Manual - Formação - Comunicação e Linguagem PDF
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FICHA TCNICA
Cristina Lopes, Teresa Pvoa em colaborao com as terapeutas Ins Marques e Rita Cruz
ndice
Introduo .................................................................................................................................................... 3
Prticas recomendadas em Interveno Precoce na Infncia (IPI) .............................................................. 4
Desenvolvimento global Vs desenvolvimento da linguagem ..................................................................... 13
O terapeuta da fala nas etapas do processo de IPI .................................................................................... 17
Reflexes das terapeutas da fala em Coimbra e Aveiro ............................................................................. 34
Bibliografia, links ou outras referncias ..................................................................................................... 35
Introduo
A formao surge no quadro das atividades da ANIP como uma das aes fundamentais ao cumprimento
dos objetivos que a organizao pretende atingir, designadamente ao nvel da capacitao dos
profissionais, instituies e famlias para uma interveno precoce atempada, qualificada e eficaz.
Sabe-se que a interveno precoce na infncia (IPI) desempenha um papel fundamental na sinalizao e
acompanhamento de crianas com mltiplas problemticas associadas ao seu desenvolvimento, pelo que
se considera imperativo o reforo de formao a este nvel.
neste sentido que a ANIP, entidade de referncia na IPI a nvel nacional, em parceria com a Universidade
de Aveiro, se prope a desenvolver o curso Comunicao e Linguagem da Criana dos 0 aos 6 anos: (Re)
Pensar Prticas de Interveno, destinado a tcnicos/as e profissionais a desempenharem funes na
rea da IPI, designadamente Educadores, Psiclogos, Tcnicos/as de Servio Social, Enfermeiros, Mdicos,
Terapeutas, entre outros, bem como a familiares de crianas com necessidades especiais e outras pessoas
interessadas em aprofundar conhecimentos na rea de comunicao e linguagem.
O curso supracitado tem por objetivo geral contribuir para o aumento das competncias dos tcnicos e
profissionais que desempenham funes em IPI sobre as prticas recomendadas para a promoo do
desenvolvimento da comunicao e linguagem na criana dos 0 aos 6 anos, tendo por base o
desenvolvimento global e a forma como esta aprende.
Face ao exposto e no sentido de atingir o objetivo geral, pretende-se:
Aprofundar conhecimentos sobre as prticas recomendadas em interveno precoce na infncia (IPI)
Conhecer como aprende a criana na perspetiva do modelo ecolgico e transacional;
Promover o conhecimento acerca do desenvolvimento global vs. desenvolvimento da linguagem;
Promover o conhecimento acerca do desenvolvimento da linguagem;
Conhecer o trabalho do terapeuta da fala em IPI;
Partilhar estratgias de promoo do desenvolvimento da linguagem da criana nas rotinas com os
parceiros de comunicao da criana;
Sensibilizar para a importncia do continuum das etapas do processo IPI na definio de objetivos e
estratgias de interveno em problemas de comunicao e linguagem;
Conhecer as prticas de outros profissionais.
b)
Os contextos naturais
c)
Equipa transdisciplinar
O modelo transdisciplinar consiste num modo de funcionamento de uma equipa constituda por
profissionais de diferentes reas disciplinares em que se pratica uma partilha e troca de conhecimentos e
competncias entre as vrias disciplinas. Os elementos que constituem a equipa partilham uma linguagem
comum, confiana mtua e consenso. Neste modelo de trabalho, a famlia aparece como fazendo tambm
parte integrante da equipa de IPI, como parceira e principal decisora do processo de avaliao e
interveno, devendo enquanto tal ser valorizada e respeitada como qualquer outro membro da equipa
(Carvalho, 2004).
Segundo McWilliam (2007; 2010), subjacentes ao modelo de equipa transdisciplinar na IPI, surgem os
seguintes princpios-chave:
Para alm destas ideias, existem trs caractersticas muito importantes no trabalho em equipa
transdisciplinar:
1.
Um dos elementos da equipa transdisciplinar escolhido como mediador de caso (MC) e mantm
uma interao consistente com a famlia e a criana;
2.
3.
d)
A APRENDIZAGEM DA CRIANA
As crianas pequenas aprendem muitas coisas ao mesmo tempo. Elas captam uma grande quantidade de
estmulos, esto disponveis para aprender tudo o que os adultos lhes apresentam, vivenciando
experincias numerosas e diversificadas (Rigolet, 1998).
As crianas aprendem ao longo do tempo de modo contnuo e no contexto de relaes afetivas
significativas com os principais prestadores de cuidados, em interaes repetidas (Almeida et al., 2011).
Seguir os interesses da criana leva a um maior envolvimento cativando a criana e mantendo a sua
ateno nas brincadeiras
A aprendizagem aumenta quando os interesses envolvem a criana com pessoas e objetos que lhes
proporcionam oportunidades de praticar competncias j existentes, explorando o ambiente e
aprendendo a praticar novas habilidades.
O MODELO TRANSACIONAL
Este modelo defende que a promoo do desenvolvimento da criana o resultado da influncia da
criana e do seu meio ambiente. As transaes dinmicas entre a criana e as experincias potenciadas
pela famlia e outros contextos tero impacto no seu desenvolvimento. Este poder ser positivo ou
negativo, consoante as foras e vulnerabilidades da criana e sua famlia (Sameroff & Chandler, 1975,
citados por Carvalho, 2004).
Cada criana influenciada e influencia o ambiente de forma nica. Existe uma reciprocidade e
bidirecionalidade das relaes entre a biologia e o ambiente. As experincias providenciadas pelo
ambiente no so vistas como independentes da criana.
O desenvolvimento produto das transaes dinmicas e contnuas entre a criana e a experincia
providenciada pela sua famlia e restante contexto social.
A eficcia de uma interveno assenta na sua individualizao, focada nos pontos fulcrais de uma criana
nica, uma famlia especfica e um contexto social, num momento temporal preciso (Peixoto, 2007).
Para haver sucesso na interveno, as mudanas no podem ocorrer exclusivamente na criana, sendo
necessrias mudanas no ambiente. Passou-se de uma viso em que se dava enfoque na criana e passou
a dar-se enfoque na famlia e no ambiente/contextos.
OS PILARES DA APRENDIZAGEM
Envolvimento (E) a quantidade de tempo que a criana despende a interagir ativa ou atentamente
com o seu ambiente (com adultos, pares ou materiais) de uma forma desenvolvimental e
contextualmente adequada, em diferentes nveis de competncia. O envolvimento e a aprendizagem nas
rotinas dirias associadas conduzem aprendizagem e generalizao eficazes.
Independncia (I) A criana independente aquela que aprende, com apoio mnimo, as competncias
necessrias
sua
participao
nas
rotinas
dirias,
resolve
problemas
e explora o ambiente. O adulto fornece suporte, facilita a continuidade e promove interaes que
expandam as iniciativas da criana. A realizao autnoma pelas crianas destas rotinas muito
importante para criar independncia.
Relaes sociais (RS) Comunicao (capacidade de exprimir necessidades, desejos e opinies
e de ser compreendido pelos outros). Relacionar-se positivamente com os outros (interagir de um modo
pr-social, evitando a agresso e a oposio, potencialmente estabelecendo amizades). Implica
comunicar e relacionar-se com os outros no decorrer das rotinas em que esto envolvidas e em que
demonstram independncia.
(McWilliam & Bailey, 1992, 1995; McWilliam, 2005)
10
PADRES DE INTERAO
Para alm dos pilares de aprendizagem descritos anteriormente, Yoder e Warren (1993) (In Peixoto, 2007)
acrescentam ainda a importncia que as interaes pais-crianas, de acordo com o modelo transacional,
tm na aprendizagem, nomeadamente na comunicao. Para a criana interagir com o ambiente,
envolvendo-se (E) nas atividades e com pessoas (RS) de forma autnoma (I) extremamente importante
existirem padres de interao que promovam as suas competncias e proporcionem novas aquisies.
Os padres de interao so muito importantes para o desenvolvimento da criana e so influenciados:
1) Pela qualidade das transaes entre famlia-criana;
2) Pelas experincias que a famlia providencia criana;
3) Pela sade e segurana providenciadas pela famlia.
(Peixoto, 2007)
11
Os padres de interao que a famlia estabelece com as crianas so eles prprios influenciadores de
oportunidade de experincias de aprendizagens ricas e significativas.
A comunicao dever ser construda atravs de:
Interaes com um cuidador atento;
Episdios de ensino incidental (com foco numa linguagem ligeiramente mais avanada do que o
nvel da criana, incluindo estratgias que estruturem o ambiente num contexto interacional
totalmente suportativo) (Kaiser, 1993, citado por Peixoto, 2007).
As caractersticas da criana tambm influenciam a natureza das interaes no que diz respeito:
previsibilidade do comportamento;
responsividade social;
A qualidade da relao famlia-criana influenciada pela forma como os seus estilos se interadaptam
(Peixoto, 2007). Crianas mais comunicativas participaro, em princpio, mais frequentemente em
interaes facilitadoras do seu desenvolvimento.
Em crianas com caractersticas especiais ou com dificuldades de expresso, os padres de interao
podem estar alterados, aumentando os nveis de ansiedade na famlia e constituindo uma barreira ao seu
desenvolvimento. A criana um espelho do adulto, e vice-versa.
Assim, a interveno deve ter por base auxiliar os pais a compreender as caractersticas dos seus filhos e
guiar o modo como estes constroem uma relao mutuamente compensadora, facilitando o
desenvolvimento e promovendo um sentido de bem-estar parental (Peixoto, 2007). Ao sentirem o bemestar e autoconfiana por serem competentes, os pais iro gerar uma interao positiva com a criana
potenciadores do seu desenvolvimento/aprendizagem.
A forma como o adulto interage com a criana vai potenciar ou no experincias enriquecedoras (uma
me que conversa com o seu beb desde tenra idade potencia a respostas da parte dele e aumenta o seu
vocabulrio; se o adulto no falar muito, a criana tambm no vai falar).
12
13
14
Vogais e Consoantes
Idade
p/t/k/b/g/f/s/v/m/n/R/x/nh
meses
z/j/r/
meses
gravata; escrever)
l (posio final de slaba: polvo; sol)
Adaptado de Mendes, Afonso, Lousada e Andrade (2008)
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Movimentos
Face
Lbios
Lngua
2 anos
Soprar
Sorrir
3 anos
Fechar os olhos
4 anos
Encher as bochechas
Mostrar os dentes
Mmica do choro
5 anos
Fazer galope
Vibrar a ponta da lngua
6 anos
Assobiar
Fechar ou piscar um olho
de cada vez, mantendo o
outro aberto
Lbios de beicinho, virlo para fora
Levantar o queixo
Abrir a boca e fechar os
olhos em simultneo
Todos os movimentos
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Referenciao
os
1. contactos
Avaliao
da interveno
Planificao
da
avaliao
Levantamento de foras,
recursos, preocupaes
e prioridades da famlia
Avaliao
da criana
A famlia no
pretende
o servio
Implementa
o do PIIP
Elaborao
do PIIP
(planificao
da interveno)
Encaminhamento
para outro servio
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1. Referenciao
O que : a comunicao e formalizao aos servios de IPI de situaes de crianas em que detetada
uma alterao do desenvolvimento ou em que existem fatores que colocam em risco esse
desenvolvimento.
Objetivos: Identificar as crianas e famlias elegveis para o acompanhamento da IPI.
Recursos/estratgias: Ficha de referenciao para o SNIPI; Critrios de elegibilidade para o SNIPI.
Contributo do terapeuta da fala: Na anlise da referenciao como elemento da equipa com
conhecimentos privilegiados na interpretao de informaes na sua rea.
2. Primeiros contactos
O que : um conjunto de aes realizadas na primeira abordagem famlia por parte dos profissionais
da equipa; neste momento que se identificam as expetativas da famlia em relao interveno/apoio.
Objetivos: Estabelecer base de relao de confiana entre famlia/ /profissional; Apresentao da equipa
e do servio prestado; Discusso do motivo de referenciao/perceo da famlia; Identificar prioridades
/necessidades da famlia; Compreenso da ecologia da famlia; Identificar expetativas da famlia para o
apoio da IPI
Recursos/estratgias: Ecomapa da famlia; Prticas relacionais; Prticas participativas.
Contributo do terapeuta da fala: Elemento-chave na explorao de informaes e/ou capacitao dos
restantes elementos da equipa nessa explorao.
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4. Avaliao em IPI
Este momento do ciclo destina-se identificao das preocupaes, prioridades e recursos da famlia,
bem como identificao das competncias funcionais da criana e das caractersticas do contexto,
informao essencial para elaborar um plano de interveno individualizado e especfico para a criana e
sua famlia.
Recordando que o processo de IPI deve ser dinmico e individualizado e ser reflexo das preferncias,
estilos de vida e crenas culturais das famlias, o momento de avaliao assume-se como um momento
essencial para continuar a aprofundar as expetativas iniciais da famlia abordadas nos primeiros
contactos, permitindo, a partir delas, desenhar com a famlia uma interveno individualizada, que
responda s suas preocupaes e prioridades.
Os objetivos da avaliao em IPI so: descobrir o que necessita a criana de aprender, quando e onde
providenciar
interveno,
que
adaptaes
ou
suportes
so
necessrios
para
que
a criana alcance novas competncias e quais as oportunidades de recolha de dados. Para recolher as
vrias informaes, podemos recorrer a vrios recursos e/ou estratgias, tais como: informao dos
relatrios de avaliao/acompanhamento em outros servios, articulao com outros profissionais que
acompanhem a criana/famlia, utilizao de escalas de avaliao, bem como prticas de escuta ativa,
estabelecendo uma relao de confiana com a famlia, que ser fundamental para o desenrolar de todo
o processo IPI.
Nesta etapa do processo IPI - avaliao e de modo a assegurar que a criana e a sua famlia recebem o
apoio individualizado e adequado quilo de que precisam e desejam, os servios de IPI devem identificar
duas dimenses:
19
1.
2.
Fazer avaliao especfica da rea da terapia da fala, visando responder preocupao levantada
pela famlia;
20
Participao na EBR;
Promover
Partilhe
uma
viso
geral
dos
dados
da
avaliao,
criana;
criana;
formal, no considerando
contextos;
forma;
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22
Exemplo:
Rotina pequeno-almoo, objetivo funcional: A Alice ao pequeno-almoo, leva a colher com papa
boca sem entornar, em 5 de cada 7 pequenos-almoos, durante 3 semanas.
Nome da
criana
Rotina
Ao
Critrio
de
sucesso
Objetivo
funcional
Na IPI est previsto a utilizao do PIIP, documento onde a equipa e a famlia vo fazendo o registo das
informaes recolhidas bem como os objetivos e as estratgias de interveno. fundamental existir uma
articulao com todos os elementos envolvidos no PIIP.
O terapeuta da fala poder participar na definio de objetivos funcionais especficos da linguagem e
comunicao, na definio de estratgias que vo ao encontro das preocupaes da famlia e ajudar a
famlia a identificar os seus prprios recursos.
7. Implementao do PIIP
A implementao do Plano Individualizado em Interveno Precoce um momento em que a equipa traz
o PIIP para a vida diria da criana, nos vrios contextos naturais da sua vida, procurando dar resposta s
prioridades da famlia. Este dever ser elaborado por escrito em conjunto com a famlia, ficando a
registadas as aes a implementar na vida diria da famlia/cuidadores.
Deve basear-se nas decises informadas da famlia e no nvel de envolvimento que esta pretende
assumir;
Acontecer de uma forma que apoie e fortalea o funcionamento da famlia atravs do suporte
prestado e da mobilizao dos seus prprios recursos;
23
Segundo, McWilliam, para se realizar uma interveno eficaz tem que se ter em linha de conta cinco
evidncias fundamentais:
1-
A famlia e os outros cuidadores influenciam a criana e o profissional influencia a famlia e os outros cuidadores
2-
As crianas pequenas aprendem ao longo do dia e no em sesses, lies ou momentos de exerccio que
concentram a aprendizagem num nico momento dirio
3-
4-
A verdadeira interveno ocorre entre visitas do profissional, atravs daquilo que vai acontecendo entre os
5-
A criana precisa do mximo de interveno (fornecida pelos prestadores de cuidados), no do mximo de servios
cuidadores e a criana!
Por vezes, interpretaes erradas destes pressupostos levam alguns profissionais de IPI a sentir como
proibido trabalhar diretamente com a criana. Contudo, ao dar resposta s necessidades da famlia,
pode existir a necessidade de o profissional ter de o fazer.
Avaliar e/ou intervir em ocasies especficas, ensinando novas tcnicas que facilitem a
maximizao do seu potencial para alcanar o resultado esperado;
Demonstrar ao cuidador estratgias que possam ser sentidas como difceis de implementar,
desde que a famlia partilhe essa necessidade;
Demonstrar afeto e preocupao com a criana, estabelecendo uma relao positiva com ela.
24
Alm de o vnculo afetivo entre pais e crianas ser incomparavelmente mais forte do que o
vnculo terapeuta-criana, tambm as oportunidades que surgem em casa so
infinitamente mais propcias ao desenvolvimento da comunicao.
(Mulas et al., 2010)
O papel do profissional na IP, deve ser expandir o conhecimento dos pais sobre como decorre o
desenvolvimento da linguagem para lhes permitir ajudar os seus filhos de uma forma mais efetiva e para
que fiquem conscientes de como proporcionar, nas rotinas, um ambiente timo para o desenvolvimento
da linguagem do seu filho, ou seja, o terapeuta da fala na IPI contribui para CAPACITAR:
Como comunica com o seu filho (de forma a favorecer a evoluo do desenvolvimento
da linguagem e a sua compreenso
25
Trabalho em
colaborao
com a
educadora
(consultoria
colaborativa)
Local
Foco do apoio
Pares
Contexto
Papel do educador
Dentro ou
fora da sala
O educador,
relacionado com as
necessidades da
criana
Presentes se o
apoio ocorrer
na sala; no
esto presentes
se ocorrer fora
da sala
Pode ocorrer
dentro ou
fora do
contexto da
sala
Presentes com
frequncia
Dentro do
contexto da
sala
Todas ou
algumas
crianas no
grupo tm
necessidades
especiais
Dentro do
contexto da
sala
Presentes mas
no envolvidos
no apoio
Atividade de
grupo
SEGREGADO
Diretamente mas no
exclusivamente na
criana
Na sala mas
Educadora e a afastado das
criana na sala outras
crianas
Diretamente no
funcionamento da
criana
Retirar a
criana da sala Em qualquer
com um
lugar fora da
pequeno
sala
grupo
Diretamente no
funcionamento da(s)
Diferente da Presta e recebe informao antes e depois do
De um a seis
apoio; decide o cronograma com o mediador de
criana(s) com
pares presentes restante sala
caso e quais os pares que iro participar
necessidades especiais
Em qualquer
Retirar a
lugar fora da
criana da sala
sala
Diretamente no
funcionamento da
criana
No esto
presentes
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COMPREENSO
(LINGUAGEM COMUM)
APRENDIZAGEM
PARTILHA
DISPONIBILIDADE
RESPONSABILIDADE
Em suma:
O teor da CAPACITAO abrange o conhecimento das caractersticas e do funcionamento da criana
aliado ao conhecimento de um conjunto de estratgias de interveno, procedentes de um modelo
naturalista. (Netto et al., 2013)
27
ABORDAGENS DE INTERVENO EM IP
Quem faz
(fontes de
apoio)
Como faz
(estratgia)
Quando pensamos
atingir
Avaliao com a
famlia
Data
Famlia,
educadora,
mediadora
de caso
28
Nvel de
satisfao
Estratgias de Interveno do TF
Estratgias especficas do TF
Exerccios
propriocetivas
miofuncionais
com
pistas
Recursos do TF
Espelho
Histria
2 Exemplo de objetivo:
O que queremos
atingir
(objetivos)
Quem faz
Como faz
(fontes de
apoio)
Quando pensamos
atingir
(estratgia)
Data
Nvel de
satisfao
Posicionamento
Sentar a Leonor com as costas o mais direitas possvel (esta posio
facilita a deglutio)
Fase preparatria
Que a Leonor
participe, mais
ativamente, no
momento
da Famlia ,
refeio abrindo
a
boca, mediadora de
recolhendo
o caso
alimento
da colher e
engolindo
Quando a Leonor
participar de forma
ativa no momento da
alimentao 4x numa
semana
Estratgias de Interveno do TF
Estratgias especficas do TF
Recursos do TF
Alimento
Imagens de posicionamento
Fases da alimentao
Pistas propriocetivas, verbais e visuais
29
3 Exemplo de objetivo:
O que queremos
atingir
(objetivos)
Quem faz
Como faz
(fontes de
apoio)
(estratgia)
Avaliao com a
famlia
Quando pensamos
atingir
Data
Nvel de
satisfao
Posicionamento
Colocar o Joo sentado, com as costas direitas, com a cabea
direita e o pescoo alongado
Que o Joo, no
momento
de lavar os
dentes, participe
mantendo uma
postura correta
e abrindo a
boca,
permitindo que
o
adulto
lhe
lave
os
dentes
Estratgias de Interveno do TF
Estratgias especficas do TF
Recursos do TF
Posicionamento
adequado
para
o momento da higiene oral (criana/cuidador)
Gaze
Imagens de posicionamento
Luvas
30
4 Exemplo de objetivo:
O que
queremos
atingir
(objetivos)
Que o Pedro
alterne a vez
nas
brincadeiras
(turnos) com o
adulto em casa
e na creche
Como faz
Quem faz
(estratgia)
(fontes de
apoio)
Quando
pensamos atingir
Avaliao com a
famlia
Data
Nvel de
satisfao
Estratgias de Interveno do TF
Estratgias especficas do TF
Recursos do TF
V.O.E.
Bola
Brincar em espelho
Reciprocidade
5 Exemplo de objetivo:
O que queremos
atingir
(objetivos)
Quem faz
(fontes de
apoio)
Como faz
Quando
pensamos atingir
(estratgia)
Data
Nvel
de
satisfao
Famlia
(me, pai, tia
e
av);
educadora
da creche,
auxiliares,
mediador de
caso
Quando o Rui
Fazer comentrios descritivos ao longo do dia, descrevendo aquilo conseguir utilizar
que o Rui/famlia est(o) a fazer
espontaneamente
as
palavras
Num jogo/brincadeira, a me ou o pai escondem-se e para gua, mam,
aparecerem o Rui tem de chamar mam ou pap (sendo o pap e j est
reforo aparecer algum que estava escondido; o Rui ter de dizer 2x numa semana
as palavras para ter a recompensa)
Associar sempre o gesto palavra, dar o mximo de pistas ao Rui
(por exemplo, d e fazer o gesto com a mo); proporcionar
momentos em que o Rui tenha oportunidade para pedir algo do seu
interesse usando a palavra d
31
Estratgias de Interveno do TF
Estratgias especficas do TF
Modelo verbal
Parceiros
responsivos
de
comunicao
Recursos do TF
atentos
Makaton
V.O.E.
6 Exemplo de objetivo:
O que queremos
atingir
(objetivos)
Quem faz
Como faz
(fontes de
apoio)
Quando
pensamos
atingir
(estratgia)
Data
Nvel de
satisfao
Famlia
O adulto d o modelo correto acentuando/prolongando o som /R/
no incio das palavras sempre que este surge
Associar o fonema /R/ ao som do leo a rugir /RRRRRR/
Nas viagens de carro em famlia, aproveitar o jogos de palavras
para encontrar palavras com o som /R/, eventualmente coisas que
vo surgindo l fora: Ruas, pessoas a coRRer, Rotundas, caRRos,
toRRes, etc.)
Jardim de infncia
Famlia
Que a Lusa
produza
o fonema /R/ no
discurso
espontneo
educadora
jardim
infncia,
mediador
de caso
Quando
a
Lusa produzir
o fonema /R/
no incio das
palavras,
A educadora diz palavras variadas, relacionadas com o tema que todos os dias,
esteja a ser desenvolvido, pedindo para as crianas identificarem durante uma
semana
quais as palavras em que ouvem o som do leo /RRRR/ ou no
A educadora explica a forma como se produz o som /R/, utilizando
o toque no pescoo, em frente ao espelho (ponto e modo
articulatrio)
No momento de reunio da manta promover atividades com o
grupo todo cujo foco incida igualmente na nomeao/evocao de
palavras com o som /R/ no incio e no meio da palavra, e nomear os
colegas que tenham esse som no seu nome
A Lusa produz o som /R/ isoladamente, em posio inicial e
medial de palavra e em frase; a educadora incentiva a Lusa a
produzir o /R/ nas palavras dando o modelo e nfase ao som
omitido
32
Estratgias de Interveno do TF
Estratgias especficas do TF
Recursos do TF
Listas de palavras
Espelho
Imagens
Modelagem
7 Exemplo de objetivo:
O que queremos
atingir
(objetivos)
Como faz
Quem faz
(estratgia)
(fontes de
apoio)
Quando pensamos
atingir
Avaliao com a
famlia
Nvel de
satisfao
Data
Levantamento de lista de alimentos do lanche
Estratgias de Interveno do TF
Estratgias especficas do TF
Recursos do TF
Modelo verbal
Pista visual
33
8. Avaliao da Interveno
A Avaliao da interveno, tal como o nome indica, a avaliao final do processo de IP, o qual contempla
a avaliao dos resultados da interveno e a satisfao da famlia com os servios e recursos que
recebe/recebeu ao longo do processo de interveno precoce. Trata-se do ltimo momento do processo
de interveno e pode servir para rever e redefinir novos objetivos, caso seja necessrio.
Esta avaliao ou balano final de todo o processo de IP realizada atravs de reunies com todos os
agentes envolvidos na planificao e implementao do PIIP e tem por objetivo:
A capacitao do TF por parte dos restantes elementos da equipa permite uma interveno
com uma viso mais holstica do desenvolvimento da criana
Para promover o envolvimento dos pais imperativo partir das necessidades destes e refletir
em conjunto sobre de que forma as estratgias definidas contribuem para alcanar o objetivo
Aumento de recursos para potenciar a eficcia do papel do TF nas ELI (a nvel nacional somos
os distritos com menos recursos teraputicos)
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