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4.1 História Da Administração e o Administrador
4.1 História Da Administração e o Administrador
4.1 História Da Administração e o Administrador
1 Antecedentes Histricos
No decorrer da Histria, a Administrao desenvolveu-se muito lentamente. At o final do
sculo XIX, a sociedade era completamente diferente dos dias atuais. As organizaes
eram poucas e reduzidas, predominando as pequenas oficinas, artesos independentes,
pequenas escolas, profissionais autnomos (mdicos e advogados, lavradores, o
armazm da esquina, etc.). Com a acelerao do desenvolvimento, no incio do sculo XX,
em que a maior parte das obrigaes sociais eram confiadas a organizaes (indstrias,
hospitais, universidades, servios pblicos, etc.) administradas por dirigentes para se
tornarem mais eficientes e eficazes, que a Administrao apresentou um notvel
desenvolvimento, com o aparecimento das Abordagens da Administrao (Escolas) e suas
Teorias.
2. Evoluo da Administrao nas Civilizaes Antigas
A criao de algumas prticas administrativas modernas pode ser atribuda a civilizaes
muito antigas.
Os sumrios, civilizao existente h 5000 anos, so o bero dos primeiros documentos
escritos encontrados. Estes documentos tratam de controles contbeis feitos pelos
sacerdotes, para prestar contas dos tributos e impostos recebidos, e apresentar
inventrios de bens.
A ascenso da civilizao egpcia, com a construo das pirmides, deu demonstraes
de utilizao do processo administrativo. A necessidade de planejamento e de logstica
para conduzir os empreendimentos, prova a utilizao dos modernos conceitos
administrativos.
Em livros escolares, editados em 2000 a.c., no Egito, encontramos orientaes de que
modo utilizar a liderana como processo de direo e para utilizao do staff
(conselheiros). Utilizavam ainda os princpios da responsabilidade, da autoridade, do
detalhamento de cargos e tarefas e da especializao.
Na mesma poca, na Babilnia, durante o reinado de Hamurbi, foi promulgada uma
legislao, conhecida como o Cdigo de Hamurbi, que vigorou entre 2000 a 1700 a.C. e
traduziu o pensamento administrativo da poca. Em trechos da legislao, encontramos
referncias ao salrio mnimo, utilizao do controle e ao princpio da responsabilidade.
A sabedoria chinesa contribuiu com princpios relacionados com planejamento,
organizao, direo e controle. A constituio de Chow, promulgada em 1100 a.C.,
descrevia os cargos e atribua tarefas a todos os servidores reais, do 1 ministro aos
criados domsticos. Por volta de 500 a.C., Sun Tzu, general chins, escreve o clssico A
Arte da Guerra, utilizado at hoje por militares e administradores como guia. Nele so
discutidos e analisados princpios como planejamento, organizao e direo. Tambm
foram os chineses que utilizaram pela primeira vez o concurso pblico para preenchimento
dos cargos administrativos, por volta de 120 a.C.
J, os gregos, com o desenvolvimento do governo democrtico e do impulso pesquisa e
cincia, implantaram o mtodo cientfico na administrao. So decorrentes do
pensamento administrativo grego, os princpios da universalidade (a administrao pode
ser utilizada em todos os tipos de atividade), a diviso do trabalho e a especializao.
A expanso do Imprio Romano prova cabal da sua avanada capacidade
administrativa. A delegao de poderes criava condies para golpes e revoltas regionais.
Deocleciano; ao assumir o trono em 284 d.C., organiza o Imprio em 101 provncias,
agrupadas em 13 dioceses que, reunidas, formavam 04 divises geogrficas. Delegou a
cada governador somente a autoridade civil, no permitindo o controle sobre as foras
militares. Estava criado o princpio escalar e a delegao centralizada, o que fortalecia o
poder central. Os romanos utilizavam fundamentos da administrao rural, observados nos
tratados de Cato e Varro, 200 AC, quando descrita a forma de controlar os resultados,
dividir as tarefas, apresentar relatrios e um planejamento anual.
Finalmente, encontramos na Bblia a referncia ao princpio da delegao e da exceo,
quando Jetro, sogro de Moiss, aconselha-o a delegar poderes aos chefes de confiana
para julgar as pequenas questes, mas trazer a ele as causas mais importantes.
3. Evoluo da Administrao durante o Renascimento
Aps o obscurantismo que o mundo viveu, depois da queda do Imprio Romano (476 AC)
at o sculo XV, o Renascimento nos traz de volta evoluo do processo administrativo.
Veneza, cidade emergente, possua uma grande frota mercante, e o seu estaleiro,
conhecido como Arsenal de Veneza, era a maior instalao fabril do mundo na poca.
Para reduzir custos e aumentar a eficincia, os venezianos desenvolveram e empregaram
uma srie de tcnicas administrativas. Foram utilizados:
- Sistema de linha de montagem;
- Recursos humanos, com controle de horas trabalhadas, pagamento por produo e por
diria, conforme o tipo de trabalho;
- Treinamento de pessoal visando a padronizao;
- Controle contbil, de estoques e de custos;
- e, Armazenamento.
4. Influncia dos Filsofos
a. A Grcia com seus filsofos, desenvolveu um modelo de governo democrtico e
implantou a discusso filosfica e a pesquisa cientfica. Expoentes da cultura grega
contriburam, particularmente, na administrao pblica.
Scrates (470 a.C. - 399 a.C.), filsofo grego, define Administrao como uma habilidade
pessoal separada do conhecimento tcnico e da experincia.
Plato (429 a.C. 347 a.C.), discpulo de Scrates, em sua obra, A Repblica, expe a
forma democrtica de governo e de administrao dos negcios pblicos.
Aristteles (384 a.C. 322 a.C.), discpulo de Plato, em seu livro Poltica, no captulo da
organizao do Estado, define as trs formas de Administrao Pblica:
a) Monarquia: governo de um s (ditadura ou tirania)
b) Aristocracia: governo de uma elite (oligarquia)
c) Democracia: governo do povo (anarquia)
b. Aps o perodo do Renascimento, os filsofos europeus comearam a ser destaque no
mundo cientfico.
1) Nicolau Maquiavel (1469 1527) historiador e filsofo poltico italiano, seu livro mais
famoso, O Prncipe (escrito em 1513 e publicado em 1532) refere-se a forma de como um
governante deve se comportar. Segundo MAXIMIANO (2000, p.146), Maquiavel pode ser
entendido como um analista do poder e do comportamento dos dirigentes em
organizaes complexas. Certos princpios simplificados que sofreram popularizao
esto associados a Maquiavel (observa-se o adjetivo maquiavlico)
Se tiver que fazer o mal, o prncipe deve faz-lo de uma s vez. O bem, deve faz-lo aos
poucos.
- O prncipe ter uma s palavra. No entanto, dever mud-la sempre que for
necessrio.
- O prncipe deve preferir ser temido do que amado.
Saiba mais em:
http://www.ufrgs.br/proin/versao_1/autores2/index09.html
2) Francis Bacon (1561 1626): filsofo e estadista ingls, criador da Lgica Moderna,
mostra a preocupao prtica de se separar o que essencial do que acidental ou
acessrio. Ele antecipou-se ao princpio conhecido em Administrao como da prevalncia
do principal sobre o acessrio.
3) Ren Descartes (1596 1650) , filsofo, matemtico e fsico francs, considerado o
criador da Filosofia Moderna e das coordenadas cartesianas, em seu livro O Discurso do
Mtodo, expe o mtodo cartesiano de anlise, cujos princpios so:
a) Princpio da Dvida Sistemtica No aceita como verdadeira coisa alguma, enquanto
no se souber com evidncia clara e distinta- o que realmente verdadeiro.
b) Princpio da anlise ou de decomposio Dividir o problema por partes, e resolv-las,
cada uma, separadamente.
c) Princpio da sntese ou composio Compor as solues parciais para a soluo do
problema.
d) Princpio da verificao Fazer revises, quantas forem necessrias, para ficar seguro
de que no houve omisso ou esquecimento.
Vrios princpios da Moderna Administrao esto contidos nos princpios cartesianos,
como: Diviso do Trabalho, Controle e da Ordem.
4) Thomas Hobbes (1588 1679) , filsofo poltico ingls, em seu livro Leviat, assinala
que o povo renuncia aos seus direitos naturais em favor de um governo que, investido de
poder a ele conferido, impe a ordem, organiza a vida social e garante a paz.
5) Jean-Jacques Rosseau (1712 1778) desenvolve a Teoria do Contrato Social, que
um acordo entre os membros de uma sociedade pela qual reconhecem a autoridade legal
de um regime poltico, governante ou de um conjunto de regras.
5. Influncia da Igreja Catlica
A Igreja catlica, tem sua organizao herdada do Imprio Romano (Diocleciano 284
DC), com uma doutrina centralizada, porm com atividades e administrao
descentralizada.
Ao longo dos sculos, a Igreja estruturou sua organizao com uma hierarquia de
autoridade, uma assessoria e a coordenao funcional para assegurar integrao. Essa
estrutura simples permite operar mundialmente sob um s comando: O Papa. A estrutura
da organizao eclesistica serviu de modelo para organizaes, vidas por experincias
bem sucedidas, que passaram a incorporar os princpios e as normas administrativas da
Igreja Catlica. Exemplos da utilizao de princpios como liderana, diviso do trabalho,
amplitude administrativa, avaliao do desempenho, podem ser encontrados na Histria
da Igreja Catlica.
6. Influncia da Organizao Militar
A organizao militar influenciou o aparecimento das Teorias da Administrao. A
organizao linear tem suas origens nos exrcitos da Antigidade e da era medieval. A
organizao Staff Linha tm origem no sculo XVIII, na Prssia, com o Imperador
Frederico II, O Grande, que para aumentar a eficincia do seu exrcito, criou um estado-
maior (Staff) para assessorar o comando militar (Linha). Princpios como:
- Unidade de Comando;
- Escala Hierrquica;
- Centralizao do Comando e descentralizao das execues;
- Princpio da Direo;
- Disciplina;
- Minucioso planejamento.
7 . Influncia da Revoluo Industrial
A evoluo da tecnologia e o aperfeioamento das ferramentas, causado pela necessidade
de produzir cada vez mais bens e servios, produziu alteraes na conduo
administrativa das empresas, que no incio do sculo XVIII eram eminentemente
familiares.
No centro dessas mudanas, a inveno da mquina a vapor, por James Watt, na
Inglaterra, faz surgir uma nova concepo de trabalho que modifica toda a estrutura social
e comercial da poca, provocando profundas e rpidas mudanas de ordem econmica,
social e poltica. a chamada Revoluo Industrial, que pode ser dividida em duas pocas
distintas:
- 1780 a 1860: 1