Para Cantores Iniciantes
Para Cantores Iniciantes
Para Cantores Iniciantes
Sade vocal
Pigarro e refluxo so problemas frequentes pra quem trabalha com a
voz, uma das causas pode ser a m alimentao, o que pode ser
resolvido da seguinte maneira: no se alimentar imediatamente antes
de cantar, alm de evitar alimentos lcteos, gordurosos, doces,
alcolicos ou ctricos em grande quantidade nos dias em que for
cantar. Tais alimentos no so bem digeridos, podendo causar refluxo
e pigarro, alm de deixar a saliva mais espessa. O refluxo quando no
tratado pode causar danos maiores, tanto na garganta como pode
desencadear crises de rinite e/ou sinusite, nesse caso um mdico
deve ser consultado.
Pra quem tem propenso aos problemas respiratrios a dica sempre
manter-se hidratado tomando gua e aplicando soro fisiolgico nas
narinas com frequncia.
Em caso de dor de garganta contra indicado o uso gengibre, pelo
fato de ser antibitico e anestsico natural, podendo causar
resistncia de bactrias e perda de sensibilidade na regio das pregas
vocais. O ideal visitar um mdico, poupar a voz e fazer gargarejos
com gua morna e sal.
Alimentos leves e adstringentes, como a ma, so sempre bem
vindos na alimentao no cantor, por limparem as pregas vocais e
no causarem problemas de digesto.
Pastilhas, gargarejos com usque, mel e limo no ajudam a sade
vocal e to pouco so recomendados para a prtica do canto
saudvel.
PULMES
DIAFRAGMA
LARINGE
PREGAS VOCAIS
So duas membranas elsticas em posio horizontal na
laringe, maneira de lbios, indo do pomo-de-ado na frente da
laringe (parte anterior) para as cartilagens carotenoides atrs
(parte posterior). Na parte anterior, as cordas vocais esto
ligadas cartilagem tireoide, e na parte posterior s duas
cartilagens carotenoides. As cordas vocais podem juntar-se,
obstruindo assim a passagem do ar, ou separar-se, deixando o
ar passar livremente, conforme forem guiadas pelas duas
cartilagens carotenoides. As extremidades das cordas vocais
fixadas tireoide permanecem sempre juntas; movem-se
apenas
as
extremidades
ligadas
s
carotenoides,
movimentando as cordas vocais. A abertura entre as cordas
vocais a glote, que possui, quando aberta, a forma de V.
FARINGE
a cavidade situada entre a boca (raiz da lngua), as fossas nasais, a
laringe e o esfago. O ar, vindo dos pulmes atravs da laringe, passa
pela faringe e sai pela boca, pelo nariz ou por ambos, dependendo da
posio do palato mole. A faringe pode mudar de forma e tamanho
pelo recuo da raiz da lngua, o movimento para cima ou para baixo da
laringe ou a contrao da parede posterior da faringe durante a
fonao e a deglutio. A faringe funciona como ressonador, influindo
na ressonncia dos sons voclicos (sons das vogais). A poro
superior da faringe, denominada parte nasal ou nasofaringe, tem as
seguintes comunicaes: duas com as coanas, dois stios faringeos
das tubas auditivas e com a orofaringe.
A parte da orofaringe tem comunicao com a boca e serve de
passagem tanto para o ar como para o alimento.
A laringofaringe estende-se para baixo a partir do osso hioide, e
conecta-se com o
Esfago (canal do alimento) e posteriormente com a laringe
(passagem de ar). Como a
Parte oral da faringe, a laringofaringe uma via respiratria e
tambm uma via digestria. A tuba auditiva tambm se comunica
com a faringe atravs do steo farngico da tuba auditiva, que por
PALATO
a parte superior da cavidade bucal. A parte anterior (2/3 do palato),
ssea e fixa, chamada palato duro ou abbada. A parte posterior,
musculosa e mvel, chama-se palato mole ou vu palatino. O palato
mole pode abaixar-se, deixando o ar sair pela cavidade nasal (como
na respirao ou emisso de sons nasais). Quando o palato mole est
levantado e encostado parede posterior da faringe, fecha a
passagem nasal e o ar sai pela boca (como na fala de sons orais). O
palato mole pode, tambm, estar parcialmente levantado, deixando o
ar passar pela boca e pelo nariz ao mesmo tempo (como na
articulao de sons nasalizados).
LNGUA
Ela um rgo muscular mvel, feita de numerosos msculos e
ligada epiglote e laringe. Ela pode e deve executar movimentos
extremamente precisos, em diferentes pontos da cavidade bucal. o
principal rgo da articulao.
NARIZ
O nariz uma protuberncia situada no centro da face, sendo sua
parte exterior denominada nariz externo e a escavao que
apresenta interiormente conhecida por cavidade nasal. O nariz
externo tem a forma de uma pirmide triangular de base inferior e
cuja a face posterior se ajusta verticalmente no 1/3 mdio da face. As
faces laterais do nariz apresentam uma salincia semilunar que
recebe o nome de asa do nariz.
TRAQUIA
A traqueia constitui um tubo que faz continuao laringe, penetra
no trax e termina se bifurcando nos 2 brnquios principais. Ela se
situa medianamente e anterior ao esfago, e apenas na sua
terminao, desvia-se ligeiramente para a direita. O arcabouo da
traqueia constitudo aproximadamente por 20 anis cartilagneos
incompletos para trs, que so denominados cartilagens traqueais.
RESSONADORES
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Exerccio 02
Idem exerccio n9 01 at a letra "d";
Soprar em "SSS" (como um pneu esvaziando) soltando o ar levemente.
Repetir 3 vezes.
NOTA - alterar os exerccios, depois de bem dominados, no lugar de "S5S",
pode-se fazer com "ZZZ", bem sonoro, como de uma abelha, "FFF", maxilar
superior encostando no lbio inferior.
Exerccio 03
Procurar imitar um cachorrinho cansado, ou com calor, com pequenas
contraes do diafragma. Tomar um mnimo de ar. Ritmar as contraes.
Exerccio 04
Inspirar o mximo de ar; reter, segurar o ar e contar: 1 - 2 - 3 compassadamente, baixinho, economizando o mximo do ar; e verificar at
quando aguenta.
Exerccio 05
Respirar o mximo de ar; reter e cantar a vogal A num tom agradvel, at
acabar o ar.
Exerccio 06
Diafragma
a) Soprar com energia, dando impulsos com o diafragma para baixo.
Explorar consoantes - com energia: PTS - PPP - TTT - SSS.
Exerccio 07
Controle do Som - Expirar, prender o ar, emitir uma nota longa, (piano*) em
MU ou s M.
uma emisso que no forte nem fraca
Nota:
AFINAO
Para um canto afinado, necessrio antes aprender a ouvir, conhecer as
notas e at conhecer teoria musical. Tocar um instrumento tambm pode
ser muito til nesse processo.
Para comear vlido um piano, teclado ou teclado virtual e solfejar as
notas, de preferncia a partir do d central, onde a maioria das vozes fica
confortvel. Faa esse exerccio repetidas vezes inicialmente, lembrando-se
sempre do uso do apoio e postura adequados a laringe deve estar sempre
baixa, prestando ateno na ressonncia das notas e persistindo em cada
uma delas at que o som produzido seja o mesmo da tecla do instrumento
em questo.
Ouvir a prpria voz importante para o cantor, assim, gravar o que
cantado uma maneira de identificar os erros cometidos e corrigi-los.
A laringe deve estar estabilizada no momento do canto, sem subir muito. A
voz no deve apresentar tenso.
Exemplos:
https://www.youtube.com/watch?
v=uQFA361ghAA&list=PLsR8FnFm5ftnd62FMzUjOmHBmfROsAme8&index=
11
https://www.youtube.com/watch?
v=OnBrsqMe9rE&list=PLsR8FnFm5ftkyDQD1oA8pCiBLjou9g4tS
https://www.youtube.com/watch?v=sos56GfR_bM
https://www.youtube.com/watch?
v=rOLq7ospDrw&list=PLsR8FnFm5ftnd62FMzUjOmHBmfROsAme8&i
ndex=26
https://www.youtube.com/watch?v=dSxHiiULJTs
https://www.youtube.com/watch?
v=uQFA361ghAA&list=PLsR8FnFm5ftnd62FMzUjOmHBmfROsAme8&
index=11
REGISTROS
Os registros vocais so basicamente trs:
1. REGISTRO MODAL
Nele a laringe est numa posio baixa e as pregas vocais vibram mais
lentamente fazendo vibrar os ossos do trax, da o termo VOZ DE PEITO.
nossa voz natural. Aquela que utilizamos na fala. So subdivises do
Registro modal voz de peito, mista e de cabea. Conhecido como voz
plena.
2. REGISTRO BASAL
Assemelha-se a um ranger de porta abrindo. Pode ser usado como indicador
de musculatura relaxada. apelidado de frai (fry), vem da palavra em ingls
cujo significado literal fritar, sugerindo semelhana entre o som de
alimentos fritando e o registro em questo.
3. REGISTRO ELEVADO
Tem por caracterstica a elevao da laringe e por vibraes mais rpidas
das pregas vocais. Segundo Claire Dinville, ele se caracteriza, tambm, por
uma energia transmitida sob forma de sensaes vibratrias nas cavidades
buco-faringo-nasais, ou seja na caixa craniana. So subdivises desse
registro o assobio (whistle/ flauta) e falsete (falsetto).
- A voz de peito
predomnio de TA)
(modal
com
Na viso de cima da laringe as setas mostram o movimento dos msculos vocais, de encurtamento.
Curiosidade: repare como podemos ver uma diviso no msculo TA, a parte mais prxima do centro, o TA
interno, ou tireovocal, a parte mais longe do centro o TA externo, ou tireomuscular. o TA interno
responsvel por esse encurtamento da prega vocal, deixando o som mais grave, enquanto o TA externo
ajuda a fechar o espao entre as pregas, aumentando a intensidade e dando mais "fora" ao som.
inmeros estilos musicais. Quando bem trabalhado se torna mais uma arma
do bom cantor.
O termo surgiu pois, na idade mdia, as mulheres (geralmente) no podiam
cantar nas igrejas e os compositores utilizavam crianas, ou mesmo adultos
(contra tenores, castratti, etc.) que falseavam a voz feminina, imitando-as.
Muitos interpretam o falsete como sendo uma voz falsa, alguns dizem que o
cantor em falsete est usando uma voz que no a dele, o que, pela
descrio acima no se sustenta.
Algumas pessoas vinculam o nome falsete s falsas pregas vocais, mas no
h qualquer relao. O falsete produzido nas pregas vocais, e no nem
mais nem menos que os outros registros, apenas um outro tipo de
comportamento muscular.
Todos podem produzi-lo, homens e mulheres, pois trata-se de um
mecanismo fisiolgico, e no esttico, bastando apenas treino e
direcionamento
correto
para
atingi-lo.
Por muito tempo se acreditou que falsete feminino no existia, e isso est
certo e est errado. O termo "falsete", vem de falsa voz feminina, ou seja,
homens imitando mulheres, ento, mulheres no precisam imitar ningum e
o som sai naturalmente, no tem falsete, certo? No bem assim. Pela
configurao fisiolgica a mulher faz o mesmo que os homens, a diferena
que nos homens a diferena no som desse registro mais perceptvel.
Ento, mulher faz falsete, mas essa nomenclatura fica estranha, da a
necessidade de se usar outro termo para esclarecer, como registro elevado.
Existe ainda um registro acima do falsete, que voc ouve aos montes nos
trabalhos da cantora Mariah Carey, ou David Lee Roth do Van Halen, Eric
Martin do Mr. Big, etc. chamado de Registro Flauta, ou Apito, ou Asssobio,
mas ainda h muito a ser estudado sobre ele. sabido que emite um som
extremamente agudo e cristalino e com pouca presso area com as pregas
vocais bastante tensionadas, quase sem contato entre elas, e muitas vezes
elas nem vibram, apenas param e recebem o ar que passa sibilando no seu
vo.
Concluso
Certamente a ao desses msculos todos responsvel pelo tipo de som
que produzimos, no tendo qualquer relao com onde ele ressoa, ou onde
sentimos vibrar, como se pensou por muito tempo. As sensaes de
vibrao, ou de som mais aqui, mais ali, etc. aparecem com o uso dos
ressonadores e da articulao, que complementam os registros, criando
estticas
diferentes.
O canto comparvel ao esporte, onde o atleta precisa desenvolver seu
corpo, fortalec-lo, deixa-lo malevel e treinar seus movimentos para
dominar sua arte. No canto a mesma coisa. Sendo a base do controle de
voz o trabalho muscular, imprescindvel que haja um treinamento focado
no desenvolvimento desses msculos, seja CT, TA, musculatura intercostal,
diafragma, lngua, lbios, etc., e do resto do corpo todo. E, para isso,
precisamos conhecer esse corpo, saber o que precisa ser feito para deix-lo
apto ao canto, pois no h truques, no h mgica, nem receita do bolo,
conforto:
Falsete: https://www.youtube.com/watch?v=hzipBIEVNjE
Belting: https://www.youtube.com/watch?v=xZ1s3M2Fg8U