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Introdução A História Do Baixo Contínuo

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Introduo a Histria do Baixo Contnuo Introduo Este trabalho pretende expor ao leitor um pouco da histria de uma estrutura musical

que foi base de toda a teoria e composio musical at aproximadamente 1800. Esta estrutura chama-se baixo contnuo, teve incio no sculo XVI e s perdeu terreno no final do sculo XVIII, devido a mudanas de concepes musicais. A histria da msica uma sucesso de negaes a perodos anteriores, e ao negarem a concepo composicional barroca, no incio do classicismo, tanto a teoria do baixo contnuo, como a improvisao, at ento muito utilizada, tiveram grande declnio. A meu ver, o baixo contnuo uma forma to ou mais eficiente de se analisar msicas quanto as outras teorias harmnicas. Em certas teorias harmnicas como a harmonia funcional e tradicional, h diversas falhas e incoerncias analticas (como por exemplo acordes sem fundamental, acordes em segunda inverso com quinta no baixo, etc.). Problemas como estes seriam de fcil resoluo numa anlise a partir do baixo contnuo, teoria que s lida com os intervalos entre as notas. Alem disso, a execuo do baixo continuo ao teclado muito importante para regentes, pois alm de desenvolver raciocnio musical, percepo, harmonia e contraponto, entre outros, facilita o estudo de partituras (ajuda no aprendizado de leitura de grades, to essencial para a profisso). No quinto item do trabalho falarei um pouco sobre tcnicas de execuo. Este item, como todos deste trabalho, no pretende ser completo, atentando para apenas alguns aspectos numa imensido de obras e compositores da poca. Para um melhor entendimento do trabalho, escrevi um apndice explicando algumas questes tericas bsicas do baixo contnuo. 1. Definies Primeiramente, antes de apresentar minha definio, gostaria de citar trs definies de compositores barrocos que lidaram amplamente com o aprendizado e a tcnica do baixo contnuo. importante que saibamos a opinio de pessoas da poca, pois so as que mais tinham contato com a prtica musical vigente. Comecemos por Johann Mattheson (1681-1764), organista, cravista, cantor, compositor e escritor musical alemo. Em seu mtodo de baixo contnuo, Grosse Generalbassschule, Mattheson escreve a seguinte definio (1735)1[1]:

( O baixo contnuo ) Nada mais do que um baixo com figuras que indicam uma harmonia. De acordo com as figuras devero ser executados ao cravo acordes de quatro notas. Passemos agora a definio de Johann David Heinichen (1683-1729), compositor alemo, em sua obra Der Generalbass in der Komposition (1728):

Nenhum entendedor de msica pode negar que o baixo contnuo um dos mais fundamentais e importantes pontos do conhecimento musical, depois da composio. Alis, o baixo contnuo muitas vezes mistura-se composio musical. A execuo do baixo contnuo no nada mais do que uma composio de quatro vozes a partir de um baixo dado. Para encerrar, observemos a opinio de Johann Sebastian Bach (1685-1750) sobre o assunto:

O baixo contnuo a estrutura fundamental da msica e executado com ambas as mos, de modo que a mo esquerda toque as notas escritas e a mo direita toque notas consonantes ou dissonantes s outras. Isto deve formar uma harmonia agradvel para a glria de Deus e o descanso do esprito. Fazendo uma pequena anlise das definies, conclumos que a primeira aborda o contnuo de uma maneira mais prtica (execuo de harmonias a partir de figuras), e no fala nada sobre ornamentao. J a segunda mostra um aspecto importante da educao musical da poca: o baixo contnuo era considerado vital para a aprendizagem musical e principalmente para a composio musical (todos os grandes compositores do perodo barroco, clssico e at romntico tiveram o baixo contnuo como base de seu aprendizado musical). Bach j tem uma definio ligada teoria dos afetos, uma viso mais filosfica predominante no perodo barroco ("descansar o esprito"). O baixo contnuo consiste numa linha de baixo que podendo ou no ser figurada evidencia ao executante a harmonia a ser executada (e improvisada). As trs questes mais importantes que dizem respeito histria e tcnica de execuo so as seguintes: 1) 1) Por qu, como e onde esta tcnica comeou? 2) 2) Quais so as harmonias grafadas e como o executante deve interpret-las? 3) 3) O executante deve tocar sozinho ou acompanhado por outros instrumentos? Se acompanhado, por quais? A prtica do baixo contnuo no envolve apenas questes que concernem interpretao e ao estilo histrico, mas envolve outros tpicos do conhecimento musical, como orquestrao, improvisao, regncia, contraponto e harmonia.

O termo baixo contnuo deriva provavelmente do compositor L. da Viadana, que teve sua obra Cento concerti ecclesiastici ... con il basso contnuo publicada e divulgada por toda a Europa. Viadana escolheu o nome "contnuo" pois a linha fornecida ao acompanhamento no havia sido retirada da linha vocal dos baixos (como era de costume), mas sim era uma linha independente que percorria toda a composies sem interrupes. Origem O baixo contnuo tem seu surgimento diretamente ligado ao renascimento e busca de antigas teorias gregas, nas quais, como afirmavam os tericos renascentistas, havia a predominncia de um solista acompanhado por um instrumento. A prtica de contnuo provavelmente comeou a se desenvolver na msica secular italiana no incio do sculo XVI, vindo a ecoar na msica sacra apenas no final do sculo. Dois fatores principais foram essenciais ao surgimento do contnuo: Renascimento da monodia acompanhada2[1]

1) 1)

Na idade mdia e incio de renascimento era mais relevante numa composio musical a igualdade entre as vozes e a complexidade contrapontstica. J no renascimento tardio/ incio do barroco h uma grande valorizao da monodia acompanhada, que seria derivada da prtica musical grega. O baixo contnuo seria ento o acompanhamento desta monodia, inicialmente realizado em instrumentos da famlia dos alades (chitarrone, teorba) e posteriormente em instrumentos de teclado (cravo, rgo, regal3[2]).

2) 2)

Praticidade

A maioria das canes acompanhadas no sculo XVI vinha com um acompanhamento a quatro vozes, como se todas as vozes do coro estivessem concentradas em um s instrumento. No entanto, a execuo nem sempre era possvel, pois havia instrumentos acompanhantes de vrias naturezas, como instrumentos de cordas dedilhadas (alade, chitarrone, ctara, harpa, lira) e de teclado. A execuo das quatro vozes tambm j no era mais importante, pois a importncia maior estava na melodia solista. Para que estes problemas fossem solucionados criou-se um sistema mais simples e eficaz para os acompanhamentos.

Alm disso houve um grande aumento na produo musical, de modo que a maioria das cortes possuia um certo nmero de msicos profissionais e um rgo. O desenvolvimento do contnuo ofereceu uma maior praticidade musical nas seguintes funes: a) a) b) b) segurar a afinao de coros; substituir instrumentos originalmente especificados pelo compositor para

uma performance em outro local (dependendo da acstica de cada local, o que variava muito); c) c) substituir cantores por vozes instrumentais; na falta de um cantor sua voz

seria executada ao rgo; d) d) substituir inteiramente um coro (celebraes menores, impossibilidade da

presena do corpo musical). Havia tambm um problema em relao aos organistas: possuiam uma linguagem prpria de notao (tablatura) de modo que todos os acompanhamentos deveriam ser transcritos para esta linguagem. O baixo contnuo eliminou esta transcrio e poupou os organistas de possuirem vrias colees de transcries para rgo. As trs primeiras publicaes de baixos cifrados, isto , que possuem cifras explicando diretrizes para o acompanhamento, ocorreram entre outubro de 1600 e fevereiro de 1601, e so as seguintes: Rappresentatione di Anima et di Corpo, de Emilio de Cavalieri4[3], Euridice, de Giulio Caccini5[4], e Euridice, de Jaccopo Peri6[5]. No incio no havia cifragem dos baixos; a tcnica s comeou a ser amplamente utilizada a partir de 1610 (mesmo aps a popularizao da tcnica, os compositores continuaram a grafar de uma forma incompleta). Anteriormente possuamos apenas bemis e sustenidos7[6] alterando a natureza do acorde. tambm provvel que a tcnica de cifragem seja tambm alguns anos anterior a 1600, pois foram encontrados alguns manuscritos de Caccini que j

possuiam este tipo de notao. Vale ressaltar que os trs compositores pertenciam Camerata Fiorentina, de modo que o mtodo de cifragem pode ter sado desta academia de eruditos. 1. Desenvolvimento Os tratados de contraponto do sculo XVI classificam os intervalos como nmeros; destes nmeros vem a cifragem do baixo contnuo, que designam que intervalos devem ser executados a partir da nota de baixo dada. Nas primeiras peas cifradas h uma grande dificuldade na recomposio das harmonias devido a grande impreciso na grafia por parte dos compositores e devido a variaes de significados de regio para regio. Canes para contnuo de compositores como Purcell e Cavalli foram arranjadas por eles prprios para vozes e cordas e o resultado revela o quo distante estava a grafia da real inteno harmnica do compositor. H tambm confuses entre 6 e b, pois so smbolos parecidos e usualmente grafados sem cuidado, de modo que pode haver muita confuso nestes casos.8[1] H dois principais problemas na reconstituio dos baixos do primeiro perodo: 1) Em algumas situaes onde ocorrem determinadas cadncias, no houve uma especificao grafada pelo compositor. Certas cadncias eram "frmulas" pr estabelecidas na poca que deveriam ser conhecidas pelo msico executante. Nos trechos musicais em que ocorriam estas frmulas, os compositores no se preocupavam em notar algo, pois o intrprete j saberia solucionar este problema.9[2] Cabe a ns entender quais eram estas frmulas pr-estabelecidas estudando os tratados da poca. Este problema ocorre no Vespro della Beata Vergine, de Monteverdi. 2) De acordo com a prtica composicional da poca, havia tambm uma busca pela contradio do bvio, de forma que certas cadncias eram alteradas a fim de criar uma quebra maior da homogeneidade na composio. Isto tambm era comum em Monteverdi.

Outro fato importante o de que inicialmente os compositores especificavam a oitava em que o intervalo deveria ser executado (por exemplo, havia diferena entre 11 e 4, havia smbolos como 13, 15, etc.). Esta prtica caiu em desuso ao longo do tempo. Em relao aos tratados, podemos dizer que foram decisivos para a difuso da tcnica do baixo contnuo por toda a Europa. Um dos tratados que ajudou nesta difuso, principalmente na Alemanha, foi o Syntagma Musicum de Michel Praetorius. Em seu tratado, Praetorius, que tomara conhecimento de muitos autores italianos, citou um prefcio de B. Strozzi defendendo que o baixo cifrado poderia dar a oportunidade a organistas de executarem motetos de Palestrina de uma forma que o ouvinte no percebesse a utilizao de uma notao diferente da tablatura (considerada at ento a notao mais perfeita para rgo). Vale lembrar que a substituio da tablatura pelo contnuo teve certa resistncia, principalmente na Alemanha, onde perdurou at aproximadamente 1700. Outro fator importante defendido pelos tericos o de que a prtica de contnuo poderia empobrecer o conhecimento musical, principalmente dos executantes, que acabariam apenas lendo as cifras sem entender as razes especficas da execuo de cada acorde.10[3] Alm disso, a medida que o tempo passava, os tratados passaram a transmitir no mais apenas a forma de interpretao da harmonia mas diretrizes calculadas para improvisaes contrapontsticas coerentes. Apesar da ampla divulgao, por volta de 1675 o contnuo s estava completamente difundido na Itlia; na Alemanha a prtica estava apenas em grandes cortes e capelas; j na Frana e Inglaterra s estava disponvel nas capitais. Havia certa resistncia na adoo da tcnica por parte de alguns compositores como Heinrich Schtz, que s escrevia partes de contnuo a pedido do escritor, e o prprio Michel Praetorius, que apesar de divulgar a tcnica em seu tratado, no apreciava escrever partes especficas cifradas. No final do sculo XVII estabeleceu-se o grupo instrumental mais comum para a execuo do baixo contnuo: um instrumento de teclado (cravo e rgo, o cravo mais ligado a recitativos e o rgo mais ligado msica sacra) acrescido de uma viola da gamba baixo ou um violoncelo. Apesar disso, h excees, como as sonatas de Arcangelo Corelli, que requisitam o

alade alm do rgo (formao muito recomendada anteriormente por Monteverdi). Nas casas de pera ainda havia uma grande quantidade de instrumentos, aos quais era delegada a obrigao de acompanhar os cantores de forma mais adequada. Cabia ento ao cravista a funo de improvisador, enquanto os outros instrumentos seguravam a harmonia. J na primeira metade do sculo XVIII criado um gnero muito importante, que pode ter tido uma grande contribuio no declnio da tcnica do baixo contnuo: a sonata obbligato. O maior exemplo a srie de sonatas compostas por Bach para flauta e cravo, cuja voz superior da parte de cravo era uma voz independente.11[4] Esta voz freqentemente responde e se contrape s melodias do solista.12[5] Apesar das sonatas obbligato contriburem no declnio da tcnica do contnuo, elas possuem um grande papel na reconstituio da tcnica de improvisao da poca, de modo que oferecem muitas resolues de problemas relativos execuo de baixo contnuo na msica de Bach.13[6] Na 1 metade do sculo XVIII j podemos observar um declnio da tcnica, pelo fato dos compositores entenderem que j no era mais necessrio um instrumento de teclado para acompanhar quaisquer formaes instrumentais. As obras que ainda utilizavam contnuo possuam com freqncia a inscrio tasto solo, que significava a excluso do instrumento de teclado durante determinado texto. Muitas obras permaneciam quase inteiramente em tasto solo. Ainda h, no entanto, algumas obras para contnuo durante este perodo e um dos principais compositores desta fase foi Mozart, que em suas missas escrevia partes de contnuo, na maioria das vezes extremamente complexas. Apesar da complexidade, o contnuo desta poca no possuia a mesma funo barroca, ficando muitas vezes ocultado por outros instrumentos. Por causa da complexidade (havia muita grafia) o contnuo no tem a mesma conotao improvisativa dos perodos anteriores. Alem disso havia os concertos para piano nos quais Mozart pedia ao solista (inscrio col basso) que durante os tuttis tocasse com a orquestra,

prtica comum na poca. Era comum tambm em concertos que o solista comandasse a orquestra, sendo o contnuo uma forma de coordenao da de todos os msicos14[7]. Instrumentos Neste item abordarei a orquestrao do contnuo, isto , quais foram os instrumentos utilizados ao longo do tempo. Primeiramente falaremos sobre a msica sacra, na qual o rgo foi predominante. Este instrumento foi o principal acompanhante das funes litrgicas da igreja. Alguns rgos possuiam tambm um jogo de cordas de cravo para o organista utilizar durante os recitativos. Em alguns locais no era permitido que se tocasse rgo durante a quaresma. H tambm alguns estudos sobre a utilizao da harpa nas funes litrgicas, sobretudo nos pases da Pennsula Ibrica.15[1] Em relao a registrao do rgo, podemos dizer que foi um tema sempre muito controverso, pois compositores e tratadistas da mesma poca possuiam idias e opinies bem diferentes. Compositores e tratadistas como Gasparini, Viadana e Praetorius afirmavam que no se deveria acrescentar registros mas sim quantidade de vozes. J Monteverdi recomenda na execuo do Vespro della Beata Vergine que sejam utilizadas trs registraes16[2] distintas para o rgo:

1) 2) 3)

Principale - um principal de 8 ps; Intermediria - Principal 8' 4' 2'; Organo Pleno - todos os registros de Principal mais as misturas.

Alguns tratadistas, como Mattheson (1721), C. P. E. Bach (1762) e Adlung (1763), falam em seus tratados que o organista deve executar toda a voz do baixo na pedaleira, acrescentando 16'. Se no fosse possvel a execuo na pedaleira devido a dificuldade do trecho, o organista deveria acrescentar um 16' ps no manual. Como se pode observar, uma viso muito mais tardia e de um carter mais romntico (quanto mais som, melhor).17[3] No entanto, prefervel que o organista escolha algo mais suave que o principal, como flautas e bordes18[4]. Principais so muito sonoros para a execuo do contnuo, cuja funo acompanhante e no solista. Para partes solenes o organista deve utilizar registros de 8, 4 e 2 ps, enquanto que para trechos com menor volume deve utilizar apenas 8 ps. A registrao depende muito tambm da acstica da sala (sala mais secas necessitam de mais registros) e do nmero de instrumentistas e cantores acompanhados pelo rgo: quanto maior, mais registros. Para trechos que possuam partes alternadas de tutti e solo o organista deve preparar dois teclados com registraes distintas: uma mais forte e uma piano. O cravo outro instrumento de destaque na instrumentao de contnuo, Cravos com alguns registros e dois teclados tm a possibilidade de alterao de dinmica. O cravo foi amplamente utilizado nas funes de contnuo, principalmente em obras com carter mais recitativo. Quase todo o repertrio de contnuo foi composto para ser executado neste instrumento19[5]. Sempre houve uma grande variedade de instrumentos acompanhantes, mais a combinao principal estabilizou-se em um instrumento de teclado e um instrumento de cordas friccionadas numa tessitura grave (gamba baixo ou cello). Um ponto importante a ser ressaltado a famlia dos instrumentos de cordas dedilhadas. Instrumentos como alade, chitarrone, ctara, harpa, tiveram grande importncia no

desenvolvimento da tcnica. Em certas peas o regente, possuindo trs instrumentos executantes de contnuo diferentes como um rgo, um cravo e um chitarrone, pode lidar com a instrumentao diminuindo ou aumentando o volume do acompanhamento (para trechos em piano, apenas o chitarrone; para trechos mais fortes os trs instrumentos). Temos alguns outros instrumentos acompanhantes e executantes de contnuo principalmente na msica profana, tais como fagote, sacabuxa e regal. necessrio tambm dizer que o piano foi (e ) um costumeiro executante de contnuo, principalmente em apresentaes modernas que no tm preocupao em fidelidade partitura. Para encerrar este item, gostaria de salientar a importncia da orquestrao de contnuo nas apresentaes de msica barroca. Como j disse anteriormente, o regente, desde que possua alguns instrumentistas de contnuo, deve saber lidar com este artifcios para o embelezamento da obra. de praxe que o rgo seja utilizados para as partes de coro e orquestra, enquanto os recitativos so acompanhados pelo cravo; no entanto, h muitas combinaes possveis que podem ser utilizadas pelos regentes

Lodovico Grossi da Viadana (geralmente Lodovico Viadana, embora seu nome de famlia era Grossi, c. 1560 - 2 de Maio 1627) foi um italiano compositor, professor e franciscano frei da Ordem dos Menores Observants . Ele foi a primeira figura significativa para fazer uso da nova tcnica desenvolvida de baixo cifrado , um dos dispositivos musical que foi para definir o fim da Renascena e incio do Barroco na msica eras.

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