Vida e Obra de Agostinho Neto
Vida e Obra de Agostinho Neto
Vida e Obra de Agostinho Neto
Poesia
1957 Quatro Poemas de Agostinho Neto, Pvoa do Varzim, e.a.
1961 Poemas, Lisboa, Casa dos Estudantes do Imprio
1974 Sagrada Esperana, Lisboa, S da Costa (inclui os poemas dos dois
primeiros livros)
1982 A Renncia Impossvel, Luanda, INALD (edio pstuma)
Poltica
1974 - Quem o inimigo qual o nosso objectivo?
1976 - Destruir o velho para construir o novo
1980 - Ainda o meu sonho
1984 Poemas.
Maria Nazareth Soares Fonseca em Corpo e voz em poemas brasileiros escritos por
mulher, retoma algumas consideraes a respeito da produo das escritoras africanas,
referindo-se escrita feminina de Alda Lara como a expresso da fase dura das lutas
contra o regime colonial, em que o fazer poesia significou um comprometimento com a
luta pela libertao. Afirma que seus versos cantam as belezas do continente ou
denunciam as atrocidades impostas pela colonizao, uma vez que tinham, por misso,
fazer com que os africanos redescobrissem a frica que existia por detrs da opresso.
A autora reafirma ainda o seu pensamento, dizendo que possvel degustar, nos
versos de Alda Lara, os encantos de terra e a pujana de suas cores, o que exemplifica
pelos versos: Minha terra... /Minha ternamente... Terra das accias, dos dongos, dos
clios baloiando, mansamente... / Terra! Lembra tambm que, em outros momentos, o
poema faz-se espao de denncia e os versos acolhem a dor das mulheres mes, noivas
e filhas, como em: Nos olhos dos fuzilados, / Dos sete corpos tombados / De borco, no
cho impuro, Eis! ... sete mes soluando... Nas faces dos fuzilados, Nas sete faces
torcidas De espanto ainda, e receio ...sete noivas implorando...
Sobre a narrativa de Alda Lara, Ana Maria Martinho tambm lembra:
Os seus textos so anti-novelas, na medida em que rejeitam a linearizao do
acontecimento e a natureza activa da sucessividade diegtica. A composio ficcional
de uma realidade que se constri como totalidade alternativa aos mundos visveis e
quotidianos... no da preocupao pela realidade exterior ao texto, no perspectiva
naturalista que admite a insero de comentrios retricos autorais sempre que
necessrio, mas da reflexo sobre o no visvel, sobre a condio humana na sua
ambigidade.
CONCLUSO