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Émile Durkeim

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mile Durkeim - Karl Marx - Max Weber - Cultura e Sociedade

CULTURA E SOCIEDADE MILE DURKEIM (1858-1917 ) mile Durkeim, francs, um dos fundadores da sociologia moderna, utilizou mtodos cientficos para realizar o estudo dos grupos sociais. Para ele, todos os problemas que atingiam a sociedade seria de natureza moral, ou seja, as desigualdades sociais e econmicas no teriam origem por meio do capitalismo. Era necessrio, resgatar a moralidade das relaes de trabalho, essa sociologia seria uma espcie de biologia social, com finalidade de estudar a sociedade e como poderia sanar os problemas. Os fatos sociais possuem trs caractersticas: - Coercitivo, que exterior e que esteja generalizado. Durkeim afirma que os fatos sociais so aqueles que exercem determinada fora sobre os indivduos, obrigando-os a adaptar-se s regras da sociedade em que vivem. Nem sempre utilizava a fora fsica. Interiorizao de normas e regras, que so socialmente construdas e que pensamos que so escolhas pessoais. -Exterioridade dos fatos sociais, os que atuam sobre os indivduos independentemente de sua vontade ou de sua adeso consciente; as regras sociais, os costumes, as leis, j existem antes do nascimento das pessoas, so elas impostas por mecanismo de coero social, como a educao. - Generalidade, os fatos sociais manifestam sua natureza coletiva ou um estado comum ao grupo, como as formas de habitao, de comunicao, os sentimentos e a moral Segundo Durkeim, sociedade comparada a um organismo vivo, como um corpo humano, onde composto por diferentes partes, cada qual com suas funo especfica mas dependendo umas das outras. Todas as partes trabalhariam unidas para a sade do corpo, que deveria estar integrado, em harmonia, em ordem , para que pudesse haver o desenvolvimento, ou seja, o progresso. Podendo ficar doente, significa que algum rgo no est funcionando, compromete o funcionamento de todo o corpo. Da mesma forma seria com a sociedade, a esse estado ele chama de doena social ou anomia, em que a sociedade se encontra sem leis e regras,permitindo a ocorrncia de inmeros conflitos de ordem moral, que deveriam ser superados, para que o estado de sade fosse recuperado.sociedade. Para Weber, a sociedade fruto das aes racionais dos indivduos, que fazem de forma consciente suas escolhas em todo campo de sua vida. Os indivduos so dotados de capacidade, de racionalidade, o que os capacita a exercer sua vontade pripria. Coloca os indivduos acima da sociedade, j que so eles que do vida sociedade, por meio da famlia, igreja ...

A ao social pode ser tambm uma omisso ou uma permisso, isso quer dizer, que ao social tudo a Esse contexto, o cientista social tem a responsabilidade de destacar o funcionamento normal da sociedade, identificando os sintomas da doena e indicando tratamento para a sociedade. Para ele, o estado comparado ao crebro , onde coordena as funes da sociedade em seu conjunto. Durkheim era otimista quanto a sociedade capitalista, segundo ele, estimularia a solidariedade. O capitalismo trazia um processo de crescente especializao do trabalho,onde as pessoas eram levadas a especializar-se numa rea ou num assunto, ele chamou de solidariedade orgnica, que garante a unio social, em lugar dos costumes, das tradies ou das relaes sociais estreitas. A partir dessa mudana, surge outro tipo de solidariedade : - mecnica, em que os indivduos se identificavam por meio da famlia, religio, tradio e dos costumes, permanecendo autnomos em relao diviso do trabalho social e at hoje ainda existe a solidariedade mecnica. Durkheim frisa a importncia da conscincia coletiva, independentemente a conscincia de cada um, haveria conscincia coletiva, garantindo a coeso social, ou seja, a unio. Isso se dar por punies estabelecidas pela sociedade. Durkheim considera a sociedade como um organismo vivo, o indivduo fora da sociedade seria como um rgo separado do corpo, no teria utilidade alguma. Para ele, o indivduo s tem valor se estiver ligado sociedade.

KARL MARX ( 1818 1883) Karl Marx, o seu nome est relacionado como comunistas, radical, socialista, entre outras. Difere da teoria de Durkheim , pois Marx era vinculados aos trabalhares e participava ativamente da luta proletria. Para Marx, o conhecimento poderia ser um instrumento na luta dos trabalhadores por mudanas na estrutura econmica capitalista, que era injusta e desigual. Implantou uma nova sociedade, inicialmente socialista e depois comunista. A preocupao central no era a implantao de uma sociedade comunista. Seria fruto da ao dos trabalhadores. Investigava e compreendia todos os detalhes da sociedade capitalista e transmitia essas informaes aos trabalhadores. Os proletrios e a burguesia se completam pois os trabalhadores vendem sua fora de trabalho e os capitalistas possuem os meios de produo. Segundo Marx essa relao ocultaria um conflito, pois essas classes possuiriam interesses opostos, ele chamou esse conflito como luta de classes.

A produo das mercadorias coletiva, isto , realizada pela maioria da populao. Com isso, apropriao das riquezas dessas mercadorias passa a ser privada, ficando apenas com uma pequena parte da populao. Segundo Marx, no capitalismo o trabalhador perde a autonomia do processo produtivo, passa a ser submissos a administradores, principalmente a partir de modernas mquinas , Marx chama de alienao. Conseqncia da diviso do trabalho, a alienao produz o fetiche da mercadoria, como se a mercadoria tivesse vida prpria. O fetiche ocultaria a principal caracterstica, que ser fruto do trabalho humano. Na teoria de Marx predomina o de mais valia, significa que o capitalista no paga ao trabalhador por tudo que ele produz, apenas o suficiente para mant-lo vivo. Com isso os donos de negcios ficam mais ricos e os trabalhadores cada vez mais pobre. Muita desigualdade nas negociaes entre capitalistas e proletrios, por meio de ao poltica da classe trabalhadora, seria a classe que poderia opor-se ao capitalismo, implantando uma nova sociedade comunismo. Os trabalhadores passa a se organizar em sindicatos com objetivo de defender os interesses dos trabalhadores. Para Marx, o trabalho fundamental para o homem enquanto ser social. Criou uma educao politcnica , onde inclua a educao fsica. Com essa educao possibilitaria que o indivduo tivesse uma leitura ampla e transformadora, um individuo crtico.

MAX WEBER ( 1864-1920) Weber produz uma sociologia compreensiva, preocupa-se com compreenso das atitudes dos indivduos na quilo que o individuo faz, orientando-se pela ao dos outros. Alguns tipos de ao social : - Ao tradicional determinada por tradies e costumes; - Ao afetiva, o individuo age de acordo com suas emoes imediatas, por exemplo, vingana, desespero, entusiasmo... Quando magoa outra pessoa, agiu sem pensar. - Ao racional com relao a fins, quando colocado um objetivo a ser atingido e para isso necessrio recorrer aos meios disponveis; -Ao racional em relao a valores determinada pela crena num valor considerado importante. Weber concebe a sociedade composta por diferentes esferas, a econmica, a religio,

poltica, jurdica, social, cultura cada uma delas funcionando de maneira autnoma e desligada das demais. O conhecimento ser sempre limitado. Weber se destacou na poltica, ele identificou trs tipos bsicos de denominao legtima: - a denominao legal, a obedincia se baseia na observao de estatuto , leis, normas; - a denominao tradicional, obedincia em virtude da crena na santidade, exemplo, dominao dos pais em relao aos filhos; - a denominao carismtica que se baseia no carisma do lder. Outra teoria de Weber a interpretao que ele faz da consolidao do modo capitalista. Em sua investigao, ele identificou que a reforma protestante desenvolveu e favoreceu a acumulao capitalista. Max Weber preocupava com a crescente burocratizao da sociedade capitalista moderna. Foi necessrio aumentar regulamentos e normas para serem obedecidas devido o aumento da sociedade. E que essas leis no devem ser definitivas, pode modificar no decorrer da histria.

Referncias: - Apostila - Enciclopdia - Dicionrio Aurlio

Concluso: Foi importante a pesquisa, a elaborao desse trabalho, onde descobri o papel de cada um deles para a nossa sociedade. Durkheim acreditava que os indivduos so o produto de foras sociais complexas e no podem ser entendidos fora do contexto social em que vivem. Formulou o termo conscincia coletiva para descrever o carter de uma sociedade partculas. De acordo com Durkheim, esta conscincia coletiva difere totalmente das conscincias individuais que a formam. Karl Marx, transformou radicalmente a sociedade capitalista, dividindo em duas classes: trabalhadores e capitalista. Para Marx, o trabalho fundamental para o homem enquanto ser social. Lutou a favor dos trabalhadores, onde suregiu os sindicatos e partidos polticos. Transformou a educao, criando a educao politcnica, onde inclua a educao fsica. Com essa educao possibilitaria que o indivduo tivesse uma leitura ampla e transformaria esse indivduo crtico. Max Weber, acreditava que a famlia, a escola tem responsabilidade de formar os indivduos, podendo manter a ordem social. Essa a educao racional, onde prepara o homem para viver em ordem dentro da sociedade. A educao para Weber no est vinculada como formao integral, mas uma educao como treinamento para habilitar o indivduo a realizao de cada tarefa especfica.

Os estudos de Durkheim.
Para entender a histria... ISSN 2179-4111. Ano 2, Volume mar., Srie 21/03, 2011, p.01-07.

Apesar de Comte ser considerado o pai da sociologia, a participao de mile Durkheim (18581917) no foi menor.

Ele foi responsvel pela introduo da rea nos currculos das universidades, quando se tornou de fato uma disciplina reconhecida como cientifica. Escreveu vrias obras e pesquisou temas diversos, incluindo o estudo sobre o suicdio, dentre as quais podemos destacar: Da diviso social do trabalho. As regras do mtodo sociolgico. O suicdio. Formas elementares da vida religiosa. Educao e Sociologia.

Os fatos sociais. Na obra As regras do mtodo sociolgico, Durkheim definiu o objeto de estudo da sociologia como os fatos sociais. Um fato social, que no deve ser confundido com um padro social, seria um acontecimento ou ao relevante para o funcionamento da sociedade. O fato social seria determinado pela coero social, fazendo os indivduos se conformarem com as regras impostas pela sociedade, independente de sua vontade.

O grau de coero dos fatos sociais seria determinado pelas sanes, os impedimentos que o individuo est sujeito quando tenta se rebelar contra a coero.

Neste sentido, as sanes seriam legais ou espontneas.

Sanes legais so aquelas impostas pela sociedade atravs das leis, colocando penalidades institucionalizadas aos infratores. Quando um indivduo comete um ato considerado criminoso, ele nada mais faz que infringir uma regra imposta pela sociedade e transformada em lei.

Sanes espontneas so impostas pela estrutura do grupo ao qual o individuo pertence ou pela sociedade como um todo, isolando o individuo e conduzindo ao suicdio no seu extremo. Neste caso, no precisam existir nem ao menos regras explicitas de convivncia, basta que fique subentendido, por exemplo, que para pertencer a determinado grupo, o individuo deve se vestir de determinada maneira. O simples fato de se vestir diferente ou no falar as mesmas grias gera o isolamento do infrator. Portanto, o fato social o registro do comportamento que imposto pela coletividade, podendo ou no constituir um padro. Embora, com o tempo, um fato social repetido constantemente conduza a formao de um padro social. Dentro deste contexto, a educao age como elemento de coero, tanto na variante formal como informal, internalizando e transformando regras e hbitos, interferindo na formao de padres sociais.

A crtica ao positivismo. Apesar de Durkheim, nos seus estudos iniciais, seja identificado como positivista; aps identificar os fatos sociais, procurou definir o mtodo de conhecimento da sociologia. Ao faz-lo estabeleceu uma critica ao positivismo, mantendo, contudo, caractersticas muito prximas a metodologia desenvolvida por Comte. Para Durkheim, a explicao cientifica exige que o pesquisador mantenha distncia e neutralidade em relao aos fatos, deixando de lado a afetividade e os valores particulares.

O socilogo deveria abraar a objetividade em sua anlise.

Caractersticas que, na concepo de Durkheim, o positivismo no tinha, j que a tendncia defendia um envolvimento do pesquisador com seu objeto de estudo para manipular os padres sociais. Entretanto, semelhante ao positivismo, Durkheim reafirmou a idia de que a metodologia sociolgica deveria englobar a medio, observao e comparao. A sociologia deveria identificar os acontecimentos gerais e repetitivos relevantes para o entendimento da sociedade, ou seja, os fatos sociais.

A sociedade como organismo vivo. Semelhante a Comte, Durkheim achava que a finalidade da sociologia seria encontrar solues para os problemas verificados na vida social. Para ele, a sociedade funcionaria como um organismo vivo, apresentando estados normais (saudveis) e patolgicos (doentios).

Diferente do positivismo, Durkheim no pensava em impor ordem sociedade, j que a organizao estrutural da sociedade seria natural, funcionando ordenadamente por si s. neste sentido que a sociedade funciona como um organismo vivo, onde, semelhante aos rgos, cada funo social depende das outras para existir. O que faz a conscincia individual dar lugar a conscincia coletiva que, por sua vez, gera os padres sociais.

Esta concepo originou a Teoria Funcional, segundo a qual, funcionando a sociedade como uma mquina, as engrenagens defeituosas devem ser excludas da sociedade, sendo substitudas por novas peas. Em outras palavras, em concordncia com o sistema capitalista, o funcionalismo afirma que os indivduos que no se encaixam devem ser excludos da sociedade, para isto existe o sistema judicirio e penitencirio. Dentro deste contexto, Durkheim pensou em estgios de evoluo social, definindo as sociedades como inferiores ou superiores.

Tendo evoludo a partir da horda, a forma mais simples e igualitria de organizao, a sociedade pr-capitalista teria sido organizada atravs da solidariedade mecnica. A dita solidariedade mecnica constituda pela coero exercida pela famlia, religio e tradio dos costumes, formando a conscincia coletiva. O individuo seria compelido a se comportar em concordncia com que o grupo espera dele simplesmente pela presso exercida por aqueles prximos, evidenciando um comportamento involuntrio e automtico. A partir do desenvolvimento do capitalismo, a solidariedade mecnica teria evoludo para a solidariedade orgnica. Portanto, uma diviso do trabalho que possibilita o funcionamento da sociedade a semelhana de um organismo vivo.

Atravs da solidariedade orgnica, interesses individuais seriam suprimidos em favor das necessidades coletivas, pois, para realizar seus interesses, ele teria que ceder s necessidades de outros. Haveria na solidariedade orgnica maior autonomia do que na mecnica, mas a prpria estrutura social reduziria a conscincia individual, fazendo o sujeito adotar valores de determinado grupo, anulando sua individualidade. Para Durkheim, os conflitos sociais seriam transitrios e poderiam ser resolvidos a partir do momento em que os indivduos aceitassem ocupar sua funo e seu lugar na sociedade, o que seria imposto pela solidariedade orgnica.

O estudo do suicdio. Durkheim se interessou pelo tema por enxergar nas altas taxas de suicdio, registradas na Europa no final do sculo XIX, um amplo campo que poderia fornecer material para consolidar a sociologia como cincia. O culto a morte chegou a ser to difundido no sculo XIX, glorificado na literatura pelo romantismo gtico, que o suicdio ficou conhecido como mal do sculo.

Estudando a elevao da taxa de suicdio em determinados anos, Durkheim observou que o principal fator que conduzia ao ato era a solidariedade social. A solidariedade pode ser caracterizada como um sentimento de simpatia e identificao. Enquanto, por um lado, o fracasso individual conduz o sujeito a sentir que falhou com o grupo, quando sua vida perde a razo de ser; por outro, nveis de interao social muito elevados tambm conduzem ao suicdio. Neste ultimo caso, estes nveis de interao originam o chamado suicdio altrusta, como o caso dos pilotos japoneses kamikazes na segunda guerra mundial, fazendo a vida do individuo, igualmente, perder sentido frente aos interesses da sociedade. O altrusmo se refere ao sentimento que um individuo d ou outro, importando-se mais com a coletividade ou com os outros do que com ele prprio, gerando atos desinteressados de beneficio a sociedade. No entanto, segundo Durkheim, o caso mais comum de suicdio aquele em que o sujeito no sente corresponder aquilo que o grupo espera dele, refletindo em uma sensao de excluso social.

Ao mesmo tempo, o suicdio poderia ser motivado pelo fato do sujeito sentir que o grupo espera seu sacrifcio, neste caso a excluso aconteceria se o suicdio no fosse efetivado, a morte que matria o vinculo. o caso dos homens bomba. Assim, tanto uma ausncia de integrao quanto uma integrao intensa poderiam gerar o suicdio. Os estudos de Durkheim inspiraram outros a continuarem o seu trabalho em torno do suicdio. Viktor Frankl, por exemplo, aprofundou a pesquisa, dando origem a logoterapia, segundo a qual somente o sentimento de que outros dependem de dado individuo pode impedir tendncias suicidas. A palavra logoterapia, a partir do grego, significa terapia do mundo. Um termo em concordncia com o mtodo de Frankl para testar se seu paciente estava curado. Ele perguntava ao paciente o porqu ele se considerava curado, caso a resposta fosse de encontro a qualquer outra que no a relao de dependncia e vinculo com o mundo, com outros indivduos, o argido no era liberado do tratamento.

Concluindo. Em seus estudos, Durkheim termina admitindo que, embora a ordem seja natural, as rpidas mudanas provocadas pelo sistema capitalista, acabam gerando um estado de anomia, a ausncia de norma.

Os indivduos ficam desorientados frente esta caracterstica da vida moderna. Pensando na questo, afirmou que seria necessrio estabelecer um sistema educacional que incentivasse a noo de disciplina, dever, respeito as leis e hierarquia. Somente assim seria possvel ajudar os indivduos a se inserirem na sociedade, estruturando a coletividade a partir da excluso dos elementos considerados doentes socialmente. Porm, valorizando o funcionalismo, Durkheim esqueceu de avaliar o papel dos conflitos no interior da sociedade, tambm necessrios para sua evoluo, uma analise que seria iniciada por Karl Marx.

Fetichismo da mercadoria o modo pelo qual Karl Marx denominou o fenmeno social e psicolgico onde as mercadorias aparentam ter uma vontade independente de seus produtores.

Segundo Marx, o fetichismo uma relao social entre pessoas mediatizada por coisas. O resultado a aparncia de uma relao direta entre as coisas e no entre as pessoas. As pessoas agem como coisas e as coisas, como pessoas.

No caso da produo de mercadorias, ocorre que a troca de mercadorias a nica maneira na qual os diferentes produtores isolados de mercadorias se relacionam entre si. Dessa maneira, o valor das mercadorias determinado de maneira independente dos produtores individuais, e cada produtor deve produzir sua mercadoria em termos de satisfao de necessidades alheias. Disso resulta que a mercadoria mesma (ou o mercado) parece determinar a vontade do produtor e no o contrrio.

Marx afirma que o fetichismo da mercadoria algo intrnseco produo de mercadorias, j que na sociedade capitalista, o processo de produo se autonomiza com relao vontade do ser humano. Tal autonomia desaparecer apenas quando o ser humano controlar de maneira consciente o processo de produo, numa livre associao de indivduos, o que s possvel de ser feito abolindo a propriedade privada dos meios de produo e transformando-os em propriedade coletiva; acabando com o carter mercantil dos bens e preservando somente seu valor de uso. Isso significa uma revoluo nas relaes de produo e de distribuio dos meios de vida.

Marx tambm argumenta que a economia poltica clssica no pode sair do fetichismo da mercadoria, pois considera a produo de mercadorias como um dado natural e no como um modo de produo histrico e, portanto, transitrio.

Desse fetichismo que se d na produo e na troca de mercadorias resulta a sobrestimao terica do processo de troca sobre o processo de produo. Da o culto ao mercado de parte de alguns economistas, que consideram a oferta e a procura como as determinaes fundamentais do preo das mercadorias.

A definio de ao social de Max Weber

A ao social, para Max Weber, pode ser dividida em quatro aes fundamentais: ao social racional com relao a fins, ao social racional com relao a valores, ao social afetiva e ao social tradicional.

Para Max Weber, pode ser dividida em quatro aes fundamentais e funo do socilogo compreend-las
Na viso de Max Weber, a funo do socilogo compreender o sentido das chamadas aes sociais, e faz-lo encontrar os nexos causais que as determinam. Entende-se que aes imitativas, nas quais no se confere um sentido para o agir, no so ditas aes sociais. Mas o objeto da Sociologia uma realidade infinita e para analis-la preciso construir tipos ideais, que no existem de fato, mas que norteiam a referida anlise. Os tipos ideais servem como modelos e a partir deles a citada infinidade pode ser resumida em quatro aes fundamentais, a saber: 1. Ao social racional com relao a fins, na qual a ao estritamente racional. Toma-se um fim e este , ento, racionalmente buscado. H a escolha dos melhores meios para se realizar um fim; 2. Ao social racional com relao a valores, na qual no o fim que orienta a ao, mas o valor, seja este tico, religioso, poltico ou esttico; 3. Ao social afetiva, em que a conduta movida por sentimentos, tais como orgulho, vingana, loucura, paixo, inveja, medo, etc., e 4. Ao social tradicional, que tem como fonte motivadora os costumes ou hbitos arraigados. (Observe que as duas ltimas so irracionais). Para Weber, a ao social aquela que orientada ao outro. No entanto, h algumas atitudes coletivas que no podem ser consideradas sociais. No que se refere ao mtodo sociolgico, Weber difere de Durkheim (que tem como mtodo a observao e a experimentao, sendo que esta se d a partir da anlise comparativa, isto , faz-se a anlise das diversas sociedades as quais devem ser comparadas entre si posteriormente). Ao tratar os fatos sociais como coisas, Durkheim queria mostrar que o cientista precisa romper com qualquer pr-noo, ou seja, necessrio, desde o comeo da pesquisa sobre a sociedade, o abandono dos juzos de valores que so prprios ao socilogo (neutralidade), uma total separao entre o sujeito que estuda e o objeto estudado, que

tambm pretendem as cincias naturais. No entanto, para Weber, na medida em que a realidade infinita, e quem a estuda faz nela apenas um recorte a fim de explic-la, o recorte feito prova de uma escolha de algum por estudar isto ou aquilo neste ou naquele momento. Nesse sentido, no h, como queria Durkheim, uma completa objetividade. Os juzos de valor aparecem no momento da definio do tema de estudo. Assim foi o seu conviver com a doutrina protestante que influenciou Weber na escrita de A tica protestante e o esprito do capitalismo. Para esse terico, apenas aps a definio do tema, quando se vai partir rumo pesquisa em si, que se faz possvel ser objetivo e imparcial. Compare-se Durkheim e Weber, agora do ponto de vista do objeto de estudo sociolgico. O primeiro dir que a Sociologia deve estudar os fatos sociais, que precisam ser: gerais, exteriores e coercitivos, alm de objetivos, para esta ser chamada corretamente de cincia. Enquanto o segundo optar pelo estudo da ao social que, como descrita acima, dividida em tipologias. Ademais, diferentemente de Durkheim, Weber no se apoia nas cincias naturais a fim de construir seus mtodos de anlises e nem mesmo acredita ser possvel encontrar leis gerais que expliquem a totalidade do mundo social. O seu interesse no , portanto, descobrir regras universais para fenmenos sociais. Mas quando rejeita as pesquisas que se resumem a uma mera descrio dos fatos, ele, por seu turno, caminha em busca de leis causais, as quais so suscetveis de entendimento a partir da racionalidade cientfica.

Histria da sociologia
Origem: Wikipdia, a enciclopdia livre. Ir para: navegao, pesquisa A sociologia surgiu do pensamento iluminista, pouco tempo aps a Revoluo Francesa, como uma cincia da sociedade positivista. Anlise social, entretanto, tem origem no estoque comum do conhecimento ocidental e necessariamente anterior a essa rea. A sociologia acadmica moderna surgiu como uma reao modernidade, capitalismo, urbanizao, racionalizao e secularizao, carregando um forte interesse especfico na emerso do moderno estado-nao, suas instituies constituintes, suas unidades de socializao e seus meios de vigilncia. Uma nfase no conceito de modernidade, em vez de no de iluminismo, geralmente distingue o discurso sociolgico daquele da filosofia poltica clssica.[1] Como cincia, a sociologia tem de obedecer aos mesmos princpios gerais vlidos para todos os ramos de conhecimento cientfico, apesar das peculiaridades dos fenmenos sociais quando comparados com os fenmenos de natureza e, consequentemente, da abordagem cientfica da sociedade. De acordo com Giannoti (IN VALENTIM, 2010): "A Sociologia estuda a sociedade, onde os seres vivos se unem por laos independentes de seus organismos. A Sociologia vista por Comte como "o fim essencial de toda a filosofia positiva".[2]

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Sociologia, o que ?

Sociologia - tem como objetos de estudo a sociedade, a sua organizao social e os processos que interligam os indivduos em grupo

A Sociologia uma das Cincias Humanas que tem como objetos de estudo a sociedade, a sua organizao social e os processos que interligam os indivduos em grupos, instituies e associaes. Enquanto a Psicologia estuda o indivduo na sua singularidade, a Sociologia estuda os fenmenos sociais, compreendendo as diferentes formas de constituio das sociedades e suas culturas. O termo Sociologia foi criado em 1838 (sc. XIX) por Auguste Comte, que pretendia unificar todos os estudos relativos ao homem como a Histria, a Psicologia e a Economia. Mas foi com Karl Marx, mile Durkheim e Max Weber que a Sociologia tomou corpo e seus fundamentos como cincia foram institucionalizados.

Augusto Comte

A Sociologia surgiu como disciplina no sculo XVIII, como resposta acadmica para um desafio que estava surgindo: o incio da sociedade moderna. Com a Revoluo Industrial e posteriormente com a Revoluo Francesa (1789), iniciou-se uma nova era no mundo, com as quedas das monarquias e a constituio dos Estados nacionais no Ocidente. A Sociologia surge ento para compreender as novas formas das sociedades, suas estruturas e organizaes. A Sociologia tem a funo de, ao mesmo tempo, observar os fenmenos que se repetem nas relaes sociais e assim formular explicaes gerais ou tericas sobre o fato social

, como tambm se preocupa com aqueles eventos nicos, como por exemplo, o surgimento do capitalismo ou do Estado Moderno, explicando seus significados e importncia que esses eventos tm na vida dos cidados. Como toda forma de conhecimento intitulada cincia, a Sociologia pretende explicar a totalidade do seu universo de pesquisa. O conhecimento sociolgico, por meio dos seus conceitos, teorias e mtodos, constituem um instrumento de compreenso da realidade social e de suas mltiplas redes ou relaes sociais. Os socilogos estudam e pesquisam as estruturas da sociedade, como grupos tnicos (indgenas, aborgenes, ribeirinhos etc.), classes sociais (de trabalhadores, esportistas, empresrios, polticos etc.), gnero (homem, mulher, criana), violncia (crimes violentos ou no, trnsito, corrupo etc.), alm de instituies como famlia, Estado, escola, religio etc. Alm de suas aplicaes no planejamento social, na conduo de programas de interveno social e no planejamento de programas sociais e governamentais, o conhecimento sociolgico tambm um meio possvel de aperfeioamento do conhecimento social, na medida em que auxilia os interessados a compreender mais claramente o comportamento dos grupos sociais, assim como a sociedade com um todo. Sendo uma disciplina humanstica, a Sociologia uma forma significativa de conscincia social e de formao de esprito crtico. A Sociologia nasce da prpria sociedade, e por isso mesmo essa disciplina pode refletir interesses de alguma categoria social ou ser usado como funo ideolgica, contrariando o ideal de objetividade e neutralidade da cincia. Nesse sentido, se expe o paradoxo das Cincias Sociais, que ao contrrio das cincias da natureza (como a biologia, fsica, qumica etc.), as cincias da sociedade esto dentro do seu prprio objeto de estudo, pois todo conhecimento um produto social. Se isso a priori uma desvantagem para a Sociologia, num segundo momento percebemos que a Sociologia a nica cincia que pode ter a si mesma como objeto de indagao crtica.

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