atingir uma mesma resistncia, devido ao fato de trabalhar com
concreto semi seco.
Processo dormido. o processo no qual o concreto permanece no molde de um dia
para o outro. Neste processo, como os moldes so de plstico ou de ao, o paver fica
com um acabamento superficial extremamente liso, sendo, por isto, preferido para
aplicaes em reas domsticas.
o processo que resulta em menor consumo de cimento devido ao fato de poder ser
produzido facilmente em duas camadas, uma camada fina, colorida e de consumo alto
e uma camada grossa, com bastante agregado grado, fato que diminui muito o
consumo de cimento.
Os pontos fracos deste processo so a produtividade que muito pequena e a grande
possibilidade de runa do pavimento acabado uma vez que as peas no possuem
intertravamento devido superfcie lateral lisa e o formato cnico das peas,
argumento necessrio para possibilitar a desforma do concreto seco.
Slide 15 - Misturadores
Como a mistura para blocos tem aspecto semi seco, ou seja: algo parecido com uma
farofa, o misturador necessita de uma energia extra para promover a perfeita
homogeneizao do concreto. O papel do misturador neste caso importantssimo na
obteno de misturas homogneas.
Slide 16 - Vibroprensas
Para produo de blocos de concreto so empregados desde equipamentos manuais e
de simples operao at instalaes sofisticadas, com grande capacidade de produo.
Entre os diversos tipos de equipamentos, os mais eficientes so os hidrulicos que
empregam bomba e pistes a leo. Nestes, a prensagem, conciliada com a vibrao,
permite a obteno de peas bem compactas resultando blocos de at 20 MPa, com
razovel economia de cimento.
Depois das mquinas hidrulicas vem as pneumticas, que assim se denominam por
empregar pisto movido a ar comprimido.
Normalmente estas mquinas apresentam maior velocidade na movimentao de
paletes e pisto de compresso o que permite maior nmero de ciclos por minuto.
Estas mquinas j no proporcionam a mesma fora de prensagem que as hidrulicas,
resultando em consumos de cimentos ligeiramente superiores para se obter a mesma
resistncia obtida com os de pisto a leo.
Por ltimo, as mquinas simples que possibilitam a fabricao de blocos quase que
artesanalmente.
Nestes casos a falta de energia de prensagem resulta em um alto consumo de cimento
que inviabiliza a obteno de blocos da categoria estrutural.
Os produtos obtidos com estes equipamentos, quando produzidos nas dimenses
corretas e com consumo de cimento adequado, prestam-se perfeitamente para
construes simples como muros e habitaes de um ou dois pisos ou seja, da
categoria vedao.
O custo destas mquinas da ordem de 3 a 10 mil reais e a produo em torno de
1000 peas dia.
Nos ltimos 5 anos houve uma grande evoluo no campo de mquinas hidrulicas
para blocos de concreto no Brasil e alm disso, O surgimento de novas marcas e o
crescimento das existentes possibilitou uma variedade de equipamentos de timo
desempenho.
Materiais como calcrio, basalto e granito apresentam tambm menor desgaste dos
moldes comparativamente com o quartzo que mais duro e por isso mais abrasivo.
Se considerarmos que uma boa mquina proporciona 2000 ciclos/dia e que um molde
pode suportar 60.000 ciclos com agregado artificial e 45.000 ciclos com um agregado
de quartzo, isto pode significar uma troca de molde a mais a cada 4 meses.
A utilizao apenas da areia natural pode ser causa de grandes transtorno em certas
regies do Brasil, principalmente Nordeste e Centro Norte, onde h uma variedade de
cor deste material.
O comprador associa variao de cor do produto variao de qualidade. Tambm
associa cores claras e tons pastis e de solo baixa qualidade. Relaciona dureza,
resistncia e bom desempenho com tons cinzas mais escuros e uniformes.
Da, a variao de cor nos blocos pode significar perda de mercado.
Quando se trabalha com areias que variam muito a cor, o ideal fazer estoque do
material para empregar um mesmo tipo (mesma tonalidade durante uma obra ou um
perodo de forma a no varias a cor do produto na mesma obra.
Slide 39 - Granulometria
A massa unitria corresponde relao entre massa de uma certa poro de material e o
volume do recipiente cheio que a contm.
A diferena entre a massa unitria e a massa especfica que a primeira considera o
volume total, tambm chamado de volume aparente, que corresponde ao volume dos
gros mais o volume de vazios presentes entre estes; enquanto na massa especfica,
somente o volume dos gros, ou volume real, considerado.
Existem duas formas de se fazer o ensaio de massa unitria, sendo uma com o material
solto sobre o recipiente e outra, menos utilizada, onde o material compactado a fim de
diminuir ao mximo os seus vazios.
A grande aplicao da massa unitria est nas transformaes de quantidades de
material de massa para volume ou vice versa, possibilitando o proporcionamento dos
agregados quando no se dispe de balana.
No aconselhvel a utilizao de massa unitria com materiais muito finos, como
cimento e cal, devido grande variao provocada pelo ar incorporado entre os gros. O
cimento pode apresentar massa unitria de 0,8 kg/dm 3 a 1,4 kg/dm3.
M M
Vg e Vt o que resulta::
M
Iv 1 ou Iv 1 -
M
Onde: Iv= ndice de vazios, Vt = Volume total (gros + vazios ) e Vg = volume dos gros.
Slide 50 - Trao
Como a areia mida mais leve que areia seca, devemos utilizar a densidade aparente
de 1,250 kg/m3 ou , preferencialmente, determinar a densidade da areia no
estado em que a utiliza.
Assim temos: 117,4 / 1250 = 0,094 m3 de areia
Para obter a quantidade de pedrisco, multiplique a proporo de pedrisco do trao pela
massa de cimento
Slide 75 - Compactao
Uma forma simples de conferir se o paver, ao sair da mquina, est com a
compactao adequada fazer o teste do dedo duro . Se com uma presso razovel
da ponta do dedo no se consegue fazer uma marca na superfcie, a mistura possui
adequada compactao.
Slide 98 - Capeamento
Entre os erros mais freqentes dos laboratrios de ensaio menos preparados, est o
fato de romper o bloco mido, sem capeamento, mal centralizado no prtico, com
prensa no aferida e, principalmente, incremento de carga com velocidade fora do
especificado.
Execuo do ensaio
Procedimentos:
a) Secar os blocos ao ar.
b) Pesar cada pea e anotar a massa, em gramas, na ficha de ensaio.
c) Retificar a superfcie superior dos blocos removendo salincias.
Para tanto, pode-se esfregar as peas em uma superfcie spera como um piso
cimentado
d) Medir e anotar as alturas dos corpos de prova, em mm.
e) Capear cada pea utilizando o dispositivo prprio e uma mistura derretida
composta de 70% de enxofre e 30% de areia moda, caulin, pozolana ou outro
material que reduza as trincas.
f) Adaptar os dispositivos de ruptura de bloco no prato da prensa e zerar o
equipamento com o pisto subindo.
g) Certificar-se de que o capeamento no esteja solto, possua trincas ou salincias.
h) Centralizar o bloco no dispositivo inferior e baixar o superior at encostar
levemente na superfcie capeada do bloco.
i) Iniciar o carregamento e ajustar a velocidade que deve ser de 0,05
MPa/segundo; veja tabela de velocidades de aplicao de carga abaixo.
j) Manter o carregamento na velocidade indicada at a ruptura da pea.
k) Anotar o valor, em Newton, na ficha de ensaio.
l) Calcular as resistncias individuais (fbi) dividindo cada carga, em N, pela respectiva
rea do bloco, em mm2.
m) Calcular a resistncia mdia (fbj) e a resistncia caracterstica (fbk) de acordo com
as expresses da ficha de ensaio, a seguir:
Tipo de
09 x 29 14 x 29 19 x 29 09 x 39 14 x 39 19 x 39
bloco
Dimense 90 x 190 140 x 190 190 x 190 090 x 190 140 x 190 190 x 190
s x 290 x 290 x 290 x 390 x 390 x 390
(mm)
rea
26.100 40.600 55.100 35.100 54.600 74.100
(mm2)
Velocidad
e 1300 2000 2800 1800 2700 3700
(N/Seg)
Tempo por 6 5 4 5 4 3
tonelada segundo segundo segundo segundo segundo segundo
s s s s s s
Como no caso dos blocos de concreto, de nada adianta o fabricante produzir uma pea
que cumpra as especificaes da NBR 9781 se o laboratrio que avalia a qualidade das
mesmas no for capaz de reproduzir suas caractersticas executando o ensaio de
maneira correta dentro dos padres estabelecidos na norma de procedimento de
ensaio.
Entre os erros mais freqentes que contribuem para diminuir a resistncia da pea est
a ruptura do corpo de prova sem capeamento, mal centralizado no prtico, prensa no
aferida e principalmente, incremento de carga com velocidade fora do especificado.
A seguir est descrita uma seqncia correta para se fazer o ensaio dos blocos de
concreto para alvenaria estrutural e de vedao.
Execuo do ensaio
Procedimentos:
a) Secar os corpos de prova ao ar.
b) Pesar cada corpo de prova e anotar a massa, em gramas.
c) Medir e anotar as dimenses, altura, largura e comprimento, em mm.
d) Capear cada pea com uma mistura derretida de enxofre e areia moda, razo de
30% de areia e 70% de enxofre.
e) Adaptar os dispositivos de ruptura de pavimento no prato da prensa e zerar o
equipamento com o pisto subindo.
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f) Centralizar a pea no dispositivo inferior e baixar o superior at encostar levemente
na superfcie capeada da pea.
g) Certificar-se de que o capeamento no esteja solto, possua trincas ou salincias.
h) Iniciar o carregamento e ajustar a velocidade de carregamento que deve ser de 0,5
0,1 MPa/segundo, ou seja aproximadamente 300 Newton/segundo
i) Manter o carregamento na velocidade indicada at a ruptura da pea.
j) Anotar o valor, em Newton, na ficha de ensaio.
k) Calcular as resistncias individuais (fpi) dividindo cada carga, em N, pela respectiva
rea do bloco, em mm2.
l) Corrigir, se necessrio, cada valor de resistncia multiplicando o resultado pelo
fator h/d que funo da altura da pea, conforme tabela 1.
m) Obter o coeficiente de Student t do lote, que funo do nmero de peas
ensaiadas, conforme tabela 2.
n) Calcular a resistncia mdia (fpj) e a resistncia caracterstica (fpk) de acordo com
as expresses da ficha de ensaio, a seguir:
Tabela 2 Coeficiente de
Tabela 1 Fator h/d student
Altura da pea Fator Nmero de peas
t
capeada (mm) h/d ensaiadas
60
70
80 0,95
90
100 1,00
110
120 1,05 >32
Resistncia caracterstica
fpk fpj t . Sd
Desvio padro
X Xi
2
Sd =
N 1
Onde:
X = Resistncia mdia das peas ensaiadas;
Xi = Resistncia individual de cada pea;
N = Nmero de peas ensaiadas.
Quando o cimento reage com a gua, h a liberao de cal que permanece no interior
da argamassa ou concreto em forma de cal livre.
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Quando h passagem de gua pelo interior deste concreto ou argamassa, a gua
transporta esta cal livre para a superfcie.
A exemplo do que ocorre numa loja de departamentos, ou numa padaria, quanto maior
for a variedade de produtos e complementos que se possa oferecer, tanto
maior ser a possibilidade de manter a fidelidade do comprador.
Neste sentido, importante que o produtor de blocos de concreto possa oferecer
tambm os complementos do sistema construtivo com blocos.
Estes complementos que compem a famlia completa de blocos so, alm do bloco
inteiro, o meio bloco, a canaleta e os blocos especiais de 34 e 54 cm,
Outra parte importante do conjunto so os elementos pr-moldados que compem o
sistema construtivo com blocos
Destes elementos, os que mais se destacam so os contramarcos, a verga e
contraverga, escada jacar, cpulas de colunas para muro, caixas de ar condicionado,
e molduras.
Em regies de clima quente, um dos argumentos mais competentes que podem ser
utilizados a favor do Paver o conforto trmico que ele oferece em relao ao
pavimento flexvel.
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Pela sua caracterstica de cor clara, o paver absorve pouca luz e conseqentemente,
calor. Pelo fato de ter juntas entre as peas, ele dissipa parte do calor absorvido com
maior facilidade. Pela sua caracterstica de no ser impermevel e de absorver
umidade do solo, do sereno e da chuva e liberar esta umidade em dias quentes, o
paver pode apresentar uma diferena de at 20 graus em relao ao pavimento
flexvel.
Cimento
Como j foi dito, h uma enorme diferena em utilizar um cimento que apresente 35
MPa ou um produto com uma performance de 55 MPa. Isto pode representar uma
economia de 40% no consumo do produto. Verifique a resistncia do cimento que voc
est acostumado a utilizar.
Se for o caso, encomende um estudo de trao a um laboratrio qualificado e obtenha
do laboratrio a diferena de desempenho dos dois produtos.
Areia.
Uma areia fina proporciona blocos de superfcie mais lisa, mas ao mesmo tempo
provoca uma sensvel diminuio na resistncia do concreto. Isto ocorre porque quanto
mais fina a areia, mais gros precisam ser envolvidos com pasta. Sempre que puder
opte por uma areia mdia ou a mistura de uma areia fina com uma grossa.
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Para produtos de grande resistncia como o caso dos pavers e blocos de 8,0 MPa
para cima. (lembre-se de que blocos de 8,0 MPa tem resistncia no concreto de 16,0
MPa, uma vez que a resistncia do bloco medida pela rea total da pea que o
dobro da rea til). A areia deve ser obrigatoriamente limpa. J, para blocos de
vedao, onde o pouco cimento tem dificuldade para manter a coeso da mistura, a
areia de cava tem melhor desempenho.
Pedrisco
Quanto maior o teor de adio de pedrisco, maior a resistncia dos blocos ou menor o
consumo de cimento para uma resistncia fixa. Pedriscos de dimetro mximo superior
a 9,5 mm limitam o percentual de adio em 25 a 30% da mistura enquanto materiais
mais finos permitem chegar at a 45% de adio com blocos de boa aparncia.
J para o paver o mximo que se consegue adicionar de pedrisco mantendo boa
aparncia das peas de 30%
gua
A quantidade de gua tem papel fundamental na dosagem do concreto para blocos.
Uma mistura na umidade tima dificulta um pouco a alimentao do molde, mas
muito mais fcil de ser compactada, resulta no menor ndice de vazios e na mxima
resistncia a compresso. J uma mistura seca, feita com pouca gua, enche o molde
rapidamente, mas demora para ser prensada, pode perder at 60% de sua resistncia
por falta de compactao e, alm disso, desgasta mais os moldes devido ao maior
atrito.
Misturador
Equipamentos de mistura forada permitem obter economia de cimento porque
homogenezam mais o concreto. J Misturadores comuns tipo betoneira necessitam de
at 25% a mais de cimento e, em casos de resistncias mais altas, so impossveis de
serem utilizados.
Quando se misturam concretos com pigmentos o rendimento muito superior quando
se utilizam misturadores forados, os de eixo horizontal.
Vibroprensas
As vibroprensas hidrulicas possuem muito mais energia de adensamento
representada por fora de compresso conciliada com vibrao e, por isto, compactam
muito mais a mistura, o que significa menores consumos de cimento.
J equipamentos pneumticos no possuem tanta fora de compactao e isto se
traduz em consumos de cimento um pouco superiores.
As mquinas manuais precisam trabalhar com muito pedrisco (bloco cascudo) ou com
misturas muito midas e com consumos de cimento elevados para se conseguir blocos
de vedao.
Textura
Se o objetivo produzir blocos de textura lisa, ou seja, que vo ficar aparentes, ser
necessrio um consumo de cimento maior para compensar a alta superfcie especfica
da mistura.
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J, se a inteno e produzir blocos para serem revestidos, tolice fabricar blocos lisos,
Neste caso, a mistura pode ser mais grossa e, com isto, o consumo de cimento ser
certamente menor.
Desempenho
Note que todos os fatores comentados at aqui alteram a proporo dos agregados
em relao ao cimento e, conseqentemente, o consumo de cimento no concreto.
Portanto, devem ser considerados, ou pelo menos lembrados, antes do incio da
dosagem.
Obtenha, na tabela, a sua pontuao, o trao final resultante das suas condies ser
proporcional sua pontuao. Assim, se voc somou 140 pontos ou mais,
poder fazer um bloco de vedao com um trao da ordem de 1:20. J se
ficou nos 40 ou 60 pontos vai precisar de um trao da ordem de 1:8 ou
menos.
Coloque este trao em prtica e observe se a aparncia satisfatria, faa ensaios dos
blocos em laboratrio e verifique se a resistncia est de acordo.
Para isto, adote um trao fixo, por exemplo, 1 : 10 e faa de trs a cinco misturas
experimentais com quantidades de gua variada e controlada, por exemplo
5%, 6%, 7% e 8%, mantendo todos os outros materiais constantes.
Se o trao 1:10 e voc utiliza, por exemplo, 25 kg de cimento, implica 250 kg de
agregado
5% de 275 kg (cimento mais agregado) equivale a 13,75 kg de gua na mistura.
Descontando mais ou menos 2% de gua presente na areia mida, resulta: 13,75
( 250 x 0,02)
Ou seja: 8,75 litros.
Faa uma betonada com 8,75, outra com 11,5 que equivale ao mesmo raciocnio com
6%, outra com 14,25 para 7% e assim sucessivamente.
Construa um grfico do comportamento da adio de gua para voc mensurar a
importncia de se trabalhar com umidade controlada.
Curva de finos
Voc viu nos slides 59 e 63 que necessrio definir a quantidade ideal de finos da
mistura.
Quanto mais agregado fino se coloca na mistura, mais bonita fica a pea, porm mais
fraca ela fica ou mais cimento se gasta para obter a resistncia necessria.
O ideal o cruzamento de dois comportamentos, ou seja, finos suficientes para dar
acabamento e grossos suficientes para um trao economicamente vivel.
Para montar a curva de finos, encontre entre os materiais disponveis na sua regio,
dois materiais de granulometrias distintas e que se completem. Para tanto utilize o
mtodo do volume de vazios, slide 49.
Para descobrir dois materiais que resultem no menor ndice de vazios sugere-se
proporo de 30% de grado (pedrisco ou brita 0) e 70% de mido (areia ou p de
pedra).
Eleitos os dois materiais que se casam, faa outros testes com outras porcentagens,
exemplo 65/35 e 75/25 para saber naqueles materiais qual a melhor proporo entre
eles.
Utilize a proporo que mostrou menor ndice de vazios e faa uma curva de
resistncia alterando estes materiais para mais e para menos em propores de 5 a
10%. Por exemplo, se a areia X e o pedrisco Y foram testados no mtodo do Vv com e
a proporo de menor Vv foi 70/30, faa a curva com 65/35, 70/30 e 75/25. Isto lhe
permitira definir qual o mais percentual que lhe proporciona acabamento satisfatrio.
Curva de Consumo
Definidos a proporo ideal entre os agregados e a umidade tima da mistura, resta
agora determinar qual o consumo de cimento que proporciona a resistncia que voc
deseja.
Vale lembrar mais uma vez que a resistncia do cimento em uso tem papel
fundamental nesta etapa.
Tambm a sua pontuao obtida no item DESEMPENHO vai influenciar na definio do
seu trao.
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O ideal de uma curva de consumo que ela possa abranger resistncias desde 2,5
MPa, (blocos de vedao) at resistncias de 15 MPa que ocorrem em vendas eventuais
ou apenas consultas.
Para isto voc deve fazer uma curva com pelo menos 5 pontos iniciando e terminando
de acordo com a sua pontuao obtida no item DESEMPENHO.
Assim, se voc tem mais de 120 pontos faa a curva entre 1: 12 e 1: 20; se tem entre
80 e 100 pontos faa a curva entre 1: 9 e 1: 17 e se tem menos que 80 pontos, faa
entre 1: 6 e 1 : 14.
Moldados os traos, faa as rupturas nas idades que desejar e construa grficos
mostrando o comportamento da resistncia com o consumo de cimento.
De um determinado trao faa rupturas em outras idades mostrando a evoluo da
resistncia com a idade, exemplo 3, 7 e 28 dias.
Idrio Fernandes
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16 3965-1396