Cartilha Inspeção Do Solo - Ana Primavesi
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Cartilha de inspeo do solo - Ana Primavesi
Ana Primavesi
Cartilha do Solo
Como reconhecer e
sanar seus problemas
Expediente
A Cartilha do Solo: como reconhecer e sanar seus problemas - foi cedido gentilmente
por Ana Primavesi.
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Cartilha de inspeo do solo - Ana Primavesi
Sumrio
I. Parte .................................................................................................................................. 05
Como conhecer seu solo e sua sade................................................................................. 05
1. Os segredos do solo tropical .........................................................................................................09
2. Agro-ecologia - agricultura natural .................................................................................................10
3. Os conceitos bsicos da agro-ecologia tropical .............................................................................13
4. Exemplos de ciclos ........................................................................................................................16
5. Como um solo saudvel .............................................................................................................20
6. Como examinar um solo ................................................................................................................20
7. A textura do solo ..........................................................................................................................21
8. Teste de romper ............................................................................................................................25
9. O cheiro do solo ............................................................................................................................26
10. A cor do solo...............................................................................................................................27
11. Superfcie do solo ........................................................................................................................29
12. Como se reconhece a sola de trabalh0 ........................................................................................30
13. Solos compactados ou adensados (duros) ...................................................................................31
14. Por qu o solo tropical tem de ser pobre .....................................................................................34
15. Resduos de material orgnico .....................................................................................................35
16. Colocao da matria orgnica ...................................................................................................37
17. Composto ...................................................................................................................................37
18. Para que serve a matria orgnica................................................................................................39
19. Preparo do solo ...........................................................................................................................40
20. Atividade de minhocas ................................................................................................................41
21. Nutrio vegetal ..........................................................................................................................44
22. O exame das razes .....................................................................................................................45
23. O que as razes comunicam .........................................................................................................46
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II . Parte ................................................................................................................................53
Quando pragas atacam seus campos..................................................................................53
24. Pragas e doenas - o que eleas indicam ..................................................................................... 53
25. Como se criam as pragas ........................................................................................................... 54
26. Equilbrio entre os nutrientes ...................................................................................................... 57
27. O uso de caldos ......................................................................................................................... 58
28. Plantas indicadoras ..................................................................................................................... 59
29. Reconhecimento de pastagens ................................................................................................... 60
30. Plantio Direto ............................................................................................................................. 60
31. Cultivo aleopticos .................................................................................................................... 63
32. Salinizao de solos de estufas e campos ................................................................................... 65
33. A seca e o que agrava ................................................................................................................ 66
34. A agricultura da no-violncia ..................................................................................................... 67
Referncias bibliogrficas .................................................................................................................. 68
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o velho... mementi mori que reza: lembra- outras. Se no o recebe, aparece a enfermidade
te que s p e a p tomars.Tomou-se isso como gentica. Assim, p.ex. uma me que recebe
um infantilismo religioso, que imaginava que Deus pouco cobre na alimentao mas geneticamente
era o primeiro oleiro quando fez Ado. Mas, na necessitaria mais vai ter um filho cujo centro motor,
verdade uma sabedoria muito antiga que o corpo no crebro no se desenvolveu adequadamente e
vem da terra e volta a ser terra. O corpo humano, a criana nasce paraplgica. Se uma criana recebe
como tudo que vivo na Terra, feito de carbono menos iodo que necessitaria nasce cretino, se
- gua - oxignio (C H 0 ) e minerais. Forma os deficiente em mangans, provavelmente ser
6 12 6
ossos e o sangue, msculos, nervos, hormnios aleijado como tambm os animais. E se com sua
proteinas etc e, torna a ser gua, oxignio, carbono dieta diria recebe menos zinco de que
e minerais. depois de morrer. O que material geneticamente programado a pessoa ser
no homem, ou seja seu corpo, feito de mentalmente atrasada e muito parada, ou se
1
minerais que vem da terra e volta a ser terra. quiser, dbil mental, o zinco o lixeiro do sangue
Hoje em dia tudo que no se sabe explicar bem e deve descarregar o gs carbnico dos hemcitos,
gentico e se encontram as irregularidades para aue elas Dossam carreaar novamente oxianio.
genticas no cdigo gentico. Mas, os genes no e oxigenar o crebro. Mas se a pessoa dbil mental
so partculas e no possuem forma visvel no receber adicionalmente zinco com sua dieta,
microscpio eletrnico como os tomos. Eles so recupera em poucos meses totalmente, e at pode
cdigos escritos em formulas qumicas ou seja de ser muito inteligente. E se um atleta recebe zinco,
cidos. Mas cdigos so como projetos para uma No se cansa to rpido. Tudo isso gentico,
mquina ou uma casa, feitos no computador. E porque a quantidade de minerais que a pessoa
projetos necessitam sua execuo, para se tornar necessita aqui codificada e normalmente comum
realidade. E para esta execuo precisa-se de famlia.
material que vem da terra; os minerais. gentico Portanto, o homem o que a terra ou se
uma pessoa precisar mais de algum mineral que as quiser o solo, faz dele ou seja o que ele recebe
1
Lukashi, H 1999 Micronutrientes, Agric. Res. ARS/USDA Vol 7:22
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atravs de sua alimentao. Portanto o solo tem seu sistema todo particular. Portanto a transferncia
de ser sadio, ou seja com equilbrio entre todos de tecnologia de um eco-sistema (o temperado)
seus fatores, bem agregado para que ar e para o outro (o tropical) no funciona. E como
gua.possam penetrar, e limpo, isto sem mostra Tabela 1, absolutamente todos os fatores
substncias txicas. E como o solo o bem mais dos dois eco-sistemas so diferentes. No se pode
precioso do nosso Planeta ele deveria receber toda admitrir que o tropical seja completamente errado
ateno, todo cuidado e todo amor. Mas atualmente e o bom somente o temperado. Ao contrrio.
somente se tenta explor-Io para ganhar dinheiro Em estado nativo o tropical produz 5,5 vezes mais
rapidamente, para depois ser abandonado. Os biomassa do que o temperado. Ele muitissimo
colonos europeus no sabiam cuidar do solo mais produtivo enquanto pode trabalhar dentro
tropical. de suas condies. Mas quando obrigado a
A chuva que golpea agora o solo, desnudo funcionar dentro das condies do clima temperado,
e mantido limpo por herbicidas, causa crostas trabalha muito precariamente.
superficiais A gua no infiltra mais no soto mas A Agricultura Orgnica, deveria produzir
escorre, causando eroso e enchentes em lugar de alimentos de valor biolgico elevado, E isso
repr o nvel dos aquferos e nveis freticos ou somente ocorre em solos sadios e com plantas
seja a gua residente e onde antigamente sadias. Planta saudvel nunca atacada por pragas
dominava uma completa calmaria, o famoso e doenas. Se estas aparecem, porque a planta j
doldrum hoje a paisagem varrida pelo vento, est doente por no poder mais formar todas as
levando boa parte da umidade e causando suas substncias a que geneticamente capacitada.
desertificao. dos solos decados Se faltar gua Portanto, mesmo se consegue produzir, graas aos
numa propriedade onde antigamente brotavam defensivos que, conforme ao desequilbrio
fontes e tinha poos, porque o solo esta nutricional da planta se usam at duas vezes ao
2
impermevel . dia, o produto produzido de valor biolgico
E os solos so decadentes graas a uma inferior.
tecnologia inadequada, impostos pelos colonos Figura 1 mostra a diferena entre um solo nativo,
europeus. Revolvem o solo profundamente, protegido, com sua agregao boa e enraizamento
acreditando que isso afrouxa o solo. Mas na profundo e um solo cultivado, exposto ao sol e
verdade provoca seu adensamento. O solo se torna chuva, com hard-pan e desenvolvimento radicular
duro. E em lugar de proteger o solo contra o sol e superficial, barrada pela lage. Muitos acreditam que
o impacto da chuva, mantm-no limpo, bem compactaes e lajes se podem eliminar pelo arado
capinado, isento de qualquer planta nativa que ou subsolador. Mas mecanicamente se podem
poderia proteg-lo . Secam as fontes e secam os romper camadas duras, mas nunca agreg-Ias
rios e a vegetao antes exuberante agora perde novamente. A agregao um processo qumico-
toda sua fora vital. biolgico.
A Agricultura Orgnica geralmente no se livrou
O solo tropical e a agricultura do enfoaue fatorial , temtico, vendo e analisando
orgnica somente fatores isolados e dos quais os chineses
O solo tropical um eco-sistema como o de dizem: se olhardes uma montanha atravs dum
clima temperado. Sistema quer dizer que microscpio, somente podes ver um gro de areia.
composto de muitos fatore interligados e que fazem No se enxergam os bosques e rochedos, os
o sistema funcionar. Eco vem da palavra grega corregos, os campos floridos e os animais. Olhando
oikus que significa lugar. Assim, cada lugar possui a natureza fator por fator, nunca se compreender
2
Klinkenborg, V. - 1993 Fertilizantes quimicos afetam negativamente a estrutura dos solos, National Georgraphic,
Vol. 12
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Rabenandrasana,J.-1999- Revolution in rice ntensificaton in Madagascar, LEISA 15/3-4,Leusden,
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Kovarick, M. -1998- comunicao pessoal
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EMBRAPA. Passo Fundo -2000- comunicao pessoal
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Continua-se com o enfoque fatorial em lugar de No se consegue manter a saude vegetal nem a
usar o holstico-sistmico. saude humana embora que os alimentos
Produzem-se alimentos com um valor biolgico possuem resduos menos txicos.
muito baixo, com muitas subastncias meio- Na Agricultura Natural, ecolgica, se
formadas como por exemplo amino-cidos onde corretamente feita, os produtos so superiores
deveriam ter proteinas, em lugar de procurar a agricultura convencional, tanto em tamanho,
produzir alimentos de alto valor biolgico. sabor ador e cor, sendo de melhor conservao.
Tabela 02 Comparao dos solos de clima temperadoe tropical e da tecnologia a ser empregada.
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Foto 3
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E-Mail de Marsha Hanzi, Set. 2000
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de absoro diferente e excreta substncias esta faltando nestas doenas, mas porque boro
diferentes, valem como duas espcies distintas. faz as razes aumentar muito e com isso a planta
Os monocultivos de um ou outro cereal em encontra o que deficiente.
estado natural se baseia neste princpio. Pela c) plantando variedades diferentes provocando um
seleo natural no existe aqui uma nica variedade
aumento horizontal das razes
mas variedades diferentes e que garantem
praticamente a biodiversidade e por isso a d) deixando as razes seguir a gua que recua no
estabilidade por dezenas e centenas de anos, So solo, aumentando o comprimento radicular.
:monocultivos de uma esp.cie mas com 5 a 8
variedades. e) plantando cultivos consorciados.
4. Aumentar o sistema radicular. 5. Manter a sade vegetal pela alimentao
equilibrada (Trofobiose)
a) evitando lajes e compactaes
6. Proteger os cultivos e pastos contra o
b) fortalecendo as razes pela aplicao de boro (
vento. A proteo contra o vento aumenta a
entre 8 at 30 kg/ha de borax, conforme o solo
midade na paisagem. Estes renques quebra
e o cultivo) Assim plantadores de citrus controlam
vento podem ser feitos de plantas anuais como
seu amarelinho (Shigie/la) pela aplicao de
milho ou sorgo, por plantas arbustivas como
boro bem como os plantadores de goiaba a
guand ou bananeiras ou rvores como leucena,
maior parte das doenas desta. No porque boro
grevilha, eritrina e outras.
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M engel K e E.A.Kirkby 1978 Principles of Plant nutrition, Intern,Potash Insl, Berne.
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E ROSO ELICA
No cauasado pelo vendo
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Foto 8 - Soja com curva de nvel, porm com curvas rompidas e eroso
Foto 9 - Curvas de nvel cheias de gua que no escorreu mas tambm no se infiltrou
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Umidade do solo
Foto 12
O Vento 07
A gua transpirada pelas plantas satura pouco
A textura do solo
a pouco o ar ao redor. Se o ar esta saturado (95 a
99% de midade) a planta no pode mais transpirar
e no perde mais gua. Normalmente prefere se solos argilosos, por
Se o vento leva constantemente a umidade serem mais fertils. Mas os solos amaznicos que
transpirada pela planta e evaporada pelo solo para deram origem a selva mais frondosa do mundo,
o ar , ele age igual a uma bomba: Remove a crescem em areias extremamente pobres. Nos
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trpicos a intensidade da vida do solo e a Quem tiver alguma prtica determina a textura
reciclagem rpida da matria orgnica muito mais do solo fncclonando-o entre os dedos,
importante do que a quantidade de minerais determinando a quantidade de areia.
3
disponveis por unidade ( dm ). A maneira clssica porm pela capacidade
de ser moldvel.
Textura do solo
Foto 12
Fonte G.Hasinger,FIBL,1993)
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. MACH, Chile-2000-Evaluacin practica de la fertilidad del suelo. ed.Agrecol-Andes, Cochabamba
Fonte: G.Hasinger, FIBL, 1993
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Grumos:
se pressionar um torro ele esmigalha-se
grumos que tem uma forma arredondada e
um dimetro de 0,5 a 0,4mm
Foto13 (grumos), e 15(poliedros)
Fonte :G.Hasinger. FIBL, 1993)
Pequenos torres:
tem seus cantos arredondados e um
dimetro de 0,5 a 6,0cm. Ao romp-los suas
faces de ruptura so irregulares
Poliedros pequenos:
sua forma angular.
So grumos em solos argilosos e sinal
de boa estrutura. Seu dimetro varia de
alguns milimetros a 2,0 cm.
Torres:
com tamanho de alguns centmetros
at alguns decmetros. Suas faces de
ruptura so retas (lisas). Eles indicam uma
estrutura decada..
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Fonte G.Hasinger,FIBL,1993)
Foto 21 e 22 Estruturas especiais
Compactaes e Adensamentos
(Lajes) 8
Teste de romper
J ao penetrar a p, pode-se detectaras
compactaes. No perfil as compactaes so Quando se faz o teste de romper tem de saber
reconhecidas por serem lajes sem fissuras nem como se formam agregados.
poros, que somente se desfazem ao usar fora um processo qumico-biolgico A argila com
.Nelas encontram-se escassas radculas e ndulos, sua carga negativa atrai catons, como clcio, ferro,
por faltar o ar. magnsio, aluminio, potssio etc.
As compactaes tambm so identificadas A carga positiva destas atri por sua vez
quando, a partir de uma torro se produzem partculas de argila formando agregados primrios
pequenos torres com ngulos agudos e cantos muito pequenos. Estes agregados so colados por
retos e as faces de ruptura, so lisas. colodes ou geleias bacterianas que as unem para
O solo timo se o torro quebrar com faces agregados maiores de 05 a 1,0 mm at 2,0 mm.
irregulares, o solo ainda razovel, mas j necessita Agora aparecem fungos que enlaam os
de uma aplicao de matria orgnica. agregados com seus hfens para chupar as geleias
bacterianas. Neste estgio os grumos esto
Fotos 26 e27 resistente ao das chuvas. Quando acabaram
com as geleias, os fungos deixam os hfens morrer
e daqui por diante os grumos so destruidos pelo
impacto da chuva.
Mas abaixo de uma camada protetora se
mantm ainda por meses.
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o cheiro do solo
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Fig 07
O solo est timo Foto 27 - O mesmo solo que F26, verificam-se abaixo
da camada superficial uns torres que quebram ainda
com faces irregulares. Abaixo o solo est novamente
grumoso.
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Superfcie do Solo
3- eroso hdrica (foto 31a e 31b) e elica (pelo agregados do solo bastante destrudos e
vento mas especialmente pelo aquecimento do despedaados, mas a matria orgnica est
ar) distribuda por toda parte trabalhada. e no se
4- rastros de mquinrio encontra acima da sola de trabalho.
Podem-se encontrar tambm adubos qumicos,
5 - deposies de minhocas (foto 35, 36 e 38) especialmente quando se usavam formas
O estado da superfcie do solo indica o grau granuladas, tanto os enterrados abaixo da semente,
de estabilidade da estrutura e conservao do solo. Na soja tambm os que se colocam em 15 cm de
Na superfcie os agregados tem de suportar o profundidade, e que podem ser dentro da laje
impacto das chuvas, aquecimento e ressecamento inacessveis para a raiz da cultura, ou tambm na
pelo sol, e a presso das mquinas. camada superficial se for usado uria em cobertura.
Se a estrutura recm formada (pela matria - Constata-se que o revolvimento do solo o
orgnica) ela suporta a chuva, embora tambm afrouxa para 2 a 3 semanas mas o destroi a mdio
prensada pelas mquinas. Se a estrutura frgil; ela prazo.
desmancha, encrosta e a argila que lavada para
dentro do solo entope os poros e forma uma laje.
Se o solo for muito arenoso esta laje pode formar Reduo de comp minerais
3 2
se a partir de 30 cm, de profundidade, crescendo SO SH Fe Fe Excreo de
4 2
Mn Mn CO CH
para cima. 2 4
aminocidos, div
cid. org. acares,
Abaixo o solo, geralmente mais solto e at alcoois
agregado embora no estvel gua. Quando Menor absoro de H O
2
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c) pela adubaopesadacom NPK anterior ao centro sema etc. simplesmente por ervas
8
cultivo orgnico . invasoras no prejudiciais como caruru
d) pela falta de matria orgnica. P.ex. mudas (Amaranthus), beldorega (Portulaca), pico preto
replantadas que permanecem no substrato do (Bidens) e pico branco (Galinsoga),etc.
saquinho ou da bandeja por uma lona plstica como nos moranguinhos.
O substrato rico e o solo muito pobre, a lona tem de ser preta. Com lona incolor
especialmente em boro. (Ocorre freqentemente contribui-se ao superaquecimento do solo,
com caf, hortalias e flores). Neste caso a esterilizando-o (solarizao)
adubao do solo com boro ajuda a raiz sair do
De qualquer maneira o solo tem de ser
substrato para o solo.
protegido contra o aquecimento excessivo
O solo tropical necessita: e o impacto da chuva.
1) O mximo de matria orgnica(reciclagem A temperatura ideal do solo tropical 25 C. As
rpida).Tanto faz se for em forma de composto, plantas absorvem gua somente at 32 C. Nos
palha, adubao verde e outras. trpicos em solos no protegidos a temperatura
2) Ser sempre protegido contra a insolao direta alcana facilmente 59 e pode chegar at 74C
e o impacto da chuva. Esta proteo pode ser e na frica at 84C.
feita: 3) manter uma concentrao baixa de nutrientes
por uma camada de palha (mulch) inclusive o na soluo do solo, compensando a pobreza
Plantio Direto do solo pelo desenvolvimento melhor das razes.
Com poucos ons por dm 3 de solo mas com
por um plantio mais adensado (como no caf, razes profundas e profusas a produo 3 a 5
milho, hortalias, etc.) vezes maior do que em solos ricos com CTC
por uma cultura de cobertura (como Aracis pintoi) e Saturao de bases elevada.
por cultivos consorciados como milho + feijo 4) garantir razes fortes e bem desenvolvidas
de porco (ou soja); algodo + trevo; arroz + somente em solos bem agregados sem lajes
duras.
8.
Klinkenborg, V 1993 Fertilizantes quimicos afetam negativamente a estrutura dos solos . National
Geographic, vol 12
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Fig. 10 - influncia da concentrao de nutrientes em soluo nutritiva sobre o desenvolvimento das raizes.
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Fig.10
Num ensaio, com soluo milho em soluo 14
nutritiva constatou-se que em soluo normal as Por qu o solo tropical tem de ser
plantas com 8 dias tinham 430 mg de folhas e 70 pobre
mg de folhas (secas a 65C). Com a soluo
nutritiva com o dobro de concentrao as razes Verifica-se que na comparao dos solos
permaneceram iguais mas as folhas produziram 100 temperados e tropicais, nos primeiros tudo
mg a menos. funciona para enriquec-Io ainda mais em
Mas quando a soluo nutritiva foi 50 vezes nutrientes. Nos solos tropicais tudo funciona para
diluda a produo de folhas permaneceu empobrec-Io ainda mais em nutrientes mas de
praticamente igual (10 mg a mais) mas as razes aumentar e diversificar sua vida.
aumentaram 8 vezes pesando agora 560 mg em Por que o solo tropical tem de ser pobre?
lugar de 70 mg. Porque durante as horas quentes do dia as
plantas fecham suas estomatos quase totalmente
Fig.11 para no perder muita gua para o ar. Com isso
Num outro ensaio, se usou uma soluo tambm entra menos gs carbnico e a
nutritiva, omitindo na primeira o potssio e na fotossintese baixa. As folhas mandam menos
segunda o nitrognio. As plantas cresciam, embora grupos carboxlicos (COOH-) raiz que agora
com todos os sinais de deficincia. Mas quando a possui uma concentrao muito menor na sua seiva.
soluo foi 50 vezes diluida e se acrescentou a Como a absoro de gua funciona segundo
quantidade de nitrognio, usado na soluo normal as leis da osmose, o fluxo da gua vai da
as plantas morriam. O nitrognio agiu aqui como concentraco menor para a maior, durante as horas
soluo monosalina e cada so monosalina de calor, com uma concentrco baixa de
txica para as pantas. substncias na raiz, esta iria perder gua para o
solo, se este for rico em nutrientes disponveis.
Somente quando a concentrao da gua do solo
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9.
Scharrer, K. e H.Unser-1966- Manual de nutrio vegetal, Vo1.2/1Solo e Fertilizantes, Springer,Wien
10.
Schober, R.-1930- Assimilao de nitrognio atmosfrico e fommao de cidos pelo Aspergillus niger.
Jahrb.wiss.Botanik, 72: 1-105.
11.
Primavesi, A e A.MPrimavesi,-1964- A Biocenose do solo, PaloUi. Sta.Maria/RS
12
. Bunsch,R.-1999- comunicao pessoal( Guatemala)
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13 .
Abreu Jr. de, H- 2000, comunicao pessoal
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feito, mas que sua decomposio final no solo por uma alimentao excelente, mas que de
seja aerbia. verdade a deficincia de cobre induzida pelo
. Quanto ao composto acredita-se que seu excesso de nitrognio. Portanto, mesmo em
nitrognio nunca causar um desequilbrio composto, as vezes necessrio acrescentar sulfato
4
nutritional por excesso de nitrognio e a deficincia de cobre (CuSO )na proporo de 2,5 a 3,0 kg/ha.
de cobre. (N I Cu). Porm, qualquer nitrognio, tanto Ou seja se colocar em 30 t/ha de composto estes
4
faz se qumico ou orgnico pode produzir um 3 kg de CuSO tem de ser misturados com estes
desequilbrio. Este se verifica pelo aparecimento de 30 toneladas de composto.
folhas extremamente grandes que muitos tomam
38
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14.
Ahrens E.-1961- A influencia de fertilizantes organicos e qumicos sobre o comportamento de azotobacter
e a possibilidade de sua determinao quantitativa. Dissert.Univ.Giessen,
15.
Dhar,NR.-1972- Worldfood crisis and fertilityinmprovement,Univ. Calcutta, lndia.
16.
Kresge, C.B. e F.G. Merk1e - 1957- A study pf the validity of la~or.techn jics in appraising the avalable
nltrogene produccing capacity of 50 il.Soil Sci.Soc.Amer.Proc.21: 516-21..
17.
Fisher, W. B. e L.Parks- 1958- Inftuence of soil temperature on urea hydrolysis and subsequent
mtriflcatlon.SOIISci.Soc.Amer.Proc. 22: 247-48.
18.
Tsubota, S. - 1959 Phosphate reduction in the paddy field, Soil And Plant food, 51: 10-15
19.
Sperber,J.J.-1957- Solutionof mineral phosphorous by soil bacterias, Nature, 180: 994-95.
39
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Portanto, no importante procurar como uma queimada de matria orgnica. Alm disso o
colocar nutrientes no solo, (atravs de NPK, solo sempre deve ficar coberto sendo exposto ao
estercos, composto etc.) mas como animar a vida sol e chuva somente o menor tempo possvel.
do solo que mobiliza os nutrientes. Quanto menos tempo a chuva bate na superficie
Matria orgnica serve especialmente para do solo tanto menor a possibilidade da formao
vivificar o solo e no para enriquec-Io. de uma laje ou hard-pan
Que a matria orgnica libera os nutrientes Figura 6 - o revolvimento profundo de solos
contidos nela, aps sua completa decomposio com lajes sub-superficiais no recupera mas estraga
um brinde da natureza. Mas constata-se que o o solo. Mecanicamente se podem romper
desenvolvimento das culturas no depende da adensamentos, mas nunca agregar o solo.
riqueza mineral da matria, orgnica adicionada Considere sempre: rompendo mecanica-
mas de seu efeito sobre a vida do solo. mente lajes e adensamentos - por exemplo pelo
subsolador somente pode ser vantajoso se ocorrer
19 depois uma poca seca. Mas mecanicamente
somente se rompe ou pulveriza o solo, nunca o
Preparo do Solo agrega.
Se o preparo foi feito com arado ou grade Fig.12 mostra que uma arao profunda com
existe uma sola de trabalho onde toda matria revolvimento do solo , virando a parte de cima
orgnica da superficie, ou a cinza se for queimada, para baixo e a de baixo para cima, somente traz
est depositada. solo entorroado e instvel a ao das chuvas
Se o preparo foi feito com enxada rotativa superfcie que logo encrosta. O stand da cultura
tanto faz se trabalhou at 8 ou 35cm de se torna irregular, conforme aonde se assentam as
profundidade, a matria orgnica ou cinza est plantas. Se for na terra agregada do superfcie ou
misturado com todo solo revolvido. A enxada na terra entorroada da camada sub-superficiaL Os
rotativa mais desfavorvel porque destroe os agregados enterrados morrem e os torres da laje
agregados e contribui para formar crostas e lajes. se desmancham na chuva. O solo piora
O solo nunca deve ser revolvido mais que 15 a 18 consideravelmente. O trabalho mecnico nunca deve
cm e se tiver uma laje, somente at os 2 cm ser mais profundo do que 2 cm abaixo da camada
superficiais da laje mas nunca a laje toda. Quanto agregada e bem enraizada. para no destruir a
menos, o solo est sendo revolvido tanto melhor camada agregada
porque revolvimento e arejamento equivalem a e melhorar o solo. Mecanicamente se podem
romper camadas duras mas nunca agreg-Ias. A
agregao especialmente um processo biolgico.
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em 4 anos toda terra passou uma vez pelo trato arejamento e a penetrao das raizes at maiores
intestinal de minhocas. profundidades (foto36).
A atividade das minhocas pode ser observada A contribuio das minhocas decomposio
atravs das deposies na superfcie e encontradas da matria orgnica e formao de grumos
diretamente no perfil. significativa. Por outro lado deve se adicionar
As deposies, em forma de agregados at 4 permanentemente matria orgnica ao solo no
mm de dimetro possuem alta estabilidade e somente para as minhocas possam nutrir-se mas
contribuem para que o solo seja permevel e no tambm para proteger o solo contra a insolao
encrosta facil. (foto 35) direta e o aquecimento e ressecamento do solo.
Os canais verticais que as minhocas produzem Sem umidade minhocas no sobrevivem.
servem para infiltrao da gua pluvial, o
Foto 35
Deposio superficial de minhocas
Foto 36
A atividade das minhocas pode ser
apreciada ao observar as numerosas galerias
no solo ou na face inferior de um mini-perfil .
20
Fonte G.Hasinger,FIBL,1993
20
. G.Hasinger, 1993 - Bodenbeurteilung im Feld (Diagnstico do solo), FIBL Obserwil, Suiza.
42
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Foto 37
Solo coberto com a palha da colheita para ficar mido e recuperar sua vida.
Tambm minhocas se assentam
Foto 38
Solo agregado por minhocas. Na passagem pelo intestino da minhoca o solo enriquece em clcio,
fsforo e nitrognio.
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Foto 39
Fotografia mocroscpica de grumos do solo. Entre os grumos os poros onde entra ar e gua e avanam
as razes.
O esquema de fig.8 mostra que a falta de um se ainda uma colheita razovel aplicando
ativador interrompe a cadeia das reaes e a planta composto, Bokashi (EM-4) ou simplesmente
no consegue mais formar suas substncias, que matria orgnica.
permanecem a meio caminho, inacabadas. c) se a raiz vira a 4 a 5 cm de profundidade no se
acumulando-se na seiva. E este o ponto onde as consegue mais uma colheita razovel. preciso
pragas e doenas atacam. Por tanto no existe um verificar porque a raiz to reduzida ou virando
nutriente mais importante ou menos em pouca profundidade:
importante.todos so importantes. Somente que
um in de potssio (K+) consegue catalisar pode ser por causa de um solo muito compactado
somente uma nica reao qumica enquanto um (teste de romper um torro)
in de cobre serve para at 10.000 reaes. Por quando raizes pivotantes como de nabos se
isso ele no menos importante, mas muito mais apresentam forquilhadas ou ate galhadas
eficiente. podiam avanar somente nas frestas entre os
A fig.10 mostra que o desenvolvimento das torres,
plantas no depende da concentrao de
pode ser por causa de excesso de irrigao e o
nutrientes, Numa concentrao 50 vezes diluda a
solo ficou encharcado. A a raiz esta fugindo do
planta aumenta muito seu sistema radicular e
ambiente anaerbio (a umidade deve estar entre
produz o mesmo que numa concentrao normal.
60 a 80 % da capacidade do campo)
Por outro lado, quando se omite um macronutriente
como potssio ou fsforo a planta consegue por causa de um cano adutor de gua esta
substitu-Io parcialmente por outros nutrientes estourado e o solo encharcado (neste caso o
como potssio por ltio, sdio e rubidio. e o fsforo solo esta mosqueado como um gley)
que tem uma interao muito ativa com silicio e por causa de matria orgnica enterrada em 35 a
23
fluor.(Schreiber, 1962) especialmente em presena 40 cm de profundidade e que agora sofre
de matria orgnica e uma microvida ativa.. Mas decomposio anaerbia produzindo gases
quando se acrescenta umas dose normal de txicos como metano e gs sulfdrico (solo tem
nitrognio a uma soluo nutritiva muito diluda cheiro de pntano).
(50 vezes) a planta morre intoxicada porque cada
soluo monosalina txica. E neste caso por causa das bandejas de mudas tinham sida
nitrognio praticamente sozinho. Por isso uma postas no cho, em lugar de uma armao, e as
adubao foliar com nitrognio pode matar uma razes passaram os furos e virrm acima do solo
cultura quando a raiz no tem acesso aos nutrien- (sempre em 4 a 5 cm de profundidade). Neste
tes.(como em solos adensados ou com lajes que caso no existe laje ou adensamento no solo
limitam o crescimento radicular). Vide Fig. 10 e 11 nesta profundidade que o justificasse,
pode ser por deficincia aguda de boro que
22 impede que a raiz cresa normalmente. A
deficincia de boro constata-se pelo
O exame das razes desenvolvimento de rosetas em uma ou outra
raiz, ao redor de uma ponta morta. As plantas
extrair uma raiz: mostram sempre o broto mais baixo do que os
a) se a raiz abundante e chega at 40 a 50 cm de galhos ou folhas ao redor. Muitas vezes o broto
profundidade ou at mais, o solo est timo. j morreu.
b) se a raiz dobra acima de uma laje dura, mais
ainda alcana 15 cm de profundidade, consegue
23
. Schreiber, R. 1962 - Fsforo, uma questo vital para animais e homens. Phosphorsure, 22:61-72
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Figura 3
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Deficincias Minerais
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A esquerda: Raiz de um nabo galhado, que no se conseguiu formar por causa da compacidade do solo
- a direita: raiz de uma leguminosa que em 6cm de profundidade forquilha por assentar em um torro. Ela
avana somente nas frestas entre os torres
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Fig. 2-25
o maize root of a field yearly treated with systemic herbicides. Root seems swollen with nearly no absortive
haires and plant needs much more fertilizer and irrigation water...
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Plantas somente so saudveis quando se ao micrbio ou inseto, que possui uma enzima
conseguem formar todas as substncias que so que possa usar esta substncia.
capacitadas geneticamente.. Neste caso. o produto Este esquema da formao de uma substncia
vegetal de alto valor biolgico, por ser integral mostra como cada reao qumica na planta
O produto de uma planta deficiente e necessita de uma enzima catalisadora. Para apressar
consequentemente doente, de valor biolgico esta reao. E esta enzima precisa de um mineral
baixo. O homem que se nutre com estes ativador. Se o mineral fala tar a enzima no
alimentos tambm no saudvel, mas doente consegue apressar a reao e a substncia circula
de corpo e de espirito. Por isso existem tantas na seiva, se oferecendo ao fungo,bactria, virus
doenas, fsicos e mentais especialmente ou inseto. A planta atacada por um parasita
depressivas. que de fato somente obrigado
24
A trofobiose (Chaboussou, 1981) mostra pela natureza de eliminar o que no presta mais
a vida em funo da alimentao. para uma vida saudvel. A planta doente antes
Antes de tudo mostra que nenhum nutriente que o parasita ataca.
O trato convencional do solo com calagem e NPK
existe de forma isolado mas todos encontram-se desequilibra todos os outros nutrientes. Assim
em propores exatas com os outros como mostra 25
Bergmann (1983) mostra que comprovadamente.9
a tabela 1. Isso significa que se aumentar um doenas de cultivos agrcolas so provocadas pelo
nutriente um outro entrar em falta impedindo que excesso de nitrognio.
uma substncia que depende da presena suficiente
deste nutriente se possa, formar na planta. Um Doenas causadas pelo nitrognio.
produto semi-acabado circula na seiva oferecendo- cultura doena
fumo Pseudomonas
tomate. fumo, Alternaria
PROTENA
tomate, algodo, Vertticillium
batatinha Erwinia
alface, nabos videira Pernospora
videira, moranguinhos Botrytis
cereais, frutferas Erysiphe
trigo Septoria
cereais, feijo Puccinia e Uromyces
25
Como se criam pragas
Existe a idia, que pragas so sempre parasitas.
Mas como se explica que 20 anos atras existiam
no Brasil 193 pragas (Paschoal, 1979). E hoje
passam de 627. De onde vieram? Existem acerca
de 900.000 espcies de insetos. Se somente 10%
se tornassem parasitas, seria suficiente de acabar
com nossa base alimentar e com isso com a raa
humana.
24
. Chaboussou, F. 1981 - Les plants malades de pestiicides. Debard, Paris.
25
. Bergmann, W. 1976 - Pflanzendiagnose und Pflanzenanalyse, VEB Fischer, Jena.
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cidos Bases
(nions) (Ctions)
P S C1 NO3 K Ca Mg Na NH4
100 : 100
E QUILBRIO
Tab. 5
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Como cada excesso induz uma deficincia, e cada dos calendrios de pulverizao porque se sabe, por
deficincia chama um parasita a aplicao rotineira experincia, quais as pragas que vo aparecer como
de algum defensivo com base mineral, tanto faz se seqela do defensivo aplicado.Assim, em videiras,
qumico ou chamado de orgnico, como a calda Maneb contra Botritis provoca Antracnose, Fosforados
Bordaleza, sempre acarreta o excesso de um mineral em excesso a controlam mas provocam a broca do
e a deficincia de outros. E isso infalivelmente provoca caule e assim por diante.
o ataque por algum outro parasita. Portanto, razo
Por isso Chaboussou (1981) escreveu um livro As plantas doentes pelos pesticidas
exemplo:
Defensivos usados: Folicur, Vertimec, Torque, Savey, Benlate, Dithane, Cobre Recop. Sportak, Supracid. Kilval,
Neoron, Thiovit e calda sulfoclcica.
Calda bordalesa quando usado regularmente
Se as razes so profundas e a poca com sobre as folhas causa o excesso de cobre, que
suficiente chuva a aplicao de EM-4 aumenta a provoca doenas bacterianas e virticas.
colheita e a sade das rvores consideravelmente. Calda viosa deve ser pulverizado somente
no tronco (at 1m de altura).
27 Calda de bokashi quando usado semanal-
mente pode induzir deficincia de boro que permite
O uso de Caldos o aparecimento de lagartas.
Super-Magro melhor quanto mais completo
Calda sulfo-clcica tem de ter seu grau
for. Foliar deve ser usado a 0.5% e somente duas
Baum calibrado para a regio (entre 28 a 31).
a trs vezes e nunca regularmente. mais seguro
Se for usado regularmente contra caros causa o
quando usado no solo.
excesso de enxofre que provoca o aparecimento
Quando sofre fermentao semi-aerbia e
de cochonilhas. melhor se pincelado no tronco
apresenta um cheiro podre est estragado e no
somente a cada 3 meses.
deve ser usado. Sua fermentao dever ser
anaerbia (melhor) produzindo um cheiro de cido
lctico, ou aerbia, mexendo-o 3 a 4 vezes ao dia,
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o que muito trabalhoso. Na Colmbia utilizam Capim colcho (Digitaria snguinalis) deficicia de
+
oxignio lquido para garantir sua fermentao K
aerbia. Capim favorito, C. Natal ou C. gafanhoto
Todos caldos tem um prazo restrito para seu (Rhynchelytrium roseum) solo muito seco
uso e no podem ser guardados por mais tempo. compacto ou pedregoso.
Vale a regra: melhor prevenir do que combater. Capim marmelada (Brachiaria planlaginea)
Em solos sadios as plantas so sadias e os caldos somente em campos lavrados, deficincia de Zn.
no precisam ser utilizados. Podem ter certeza: Capim rabo-de-burro, Cola de sarro (Andropogon
guanto mais caldos se precisa tanto pior o solo. .spp) camada impermevel em 80 a 100 cm de
profundidade que estagna gua.
28
Capim seda, Capim Bermuda (Cynodon dactylon)
Plantas indicadoras solo muito pisado (por homens, gado ou
mquinas).
Amendoim bravo (Euphorbia heterophyla) = Corda de viola (Ipomea arislolochiaefolia) falta
deficincia de molibdnio de K e B.
Anarinha branca (Chenopodium album) excesso Cravo bravo. Cravo de defunto (Tagetes minuta)
de nitrognio e falta de cobre campo infestado por nematides.
Artemsia ou losna brava (Artemisia verlotorum) Dente de leo (Taraxacum offlcinalis): solo com
pH 7,5 a 8,2. suficiente bora.
Assa peixe (Vernoniaferrginosa) somente 3 a 4 Erva lanceta (Solidago microglossis) = pH 4,5
cm do solo so agregados abaixo muito duro
Grama forquilha, gramo, batatais, Mato Grosso
- pastejo permanente mas com pouco gado.
(Paspalum notatum) rico em cobalto, quando
Azedinho (Oxalis spp) deficincia de clcio peludo indica um solo muito compactado e seco.
Barba-de-bode (Aristida pallens) pasto Grama missioneira (Axonopus compressus) solo
anualmente queimado (deficincia de P e K) cido, pH 3,4 a 4,2
Brachiaria humidicola em solos deficientesem Guanxuma (Sida rhombifolia) laje dura na camada
++
Ca (gado cara inchada) superficial do solo
Cabelo-de-porco (Carex spp) pasto freqen- Lngua de vaca (Rumex spp) muito nitrognio
temente queimado (3 a 4 vezes/ano) orgnico e pouco cobre
Capim-arroz (Echinochloa crusgalli) = uma Maria Mole ou Bemeira (Senecio brasiliensis) solo
camada de reduo em pouca profundidade. estagna gua na primavera (laje em 40cm). Povo
Echinochloa diz que se tem muita Maria Mole ter boa
Capim canarana (Eichornia polystachia e E. colheita de trigo.
pyramidalis) solo frtil mas temporariamente Mio-mio (Baccharis coridifolia) solo raso (rocha
inundado. perto) deficincia de Molibdnio.
Capim caninha (Adropogon incanis) pasto
Nabia ou nabo bravo (Raphanus raphanistrum)
temporariamente encharcado, deficiente em P. = deficincia de boro e mangans.
Capim-carrapicho ou capim amoroso (Cenchrus
Papoula (Papava somnifera) solo muito rico
echinatus) = solo muito compactado.
(excesso) em clcio.
Carrapicho de carneiro (Aconthospermum
hispidum) = deficincia de clcio. Pico branco, fazendeiro (Galinsoga parviflora)
solo razovel, muito nitrognio, pouco cobre
Carur (Amaranthus), pico preto (Bidens pilosa),
beldroega (Partulaca oleracea), solo razoavel- Pinho (Jalropha curcas) solo muito compacto e
mente bom. seco, razes somente at 3 a 4 cm.
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Sap (Imperata exaltala) muito rico em alumnio, Bezerros e novilhas tristes, com plo arrepiado,
pH 4,0. perdem pelos do rabo = deficincia de cobalto.
Samambaia da tapera (Pteridium aquilinum) Vacas tm mastite = falta de P no pasto
muito alumnio deficiente em clcio. (aminocidos)
Sporobulum poretti, falta molibdnio. Novilhas muito nervosas = deficinciade
Taboca (Bambusia trinii) anualmente queimado, Magnsio no pasto.
solo muito cido e rico em alumnio, mas bem Botulismo (Clostridium botulinum) - gado come
agregado. ossos = falta P no cocho
Vassoura branca (Piptrocarpha axilaria) campo Bovinos e eqinos com cara inchada falta clcio
agrcola abandonado, solo decado. nos pastos ou capim muito rico em cido oxlico
(humidicola)
29 Poliartrite em potros = deficincia de Ca no pasto
das guas (por excesso de AI no capim, por
Reconhecimento de pastagens exemplo sap).
No Sul: pastos somente com capim cespitoso Tendinite em potros = deficincia de Mn no pasto
(em tufinhos) pasto no foi pastado durante o (depende do capim por exemplo: estrela. e do
ltimo ano (talvez colhido para feno). solo ).
Gramas estolonferas (como gramo)
Come casca de rvore = - Ca (falta de brilho,
predominam, pasto pastado com freqncia.
pela rola, tristeza, pelo arrepiado)
Sudeste: forrageiras compactas = pastado,
forrageiras altas e compridas, pasto no pastado. Diarria preta = +Mo
Capim decumbente (como Pangola, Brachiaria Diarria de bezerros recem nascidos = ao incio
decumbens, Estrela) no fazem estoles = das chuvas (capim novo) = falta Co nas vacas
deficincia aguda de P (c. Oxlico)
Se a raiz for profunda: adubar
Se a raiz for rasa: repouso do pasto (no pastar Potros e bezerros, nascem grandes mas morrem
por 4 meses). em 1 e 2 dias = iodo na me.
Gado come:
30
Plantas txicas = falta de sal mineral - completo
Chapus. camisas papel, plstico, etc. = deficiente Plantio Direto
em P O Plantio Direto (P.D.) atualmente, no Brasil, j
Tijolos = deficiente em K praticado em mais que 16 milhes de hectares
Sua base uma camada grossa (5 a 7 cm) de palha
Lambe o reboque de paredes = falta de N . na superfcie. Em monoculturas de soja no se
Come terra onde urinou = falta de Cloro consegue esta camada porque a palha de soja
pouca e de rpida decomposio., de modo que a
No levanta mais aps o parto e morre = falta presso das mquinas muito grandes e muito
de Cloro (sal) pesadas compacta o solo em pouco tempo, de
Bezerros que mamam, com churro bran- modo que na maior parte das culturas com P.D. as
co(diarria) : a me recebeu pouco amido nos raizes crescem acima do solo muito compactado,
ltimos meses de prenhez. Dando a vaca 2 meses abaixo da camada de palha. A compresso do solo
antes de parir, rolo de milho evita churro muito mais rpido em solos arenosos e bem mais
branco dos bezerros. devagar em Terra Roxa Legitima.
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Plantio Direto:
Pasto dessecado com soja implantada
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Irrigao frequente com pouca gua .deveria transpirada pelas plantas. Protegidas do vento
usar-se irrigao mais espaada com no mnimo as plantas produzem 2 a 5 vezes mais.
25 a 30 mm/ vez. 4- pelo uso de fogo (queimadas) que faz a
Falta de drenagem- pode ser em valas abertas umidade do subsolo subir, que queima a matria
Falta de matria orgnica orgnica que deveria agregar o solo ( o solo se
toma compactado) e que diminui a cobertura
a) para transformar o sdio para carbonatos vegetal por matar as plantas estoloniferas,
(palha) raleando a vegetao reas sempre queimadas
b) para agregar o solo produzem 20% de reas no queimadas.
Falta de camada protetora (mulch) do solo para 5- pelo pastejo de cabras que impedem o
evitar a aquecimento do solo desenvolvimento de uma vegetao maior
(rvores que deviam diminuir o vento) , e que
Falta de rotao de culturas que incluem culturas
desnudam o solo (cortando as plantas rente a
dessalinizantes como algodo ou trigo-mourisco
terra)
- e falta de cultivos drainantes como girassol e
sorgo - falta de cultivo de lavagem como arroz 6- pela m nutrico das plantas. Plantas famintas
irrigado por inundao. possuem uma plasma celular aguada. As plantas
murcham facilmente no calor .Plantas mal
Manter o nivel fretico abaixo de 1,0m (drenos,
nutridas gastam at 4 vezes mais gua que
girassol ou sorgo)
plantas bem nutridas especialmente potssio e
33 micronutrientes tomam o plasma celular mais
viscoso. Em solos compactados, anaerbios as
A SECA plantas quase sempre esto mal nutridas.
e o que a agrava 7- Irrigao com pouca gua que somente molha
a camada superficial do solo (4 a 5cm)
Seca sempre a falta de chuva ou seja a m provocando um desenvolvimento muito
distribuio das chuvas. Mesmo com 2.400 mm superficial das razes, que deixa as plantas
de chuva que desabam em dois meses e meio, a murchar com poucas horas de sol.
regio pode ser desrtica, como a Calahari na frica 8- a salinizao dos solos irrigados.
do Sul. Mas a seca pode ser amenizada ou
aumentadapelo manejo dos solos, plantas e 9- uso de plantas no adaptadas aos solos e clima.
animais. Portanto diminui-se o efeito da seca:
Pela adio de suficiente matria oronica ao
A seca se agrava solo para criar um sistema poroso adequado e a
1- pelo solo com superfcie compactada - gua proteo de sua superfcie contra o super -
no se infiltra mas escorre causando eroso e aquecimento( mulch; Se usarem uma camada de 4
enchentes, e a seca em seguida. cm de galhos + folhas picadas no somente
protege mas tambm o mantm mido por muito
2- pela exposio do solo agrcola ao sol que tempo.)a proteo contra o vento por reflores-
permite seu aquecimento forte causando uma tamento e quebra-ventos o fornecimento de
evaporao violenta da gua do solo, (falta de nutrientes, tambm micronutrientes s plantas
proteo do solo) (composto e matria orgnica a mdio prazo,
3- pelo d esmatamento e o vento que em adicionam nutrientes e no aumentam mas baixam
conseqncia disso entra, varrendo a paisagem a salinidade dos solos) e por uma irrigao de
e levando a umidade, evaporada do solo e goteiamento ou com vasos condutores que molha
o solo at maiores profundidades (25 a 30 cm) e
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onde no se perde gua para o ar.como no piv solo puro (sem venenos) ,sadio e produtivo para
central, e a seleco de espcies e variedades possibilitar homens com um espirito sadio. No so
adaptadas s condies de solo e clima. obras faranicas que nos garantem um futuro
Em regies deserticas usam tambem enterrar radiante, que somente tentam encobrir todos
uma camada de pixe ou uma lona em 30 a 35 cm absurdos, erros e destruies que tornam as
de profundidade para impedir a perda de gua para previses sinistras, mas.o respeito tio solo, t
o subsolo e evitar a ascenso de gua do subsolo. natureza, ct.oambiente e do prximo, em fim da
obra de Deus.
34 O destino do individuo e do pas
A agricultura da no-violncia sempre esta relacionado com o grau de
harmonia
Agricultura em si j uma violao da natureza. com as foras da natureza,
A atual modificou radicalmente os ecosistemas , as leis da vida
implantando sistemas mecanicistas, anaturais a e do Universo
favor de lucros momentneos que destruem o solo, (Zaratustra )
os cursos de gua, o clima.e o futuro da
humanidade.
Mas existe outro tipo de agricultura que
trabalha com os ecosistemas embora simplificados,
respeitando a natureza, conservando os solos. os
cursos de gua, a paisagem (protegendo-a da livre
passagem dos ventos} e o clima, conseguindo com
isso uma produo biologicamente e
economicamente melhor.
A base de toda a vida e de toda produo
vegetal em nosso Globo o solo. Solo, sadio
mantm as plantas sadias e plantas sadias
fornecem uma alimentao sadia que mantm os
homens fisica- e mentalmente sadios. E pessoas
sadias com um espirito sadio no destruem sua
base vital e o ambiente em que vivem mas o
conservam. No somente cuidam de seus solos e
do meio-ambiente mas tambm de seus prximos
criando bem estar e paz.
Atualmente boa parte da juventude esta
drogada. Mas os jovens no se drogam por causa
das plantaes de Coca, nem por causa dos
traficantes. Eles se drogam por causa de um futuro
sem perspectivas e um imenso vcuo espiritual que
os leva ao desespero.Com barulho, sex, drogas e
violncia tentam preencher este vacuo e esquecer
a nica meta de sua vida: de junto com os robs,
ser um recurso na produo de lucros, e ter a
obrigao de consumir.
Mokiti Okada prediz que este milnio ser
de paz, sade e bem estar. E tudo comea com um
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