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Fichamento - FRASE MÚSICA E SILÊNCIO
Fichamento - FRASE MÚSICA E SILÊNCIO
Fichamento - FRASE MÚSICA E SILÊNCIO
INSTITUTO DE LINGUAGENS
PROGRAMA DE PS-GRADUAO EM ESTUDOS DE LINGUAGEM MESTRADO
TEORIA DOS GNEROS LITERRIOS: POESIA
DOCENTE: PROF. DRA. CLIA MARIA DOMINGUES DA ROCHA REIS
DISCENTE: SANDRA LEITE DOS SANTOS
FICHAMENTO DO TEXTO: FRASE MSICA E SILNCIO
BOSI, ALFREDO. O ser e o tempo da poesia. So Paulo: Companhia das letras 2000.
PGINAS
CITAES
COMENTRIOS
P.77
A fantasia e o devaneio so a
imaginao movida pelos
afetos.
So os nossos sentimentos
que desencadeiam em nosso
interior a imaginao. E os
frutos da nossa imaginao
so as fantasias e os
devaneios tomando forma em
nossas mentes.
Esse
movimento
das
imagens poder circular
apenas pelos espaos da
viso. Mas poder tambm
aceder ao nvel da palavra.
Quando o faz, do-se, pelo
menos, duas operaes: a) a
denominao: as imagens
tornam-se
nomes
substantivos, adjetivos
quando
comparecem
ao
campo da fala; b) a
predicao: da imagem nome
se diz, pre(dic)a-se alguma
coisa a partir de nossa
afetividade e da nossa
percepo.
do processo que solda
predicado a nome que surge a
frase, nervo do discurso.
P.78
entoao,
fenmenos
peculiares frase, que
relao viva de nome e
predicado. Frase: imagem das
coisas e movimento do
esprito.
Diz No plano da expresso
da lngua, os elementos de
maior carter so: o acento e
a modulao.
Quanto voz, Aristoxeno,
msico, dividiu-a em ritmo e
melodia,
consistindo
o
primeiro na medida, a
segunda no canto e nos sons.
P.79
P.80
O ritmo da linguagem
funda-se, em ltima anlise,
na alternncia. Mas os
grupos de slabas que
alternam, ou seja, o momento
forte e o momento fraco, no
so
necessariamente
iscronos.
Se atentarmos para esse
duplo carter do ritmo,
regular e assimtrico a um s
tempo, entendemos por que o
perodo ritmado um
universal
da
linguagem
potica,
mas
o metro
uniforme, no.
P.82
Do flego dependem a
intensidade e a acelerao do
discurso.
[...] Na prtica verbal, a
fora e o tempo servem a
momentos de expresso em
contextos significativos.
No caso particular da dico
potica, os ritmos da fala so
mantidos e potenciados.
EXCURSO
HISTRICO:
RITMO E METRO
1) No poema primitivo o
ritmo retoma, concentra e
reala
os
acentos
da
linguagem oral.
Tudo indica que, recitados
ou cantados, os passos da
poesia arcaica deviam ser
escandidos
com
energia
ritual. O que resultava em dar
nfase s slabas j fortes e
em alargar a diferena entre
estas e as fracas.
P.84
P.85
2) No poema clssico, o
ritmo tende a demarcar, no
interior de uma lngua geral,
uma rea particular de
regularidades.
o tempo em que nasce a
conscincia do metro.
Comea-se a fazer poesia,
intencionalmente,
segundo
uma tcnica refletida que
exige a composio regular
de um texto cujas partes
devem ser segmentos iguais,
ou quase iguais.
A licena potica, isto , a
entrada do irregular, faz-se,
nos perodos clssicos de
qualquer
cultura,
uma
concesso natureza mal
domada.
P.86
O carter artstico-artificioso
do domnio de um s metro
sobre os muitos ritmos da fala
j se traa no embarao em
que se punham os tratadistas
gregos
sempre
que
pretendiam reduzir.
Foi para "corrigir" os
descompassos
que
os
gramticos imaginaram uma
leitura mtrica cujo esquema
e tempos iguais lembra uma
cantilena montona. O que
leva a extremos de rigor, isto
, de arbtrio, o carter
imposto do processo inteiro.
P.89
P.90
P.91
A liberdade moderna de
ritmos, a que responde uma
grande
mobilidade
no
arranjoda frase, signo de
que se descobriu e se quer
conscientemente aplicar na
prtica do poema o princpio
duplo
da
linguagem:
sensorial, mas discursivo;
finito, mas aberto; cclico,
mas vectorial.
P.92
P.92/93/94
Exemplos:
Estou farto do lirismo
comedido
Do lirismo bem comportado
Do
lirismo
funcionrio
pblico com livro de ponto
expediente
protocolo
e
manifestaes de apreo ao
sr. diretor [...]
No quero mais saber do
lirismo que no libertao
[Manuel Bandeira, "Potica"]
E Carlos Drummond de
Andrade:
P.100
P.102
carter
imprevisvel,
Procura de Um Sentido
a anlise do estilo que
desvenda as correlaes
possveis entre ritmo e
sentido. No deve faz-lo,
porm, com os olhos postos
em paralelos rijos: para tal
ritmo tal idia, ou viceversa.
P.105
A leitura interpretativa, em
voz alta, no ficar surda
quela marcao subjetiva do
ritmo
que
se
chama
andamento.
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P.112
P.113
A Melodia
P.117
P.121
Do Som ao Silncio
O ritmo e a entoao so
formas
do
movimento,
acentual ou ondulatrio, da
fala.
No jogo meldico, o
movimento tende antes
diatonia, expanso e ao vo
do que ao retorno simtrico
da energia sonora sobre si
mesma.
Parece que a funo interna
mais importante da pausa
marcar as clulas mtricas e
sintticas, ordenando, desse
modo, o tempo da leitura. A
pausa divide e, ao dividir,
equilibra.
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