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Construção Civil - NR 18

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NR 18 - CONDIES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA

INDSTRIA DA CONSTRUO

Reviso Tcnica:
Dr. Francesco Cerbino - Advogado, Eng. Civil, Mecnico e de Segurana do Trabalho, Auditor e
Perito Judicial.
Renata Cerbino - Arquiteta, Urbanista e Enga. de Segurana. Coordenadora da Quality Consult.
Eng. Ronaldo Ulysses - Engenheiro Mecnico, Ps-graduao em Engenharia de Segurana do
Trabalho
INTRODUO
A dcima oitava norma regulamentadora, cujo ttulo "Condies e Meio
Ambiente de Trabalho na Indstria da Construo", estabelece diretrizes de
ordem administrativa, de planejamento e organizao, com o objetivo de
implementar procedimentos de aspecto preventivo relacionados s condies
de trabalho na construo civil.
DOCUMENTOS COMPLEMENTARES

Decreto-Lei 5.452, de 01/05/1943 - Aprova a Consolidao das Leis do Trabalho - Captulo
V do Ttulo II da CLT - Segurana e Medicina do Trabalho.
Portaria MTE 04, de 04/07/95 - Estabelece diretrizes visando a implementao de aspectos
preventivos, de modo a garantir condies mnimas de segurana na Indstria da Construo
Civil.
Portaria MTE 63, de 28/12/98 - Modificou os tens Andaimes Suspensos Mecnicos Leves
(18.1.2, 18.23.3.1, 18.34.2) - Alteraes j efetuadas no texto.
Portaria MTE 13, de 09/07/02 - Altera e inclui os itens - Cadeira Suspensa (18.15 e Cabos de
Ao e Fibras Sinttica (18.16) - Alteraes j efetuadas no texto.
Portaria MTE 30, de 20/12/01- Altera e modifica o item 18.15 - Andaimes e Plataformas de
Trabalho - Alteraes j efetuadas no texto.
Portaria MTE 20 , de 13/07/01 - Quadro de atividades ou servios perigosos e insalubres
proibidos aos menores de 18 anos em atendimento ao Art. 405 da CLT.
Portaria MTE 114, de 17/01/05 - Altera a redao dos itens 18.14..24 e 18.18, inclui o Anexo
III e insere termos no Glossrio da NR 18.
Portaria MTE 157, de 10/04/06 - Altera a redao da NR-18.
Portaria MTE 15, de 03/07/07 - Aprova o Anexo I e altera a redao do item 18.14.19 da NR-
18.
Portaria MTE 40, de 07/03/08 - Inclui o item 18.15.57 na NR 18 e altera o artigo 1 da Portaria
MTE 15/2007.
Instruo Normativa INSS 20 , de 11/10/07 - Critrios a serem adotados pelas reas de
Benefcios e da Receita Previdenciria. Trata de assuntos relacionados emisso da CAT, PPP e
LTCAT.
ABNT NBR 5.413 - Meios de Iluminncia de Interiores.
ABNT NBR 5418 - Instalaes Eltricas em Atmosferas Explosivas Requisitos Gerais.
ABNT NBR 6.327 - Cabos de Ao - Usos Gerais.
ABNT NBR 6.404 - Segurana em Andaimes.
ABNT NBR 7.500 - Smbolo de Risco e Manuseio para o transporte e Armazenamento de
Materiais.
ABNT NBR 9518 - Equipamentos Eltricos para Atmosferas Explosivas Requisitos Gerais.
ABNT NBR 11.725 - Conexes e Roscas para Vlvulas de Cilindros para Gases Comprimidos.
ABNT NBR 11.900 - Extremidade de Laos de Cabo de Ao Especificaes.
ABNT NBR 12.246 - Preveno de acidentes em espaos confinados.
ABNT NBR 12.791 - Cilindro de Ao, sem costura, para Armazenamento e Transporte de Gases
a Alta Presso.
ABNT NBR 12.790 - Cilindro de Ao Especificado, sem costura, para Armazenagem e
Transporte de Gases a Alta Presso.
ABNT NBR 13.541 - Movimentao de Carga Lao de Cabo de Ao Especificaes.
ABNT NBR 13.542 - Movimentao de Carga Anel de Carga.
ABNT NBR 13.543 - Movimentao de Carga Lao de Cabo de Ao Utilizao e Inspeo.
ABNT NBR 13.544 - Movimentao de Carga Sapatilho para Cabo de Ao.
ABNT NBR 13.545 - Movimentao de Carga Manilha.
Conveno OIT 127 - Peso mximo de carga que pode ser transportado pelo trabalhador.
ATUALIZAES DA NR 18

As mudanas e mtodos de trabalho no ambiente de trabalho da indstria da
construo foraram mudanas tambm em alguns itens da NR 18, atravs do
Comit Permanente Nacional sobre Condies e Meio Ambiente de Trabalho.
Desde 1994, foram elaborados diversos estudos que tm provocado alteraes
no texto da NR 18. Estas modificaes so publicadas na forma de
Portarias: Portaria 4 (04/07/95), Portaria 63 (28/12/98), Portaria 13 (09/07/02),
Portaria 114 (17/01/05), Portaria 157 (10/04/06), Portaria 15 (03/07/07).
Esta NR foi revisada e ampliada com comentrios e informaes dos
engenheiros Ronaldo Ulysses e Edson Russelet (Segurana na Obra - 1999) e
consultas no site da Sl Engenharia.
COMENTRIOS DA NR 18
A seguir sero apresentados os comentrios da NR 18 indicando os itens e
subitens do texto legal publicado no Volume 1 - Legislao e Segurana e
Sade Ocupacional.
Referncias - Item 18.1 / Subitens 18.1.1 a 18.1.4 - Objetivo e Campo de
Aplicao

Nos ltimos anos, a taxa de freqncia dos acidentes vem diminuindo, fato comprovado pelas
estatsticas disponveis. A criao do Comit Permanente Nacional (CPN) e a dos Comits
Permanentes Regionais (CPR), reforadas pelas aes elaboradas e aplicadas pelo MTE, so, em
grande parte, responsveis pela mudana deste quadro.
A experincia tem mostrado que os cursos e informaes sobre os riscos, fornecimento de EPI e
existncia de profissionais do SESMT no so suficientes para garantir a segurana e evitar
acidentes pessoais sem a motivao do empregado na preveno de acidentes.
Implementar ferramentas de auditoria comportamental para registrar condies abaixo do padro
contribui no aumento do nvel de ateno no ambiente de trabalho. Os seguintes devem ser
considerados:
a) Documentar a participao dos empregados em cursos e palestras;
b) Fornecer ao empregado todos os procedimentos que ele deve seguir;
c) Tornar real a participao do Sindicato em campanhas de
esclarecimento;
d) Usar sistema de orientao por meio de procedimentos, cartilhas,
vdeos e outros instrumentos de conscientizao.
e) Aumentar a atuao dos Comits Permanentes Regionais em
campanhas de SSO.
A NR 18 se aplica a todas as atividades identificadas do Grupo C-18 e C-18 A apresentadas na
relao da Classificao Nacional das Atividades Econmicas (IBGE). .
Referncias - Item 18.2 / Subitem 18.2.1 - Comunicao Prvia

importante ressaltar a obrigatoriedade da comunicao Delegacia Regional do Trabalho
antes do incio das atividades, com as informaes pertinentes ao item 18.2.
Referncias - Item 18.3 / Subitens 18.3.1 a 18.3.1.2 - PCMAT

Estabelecimento uma obra individualizada, no importando o porte ou empresa que a
construir. Se a responsabilidade da implantao do PCMAT do empregador ou condomnio,
para cada obra haver um nico PCMAT. Este PCMAT dever ser seguido por todos os
profissionais que desempenharem suas funes naquele estabelecimento, ou obra,
independentemente de pertencerem aos quadros da empresa maior ou de pequenas empresas de
prestao de servio.
Existe grande discusso sobre a necessidade de cada empresa participante da construo
apresentar seu PCMAT especfico aos servios a serem executados. O PCMAT uma
ferramenta importante para a melhoria das condies de meio ambiente de trabalho na
construo. Este programa visa a implementar medidas que melhorem as condies de
segurana, devendo ser amplamente discutido na sua elaborao e alterado quando necessrio.
As alteraes do PCMAT podem ocorrer durante a construo, como, por exemplo: alterao de
cronograma, incluso de novas tecnologias e equipamentos, mudana de projeto ou alterao na
relao mo-de-obra/equipamento. No possvel aceitar o mesmo PCMAT para mais de uma
obra, pois no se trata de uma "receita de bolo", devendo ser especfico para as condies
individuais de cada obra, mesmo em situaes similares.
Devem ser tomados cuidados na contratao do profissional que elabor o PCMAT. Em
primeiro lugar, ele deve ser um profissional do SESMT com experincia em construo, capaz
de entender as especificidades daquela obra.
O PCMAT deve ser apresentado a todos os trabalhadores, demonstrando sua importncia e,
principalmente, sua funo de estabelecer os procedimentos de segurana. Nenhum PCMAT ter
sucesso na sua implantao se no for absorvido e compreendido por todos. Os cuidados com a
segurana sero lembrados e destacados em campanhas contnuas, nas Sipat e durante a
implantao do PCMAT. A cada incio de uma etapa de construo nova, ele deve ser destacado
e relembrado.
Referncias - Subitem 18.3.2 - PCMAT

O texto tirado do site Sl Engenharia coloca com muita propriedade uma definio sobre
"Profissional Legalmente Habilitado" e "Trabalhador Qualificado":
a) Profissional Legalmente Habilitado: Profissional que possui
habilitao exigida pela lei.
b) Trabalhador Qualificado: Aqueles que comprovem, perante o
empregador e a inspeo do trabalho, uma das seguintes condies:
capacitao mediante treinamento na empresa, capacitao mediante
curso ministrado por instituies privadas ou pblicas, desde que
conduzido por profissional habilitado ou ter experincia comprovada em
Carteira de Trabalho de, pelo menos, 06 (seis) meses na funo.
Portanto, cuidados devem ser tomados quando for contratado o profissional que far a
elaborao do PCMAT. Em primeiro lugar, ele deve ser legalmente habilitado em Segurana do
Trabalho e, a partir desta condio, conhecer a obra e sua filosofia de construo, realizando um
trabalho voltado, nica e exclusivamente, para aquela obra.O PCMAT pode ser assinado por
profissional legalmente habilitado na rea de Segurana do Trabalho. Tanto o Tcnico quanto o
Engenheiro ou o Mdico o so, um por curso especfico de formao em nvel tcnico, os outros
por complementao de curso superior (ps graduao).
Vale destacar que a qualificao de um empregado como a carteira de habilitao de um
motorista, ou seja, um empregado somente pode desempenhar certas tarefas e servios se for
qualificado com certificado que o comprove assim como um motorista somente pode dirigir um
veculo automotor se possuir carteira de motorista. Portanto, um trabalhador da indstria da
construo que tenha participado de treinamento admissional, recebido os devidos e corretos
EPI, orientado sobre suas funes atravs de Ordens de Servios, com o Atestado de Sade
Ocupacional considerando-o apto para seu trabalho e possua situao perfeitamente regular na
relao empregado/empregador, deve ser considerado capaz e responsvel para desempenhar
suas atividades profissionais.
Cabe ao empregador monitorar as aes deste empregado verificando o devido cumprimento dos
ensinamentos recebidos e da legislao vigente, chamando sua ateno em caso de falhas,
descumprimento ou desateno quanto aos conhecimentos adquiridos. Como informao, a
seguir so elencados os importantes itens da NR 18 que tratam de Trabalhador Qualificado e
Profissional Legalmente Habilitado e suas atividades.
a) Trabalhador Qualificado. Item NR 18 Atividades.
> 18.6-Escavaes, Fundaes e Desmonte de Rochas.
- 18.6.14-Qualificao como operador de bate-estaca.
> 18.7-Carpintaria
- 18.7.1-Qualificao para uso de mquinas e
equipamentos de carpintaria.
> 18.9- Estrutura de Concreto
- 18.9.3-Inspeo de suporte e escoras antes e durante a
concretagem.
- 18.9.9-Inspeo de peas e mquinas do sistema
transportador antes de iniciar os trabalhos.
> 18.11-Operaes de Soldagem e Corte a Quente / Qualificao
para atividades de soldagem e corte a quente.
> 18.14-Movimentao de Transporte de Materiais e Pessoas
- 18.14.1.1-Qualificao para montagem e desmontagem
de equipamentos de transporte vertical de pessoas e
materiais.
- 18.14.1.2-Qualificao para executar manuteno de
equipamentos de transporte vertical de pessoas e
materiais.
- 18.14.2-Qualificao para operao de equipamentos de
movimentao e transporte de pessoas e materiais.
- 18.14.7-Qualificao para vistorias equipamentos de
guindar e transportar antes do inicio dos trabalhos.
- 18.14.9-Qualificao para executar manobras de
movimentao com equipamentos de transporte de
materiais e pessoas.
- 18.14.21.2-Qualificao para montar e desmontar torres
de elevadores.
> 18.15-Andaimes e Plataformas de Trabalho
- 18.15.30.2-Instalao e manuteno de andaimes
suspensos.
- 18.15.35.1-Responsvel pela verificao diria de
andaimes suspensos e usurios.
- 18.15.47.2-Instalao, manuteno e inspeo peridica
de plataformas de trabalho.
- 18.15.47.3-Operador de plataformas de trabalho.
> 18.20-Locais Confinados
> 18.20.1-Monitorar permanentemente substncias que causem
asfixia exploso e intoxicao no interior de locais confinados
> 18.21-Instalaes Eltricas
- 18.21.1-Execuo e manuteno das instalaes
eltricas
- 18.21.15-Acessar transformadores e estaes
abaixadores de tenso
> 18.22-Maquinas e Equipamentos e Ferramentas Diversas
- 18.22.1-Operao de mquinas e equipamentos que
exponham o operador e terceiro a risco
- 18.22.5-Abastecer mquinas e equipamentos com motor
exploso
- 18.22.12-Encher pneus de equipamentos pesados
- 18.22.18-Operador ferramentas de fixao plvora
- 18.25.4-A conduo de veculos para transporte coletivo
de passageiros
> 18.36-Disposies Gerais
- 18.36.3-Realizar escavaes e orientar operrio quando
da aproximao de tubulaes at de tubulaes distncia
mnima de 1,50 m.
- 18.36.4-Inspecionar o escoramento e a resistncia das
formas durante os trabalhos de lanamento e vibrao de
concreto.
> Anexo III Anexo Plano de Carga para Grua, Anexo III- x -a
Operador de grua, Anexo III - x-b Sinaleiro/Amarrador de carga.
b) Profissional Legalmente habilitado. Item NR18 - Atividades
> 18.3- PCMAT e 18.3.2- Deve elaborar o PCMAT
> 18.4-reas de Vivncia
- 18.4.1.3.2-Laudo tcnico relativo ausncia de riscos
qumicos, fsicos e biolgicos em contineres usados como
reas de vivncia.
> 18.5-Demolio e 18.5.3-Programao e direo (coordenao)
de demolies
> 18.6-Escavaes, Fundaes e Desmonte de Rochas
- 18.6.3-Responsabilidade tcnica por servios de
escavaes, fundaes e desmonte de rochas.
> 18.9-Estruturas de Concreto
- 18.9.2-Superviso do uso de formas deslizantes
- 18.9.7-Inspeo de dispositivos e equipamentos usados
em pr-tenso (antes e durante os trabalhos)
> 18.14-Movimentao e Transporte de Materiais e Pessoas
- 18.14.1-Dimensionamento de equipamentos de
transporte vertical de pessoas e materiais
- 18.14.24.1.1-Para distanciamento inferior a 3m (trs
metros), a interferncia dever ser objeto de anlise
tcnica por profissional habilitado, dentro do plano de
carga.
- 18.14.1.2-Supervisionar a execuo da manuteno de
equipamentos de transporte vertical de pessoas e
materiais
- 18.14.24.10.1-Projeto especfico para utilizao de gruas
em casos especiais (ART)
- 18.14.24.13.1-Supervisionar a implantao, instalao,
manuteno e retiradas de gruas (ART).
- 18.14.24.14- Dispor de projeto elaborado por profissional
legalmente habilitado mediante emisso de ART, com
especificao do dispositivo e descrio das caractersticas
mecnicas bsicas do equipamento.
- 18.14.24.15- Emitir laudo estrutural e operacional quando
a integridade estrutural e eletromecnica para gruas que
no dispuserem identificao do fabricante nem do
importador ou que j tenham mais de 20 anos de
fabricao.
- 18.14.24.15-Ser responsvel por elevadores de
cremalheira para transporte de pessoas e materiais
> 18.15-Andaimes e Plataformas de Trabalho
- 18.15.1-Fazer o dimensionamento dos andaimes, de sua
estrutura e de sua fixao.
- 18.15.30- Elaborar e acompanhar projeto para sistemas
de fixao e sustentao e as estruturas de apoio dos
andaimes suspensos
- 18.15.30.2-Superviso e responsabilidade tcnica na
instalao e manuteno de andaimes
- 18.15.32.1.1-Gerar estudos de verificao estrutural, em
caso de sustentao de andaimes suspensos em
platibanda ou beiral da edificao
- 18.15.46-Inspees peridicas de plataforma de trabalho
com sistema de movimentao vertical em pinho e
cremalheira e plataforma hidrulica
- 18.15.47-Em caso de equipamento importado, os
projetos, especificaes tcnicas e manuais de montagem,
operao, manuteno, inspeo e desmontagem devero
ser revisados e referendados por profissional legalmente
habilitado no pas, atendendo ao previsto nas normas
tcnicas da ABNT ou entidades internacionais por ela
referendadas, ou ainda, outra entidade credenciada pelo
CONMETRO.
- 18.15.47.3-Supervisionar a instalao, manuteno e
inspeo peridica de plataformas de trabalho.
- 18.15.47.5-Comprovar tecnicamente situaes especiais
que desobriguem a utilizao de cinto de segurana tipo
pra-quedista ligado a um cabo guia fixado em estrutura
independente do equipamento em plataforma de trabalho
> 18.18-Telhados e Coberturas
- 18.18.1-Dimensionar de forma segura dispositivo para
trabalho em telhado e cobertura
> 18.20-Locais Confinados
- 18.20.1-Supervisionar monitoramente de substancias que
causem asfixia exploso e intoxicao no interior de locais
confinados
> 18.21-Instalaes Eltricas
- 18.21.1-Superviso da execuo e manuteno das
instalaes eltricas
- 18.21.15-Acessar transformadores e estaes
abaixadores de tenso
> 18.22-Maquinas Equipamentos e Ferramentas Diversas
- 18.22.11-Inspecionar mquinas e equipamentos
> 18.25 Transporte de Trabalhadores em Veculos Automotores
- 18.25.4 Conduo de transporte coletivo de ser feita por
condutor habilitado.
> Anexo III Plano de carga para Grua
a) Item XI Responsabilidade - B - Responsvel pela manuteno,
montagem e desmontagem deve designar pessoal com
treinamento e qualificao para executar as atividades que
sempre estaro sob superviso de profissional legalmente
habilitado, durante as atividades de manuteno, montagem,
desmontagem, telescopagem, ascenso e conservao do
equipamento; chegada de operacionalizao dos dispositivos de
segurana, bem como entrega tcnica do equipamento e registro
destes eventos em livro de inspeo ou relatrio especifico.
b) Item XII Manuteno e Alterao no Equipamento - Pargrafo
2- Os servios de montagem, desmontagem, ascenses,
telescopagens e manutenes devem estar sob superviso e
responsabilidade de engenheiro legalmente habilitado
responsvel com emisso de ART especifica para a obra e para o
equipamento em questo.
c) Item XIII Documentao Obrigatria no Canteiro I - Atestado de
aterramento eltrico com medio hmica, conforme NBR 5410 e
5419, elaborado por profissional legalmente habilitado.
Esta tabela deve integrar o dia a dia de profissionais do SESMT que atuam em canteiros de
obras, em contato direto com os empregados, fiscalizando as mais diversas atividades que ali
acontecem. O assunto aqui abordado pode ser considerado, por alguns leitores, como simples e
bvio, devendo, no entanto, ser analisado luz da responsabilidade de cada profissional atuante
em canteiro de obra frente Responsabilidade Civil e Criminal.
Referncias - Subitens 18.3.3 e 18.3.4 - PCMAT

A criao do PCMAT foi um avano na melhoria das condies de meio ambiente de trabalho na
construo sendo obrigatria sua elaborao e cumprimento nos estabelecimentos com 20 (vinte)
ou mais trabalhadores. O PCMAT deve contemplar as exigncias da NR 9 (PPRA) e ser
mantido, no estabelecimento, disposio do rgo Regional do MTE. O PCMAT no
desobriga, at o momento, a elaborao do PPRA.
Vamos analisar o que trata a NR 18. A primeira providenciar enviar para DRT a comunicao
Prvia da Obra (NR-18.2). Depois, quando iniciar a obra deverar ser elaborado o PPRA (NR-
09). Quando o canteiro possuir mais de 20 (vinte) empregados registrados dever providenciar o
PCMAT (NR-18.3.1). Quanto ao PCMSO (NR-07) obrigatrio elaborao por canteiro de
obra, a partir da contratao de funcionrios na planta. Tambm dever possuir um Mdico
Coordenador deste programa com at 10 (dez) funcionrios. (NR-7.3.1.1). O empregador, ou
condomnio, responsvel pela sua implementao e o Programa integrado pelos seguintes
documentos:
a) Memorial sobre condies e meio ambiente do trabalho, nas
atividades e operaes, levando-se em considerao:
- Riscos de acidentes e doenas do trabalho.
- Medidas preventivas.
b) Projeto de execuo das protees coletivas.
c) Especificaes tcnicas dos EPC e EPI.
d) Cronograma de implantao das medidas preventivas.
e) Layout inicial do canteiro de obra.
f) Programa educativo.
O item 18.3 estabelece a necessidade do PCMAT em obras de construo. A definio de
"Programa" "exposio sumria das intenes ou projetos de uma empresa ou de um
profissional sobre determinado tema". Estabelecimento uma obra individualizada, no
importando nem seu porte nem o porte da empresa que a construir.
A implantao do PCMAT nos estabelecimentos de responsabilidade do empregador ou
condomnio (item 18.3.3). Se a responsabilidade da implantao do PCMAT do empregador ou
condomnio e um programa visa a apresentar intenes ou projetos de um profissional ou de uma
empresa (no caso do PCMAT mais do profissional do que da empresa), lgico que para cada
obra dever haver um nico PCMAT.
O PCMAT dever ser seguido por todos os profissionais que desempenharem suas funes
naquele estabelecimento, ou obra, independentemente de pertencerem aos quadros da empresa
maior ou de pequenas empresas de prestao de servio. No possvel aceitar que cada
empresa participante da construo seja cobrada a apresentar seu PCMAT, ou seja, o Programa
especfico aos servios que ela executar. O PCMAT nico e completo por obra especfica. O
PCMAT uma carta de intenes contendo as medidas que visem s condies ideais do meio
ambiente do trabalho em uma obra, devendo ser amplamente analisado durante sua implantao
e alterado quando conveniente e/ou necessrio.
Possveis alteraes nas atividades e no cronograma devem ser encaradas de forma natural,
tendo em vista as mais variadas formas possveis de situaes que, durante a construo, tendem
a ocorrer. Entre as possveis alteraes, esto as mudanas no cronograma, o surgimento de
novas tecnologias e equipamentos, mudanas de projeto e alteraes na relao mo-de-
obra/equipamento.
O PCMAT deve ser apresentado formalmente a todos os profissionais que na obra trabalharem
ou influrem de um modo ou outro, sendo demonstrada sua importncia e, principalmente, sua
funo de estabelecer regras que os protejam. Nenhum PCMAT ter sucesso na sua implantao
se no for absorvido e compreendido por todos. Segurana tem que ser lembrada e destacada em
campanhas contnuas e durante a implantao do PCMAT.
Nada pior que o PCMAT "de gaveta", aquele feito s para atender legislao e fiscalizao.
Este tema merece mais anlise, visando a alcanar o pleno objetivo para o qual foi criado, sendo
uma obrigao dos profissionais ligados Segurana no Trabalho conhec-lo profundamente.
Referncias - Item 18.4 / Subitens 18.4.1 a 18.4.2.7.2 - reas de Vivncia

Pesquisas de aplicabilidade da NR 18 sugerem que as reas de vivncia,
apesar de serem prioridade da fiscalizao, ainda tm um elevado nvel de
no conformidade, apresentando falta de cumprimento de exigncias
bastante simples, tais como a colocao de suportes para sabonete, cabide
para toalha junto aos chuveiros e recipiente com tampa para depsito de
papis usados junto ao vaso sanitrio.
As reas de vivncia, apesar de no estarem diretamente relacionadas
causas de acidentes, influenciam na sua maior ou menor ocorrncia, visto
que condies precrias da mesma contribuem para diminuir a auto-
estima dos trabalhadores, resultando em comportamento abaixo do
padro.
Nas frentes de trabalho itinerantes, so utilizadas alternativas portteis
bastante higinicas e confortveis.
As instalaes sanitrias devem ter paredes de material resistente e
lavvel, podendo ser de madeira. Os pisos possuiro material
impermevel e antiderrapante, alm de portas que impeam o
devassamento. importante ressaltar que os banheiros no faro ligao
com locais destinados s refeies e devero ser independentes para
homens e mulheres.
Os vasos sanitrios podem ser do tipo bacia turca ou sifonado (subitem

18.4.2.6.2). Abaixo dois exemplos de bacia turca:

Referncias - Subitens 18.4.2.8 a 18.4.2.14.1 - reas de Vivncia

Este item apresenta alteraes importantes obrigando a existncia de alojamento, local de
refeio e rea de lazer para os trabalhadores. Devemos observar a mudana de nome de
"refeitrio" para "local de refeies", em funo do acrscimo da rea de lazer. Outra
modificao foi a obrigatoriedade de ambulatrio para frente de trabalho com 50 ou mais
trabalhadores, assim como fornecimento de lenol, cobertor, fronha e travesseiro, em condies
adequadas de higiene.
Os alojamentos dos canteiros de obras devem ter paredes de alvenaria, madeira ou material
equivalente, assim como piso de concreto, cimentado, madeira ou material equivalente e
cobertura que proteja das intempries.
importante, tambm, ter rea mnima de 3m por mdulo, cama e rea de circulao. Vale
ressaltar a proibio de trs ou mais camas na vertical e de estarem situados em subsolos ou
pores das edificaes. A distncia entre as camas e entre a ltima cama e o teto dever ser, no
mnimo, de 1,20 m. Alm disso, as camas devem ser de 0,80 m por 1,90 m.
Referncias - Item 18.5 / Subitens 18.5.1 a 18.5.13 -Demolio

Desmoronamento e soterramento so os riscos principais e mais
evidentes em obras de abertura de valas. Observe-se, por exemplo, o
citado por Pfeil (1987) acerca de um grave acidente ocorrido na
construo do metr de Berlim, Alemanha. Neste caso as escavaes
foram levadas a uma profundidade maior que a programada, a chamada
sobrescavao, chegando prximas base de perfis verticais que
sustentavam internamente as estroncas (a vala tinha argura de 21m).
Assim, as bases dos perfis verticais ficaram praticamente livres,
permitindo seu deslocamento vertical no sentido ascendente, causando
a desestabilizao das estroncas e o conseqente colapso do
escoramento causando a morte de 19 operrios.
Mais recentemente, o trabalho de Gawryszewski, Mantovanini e Liung
(1998) acerca dos acidentes fatais do trabalho ocorridos em 1995 no
Estado de So Paulo, aponta que 8,2% daqueles do setor da
Construo Civil referem-se a soterramentos. Os Ministrios da
Previdncia e Assistncia Social (MPAS) e do Trabalho e Emprego
(MTE) apresentaram o Anurio Estatstico dos Acidentes de Trabalho
2000 (Portaria MPAS n01, de 09/05/02), um documento especfico para
o setor de Segurana e Sade no Trabalho.
Conhecer aonde que est o perigo uma importante ferramenta para
planejar e fiscalizar os ambientes de trabalho, embora no se possa
esquecer que os dados colhidos no abrangem o universo total de
trabalhadores, e sim, apenas aqueles cobertos pelo Seguro Acidente do
Trabalho e com os devidos vnculos de empregos registrados em suas
respectivas empresas. Estar ciente das conseqncias para tomar
iniciativas que evitem os acidentes de suma importncia, pois eles
saem muito caro. um mau negcio para empresas, trabalhadores,
governo e sociedade como um todo.
Casos de soterramento so observados em vrias companhias de saneamento do pas. O principal
motivo para a ocorrncia de tais acidentes a ausncia dos sistemas de conteno do solo. A
principal alegao das empreiteiras que a instalao do escoramento demorada, atravancando
a continuidade da obra e atrasando o cronograma. Evidentemente, isto no procede, pois no se
deve justificar a ausncia ou precariedade das medidas de segurana em funo de fatores
econmicos e/ou de produo. Segundo dados de PROTEO (2004), no ano 2000 ocorreram
33 mortes no Brasil no setor de saneamento, sendo a maioria por soterramento. A terceirizao
que vem sistematicamente ocorrendo no setor, em geral, leva precarizao das condies de
segurana e sade no trabalho, alis, como tpico em outros setores econmicos em que este
fenmeno vem surgindo no Brasil. O setor de saneamento considerado to problemtico no
pas que em 2004 o Ministrio do Trabalho e Emprego priorizou a fiscalizao nesta atividade
em 6 estados da federao, alm do Distrito Federal.
Por fim, cabe destacar que os ndices de acidentes de trabalho em escavao na indstria da
construo civil elevado no Brasil. Segundo dados do Ministrio do Trabalho e Emprego e da
Previdncia Social, conforme Anurio anteriormente mencionado, a atividade econmica de
perfurao e execuo de fundaes destinadas a construo civil colocou-se em 14 lugar entre
as 560 existentes, considerando freqncia, gravidade e custos dos acidentes de trabalho no
perodo 1997-1999. Outros dados revelam que os soterramentos esto, ao lado de quedas e
eletrocusso, entre os principais tipos de acidentes de trabalho fatais ocorridos na indstria da
construo civil. H no pas, vrias aes na justia do trabalho contra empregadores,
engenheiros e mestres de obras responsabilizando-os civil e criminalmente por acidentes de
trabalho ocorridos nestas atividades.
Toda demolio deve ser programada e dirigida por profissional legalmente habilitado. Este tipo
de trabalho deve ser realizado por empresa especializada. Deve ser sempre proibida a qualquer
pessoa no autorizada, a entrada na rea onde se faz a demolio. Os Riscos mais freqentes em
demolies so:
a) Danos causados nas estruturas vizinhas;
b) Riscos especficos, como exploses, incndios ou vibraes quando
da utilizao de explosivos ou utilizao de lana trmica;
c) Riscos associados poluio sonora (rudo);
d) Riscos associados projeo de poeiras e partculas;
e) Riscos de projeo de elementos demolidos;
f) Riscos eltricos.
As causas principais de ocorrncia de acidentes so: falta de sinalizao, delimitao e controle
de acesso; sobrecarga de pisos com entulhos; utilizao de andaimes mal ancorados ou
escorados; no utilizao dos equipamentos de proteo individual (EPI); e ausncia de
informao para os riscos associados s demolies.
Referncias - Item 18.6 / Subitens 18.6.1 a 18.6.3 - Escavaes, Fundaes e
Desmonte de Rochas

A adoo da escavao manual ou mecanizada depender da natureza do solo, das caractersticas
do local (topografia, espao livre, interferncia) e do volume a ser escavado. Devero ser
seguidos os projetos e as especificaes no que se refere locao, profundidade e declividade
da escavao. Entretanto, em alguns casos, as escavaes podero ser levadas at uma
profundidade superior projetada, at que se encontrem as condies necessrias de suporte para
apoio das estruturas.
Sabe-se que h muitas incertezas na determinao dos parmetros de rigidez e resistncia do
solo, pois este material diferentemente de outros como concreto, ao e madeira apresenta, em
geral, uma elevada heterogeneidade. Diante destas condies, o estabelecimento da segurana
dos membros estruturais requer mais ateno, com conseqentes majoraes dos coeficientes de
segurana. Devem ser abordados os vrios mecanismos de ruptura da conteno, tais como a
ruptura geral, a ruptura de fundo, o piping e, com maior nfase, as runas devido a esforos
solicitantes elevados nos membros da conteno (paramento e escoramento).
Os deslocamentos nas proximidades da vala que podem provocar fissuras nas edificaes
vizinhas tambm merecem ateno. Para tanto, necessrio que o mtodo de clculo da
conteno adotado seja adequado ao porte e aos requisitos estipulados da construo, conforme
Tacitano (2005).
Referncias - Subitens 18.6.4 a 18.6.9 - Escavaes, Fundaes e Desmonte
de Rochas

Quando necessrio, os locais escavados sero isolados, escorados e esgotados por processo que
assegure proteo adequada. As escavaes com mais de 1,25 m de profundidade devero dispor
de escadas ou rampas, colocadas prximas aos postos de trabalho, a fim de permitir, em caso de
emergncia, a sada rpida dos trabalhadores, independentemente da adoo de escoramento.
As reas sujeitas escavao em carter permanente devero ser estabilizadas de maneira a no
permitir movimento das camadas adjacentes. Em caso de valas, sero observadas as imposies
do local do trabalho, principalmente as concernentes segurana dos transeuntes e de animais.
Nas escavaes executadas prximas a prdios ou edifcios, vias pblicas ou servides, devero
ser empregados mtodos de trabalho que evitem as ocorrncias de qualquer perturbao oriunda
dos fenmenos de deslocamento, tais como:
a) Escoamento ou ruptura das fundaes;
b) Descompresso do terreno da fundao;
c) Descompresso do terreno pela gua.
As grelhas, bocas de lobo e os tampes das redes dos servios pblicos, junto s escavaes,
devero ser mantidos livres e desobstrudos.
Quando o material for considerado, a critrio da fiscalizao, apropriado para utilizao no
reaterro, ser ele, a princpio, estocado ao longo da escavao, a uma distncia equivalente
profundidade escavada, medida a partir da borda do talude. Materiais no reutilizveis sero
encaminhados aos locais de "bota-fora" ou deixados ao longo da escavao.
Em vias pblicas onde a deposio do material escavado puder acarretar problemas de segurana
ou maiores transtornos populao, a remoo e estocagem do material escavado para local
adequado, para posterior utilizao.
Ao se atingir a cota de projeto, o fundo da escavao ser regularizado e limpo. Atingida a cota,
se for constatada a existncia de material com capacidade de suporte insuficiente para receber a
pea ou estrutura projetada, a escavao dever prosseguir at que se possa executar um
"colcho" de material de base, a ser determinado de acordo com a situao.
No caso do fundo da escavao se apresentar em rocha ou material indeformvel, sua cota
dever ser aprofundada, no mnimo, em 0,10 m, de forma a se estabelecer um embasamento com
material desagregado de boa qualidade (normalmente, areia ou terra). A espessura desta camada
dever ser determinada de acordo com especificidade da obra.
Em complemento NR 18 item 18.6 apresentaremos as contribuies dos engenheiros Marcelo
Tacitano, Lie Tjiap Liungs sobre o estabelecimento das condies mnimas de segurana e sade
na execuo de valas. Alm dos aspectos de dimensionamento anteriormente mencionados,
requisitos construtivos devem ser observados para que os trabalhos de escavao de valas se
processem dentro de condies aceitveis. Assim, quando a profundidade de uma vala atinge
1,25m ou mais, conveniente escor-la, ou respeitar os ngulos de talude naturais; deve-se evitar
a acumulao de material escavado e equipamentos junto borda das valas, e no caso disto no
ser possvel, deve-se tomar as precaues que impeam o deslizamento das paredes e a queda na
vala de tais materiais; como norma geral, deve-se manter uma distncia de aproximadamente
metade da profundidade livre de carga e circulao de veculos; quando a profundidade de uma
vala igual ou superior a 2m deve-se proteger as suas bordas com um guarda-corpo ou
sinalizao adequada.
Em caso de inundao de valas, imprescindvel a reviso minuciosa e detalhada antes de se
reiniciar os trabalhos, devendo-se retirar a gua no prevista o quanto antes para evitar a
desestabilizao da vala ou talude; deve-se revisar o estado dos cortes e taludes a intervalos
regulares nos casos em que podem receber empuxos acidentais de veculos, martelos
pneumticos etc.; deve-se dispor de pelo menos uma escada porttil para cada equipe de
trabalho, a qual deve ultrapassar em 1 metro a superfcie da vala; no se deve instalar no interior
de valas mquinas acionadas por motores a exploso que gerem gases como o monxido de
carbono, a no ser que sejam providas de instrumentos necessrios para sua exausto;
Os operrios que trabalham no interior de valas devem estar devidamente informados atravs de
instrues de segurana do trabalho e de medidas necessrias de proteo para cada risco
especfico; as contenes devem ser revistas ao comear a jornada de trabalho e quando
ocorrerem interrupes de trabalho de mais de um dia ou alteraes atmosfricas como chuvas; e
se recomenda que o paramento da conteno ultrapasse em um pequeno trecho a borda da vala,
para que sirva como um rodap, evitando a queda de objetos e materiais no seu interior.
Em geral, as contenes ou parte delas so retiradas quando deixam de ser necessrias,
comeando pela parte inferior do corte. De toda forma, os procedimentos de reaterro devem ser
previamente planejados, tomando-se as mesmas precaues da fase de escavao. Fang (1991)
alerta que deve ser lembrado que o projetista de estruturas de conteno geralmente tem pouco
controle sobre a execuo de seu trabalho.
Os empuxos do solo so afetados por muitas condies, e no a menor delas o mtodo
construtivo a qualidade do trabalho manual envolvido. Se as deformaes da estrutura de
conteno no so as previstas, grandes mudanas de empuxos podem ocorrer. Falta de
procedimentos de inspeo adequados e liderana podem resultar em desconformidade em
soldagens, deslocamento ou localizao incorreta de certos membros e seqncias imprprias de
trabalho.
A Delegacia Regional do Trabalho no Estado de So Paulo, vem atuando com rigor neste setor.
Juntamente com Ministrio Pblico do Trabalho, um Termo de Ajustamento de Conduta foi
acordado entre estes rgos e a SABESB (Companhia de Saneamento Bsico do Estado de So
Paulo) para que sejam observadas as normas de Segurana e Sade do Trabalho nos servios em
valas. As empresas por ela contratadas tambm devem seguir estas normas.
Referncias - Subitens 18.6.10 e 18.6.10.1 - Escavaes, Fundaes e
Desmonte de Rochas

Os riscos crticos presentes nas escavaes em via pblica so a existncia de tubulaes de gs
natural. A rede de gs natural possui tubulaes de ao carbono e de PEAD (polietileno de alta
densidade). Essas tubulaes tm uma grande variedade de dimetros e podem estar localizadas
em ruas e avenidas, caladas, acostamentos ou junto ao limite da faixa de domnio de rodovias.
Normalmente, as tubulaes esto instaladas na profundidade de 1m. Entretanto, na rede
residencial instalada nas caladas, as tubulaes esto em uma profundidade de 60 cm. Devido a
inmeras interferncias e disposies de terrenos, estas medidas podem sofrer variaes, sendo
necessrio verificar a posio da tubulao no ponto especfico de trabalho.
As instalaes de redes de gs so mantidas afastadas por, no mnimo, 30 cm de outras infra-
estruturas subterrneas (tubulaes de saneamento, telefonia, energia eltrica etc).
Toda a rede de gs possui sinalizao externa atravs de placas de aviso, balizadores, taches no
piso de caladas e de pinturas da presena da rede no piso asfltico. Dentro da vala, existe uma
fita plstica de segurana, colocada acima da tubulao. Em locais como travessias de ruas e
caladas, colocada adicionalmente uma placa de concreto com a inscrio "COMPAGAS"
acima da tubulao. As vlvulas de servio de alimentao normalmente esto nas caladas a 60
cm de profundidade e possuem uma tampa de ferro fundido com a inscrio da companhia de
gs conforme exemplo abaixo da empresa COMPAGAS.



Tacho de piso de
Calada
Fita plstica de
segurana
Tampa de Ferro
Fundido
Placa de Concreto
Para evitar acidentes em servios de escavao junto rede de gs, siga as instrues abaixo:
a) Esteja seguro de que os trabalhos de escavao esto bem
planejados e que dispem de equipamentos para escavao manual nas
proximidades da tubulao de gs;
b) Quando estiver a cerca de 50 cm da posio da tubulao de gs,
somente efetue escavao manual;
c) Quando estiver trabalhando paralelamente tubulao de gs,
efetuar manualmente furos de sondagem para confirmar a posio da
tubulao de gs;
d) Durante a execuo dos servios, procure manter a sinalizao da
Rede de Gs Natural. Se necessrio, solicite material de reposio com
a COMPAGAS, de modo a assegurar que a presena da rede continue
sinalizada, evitando possveis acidentes com servios futuros.
e) Ao planejar servios de escavao, consulte a empresa de gs sobre
a presena da rede de gs no local, ligando para o nmero da
companhia de gs.
f) No caso de atingir as tubulaes da rede de gs, mesmo em caso de
arranhes, no faa o reaterro da vala sem que seja feita a anlise da
gravidade do incidente pelos tcnicos da empresa de gs.
g) Problemas, nesse momento, comprometem a segurana da
populao e dos consumidores de gs no futuro. Antes de abrir qualquer
tipo de vala prximo a rede de gs natural, consulte a empresa de gs.
O gs natural, bem como o GLP, no pirofrico, isto , no entra em combusto em contato
com o ar; ele precisa de uma fonte de ignio. Tenha conscincia de que o prprio calor das
mquinas e a energia eltrica das baterias podem dar incio a uma combusto, pois grande o
risco de exploso. Por isso, no caso de uma mquina furar uma tubulao de gs, a
recomendao imediata desligar imediatamente todos os equipamentos, isolar a rea e utilizar
gua na forma de neblina para dispersar a nuvem de gs. Chame imediatamente os bombeiros,
Defesa Civil e a empresa de gs.
Referncias - Subitens 18.6.11 a 18.6.19 - Escavaes, Fundaes e
Desmonte de Rochas

Nas escavaes com emprego de explosivos, sero obedecidas as regulamentaes tcnicas e
legais concernentes atividade. Dever ser apresentada a autorizao do rgo competente para
transporte, armazenamento e uso de explosivos, antes do incio das detonaes.
A rea de fogo dever ser protegida contra a projeo de partculas, quando houver risco para
trabalhadores e terceiros. Em funo das condies locais, poder ser exigido o uso de redes de
segurana. A detonao das cargas dever, obrigatoriamente, ser precedida e seguida de sinais de
alerta. A carga das minas ser feita somente por ocasio da execuo dos trabalhos de detonao,
jamais na vspera ou mesmo com simples precedncia de horas.
Sempre que for necessrio preservar a estabilidade e resistncia dos cortes executados em rocha,
estes devero ser conformados utilizando-se pr-fissuramento ( detonao controlada do
permetro, realizada antes da escavao), fogo cuidadoso cushion blasting (detonao controlada
do permetro, realizada durante a escavao) ou perfurao em linha.
No decorrer do desmonte a fogo, o escoramento dever ser permanentemente inspecionado e
reparado aps a ocorrncia de qualquer dano. As detonaes devero ser programadas para
horrios que no perturbem o repouso dos moradores das vizinhanas e que no coincidam com
aqueles de maior movimento. Sempre que for inconveniente ou desaconselhvel o emprego de
explosivos, a critrio da fiscalizao, ser utilizado o desmonte a frio, empregando-se o processo
manual, mecnico (rompedor) ou pneumtico (cunha metlica).
O ar comprimido, muitas vezes usado de forma inadequada, ou seja, a prtica de atos inseguros
pr parte de alguns funcionrios, comum em reas de muita poeira que utilizam o ar comprimido
para limpar a roupa. Atos desta natureza podem acarretar srias conseqncias a aqueles que por
desconhecimento ou ignorar os preceitos de segurana venham a cometer estas imprudncias.
Devido ao perigo que representa o ar comprimido no deve ser aplicado sobre o Corpo, no
deve ser usado para Limpeza de roupa de trabalho, tirar p ou sujeira do cabelo ou do corpo.
Um jato de ar comprimido pode resultar nos seguintes danos:
o Tirar um olho de sua rbita, romper um tmpano, ou causar hemorragia interna ao
penetrar nos poros;
o Quando muito perto da pele, pode penetrar por um corte ou uma escoriao e insuflar o
tecido humano (encher de ar). A leso poder ser fatal se o ar chegar a penetrar em um
vaso sangneo, porque pode produzir borbulhas de ar que interrompe a circulao do
sangue. Essa leso denomina-se, embolia gasosa;
o Pode empurrar ou arremessar partculas de metal ou outros materiais, a velocidades to
altas, que os convertem em mini projteis perigosos para o corpo e principalmente para
o rosto e olhos;
o Impurezas tais como: partculas de leos, graxas e outras partculas muito pequenas que
introduzidas sob a pele, pelos poros, podem causar inflamaes nos tecidos;
Referncias - Subitens 18.6.20 a 18.6.23.1 - Escavaes, Fundaes e
Desmonte de Rochas

Para a execuo de tubules a cu aberto, aconselha-se a leitura do item 18.20 da NR 18 e seus
respectivos comentrios apresentados mais adiante neste livro. Consultar a NR 33 aprovada pela
Portaria MTE 202 de 22/12/2006.
Referncias - Item 18.7 / Subitens 18.7.1 e 18.7.2 - Carpintaria

Na serra circular, o baixo cumprimento das exigncias faz com que seu manuseio seja
responsvel por uma parcela considervel de acidentes, sendo superado apenas pelas ferramentas
manuais, como as frmas de madeira ou metlicas e impacto contra peas soltas. Os acidentes
envolvendo as serras envolvem a falta de aterramento da carcaa do motor e a falta de coletor de
serragem.
Referncias - Subitens 18.7.3 a 18.7.5 - Carpintaria

A serra circular de bancada uma mquina de corte, cuja ferramenta constituda de um disco
circular provido de arestas cortantes em sua periferia, montado em um eixo que lhe transmite
movimento rotativo e potncia de corte, sendo o conjunto acionado por um motor eltrico,
atravs de polias e correias.
Os riscos mais freqentes que encontramos no manuseio da serra circular so: cortes e
amputaes nos membros superiores, ruptura do disco, rudo excessivo, descargas eltricas,
projeo de partculas e incndios.
Os EPI devem ser utilizados no manuseio da serra circular, sendo os mais importantes o protetor
facial contra a projeo de partculas e o protetor auricular. Outros equipamentos tambm podem
ser usados quando a operao assim o exigir: avental de raspa, sapatos de segurana e mscaras
contra poeira.
Em relao s medidas de proteo coletiva, poderamos citar entre as mais freqentes: proteo
das transmisses de fora, cobertura da serra circular, aterramento eltrico, instalao de extintor
de incndio (gs carbnico para a parte eltrica e gua-gs para a madeira e a serragem).
Referncias - Item 18.8 / Subitens 18.8.1 a 18.8.6 - Armaes de Ao

Os trabalhadores devem ser treinados quanto ao uso correto da mquina de cortar e dobrar barras
de ao, e as sobras de vergalhes devem ser recolhidas e depositadas em local apropriado.
O transporte de vergalhes ou armaes, feitos geralmente por guindastes, deve ser feito com
ateno para no atingir pessoas ou rede eltrica.
Referncias - Item 18.11 / Subitens 18.11.1 a 18.11.4 - Operaes de
Soldagem e Corte a Quente

Recomendamos a leitura da NR 15 e seus comentrios para um maior entendimento dos aspectos
tcnicos e legais envolvendo operaes e atividades insalubres, principalmente aquelas
provenientes dos trabalhos de soldagem.
Nas reas onde existe risco de incndio ou exploso devido presena de gases ou vapores
inflamveis dever ser implementado sistema de permisso para trabalho.
A qualificao dos soldadores pode ser feita atravs de cursos profissionalizantes do SENAI ou
de acordos com os requisitos da Fundao Brasileira de Tecnologia de Soldagem (FBTS). A
Petrobras possui critrios prprios de qualificao, de modo a atender aos requisitos internos
rigorosos de qualidade.
Referncias - Subitens 18.11.5 e 18.11.6 - Operaes de Soldagem e Corte a
Quente

Uma medida importante para a preveno de acidentes a utilizao de dispositivos de
segurana em equipamentos de solda e corte. Infelizmente, no existe muita conscientizao
sobre a importncia deste acessrio. Muitos ainda encaram este dispositivo de segurana como
item suprfluo e, somente, aps a ocorrncia de um acidente, s vezes com conseqncias
graves, que sua real necessidade considerada. H, atualmente, dois tipos de dispositivos de
segurana: dispositivos contra retrocesso de chama e Vlvulas de Contra Fluxo.
Dispositivos contra retrocesso de chama: um dispositivo para conexo s fontes de gases
combustveis (cilindros e centrais de gases), especialmente para acetileno e GLP (propano,
butano, propeno e buteno). Estes dispositivos podem ser conectados na sada dos reguladores de
presso, centrais de gases e postos de servios industriais. A obrigatoriedade dos dispositivos de
segurana, observada nesta NR, deixa em aberto em que tipo de gs deve ser usado tais
dispositivos.

No Brasil, estes dispositivos sempre foram
utilizados nos cilindros de gs combustvel,
muito embora existam dispositivos de
segurana no mercado para oxignio, sendo
obrigatria sua utilizao em alguns pases
da Europa. Como o item 18.11.6 apresenta
a expresso no plural "as mangueiras
devem possuir mecanismos contra o retrocesso de chama ...",
entendemos que estes dispositivos devem ser utilizados tanto para o
gs combustvel quanto para o oxignio. As funes bsicas destes
dispositivos de segurana so:
a) Evitar o contra fluxo de gases: impede a reverso dos fluxos dos
gases evitando a formao de mistura gasosa nos reguladores e
instalao centralizada de gases. Isto reduz o risco de exploso
ocasionado por entupimento de bicos de maaricos ou purga incorreta
das mangueiras.
b) Evitar a contra presso: dependendo do fabricante, algumas vlvulas
unidirecionais ativam um bloqueio de contra fluxo cortando o suprimento
de gs, quando ocorrer um retrocesso de chama, ou contra presso na
mangueira superior a 0,02 bar.
c) Extinguir o retrocesso de chama: dependendo do fabricante, possuem
um filtro metlico sintetizado (o mais eficiente feito de ao inoxidvel
de alta capacidade de fluxo) capaz de extinguir a chama proveniente do
retrocesso, enquanto que o fluxo interrompido pela vlvula
unidirecional, impedindo que a chama atinja o regulador e o sistema de
suprimento dos gases.
d) Travamento termo-sensvel: dependendo do fabricante, possuem um
dispositivo termo-sensvel que corta o suprimento do gs em situaes
na qual a temperatura externa prxima ultrapasse 95C.
Vlvulas de Contra Fluxo; Tm a funo de evitar a entrada de gs de um sistema para outro, em
caso de defeito no maarico, ou mesmo por entupimento do bico de solda ou de corte. Devido
sua finalidade, as vlvulas de contra fluxo devem ser instaladas nas conexes de entrada do
maarico.
As vlvulas de contra-fluxo mais simples so erroneamente consideradas e chamadas de
"vlvulas contra retrocesso de chama" e, com isso, sua finalidade de aplicao deturpada, pois
a mesma no consegue deter o retrocesso de chama em virtude dos elementos que constituem a
sua parte interna sofrerem danos pelo calor de chama retrocedida.
Vale lembrar que existe no mercado vlvulas de contra-fluxo funcionando com dupla funo,
pois possui no seu interior um filtro sinterizado que extingue as chamas provenientes de um
possvel retrocesso de chama. Porm, todo cuidado deve ser tomado na compra do dispositivo de
segurana. Leia atentamente as recomendaes do fabricante quanto ao uso correto dos
dispositivos de segurana.
Referncias - Subitem 18.11.7 - Operaes de Soldagem e Corte a Quente

O termo "garrafa", utilizado no item 18.11.7, no tecnicamente adequado. O termo certo
"cilindro de gs". Da mesma forma, no se deve chamar de "balas" ou qualquer outro nome que
no seja "cilindro de gs".
Cilindros de gs, embora sejam bastante resistentes ao impacto mecnico, so pouco eficientes
no caso de uma incidncia direta de chama proveniente de um maarico ou de um incndio.
Nestes casos, sempre existir o risco de exploso do cilindro, devido ao trmica sobre o ao.
No caso anterior, a exploso dos cilindros poder ocorrer em poucos minutos (no caso de uma
chama de acetileno, em at cinco minutos), independentemente da presena de dispositivos de
segurana.
Ressalta-se que a temperatura de uma chama acetileno / oxignio alcana 3.100C enquanto que
a de GLP/oxignio fica em torno de 2.000C e a do hidrognio/oxignio em torno de 2.200C.
No caso do oxignio e de outros gases oxidantes, existe o risco do uso de lubrificantes com
hidrocarbonetos comuns, tais como: leo, graxa, solventes, gasolina e outros. Neste caso, o
resultado ser uma exploso imediata do sistema, principalmente vlvulas, reguladores de
presso, tubulaes e outros.
Usando a NR 22 como referncia tcnica, o item 22.11.23 estabelece que os cilindros contendo
gases comprimidos devem ser armazenados em depsitos bem ventilados e estar protegidos
contra quedas, calor e impactos acidentais, bem como observar o estabelecido nas NBR 12.791
Cilindro de Ao, sem costura, para Armazenamento e Transporte de Gases a Alta Presso, NBR
12.790 Cilindro de Ao Especificado, sem costura, para Armazenagem e Transporte de Gases a
Alta Presso, e NBR 11.725 Conexes e Roscas para Vlvulas de cilindros para Gases
Comprimidos, alm de atender s recomendaes do fabricante.
Referncias - Subitens 18.11.8 e 18.11.9 - Operaes de Soldagem e Corte a
Quente

Soldagem com eletrodos revestidos definida como um
processo de soldagem com arco, no qual a unio produzida
pelo calor do arco criado entre um eletrodo revestido e a pea a
soldar. Pela AWS, este processo chamado Shielded Metal Arc
Welding (SMAW).
Ele tem como caracterstica principal a possibilidade de soldar
diversos tipos de materiais por conta das inmeras formulaes
diferentes na fabricao dos eletrodos, sendo por isso um
processo extremamente verstil e de baixo custo. Estima-se que
mais de 72% sejam comercializados no pas atravs de
eletrodos revestidos (I Congresso Ibero-Americano de
Soldagem). Observe as figuras ao lado.

Esquema geral da solda por eletrodo
revestido
Neste processo, este elemento essencial para se obter uma boa solda. O eletrodo revestido
consiste de um arame de metal, que o mesmo do material a ser soldado, com um revestimento
externo que define quais caractersticas (propriedades mecnicas, qumicas e metalrgicas) ter a
junta soldada. Veja a figura ao lado.
Neste processo, no se utiliza gs, pois a proteo contra as contaminaes trazidas pelo
oxignio e nitrognio (corroso e fragilidade no cordo de solda) so feitas pelo prprio
revestimento do eletrodo. Um eletrodo revestido constitudo por uma vareta metlica, com
dimetro variando entre 1,5 e 8 mm e comprimento entre 23 e 45 cm, recoberta por uma camada
de fluxo aglomerado (revestimento). As principais funes do revestimento do eletrodo so:
a) Funes eltricas (isolamento): O revestimento um mau condutor de
eletricidade. Assim, isola a alma do eletrodo, evitando que em um
eventual contato no haja a abertura de indesejveis arcos de solda
laterais. J na ionizao, o revestimento contm silicatos de sdio e
potssio que ionizam a atmosfera do arco. O potssio e o sdio so
elementos importantes na soldagem porque a atmosfera ionizada por
eles facilita a passagem da corrente eltrica, dando origem a um arco
estvel.
b) Funes fsicas e mecnicas: O revestimento fornece gases para
formao da atmosfera protetora das gotculas do metal contra a ao
do ar ambiente. O revestimento se funde e depois se solidifica sobre o
cordo de solda, formando uma escria de material no metlico que
protege o cordo da oxidao pela atmosfera normal, enquanto a solda
est resfriando. O revestimento proporciona o controle da taxa de
resfriamento e contribui no acabamento do cordo.
c) Funes metalrgicas: O revestimento pode contribuir com elementos
de liga, de maneira a alterar as propriedades da solda, at mesmo no
caso de elementos que sejam altamente volteis. Esses elementos
podem ser incorporados ao revestimento para substituir o que se perdeu
com a queima do mesmo (um exemplo: o cromo na solda em ao inox).
Outros ainda incorporam p de ferro para aumentar o material
depositado e, conseqentemente, a eficincia da solda.
Para que uma fonte eltrica possa ser utilizada para os processos de soldagem, ela deve
preencher algumas exigncias:
a) A tenso deve ser baixa. (Risco de choque eltrico);
b) A intensidade de energia deve ser alta para manter o arco de solda
aberto;
c) A corrente de soldagem deve ser ajustvel para possibilitar o uso de
diferentes eletrodos (para soldar eletrodos com dimetros e materiais
diferentes, quanto mais fina a regulagem melhor a soldabilidade);
d) O circuito ser protegido contra curto-circuito e a fonte deve suport-
lo;
e) A corrente de solda deve apresentar bastante regularidade.
Entre as fontes para este processo, poderamos citar o transformador para corrente alternada, que
a configurao mais simples e barata, tanto do ponto de vista de investimento inicial, quanto de
operao e manuteno. No caso de corrente contnua, duas configuraes tradicionais podem
ser utilizadas: unidades geradoras ou transformadoras-retificadoras.
A primeira delas mais usada em canteiros de obra, particularmente onde um suprimento de
eletricidade no esteja disponvel. Ela emprega como combustvel o diesel e algumas fontes
podem gerar energia eltrica para alimentar at cinco chuveiros funcionando ao mesmo tempo.
Porm, o inconveniente o barulho feito por este equipamento que muito grande.
A segunda a preferida, por seu baixo custo de operao, reduzida manuteno e menor barulho
em operao. Estas vantagens se devem forma construtiva do equipamento e a um nmero
mnimo de partes mveis.
Este equipamento tem uma grande utilizao na soldagem industrial. Durante a soldagem, a
estabilidade do arco obtida limitando-se os picos de corrente durante o curto-circuito a nveis
suficientemente baixos para alcanar reduzido volume de respingos, mas suficientemente altos
para reabrir o arco e proporcionar adequada elevao da tenso do arco aps o curto-circuito. o
princpio de operao das inversoras, que, atravs de placas eletrnicas, fazem este controle com
perfeio, alm de reduzir drasticamente o tamanho e peso do equipamento.
Para iniciar o arco de solda, preciso tocar (riscar) a pea com o eletrodo e manter uma distncia
adequada para a manuteno do ambiente ionizado (arco de solda), sendo que essa a grande
dificuldade deste processo, muito embora com a prtica esta seja posta de lado (veja figura
abaixo). Nunca se deve testar eletrodos em cilindros de gases ou qualquer outro equipamento
que no seja a pea de trabalho.

Ignio do Eetrotodo Revestido.
O material de segurana basicamente consiste em: culos de segurana e mscara de solda (com
as lentes conforme tabela abaixo); luvas de raspa; avental de raspa; perneiras de raspa; botas de
segurana; e touca de soldador (essencial quando a solda for na posio sobre a cabea). A
mscara neste processo de solda indispensvel, pois se usarmos somente os culos de
segurana (que tambm so indispensveis por conta da escria a ser retirada) a pessoa ficar
marcada pela radiao no ionizante.
Soldagem com eletrodos revestidos
Faixa de 0 de eletrodo Faixa corrente utilizada (~) N
o
da lente utilizada
1,6 a 4,0 70 a 160 A 10
4,8 a 6,0 190 a 250 A 12
7,9 a 9,5 320 a 380 A 14
O posto de solda tambm deve ser protegido por cortinas plsticas que impeam a passagem
dessa radiao. Em algumas indstrias, os `controladores podem ter problemas srios na vista
por no observar este detalhe, isto , a exposio contnua radiao de solda (principalmente
quando h altas correntes de soldagem). Ateno especial deve ser dada quando o soldador for
trabalhar confinado. imprescindvel ter exausto dos fumos de solda, alm de ser desejvel um
filtro para respirao.
Algum pode alegar que no se enxerga nada com lentes, como a n 12, e quem j soldou sabe
que isto bem verdade (ainda bem, porque seno a radiao seria transmitida da mesma forma!).
Para estas situaes, foram desenvolvidas mscaras especiais que somente escurecem no instante
da soldagem, facilitando muito o trabalho.
As serralherias, de modo geral, utilizam este processo por ser mais barato e eficaz.
Normalmente, empregam os dimetros menores (1,6; 2,0; 2,4), mas para seu servio o eletrodo
adequado o E 6013 (chamado de `ponta amarela por certo fabricante).
O setor de manuteno de uma indstria utiliza os mais variados tipos de eletrodos (desde aquele
para a soldagem em ferro fundido, o tipo de FoFo soldvel - E Ni-Cl / E NiFe-C, at ao
carbono, ao inox e alumnio). Eles servem para efetuar o revestimento em peas que foram
danificadas pela corroso, ou para prevenir o desgaste pela utilizao (dentes de trator, rolos de
moenda na indstria aucareira, rodas de trem etc). Embora este processo no seja automtico,
ainda existem diversas aplicaes para ele, principalmente em se tratando do enchimento de
falhas e `falta de fuso.
Referncias - Item 18.12 / Subitens 18.12.1 a 18.12.5.10.1 - Escadas, Rampas
e Passarelas

As escadas so construdas geralmente de madeira, ao, fibra de alumnio e fibra de vidro.
Escadas mal construdas, mal conservadas e mal utilizadas podem representar um perigo
extremamente srio. As escadas de mo, quando construdas corretamente, apresentam as
seguintes caractersticas: travessas iguais; espaamento uniforme entre as travessas; montantes
iguais; emendas iguais; e no apresentam ns e rachaduras (caso feitas de madeira).
Os pontos mais importantes para se obter uma utilizao segura da escada de uso individual
esto relacionados ao comprimento da escada, ao ngulo que ela forma com o piso e aos
sistemas de fixao na superfcie inferior e superior. Para maior estabilidade da escada,
necessrio que o ngulo em relao ao piso tenha o valor aproximado de 75, podendo variar
entre 65 a 80 .
Quando uma escada no est fixada no piso, deve-se colocar calos de borracha nos ps para
evitar que a escada escorregue. Principalmente no uso dos degraus superiores, crava-se uma
estaca no solo, ao qual ser amarrada a escada, por meio de cordas, quando uso em ptio externo.
As escadas de mo devem ser sempre inspecionadas antes do uso, verificando-se os seguintes
itens: Defeitos na madeira, ns, fibras no sentido transversal, fendas; rachaduras; apodrecimento
geral, espaamento dos degraus de, no mximo, 300 mm de eixo a eixo e de, no mnimo, 300
mm, para escadas de at 3 m de altura, base antiderrapante em todos os degraus; e calo de
borracha nos ps da escada, a fim de impedir o movimento acidental da escada. As escadas de
mo tambm tm recomendaes para auxiliar a inspeo antes de cada uso. Os seguintes
procedimentos de segurana devem ser seguidos:
a) No usar uma escada que no esteja em perfeitas condies de
utilizao;
b) Nunca ficar sobre dois degraus da escada. Nesta posio, o equilbrio
torna-se precrio.
c) No subir em escadas portando objetos. Suspenda-os por meio de
corda, ou carregue-os em uma bolsa presa cintura.
d) Para subir, apoiar firmemente os ps nos degraus e usar ambas as
mos para segurar-se.
e) As escadas de abrir devem ser abertas at o fim do seu curso, com o
fecho do tirante limitador bem encaixado, antes de serem usadas.
f) As escadas de extenso no devem ter suas partes separadas, para
evitar a quebra de polias e a danificao dos engates.
g) As escadas de abrir no devem ser usadas como escadas de
encostar.
h) obrigatrio o uso de cinto de segurana preso estrutura mais
prxima, em altura superior a 2m do cho. proibido prender na prpria
escada.
i) Nunca subir em escadas com sapatos escorregadios ou sujos.
j) Somente uma pessoa de cada vez deve utilizar a escada para subir ou
descer.
l) Em trabalhos eltricos, devem ser utilizadas escadas de mo do tipo
no condutora, feitas em fibra de vidro, madeira ou outro material no
condutor de eletricidade preferivelmente.
m) Escadas rachadas, quebradas ou defeituosas devem ser inutilizadas
e substitudas. Somente devem ser usadas escadas de comprimento
compatvel com a altura da superfcie que se ir trabalhar. Extenses
provisrias so perigosas e proibidas.
n) A base das escadas deve ser equilibrada firmemente no piso, com a
base aproximadamente a um quarto do comprimento da escada na
vertical.
o) Os degraus das escadas estaro livres de substncias que
provoquem escorreges (leo, gua, barro etc). Escadas retas devem
atingir pelo menos 1 m acima da plataforma ou patamar em que esto
apoiadas.
p) Olhar para a escada e usar ambas as mos ao subir ou descer.
Quando outra pessoa no estiver segurando a escada, esta deve estar
fixada por braadeiras na parte inferior e amarrada na parte superior,
para evitar o deslocamento.
q) Ao fixar esta escada, necessrio o auxlio de outra pessoa. Escadas
fixas verticais ou tipo marinheiro devem ter guarda-corpo a partir da
altura de dois metros do piso.
Referncias - Subitens 18.12.6 / 18.12.6.1 a 18.12.6.6 - Escadas, Rampas e
Passarelas

As escadas de mo portteis devem ser consertadas sempre que for verificado qualquer defeito,
ou retiradas de servio. As escadas sero guardadas ao abrigo do sol e da umidade.
Quando no for possvel se apoiar uma escada na inclinao recomendada, a mesma deve ser
amarrada no apoio superior para evitar tombamento para trs ou escorada na parte inferior para
se evitar o escorregamento.
No se deve subir em escadas de mo carregando ferramentas ou materiais. Estes sero
suspensos separadamente.
As escadas de mo portteis, quando utilizadas prximas da laje, devem ser amarradas por um
tirante a um pilar interior, com o funcionrio usando cinto de segurana tipo pra-quedista. As
escadas de mo portteis no devem ser colocadas prximas a portas ou reas de circulao, a
menos que haja sinalizao. O mesmo se aplica a poos ou torres de elevador, devido
possibilidade de quedas de materiais.
No ser utilizada escada de mo com montante nico. As escadas de mo extensveis possuiro
roldanas, guias e ancoragem adequada, duas catracas automticas e corda para a manobra de
extenso, sendo que as cordas devem ser inspecionadas freqentemente.
Subir ou descer em escadas portteis dever ser uma ao feita sempre de frente para elas.
Escadas duplas no sero utilizadas como escadas simples. Deve-se ter o cuidado de no largar
ferramentas ou materiais nas escadas. Nunca deslocar uma escada sem descer. O mesmo
procedimento deve ser seguido na passagem de um lado para o outro em escadas duplas.
Referncias - Item 18.13 / Subitem 18.13.1 - Medidas de Proteo Contra
Quedas de Altura

As protees contra quedas de altura so os maiores problemas nos canteiros de obra. A falta de
protees contra quedas faz com que este tipo de acidente seja a primeira causa de acidentes
graves.
Referncias - Subitens 18.13.2 a 18.13.4 - Medidas de Proteo Contra
Quedas de Altura

O trabalho em altura um dos agentes da fatalidade. Desta forma, atividades no rotineiras,
mesmo existindo procedimentos, devem ser acompanhadas de uma permisso para trabalho. Esta
rotina permite que todos os controles de segurana sejam revisados e que todas as pessoas
estejam conscientes dos riscos da operao.
Para garantir a eficcia da Permisso para Trabalho, esta deve ser revalidada diariamente, pois as
condies da operao podem mudar. o que chamamos de riscos dinmicos. muito comum
nas empresas a emisso da PT por um tempo em que o trabalho ser realizado. Neste caso, a
revalidao diria ser fundamental para que as recomendaes sejam atendidas.
Referncias - Subitens 18.13.5 a 18.13.11 - Medidas de Proteo Contra
Quedas de Altura

A altura do fechamento dos vos de acesso s caixas dos elevadores passou a ser de, no mnimo,
1,20 m. Estes vos sero seguramente fixados estrutura.
O sistema de guarda-corpo e rodap a ser utilizado na proteo contra quedas de altura passou a
ser assim:
a) Altura de 1,20 m para o travesso superior e 0,70 m (setenta
centmetros) para o travesso intermedirio;
b) Rodap de 0,20 m (vinte centmetros);
c) Os vos entre travessas devero ser protegidos com tela ou outro
dispositivo que garanta seu fechamento com segurana.
A plataforma principal de proteo, conhecida como bandejo, passou a ter 2,50 m de projeo
horizontal e a ser colocada na altura da primeira laje, que esteja, pelo menos, a um p-direito
acima do nvel do terreno.
Esta plataforma deve ser instalada logo aps a concretagem da laje e retirada somente quando o
revestimento externo do prdio, acima dela, estiver concludo.
As plataformas secundrias, conhecidas como apara-lixo, em balano, colocadas de 3 (trs) em 3
(trs) lajes, devem, tambm, ser instaladas logo aps a concretagem da laje a que se referem e
retiradas somente quando a vedao da periferia at a plataforma imediatamente superior estiver
concluda. Suas dimenses so as mesmas da antiga NR 18.
Alm das plataformas principal e secundria, o permetro da obra deve ser fechado com tela,
podendo ser retiradas nas mesmas condies das plataformas secundrias.
Foi criada uma plataforma terciria, para edifcios com pavimentos no subsolo, a ser instalada de
2 (duas) em 2 (duas) lajes, sem necessidade de complementao com tela, contadas a partir da
plataforma principal.
Estas plataformas devero ter, no mnimo, 2,20 m (dois metros e vinte centmetros) de projeo
horizontal e obedecer s mesmas prescries estabelecidas para as plataformas secundrias
quanto sua colocao e retirada.


Guarda-corpo metlico com
sargento
Guarda-corpo metlico com
escoras
Guarda-corpo de madeira com montantes
metlicos


Guarda-corpo de madeira
Guarda-corpo de alvenaria
estrutural
Galeria


Caixa de elevador (metlica) Caixa de elevador (madeira) Proteo shaft de ventilao de escadaria
Referncias - Subitens 18.13.12 a 18.13.12.26 - Medidas de Proteo Contra
Quedas de Altura - Redes de Segurana

A Portaria MTE 157 tambm admite no item 18.13.12 o uso de redes de segurana como
medida alternativa ao uso de plataformas secundrias de proteo, previstas no item 18.13.7 da
NR 18. O sistema j provou ser eficiente tambm para evitar quedas humanas, se respeitadas as
normas tcnicas especficas.
Para isso, a nova regra exige que tenha, alm de projeto assinado por profissional legalmente
habilitado: rede de segurana; cordas de sustentao ou de amarrao e perimtrica da rede;
conjunto de sustentao, fixao e ancoragem e acessrios de rede, composto de elemento forca,
grampos de fixao do elemento forca e ganchos de ancoragem da rede na parte inferior. O
sistema autorizado para aps as fases de estrutura e vedao perifrica.
A Portaria MTE 157/2006 altera ainda vrios itens do glossrio da NR 18 que esto inseridos
no final da descrio das alteraes acima. ntegra da portaria: DOU de 10 de abril.
A Fundacentro publicou a Recomendao Tcnica de Procedimento para Medidas de Proteo
Contra Quedas de Altura. Veja o texto da publicao na ntegra (PDF, 325KB).





Exemplos de aplicao de redes de segurana
Referncias - Item 18.14 / Subitens 18.14.1 a 18.14.1.2 - Movimentao e
Transporte de Materiais e Pessoas

Mais uma vez, destacamos que os profissionais qualificados so aqueles considerados
legalmente habilitados (item 10.8.2). Para isso, necessrio preencher as formalidades de
registro nos respectivos conselhos regionais de fiscalizao do exerccio profissional.
O contratante de servios especializados aplicveis NR 18 e aos demais NR deve estar atento
aos requisitos de contrato, de forma a garantir que os trabalhos a ser realizados pelas empresas
sero feitos por pessoas qualificadas. Normalmente, os contratos so padres e genricos, porm
preciso explicitar a qualificao necessria para o trabalho.
Referncias - Subitens 18.14.2 a 18.14.20 - Movimentao e Transporte de
Materiais e Pessoas

Tomando como referncia a NR 22, item 22.7.13, recomendamos que o transporte de pessoas em
mquinas ou equipamentos somente ser permitido se estes estiverem projetados ou adaptados
para tal fim, por profissional legalmente habilitado.
Sempre existiu grande dificuldade das empresas em encontrar referncias tcnicas para
fundamentar algumas prticas para o transporte vertical de pessoas. Por similaridade tcnica,
sugerimos o uso da NR 22, item 22.7.14, que determina que o transporte vertical de pessoas.
Desta forma, s sero permitidas em cabines ou gaiolas que possuam as seguintes caractersticas:
a) Altura mnima de dois metros;
b) Portas com trancas que impeam sua abertura acidental;
c) Manter-se fechadas durante a operao de transporte;
d) Teto resistente, com corrimo e sada de emergncia;
e) Proteo lateral que impea o acesso acidental rea externa;
f) Iluminao;
g) Acesso convenientemente protegido;
h) Distncia inferior a quinze centmetros entre a plataforma de acesso e
a gaiola;
i) Fixao em local visvel do limite mximo de capacidade de carga e de
velocidade;
j) Sistema de comunicao com o operador do guincho nos pontos de
embarque e desembarque.
A Portaria 15, de 03/07/07 aprovou o Anexo 1 da NR 18 que regulamenta o uso das Plataformas
de Trabalho A (PTA) reo no Brasil. Trata-se de um manual de normas tcnicas que estabelece
os parmetros de segurana desse tipo de equipamento e especifica os responsveis por todos os
procedimentos de manuteno e operao. PTA o equipamento mvel, autopropelido ou no,
dotado de uma estao de trabalho (cesto ou plataforma) e sustentado em sua base por haste
metlica (lana) ou tesoura, capaz de erguer-se para atingir ponto ou local de trabalho elevado.





Fonte: Genie - A Terex Company
A NR-18, em seu artigo 2, bastante clara: proibido o transporte de pessoas por
equipamento de guindar no projetado para este fim. Este um importante avano, pois a partir
de agora ficou claro que no h mais espao para improvisaes nas obras. S podero ser
utilizados equipamentos apropriados, dotados de dispositivos de segurana que garantam uma
operao segura e eficiente. Segundo a norma, cabe ao operador da plataforma, devidamente
capacitado pelo
empregador, realizar todos os procedimentos de inspeo e manuteno do equipamento,
certificando-se do perfeito ajuste e funcionamento de todos os seus sistemas.
Toda a operao da plataforma, desde sua velocidade de deslocamento at a sinalizao da rea
de trabalho, est minuciosamente descrita na NR-18. Ela clara quanto obrigatoriedade do uso
de cintos de segurana e probe que a capacidade nominal de carga definida pelo fabricante seja
ultrapassada. A norma exige que o proprietrio da plataforma mantenha um programa de
manuteno preventiva, executado por pessoa qualificada e que siga as recomendaes do
fabricante. Alm disso, o operador tambm deve ser treinado, de acordo com o contedo
programtico estabelecido pelo fabricante, sobre os princpios bsicos de segurana, inspeo e
operao.
Referncias - Subitens 18.14.21 / 18.14.21.1 a 18.14.21.20 - Movimentao e
Transporte de Materiais e Pessoas - Torres de Elevadores


Os elevadores convencionais de obra a cabo so equipamentos de uso
constante em obras para o transporte vertical de pessoas e materiais.
Esse sistema rene vrios benefcios conseguidos nos ltimos anos com
a melhoria dos dispositivos de segurana automtica ou manual.
Atualmente, existem elevadores com cabinas mais leves, resistentes e
seguras. O elevador a cabo apresenta uma nova opo cuja cabina
semifechada para transportes de materiais recebe fechamento lateral e
portas, transformando-se em cabina fechada. Alguns guinchos permitem
transportar at dez passageiros ou 800 kg com segurana e eficincia.
Existe um tipo de elevador, tracionado por sistema pinho e cremalheira,
que pode transportar de uma s vez de dez a 40 passageiros, oferecendo
segurana e atendendo a todas as necessidades de uma obra. Pode ser
utilizado tanto em obras civis quanto em plantas industriais,
possibilitando sua utilizao em mineradoras, cimenteiras, refinarias, siderrgicas etc.
Referncias - Subitens 18.14.22 a 18.14.22.4 - Movimentao e Transporte de
Materiais e Pessoas - Elevadores de Transporte e Materiais

Os elevadores de carga exigem a utilizao da cancela, a qual ainda pouco encontrada nos
canteiros e, quando presente, nem sempre funciona devidamente.
A falta de utilizao da cancela deve-se ao relativo alto custo de aquisio, decorrncia do
reduzido nmero de fornecedores, e ao fato de que muitos empresrios ainda no esto
convencidos da necessidade da sua utilizao, ou seja, no compreendem quais riscos humanos e
perdas econmicas ela pode evitar.
O subitem 18.14.22.4, letra e, da Portaria MTE 157/2006, probe definitivamente o uso do
elevador a cabo com freio de emergncia tipo flutuante, por ser o dispositivo mecnico
comprovadamente inseguro, em situaes nas quais o cabo de ao no totalmente rompido, e a
cabine acaba se precipitando em queda livre. No h outra forma de acionamento emergencial
deste equipamento, seno a falta completa de tenso no cabo de ao.
A nova regra obriga a sua substituio pelos elevadores de obras com sistema eletromecnico
para o acionamento do freio, que passa a atuar efetivamente em situaes de emergncia.
Tambm se tornou obrigatria a apresentao de Laudo de Capacitao Tcnica do equipamento,
emitido por empresa legalmente habilitada, devendo constar da descrio dos mtodos utilizados
para os ensaios adotados.
A Fundacentro publicou a Recomendao Tcnica de Procedimento para Movimentao e
Transporte de Materiais e Pessoas - Elevadores. Veja o texto da publicao na ntegra (PDF,
789KB).
Referncias - Subitens 18.14.22.5 a 18.14.22.9 - Movimentao e Transporte
de Materiais e Pessoas - Elevadores de Transporte e Materiais

Conforme Portaria 157, de 10 de abril de 2006 (Art 3), fica proibida a utilizao de sistema de
frenagem automtica do tipo viga flutuante que tem como parmetro de sensoriamento e
comando a tenso do cabo de ao de sustentao da cabina dos elevadores de obra.
Segundo a Portaria 157/06, a eficincia dos sistemas de frenagem automtica dever ser
comprovada atravs de "Laudo de Capacitao Tcnica", emitido por empresa legalmente
habilitada, do qual constaro os mtodos de ensaios adotados.
Cada vez mais, o entendimento tcnico e o legal explicitam a necessidade de usar servios
realizados por profissionais legalmente habilitados em cursos especficos.
Para que os profissionais qualificados sejam considerados legalmente habilitados (item 10.8.2),
necessrio preencher as formalidades de registro nos respectivos conselhos regionais de
fiscalizao do exerccio profissional.
Estes conselhos profissionais que estabelecem as atribuies e responsabilidades de cada
qualificao em funo dos cursos, cargas horrias e matrias ministradas. So os conselhos
regionais que habilitam os profissionais com nvel mdio e superior (tcnicos tecnlogos e
engenheiros). A regularidade do registro junto ao conselho competente que resulta na
habilitao profissional.
Por similaridade tcnica, poderamos usar o mesmo entendimento da nova NR 10. A
qualificao deve ocorrer atravs de cursos regulares, reconhecidos e autorizados pelo Ministrio
da Educao e Cultura, com currculo aprovado e mediante comprovao de aproveitamento em
exames de avaliao, estabelecida no Sistema Oficial de Ensino (portadores de certificados ou
diplomas).
Desta forma, a qualificao pode ocorrer em trs nveis, com responsabilidades e atribuies
distintas a serem observadas pelas empresas. Todos os trabalhadores so considerados
profissionais qualificados:
a) Atravs de Cursos de Preparao de Mo-de-obra, ministrados por
centros de treinamentos reconhecidos pelo sistema oficial de ensino,
que requerem pessoas com escolaridade mnima de ensino fundamental
(formal ou supletiva), alm de qualificao profissional de 100 a 150
horas.
So exemplos destas ocupaes: eletricistas de instalao e
manuteno de linhas eltricas, telefnicas e de comunicao de dados,
instaladores de linhas eltricas de alta e baixa tenso, eletricistas de
redes eltricas, eletricistas de iluminao pblica, instalador de linhas
subterrneas, entre outras (ver CBO 7321).
b) Atravs de Cursos Tcnicos ou Tcnicos Profissionalizantes, que
requerem pessoas com escolaridade mnima de ensino mdio completo
e qualificao profissional especfica em torno de 1.200 horas. So
exemplos os tcnicos, em eletricidade, eletrotcnica, eletrnica,
eletromecnica, mecatrnica, telecomunicaes, projetistas tcnicos,
encarregados de manuteno e montagem, supervisores de montagem
e manuteno de mquinas (ver CBO 3131 e 3303).
c) Cursos Superiores plenos ou no. So exemplos os tecnlogos de
nvel superior: engenheiros operacionais e engenheiros plenos nas
modalidades de eletricistas, eletrotcnicos, eletro-eletrnicos,
mecatrnicos, e de telecomunicaes (ver CBO 2021, 2032, 2143).
A Anotao de Responsabilidade Tcnica (ART) a garantia da empresa que est contratando
um profissional habilitado para executar tais servios. Na carteira profissional, vem descrito suas
habilitaes. A ART tambm um instrumento pelo qual o CREA fiscaliza a atividade de seus
associados e garante que profissionais no habilitados realizem servios para os quais no sejam
habilitados. Isto , eles so capazes de realiz-los, porm no so habilitados (no tm diploma).
Referncias - Subitens 18.14.23 a 18.14.23.5 - Movimentao eTransporte de
Materiais e Pessoas - Elevadores de Passageiros

Texto da alnea (b) alterada pela Portaria MTE 157/06, em funo dos acidentes fatais
envolvendo sistemas de elevao de pessoas.
Referncias - Subitens 18.14.24 /18.14.24.1 a 18.14.24.17 - Movimentao e
Transporte de Materiais e Pessoas - Gruas

Equipamento que faz todo o transporte horizontal e vertical da obra. o primeiro equipamento
que entra na obra e o ltimo que sai. Estes equipamentos so usados para:
a) Auxiliar na carga e descarga de materiais dos caminhes.
b) Deslocar o material na obra para melhor posicionamento, estoque ou
uso.
c) Transportar materiais pr-moldados (vigas, lajes etc. ).
d) Transporte das armaes de ferro para fundao, lajes, pilares etc.
e) Auxiliar na montagem e desmontagem das frmas em madeira ou
chapa de ferro.
f) Transportar at a laje a ser concretada, dos tambores dgua para
molhar as frmas.
g) Transportar das caambas para concretagem.
h) Usar concreto bombeado, que sustenta o mangote de sada do
concreto, facilitando seu posicionamento.
i) Transportar os andaimes.
j) Ajudar na pr-montagem e desmontagem dos elevadores de carga.
k) Transportar tijolos ou blocos paletizados.
l) Transportar argamassa nas caambas at as plataformas ou sacadas .
m) Transportar os materiais de acabamento interno at as plataformas
ou sacadas.
n) Transportar o material de acabamento externo at os andaimes.
o) Transportar das plataformas de descarga de um andar ao outro.
p) Auxiliar no transporte de componentes mecnicos no trmino da obra.
q) Descarregar o entulho na limpeza do prdio.
r) Auxiliar no transporte horizontal e vertical de qualquer material ou
mquina necessria obra.
s) Economia na reduo do tempo de execuo da obra e na reduo do
custo das tarefas executadas, alm da mo-de-obra com seus encargos
e do concreto, permitindo a utilizao do concreto convencional.
t) Para escolher o tipo de grua, primeiramente, necessrio conhecer os
vrios tipos existentes: mvel, fixa, ascensional, fixa-mvel,
automontante.
> Grua Mvel
- um equipamento normalmente pequeno, montado
sobre rodas, que pode ser rebocado e transitar pela vias
pblicas e/ou no canteiro de obra. Nos dois casos, a grua
dever sempre ser desmontada e remontada na nova
locao.
- A altura e lana deste tipo de grua so fixas, ou seja no
possvel aumentar sua altura nem sua distncia de
alcance, adaptando-a a uma nova situao de obra.Os
modelos da linha FM so: RB 516, RB 822, RB 1030
(catlogos anexos).
- Quando montada na obra, apia-se sobre patolas que
devem estar sobre bases que forneam as maiores
garantias de estabilidade do equipamento em
movimentao de trabalho. Ser sempre montada na rea
externa da obra.
> Grua Fixa
- um tipo de grua de tamanho maior, montado sempre na
rea externa da obra e fixado em uma base de concreto de
tamanho varivel em funo do modelo da grua. Em
funo do terreno, a base dever ser estaqueada para
manter a estabilidade da grua carregada em sua pior
condio de trabalho.
- Sua altura inicial ser aumentada ao crescer da
construo, montando, atravs de um procedimento
especial, elementos de torre at alcanar a altura
necessria. O comprimento dos elementos varia entre 3 m
e 6 m, em funo do modelo da grua.
- Uma vez definido o alcance necessrio, monta-se a lana
que ficar fixa at o final da obra. Os modelos da linha FM
so: MI 1025; MI 1230; MI 1040; MI 1640; MI 2048.
> Grua Ascensional
- um equipamento cuja torre de altura definida
(normalmente, 18 metros). Sua locao, em geral, no
poo do elevador.
- Quando a laje no for pr-moldada, possvel abrir nele
um espao das mesmas dimenses de um poo de
elevador e montar a grua neste. A vantagem seria de evitar
interferncia com o cronograma de montagem do elevador.
Monta-se como fixa e depois atravs de um sistema
hidrulico, amarrando a torre atravs de cravatas a duas
lajes e com a grua seguindo o crescer do prdio. Cada vez
que for necessrio, a grua inteira ser levantada para as
lajes superiores e amarrada novamente a duas delas. Esta
operao conhecida como "telescopagem " e dever ser
feita por tcnico experiente.
- Sua utilizao especifica para prdios. A limitao de
poder atender somente a um prdio por vez e o alcance
para atingir a rea de estocagem dos materiais a serem
levantados fica limitada diferena entre o comprimento
da lana e a parte ocupada pela rea do prdio. Os
modelos disponveis na linha FM so: MI 1025; MI 1230;
MI 1040.
> Grua Fixa-Mvel
- Os modelos fixos, citados acima no item Fixa, podem ser
todos montados sobre trilhos aplicando na base da grua
acessrios conhecidos como "truques", normalmente em
nmero de 4 (um par para cada extremidade da base - dois
motorizados com motores eltricos e dois no
motorizados) que permitem o translado da grua ao longo
dos trilhos, para distncias de at 100 m, possibilitando o
atendimento de vrias construes ao mesmo tempo ou
separadamente.
- A mobilidade sobre trilhos tem uma limitao de
configurao do equipamento: a altura no poder ser
superior a 30 m.
> Grua Automontante
- Na linha da FM, melhor identificada como AM 1230.
um modelo muito interessante que agrupa as vantagens
oferecidas pelas gruas FIXA, MVEL e FIXA/MVEL.
- A torre composta por dois elementos telescpicos
montada em chassis dotado de quatro rodas pneumticas,
permitindo o reboque dentro da obra e nas vias pblicas
(existe claramente uma limitao na velocidade a ser
alcanada ). Por intermdio dos comandos eltricos, aps
montada a lana, a grua levanta at 18 metros de altura.
- A base dela tem quatro patolas e, portanto, pode
trabalhar como grua fixa sobre bases de concreto. Sua
altura pode alcanar at 80 metros montando elemento
aps elemento de 6 metros de comprimento, procedendo
da mesma maneira que para grua FIXA.
- Como o equipamento fixo, este modelo tambm dever
ser alocado na rea externa do prdio e ser amarrado s
lajes aps os primeiros 30 metros de altura com "cravatas",
para dar toda a estabilidade possvel.
- Ela vem preparada para receber em sua base quatro
truques. Portanto, poder correr sobre trilhos. O
comprimento mximo da lana de 35 metros, levantando
na ponta 1.000 kg. Quando a lana for de 30 m, a carga
aumenta para 1.200 Kg. J o comprimento mnimo da
lana de 20 metros, levantando 1.900 kg.
- Pela descrio acima, fcil entender a flexibilidade da
AM 1230 em vrios de tipos de obras: prdios populares
de 4 a 5 andares, prdios altos, obras pblicas baixas e
compridas etc.
- Quando montada como Fixa, a base de concreto utilizada
nas gruas fixas ser substituda por lastro de concreto
sempre reaproveitvel. Em segundo lugar, conhecer as
necessidades das operaes, tais como:
- Alcance da Lana, levando-se em conta a localizao da
rea de estocagem dos materiais, rea de descarga dos
mesmos e prdios a serem atendidos. Na mesma obra,
podem ser alocadas vrias gruas de modelo e tamanho
diferente.
- Peso mximo a ser levantado na ponta extrema da lana.
- Altura da construo (ateno levar sempre em conta a
caixa dgua ou a parte construda mais alta)
- Conhecendo os tipos de grua e as necessidades da obra,
poderemos melhor identificar qual o equipamento mais
apropriado para satisfaz-las. No podemos esquecer de
avaliar o tipo de construo que a empresa faz. Se ela
constri somente sobrados, ser feita uma escolha.
- Ao se construir prdios baixos, industrias e prdios altos,
a escolha, obviamente, ser diferente. Uma vez
identificado o tipo de grua, inicia-se a terceira
etapa96252512: anlise dos fabricantes e provenincia.


ANEXO III
PLANO DE CARGAS PARA GRUAS

I - DADOS DO LOCAL DE INSTALAO DO(s) EQUIPAMENTO(s): nome do
empreendimento, endereo completo e nmero mximo de trabalhadores na
obra.
II - DADOS DA EMPRESA RESPONSVEL PELA OBRA: razo social;
endereo completo; CNPJ; telefone; fac-smile, endereo eletrnico e
Responsvel Tcnico com nmero do registro no CREA.
III - DADOS DO(s) EQUIPAMENTO(s): tipo; altura inicial e final; comprimento
da lana; capacidade de ponta; capacidade mxima; alcance; marca; modelo e
ano de fabricao e demais caractersticas singulares do equipamento.
IV No havendo identificao de fabricante, dever ser atendido o disposto no
item 18.14.24.15.
V - FORNECEDOR(es) / LOCADOR(es) DO(s) EQUIPAMENTO(s) /
PROPRIETRIO(s) DO(s) EQUIPAMENTO(s): razo social; endereo
completo; CNPJ; telefone; fac-smile, endereo eletrnico (se houver) e
Responsvel Tcnico com nmero do registro no CREA.
VI - RESPONSVEL(is) PELA MANUTENO DA(s) GRUA(s): razo social;
endereo completo; CNPJ; telefone; fac-smile, endereo eletrnico e
Responsvel Tcnico com nmero do registro no CREA e nmero de registro
da Empresa no CREA.
VII - RESPONSVEL(is) PELA MONTAGEM E OUTROS SERVIOS DA(s)
GRUA(s): razo social; endereo completo; CNPJ; telefone; facsmile,
endereo eletrnico e Responsvel Tcnico com nmero do registro no CREA
e nmero de registro da Empresa no CREA.
VIII - LOCAL DE INSTALAO DA(s) GRUA(s) Dever ser elaborado um
croqui ou planta de localizao do equipamento no canteiro de obras, a partir
da Planta Baixa da obra na projeo do trreo e ou nveis pertinentes,
alocando, pelo menos, os seguintes itens:
a) Canteiro(s) / containeres / reas de vivncia;
b) Vias de acesso / circulao de pessoal / veculos;
c) reas de carga e descarga de materiais;
d) reas de estocagem de materiais;
e) Outros equipamentos (elevadores, guinchos, geradores e outros);
f) Redes eltricas, transformadores e outras interferncias areas;
g) Edificaes vizinhas, recuos, vias, crregos, rvores e outros;
h) Projeo da rea de cobertura da lana e contra-lana;
i) Projeo da rea de abrangncia das cargas com indicaes dos
trajetos.
j) Todas as modificaes tanto nas reas de carregamento quanto no
posicionamento ou outras alteraes verticais ou horizontais.

Este croqui dever contemplar todas as alteraes tanto nas reas de
carregamento quanto ao posicionamento e outras alteraes verticais ou
horizontais conforme exemplo em anexo.
IX - SISTEMA DE SEGURANA Devero ser observados, no mnimo, os
seguintes itens:
a) Existncia de plataformas areas fixas ou retrteis para carga e
descarga de materiais;
b) Existncia de placa de advertncia referente s cargas areas,
especialmente em reas de carregamento e descarregamento, bem
como de trajetos de acordo com o item 18.27.1 alnea "g" desta NR;
c) Uso de colete refletivo;
d) A comunicao entre o sinaleiro/amarrador e o operador de grua,
dever estar prevista no Plano de Carga, observando-se o uso de rdio
comunicador em freqncia exclusiva para esta operao.
X - PESSOAL TCNICO QUALIFICAO MNIMA EXIGIDA:
a) Operador da Grua deve ser qualificado de acordo com o item 18.37.5
desta NR e ser treinado conforme o contedo programtico mnimo, com
carga horria mnima definida pelo fabricante, locador ou responsvel
pela obra, devendo, a partir do treinamento, ser capaz de operar
conforme as normas de segurana utilizando os EPI necessrios para o
acesso cabine e para a operao, bem como, executar inspees
peridicas semanais. Este profissional deve integrar cada "Plano de
Carga" e ser capacitado para as seguintes responsabilidades: operao
do equipamento de acordo com as determinaes do fabricante e
realizao de "Lista de Verificao de Conformidades" (check-list) com
freqncia mnima semanal ou periodicidade inferior, conforme
especificao do responsvel tcnico do equipamento.
b) Sinaleiro/Amarrador de cargas deve ser qualificado de acordo com o
item 18.37.5 desta NR e ser treinado conforme o contedo programtico
mnimo, com carga horria mnima de 8 horas. Deve estar qualificado a
operar conforme as normas de segurana, bem como, a executar
inspeo peridica com periodicidade semanal ou outra de menor
intervalo de tempo, conforme especificao do responsvel tcnico pelo
equipamento. Este profissional deve integrar cada "Plano de Carga" e
ser capacitado para as seguintes responsabilidades: amarrao de
cargas para o iamento; escolha correta dos materiais de amarrao de
acordo com as caractersticas das cargas; orientao para o operador
da grua referente aos movimentos a serem executados; observncia s
determinaes do Plano de Cargas e sinalizao e orientao dos
trajetos.
XI- RESPONSABILIDADES:
a) Responsvel pela Obra Deve observar o atendimento dos seguintes
itens de segurana: aterramento da estrutura da grua, implementao do
PCMAT prevendo a operao com gruas, independentemente do Plano
de Cargas; fiscalizao do isolamento de reas, de trajetos e da correta
aplicao das determinaes do Plano de Cargas; elaborao,
implementao e coordenao do Plano de Cargas; disponibilizao de
instalaes sanitria3s a uma distncia mxima de 30m (trinta metros)
no plano vertical e de 50 m (cinqenta metros) no plano horizontal em
relao cabine do operador, no se aplicando para gruas com altura
livre mvel superiores s especificadas; verificar registro e assinatura no
livro de inspees de mquinas e equipamentos, requerido no item
18.22.11 desta NR e a confirmao da correta operacionalizao de
todos os dispositivos de segurana constantes no item 18.14.24.11, no
mnimo, aps s seguintes ocasies: a) instalao do equipamento; b)
cada alterao geomtrica ou de posio do equipamento; c) cada
operao de manuteno e ou regulagem nos sistemas de freios do
equipamento, com especial ateno para o sistema de freio do
movimento vertical de cargas.
b) Responsvel pela Manuteno, Montagem e Desmontagem Deve
designar pessoal com treinamento e qualificao para executar as
atividades que devero sempre estar sob superviso de profissional
legalmente habilitado, durante as atividades de manuteno, montagem,
desmontagem, telescopagem, ascenso e conservao do
equipamento; checagem da operacionalizao dos dispositivos de
segurana, bem como, entrega tcnica do equipamento e registro destes
eventos em livro de inspeo ou relatrio especfico.
c) Responsvel pelo Equipamento: Deve fornecer equipamento em
perfeito estado de conservao e funcionamento como definido pelo
Manual do Fabricante, observando o disposto no item 18.14.24.15 desta
NR, mediante emisso de ART Anotao de Responsabilidade Tcnica
referente liberao tcnica efetuada antes da entrega.
XII - MANUTENO E ALTERAO NO EQUIPAMENTO
Toda interveno no equipamento deve ser registrada em relatrio prprio a
ser fornecido, mediante recibo, devendo tal relatrio, ser registrado ou anexado
ao livro de inspeo de mquinas e equipamentos. Os servios de montagem,
desmontagem, ascenses, telescopagens e manutenes, devem estar sob
superviso e responsabilidade de engenheiro legalmente habilitado
responsvel com emisso de ART Anotao de Responsabilidade Tcnica
especfica para a obra e para o equipamento em questo.
XIII - DOCUMENTAO OBRIGATRIA NO CANTEIRO
No canteiro de obras dever ser mantida a seguinte documentao mnima
relativa (s) grua(s):
a) Contrato de locao, se houver;
b) Lista de Verificao de Conformidades (check-list) a cargo do
operador da grua;
c) Lista de Verificao de Conformidades (check-list) a cargo do
Sinaleiro/Amarrador de cargas referente aos materiais de iamento.
d) Livro de inspeo da grua conforme disposto no item 18.22.11 desta
NR- 18;
e) Comprovantes de qualificao e treinamento do pessoal envolvido na
operacionalizao e operao da grua;
f) Cpia da ART - Anotao de Responsabilidade Tcnica do engenheiro
responsvel nos casos previstos nesta NR;
g) Plano de Cargas devidamente preenchido e assinado em todos os
seus itens;
h) Documentao sobre esforos atuantes na estrutura do edifcio
conforme disposto no item 18.14.24.3 desta NR;
i) Atestado de aterramento eltrico com medio mica, conforme NBR
5410 e 5419, elaborado por profissional legalmente habilitado e
realizado semestralmente.
j) Manual do fabricante e ou operao contendo no mnimo:
- Lista de Verificao de Conformidades (check-list) para o
operador de grua
- Lista de Verificao de Conformidades (check-list) para o
sinaleiro/amarrador de carga
- Instrues de segurana e operao.
XIV CONTEDO PROGRAMTICO:
O contedo para treinamento dos Operadores de Gruas e Sinaleiro/Amarrador
de Cargas dever conter pelo menos as seguintes informaes:
- Definio; Funcionamento; Montagem e Instalao; Operao;
Sinalizao de Operaes; Amarrao de Cargas; Sistemas de
Segurana; Legislao e Normas Regulamentadoras NR-5, NR-6, NR-
17 e NR-18.
Comentrios

Existe um grande nmero de empresas locadoras de equipamentos de carga, mas eles
normalmente so caros e de idade avanada (entre 30 e 40 anos). Da, a necessidade de uma
ateno especial com o plano de manuteno e inspeo destes equipamentos.
Um dos itens includos com o Anexo de sobre movimentao de cargas trata da necessidade de
criao de um plano de cargas (anexo 3) Este documento, que ser exigido no PCMAT, dever
conter o layout da locao da grua e os fluxos de pessoas e materiais. Sugerimos a leitura
cuidadosa das modificaes incorporadas por este anexo.
Referncias - Item 18.15 / Subitens 18.15.1 a 18.15.9 - Andaimes e
Plataformas de Trabalho

Plataformas necessrias execuo de trabalhos em lugares elevados, onde no possam ser
executados em condies de segurana a partir do piso. So utilizados em servios de
construo, reforma, demolio, pintura, limpeza e manutenao. Segundo a Norma NBR 6604 -
Segurana em Andaimes, eles podem ser divididos da seguinte forma:
o Suspensos;
o Tipo cadeira de contramestre;
o Inclinados;
o Ssobre cavaletes;
o Travesso.
Quanto a sua utilizao os andaimes pode ser classificados da seguinte forma:
o Andaimes Suspensos: Utilizados para reformas em fachadas, pintura, limpeza,
impermeabilizaes e instalaes de tubulaes. Trabalham sem obstruir a passagem
dos pedestres e so uma opo segura para estas operaes. Ex: balancim leve,
balancim eltrico e balancim individual (cadeirinha).
o Andaimes de Encaixe: Ideal para servios em reas com grandes interferncias
(escoramentos, passarelas, outros) ou em reas de difcil acesso aos andaimes
tradicionais.
o Andaimes Modulados: Utilizados para reformas em fachadas, pinturas, limpezas,
impermeabilizaes e instalaes de tubulaes. Podem trabalhar sem obstruir a
passagem dos pedestres
O seguintes requisitos de segurana devem ser seguidos:
o Os andaimes devem ser montados por mais de uma pessoa;
o Andaimes no devem conter peas de fabricantes diferentes;
o Deve suportar duas vezes o peso ao qual ser submetido;
o Deve ser montado sobre superfcie nivelada;
o A superfcie deve ser slida para no ceder com o peso;
o Deve ser inspecionado antes e aps o uso;
o Peas danificadas devem ser reparadas ou destrudas.
Neste item, determinado que se tenha um profissional legalmente habilitado, sem especificar
qual habilitao especfica, para dimensionar a estrutura de sustentao e fixao do andaime.
Deve ser garantido aos empregados acesso seguro aos andaimes. Os meios de acesso podem ser
escadas fixas, portteis, rampas ou degraus. Qualquer que seja o meio de acesso o usurio deve
estar seguro de que os mesmos estejam em boas condies e no ofeream riscos a sua
segurana. O sistema de guarda-corpo e rodap estende-se s cabeceiras e a todo o permetro,
com exceo do lado da face de trabalho, obedecendo s especificaes do item 18.13.5:
o Ser construdo com altura de 1,20 m para o travesso superior e 0,70m (setenta
centmetros) para o travesso intermedirio;
o Ter rodap com altura de 0,20m (vinte centmetros);
o Ter vos entre travessas preenchidos com tela ou outro dispositivo que garanta o
fechamento seguro da abertura.
A segurana com andaimes deve ser um requisito existente em qualquer tipo de obra e deve o
mesmo tratamento e cuidado que qualquer outro existente de execuo. Um trabalho somente
ser seguro se for planejado adequadamente sob o ponto de vista preventivo. Nesta etapa devem
ser identificados os perigos, avaliados os riscos e sugeridos formas de controle para minimizar a
probabilidade de ocorrncia de acidentes.

Os objetivos da etapa de planejamento iinclui:
o Identificar os perigos, avaliar os riscos;
o Sugerir medidas de controle;
o Identificar os empregados prprios e terceiros envolvidos nos trabalhos;
o Informar os riscos para a equipe sobre a operao a ser realizada;
o Certificar que as medidas de controle sugeridas e aceitas foram implementadas.
A segurana fsica na montagem de andaime inclui:
o Colocao de lonas ou redes de proteo em alguns casos requer estudos de concreto;
o Em caso de dvidas com relao a zona de apoio do andaime, as operaes de
montagem devero ser suspensas;
o Verificao de carga, descarga e armazenamento de materiais (sinalizao das zonas de
risco e paletizao dos materiais);
o Iamento cuidadoso do material na zona de montagem, utilizando equipamento
especfico;
o Autorizao do pessoal qualificado para modificar qualquer aspecto estrutural;
o Atender tosos os requisitos de segurana operacional
o Utilizar EPI e EPC.
Exemplos de EPI a serem utilizados
o Capacete
o Luvas;
o Botas com biqueiras de ao;
o Cinto (colete) tipo paraquedista com dois talabartes;
o Protetores auriculares;
o Proteo respiratria
Exemlos de EPC a serem utilizados
o Rede do tipo tnis
o Rede Vertical com suporte tipo forca
o Dispositivos DR
o Cabo eltrico tipo PP
Referncias - Subitens 18.15.10 a 18.15.18 - Andaimes Simplesmente
Apoiados

aquele cujo estrado est simplesmente apoiado, podendo ser fixo ou
deslocar-se no sentido horizontal.

O subitem 18.15.43.2 foi revogado pela Portaria MTE 157, de 10 de abril de 2006.
Durante a montagem dos andaimes alguns requisitos de segurana devem ser seguidos:
o Verificar as tbuas a serem utilizadas.
o Verificar os gabaritos antes de montar, olhar a existncia de trincas, deformaes nos
tubos e presena de corroso.
o Amarrar todas as tbuas no suporte ou gabarito.
o Caso seja montado um equipamento para iar cargas sobre o mesmo, este deve ser
reforado para suportar essa carga.
o Boa organizao e limpeza da plataforma so fundamentais para a segurana do
trabalho.
o Qualquer trabalhador que execute tarefas em uma plataforma dever ser treinado no uso
correto dos equipamentos.
o Em trabalhos sobre andaimes acima de 2 metros obrigatrio o uso do cinto de
segurana. Obs. O cinto de segurana no pode ser fixado na estrutura do andaime.
o Nunca trabalhe sobre andaimes durante tempestades, chuvas ou ventanias.
As barras de travamento devem ser colocadas de trs em trs mdulos, no sentido transversal e opostas entre si de forma a formar um X.


Colocao de tbuas e corrimes
As pranchas no devem ser testadas pelo usurio, pois o teste poder produzir rachaduras mais tarde. A fim de determinar a
qualidade das pranchas deve-se observar o seguinte:
o As pranchas tm grandes ns na madeira?
o As nervuras acompanham o sentido do comprimento?
o Existe alguma rachadura na prancha?
o H sinais de desgaste?
No utilizar tbuas queimadas.
No utilizar tbuas apodrecidas.
No utilizar tbuas com cupins.



Ao usar duas ou mais tbuas o espaamento entre elas
deve ser de no mximo 30 mm.
A justaposio das extremidades de duas tbuas deve
ser de 300 a 800 mm.
As tbuas devem ultrapassar o suporte
de 200 a 600 mm.

Corrimo de proteo: Se o andaime for erguido acima de 1,5 m acima do nvel do cho,
dever ser dotado de corrimos de proteo. Este corrimo no dever ter menos de 90 cm nem
mais de 1 m de altura, medidos a partir da plataforma do andaime.
Proteo ao nvel dos ps: Tais protees so instaladas para evitar ou diminuir a possibilidade
de trabalhadores que esto em altura elevada atingirem ou chutarem algum tem, projetando-o
para baixo.
Solda e corte com maarico: Para trabalhos de solda ou corte sobre plataformas deve-se
garantir que a rea sobre a plataforma, assim como a rea abaixo dela estejam devidamente
isoladas e protegidas. Todos os materiais inflamveis devem ser removidos do local e o pessoal
nas proximidades deve estar usando EPIs adequados.
Desmontagem dos andaimes: A desmontagem tarefa de maior risco que a montagem, logo,
necessita maior cuidado.
o Verifique a existncia de restos de materiais sobre as tbuas dos andaimes.
o Verifique a existncia de tbuas soltas.
o Realize a desmontagem sempre de cima para baixo.
o Utilizar equipamento auxiliar sempre que possvel, como skymunck, guindaste, hyster,
etc...
o Usar cinto de segurana durante toda desmontagem.
o Nunca ficar no piso que est sendo desmontado, ficar no andar de baixo ou fora do
andaime.
Referncias - Subitens 18.15.19 a 18.15.25 - Andaimes Fachadeiros

Andaime metlico simplesmente apoiado, fixado estrutura na extenso da
fachada.

As instrues de montagem indicadas a seguir seguem os princpios definidos pela Norma
Europia UNE 76502:1990 (CEN-HD 1000:1988).

Elementos do Sistema

1-Nivelador de base

2-Inicializadorde base

3-Elemento de andaime

4-Diagonal de
contraventamento

5-Barra horizontal

6-Plataforma de trabalho

7-Plataforma de servio

8-Escada de acesso

9-Rodap frontal

10-Protector Lateral

11-Terminal de andaime
lareal

12-Terminal de andaime


1-Preparao das Bases

Colocam-se os niveladores de
base sobre uma superfcie
plana, (recomenda-se a
utilizao de pranchas de
madeira), para distribuir a
presso exercida pelo andaime
sobre o solo.

3-Colocao dos
elementos de andaime
Os elementos de
andaime so
encaixados sobre os
niveladores j com os
inicializadores.

2-Colocao do inicializador

O inicializadorde base
colocado sobre os niveladores
para permitir a ligao
diagonal.




4-Colocao das barras e diagonal

Colocar as barras (guarda-costas) e a

5-Colocao das plataformas e nivelamento

As plataformas anti-derrapantes so colocadas
diagonal. As diagonais vo assegurar a
estabilidade geral do andaime
em nveis de 2,0 em 2,0 m. Para garantir o
nivelamento e aprumamentodo andaime afinam-
se as bases regulveis sempre que necessrio.
Verificar tambm a distncia do andaime
fachada.



6-Montagem do nvel superior

Colocam-se os elementos de andaime uns
sobre os outros. De seguida, colocam-se as
barras horizontais (guarda-costas) e depois a
diagonal no sentido oposto anterior.

7-Colocao do protector lateral

Colocam-se os protectores laterais de forma a
garantir a segurana contra as quedas em cada
nvel de andaime.



8-Colocao dos rodaps

Os rodaps so encaixados de uma forma
simples e rpida, de acordo com o exigido
pela norma.

9-Colocao da plataforma de escada

O acesso a cada nvel de trabalho feito pela
escada interior prpria.



Fig.1 - Esquema de colocao das amarraes e
diagonais no andaime.
10-Colocao dos terminais de andaime


O ltimo nvel do andaime encerrado com
os terminais de andaime que permitem a
colocao de todos os elementos de
segurana exigidos.
Recomendaes gerais relativas segurana das amarraes fachada:
Recomendaes gerais relativas segurana das amarraes fachada.
Montar as amarraes uniformemente distribudas ao longo de todaa fachada de andaime de
acordo a fig.1.
No ltimo nvel do andaime importante colocar amarraes em todos os montantes.
Recomenda-se a colocao dos fixadores de andaime no prumo vertical .E quando no for
possvel colocar o mais prximo dos mesmos.
Para andaime com menos de 30 m de altura, e sem nenhum tipo de recobrimeto, colocar as
amarraes em cada 20m e para andaime com recobrimentoem rede permevel ao vento as
amarraes so colocadas em cada 12 m.
Para andaime com alturas superiores a 30m ou para recobrimentosmais densos necessrio
realizar clculos especficos.
As diagonais devem ser colocadas de 4 em 4 mdulos de andaime, tal como ilustra a figura 1.
Procedimentos de Montagem
1. Realizar o estudo prvio da planta para envio de materiais;
2. Proceder montagem e desmontagem segundo as instrues do fabricante (esquema de
montagem);
3. Verificar se as zonas de apoio do andaime, so resistentes presso que sobre elas vai exercer:
devem ser duros e estveis. Qualquer dvida a respeito da capacidade de resistncia do solo ou
zonas de apoio do andaime e da capacidade de resistncia da estrutura, motivo suficiente para
suspender a montagem at que um tcnico competente resolva o problema;
4. Fazer a distribuio dos niveladores e inicializadores e antes de apertar as cunhas e colocar os
prumos, deve-se nivelar a estrutura;
5. Verificar se a distncia mxima entre nveis de plataformas de 2,0 m. Devem estar protegidos
com barras guarda-costas a 0,5 e 1,0 m de distncia, se os topos devem estar fechados com
proteces e envolvidos com rodaps com uma altura mnima de 15 cm;
6. Quando a estrutura no cumpre a regra da auto-estabilidade devem existir amarraes a
estruturas slidas (pilares, vigas, lajes, etc.) As amarraes so colocadas de 5 em 5 m na
horizontal em prumadas alternativas e na vertical de 6,0 m em 6,0m em altura em todas as
prumadas;
7. O acesso aos vrios nveis de trabalho deve realizar-se por escadas interiores;
8. As plataformas de trabalho devem ter no mnimo de 60 cm de largura;
9. No abandonar materiais ou ferramentas no andaime;
10. A circulao pelo andaime deve ser livre e contnua;
11. Ter em considerao as capacidades de carga que obrigatoriamenteso indicadas nas
plataformas;
12. No descarregar cargas de forma violenta sobre o andaime;
13. Verificar regularmente os pontos de fixao do andaime fachada ( muito frequente os
utilizadores do andaime retirar pontos de fixao para lhes facilitar o trabalho;
14. Antes de iniciar os trabalhos de utilizao do andaime o responsvel pela segurana na obra deve
verificar a correcta montagem do andaime.
Referncias - Subitens 18.15.26 a 18.15.27 - Andaimes Mveis

Plataforma de trabalho cuja estrutura esta montada sobre rodzios.

As instrues de montagem indicadas a seguir seguem os princpios definidos pela Norma
Europia UNE 76502:1990 (CEN-HD 1000:1988).

A estruturas das
torres de escada esto
submetidas s
mesmas cargas que
qualquer outro tipo
de andaime, para
poder considerar a
auto estabilidade,
temos que comprovar
que as cargas no so
suficientes para
desestabilizar a
estrutura. Para isso
temos a favor o peso
prprio da estrutura,
quanto mais pesada
melhor o
comportamento em
relao ao
desequilbrio
provocado pelas
cargas a que esto
submetidas e fora
do vento. ara torres
realizadas em ao
sem nenhum tipo de
cobertura, o mtodo
orientativo para
provar se auto-
estvel o seguinte:
- Em espaos
interiores, sem
vento a mxima
altura (H)no
pode ser
superior a
quatro vezes o
lado (L) menor
H (max.)<=4*
L (menor).
- Em espaos
interiores a
altura (H)
mxima de
trs vezes o
lado (L) menor
H (max.)<=4*
L (menor).
Quando no se
cumpre a regra da
auto-estabilidade:
- Aumentar as
dimenses da
base colocando
estabilizadores.
- Colocar
contrapesos.
- Amarrar a
estrutura a
partes slidas.
- Combinar
adequadamente
as opes
interiores.
Referncias - Subitens 18.15.28 a 18.15.29 - Andaimes em Balano

So os que se projetam para fora da construo e so suportados por vigas (de madeira ou
metlica) ou estruturas em balano, podendo ser fixos ou deslocveis. So geralmente utilizados
quando os andaimes no podem apoiar-se sobre o solo ou sobre uma superfcie horizontal
resistente.
Referncias - Subitens 18.15.30 a 18.15.44 - Andaimes Suspensos

So plataformas elevadas de trabalho dotadas de guarda-corpo suspensas por
cabos de ao e guinchos ou suportadas por estrutura metlica tubular, de
quadros, ou de madeira destinadas a execuo de servios de construo,
manuteno e pintura.

A Portaria MTE 30 (20/12/01) alterou a redao do item 18.15 Andaimes, passando a se chamar
Andaimes Suspensos. Alterao j efetuada no texto acima.
proibido o uso de pintura que encubra imperfeies da madeira, valendo estas obervaes para
os diferentes tipos de andaimes suspensos:
a) Escadas ou rampas devem ser previstas para andaimes a partir de
1,50 m de altura. Andaimes de madeira somente podem ser instalados
em obras de at trs pavimentos, ou altura equivalente.
b) Andaimes fachadeiros devem dispor de proteo com tela de arame
galvanizado ou material de resistncia e durabilidade equivalentes a
partir da primeira plataforma de trabalho, at, pelo menos, 2 m acima da
ltima plataforma de trabalho.
c) Os dispositivos de suspenso devem ser verificados, diariamente,
pelos usurios e pelo responsvel da obra, antes de iniciados os
trabalhos. Os cabos utilizados tero comprimento que, para a posio
mais baixa do estrado, restem, pelo menos, seis voltas sobre cada
tambor;
d) proibido acrescentar trechos em balano no seu estrado. O mximo
de trabalhadores no andaime dois. Deve ser usado cinto de
segurana, tipo pra-quedista, ligado ao trava-queda em cabo de guia
independente.
e) Para ter um guincho s, ser necessria a instalao de um segundo
cabo de segurana em cada guincho. No permitida a interligao de
estrados nestes andaimes.
f) A cadeira suspensa somente deve ser utilizada quando no for
possvel a instalao de andaimes. A sustentao deve ser feita atravs
de cabo de ao.
Referncias - Subitem 18.15.45 - Andaimes Suspensos Motorizados


So plataformas elevadas de trabalho dotadas de guarda-
corpo motorizado suspensas por cabos de ao e guinchos
ou suportadas por estrutura metlica tubular, de quadros,
ou de madeira destinadas a execuo de servios de
construo, manuteno e pintura.
Referncias - Subitens 18.15.46 e 18.15.47 - Plataforma de Trabalho com
Sistema de Movimentao Vertical em Pinho e Cremalheira e Plataformas
Hidrulicas

Existe atualmente no mercado uma variedade muito grande de equipamentos especficos para
elevao de pessoas denominados plataformas areas. Estes equipamentos so utilizados para
manuteno em locais que exigem movimentao vertical com deslocamento rpido e seguro em
reas com obstculos.
Referncias - Subitem 18.15.48 - Plataformas por Cremalheira

A cremalheira substitui os
andaimes tradicionais permitindo
um trabalho seguro e racional
evitando-se ao mximo os riscos de
acidentes.

Referncias - Subitens 18.15.49 a 18.15.55 - Cadeiras Suspensas

A Portaria MTE 13 (09/07/03) alterou os
itens 18.15 e 18.16, incluindo aqueles referentes
cadeira suspensa, popularmente chamada
de balancim individual. Este equipamento sempre
foi utilizado para pequenos trabalhos envolvendo
manuteno de fachadas, limpeza de vidros, pinturas
externas, entre outros. Vale ressaltar que o uso deste
equipamento deve ser feito somente em locais onde
o andaime suspenso leve no possa ser utilizado.
Na foto ao lado possvel exemplificar um
tipo de balancim individua com assento individual no formato de conchal. Para uso deste
equipamento obrigatrio o uso do trava-quedas e cinto segurana. Observe o sistema cabo
passante que permite movimentaes rpidas, independente da altura de trabalho, em funo do
no acmulo de cabo de ao na caixa de comandos. Sistema de fixao atravs de ganchos,
afastadores, vigas ou sistemas contra-peso. Aplicabilidade:
o Locais de difcil acesso;
o Limpeza e conservao de fachada;
o Manutenes prediais, industriais e residenciais.
Esta Portaria foi elaborada a partir da ata da XXIV Reunio Ordinria do Comit Permanente
Nacional sobre Condies e Meio Ambiente de Trabalho na Indstria da Construo CPN,
realizada nos dias 23 e 24/04/2002, criando e modificando os itens de 18.15.49 a 18.15.55,
introduzindo a CADEIRA SUSPENSA. O no atendimento aos requisitos deste item implica em
infrao de grau 4. Os seguintes aspectos de segurana devem ser obrigatoriamente atendidos:
a) Sistema dotado com dispositivo de subida e descida com
dupla trava de segurana, quando a sustentao for
atravs de cabo de ao;
b) Sistema dotado com dispositivo de descida com dupla
trava de segurana, quando a sustentao for por meio de
cabo de fibra sinttica;
c) Requisitos mnimos de conforto previstos na NR 17
Ergonomia;
d) Sistema de fixao do trabalhador por meio de cinto.
(devendo este ser tipo pra-quedista 18.15.52);
e) O trabalhador deve utilizar cinto de segurana, tipo pra-
quedista, ligado ao trava-quedas em cabo-guia
independente;
f) A cadeira suspensa deve apresentar na sua estrutura,
em caracteres indelveis e bem visveis, a razo social do
fabricante e o nmero de registro respectivo no CNPJ
(infrao grau 2);
g) O sistema de fixao da cadeira suspensa deve ser
independente do cabo-guia do trava-quedas.

Referncias - Subitens 18.15.56 a 18.15.56.4 - Ancoragem

A Portaria MTE 157/2006 trouxe outra mudana importante a eliminao do item 18.15.43.2,
substitudo pelo item 18.15.56, que vai facilitar os servios de limpeza, manuteno e
restaurao de fachadas.
A Portaria 157/2006 exige a instalao, ao longo de toda a fachada das edificaes, de ganchos
que vo futuramente sustentar os andaimes e cabos de segurana para uso de proteo individual
dos trabalhadores que precisarem executar a manuteno da fachada de prdios de no mnimo
quatro pavimentos ou 12 metros de altura.
Pela nova regra, o dispositivo deve estar disposto em todo o permetro da edificao; suportar
uma carga pontual de 1.200 quilogramas-fora; constar do projeto estrutural da edificao; e ser
constitudo de material resistente s intempries, como ao inoxidvel ou material de
caractersticas equivalentes. A norma vale tambm para edificaes j existentes.
Existem muitos casos de queda de andaimes em trabalhos de manuteno de fachadas e reparos
diversos. Da, a justificativa da publicao da Portaria 157 de 10 de abril de 2006 (j alterada no
texto).
O ponto onde os equipamentos sero instalados deve suportar a maior carga esperada sobre o
sistema, principalmente o choque provocado pela queda de um trabalhador preso a esse sistema.
Exemplos de bons pontos de ancoragem:
- Vigas estruturais de concreto;
- Vigas estruturais de ao;
- Bases de grandes equipamentos;
- Estruturas de grande massa, do tipo chamins;
- Grandes rvores vivas de razes profundas.
Exemplos de pontos de ancoragem ruins ou duvidosos
- Fixadores e/ou cabos de pra-raios;
- Tubulaes com isolamento;
- Corrimos de escadas;
- Tubulaes plsticas;
- Estruturas metlicas corrodas;
- Contrapesos, como latas com concreto ou barris com gua.

Os sistemas equalizados de ancoragem distribuem a carga entre dois
ou mais pontos. Para que um sistema equalizado seja eficiente, o
ngulo interno no deve ser maior que 90 graus. O ideal que fiquem
entre 0 e 45 graus.

Nos sistemas equalizados de ancoragem, deve-se passar o mosqueto
por dentro da fita, de forma que ele no se solte caso um dos pontos
se rompa.

O modo como as fitas so instaladas determina a carga que elas
podero suportar. No exemplo ao lado, foi utilizado o exemplo de um
modelo de fita com resistncia de 22kN. Esse valor pode variar entre
diferentes modelos e marcas.

Com o uso de cintas de ancoragem, os mosquetes no devem sofrer
tenses multi-direcionais. Duas solues: o da esquerda utiliza
umaMalha Rpida, tipo Delta, que permite a trao tridimensional, e
a da direita utiliza dois mosquetes.

As cordas, fitas e cintas de ancoragem devem sempre ser protegidas
de "cantos vivos", superfcies abrasivas ou cortantes.
Referncias - Subitens 18.15.57 - Plataformas de Trabalho Areo

A Portaria MTE 40/2008 define novas regras de segurana e sade no trabalho na rea da
indstria de construo. Desse modo, fica estabelecida a incluso do item 18.15.57 na NR 18
(Condies e Meio Ambiente de Trabalho na Indstria da Construo), definindo assim, que as
plataformas de trabalho areo devem atender ao disposto no Anexo IV da referida NR. Alm
disso, o texto do artigo 1 da Portaria MTE 15/2007 foi retificado, passando de "Anexo I -
Plataformas de Trabalho Areo - da Norma Regulamentadora n 18 (NR 18)" para "Anexo IV -
Plataformas de Trabalho Areo - da Norma Regulamentadora n 18 (NR 18)".

Referncias - Item 18.16 / Subitens 18.16.1 a 18.6.2.1 - Cabos de Ao e de
Fribra Sinttica

As cordas, tambm chamadas de cabos, tem inmeras aplicaes no meio industrial. E entre
todos os usos possveis, os mais nobres so o da segurana e do resgate de trabalhadores. Elas
podem ser usadas em pequenos comprimentos, a exemplo dos talabartes, ou em comprimentos
maiores, quando utilizadas como cabos para o trava-quedas nos trabalhos em altura.
A matria-prima e a forma como elas so construdas podem variar bastante. o tipo de
aplicao que definir qual modelo ser mais adequado.
Na segurana de trabalhadores, elas podem ser utilizadas para restringir a movimentao,
impedindo exposio a riscos, ou para deter uma eventual queda, que o uso mais importante.
Deter o corpo de uma pessoa que est caindo a situao extrema para qualquer sistema de
segurana.
A princpio, precisamos lembrar que o corpo de uma pessoa em movimento, especialmente em
queda livre, pode gerar uma fora equivalente a centenas de quilos sobre um sistema que ir
ampar-lo, e, portanto, no se pode ingenuamente considerar apenas o peso de uma pessoa para
avaliar a resistncia de um equipamento de proteo contra quedas.
Uma base utilizada como referncia para avaliar a exigncia de resistncia de uma corda, por
exemplo, fundamenta-se nos padres determinados em sistemas mecnicos, que usam como
fator de segurana a resistncia equivalente a cinco vezes a maior carga esperada em sua
operao. Isso d uma boa margem de segurana, evitando acidentes que podem gerar prejuzos
e at mesmo colocar vidas humanas em risco.
Para a segurana de pessoas, o referido fator deve ser maior, j que estamos prevendo
solicitaes dinmicas (corpos em queda) podendo ultrapassar a relao de 15:1, ou seja, ter uma
resistncia mnima quinze vezes maior que a carga esperada sobre o sistema. Se adotarmos 100
kg como valor de referncia para o peso de uma pessoa, e quisermos adotar o fator de 15:1, uma
corda nova ter que ter uma resistncia mnima ruptura de 1.500 kg. Mas como existem outros
fatores envolvidos na dinmica da deteno de uma queda e nas caractersticas das cordas,
internacionalmente o valor mnimo de 2.000 kg.
A NFPA (National Fire Protection Association) estabelece como carga de resgate o valor de 600
lbf ou aproximadamente 270 kg, que considera dois homens pesados mais equipamentos. Como
adotam um fator de segurana de 15:1, a NFPA de 1983 exige para as cordas de resgate (uso
geral) uma resistncia mnima ruptura de 9.000 lbsf ou aproximadamente 40 kN (a grosso
modo 4.000 kg).
Referncias - Subitens 18.16.3 a 18.16.5 - Cabos de Ao e de Fribra Sinttica

No momento em que o cabo de ao esticar e detiver abruptamente a queda da pessoa, o choque
ir todo para o corpo dela provocando traumas internos muito srios ou at mesmo
desmembramentos de partes do corpo. Portanto, alm de resistente a corda tem que ser capaz de
amortecer o choque da queda e preservar o corpo do trabalhador.
As cordas absorvem o choque de uma queda com a elasticidade, funcionando como um colcho
macio, desacelerando a queda gradativamente, mesmo que em uma frao de segundos. Mas
como a eficincia da absoro de choques pode variar dentro de diferentes circunstncias, um
acessrio chamado de Absorvedor de Energia tornou-se item recomendado nos sistemas de
proteo contra quedas.
Internacionalmente, as cordas de segurana so divididas em dois grupos bsicos: dinmicas e
estticas. As cordas dinmicas so construdas para oferecer uma maior elasticidade, projetadas
especificamente para deter quedas de pessoas. Elas so mais populares na rea de esportes, por
serem utilizadas h dcadas na escalada esportiva. As cordas dinmicas, dependendo do
dimetro e do fabricante, oferecem de 7% a 10% de elasticidade (teste de alongamento com uma
carga de 80 kg). No limite da ruptura, elas podem chegar a 75% de alongamento (padro
N.F.P.A.).
As chamadas cordas estticas devem ser chamadas mais apropriadamente de semi-estticas, pois
tambm oferecem elasticidade, mas com uma mdia de 3% de alongamento. Essas cordas so as
mais utilizadas nas aplicaes em ambientes industriais.
Referncias - Subitens 18.16.6 - Cabos de Ao e de Fribra Sinttica

No Brasil, no existe certificao para cordas. Os Certificados de Aprovao (CA) do Ministrio
do Trabalho so emitidos apenas para os equipamentos classificados como EPI. No entanto, o
MTE determina as caractersticas de fabricao de cordas para uso nos sistemas de Balancim e
Segurana com trava-quedas.
As cordas que atendem NR 18 devem apresentar uma fita interna com identificao do
fabricante e caractersticas bsicas do produto como dimetro e matria prima. Isso permite que
o usurio e a fiscalizao identifiquem a corda como um equipamento que atende s
especificaes.
Alm disso, os fabricantes so obrigados a submeter amostras do produto a testes de laboratrio
periodicamente e obter os respectivos laudos. As cordas de fabricao nacional para uso
esportivo e resgate no se enquadram nas exigncias do Ministrio do Trabalho. Portanto, o
usurio conta somente com o compromisso do fabricante para a qualidade do produto.
Os usurios devem tomar cuidado com uma prtica indevida de alguns fabricantes de cordas que
apresentam laudos de laboratrios como sendo certificados. Os laudos nos oferecem informaes
importantes, mas no certificam o produto. Apenas informam os resultados da avaliao de
determinadas amostras.
Apesar das fibras originais de poliamida serem fornecidas no Brasil apenas pela Rhodia e
Dupont, existe no mercado matria-prima de segunda linha e at mesmo de material reciclado.
Por isso, alguns fabricantes alertam que a qualidade das cordas, em funo da matria-prima
utilizada, pode variar. At mesmo o fornecimento de um mesmo fabricante pode variar de
qualidade, dependendo da matria-prima que ele teve acesso em determinado momento.
Um quesito a ser considerado na compra de produtos nacionais ou internacionais a emisso ou
no, por parte do fornecedor, de um certificado de qualidade, no qual ele se compromete com as
caractersticas oferecidas e com a qualidade do produto.
Algumas cordas importadas oferecem certificaes internacionais segundo critrios da
comunidade europia e NFPA para o mercado norte-americano. As certificaes visam
garantia da qualidade do produto comercializado, com um monitoramento constante, por parte
de laboratrios credenciados.
Referncias - Anexo I Especificaes de Segurana para Cabos de Fibra
Sinttica
2


2
Texto retirado e adaptado do Informativo da Betary Treinamento
Tcnico (www.betarytreinamento.com.br). Autor: Engenheiro Lus
Eduardo Spinelli e colaboradores: Francisco Jos Sarpa Lima
Espelelogo e Gustavo Mendes - Consultor da Serelepe

A importncia deste item foi regulamentar uma prtica usual dentro das empresas de construo,
que era utilizar cabos de fibra de poliamida (cordas reforadas), principalmente pelas pequenas
empresas de reforma.
No Brasil, as cordas de segurana mais comercializadas so as tranadas de poliamida,
conhecidas como "padro bombeiro". A construo dessas cordas deve obedecer s exigncias
da Norma Regulamentadora (NR) 18. Existem fabricantes de equipamentos de segurana que
utilizam as poliolefinas (Polipropileno e Polietileno) na fabricao de talabartes utilizados no
conjunto do cinturo de segurana.
O engenheiro Lus Eduardo Spinelli descreveu com profundidade as caractersticas e os cuidados
ao se trabalhar com cordas no seu artigo "Cordas", usado como referncia para a elaborao
destes comentrios.
Essas fibras oferecem como vantagens a pouca absoro de gua e a caracterstica de flutuar,
necessria para atividades aquticas. Como desvantagens, oferecem baixa resistncia a ruptura e
a abraso, baixo ponto de fuso, baixa capacidade de receber choques e muita elasticidade, mas
com baixa resistncia e sensibilidade a luz do sol (raios ultravioleta). Portanto, so fibras
imprprias para equipamentos de proteo contra quedas. O nico uso admissvel o de
restringir movimentos ou posicionar o trabalhador, porm jamais para deter a queda de uma
pessoa.
Para as cordas de segurana, a principal fibra indicada a poliamida (nilon), cujas
caractersticas so a resistncia trao, resistncia a choques e um ponto de fuso em torno de
250C (poliamida 6,6). As melhores cordas semi-estticas (pouca elsticas) utilizam fibras
internas de poliamida e a trama externa de polister, que oferecem uma alta resistncia mecnica
mesmo quando molhada, boa resistncia a abraso e razovel resistncia a agentes qumicos.
Estes cabos so utilizados para diversas operaes, como iamento de carga, amarrao de
embalagens em depsitos e, at mesmo, na sustentao de pessoas (por exemplo, uso de rapel
para pequenos trabalhos de manuteno).
Embora no regulamentado, o trabalho suspenso utilizando tcnicas de rapel (escalada
industrial) vem sendo usado quando a montagem de andaimes ou a cadeira suspensa sejam
perigosas e/ou dificultem a realizao do trabalho, como, por exemplo: inspeo para conteno
de encostas, limpeza de fachadas e tanques, montagem, recuperao e manuteno de estruturas
tubulares, entre outras.
Nesta operao utilizando tcnicas de montanhismo, devem ser convocadas pessoas com
comprovada experincia em montanhismo, usando equipamento profissional aprovado, inclusive
cordas de fibra sinttica. O item 18.6.5 faz uma pequena meno aos cuidados com estes
equipamentos durante sua utilizao em trabalhos suspensos.
As cordas de fibras sintticas consistem de uma alma (parte interna) produzida com fios torcidos
e trs camadas de capas tranadas sobre essa alma. A NR exige que a capa intermediria seja
tranada com fios amarelos de polipropileno ou poliamida, de forma que funcionem como alerta
visual.
A alma deve ter uma resistncia mnima ruptura de 15 kN (1.500 kg), e o conjunto alma e
capas uma resistncia mnima de 20kN(2.000 kg). As melhores cordas, com padres
internacionais, possuem uma outra estrutura de construo, conhecida como Kernmantle , que se
constitui basicamente de alma e capa.

Fonte: Betary Treinamento Tcnico
A alma composta de centenas de fios de poliamida protegidos por uma capa de polister. Para
se ter idia da diferena entre a tecnologia imposta pela norma brasileira e a tecnologia
Kernmantle, uma corda de padro nacional de 12 mm oferece uma resistncia ruptura de, no
mximo, 2.500 kg. O mesmo dimetro de corda com o padro Kernmantle, oferece uma
resistncia de 4.000 kg. Isso se d, provavelmente, pela qualidade da trama, proporo de alma e
capa e porque a corda padro NR 18 utiliza menos fios na fabricao, o que justifica tambm
serem muito mais baratas.

Fonte: Betary Treinamento Tcnico
O engenheiro Lus Eduardo Spinelli destaca que a norma brasileira, provavelmente procurando
proteger o trabalhador do uso de uma corda perigosamente desgastada, criou a exigncia do
alerta visual, que , na verdade, uma "armadilha" em potencial. O desgaste das fibras externas
um dos fatores que deterioram a resistncia de uma corda, mas no o nico, nem o dos
piores, pois um problema fcil de ser identificado.
Os riscos invisveis, provocados, por exemplo, pela contaminao qumica, raios ultravioleta
(ao do sol) e danos internos, no podem ser percebidos visualmente. Portanto, no se pode
usar apenas a inspeo visual para determinar a vida til de uma corda.
Referncias - Item 18.18 / Subitens 18.18.1 a 18.18.5.1 - Telhados e
Coberturas

Devemos observar a obrigao de se fixar as extremidades dos cabos-guias estrutura definitiva
da edificao por meio de suporte de ao inoxidvel ou material de resistncia e durabilidade
equivalentes. Para os trabalhos em telhados, alm desta, valem as seguintes observaes:
a) Instalao de cabo-guia, de ao, para fixao do cinto de segurana
tipo pra-quedista;
b) Sinalizao e isolamento dos locais onde se desenvolvem os
trabalhos;
c) Em trabalhos sobre fornos ou equipamentos dos quais hajam
emanaes de gases, os equipamentos devem ser desligados.
Em dezembro de 2004, foi aprovado pela CPN - Condies e Meio Ambiente de Trabalho na
Indstria da Construo, a incluso do item 18.18.5 envolvendo servios em telhados e
coberturas.
O item 18.18 alterou o nome com a incluso de servios em telhados e coberturas e inclui o item
18.18.5. Esta alterao foi conduzida em carter preventivo, no se baseando em acrscimo ou
alterao substancial da estatstica de acidentes.
Referncias - Item 18.19 / Subitens 18.19.1 a 18.19.14 - Servios em
Flutuantes

Refere-se execuo de trabalhos com risco de queda na gua e para a qual devem ser
observadas as medidas tcnicas recomendadas que so bastante especficas.
Devem existir coletes salva-vidas suficientes para todos os trabalhadores presentes no local. Ser
necessrio treinamento para uso e conservao dos equipamentos preventivos de salvatagem.
Referncias - Item 18.20 / Subitem 18.20.1 - Locais Confiandos

Este um item que trata dos cuidados na execuo de trabalhos com risco de asfixia, exploso,
intoxicao e doenas do trabalho, para a qual devem ser observadas as medidas tcnicas
recomendadas.
H obrigatoriedade de treinamento e orientao para os
trabalhadores quanto aos riscos e a forma de preveni-los,
alm de procedimento a ser adotado em situao de risco.
Este item est de acordo com a NR 1, item 1.7, letra c.
Acidentes em espaos confinados tm sido a causa da
maioria das mortes nas empresas, perdendo, somente, para o
trabalho em altura na construo civil. Para evitar acidentes,
importante estar consciente dos riscos e reconhecer sua
existncia.
Estatisticamente, mais de 85% dos acidentes poderiam ser
evitados se o trabalhador tivesse informaes de como identificar o espeao confinado e quais os
riscos possveis de serem encontrados.
Muitos acidentes com morte em espaos confinados so causados pelo simples fato de que os
mesmos no eram reconhecidos pela empresa como locais de espaos confinados. necessrio
que estes locais estejam mapeados, identificados e bloqueados de acesso.
Enquanto se aguarda a aprovao de uma NR especfica, deve-se utilizar a Norma ABNT NBR
12.246. Esta Norma define espao confinado como um local no projetado para ocupao
contnua, onde h meios limitados de entrada e sada, e cuja ventilao existente insuficiente
para remover contaminantes perigosos e/ou deficincia/enriquecimento de oxignio.
A Norma ABNR 12.246 apresenta outras definies importantes listadas abaixo:
a) rea classificada: Toda rea onde existe a presena de gases
combustveis, classificadas em Grupos I e II, sendo o grupo II dividido
em sub-grupo IIA, IIB e IIC e tambm em zonas 01 e 02;
b) Atmosfera pobre de oxignio: Atmosfera contendo menos de 19,5%
de oxignio em volume;
c) Atmosfera rica de oxignio: Atmosfera contendo mais de 23% de
oxignio em volume;
d) Atmosfera de risco: Condio em que a atmosfera, em um espao
confinado, possa oferecer riscos ao local e expor os trabalhadores ao
perigos de morte, incapacitao, restrio da habilidade para auto-
resgate, leso ou doena aguda causada por uma, ou mais, das
seguintes causas:
- Gs/vapor ou nvoa inflamvel em concentrao superior a 10%
do seu LIE (Limite inferior de explosividade);
- Poeira combustvel em uma concentrao que se encontre ou
exceda o LIE. Esta concentrao pode ser estimada pela
condio na qual a poeira obscurea a viso em uma distncia
menor ou igual a 1,5 m;
- Concentrao de oxignio no ar menor 19,5% ou maior que
23%;
- Concentrao de qualquer contaminante acima dos LT (NR 15)
ou ACGIH ou qualquer condio Imediatamente Perigosa Vida
e Sade (IPVS) ou IDLH (Immediatly Dangerous to Health and
Life).
e) Permisso/Programa de Entrada: Autorizao escrita, fornecida pelo
empregador, ou representante legal, para permitir e controlar a entrada
em um espao confinado. O programa de entrada um conjunto de
aes incluindo a Permisso de Entrada;
f) Permisso para Trabalho a Quente: Autorizao escrita, fornecida pelo
empregador, ou representante legal, para permitir operaes capazes de
fornecer uma fonte de ignio;
g) Inertizao: Procedimento de segrana em um espao confinado que
visa a evitar uma atmosfera potencialmente explosiva atravs do
deslocamento da mesma por fluido inerte. Este procedimento produz
uma atmosfera IPVS deficiente de oxignio;
h) Isolamento: Separao fsica de uma rea, ou espao
considerado prprio, de um permitido entrada, de uma rea ou
espao considerado imprprio (perigoso), e no preparado
entrada de pessoas;
i) Reconhecimento: Processo de identificao dos ambientes
confinados e seus respectivos riscos;

j) Trabalhador autorizado: Pro-fissional capacitado que recebe
autorizao do empre-gador para entrar em um espao confinado;
l) Vdo: Significa, tampa ou tampo, vedao para qual-quer
abertura, horizontal, vertical ou inclinada;
m) Vigia: Trabalhador que se posiciona fora do espao confinado
e monitora os trabalhadores autorizados, realizando todas as
tarefas definidas no programa para entrada.
Espaos confinados podem ser encontrados normalmente em galerias, caminhes tanques, silos,
esgotos, tneis, silos e tanques de armazenagem, entre outros. Os principais riscos encontrados
envolvem: deficincia de oxignio, presena de gases inflamveis e gases txicos. Entre os gases
txicos mais encontrados, destacamos o monxido de carbono (CO), metano (CH4) e sulfeto de
hidrognio (H2S).
Em atendimento ao item "g", todos os espaos confinados devem ser adequadamente sinalizados,
identificados e isolados para evitar que pessoas no autorizadas adentrem a estes locais.
O item "j" fala que em, pelo menos, 10% dos trabalhadores envolvidos com atividades em
espaos confinados devero ser treinados nas diversas competncias e habilidades que se espera
para este tipo de trabalho.
Para se trabalhar em espaos confinados, necessrio preencher uma autorizao formal,
normalmente chamada de Permisso para Entrada em Espaos Confinados (ver modelo),
constituda por um formulrio com uma lista de cuidados a serem tomados, como por exemplo:
especificao dos equipamentos para entrada e execuo do trabalho, registro das avaliaes
ambientais de gases e vapores, uso de EPI, equipamento de emergncia, superviso externa,
entre outros.
Existem macas especiais para utilizao em espaos confinados quando a vtima precisa ter a
coluna imobilizada. Neste caso, necessrio usar um imobilizador de tronco e cabea ou uma
prancha rgida. Este procedimento um pouco mais demorado porque a vtima precisa ser
imobilizada para depois ser colocada na maca. Mesmo os resgates mais complexos no exigem
mais do que alguns minutos para serem concludos, desde que as pessoas estejam treinadas para
isso.
Para liberao de entrada em espao confinado deve ser preenchido formulrio especfico da NR
33 aprovada pela Portaria MTE 202/2006.
Referncias - Item 18.21 / Subitens 18.21.1 a 18.21.13 - Instalaes Eltricas

O uso de tomadas e extenses deve atender aos seguintes requisitos:
a) Colocar a tomada o mais prximo possvel do ponto de uso.
b) Utilizar eletroduto de ao galvanizado, pois no permitido usar fios
soltos pelo cho ou na parede, bem como eletroduto de plsticos (pvc).
c) Fixando-se a tomada no quadro eltrico, no devemos coloc-las em
partes mveis ou removveis. Ex.: portas ou tampas.
d) Utilizar fiao similar ou maior que o dimetro que usamos na
extenso que de 2,5 mm. Para a extenso, foi utilizado cabo 4 x 2,5
mm, que resiste at 16 ampres.
e) No utilizar as duas tomadas da extenso ao mesmo tempo. Quando
alimentarmos a extenso com 380V trifsico, poderemos utilizar 380V
trifsico na tomada trifsica ou 220V monofsico na outra tomada.
Quando energizarmos a extenso com 220V trifsico, poderemos utilizar
220V trifsico na tomada trifsica ou 110v monofsico na outra tomada.
f) Para alimentar a extenso com 380V ou 220V trifsico, deveremos ter
duas tomadas, uma para cada tenso, sendo as duas com a mesma
referncia anterior.
g) terminantemente proibido cortar o plug e energizar a extenso nas
contatoras do quadro eltrico ou outro local que no seja as tomadas
indicadas.
h) No colocar as tomadas em posio que possa existir trnsito de
funcionrios, evitando desta maneira o choque com as mesmas.
Deveremos ter espao de um metro quadrado de rea livre na frente das
tomadas. Assim, teremos fcil acesso para o funcionrio colocar o plug
na tomada.
i) As tomadas devem ser colocadas em posies ergonomicamente
corretas. Desta forma, no podero ser colocadas muito baixas ou muito
altas. Muito baixas, alm do funcionrio ter que se abaixar para conectar
o plug, poderemos ter problemas do contato de gua gerando choque no
operador. Devemos colocar as tomadas entre 900 e 1200 mm do piso.
j) Ser acoplada tomada um fusvel ou disjuntor com mximo de 20 A.
l) Para ligao de uma extenso na tomada, a queda de tenso mxima
permissvel no circuito de 5,49% (380V) e 4,39% (220V). No caso em
que se necessitar o prolongamento da extenso, colocando-se duas em
srie, a queda mxima de 4% (380V) e 1,79% (220V). Esta queda de
tenso dever ser verificada na tomada que estiver fixa no quadro
eltrico ou parede.
m) Quando optar por colocar as tomadas nos quadros eltricos deve-se
utilizar tampo para abertura superior para eletroduto.
Referncias - Subitens 18.21.14 a 18.21.20 - Instalaes Eltricas

O risco eltrico invisvel, pois os trabalhadores s percebero sua presena e potencial de dano
ao se depararem com o choque eltrico. Para garantir o trabalho seguro, preciso entender sua
origem e suas formas de identificao e controle. De maneira geral, qualquer circuito eltrico se
caracteriza pela diferena de potencial ou tenso, sua intensidade e pela resistncia de seus
elementos.
A tenso medida em Volts (V). Quanto mais alta, maior ser a quantidade de corrente passando
no circuito. A intensidade da corrente medida em Amperes (A), definidos como as quantidades
de eltrons que passam pelo condutor em 1 segundo.
A resistncia medida em ohms (R). A resistncia se ope passagem da corrente e, quanto
maior a resistncia, menor ser a facilidade de passagem da corrente. A resistncia diretamente
proporcional ao comprimento do condutor e inversamente proporcional sua seo. Os diversos
corpos so condutores mais ou menos bons e possuem resistncia prpria.
Todos os riscos da eletricidade esto relacionados intensidade da corrente, sua durao e seu
trajeto pelo corpo humano. Sempre que possvel, deve-se escolher equipamentos que funcionem
com baixa tenso. Para aumentar a resistncia, so utilizados equipamentos de proteo
individual e material isolante para proteger totalmente o corpo humano.
fundamental que os trabalhadores destacados para o trabalho com eletricidade tenham
qualificao conforme determina a NR 10. Trabalhos com eletricidade devem ser precedidos de
Permisso para Trabalho. fundamental a implementao de rotinas de sinalizao e bloqueio
de equipamentos energizados. Sugerimos a leitura da nova NR 10, atualizada pela Portaria 598,
de 07/12/2004, para complementar os aspectos de segurana com eletricidade.
Referncias - Item 18.22 / Subitens 18.22.1 - Mquinas, Equipamentos e
Ferramentas Diversas

Na construo civil, principalmente na fase de acabamento, comum, ou melhor, necessrio, o
uso de mquinas manuais ou portteis, as populares "maquitas", com as mais diversas
finalidades, entre elas: cortar cermica, lixar madeira, furar peas de concreto etc. Os seguintes
aspectos devem ser verificados:
a) Existncia de bancadas especficas para o uso deste tipo de
equipamento;
b) Uso de EPI;
c) Posio correta, evitando-se ficar abaixado, de joelhos e segurando
peas e mquina de forma insegura.
O empregador deve implementar ferramentas para identificar desvios comportamentais,
lembrando que toda e qualquer mquina, independentemente do porte, desde uma central de
concreto at uma simples furadeira domstica, deve ser operada por "operrio qualificado".
O empregador deve encarar a entrega de uma mquina a um empregado no qualificado da
mesma forma como entregar seu carro a um motorista que no possua carteira de habilitao.
Em caso de acidente, o responsvel o empregador. Deve-se, portanto, mostrar ao empregador a
importncia de qualificar os empregados operadores de mquinas e/ou equipamentos.
Com o treinamento, o operrio dever assimilar um sentimento de responsabilidade para com
suas tarefas e sua segurana. A cobrana de atitudes e aes corretas fica mais fcil quando
tratamos com operrios que foram treinados do que com operrios que no possuem qualquer
tipo de treinamento, ou apenas treinamento prtico sem noo de segurana.
Cabe lembrar que no se deve entregar a operao de guinchos, betoneiras ou outro equipamento
ou mquina a serventes de obra, pois, ao qualificar-se um operrio, o mesmo passa a
profissional, mudando de categoria.
Os profissionais do SESMT devem organizar cursos, palestras, procedimentos e cartas de
advertncia para aqueles que insistirem em no cumprir as regras de segurana.
Deve-se implementar um livro de manuteno e acompanhamento de cada equipamento
preenchido pelo operador responsvel pelo mesmo, livro este que ficar disposio da
fiscalizao do trabalho e ser visado continuamente por profissional legalmente habilitado.
Referncias - Subitens 18.22.2 a 18.22.27 - Mquinas, Equipamentos e
Ferramentas Diversas

Os operadores so, portanto, responsveis por suas atividades e pelos riscos dela decorrentes e
devem estar comprometidos com a segurana das operaes. Os seguintes aspectos devem ser
considerados:
a) Toda mquina, ou equipamento, deve possuir livro de inspeo no
qual conste as caractersticas do mesmo, seu plano de manuteno e
lista de itens a serem fiscalizados, diariamente, antes do incio dos
servios;
b) Deve haver um dirio para registro de vistorias e anotao de
ocorrncias feitas pelo operador, de acordo com a lista de verificao;
c) O livro e o dirio, que podem receber denominao especfica nas
empresas, sero de grande ajuda ao operador para identificar as
condies de segurana envolvendo sua mquina, equipamento ou
ferramenta.
Exemplificando esta idia, o pedreiro em tarefa individual, ou como lder de uma equipe em
servios de fachada, utilizando-se de andaime suspensos (ja), dever, antes do incio da jornada
diria de trabalho, inspecionar, pessoalmente, os itens de segurana indicados na lista, como
fixao superior do andaime, nmero de clips, cabos de sustentao, plataforma de trabalho,
guarda-corpo, mquina (ou catraca) etc, e assinar que todos os elementos apresentam-se em
condies seguras.
No caso de detectar-se uma condio insegura, o responsvel comunicar imediatamente a seu
superior imediato e/ou ao comando da obra, registrando o fato e as providncias tomadas, no
iniciando seus servios sem a devida correo do problema apontado.
Os livros e dirios devero ser verificados periodicamente (como sugesto, semanalmente) pelo
responsvel tcnico da obra, representante da CIPA ou responsvel da Segurana no Trabalho na
empresa.
Instituindo-se esta sistemtica, o empregador estar comprometendo o empregado com a
segurana e, ao mesmo tempo, desenvolvendo a cultura de fiscalizao do estado fsico e da
manuteno dos equipamentos usados em uma obra. Inicialmente, haver resistncia de muitos,
mas com o tempo esta dar lugar disciplina e melhoria das condies de trabalho.
O aumento de burocracia, que certamente ser alegado, deve ser contestado com o resultado a
ser obtido quanto segurana, perfeita fiscalizao, manuteno de mquinas e equipamentos e
quanto eliminao de custos oriundos do uso de peas defeituosas.
Comprometer o operador de mquina ou equipamento com Segurana no Trabalho uma ao
obrigatria nas atividades de todos aqueles que esto envolvidos nesta rea.
Sugerimos a leitura das NR 11 e NR 12 que tratam dos requisitos para proteo de mquinas e
equipamentos.
Referncias - Subitens 18.22.8 a 18.22.11 - Mquinas, Equipamentos e
Ferramentas Diversas

No caso de detectar-se uma condio insegura, o operador deve comunicar imediatamente a seu
supervisor, registrando o fato em um livro de ocorrncias, ou sistema de registro similar, de
forma que as providncias sejam tomadas antes de prosseguir com a tarefa. Estes registros
devem ser visados periodicamente (semanalmente) pelo responsvel da obra, CIPA ou
profissional do SESMT.
Muitas empresas resistem s inspees alegando excesso de controle, sem perceber, no entanto,
os benefcios a serem obtidos quando implementado um sistema formal de superviso e
manuteno de mquinas e equipamentos, como, por exemplo, a eliminao dos custos
resultantes do uso de peas defeituosas.
No apenas o empregador o responsvel pela segurana. Cada vez mais se faz importante a
participao dos operadores e supervisores, interessados diretos pela garantia de segurana das
operaes. importante desenvolver procedimentos e ferramentas de trabalho visando a
aumentar o nvel de conscientizao e compromisso dos trabalhadores em todos os nveis da
organizao, como, por exemplo, a realizao de reunies informativas, tambm chamadas de
Dilogos de Segurana (DDS).
Podemos citar como exemplo a importncia de um operador que utiliza andaime inspecionar seu
equipamento antes de iniciar a jornada de trabalho, observando os itens de segurana, tais como:
fixao superior do andaime, nmero de clips, cabos de sustentao, plataforma de trabalho,
guarda-corpo, mquina (ou catraca) etc, e assinar que todos os elementos apresentam-se em
condies seguras.
Instituindo esta sistemtica, o empregador estar comprometendo o empregado com a segurana
e, ao mesmo tempo, desenvolvendo a cultura de fiscalizao do estado fsico e da manuteno
dos equipamentos usados em uma obra. Inicialmente, haver resistncia de muitos, mas com o
tempo esta dar lugar disciplina e a melhoria das condies de trabalho.
Referncias - Subitens 18.22.12 e 18.22.13 - Mquinas, Equipamentos e
Ferramentas Diversas

Na construo civil, principalmente na fase de acabamento, comum, ou melhor, necessrio o
uso de mquinas manuais ou portteis, as populares "maquitas", com as mais diversas
finalidades, entre elas: cortar cermica, lixar madeira, furar peas de concreto, entre outras.
comum nos depararmos com uma srie de irregularidades no manuseio destas ferramentas,
como, por exemplo:
a) Inexistncia de bancadas especficas para o uso das ferramentas;
b) No uso do EPI ou inexistncia de sistema de proteo coletiva;
c) Posio incorreta de operao, normalmente abaixados, de joelhos e
segurando peas e mquina de forma insegura;
d) Rudo excessivo que prejudica os demais trabalhadores no local de
trabalho.
Os profissionais do SESMT sabem das dificuldades de se corrigir estas formas inadequadas de
operao e da cultura do "sei fazer esta tarefa e nunca me aconteceu nada e preciso trabalhar".
O trabalhador somente se dar conta do erro quando acidentar-se ou presenciar um colega
acidentado. Por isso, importante conscientiz-lo da responsabilidade, lembrando que toda
mquina, independentemente do porte, desde uma central de concreto at uma simples furadeira
domstica, deve ser operada por "operrio qualificado". O empregador deve mostrar aos
trabalhadores a importncia da qualificao para a organizao, propondo um programa contnuo
de treinamento.
Referncias - Subitens 18.22.14 a 18.22.17.4 - Mquinas, Equipamentos e
Ferramentas Diversas

Procurar sempre ler os manuais das ferramentas eltricas portteis e as recomendaes de
segurana indicadas pelo fabricante. Aprender o mtodo de utilizao e procurar informaes
sobre a construo da ferramenta eltrica manual para entender sobre seus riscos e perigos.
Nunca utilizar bijouterias, roupas folgadas ou luvas que possam atrapalhar a operao. Usar, sim,
todos os EPI necessrios.
Segurar as ferramentas com firmeza, pois h possibilidade destas ferramentas escaparem de suas
mos, por trabalharem em alta rotao.
Ao realizar algum tipo de substituio de componente da ferramenta (broca, rebolo etc.). retirar o
plug da tomada de energia. Tomar cuidado com extenses e evit-las sempre que possvel.
Nos trabalhos com ferramentas eltricas portteis em locais midos, quando necessrio, adotar
plataformas isolantes, como tapetes de borracha, verificando se o cabo est em perfeitas
condies de uso, alm de aterradas.
Sinalizar e isolar a rea de trabalho de forma adequada, no utilizando ferramentas eltricas na
presena de vapores e gases inflamveis. Providenciar previamente sistemas de exausto e
monitoramento do local com o explosmetro.
Referncias - Subitens 18.22.18 a 18.22.21 - Mquinas, Equipamentos e
Ferramentas Diversas

As pistolas de fixao com cartuchos explosivos, que tm como base o princpio das armas de
fogo, so utilizadas para fincar pinos em diversos materiais, especialmente concreto, reduzindo o
tempo de trabalho.
Alm dos pontos indicados pela NR, todos que trabalharem com as ferramentas identificadas nos
itens acima devem seguir, rigorosamente, as instrues do manual do fabricante em relao
segurana, operao e manuteno.
importante sinalizar a rea prxima do local do disparo com a inscrio: Perigo - Uso de
pistola a plvora. No momento do disparo, o operador deve estar em posio estvel, sem
apontar a pistola na direo de terceiros. Apenas o operador permanecer no local do disparo.
Nem mesmo o ajudante deve estar presente. Os EPI recomendados para este tipo de operao
so: capacete, culos de segurana, abafador de rudos e sapatos de segurana.
Achamos importante considerar as observaes abaixo para garantir a execuo do trabalho de
forma segura:
a) O operador deve ser qualificado e identificado por crach;
b) O abastecimento de mquinas e equipamentos com motor a exploso
deve ser realizado por trabalhador qualificado e em local apropriado;
c) Os operadores devem ser treinados para as novas tecnologias
adotadas;
d) As inspees de mquinas e equipamentos devem ser registradas em
documento especfico, constando as datas e falhas observadas, as
medidas corretivas adotadas e a indicao da pessoa, tcnico ou
empresa habilitada que as realizou;
e) Nas operaes com equipamentos pesados, como se trata de um
item novo na NR 18, o assunto deve ser analisado como um todo.
Os supervisores e tcnicos de segurana do trabalho devem ter como responsabilidade na
orientao dos funcionrios:
a) Evitar o armazenamento de ferramentas em locais inadequado;
b) Evitar prticas inadequadas na sua utilizao;
c) Observar se o transporte feito de maneira correta;
d) Verificar a necessidade de manuteno;
e) Controlar a aplicao de todas as recomendaes estabelecidas.
O ndice de leses causadas pela utilizao inadequada de ferramentas manuais elevado, sendo,
no entanto, baixo o ndice de gravidade, porm so muito comuns as infeces decorrentes de
cortes, perfuraes e arranhes.
Sugerimos a leitura complementar da NR 11 e seus comentrios.
Referncias - Item 18.23 / Subitens 18.23.1 a 18.23.4 -Equipamento de
Proteo Individual

J esto
efetuadas no texto
as alteraes
previstas
pela Portaria MTE
65 (28/12/98), que
incluiu o item
18.23.3.1. O
assunto EPI muito
especfico e merece
uma leitura
complementar da
NR 6.
O cinto de
segurana
abdominal somente
deve ser utilizado
em servios de
eletricidade e em
situaes em que
funcione como
limitador de movimentao. O tipo pra-quedista deve ser utilizado em todas as outras atividades
que tenham risco de queda de altura.
Para trabalho em altura, recomenda-se capacete com jugular de trs pontas. Este tipo de capacete
possui CA e possui fabricante nacional, sendo uma garantia adicional em caso de queda, pois
evita que a jugular saia do pescoo. Este modelo muito usado para trabalho envolvendo
escalada industrial.
A utilizao de mosquetes vai depender do formato, tipo, material utilizado e resistncia que
pode variar de 22 a 50 kN. Os mosquetes so fabricados para suportar traes bidirecionais ao
longo de sua "espinha". Quando tracionados no sentido correto e com o gatilho fechado, eles
oferecem o mximo de resistncia.
Os valores da resistncia do mosqueto devem estar estampados de forma indelvel, de modo a
garantir o uso adequado.
Para que possam ser utilizados, os mosquetes devem possuir uma dupla trava. Nos modelos
mais comuns, existe um anel com rosca. Para evitar a possibilidade da trava emperrar aps o
mosqueto ser submetido tenso, ser necessrio gir-la at o fim e depois folg-la um pouco
para eliminar a presso da rosca.
Quando o mosqueto usado na vertical, o sentido do rosqueamento da trava deve estar sempre
para baixo.
A instalao do mosqueto deve manter o gatilho em uma posio sempre visvel aos olhos do
usurio e com abertura dele voltada para fora, de forma a facilitar o engate e desengate do
equipamento. O gatilho do mosqueto nunca deve estar voltado para superfcies, salincias ou
cantos vivos, pois ele pode sofrer esforo para se abrir.
Os mosquetes no devem sofrer tenses que no sejam ao longo de sua espinha. Com o gatilho
aberto, o mosqueto tem uma resistncia muito menor. Por isso, trabalha-se com ele sempre
fechado e nunca abri-lo quando estiver sob tenso. Alm disso, no sofrer tenso em mais do
que dois sentidos.
Referncias - Item 18.24 / Subitens 18.24.1 a 18.24.9 - Armazenagem e
Estocagem de Materiais

O armazenamento de produtos qumicos deve respeitar aspectos de compatibilidade em funo
das propriedades fsico-qumicas, como, por exemplo: corrosovidade, inflamabilidade, oxidante,
entre outros. Ateno especial ser dada aos produtos inflamveis, txicos e explosivos.
O armazenamento de gases comprimidos deve ser feito em local separado dos demais. Os gases
inflamveis (acetileno e GLP) devem ser separados dos outros gases por uma distncia mnima
de 6 m com placas de sinalizao do tipo: "Proibido Fumar", "Cilindros Cheios" e "Cilindros
Vazios".
O local de estocagem de gases comprimidos no conter produtos inflamveis lquidos, como
gasolina e lcool, e no pode estar em subsolo e depresses sujeitas a inundaes.
Durante o manuseio de produtos qumicos corrosivos, slidos ou liquidos, como a cal e o cido
sulfrico, obrigatrio o uso de luvas, avental e proteo respiratria.
As pilhas de materiais devem ter forma e altura que garantam a estabilidade e facilitem o
manuseio, no devendo, portanto, ultrapassar 2 m de altura.
As alturas mximas aconselhveis para empilhamento de materiais so:
a) Sacos de cimento: 10 unidades;
b) Madeiras em geral: 1,50 m;
c) Perfis metlicos: 1,50 m;
d) Tubos: 1,80 m;
e) Tijolos e blocos de concreto: 2 m;
f) Caixas de madeira ou papelo: 1,80 m.
Referncias - Item 18.25 / Subitens 18.25.1 a 18.25.5 -Transporte de
Trabalhadores em Veculos Automotores

A utilizao de veculos, a ttulo precrio, para o transporte de passageiros somente ser
permitida em vias que no apresentem condies de trfego para nibus.
A utilizao de cinto de segurana obrigatrio em qualquer equipamento motorizado, mesmo
que seja operado apenas internamente na fbrica.
Recomenda-se a utilizao de luzes e sinais sonoros que identifiquem um veiculo em marcha-r.
Em locais fechados como galpes, e nos quais exista muita intensidade de rudo, sugerimos que
este aviso sonoro seja apenas visual.
As exigncias bsicas esto relacionadas ao tipo e estado do veculo, existncia de registrador
instantneo de velocidade, bancos, porta e escada de acesso, compartimento separado para
ferramentas e a habilitao do motorista. Mais detalhes podem ser verificados nas seguintes leis
e normas:
- Lei 9.503, de 23 de setembro de 1.997 Cdigo de Trnsito Brasileiro
artigos 105 II; 107, 108, 109, 117, 135 e 140 a 160;
- Resoluo CONTRAN 14 - Estabelece os equipamentos obrigatrios
para a frota de veculos em circulao e d outras providncias;
- Resoluo CONTRAN 082/98 - Dispe sobre a autorizao, a ttulo
precrio, para o transporte de passageiros em veculos de carga;
- Resoluo CONTRAN/057/98 - Estabelece normas gerais para curso
de capacitao de condutores de veculos de transporte coletivo de
passageiros;
- Portaria SUP/DER 17, de 04/04/2.005 - Dispe sobre o transporte de
trabalhadores rurais por nibus atravs das rodovias estaduais.
A Portaria SUP/DER 17, do Estado de So Paulo estabelece que todo veculo utilizado no
transporte rural de passageiros, para obter a licena, deve ser submetido a pelo menos uma
inspeo anual. A inspeo deve ser transcrita em documento prprio que deve ser acompanhado
de "Anotao de Responsabilidade Tcnica" ART, emitida por Engenheiro.
A Resoluo 14 estabelece que o cinto de segurana s ser exigido para nibus produzidos aps
01/01/99. A Resoluo 82 no exige bancos revestidos nem cinto de segurana para veculos de
carga adaptados para o transporte de pessoas.
A demonstrao de que o empregador atende as exigncias so:
> Existncia de veculo com as caractersticas e acessrios exigidos:
- Compartimento de passageiros coberto, com porta e escada de
acesso, assentos para todos os ocupantes e iluminao;
- Ferramentas sendo transportadas em compartimento separado
dos passageiros;
- Registrador instantneo de velocidade;
- Bom estado fsico e de funcionamento dos pneus, freios,
sistema de iluminao e sinalizao e direo.
> Motorista com as habilitaes exigidas categoria "D" e curso de
capacitao de condutor de veculo de transporte coletivo de
passageiros;
> Licena de transporte emitida pelo rgo competente, dentro do
perodo de validade;
> Documentao que demonstre o controle de inspeo e manuteno
peridica dos itens de verificao obrigatria;
> Relatrio peridico com resumo de verificaes dos equipamentos de
registro instantneo de velocidade (tacgrafo ou computador de bordo);
> Registro no pronturio de motoristas que infringiram as regras,
comprovando a tomada de medidas administrativas.
Referncias - Item 18.26 / Subitens 18.26.1 a 18.26.5 - Proteo Contra
Incndio

Proteo contra Incndios: Instalar sistema de alarme capaz de dar sinais perceptveis em todos
os locais da construo.
Formar equipes organizadas e, especialmente, treinadas no correto manejo do material
disponvel para o primeiro combate ao incndio.
A preveno e combate a incndios assunto muito importante e merece ser discutido
separadamente. Por isso, sugerimos a leitura da NR 23.
importante que o local da obra tenha aprovao do Corpo de Bombeiros.
Referncias - Item 18.27 / Subitens 18.27.1 a 18.27.3 - Sinalizao de
Segurana

Alm da sinalizao interna, o trabalhador deve usar colete ou tiras refletivas na regio do trax,
quando estiver a servio em vias pblicas.
As atividades em via pblica, nos acessos ao canteiro de obra e frentes de trabalho, devem ser
sinalizadas. Em vias pblicas, deve-se cumprir a Resoluo 561/80 do CONTRAN.
Sugerimos a leitura da NR 26, que trata especificamente da sinalizao obrigatria no ambiente
de trabalho.
Referncias - Item 18.28 / Subitens 18.28.1 a 18.28.4 - Treinamento

O treinamento admissional deve ter uma carga horria mnima de 8 (oito) horas, abordando no
mnimo os seguintes temas:
a) Informaes sobre as condies e o meio ambiente do trabalho;
b) Riscos inerentes funo;
c) Especificao e uso adequado dos EPI / EPC;
d) Informaes sobre as protees coletivas.
O treinamento peridico deve ser aplicado sempre que se tornar necessrio e no incio de cada
fase da obra. Todos os treinamentos sero registrados e arquivados durante 20 anos em local
especfico e de fcil acesso.
Devem ser fornecidas cpias dos procedimentos e operaes a serem realizados com segurana.
Isto ser feito atravs das Ordens de Servio (Procedimentos, Instrues, Padres, Normas
Internas).
Especificamente no subitem 18.28.3, que dispe acerca do treinamento peridico, a NR
determina na alnea "a" que esse treinamento deve ser ministrado "sempre que se tornar
necessrio", o que vago. A Dra. Renata Cerbino, da Quality Consult, sugere uma interpretao
tcnica do dispositivo legal ("sempre que se tornar necessrio"). O treinamento peridico poder
ser realizado e controlado no programa Bsico de Treinamento, conforme modelo:
PROGRAMA BSICO DE TREINAMENTO PERIDICO
Situao
Data e Carga
Horria
Nome e
Assinatura
1- Nova etapa da obra

2- Alterao de risco

3- Aquisies de novos EPI

4- Instalaes de novs EPC

5- Atividades distintas daquelas em que os
trabalhadores j foram treinados

6- Reciclagem anual

Observaes:
a) A data e a carga horria do treinamento sero anotadas pelo
secretrio da Cipa, sendo acordadas com o responsvel pela
obra, em funo do cumprimento do cronograma da obra.
b) Nas situaes do programa, sero abordados riscos de
incidentes e medidas de preveno relativos a todas as fases do
cronograma da obra, o que inclui recursos dos EPI e EPC.
Referncias - Item 18.29 / Subitens 18.29.1 a 18.29.5 - Ordem e Limpeza

Ordem e limpeza fazem parte das boas prticas de segurana e so requisitos bsicos para
minimizar e evitar os acidentes de trabalho.
Referncias - Item 18.31 / Subitens 18.31.1 - Acidente Fatal

Sugerimos a leitura dos comentrios da NR 5, que trata dos Procedimentos para CAT, conforme
IN 118/05 e suas atualizaes. No caso de acidente fatal, o empregador deve facilitar a entrada
da autoridade policial e dos Auditores do MTE- AFT, fornecendo todas as informaes
disponveis. Da, a importncia de existir um controle de documentos de forma a agilizar as
solicitaes.
No caso de acidente grave, a empresa certamente ser alvo de um pesada fiscalizao por parte
das entidades pblicas. So nestas situaes que a empresa descobre que est desorganizada e/ou
se encontra irregular no que diz respeito ao atendimento aos requisitos de segurana e sade.
Sugerimos aos profissionais do SESMT que mantenham um arquivo e/ou uma pasta com cpia
dos documentos, de modo a apresentar de forma rpida evidncias sobre: licenas, registros de
funcionrios, aquisio e fornecimento de EPI, treinamento e qualificao, atas de Cipa,
PCMAT, PPRA, PCMSO, programa de inspeo e auditorias, entre outros documentos.
priorizada, durante as visitas s obras, a verificao de situaes de grave e iminente risco, que
podem levar determinao de interdies e embargos, dependendo da gravidade da situao
encontrada.
No existe um roteiro, ou lista de verificao, que determine a seqncia a ser adotada pela
fiscalizao. A seqncia depende do tipo da obra e da situao encontrada.
dada maior ateno, nas visitas aos canteiros, a situaes que possam levar o trabalhador a um
acidente, como, por exemplo, a falta de proteo coletiva, riscos de choques eltricos e falta de
dispositivos de segurana em mquinas e equipamentos. Entretanto, isso no impede que as
questes de higiene e sade do trabalhador no sejam avaliadas.
A fiscalizao no se detm apenas na fiscalizao do cumprimento da NR 18. Nas suas
inspees, verifica-se, tambm, o cumprimento de outras NR, como, por exemplo, NR 5, NR 7,
NR 9, NR 10 e NR 24. Sugerimos a leitura das NR 1, NR 4, NR 5, NR 6, NR 7, NR 9 e NR 14
envolvendo os aspectos relacionados responsabilidades do empregador.
As empresas de construo do subsetor de edificaes ainda carecem do cumprimento de sua
mais significativa legislao de segurana do trabalho, a NR 18. O atendimento de todas as suas
exigncias certamente no garante a eliminao das fatalidades, mas pode contribuir
significativamente para reduzi-las ou diminuir a gravidade dos acidentes.
Para aumentar o nvel de atendimento da NR 18, ser importante maior freqncia, abrangncia
e atuao educativa, por parte da fiscalizao das DRT. O segundo a maior divulgao dos
aspectos preventivos, cujo grau de desconhecimento ainda muito alto, tanto da parte dos rgos
pblicos, quanto da parte de sindicatos de empresas e trabalhadores.
Dados relativos a acidentes fatais fornecidos pela Delegacia Regional do Trabalho (DRT/SP)
abrangendo a cidade de So Paulo mostram que:
a) Em 1996, foram registrados 21 acidentes fatais, dos quais 11, ou
52,38%, aconteceram devido a queda de altura, de cadeira suspensa,
de balancim sempre denotando a falta de uso ou o uso inadequado de
cinto de segurana.
b) Em 1997, foram registrados 32 acidentes fatais, dos quais 16, ou
50%, aconteceram devido a queda de altura, semelhante ao ano de
1996, novamente alertando para a falta de uso ou o uso inadequado de
cinto de segurana.
c) Em 1998, foram registrados 30 acidentes com mortes, dos quais 9, ou
30%, aconteceram devido a queda de altura, semelhante aos anos
anteriores, apontando para a falta de uso inadequado do cinto de
segurana.
Referncias - Item 18.32 / Subitens 18.32.1 a 18.32.1.2 - Dados Estatsticos

Faz parte das boas prticas de segurana a elaborao de estatstica interna de acidentes, bem
como a sua divulgao, para que sejam conhecidos os indicadores de desempenhos e os
objetivos corporativos a serem alcanados.
A elaborao da CAT, conforme modelo apresentado na NR 5, contribui para aumentar a
confiabilidade dos dados estatsticos do Ministrio do Trabalho e Emprego (MTE).
Sugerimos a leitura da NR 4 que trata das definies bsicas a serem utilizadas na elaborao de
estatsticas de acidentes.

ANEXO I
FICHA DE ACIDENTE DE TRABALHO

Sem afastamento ( ) com afastamento ( ) Fatal ( )
Doena do trabalho ( ) Data ____ / ____ / ____
NR 18 - CONDIES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA INDSTRIA DA
CONSTRUO



Referncias - Subitens 18.32.2 - Dados Estatsticos

Os erros mais freqentes apresentam-se nos itens que envolvem a relao homens/hora x meses
trabalhados x nmero mdio de trabalhadores. Muitas empresas no fornecem dados de
treinamento.
O Anexo II da NR 18 um formulrio que precisa ser preenchido por todas as empresas que se
classificarem nas atividades da Indstria da Construo, inclusive aquelas sem mo-de-obra
prpria, de acordo com os seguintes servios: (Quadro I NR 4 Classificao Nacional de
Atividades Econmicas, Item F, Cdigo 45).
O cdigo fornecido abaixo, iniciado pelos algarismos 45, encontra-se no carto do CGC, no alto,
canto direito. Caso o nmero l registrado se inicie pelos algarismos 33, significa que ainda o
CNAE antigo. Convm, ento, verificar.
CDIGO ATIVIDADE
GRAU
DE
RISCO
45.1
45.11-0
45.12-8
45.13-6
Preparao do Terreno
Demolio e preparao do terreno
Perfuraes e execuo de fundaes de terra
Grandes movimentaes de terra
4
4
4
45.2
45.21-7

45.22-5
45.23-3
45.24-1
45.25-0
45.29-2
Construo de Edifcios e Obras de Engenharia Civil
Edificaes (residenciais, industriais, comerciais e de servios) inclusive
ampliaes e reformas completas.
Obras virias, inclusive manuteno
Grandes estruturas e obras de arte
Obras de urbanizao e paisagismo
Montagens industriais
Obras de outros tipos
4

4
4
3
4
3
45.3

45-31-4
45.32-2
45.33-0
45.34-9
Obras de Infra-estrutura para Engenharia Eltrica, Eletrnica eEngenharia
Ambiental
Contruo de barragens e represas para gerao de energia eltrica
Construo de estaes e redes de distribuio de energia eltrica
Construo de estaes e redes de telefonia e comunicao
Construo de obras e preveno e recuperao do meio ambiente

4
4
4
3
45.4
45.41-1
45.42-0
45.43-8
45.49-7
Obras de Instalaes:
Instalaes Eltricas
Instalaes de sistemas de ar-condicionado, de ventilao e refrigerao
Instalaes hidrulias, sanitrias, de gs, de sistema de preveno
contra incndio, de pra-raios, de segurana e alarme
3
3
3
3
Outras obras de instalaes
45.5
45.51-9
45.52-7
45.59-4
Obras de Acabamento e Servios Auxiliares da Construo:
Alvenaria e reboco
Impermeabilizao e servios de pintura em geral
Outros servios auxiliares de construo
3
3
3
45.6
45.60-8
Aluguel de Equipamentos de Construo e Demolio com Operrios
Aluguel de equipamentos de construo e demolico com operrios
4

ANEXO II
RESUMO ESTATSTICO ANUAL _ ANO: _____
NR 18 - CONDIES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA INDSTRIA DA
CONSTRUO

Empresa: _____________________________________________________________________________________________
CGC: __________________________Endereo
(Sede/Matriz):___________________________________________________
___________________________________________________________ CEP:______________________________________
Cidade:
______________________________________________________UF:______________________________________
ITEM ASSUNTO
UNIDADE DA
FEDERAO
01 Total de homens/horas de trabalho no ano

02 Nmero de meses computados =N1

03
Nmero mdio de trabalhadores no ano =N2 (N2= soma total de trabalhadores

a cada ms + N1)
04 Nmero de acidentados sem afastamento =N3

05 Nmero de acidentados com afastamento (at 15dias) =N4

06 Nmero de acidentados com afastamento (acima de 15dias) =N5

07 Total de dias perdidos (devido N4) =D1

08 Total de dias perdidos (devido N5) =D2

09 Total de dias debitados =D2

10 Total de acidentes fatais =F1

11
Total de horas/aulas de treinamento (conforme item 18.28, da NR 18) =T1

12 Nmero de trabalhadores treinados (devido a T1)=T2

Encaminhar para a FUNDACENTRO/CNT at 10 (dez) dias aps o acidente, conforme subitem 18.32.1, da NR 18.
Rua Copote Valente, 710 - Pinheiros - So Paulo - SP - CEP: 05409-02.
Preenchido por:
Nome:_______________________________________________________________________Data:____________________
Funo:_____________________________________________________________________ Visto:____________________
Devemos observar o prazo de dez dias, aps o dia do acidente, para envio da ficha de acidente
do trabalho, conforme Anexo I da NR 18, Fundacentro, mantendo cpia e protocolo de
encaminhamento por um perodo de 03 (trs) anos, para fins de fiscalizao.
Esta ficha de acidente refere-se tanto aos acidentes, com ou sem afastamento, como doena do
trabalho e ao acidente fatal. O envio Fundacentro deve ser feito por meio de servio de
postagem.
O formulrio deve ser enviado at o ltimo dia til do ms de fevereiro (tirar negrito) para a
Fundacentro (tirar negrito) no seguinte endereo: Fundacentro: Rua Capote Valente, 710
Pinheiros So Paulo CEP.: 05409-002 Os dados a informar so relativos ao ano anterior.
Orientaes: H trs colunas, cada uma representando um estado: SP, RJ e PE, por exemplo.
Indicar os dados na coluna representativa em que estiver sendo executada a obra. Se voc tiver
mais de uma obra em cada estado, os valores a serem apresentados devem ser os totais de cada
estado.
Com relao ao item 1 - O termo "homens/hora" significa a quantidade de horas que cada
trabalhador esteve efetivamente exposto ao risco no decorrer do ano. No esquea de incluir as
horas extras. As frias so horas pagas, mas no trabalhadas, portanto no devem ser
computadas. Neste sentido, o descanso remunerado tambm no deve ser considerado.
Alguns programas de clculo utilizados pelos Departamentos de Pessoal no separam as horas
realmente trabalhadas ou de exposio ao risco, das frias e descanso. Quando isto acontecer,
faa uma observao no rodap do Formulrio ("horas/hora com incluso de Frias e/ou
descanso remunerado").
Exemplo: Se a empresa necessitar levantar o valor de homens/hora atravs do carto de ponto
(veja tabela 1), siga os seguintes passos:
a) Anote para cada funcionrio a soma de horas trabalhadas no ms: em
nosso exemplo, o funcionrio F1 trabalhou no ms M01 183 horas, no
ms M02 194 horas e assim sucessivamente at completar o perodo
analisado para o preenchimento do ANEXO II.
b) Somando cada coluna, voc ter o total de homens/hora de todos os
funcionrios que trabalharam no ms: no ms M01, tivemos 1.839 horas
trabalhadas.
c) Somando as linhas voc ter o total que cada funcionrio trabalhou no
perodo em anlise: o Funcionrio F01 trabalhou 1.464 horas nos 8
meses em questo (M01 a M08).
d) Some todas as colunas: 1.839+1875+...+1847=14.846 homens/hora
e) Some todas as linhas 1.464+1.461+...+1.490=14.846
f) Compare os valores das linhas e das colunas: Coluna =14.846
Linha=14.846
g) Se os valores forem os mesmos, significa que na Tabela (matriz) no
houve erros aritmticos. Transfira o valor (14.846) para o item 1 do
formulrio (ANEXO II).
TABELA 1 - CLCULO DOS HOMENS/HORA
FUNCIONRIO MESES COMPUTADOS TOTAL

M01 M02 M03 M04 M05 M06 M07 M08

F01
F02
F03
F04
F05
F06
183
178
185
186
180
182
194
185
186
195
188
184
180
184
184
194
185
186
182
185
184
186
186
192
181
183
185
185
189
185
185
182
184
185
184
186
175
180
182
184
186
188
184
184
185
182
185
184
1.464
1.461
1.475
1.497
1.483
1.487
F07
F08
F08
F10
180
195
185
185
182
190
184
187
181
194
188
184
184
196
185
186
186
189
192
192
183
190
191
186
184
186
186
185
185
186
187
185
1.465
1.526
1.498
1.490
TOTAL
1.839 1.875 1.860 1.866 1.867 1.856 1.836 1.847 14.846
Com relao ao item 2 - Voc deve indicar como valor do item N1 a quantidade de meses que a
empresa efetivamente trabalhou e utilizou para o item anterior. Exemplo: Uma empresa que
iniciou suas atividades em abril ms 4, encerrando no ms de dezembro, ms 12, trabalhou
efetivamente por 9 meses.
Com relao ao item 3 - A empresa dever somar, ms a ms, todos os trabalhadores. A soma
total dever ser divida pelo nmero de meses computados (N1). O resultado dessa diviso ser o
valor correto a ser preenchido no formulrio. Exemplo:
- Somatrio de tralhadores: ms 1 = 15, ms 2 = 20, ms 3 = 30, ms 4 = 40, ms 5 = 15, Total
de trabalhadores ms a ms = 15+20+...+15=120 trabalhadores, Meses computados = 5 meses,
Nmero mdio de trabalhadores: N2 = 120 trab.: 5 meses = 24 trabalhadores. O valor calculado
ser, ento, transferido para o formulrio (N2).
Quanto ao item 4 - Se em qualquer canteiro de obra ou mesmo no setor administrativo ocorreu
qualquer acidente de trabalho, mas no houve a necessidade do trabalhador ser afastado, indicar
quantos funcionrios apresentaram-se nessa situao. Assim, se ocorreu apenas uma vez, colocar
o nmero um. Se no ocorreu qualquer acidente desse estilo, colocar o nmero zero ou um trao.
Quanto ao item 5 Aqui, a empresa dever levantar quantos acidentes ocorreram e que
provocaram afastamento do trabalhador por perodo menor que 15 dias. Se no houve acidentes,
colocar o nmero zero ou colocar um trao. Determine o perodo de afastamento da seguinte
forma:
a) Anote o dia do acidente e Dia do acidente: 12 janeiro;
b) Dia de retorno: 25 janeiro;
c) Pegue a diferena entre eles: 25-12= 13 dias;
d) Desconte do resultado 1 dia do retorno: 13-1=12 dias;
e) O perodo de afastamento foi de 12 dias
Quanto ao item 6 - Como no item anterior, levante os dias de afastamento. Se for superior a 15
dias, anote quantos acidentes se enquadram nesta situao e transfira para o formulrio.
Para os trabalhadores que se acidentaram no ano passado e se encontram ainda em perodo de
afastamento, consider-los, indicando os dias de afastamento do ano em questo (2003). Os dias
que j foram mencionados em formulrio do ano anterior(2002), no devem ser apontados
novamente.
Quanto ao item 7 - Voltando ao item 5, a empresa dever verificar se houve acidentes e se os
trabalhadores se afastaram por perodo inferior a 15 dias. Em caso positivo, dever somar os dias
de afastamento. O resultado dessa soma ser o valor a ser preenchido no formulrio.
- Exemplo: durante o ano, ocorreram dois afastamentos, um deles de
dez dias e o outro de nove dias. Nesse caso, o resultado a ser
transportado para o formulrio ser (10+9) de 19 dias.
Com relao ao item 8 - Como no item anterior, o item 8 refere-se ao item 6. Some todos os dias
de afastamento em que os funcionrios ficaram mais de 15 dias afastados do posto de trabalho.
Transfira o resultado para o formulrio.
- Exemplo: se a empresa teve um funcionrio afastado por 30 dias e dois
outros pelo perodo de 60 dias, o resultado a ser transformado p/ o
formulrio ser (30+60+60) 150 dias.
Com relao ao item 9 - Para o total de dias debitados, a empresa dever utilizar o quadro 1-A da
NR 5, conforme segue abaixo:
- Exemplo: Caso tenha ocorrido uma morte na empresa, para efeito de
preenchimento, dever ser transferido para o formulrio o valor de 6.000
dias. Se ocorreram duas mortes, esse valor ser de (6.000+6.000)
12.000 dias. Se ocorreu uma morte e uma perda da audio de um
ouvido, teremos o valor de (6.000+600) 6.600 dias. Se no ocorreu
qualquer acidente com a natureza da tabela da pgina seguinte, anotar
com o nmero zero ou um trao.
NATUREZA
PERCENTUAL
AVALIAO
DIAS
DEBITADOS
Morte 100 6.000
Incapacidade total e permanente 100 6.000
Perda da viso de ambos os olhos 100 6.000
Perda da viso de um olho 30 1.800
Perda do brao acima do cotovelo 75 4.500
Perda do brao abaixo do cotovelo 60 3.500
Perda da mo 50 3.000
Perda do 1
o
quirodtilo (polegar) 10 600
Perda de qualquer outro quirodtilo (dedo) 5 300
Perda de dois outros quirodtilos (dedos) 12
1
/2 750
Perda de trs outros quirodtilos (dedos) 20 1.200
Perda de quatro outros quirodtilos (dedos) 30 1.800
Perda do 1
o
quirodtilo (polegar) e qualquer outro
quirodtilo (dedo)
20 1.200
Perda do 1
o
quirodtilo (polegar) e dois outros
quirodtilos (dedos)
25 1.500
Perda do 1
o
quirodtilo (polegar) e trs outros
quirodtilos (dedos)
33
1
/2 2.000
Perda do 1
o
quirodtilo (polegar) e quatro outros
quirodtilos (dedos)
40 2.400
Perda da perna acima do joelho 75 4.500
Perda da perna no joelho ou abaixo dele 50 3.000
Perda do p 40 2.400
Perda do pododtilo (dedo grande) ou de dois
outros ou mais pododtilos (dedos do p)
6 300
Perda do 1
o
pododtilo (dedo grande) de ambos os
ps
10 600
Perda de qualquer outro pododtilo (dedo do p) 0 0
Perda da audio de um ouvido 10 600
Perda da audio de ambos os ouvidos 50 3.000
Quanto ao item 10 - Sero anotados neste item os acidentes fatais (MORTES). Se no ocorreram
acidentes com mortes, colocar o nmero zero ou um trao.
Quanto ao item 11 - Dever ser preenchido com o nmero total de horas/aula de treinamento
ministradas. O termo "horas/aula" significa a quantidade efetiva de horas (carga horria) do
treinamento efetuado.
- Exemplo: Caso tenha ocorrido um treinamento peridico de 12 aulas
de uma hora para cada aula, o total de horas/ aula ser de (12x1) 12
horas.
- Se houve, ainda, treinamento admissional em trs aulas de duas horas
para cada aula, o total referente ao treinamento admissional ser (3x2)
de 6 horas. Dever ser transferido para o formulrio o total das
horas/aula efetivamente ministradas, que ser (12+6) de 18 horas.
Quanto ao item 12 - A empresa dever preencher o formulrio com o nmero de trabalhadores
treinados (admissional + peridico) referentes ao item 18.28 da NR-18.
Informaes Gerais - Lembre-se que o ANEXO-I, ao contrrio do ANEXO-II (uma vez por
ano), dever ser preenchido e encaminhado Fundacentro toda vez que ocorrer acidente. Neste
caso, ter dez dias para entreg-lo.
A empresa dever manter cpia e protocolo de encaminhamento por um perodo de 03 (trs)
anos, para fins de fiscalizao (item 18.32.1, NR 18). A Ficha de Acidente de Trabalho refere-se
tanto a acidente fatal, quanto ao acidente com ou sem afastamento e doena de trabalho.
A empresa poder utilizar o modelo contido nesta cartilha ou copi-lo em papel timbrado, ou
ainda, adquirir em papelaria.
Esclarecimentos adicionais podem ser obtidos junto Fundacentro.
Toda e qualquer empresa estabelecida, mesmo que tenha permanecido sem atividade, precisa
preencher e encaminhar o ANEXO II.
No deixe de preencher e enviar o Anexo 1, sempre que ocorrer um acidente. O Anexo I da NR-
18 fornece dados sobre o acidente e o acidentado, extremamente fceis de preencher, e que so
fundamentais para os estudos que levaro s aes prevencionistas, tanto do Governo, quanto do
empregado e do empregador. Aes nesse sentido diminuem os gastos, principalmente a longo
prazo, evitam desperdcio e possibilitam maior produtividade.
Referncias - Item 18.33 / Subitens 18.33.1 a 18.33.7 - CIPA

A empresa que possuir, na mesma cidade, um ou mais canteiros de obra ou frentes de trabalho
com menos de 70 empregados deve organizar CIPA centralizada.
A CIPA centralizada deve ser composta de representantes do empregador e dos empregados,
devendo ter, pelo menos, um representante titular e um suplente a cada grupo de at 50
empregados em cada canteiro de obra ou frente de trabalho, respeitando-se a paridade prevista na
NR 5.
A empresa que possuir um ou mais canteiros de obra ou frentes de trabalho com 70 ou mais
empregados, em cada um, fica obrigada a organizar CIPA por estabelecimento.
Esto desobrigados de constituir CIPA os canteiros de obra cuja construo no exceda a 180
dias, devendo porm:
a) Constituir Comisso Provisria de Preveno de Acidentes;
b) Eleger, paritariamente, um membro efetivo e um suplente, a cada
grupo de 50 trabalhadores.
Quando houver equipes de trabalho itinerantes, a sede da empresa ser considerada
estabelecimento.
As subempreiteiras que tiverem menos de 70 empregados devem participar com, no mnimo, um
representante nas reunies, no curso de membro da CIPA e nas inspees realizadas pela CIPA
da contratante.
Deve-se ter ateno para a aplicao deste item s empresas da indstria da construo, nas quais
sero previstas as demais disposies da NR 5 (CIPA) naquilo em que no conflitar com o
disposto, neste item, da NR 18.
Referncias - Item 18.34 / Subitens 18.34.1 a 18.34.4 - Comits Permanentes
sobre Condies e Meio Ambiente do Trabalho na Indstria da Construo

J esto efetuadas no texto as alteraes previstas pela Portaria n 65 (28/12/98), que incluiu o
item 18.34.2.
Para esta NR especfica, foram criados os Comits Nacional e Regional com as seguintes
caractersticas:
a) Composio dos CPN e CPR:
- Trs a cinco representantes titulares e suplentes do Governo,
dos trabalhadores e dos empregadores.
- Trs a cinco titulares e suplentes, representantes de entidades
de profissionais da rea de segurana e sade no trabalho, como
apoio tcnico-cientfico.
b) Atribuies do CPN:
- Deliberar a respeito das propostas apresentadas pelos CPR.
- Encaminhar ao Ministrio do Trabalho as propostas aprovadas.
- Justificar aos CPR as propostas no aprovadas.
- Elaborar propostas, encaminhando cpia aos CPR.
- Aprovar as RTP.
c) Atribuies dos CPR:
- Estudar e propor medidas preventivas.
- Implementar a coleta de dados sobre acidentes do trabalho.
- Participar e propor Campanhas de Preveno de Acidentes.
- Incentivar estudos e debates para aperfeioar normas tcnicas,
regulamentadoras e de procedimentos.
- Encaminhar propostas ao CPN.
- Apreciar as propostas encaminhadas pelo CPN.
Os CPN e CPR elaboraro seus Regulamentos Internos.
Referncias - Item 18.35 / Subitem 18.35.1

O item 18.35 mudou, atravs da Portaria 7, de 03/03/97, de Regulamento, para Recomendao
Tcnica de Procedimentos (RTP). Os tais procedimentos sero elaborados por uma Comisso
Tcnica da Indstria da Construo, integrada por tcnicos da Fundacentro e da DRT.
Referncias - Item 18.36 / Subitens 18.36.1 a 18.36.7

No item 18.36 (Disposies Gerais), at a publicao da Recomendao de Procedimentos, so
mantidos em vigor os seguintes itens que constavam da antiga NR 18:
a) Mquinas, Equipamentos e Ferramentas Diversas.
b) Escavao, Fundao e Desmonte de Rochas.
c) Estruturas de Concreto.
d) Escadas.
e) Movimentao e Transporte de Materiais e Pessoas.
f) Estruturas Metlicas.
Referncias - Item 18.37 / Subitens 18.37.1 a 18.37.5 - Disposies Finais

No difcil implementar um programa de qualificao. Para isso, o empregador deve conhecer
a NR 18, em especial aqueles itens relativos qualificao. Com o treinamento, o trabalhador ir
entender e se convencer das suas responsabilidades para a garantia de segurana. A cobrana de
atitudes e aes corretas fica mais fcil quando os trabalhadores foram treinados.
Cabe lembrar que no se deve entregar a operao de guinchos, betoneiras ou outro
equipamento, ou mquina, a serventes de obra, pois ao qualificar-se um operrio o mesmo passa
a profissional, mudando de categoria.
Os profissionais do SESMT devem estar atentos ao uso inadequado das ferramentas portteis,
bem como s atitudes incorretas de quem as opera. A organizao usar todas as formas, que vo
desde a ao educativa como a inspeo, cursos, palestras, procedimentos at aes disciplinares
como o uso de cartas de advertncia e, at mesmo, as punies mais srias para aqueles que
insistem em no cumprir as regras de segurana.
Mais uma vez, ressaltamos a importncia do livro de manuteno e acompanhamento dos
equipamentos preenchido pelo operador responsvel, que deve ficar disposio da fiscalizao
do trabalho e ser visado, continuamente, por profissional legalmente habilitado.
Referncias - Subitens 18.37.6 a 18.37.8 - Disposies Finais

obrigatrio o fornecimento de gua potvel, filtrada e fresca, por meio de bebedouro ou
equipamento similar, na proporo de 01 (um) para cada grupo de 25 (vinte e cinco)
trabalhadores ou frao. Do posto de trabalho ao bebedouro, no pode haver uma distncia maior
de 100 m (cem metros), no plano horizontal, e de 15 m (quinze metros), no plano vertical.
Na impossibilidade da instalao de bebedouro, dentro dos limites determinados, o suprimento
de gua poder ser feito em recipientes portteis, hermeticamente fechados, sendo proibido o uso
de copos coletivos.
Quando houver alojamento nas reas de vivncia, deve ser solicitada concessionria local a
instalao de um telefone comunitrio ou pblico.
obrigatrio o fornecimento gratuito de vestimentas de trabalho e sua reposio, quando
danificadas.
Referncias - Item 18.38 / Subitens 18.38.1 a 18.38.4 - Disposies Finais

Devemos observar que, no primeiro ano de vigncia desta NR 18, era obrigatrio o PCMAT -
item 18.3.1 - para os estabelecimentos com 100 ou mais trabalhadores e, a partir do segundo ano
de vigncia, para estabelecimentos com 50 ou mais trabalhadores. Contamos, hoje, com mais de
trs anos da nova NR 18.
Outra observao importante a exigncia do elevador de passageiros, referido no subitem
18.14.23.1, somente aps quatro anos de vigncia desta Norma, desde que haja 30 ou mais
trabalhadores. No terceiro e quarto anos de vigncia desta NR, o elevador de passageiros deve
ser instalado a partir da stima laje do edifcio em construo com dez ou mais pavimentos ou
altura equivalente, cujo canteiro de obras possua, pelo menos, 40 trabalhadores.
Referncias - Item 18.39 - Glossrio

A Portaria MTE 157 de 10/04/2006 excluiu e incluiu expresses e definies no Item 18.39 -
Glossrio.
ANEXOS


Anexo I - Plataformas de Trabalho Areo (PDF, 40KB)
Includo pela Portaria MTE 15, de 03/07/07
ARTIGOS TCNICOS COMPLEMENTARES

Plataformas de Trabalho Areo
Atualmente existem equipamentos que podem colocar em segurana, pessoas
e materiais em at 45 metros de altura. Alm disso, os benefcios so inmeros
pois, essas Plataformas Areas possibilitam que trabalhadores com suas
ferramentas e materiais, acessem pontos elevados com muita rapidez e
eficincia, eliminando a necessidade de se colocar escadas ou montar
andaimes onde a mobilidade se torna incomparvel com o que permitem as
plataformas.
O que so as Plataformas de Trabalho Areo?

So equipamentos muito simples porm, dotados de tecnologia de ponta,
incluindo a to propalada Eletrnica Embarcada muito utilizada na industria
automotiva. Autopropelidos com motores eltricos, gs ou diesel, possuem a
configurao adequada para trabalhar em ambientes abertos e fechados, sobre
pisos pavimentados ou no, de canteiros de obras a instalaes industriais.
Entretanto, sempre bom conhecermos o nvel de desenvolvimento
tecnolgico e a real preocupao em estar investindo em pesquisa e
desenvolvimento por parte do fabricante, para sabermos se ele pode mesmo
estar oferecendo um alto padro de qualidade, excelncia em treinamento,
servios e eficincia para seus clientes. Como sabemos, hoje em dia no se
vende apenas equipamentos e sim alternativas que representem solues
para toda e qualquer necessidade do cliente.

No dimensionamento de uma Plataforma de Trabalho Areo algumas questes
devem ser respondidas, antes de ofertarmos o equipamento adequado para
executar determinado tipo de trabalho. A seguir, sugerimos um roteiro que
pode ser adotado :
Qual a altura mxima de trabalho que preciso alcanar ?
(A altura de trabalho considerada como sendo 1,80m acima da altura mxima da plataforma).
Qual a capacidade mxima exigida (pessoas e materiais) ?
Que tamanho de plataforma ser necessrio ?
H necessidade do deslocamento da mquina entre corredores estreitos ?
Preciso de um pequeno raio de giro?
preciso mover a plataforma de um andar a outro?
O trabalho em ambiente fechado?
Preciso deslocar a mquina com a plataforma elevada?
O trabalho requer uma plataforma tipo Tesoura para acesso vertical em linha reta?
Preciso de uma plataforma de lana para maior alcance?
Preciso de uma lana articulada para elevao sobre obstculos (acima e alm) ?
O local de trabalho pavimentado ou no ?
O alcance lateral importante ?
Diferentes classes e configuraes esto disponveis para cada tipo de
aplicao.
Plataformas eltricas de lana articulada
(alturas de 9,1m e 10,7m) so usadas principalmente em
ambientes fechados com piso pavimentado, para alcanar
locais sobre mquinas, equipamentos e outros obstculos
presentes sobre o piso, alm de outras posies elevadas.
As plataformas eltricas de lana articulada so
alimentadas por baterias, recarregveis em tomadas
convencionais de 110V ou 220V. Todos os modelos
articulados so manobrveis em elevao total e tm
larguras de chassi que permitem o acesso entre
corredores estreitos e reas de trabalho congestionadas.
As aplicaes mais comuns so, manuteno de
instalaes, manufatura e armazenagem, shopping
centers e outros ambientes fechados, parques temticos,
estdios de TV / Cinema e telecomunicaes.
As plataformas de lana, multipropelidas,
esto disponveis com lanas articuladas e telescpicas
(alturas de 12,19m a 18,29m), e podem ser usadas em
ambientes abertos e fechados, sobre pisos pavimentados
ou no. Esse modelo de plataforma oferece caractersticas
e benefcios semelhantes s plataformas eltricas de
lana, com o opcional QuickCharge GenSet (Trade
Mark), que um grupo gerador que recarrega e mantm o
nvel de carga das baterias. O gerador carrega as baterias
duas vezes mais rpido que o carregador embarcado
padro e permite mais ciclos operacionais em velocidade
mais alta. Em termos de aplicao, oferecem
versatilidade em servios de manuteno e construo,
evitando os problemas como emisses de gases e rudos.
Plataformas de lana articuladas movidas a diesel (alturas de plataformas de 13,72m at
45,72m), so mais robustas, usadas para alcanar locais sobre mquinas, equipamentos e outros
obstculos sobre o piso e outras posies elevadas onde plataformas de lana telescpica no
chegam. A mesa giratria da mquina tem movimento de 3600 em qualquer direo. A lana
pode ser elevada ou abaixada e estendida enquanto a plataforma permanence horizontal e
estvel. A partir da plataforma, mesmo elevada, o operador pode manobrar a mquina para frente
e para trs ou para qualquer outra direo. Todos os modelos articulados so manobrveis com a
plataforma na sua altura mxima e tm larguras de chassi que permitem o acesso entre
corredores industriais e reas congestionadas. Estas mquinas so ideais para inmeras
aplicaes, dentre as quais, se destacam: Construo e manuteno predial ; empreiteiras de
servios mecnicos, eltricos, de utilidade e de pintura ; instalaes industriais e de manufatura
(indstrias sederrgica, automotiva e aeronutica) ; refinarias de petrleo e indstrias qumicas ;
plantas de fabricao e processamento de alimentos e produtos txteis ; instalaes esportivas,
parques temticos ; locais de trabalho com terrenos irregulares ; acesso sobre obstculos
terrestres.
Plataformas de lana telescpica (ou lana reta) atingem alturas de 12,29m a 36,58m e so
especialmente teis para aplicaes que necessitam de grande alcance. A estrutura giratria da
mquina tambm tem um movimento de 3600 em qualquer sentido. Apresenta as mesmas
condies de movimentao das lanas articuladas. So utilizadas principalmente em prdios
comerciais e infra-estrutura ; servios mecnicos, eltricos, de utilidades e pintura ; indstrias
automotiva e aeronutica ; refinarias de petrleo, etc
Plataformas tipo tesoura, so uma classe de equipamentos usados quando h necessidade de
menor alcance e altura mas, bastante espao para trabalho e maior capacidade de elevao. Esse
modelo de plataforma foi concebido para oferecer maior rea de trabalho no deck e,
geralmente, permitir trabalhar com cargas mais pesadas que nas plataformas de lana. As
plataformas tipo tesoura podem ser manobradas de forma semelhante aos modelos de lana,
apesar de serem elevadas apenas verticalmente exceto para a opo disponvel de extenso
horizontal de at 1,83m no deck. AS plataformas tipo tesoura esto disponveis em vrios
modelos e atingem uma altura mxima de 15,24m. So vendidas em todo o mundo para
utilizao na construo, indstria, manuteno, distribuio e entretenimento. Armazenagem e
centros de distribuio so mercados em crescimento, assim como em hotis e instalaes
educacionais e de recreao.
Elevadores Pessoais, so compostos de uma plataforma de trabalho fixada a um mastro de
alumnio que se estende verticalmente e, por sua vez, montado numa base de ao. Atingem
alturas que variam de 5m a 14,33m. A Srie AM (ACCESSMASTER)(Trade Mark) uma
mquina de deslocamento manual que, quando recolhida, passa facilmente por portas
convencionais. A Srie VP uma mquina autopropelida que pode ser manobrada com a
plataforma totalmente elevada. Tambm est disponvel a exclusiva Srie SP Almoxarife, que
proporciona mais eficincia, alcance e segurana no manuseio de tens de estoque. As aplicaes
mais comuns so na manuteno geral de fbricas, centros de distribuio e varejista, teatros,
aeroportos, prdios pblicos, igrejas, parques temticos, estdios de TV / Cinema e
telecomunicaes.

Procedimentos de Montagem e Desmontagem de Andaimes (DOC, 48KB)
Este documento visa a estabelecer os procedimentos que devem ser
obedecidos na liberao para montagem e desmontagem de andaimes com a
finalidade de preservar a integridade fsica do pessoal envolvido. Aplica-se aos
acessos necessrios execuo dos servios de manuteno, reformas e
pinturas de equipamentos na rea industrial. Tendo como referncia os
seguintes documentos:
Ministrio do Trabalho Portaria 3214 de 1978 NR-18
N-2343 Critrios de Segurana para Andaimes
N-2162-A Permisso Para Trabalho
ABNT NBR 6494 - Segurana em Andaimes
ABNT NBR 7678 - Segurana na execuo de Obras e Servios de Construo


Proteo contra Acidentes de Trabalho em Diferena de Nvel na Construo
Civil (PDF, 523KB)
Trabalho de concluso de curso apresentado para obteno do ttulo de
Especializao em Engenharia de Segurana do Trabalho. Orientador: Prof.
Carlos Luciano S. Vargas, D. Eng.
Destaque para o captulo 3 - Proposta de Plano de Proteo contra Acidentes
de Trabalho em Diferena de Nvel.

Comentrios sobre PCMAT
Srgio Ussan
Programa de controle e meio ambiente de trabalho na indstria da construo
A NR 18 traz em seu item 18.3 a necessidade do PCMAT em obras de
construo, fato que todos os profissionais intervenientes em um processo de
construo deveriam dominar e dele ter pleno conhecimento. Vejamos primeiro
a definio de "Programa":
"Programa a exposio sumria das intenes ou projetos de uma
empresa ou de um profissional sobre determinado tema".
Agora, ateno especial aos seguintes itens:
O PCMAT deve ser elaborado e executado por profissional legalmente habilitado na rea de
Segurana do Trabalho (item 18.3.2 da NR 18).
A implantao do PCMAT nos estabelecimentos de responsabilidade do empregador ou
condomnio (item 18.3.3 da NR 18).
A partir destes conceitos pode-se desenvolver alguns comentrios que no
apresentam unanimidade na sua aprovao, mas, creio eu, so os corretos a
serem aplicados na indstria da construo.
Estabelecimento uma obra individualizada, no importando nem seu porte nem o porte da
empresa que a construir.
Se a responsabilidade da implantao do PCMAT do empregador ou condomnio e um
programa visa apresentar intenes ou projetos de um profissional ou de uma empresa (no caso
do PCMAT mais do profissional do que da empresa) lgico que para cada obra dever haver
um nico PCMAT.
Este PCMAT dever ser seguido por todos os profissionais que desempenharem suas funes
naquele estabelecimento, ou obra, independente de pertencerem aos quadros da empresa maior
ou de pequenas empresas de prestao de servio.
No possvel aceitar que cada empresa participante da construo seja cobrada a apresentar seu
PCMAT, ou seja, o Programa especfico aos servios que ela executar.
Reforo, o PCMAT nico e completo por obra especfica.
O PCMAT uma carta de intenes, um memorial descritivo, sobre a implantao de medidas
que visem as condies ideais do meio ambiente do trabalho em uma obra, devendo ser
amplamente analisado durante sua implantao e alterado quando conveniente e/ou necessrio.
Estas alteraes devem ser encaradas de forma natural tendo em vista as mais variadas formas
possveis de situaes que, durante a construo, tendem a ocorrer.
Entre possveis alteraes pode-se considerar sem medo de errar mudana no cronograma,
surgimento de novas tecnologias e equipamentos, mudaa de projeto e alterao na relao mo
de obra/equipamento.
No possvel aceitar o mesmo PCMAT para mais de uma obra, ele no "receita de bolo", ele
especfico para as condies individuais de cada obra.
Na verdade, parte do PCMAT idntica para todos, independente da obra, mas tambm mais
que verdade que parte especfica a obra em si.
Portanto, cuidados devem ser tomados quando da contratao do profissional
que far a elaborao do PCMAT, devendo ele, em primeiro lugar, ser um
profissional legalmente habilitado em Segurana do Trabalho, e a partir desta
condio conhecer a obra e sua filosofia de construo, realizando um trabalho
voltado nica e exclusivamente para aquela obra. No entanto falar em
elaborao e implantao de um PCMAT parece uma tarefa simples e de fcil
execuo. Grande engano quem assim pensar.
O PCMAT deve ser apresentado a todos os profissionais que na obra
trabalharem, ou influrem de um modo ou outro, de um forma cerimoniosa,
sendo demonstrada sua importncia e, principalmente, sua funo de
estabelecer regras que os protejam. Nenhum PCMAT ter sucesso na sua
implantao se no for absorvido e compreendido por todos. Lembrando que
Segurana como a gua da chaleira para o chimarro, se no for aquecida
constantemente esfria.
Segurana tem que ser lembrada e destacada em campanhas contnuas, o
mesmo ocorrendo com a implantao do PCMAT, a cada incio de uma etapa
de construo nova ele deve ser destacado e relembrado. Devem os leitores
terem pleno conhecimento que a criao do PCMAT foi um avano na melhoria
das condies de meio ambiente de trabalho na construo, devendo ser
exigido e obedecido em todas as obras, lembrando sempre que segurana no
custo, investimento. Nada pior que o PCMAT "de gaveta", aquele feito s
para atender a legislao e a fiscalizao. Este tema merece maiores anlises
visando alcanar o pleno objetivo para o qual foi criado, sendo uma obrigao
dos profissionais ligados a Segurana no Trabalho conhece-lo profundamente.


Processos de Corte e Solda
Oxicorte
Eng Roberto Joaquim e Eng Jos Ramalho
Invariavelmente, as operaes de soldagem so precedidas pelas operaes
de corte. Por questes de economia de escala e caractersticas do processo de
fabricao dos materiais metlicos, estes so produzidos em dimenses
padronizadas, no sendo adequadas ao uso para todos os fins a que se
destinam. Em funo deste aspecto, tornam-se necessrias operaes de corte
das matrias primas. O corte pode ser efetuado de diversas formas:
Mecanicamente: Corte por cisalhamento atravs de guilhotinas, tesouras, etc.; por arrancamento
atravs de serras, usinagem mecnica, etc
Por fuso: Utilizando-se como fonte de calor um arco eltrico ex. arc air (goivagem), plasma
Reao qumica: Onde o corte se processa atravs de reaes exotrmicas de oxidao do metal,
ex. corte oxicombustvel
Elevada concentrao de energia: Neste grupo enquadram-se os processos que utilizam o
princpio da concentrao de energia como caracterstica principal de funcionamento, no
importando se a fonte de energia qumica, mecnica ou eltrica. Enquadram-se neste, o corte
por jato dgua de elevada presso, LASER e algumas variantes do processo plasma
Definio: O oxicorte o processo de secionamento de metais pela combusto
localizada e contnua devido a ao de um jato de Oxignio, de elevada
pureza, agindo sobre um ponto previamente aquecido por uma chama
oxicombustvel.
Jato Dgua
Eng Roberto Joaquim e Eng Jos Ramalho
Desde os primrdios o homem busca na utilizao de recursos naturais meios
para satisfazer as suas necessidades. Dentre os recursos naturais em maior
abundncia, a gua tem-se mostrado uma grande aliada nessa busca. Neste
trabalho, nos ateremos utilizao deste elemento como meio de corte de
materiais. Em 1968, Norman C. Franz da Universidade de Columbia (EUA)
patenteou um sistema de corte com gua pressurizada. Inicialmente, o
processo era utilizado para corte de madeiras, sendo que a introduo de
materiais abrasivos e o desenvolvimento de sistemas de pressurizao e bicos,
tornou o processo aplicvel a quase todos os materiais de uso industrial.
De uma maneira geral, quando se deseja secionar um material aplica-se
energia a este, podendo ser energia trmica (Arc air, plasma, Laser etc.),
qumica (corroso por cidos) ou mecnica (usinagem, cisalhamento etc.). O
corte por jato dgua enquadra-se no grupo de energia mecnica, onde a fora
de impacto exercida por um jato de gua de alta presso na superfcie de
contato do material supera a tenso de compresso entre as molculas,
secionando o mesmo.
O dimetro do orifcio de sada da gua bastante reduzido, variando de cerca
de 0,1mm a 0,6mm. A velocidade da gua da ordem de 520 a 920 m/s. Estes
dois fatores combinados, transformam toda a energia potencial da gua em
energia cintica, fazendo com que a presso exercida no bico de corte seja da
ordem de 1500 a 4200 bar, causando um elevado desgaste do mesmo.
Plasma
Eng Roberto Joaquim e Eng Jos Ramalho
Usualmente o plasma definido como sendo o quarto estado da matria.
Costuma-se pensar normalmente em trs estados da matria sendo eles o
slido, lquido e gasoso. Considerando o elemento mais conhecido, a gua,
existem trs estados: o gelo, gua e vapor. A diferena bsica entre estes trs
estados o nvel de energia em que eles se encontram. Se adicionarmos
energia sob forma de calor ao gelo, este transforma-se em gua, que sendo
submetida a mais calor, vaporizar, separando-se em dois gases Hidrognio e
Oxignio sob forma de vapor (Figura 1).

Figura 1 - Plasma, o quarto estado da matria
Porm se adicionarmos mais energia, algumas de suas propriedades so
modificadas substancialmente tais como a temperatura e caractersticas
eltricas. Este processo chamado de ionizao, ou seja a criao de eltrons
livres e ons entre os tomos do gs. Quando isto acontece, o gs torna-se um
"plasma", sendo eletricamente condutor, pelo fato de os eltrons livres
transmitirem a corrente eltrica. Alguns dos princpios aplicados conduo da
corrente atravs de um condutor metlico tambm so aplicados ao plasma.
Por exemplo, quando a seco de um condutor metlico submetido a uma
corrente eltrica reduzida, a resistncia aumenta e torna-se necessrio
aumentar-se a tenso para se obter o mesmo nmero de eltrons
atravessando esta seco, e conseqentemente a temperatura do metal
aumenta. O mesmo fato pode ser observado no gs plasma; quanto mais
reduzida for a seco, tanto maior ser a temperatura.

Desenvolvimento dos processos a arco plasma
Em 1950, o processo TIG estava fortemente implantado como um novo mtodo
de soldagem para soldas de alta qualidade em metais nobres. Durante a
pesquisa e desenvolvimento do processo TIG, cientistas do laboratrio de
solda da Union Carbide descobriram que ao reduzir consideravelmente o
dimetro do bocal direcionador de gs da tocha TIG, as propriedades do arco
eltrico poderiam ser bastante alteradas. A reduo do dimetro do bocal
constringia o arco eltrico, aumentando a velocidade do gs e o seu calor por
efeito Joule. A temperatura e a tenso do arco cresceram dramaticamente, e a
fora do gs ionizado removeu a poa de fuso em alta velocidade. Ao invs
de soldar, o metal foi cortado pelo arco plasma.

Figura 2 - Temperaturas do arco TIG e jato Plasma
Na figura 2, os dois arcos esto operando em 200 Ampres. O jato plasma
apenas moderadamente constringido ( do orifcio do bocal = 4.8 mm), mas
operado com o dobro da tenso e produz um plasma muito mais quente que o
arco correspondente ao TIG. Se a mesma corrente forada a passar atravs
do orifcio, com os mesmos parmetros operacionais, a tenso e temperatura
aumentam. Ao mesmo tempo uma maior energia cintica do gs sai do bocal,
ejetando o metal fundido provocando assim o corte. O arco do plasma foi
consideravelmente mais quente que o arco TIG, conforme mostrado na figura
2.
Essas altas temperaturas foram possveis em funo do alto suprimento de gs
no bocal da tocha plasma formar uma fria camada circular de gs no ionizado
nas paredes do mesmo, permitindo um alto grau de constrio do arco. A
espessura desta camada circular pode ser aumentada pela ao de rotao do
gs de corte. A maioria das tochas plasma atuam no sentido de forar a
rotao do gs para aumentar a constrio do arco e conseqentemente
aumentar a temperatura do arco.

Arco transferido e no transferido
O arco plasma pode ser transferido, quando a corrente eltrica flui entre a
tocha plasma (ctodo) e a pea de trabalho (anodo); ou de modo no
transferido quando a corrente eltrica flui entre o eletrodo e o bocal da tocha.
Os dois modos de operao so mostrados na figura 3. Embora o calor do arco
plasma emerja do bocal nos dois modos de operao, o modo transferido
invariavelmente usado para corte uma vez que o "heat imput" utilizvel na pea
de trabalho mais eficientemente aplicado quando o arco est em contato
eltrico com a pea de trabalho.

Figura 3 - Plasma transferido e no transferido

Alterando as caractersticas do arco plasma
As caractersticas do arco plasma podem ser bastante alteradas pela mudana
do tipo e vazo do gs corrente de corte, tenso do arco e dimetro do bico de
corte. Por exemplo, se usado uma baixa vazo de gs, o jato plasma torna
elevada a concentrao de calor na superfcie da pea, sendo ideal para
soldagem. Em contrapartida se a vazo de gs suficientemente aumentada, a
velocidade do jato plasma to grande que ejeta o metal fundido atravs da
pea de trabalho.

Corte plasma convencional (1957)
Introduzida em 1957 pela UNION CARBIDE, esta tcnica podia ser usada para
cortar qualquer metal a velocidades de corte relativamente altas. A faixa de
espessuras abrangida variava de chapas finas (0.5 mm) at chapas grossas
(250 mm). A espessura de corte est diretamente relacionada com a
capacidade de conduo de corrente da tocha e propriedades do metal. Uma
tocha mecanizada com capacidade para 1000 Ampres pode cortar 250 mm de
ao inoxidvel ou Alumnio. Contudo, na maioria das aplicaes industriais, a
espessura de corte no ultrapassa 50 mm. Nesta faixa de espessuras, o corte
plasma convencional usualmente alargado e tem a ponta circular. Cortes
largos so o resultado de um desbalanceamento energtico na face de corte.
Um ngulo positivo de corte resulta da dissipao do calor na superfcie da
pea conforme a progresso do corte.

Figura 4 - Plasma convencional
Este desbalanceamento do calor reduzido pelo posicionamento da tocha to
prximo quanto possvel pea de trabalho e aplicao do princpio de
constrio de arco como mostrado na figura 4. O aumento da constrio do
arco tende a tornar o perfil do arco maior e mais uniforme, causando um corte
mais reto. Infelizmente a constrio de arco com um bico convencional
limitada pela tendncia de o aumento da constrio desenvolver dois arcos em
srie (figura 5), sendo um entre o eletrodo e o bico e outro entre o bico e a
pea de trabalho.

Figura 5 - Formao de duplo arco
Este fenmeno conhecido como "duplo arco" e desgasta o eletrodo e o bico
de corte. O arco duplo limita severamente a extenso do corte plasma com
qualidade. Desde a introduo do processo de corte plasma nos anos 50,
vrias pesquisas tem sido realizadas com o objetivo de aumentar a constrio
do arco, sem porm a criao do duplo arco. O corte plasma como descoberto,
atualmente denominado como corte plasma convencional. Este pode ser
largamente aplicado ao corte de vrios metais e diferentes espessuras. Por
exemplo, se o corte plasma convencional usado para cortar ao inoxidvel,
ao Carbono e Alumnio, necessrio a utilizao de diferentes gases e
vazes para otimizao da qualidade de corte nesses trs tipos de metais.O
corte plasma convencional predominou desde 1957 at os anos 70, e
freqentemente requerendo dispendiosas misturas de Argnio e Hidrognio.

Arco plasma "DUAL FLOW" (1962)
A tcnica dual flow foi desenvolvida em 1963. Esta tcnica envolve uma
pequena modificao em relao ao plasma convencional. Este processo
utiliza-se das mesmas caractersticas como no plasma convencional, neste
caso porm adicionado um segundo gs de proteo ao redor do bico de
corte. Usualmente, em operao dual flow o gs plasma o Nitrognio e o
segundo gs de proteo selecionado de acordo com o metal a ser cortado.
Gases tpicos para uso so normalmente ar comprimido ou Oxignio para ao
Carbono, dixido de Carbono (CO2) para aos inoxidveis e misturas de
Hidrognio/Argnio para Alumnio.
A velocidade de corte melhor para aos ao Carbono quando comparado ao
plasma convencional, contudo, a qualidade de corte inadequada para
algumas aplicaes. A velocidade e qualidade de corte em aos inoxidveis e
Alumnio, essencialmente a mesma que no plasma convencional. A maior
vantagem neste processo que o gs secundrio forma uma proteo entre o
bico de corte e a pea de trabalho, protegendo o mesmo de curto-circuitos,
como mostrado na figura 6, e reduzindo a tendncia de "duplo arco". O gs de
proteo tambm protege a zona de corte aumentando a qualidade e
velocidade de corte, alm de refrigerar o bico de corte e bocal da tocha.

Figura 6 - Plasma "Dual Flow"
Corte plasma com ar comprimido (1963)
O corte plasma por ar comprimido surgiu no incio dos anos 60 para o corte de
ao Carbono. O Oxignio presente no ar proporcionava uma energia adicional
em aos ao Carbono proveniente da reao exotrmica com o ferro
incandescente. Esta energia adicional aumenta a velocidade de corte em 25%
sobre o plasma com Nitrognio. Embora o processo possa ser usado para o
corte de aos inoxidveis e Alumnio, a superfcie de corte nesses materiais
fica mais fortemente oxidada e no aceitvel para algumas aplicaes (Figura
7).

Figura 7 - Corte plasma a ar comprimido
O maior problema com o corte por ar comprimido a rpida eroso do
eletrodo. Eletrodos especiais feitos de Zircnio, Hfnio ou ligas de Hfnio, so
necessrios, uma vez que o eletrodo de Tungstnio desgasta-se em poucos
segundos se o gs de corte conter Oxignio. Mesmo com a utilizao deste
eletrodos especiais, a vida til dos mesmos consideravelmente menor que no
processo plasma convencional.

Corte plasma com proteo dgua (1965)
O corte plasma com proteo de gua semelhante ao processo "dual flow",
onde o gs de proteo secundrio substitudo por gua (Figura 8). O efeito
de resfriamento provocado pela gua aumenta a vida til do bico de corte alm
de melhorar significativamente a aparncia do corte, entretanto, o
esquadrejamento e velocidade de corte permanecem constantes uma vez que
a gua no prov uma constrio adicional do arco.

Figura 8 - Corte plasma com proteo dgua

Arco plasma com injeo dgua (1968)
No incio, estava estabelecido que uma ferramenta para aumentar a qualidade
de corte era atravs do aumento da constrio do arco evitando-se o duplo
arco. No processo plasma com injeo dgua, a gua injetada radialmente
no arco de maneira uniforme como mostrado na figura 9. A injeo de gua no
arco contribui para um maior grau de constrio do arco atuando como se
fosse um segundo bico de corte. As temperaturas do arco nesta regio so
estimadas em aproximadamente em 50.000K ou seja 9 vezes a temperatura
da superfcie do sol ou ainda duas vezes a temperatura do arco plasma
convencional. Como resultado final destas altas temperaturas, tem-se um
grande aumento do esquadrejamento do corte, da velocidade de corte e
eliminao da escria para corte de ao Carbono.

Figura 9 - Corte Plasma com injeo dgua
Um outro mtodo utilizado para constrio do arco plasma com gua o
desenvolvimento de um redemoinho de gua em volta do arco. Com esta
tcnica, a constrio do arco depende da velocidade angular necessria a
produzir um redemoinho estvel de gua. A fora centrfuga criada pela alta
velocidade de giro tende a achatar o filme aneliforme de gua contra o arco,
conseqentemente obtm-se uma menor constrio de arco que na injeo
radial de gua (Figura 10).

Figura 10 - Direo de injeo dgua
Ao contrrio do processo convencional descrito primeiramente, uma tima
qualidade de corte com o plasma com injeo de gua obtida para todos os
metais com apenas um tipo de gs - Nitrognio. A utilizao de apenas um gs
torna o processo mais econmico e fcil de operar. Fisicamente o Nitrognio
ideal por causa de sua superior habilidade em transferir calor do arco pea. O
calor absorvido pelo Nitrognio quando dissociado transferido quando em
contato com a pea de trabalho. A despeito das elevadas temperaturas no
ponto em que a gua adicionada ao arco, menos de 10% da gua
vaporizada. A gua restante sai atravs do bocal sob forma de um spray
cnico, vindo a refrigerar a superfcie da pea. Este resfriamento adicional
previne a formao de xidos na superfcie de corte e resfria o bico da tocha. A
razo da constrio do arco na regio de injeo de gua a formao de uma
camada isolada de vapor entre o jato plasma e a gua injetada, como mostrado
na Figura 11.

Figura 11 - Camada de vapor dgua
A vida til do bico de corte largamente aumentada com a tcnica de injeo
de gua, porque a camada de vapor isola o mesmo da alta intensidade de calor
proveniente do arco ao mesmo tempo que a gua protege e isola o bico do
maior ponto de constrio do arco e de mxima temperatura. A proteo obtida
pela camada de vapor dgua tambm permite uma inovao no desenho do
bocal: Este pode ser de cermica, conseqentemente, o arco duplo, a maior
causa da destruio do bico deixa de existir.
Uma importante caracterstica das extremidades cortadas, que o lado direito
do corte seja reto e o outro lado seja levemente chanfrado. Este fenmeno no
causado pela gua injetada, sendo resultado de uma pequeno redemoinho
em sentido dos ponteiros do relgio no gs. Este giro causa uma maior energia
de arco a ser despendido no lado direito do corte. A mesma dessimetria de
corte pode ser observada no corte plasma convencional, quando h
turbilhonamento do gs de plasma. Este fato acarreta em que sentido de corte
deve ser adequadamente escolhido de modo a provocar um corte de ngulo
reto em todas as faces da pea (Figura 12).

Figura 12 - Direo do corte
Na figura 13, o anel mostra o lado de fora do corte feito na direo dos
ponteiros do relgio, dando como resultado um corte reto no lado direito do
corte. Similarmente o lado interno do corte feito esquerda para manter os
bordos retos no lado interno do anel.

Figura 13 - Direo de corte
Mufla dgua e tbua dgua (1972)
Desde que os processos por arco plasma possuem uma elevada concentrao
de calor, acima de 50.000K, h alguns efeitos negativos inerentes ao
processo:
A altas correntes, o corte plasma gera um intenso nvel rudo, superior ao nvel normal nas reas
de trabalho, requerendo proteo para os operadores.
Fumaa e gases txicos em potencial desenvolvem-se em reas de trabalho, exigindo uma boa
ventilao.
A gerao de radiao ultravioleta, pode causar queimaduras na pele e olhos, requerendo o uso
de vestimenta adequada e utilizao de culos escuros.
Este grupo de efeitos garantiram ao processo plasma algumas crticas do ponto
de vista de meio ambiente. Alguma coisa tinha que ser feita com relao a esse
aspecto. Em 1972, foi introduzido pela Hyperterm dois sistemas de anti-
poluio, sendo a mufla de gua e tbua de gua, que controlam os efeitos
nocivos do processo plasma.
Mufla dgua: O sistema de mufla dgua cria uma camada protetora ao redor
da tocha, produzindo os seguintes efeitos benficos quando usados com a
tbua dgua:
O alto nvel de rudo do processo plasma substancialmente reduzido pela barreira criada pela
gua.
A fumaa e gases txicos so confinados na barreira dgua, que acoplado a um sistema
purificador, remove as partculas slidas.
A claridade do arco reduzida a nveis que so menos perigosos aos olhos.
Com uma colorao adequada, a radiao ultravioleta diminuda.
Tbua de gua: Trata-se de um reservatrio de gua localizado abaixo da pea
a ser cortada, a qual, tem a finalidade de absorver grande parte do rudo e
fumaa gerada nas operaes de corte.

Corte subaqutico (1977)
Desenvolvimentos na Europa com o objetivo de diminuir o nvel de rudo e
eliminao da fumaa, levaram ao surgimento do corte plasma subaqutico.
Este mtodo para fontes plasma acima de 100 Ampres tem se tornado to
popular que atualmente muitos sistemas de corte plasma cortam sob gua.
Para o corte subaqutico, a pea imersa sob 2 a 3 polegadas de gua, e a
tocha plasma corta enquanto imersa. Como conseqncia, o rudo, a fumaa e
as radiaes do arco eltrico so drasticamente reduzidas. Um aspecto
negativo neste mtodo que a pea no pode ser observada durante o corte e
a velocidade de corte diminuda de 10-20%. Alm do fato do operador no
determinar pelo som do arco se o processo de corte est se dando
normalmente ou se as partes consumveis da tocha se desgastaram.
Finalmente, no corte subaqutico, pequena quantidade de gua dissociada
na zona de corte, provocando a formao de ons de Oxignio e Hidrognio. O
Oxignio tem a tendncia de se combinar com o metal fundido (principalmente
em Alumnio e ligas leves) formando xidos, deixando Hidrognio livre dentro
dgua. Este Hidrognio forma bolsas sob a pea, que quando em contato com
o jato plasma causa pequenas exploses. Em funo deste fato, a gua deve
ser constantemente agitada quando do corte destes metais.

Corte subaqutico com mufla
Baseado na popularidade do corte subaqutico, foi desenvolvido em 1986 este
tipo de corte, no qual injetado ar ao redor da tocha, estabelecendo uma bolha
de ar onde o corte se processa. Este torna-se um corte subaqutico com
injeo de ar, sendo mais freqentemente usado com Oxignio para cortes
acima de 260 Ampres. O uso desta tcnica aumenta a qualidade e velocidade
de corte.

Corte plasma a ar comprimido de baixa corrente (1980)
Em 1980, os fabricantes de equipamentos introduziram no mercado,
equipamentos usando ar como gs de plasma, particularmente para sistemas
de baixa corrente. A Termal Dynamics (EUA) lanou o PAK3 e a SAF (Frana)
introduziu o ZIP-CUT, as duas unidades foram um grande sucesso nos
mercados Norte Americano e Europeu respectivamente. Este fato propiciou
uma nova era para o corte plasma, aumentando em 50 vezes o mercado nos
anos 80, surgindo novos fabricantes. A partir desta data, o corte plasma foi
aceito como um novo mtodo para corte de metais, sendo considerado uma
valiosa ferramenta em todos os segmentos da indstria metalrgica moderna.
Com este novo alento, aumentou a competitividade na indstria de corte
plasma, um grande nmero de inovaes tecnolgicas foram introduzidos,
tornando o processo fcil de usar. O processo tornou-se muito mais confivel e
operacional. A utilizao da tecnologia dos inversores melhorou as
caractersticas do arco ao mesmo tempo que diminuiu as dimenses e peso
dos sistemas. Outras evolues foram introduzidas como no caso do arco
piloto por contato ("blow back" - retrao do eletrodo), eliminando a alta
freqncia na tocha e tambm o anel injetor de ar que protege as partes
frontais da tocha durante as operao de corte.

Corte plasma com oxignio (1983)
O corte plasma com injeo de Oxignio contornou o problema da vida til do
eletrodo pelo uso de Nitrognio como gs de plasma com a injeo de
Oxignio abaixo da sada do bocal, como mostrado na figura 14.

Figura 14 - Plasma com injeo de Oxignio
Este processo usado exclusivamente para ao Carbono e tem como
consequncia um pequeno aumento na velocidade de corte, contudo, algumas
desvantagens so notadas, como uma deficincia no esquadrejamento do
corte, excesso de material removido, pequena vida til do bocal e limitaes
quanto ao metal a ser cortado (ao Carbono). Em alguns locais onde este
processo foi usado, o pequeno aumento na velocidade de corte associado as
desvantagens citadas no justifica um investimento extra em um novo tipo de
tocha.

Corte plasma de alta densidade (1990)
O corte LASER tem se tornado um importante e competitivo mtodo na
indstria metalrgica em funo de sua habilidade de produzir cortes precisos e
de excelente qualidade. Com o objetivo de alcanar uma fatia deste mercado,
os fabricantes de equipamentos plasma tem investido em projetos para
aumentar a qualidade de corte de seus equipamentos. Em 1990, foi visto a
primeira instalao de plasma de alta densidade de 40 a 90 Ampres. Este
processo produz um corte esquadrejado e de espessura reduzida, aumentando
a velocidade de corte. Espera-se que a qualidade de corte no plasma de alta
densidade seja igual ao do corte laser. Considerando que o custo de
implantao do processo plasma exige um investimento inicial bem menor, este
tornar-se- o maior concorrente do processo LASER.

Concluso
Ao fim desta reviso, tornou-se claro que o processo plasma teve um
assombroso progresso nos ltimos 35 anos, particularmente nos ltimos 5
anos. Atualmente trs tendncias principais devem ser observadas:
1. O mercado para unidades portteis abaixo de 200 Ampreses continuar a se expandir.
2. O mercado para mquinas de corte e robs continuar necessitando de alta qualidade de corte e
tolerncias cada vez menores para o processo plasma.
3. Pesquisas e desenvolvimentos nas partes consumveis e tochas continuaro constantemente
estendendo a vida til dos mesmos e aumentando a qualidade de corte.
Eletroescria
Prof. Luiz Gimenes Jr. e Prof. Manuel Saraiva Clara
Os precursores do processo comearam ainda no sculo passado com a
soldagem na posio vertical em um nico passe atravs do confinamento do
metal lquido com sapatas de grafite, cermica ou cobre, executava-se a
soldagem por arco eltrico ou por processo trmico. Os russos na dcada de
50 desenvolveram o princpio do processo, que consiste em uma escria
lquida condutora de energia eltrica para a soldagem na posio vertical
ascendente.
Princpio do Processo
O processo de soldagem eletroescria um processo por fuso atravs de
uma escria lquida a qual funde o metal de adio e as superfcies a serem
soldadas. O processo de soldagem Eletroescria usado onde se necessita
grandes quantidades de material de solda depositado, como por exemplo para
soldar sees transversais muitos espessas. O processo passa a ser vivel
economicamente em juntas de topo a partir de 19 mm de espessura e, para
espessuras mximas praticamente no h limitaes. Todos os cordes so
executados na posio vertical ascendente ou aproximadamente a esta. A
poa de soldagem circundada, pelos lados das bordas por suportes de cobre,
resfriadas na parte interna com uma vazo constante de gua, a qual chama-
se de sapata de refrigerao, ver a figura ESW 01.

Figura ESW 01 Principio da Soldagem por Eletroescria

Antes de iniciar o processo coloca-se no chanfro, fluxo para soldar. Depois
inicia-se o processo de soldagem com um arco eltrico, entre o eletrodo (em
fuso) e o lado inferior do chanfro. Este arco voltaico funde o fluxo. A
condutibilidade eltrica da escria lquida, que resulta do processo, aumenta
diretamente com a temperatura. To logo a condutibilidade do banho de
escria tenha aumentado, a tal ponto que a escria conduza melhor do que a
corrente eltrica do arco, este se apaga. Ento a corrente eltrica corre do
eletrodo, atravs da escria lquida e atravs da zona metlica fundida, at o
metal base.
O aquecimento, devido s propriedades especiais de condutibilidade da
escria, funde o metal adicionado e as faces do chanfro, devido a passagem da
corrente eltrica pelo banho da escria aquecido. Este calor gerado pela
corrente eltrica o principio que serve como fonte de calor.
O guia do eletrodo e as sapatas se deslocam continuamente para cima, isto ,
de modo que a superfcie do metal lquido seja mantida sempre na altura mdia
das sapatas de refrigerao. O metal solidificado coberto lateralmente com
uma camada fina de escria, e portanto deve ser substituda com a adio
regular de fluxo, para que a profundidade do banho de escria seja mantida
estvel. Na maioria dos casos a profundidade mais favorvel est entre 40 e 60
mm.

Campos de Aplicao
Construes metlicas: Soldas em chapas grossas de topo.
Construo naval: Solda de sees do navio e laterais de tanques.
Construo de recipientes, vasos de presso: Costuras longitudinais e circulares.
Tcnica nuclear: Partes de componentes para usinas nucleares.
Construo de mquinas: Carcaas para turbinas, cilindros, eixos, bases para mquinas.
Construo de vages ferrovirios: superfcies de rolamento, jogos de rodas.
Vantagens
Preparao do chanfro a baixo custo, por meio de oxicorte, pois no h tolerncias crticas a
serem consideradas.
O processo lento de solidificao favorvel, do ponto de vista metalrgico, para as reaes
qumicas na poa de fuso. O metal depositado bem desgaseificado e livre de poros, tampouco
mostra endurecimento, conferindo alta qualidade da junta soldada.
Devido ao resfriamento lento surgem tenses prprias da solda consideravelmente mais baixas
do que em soldas executadas por outros processos.
Solda sem distores, o que evita trabalhos, de ajustamento, muito onerosos.
Desvantagens
Granulao grosseira, com baixa resistncia ao impacto, sendo necessrio tratamento trmico
posterior.
Alto custo dos dispositivos de soldagem.
Mo-de-obra especializada recomendada na operao.
A soldagem s pode ser feita na posio vertical ascendente, e tem que ser iniciada
preferencialmente a soldagem uma nica vez.
Solda sees acima de 19 mm.
Tecnologia do Processo
O processo de soldagem por eletroescria, pode ser executado com um ou
vrios arames, os quais podem ter oscilao atravs de dispositivos acoplados
ao sistema tracionador de arame. O revestimento com fita, com depsito em
ao inoxidvel e alta liga de nquel, podem ser feitos com excelente qualidade
metalrgica e sanidade ultra-snica. Para tal aplicao utiliza-se os dispositivos
e demais componentes do processo de soldagem arco submerso. A grande
vantagem da utilizao dessa variante de processo seria a sua baixssima
diluio, que gira em torno de 6%, nunca maior que 10%, ver Tabela ESW01.
Tabela ESW 01 Parmetros Para solda com Fita ( Eletroslag Strip Clading)
Dimenses da Fita
(mm)
Velocidade de Avano
(m/min)
Tenso
(V)
Corrente
(A)
Stick out
(mm)
Taxa de Deposio
(Kg/h)
30 x 0,5 2,3 - 2,7 23 - 27 650 - 750 28 - 32 32 - 40
A abertura do chanfro de aproximadamente 20 at 30 mm. Seu valor mnimo
determinado pela forma do guia do arame. A abertura deve ser o suficiente
para que no ocorra curto-circuito entre guia de arame e as faces do chanfro.
Aberturas de junta, grande demais, no so econmicas. A soldagem por
eletroescria exige uma escria lquida que, por um lado, conduza bem a
corrente eltrica e por outro lado, garanta uma boa transmisso de calor para
as chapas a serem soldadas. No inicio do processo, as sapatas de refrigerao
fixados nas faces a serem soldadas, contendo apenas fluxo granulado.
O percurso de espao inicial de 3 8 cm de cordo de solda so feitos sob
escria no totalmente fundida. Esta parte do cordo mostra uma penetrao
baixa demais. Por causa disso colocada, abaixo do cordo, uma pea de
acesso a qual no deve ser menor que 100 mm. Para terminar o cordo devem
ser previstas peas de sada. Esta no tm apenas como objetivo manter a
escria confinada, com tambm manter fora do cordo, os ltimos milmetros
da solda, que devido interrupo do processo, podem desenvolver uma
estrutura metalogrfica diferente.

Figura ESW 02 - Apndices para incio e trmino da soldagem
A soldagem por eletroescria exige operao ininterrupta. Cada interrupo,
por sua vez, por mais curta que seja, leva ao resfriamento do banho de escria,
o que causa uma penetrao insuficiente provocando descontinuidades. Por
esta razo, antes de iniciar a soldagem, deve-se ter quantidade de arame
suficiente para todo o tempo de arco aberto.
Equipamento
As fontes de energia tpicas para o processo so similares as utilizadas no arco
submerso. com ciclo de trabalho de 100%, com tenses em vazio da ordem de
60 V e tenses de trabalho de 30 a 55 V. A soldagem por eletroescria pode
ser realizada com corrente alternada ou contnua com eletrodo no polo
positivo). Algumas vezes usa-se corrente alternada. Uma tenso de soldagem
mais alta provoca uma maior penetrao na face. Com o aumento do avano
do eletrodo aumenta a corrente, a profundidade da poa de fuso e a potncia
de fuso. Com velocidade pendular mais alta, a formao da microestrutura
ser melhor, Tabela ESW 02.
Tabela ESW02. Parmetros para soldagem por eletroescria com 1 eletrodo
sem oscilao
EletrodoDimetro
(mm)
Velocidade
de avano
Tenso
(V)
Corrente
( A)
Densidade
de
Taxa de
deposio
do eletrodo
( m/min)
corrente
(A/mm2)
(Kg/h)
2,5 4 - 9 32 - 50
450 -
600
90 - 120 10 - 20
3,0 3 - 6 32 - 50
500 -
700
70 - 100 10 - 20
4,0 3 - 6 32 - 50
600 -
900
50 - 70 15 - 35
Geometria de Chafros
Abaixo mostrado as geometrias mais comuns utilizados pelo processo
eletroescria.

Bibliografia
American Welding Society Vol 2 8th edio pg 272 a 297
Welding Metal Fabrication nov/89 pg 19 a 20. C.Murray and A. Burley
Curso de Especializao para Engenheiros na rea de Soldagem. Apostila de
Processos Especiais de Soldagem 1995 pg 14 a 18. Luiz Gimenes Jr e Marcos
Antonio Tremonti.
Welding Journal ago/82 pg 15 a 19. J. S. Noruk
Soldagem por Ultra-som
Prof. Luiz Gimenes Jr. e Prof. Marcos Antonio Tremonti
A Soldagem por ultra-som tem como objetivo unir peas por vibraes
mecnicas na faixa ultra-snica associada com presso, a Soldagem feita no
estado slido, sem fuso do material base. O processo de Soldagem
realizado atravs de um transformador eletroacstico Figura USW 01, o qual
transforma uma corrente alternada em oscilaes longitudinais mecnicas de
freqncia de 22 KHz por exemplo; O componente denominado sonotrodo o
agente que promove as vibraes.

Figura USW 01 - principio de funcionamento
Durante a Soldagem as peas so fixadas na "bigorna" Figura USW 02. O
sonotrodo transmite oscilaes tangenciais para a pea. Se a fora de presso
e a amplitude dos movimentos relativos entre as superfcies a soldar forem
suficientemente fortes, ento ocorre fluidificao. Os filmes de sujeira, gua e
xido so rompidos. As superfcies, aquecidas e aplainadas, se aproximam e
foras de ligao de superfcie entram em ao. O aquecimento limitado a
uma camada muito fina.

Figura USW 02 - sonotrodo e bigorna fixadora
Soldam-se chapas finas, folhas ou fios (espessura de 0,003 at 2 mm) de
metais macios (alumnio, ouro), tambm em chapas mais mais espessas de
ao e no-ferrosos, vidro ou mesmo cermica. A solda por ultra-som, pode ser
usada para unir os principais metais, destacamos os principais: Alumnio,
Cobre, Ouro, Magnsio, Molibdnio, Nquel, Paldio, Platina, Prata, Tntalo,
Estanho, Titnio, Tungstnio, Zircnio, alm dos Aos.
Campos de aplicao
Contatos de semicondutores resistentes temperatura, como fios de alumnio ou ouro em silcio.
Ligaes entre semicondutores e transistores.
Conexes eltricas dos mais diversos tipos.
Quando as quantidades so grandes, a Soldagem a ponto por resistncia algumas vezes se torna
mais vivel.
Plsticos
O crescimento do uso do plstico na indstria, tem exigido tambm um
aprimoramento nos processo de fabricao, principalmente na unio.
Basicamente as unies so feitas por adesivos que corre o risco de ataque
qumico ao plstico, muito freqente em colagens. A solda ultra-snica ganha
pela rapidez e evita os riscos citados. As indstrias automobilsticas so um
dos grandes consumidores da Soldagem por ultra-som e nas indstrias de
autopeas, como por exemplo nas aplicaes em painis, pra-choques, em
outros ramos tem-se encontrado em componentes de telefones,
microcomputadores, e na costura de produtos sintticos, a substituio de
adesivos por equipamentos de soldagem ultra-snica exigem pequenas
modificaes no projeto para que a Soldagem seja vivel, pois as partes a
soldar necessitam estar em contato e sob presso utilizando ciclos da ordem
de 20 a 40 kHz, a espessura e extenso da rea a unir caracteriza a potncia
do equipamento.
Os principais plsticos soldveis por ultra-som so: ABS, Acrlico, Nylon,
Policarbonato, Polister, Polipropileno, Poliestireno, PVC, a Soldagem
dissimilar entre os plsticos dependem muito da resina empregada. Portanto a
Soldagem dos plsticos apresenta como vantagens:
Substituir fixaes mecnicas ( porcas / parafusos )
Melhorar design
Segurana na unio
Reduo de risco da ao qumica do adesivo sobre o plstico
Soldagem dissimilar
Rapidez do processo
Parmetros e equipamentos
Na implantao do processo deve ser levado em considerao, alem da
espessura e extenso da rea a ser soldada, tambm:
Ponto de fuso a ser empregado
Geometria e dimenses da pea
So fatores que definem a potncia e freqncia do equipamento. Os diversos
tipos e modelos variam potncias de 800 a 3000 W. Os equipamentos de
menor potncia destinam-se a aplicaes mais delicadas, ocupam menor
espao e no exigem isolamento acstico. A complexidade e irregularidade da
pea pode impor restries Soldagem ultra-snica.

Bibliografia
Welding Handbook Vol 2 8 edition 1991
Curso de Especializao para Engenheiros na rea de Soldagem. Processos
Especiais. Luiz Gimenes Jr. Marcos Antonio Tremonti
Aumenta a demanda por novos mtodos de solda. Luis Moura. Plstico
Moderno jul/1989
Tcnicas de Soldadura en Materiales Termoplsticos. S.B. Jones (IIW).
Soldadura y Tecnologias de Union fev/90
Arco Submerso
Prof. Luiz Gimenes Jr. e Eng Jos Pinto Ramalho
O processo de soldagem por arco submerso um processo no qual o calor
para a soldagem fornecido por um (ou alguns) arco (s) desenvolvido (s) entre
um (s) eletrodo(s) de arame slido ou tubular e a pea obra. Como j est
explcito no nome, o arco ficar protegido por uma camada de fluxo granular
fundido que o proteger, assim como o metal fundido e a poa de fuso, da
contaminao atmosfrica. Como o arco eltrico fica completamente coberto
pelo fluxo, este no visvel, e a solda se desenvolve sem fascas,
luminosidades ou respingos, que caracterizam os demais processos de
soldagem em que o arco aberto. O fluxo, na forma granular, para alm das
funes de proteo e limpeza do arco e metal depositado, funciona como um
isolante trmico, garantindo uma excelente concentrao de calor que ir
caracterizar a alta penetrao que pode ser obtida com o processo.
Princpio de funcionamento do processo
Em soldagem por arco submerso, a corrente eltrica flui atravs do arco e da
poa de fuso, que consiste em metal de solda e fluxo fundidos. O fluxo
fundido , normalmente, condutivo (embora no estado slido, a frio no o seja).
Em adio a sua funo protetora, a cobertura de fluxo pode fornecer
elementos desoxidantes, e em solda de aos-liga, pode conter elementos de
adio que modificariam a composio qumica do metal depositado. Durante a
soldagem, o calor produzido pelo arco eltrico funde uma parte do fluxo, o
material de adio (arame) e o metal de base, formando a poa de fuso.
A zona de soldagem fica sempre protegida pelo fluxo escorificante, parte
fundido e uma cobertura de fluxo no fundido.O eletrodo permanece a uma
pequena distncia acima da poa de fuso e o arco eltrico se desenvolve
nesta posio. Com o deslocamento do eletrodo ao longo da junta, o fluxo
fundido sobrenada e se separa do metal de solda lquido, na forma de escria.
O metal de solda que tem ponto de fuso mais elevado do que a escria, se
solidifica enquanto a escria permanece fundida por mais algum tempo. A
escria tambm protege o metal de solda recm-solidificado, pois este ainda,
devido a sua alta temperatura, muito reativo com o Nitrognio e o Oxignio da
atmosfera tendo a facilidade de formar xidos e nitretos que alterariam as
propriedades das juntas soldadas.
Com o resfriamento posterior, remove-se o fluxo no fundido (que pode ser
reaproveitado) atravs de aspirao mecnica ou mtodos manuais, e a
escria, relativamente espessa de aspecto vtreo e compacto e que em geral
se destaca com facilidade. O fluxo distribudo por gravidade. Fica separado
do arco eltrico, ligeiramente a frente deste ou concentricamente ao eletrodo.
Esta independncia do par fluxo-eletrodo outra caracterstica do processo
que o difere dos processos eletrodo revestido, MIG-MAG e arame tubular. No
arco submerso, esta separao permitir que se utilize diferentes composies
fluxo-arame, podendo com isto selecionar combinaes que atendam
especificamente um dado tipo de junta em especial. O esquema bsico do
funcionamento do processo pode ser visto na Figura - Componentes essenciais
de um equipamento de arco submerso.

Componentes essenciais de um equipamento de arco submerso
O processo pode ser semi-automtico com a pistola sendo manipulada pelo
operador. Esta porm no a maneira que o processo oferece a maior
produtividade. Esta conseguida com o cabeote de soldagem sendo
arrastado por um dispositivo de modo a automatizar o processo. Outra
caracterstica do processo de soldagem por arco submerso est em seu
rendimento pois, praticamente, pode-se dizer que no h perdas de material
por projees (respingos). Possibilita tambm ouso de elevadas correntes de
soldagem (at 4000 A) o que, aliado as altas densidades de corrente (60 a 100
A/mm2), oferecer ao processo alta taxa de deposio, muitas vezes no
encontradas em outros processos de soldagem. Estas caractersticas tornam o
processo de soldagem por arco submerso um processo econmico e rpido em
soldagem de produo. Em mdia, gasta-se com este processo cerca de 1/3
do tempo necessrio para fazer o mesmo trabalho com eletrodos revestidos.
As soldas realizadas apresentam boa tenacidade e boa resistncia ao impacto,
alm de excelente uniformidade e acabamento dos cordes de solda. Atravs
de um perfeito ajustamento de fluxo, arame e parmetros de soldagem,
consegue-se propriedades mecnicas iguais ou melhores que o metal de base.
A maior limitao deste processo de soldagem o fato que no permite a
soldagem em posies que no sejam a plana ou horizontal. Ainda assim, a
soldagem na posio horizontal s possvel com a utilizao de retentores de
fluxo de soldagem. Na soldagem circunferencial pode-se recorrer a
sustentadores de fluxo como o que apresentado na Figura - Exemplo de
recurso para sustentao de fluxo.

Exemplo de recurso para sustentao de fluxo

Soldagem de Pinos ( Stud Welding / SW )
Prof. Luiz Gimenes Jr. e Prof. Marcos Antonio Tremonti
A Soldagem de pinos em ingls designado por stud welding, trata-se de um
processo de soldagem a arco eltrico que une pinos ou peas semelhantes por
aquecimento e fuso do Metal Base e parte da ponta do pino, seguido de
imediata presso, para melhor unio e solidificao. Energia eltrica e fora
so transmitidas atravs de um porta-pinos num dispositivo de elevao, e
protegidos por uma cermica, que tem como funo a proteo contra os
respingos, contaminao atmosfrica, e conter o metal lquido, ver Figura SW
01.

Figura SW 01 - Dispositivo de elevao e posicionador
O arco eltrico obtido atravs da operao de toque e retrao de pino.
Depois de um determinado tempo, onde o pino submerso no banho de fuso.
O anel de cermica concentra o arco voltaico, protege contra a atmosfera e
limita o banho de fuso. Durante a Soldagem, o anel de cermica e o pino so
colocados manualmente no equipamento apropriado conhecido como pistola
para Stud e o processo de solda executado pelos comandos existentes. O
tempo de operao da ordem dos milisegundos, relativamente curto se
comparado com os processos a arco convencionais, devido o ciclo de trabalho
ser muito curto, temos uma ZTA ( Zona Termicamente Afetada ) muito estreita.
Solda-se em ciclos de 10 pinos/min. Sistemas automticos soldam at 20
pinos/min, a Figura SW 02 ilustra a seqncia de soldagem.

(1) O gatilho da pistola de
soldagem faz com que o pino
encoste na pea a soldar,
promovendo o curto circuito.

(2) Imediatamente ocorre o arco
eltrico, fundido o parte do pino e
a face do metal base.

(3) Aplica-se presso ao pino para
promover a solidificao.

(4) Retira-se o porta pino ( pistola
), e a cermica.
Figura SW 02 Seqncia de soldagem
Equipamentos
A Pistola de soldagem tem por finalidade segurar e movimentar o pino; contem
um gatilho que libera a corrente de Soldagem, a qual transmitida para a ponta
do pino, que uma espcie de encaixe, este encaixes podem ter diferentes
geometria e espessuras, compatveis com o pino a fixar, a pistola tambm
fornece presso e alivio ao sistema, atravs de uma mola controlada por uma
vlvula solenide. As Unidades de controle so basicamente circuitos
temporizadores para aplicao do tempo de Soldagem e tempo de presso,
que so ligadas as fontes e pistola de soldagem, os controladores podem ser
integrados as fontes de energia ou separadas.
As Fontes de Energia empregadas no processo convencional so semelhantes
s usadas para o processo eletrodo revestido, tanto geradores ou retificadores,
com os pinos ligados ao polo positivo, recomendado utilizar fontes com
potncia acima de 400 Ampres e tenses em vazio de no mnimo 70 Volts,
caso haja a exigncia de correntes mais elevadas, pode-se ligar as fontes em
paralelo, ou utilizar-se de fontes desenvolvidas para goivagem a grafite, que
normalmente so projetadas para correntes de at 1600 Ampres, outra
variante do processo, utiliza-se uma fonte com descarga capacitiva, com
capacitores de alta capacidade.
Sistemas automticos de alimentao, para alta produo podem ser
adaptados nas pistolas atravs de tubos flexveis, onde a fonte de energia para
deslocamento dos pinos do reservatrio pistola o ar comprimido, neste caso
as cermicas de proteo no so usadas, pois o dimetro dos pinos e os
tempos de soldagem so menores. Um esquema de soldagem convencional
mostrado na Figura SW 03.

Figura SW 03 equipamento de soldagem por pinos
As fontes de descarga capacitiva, so derivadas de um banco de capacitores, o
processo segue nos mesmos parmetros do processo convencional como na
Figura SW 04.

Figura SW 04 - Esquema de ligao para soldagem com descarga capacitiva

Aplicaes
Caldeiraria, Fornos e Chamins, colocao de pinos em tubos de trocadores de calor e fixao de
ancoragens para isolamento;
Estruturas Metlicas e em Concreto Armado, fixao de buchas e ancoramento de concreto.
Construo Eltrica, substitui unies roscadas complicadas e pequenas peas de fixao;
Construo Naval: Fixadores para mantas isolantes e fixadores de cabos;
Indstria Automobilstica, por exemplo, fixao das armaes, revestimentos, parafusos e
porcas.
Materiais
Os pinos podem ser de ao SAE 1030, em ao baixa liga com Cr Mo; pino de
ao inox com alta liga; pinos de alumnio 99,5 em ligas de alumnio (proteo
da poa de soldagem com gs argnio necessrio). possvel solda
dissimilar, geralmente com pinos de ao inoxidvel para ancoragem de
refratrio para vlvulas siderrgicas.
Tecnologia do Processo
Pinos especiais podem ser feitos com um ressalto em sua extremidade para
facilitar a ignio do arco, neste processo, as dimenses da ponta do pino
determinam o processo de solda. Por meio de uma descarga de
condensadores (corrente de at 8000 Ampres) surge imediatamente (dentro
de 0,5 at 4 ms). Ele apropriado para pequenos esforos mecnicos, em
chapas finas ou com revestimento de material sinttico de um lado. Tambm
so feitos pinos com dimenses maiores com pontas em alumnio, para melhor
qualidade da solda, pois o alumnio tem a funo de desoxidar o banho de
fuso, indicado principalmente para chapas com oxidaes e sujeiras, onde o
esmerilhamento ou escovamento das reas de difcil acesso, como por
exemplo em soldas de campo. Na soldagem convencional, as superfcies que
esto em contato com o pino, devem estar isentas de:
leo
Umidade
Sujeira
Carepa
O pino no poder ser soldado sobre superfcies pintadas e zincadas. As
superfcies devem ser limpas pelos mtodos:
Escovamento
Lixamento
Decapagem
Tabela SW 01 - Parmetros de Soldagem por Descarga Capacitiva
Dimetro do Pino
(mm)
Corrente de Soldagem
(A)
Tempo de Soldagem
(ms)
Tempo de Aplicao da
Carga(ms)
3,0 300 13 50
4,0 400 16 50
5,0 500 20 50
6,0 600 24 50
8,0 800 32 50

Controle de Qualidade para pinos soldadores - Norma AWS D1.1
Enumeramos os principais itens para os testes de aceitao para pinos
soldados. Acabamento final do pino soldado deve ser uniforme e isentos
de:
Sobreposio excessiva
Trincas
Desalinhamento
Toro
A propriedade mecnica do pino atravs do ensaio de trao opcional,
devendo em caso positivo, ser realizado com a seo integral do pino,
como o dispositivo de teste da Figura SW 05.
As superfcies a serem soldadas e a cermica, devem estar isentas de
umidade:
Seca-las a 120C / 2 Horas


Figura SW 05 - Dispositivo de teste de trao
Controle de produo
Antes de uma srie de peas a serem soldadas na produo, realizar
teste:
1. Soldar 2 pinos
2. Inspeo visual de 360C
3. Utilizar sempre chapa de teste
4. Pinos frios
5. Dobr-los 30 com reao ao eixo principal
Mtodo
Martelamento
Tubo
Visual
No pode ocorrer falhas
Estando em conformidade com as exigncia j citadas anteriormente,
liberar para produo. O operador poder ser qualificado de acordo com o
teste de produo.

Figura 06 - Teste de Dobramento do pino

Critrio de aceitao de ensaio visual de fuso do pino

A) Satisfatrio

B) Pouca retrao do pino

C) Retirada rpida da pistola

D) Falta de alinhamento

E) Baixa corrente

F) Alta corrente
Bibliografia
Cursos de Especializao para Engenheiros de Soldagem. Processos
Especiais, 1995. Luiz Gimenes Jr. e Marcos Antonio Tremonti
AWS Welding Handbook Vol 2 Welding Process 1991
AWS D1.1-80 Stud Welding item 7.1 a 7.8

MIG MAG
Prof. Luiz Gimenes Jr. e Eng Jos Pinto Ramalho
A soldagem a arco com eletrodos fusveis sobre proteo gasosa, conhecida
pelas denominaes de:
MIG, quando a proteo gasosa utilizada for constituda de um gs inerte, ou seja um gs
normalmente monoatmico como Argnio ou Hlio, e que no tem nenhuma atividade fsica
com a poa de fuso
MAG, quando a proteo gasosa feita com um gs dito ativo, ou seja, um gs que interage com
a poa de fuso, normalmente CO2 - dixido de Carbono
GMAW, (abreviatura do ingls Gs Metal Arc Welding) que a designao que engloba os dois
processos acima citados

Princpios bsicos do processo MIG / MAG
Os dois processos diferem entre si unicamente pelo gs que utilizam, um vez
que os componentes utilizados so exatamente os mesmos. A simples
mudana do gs por sua vez, ser responsvel por uma srie de alteraes no
comportamento das soldagens. Estes gases, segundo sua natureza e
composio, tem uma influncia preponderante nas caractersticas do arco, no
tipo de transferncia de metal do eletrodo pea, na velocidade de soldagem,
nas perdas por projees, na penetrao e na forma externa da solda. Alm
disto, o gs tambm tem influncia nas perdas de elementos qumicos, na
temperatura da poa de fuso, na sensibilidade a fissurao e porosidade, bem
como na facilidade da execuo da soldagem em diversas posies. Os gases
nobres (processo MIG) so preferidos por razes metalrgicas, enquanto o
CO2 puro, preferido por razes econmicas.
Como seria lgico de concluir, muitas das vezes impossibilitados tecnicamente
por um lado e economicamente por outro, acabamos por utilizar mistura dos
dois tipos de gs, como por exemplo Argnio (inerte) com Oxignio (ativo),
Argnio com CO2 e outros tipos. Existe uma certa indefinio de quais seriam
os limites percentuais dos gases, a partir dos quais um mistura deixaria de ser
inerte e passaria a ser ativa e vice-versa, porm uma discusso meramente
terica. Assumimos na prtica o comportamento em soldagem e o modo como
ocorre a transferncia metlica como determinantes da percentagem correta
onde ocorre a transio. Assim, misturas cujo maior componente seja um gs
ativo (exemplo: Argnio 98 % - Oxignio 2 % utilizado para a soldagem de aos
inoxidveis), conservam as caractersticas gerais de gs inerte e so
consideradas como gs inerte. Misturas cujo maior componente seja um gs
ativo (CO2 75 % - Argnio 25 % usado para a soldagem de aos ao Carbono
em posio diferente da posio plana), conservam as caractersticas gerais de
gs ativo e so consideradas como gs ativo.
O processo MAG utilizado somente na soldagem de materiais ferrosos,
enquanto o processo MIG pode ser usado tanto na soldagem de materiais
ferrosos quanto no ferrosos como Alumnio, Cobre, Magnsio, Nquel e suas
ligas. Uma das caractersticas bsicas deste processo, em relao aos outros
processos de soldagem manuais, sua alta produtividade, que motivada,
alm da continuidade do arame, pelas altas densidades de corrente que o
processo pode ser utilizado. A tabela abaixo apresenta uma comparao entre
os valores de densidade de corrente dos processos MIG MAG e eletrodo
revestido. Na tabela abaixo, os valores comparativos de densidade de corrente:
Processo
Densidade de
Corrente
E.
revestido
5 a 20 A/mm
2

MIG MAG 100 a 250 A/mm
2

De um modo geral, pode-se dizer que as principais vantagens da soldagem
MIG MAG so: alta taxa de deposio e alto fator de trabalho do soldador,
grande versatilidade, quanto ao tipo de material e espessuras aplicveis, no
existncia de fluxos de soldagem e, conseqentemente, ausncia de
operaes de remoo de escria e exigncia de menor habilidade do
soldador, quando comparada soldagem com eletrodos revestidos.
A principal limitao da soldagem MIG MAG a sua maior sensibilidade
variao dos parmetros eltricos de operao do arco de soldagem, que
influenciam diretamente na qualidade do cordo de solda depositado. Alm da
necessidade de um ajuste rigoroso de parmetros para se obter um
determinado conjunto de caractersticas para solda, a determinao desses
parmetros para se obter uma solda adequada dificultada pela forte
interdependncia destes, e por sua influncia no resultado final da solda
produzida. O maior custo do equipamento, a maior necessidade de
manuteno deste, em comparao com o equipamento para soldagem com
eletrodos revestidos e menor variedade de consumveis so outras limitaes
deste processo.
A soldagem MIG MAG e a soldagem com arame tubular, tem sido as que
apresentaram um maior crescimento em termos de utilizao, nos ltimos anos
em escala mundial. Este crescimento ocorre principalmente devido tendncia
substituio, sempre que possvel da soldagem manual por processos semi-
automticos, mecanizados e automticos, para a obteno de maior
produtividade em soldagem. Estes processos tem se mostrado os mais
adequados dentre os processos de soldagem arco, soldagem automtica e
com a utilizao de robs.
Segurana e Sade Ocupacional
O processo de soldagem emite uma srie de agentes nocivos a sade dos trabalhadores, como:
o Radiao no ionizante;
o Fumos metlicos;
o Fagulhas e estilhaos;
o Rudo;
o Choque eltrico;
o Ergonmico.
Quanto a radiao gerada no processo, no h outra alternativa para controle do agente, a no ser
a proteo individual ao soldador e coletiva (biombos) aos demais trabalhadores prximos. A
proteo individual consiste em botas de cano longo de raspa com biqueira de ao, ou botina
com perneira de raspa, avental de raspa tipo barbeiro com mangas ou avental convencional
complementado com mangotes de raspa.
Luvas de raspa cano longo, (este conjunto proteje tambm contra estilhaos e fagulhas quentes).
Mscara de soldador com lentes escuras na tonalidade de 10 a 12, ou mscara de soldador com
escurecimento automtico, sem uso a lente fica na tonalidade 3 e no momento de acionado o
arco eltrico o dispositivo passa para tonalidade de 10 a 14, conforme regulagem.
Sob a mscara usa-se uma touca de brim, prpria para soldador, contra queimadura nos cabelos e
pescoo causada por fagulhas e radiao, e culos de proteo contra impacto, evitando que
estilhaos atingem os olhos quando o soldador erguer a mscara. Dependendo dos resultados as
avaliaes ambientais o soldador dever usar protetor auricular contra o rudo.
Para fumos mtlicos, dever ser feita uma avaliao ambiental no local para identificar e
quantificar os agentes qumicos gerados e a partir dos resultados tomar medidas de controle,
como: exausto no ambiente ou localizada (cuidado para no alterar a qualidade da solda), ou
EPI (respirador descartvel P-2). Pode-se tambm identificar a composio do ao e do arame de
solda, conhecendo os agentes presentes, os quais so liberados no processo de solda, e viabilizar
a substituio do material utilizado.
O trabalhador para executar este tipo de trabalho dever passar por um treinamento especfico de
Soldagem Mig-Mag, (aqui a carga horria de 80 horas). Neste treinamento est incluso a
preveno contra acidentes com eletricidade, cortes, queimaduras, queda de materiais, enfim... E
maneiras corretas e ergonmicas de efetuar a soldagem.
Quanto a marcas dos EPIs, existe no mercado uma infinidade de opes a disposio.
Soldagem por Exploso

Fernanda Laureti Thomaz da Silva e Luiz Gimenes Jnior
Histrico
Durante a 1 Guerra Mundial, era observado que partes metlicas de projteis
e de estilhaos quando colidiam com outras superfcies metlicas, em
determinadas circunstncias, eram soldadas. Porm, este processo, foi
relatado de forma cientfica somente em 1944, quando em um experimento foi
observado que dois discos metlicos ligados a um detonador, aps exploso,
foram soldados no estado slido e apresentaram uma interface ondulada. Em
1957, obteve-se a soldagem por exploso de uma chapa de Alumnio a um
perfil de ao. Ento, grande interesse foi despertado por este processo e
muitos pases comearam a pesquis-lo e a encontrar muitas aplicaes
industriais para a soldagem por exploso.
Descrio
A soldagem por exploso um processo de soldagem no estado slido que
obtido a partir da deformao plstica superficial dos metais ocorrida aps
coliso de uma pea acelerada, lanada em alta velocidade, contra outra
atravs da detonao calculada de um explosivo. Esta coliso muito violenta
e libera um jato metlico formado a partir do impacto pontual entre as partes
que sero soldadas. Este jato limpa a face do metal retirando sua pelcula
superficial, ele faz uma espcie de decapagem, liberando-as de xidos e
impurezas. Naquele instante as superfcies novas so fortemente comprimidas,
uma a outra, pela ao dos explosivos.
Fundamentos do processo
Este processo nos oferece duas configuraes bsicas, sendo a primeira, com
arranjo das placas em paralelo, produz um caldeamento constante, pois suas
condies so alteradas ao longo da soldagem; enquanto a segunda, com
arranjo utilizando um ngulo a pr-determinado entre as placas, produz um
caldeamento no constante, pois suas condies so alteradas
incessantemente at o trmino da soldagem. Nas placas em paralelo o anglo a
obtido na detonao pequeno, ento o fluxo do jato de metal ininterrupto e
a interface resultante praticamente plana, por isto esta configurao
chamada de regime laminar, mostrada na Figura EW 01.

Figura EW 01- Processo por Exploso em Paralelo
Nas placas preparadas em ngulo pr-determinado, o fluxo do jato de metal
lquido interrompido a todo momento quando sofre uma mudana de direo
e gira como um "rodamoinho", assim as ondas na interface vo sendo
formadas ao longo do caldeamento nos pontos de coliso. Esta configurao
chamada de regime turbulento, mostrado na Figura EW 02. A alta velocidade
do jato remove a pelcula superficial da placa base e da placa superior que
levada ao ponto de contato, onde as ondas sero formadas como que
rodamoinhos, a placa superior vai sendo lanada contra a placa base e a
soldagem obtida.

Figura EW 02 - Processo por Exploso em ngulo

Explosivos
Explosivos so produtos capazes de liberar, aps sua detonao, energia
potencial com instantnea liberao de gs que exerce alta presso nas reas
vizinhas. Normalmente possuem baixa resistncia a umidade e na detonao
apresentam fumos com algum grau de toxicidade.
Aplicaes
As aplicaes da soldagem por exploso variam de placas de grandes
dimenses at pequenos componentes eletrnicos. Sua maior aplicao
normalmente para o "clad" para chapas de at 6 metros de comprimento. As
maiores superfcies at agora soldadas por detonao tm at 40 m
2
.
Normalmente as placas superiores, de menor espessura, so utilizadas em
lugares que necessitem de resistncia corroso. Este processo tambm
utilizado na fabricao de materiais compsitos, soldagens de tubos em
espelho em trocadores de calor, chapas cladeadas para as indstrias qumica,
petroqumica, alimentcia, Papel e Celulose; e em reatores nucleares. Distingui-
se principalmente ao revestimento de grandes superfcies: chapas inoxidveis
em chapas de ao carbono e Baixa liga; Nquel, Alumnio, Titnio, Tntalo
sobre ao ou cobre com alumnio, porm todos os materiais acima descritos
podem ser solados entre si.
Variveis
A velocidade de coliso, ngulo de coliso, quantidade e distribuio do
explosivo so importantes variveis deste processo e um dos fatores utilizados
para definio destas variveis a espessura das placas envolvidas.
Vantagens
rpido (se obtem uma junta em 10-6 seg)
A camada de intermetlicos gerada muito pequena
No necessria rgida limpeza das superfcies (exceto a carepa em chapas de ao laminadas a
quente)
No h necessidade de investimento com equipamentos
Desvantagens
Para aos Carbono e baixa liga as superfcies sofrem endurecimento, sendo necessrio um alvio
de tenses posterior.
H necessidade de se ter um local adequado e distante dos grandes centros para a execuo do
processo.
perigoso.
Em todos os pases, os explosivos tem transporte, mercado, uso e
armazenamento controlado, o que dificulta a implantao do processo. No
Brasil este controle exercido pelas Foras Armadas.
Bibliografia
Welding and Metal Fabrication - October 1969.
ASM Handbook , vol 6 Welding, Soldering and Brazing.
Welding Handbook - AWS 8 edition Vol 2
Tecnologia de Soldagem. Coord. Paulo V. Marques
Soldadura & Construo Metlica - julho 1983. artigo: "Aspectos bsicos da
soldadura por exploso" de Jorge Paes Mamede e Orlando Correia de Matos.
Curso de Especializao para Engenheiros na rea de soldagem. Processos
Especiais de Soldagem. FBTS - SENAI-RJ 1995. Luiz Gimenes jr. e Marcos
Antonio Tremonti
Laser
Prof. Luiz Gimenes Jr. e Eng Jos Pinto Ramalho
O nome LASER a abreviatura da descrio do processo em ingls: Light
Amplification by Stimulated Emission of Radiation. Em uma traduo livre para
o portugus podemos dizer que seria: Amplificao da luz atravs da emisso
estimulada de radiao. Os primeiros trabalhos de pesquisa que conduziram
inveno do feixe de laser foram realizados por Albert Einstein e datam de
1917, versam sobre os fenmenos fsicos de emisso espontnea e estimulada
subjacentes ao funcionamento do laser. Townes confirmou experimentalmente
em 1954 o fenmeno atravs da aplicao da emisso estimulada
amplificao de ondas ultracurtas.
O primeiro LASER, um slido de rubi, excitado por uma lmpada fluorescente
de vapor de mercrio e filamento helicoidal, foi construdo em 1960 por
Maimann. Poucos meses depois os Laboratrios da AT&T Bell desenvolveram
um laser gasoso de He-Ne, e somente alguns anos depois surgiria um LASER
de CO2. O feixe LASER se propaga no ar com pouca divergncia, orientando-
se por ticas sem perder ou alterar suas caractersticas fsicas, fato este que
impulsionou seu desenvolvimento. Existem hoje vrios tipos, indo do slido ao
gasoso, com comprimentos de onda na faixa do Infravermelho (IF) at o
Ultravioleta (UV).
Em uma rpida definio, podemos dizer que o LASER um dispositivo que
produz um feixe de radiao. Ao contrrio do que se pensa, o que torna este
processo altamente interessante no a quantidade de radiao emitida, e sim
a qualidade desta. Devido a qualidade da radiao LASER, sua utilizao em
soldagem possibilitar a obteno de determinadas caractersticas impossveis
de se obter com outros processos. Entre estas caractersticas podemos citar:
Elevadssimas velocidades de soldagem;
Ausncias de contato entre a fonte de calor e a pea a soldar;
Baixa entrega trmica, distoro e ZTA.
Eletrodo Revestido
Prof. Luiz Gimenes Jr. e Eng Jos Pinto Ramalho
O processo de soldagem por arco eltrico com eletrodo revestido consiste,
basicamente, na abertura e manuteno de um arco eltrico entre o eletrodo
revestido e a pea a ser soldada. O arco funde simultaneamente o eletrodo e a
pea. O metal fundido do eletrodo transferido para a pea, formando uma
poa fundida que protegida da atmosfera (O2 e N2) pelos gases de
combusto do revestimento. O metal depositado e as gotas do metal fundido
que so ejetadas, recebem uma proteo adicional atravs do banho de
escria, que formada pela queima de alguns componentes do revestimento.
Fundamentos do Processo: A menos que se solde em uma cmara de vcuo, o
que impensvel devido ao custo, todos os processos de soldagem por arco
eltrico precisam de algum tipo de proteo para evitar contaminaes da
atmosfera. No caso do processo de soldagem aqui estudado, ser o
revestimento dos eletrodos que, entre outras coisas, produzir uma proteo
gasosa atravs de sua queima. Antes do estudo propriamente dos
revestimentos e suas funes, so apresentados os inconvenientes da
soldagem com arames sem revestimento (e sem proteo gasosa).
Um eletrodo sem revestimento e sem nenhum outro tipo de proteo, aps sua
fuso perde parte de seus elementos e deposita um metal nitretado e oxidado,
cujo valor das propriedades mecnicas sero relativamente inferiores as das
chapas de ao doce. Estes dois elementos qumicos (Nitrognio e Oxignio),
so os principais para influenciar a deteriorao das propriedades, e so
detalhados a seguir:
Oxignio: provado que, durante a fuso de um eletrodo sem revestimento, a maior parte do
Carbono e do Mangans contidos no ao do eletrodo, so queimados durante a operao de
soldagem, o que naturalmente ir influenciar as propriedades mecnicas do metal depositado, j
que as propriedades de um ao dependem basicamente, do seu teor de Carbono e Mangans. O
Carbono transforma-se em xido de Carbono (CO), e em dixido de Carbono (CO2), enquanto o
Mangans, transforma-se em xido de Mangans (Mn3O4). O Silcio, extremamente vido pelo
Oxignio, queima-se igualmente, dando origem a uma escria de slica (SiO2). Numerosos
ensaios permitem concluir que a fuso de um eletrodo sem revestimento e sem a adio de
nenhum outro tipo de proteo, provoca uma forte oxidao do Carbono, Mangans e Silcio.
Outras reaes qumicas so menos importantes. Os teores de Enxofre (S) e de Fsforo (P),
variam pouco.
importante salientar que, os fenmenos de oxidao dependem
basicamente das condies operatrias e do comprimento do arco. Um
arco longo (tenso elevada) conduzir a reaes de oxidao mais
importantes do que um arco curto. Alm disto, as caractersticas da fonte
de alimentao eltrica (corrente contnua ou alternada), desde que
forneam condies para um arco estvel, no tero grande influncia
sobre estes fenmenos. Aqui vale a pena destacar que no possvel
soldar com eletrodo sem revestimento em corrente alternada com as
fontes de soldagem convencionais, a menos que se recorra a uma
ionizao artificial, atravs de uma fasca piloto.
Alm destas reaes qumicas, o Oxignio do ar pode ter uma ao
direta sobre o Ferro. Ele pode, durante a sua transferncia para o metal
de base e ao nvel do banho de fuso, formar sobre as gotas uma
pelcula de xidos. Este xido formado tem a solubilidade muito baixa
(0,05%) no metal. As partculas de xido sero postas em evidncia em
metalografia, devido a precipitarem entre os cristais sobre a forma de
FeO quando o gro saturado de xido. O Oxignio dissolvido no ao
sob a forma de xido, muito difcil de dosar pelos mtodos de anlise
tradicionais.
Nitrognio: Embora nas operaes normais o Nitrognio no tenha grande afinidade com o
Ferro, nas altas temperaturas do arco eltrico h a possibilidade de formao de nitrato de Ferro.
Mesmo que, a quantidade deste nitrato formado seja normalmente muito pequena, ele tem graves
conseqncias porque tornar a solda frgil, diminuindo a resilincia do metal depositado.
O Nitrognio combinado, difcil de identificar principalmente porque
no aparece sobre a forma de nitrato, e sim sob a falsa aparncia de
perlita no identificvel ao microscpio. Diversos trabalhos mostram que
a presena destes nitratos aumenta substancialmente a dureza,
aumenta em menor quantidade a resistncia trao, mas diminui
rapidamente o alongamento a ruptura e a estrico, a resistncia
fadiga e a resilincia. Em suma, quando o teor de Nitrognio ultrapassa
o valor de 0,03% h uma diminuio nos valores das propriedades
mecnicas.


Fluxograma NR 18 - Condies e Meio Ambiente de trabalho na Indstria da
Construo


Fonte: Belgo Siderurgia S.A. - Trefilaria de So Paulo - Equipe de Segurana
do Trabalho, coordenada pela Engenheira de Segurana do Trabalho Luci
Amaral de Oliveira.

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