O Irã tem uma das mais antigas histórias do mundo, estendendo-se cerca de 6.000 anos, e ao longo da história, o Irã tem sido de importância geoestratégica. Conhecido no Ocidente até 1935 como Pérsia, passou desde então a ser conhecido como Iran (transliterado em Portugal como Irão e no Brasil como Irã), palavra que significa literalmente "terra dos arianos" (no sentido étnico do termo e não no seu sentido religioso, ligado ao arianismo). Em 1979, com a Revolução Islâmica promovida pelo aiatoláKhomeini, o país adoptou a sua actual designação oficial de República Islâmica do Irão. Os seus nacionais se chamam iranianos, embora o termo persas seja ainda utilizado.
O Irã como potência regional ocupa uma posição importante na economia mundial devido às suas importantes reservas de petróleo e gás natural, e tem considerável influência regional no Sul e Sudoeste da Ásia. O Irã é também um dos poucos estados que compõem o berço da civilização.
Durante a história, o território do país tem tido grande importância geográfica, visto a sua posição entre o Oriente Médio, Cáucaso, Ásia Central e o Golfo Pérsico, além da proximidade entre o Leste Europeu e o subcontinente Indiano.
As guerras romano-persas foram uma série de conflitos militares entre o Estado romano e os sucessivos impérios iranianos: a Pártia e a Sassânia. A Pérsia, como um grande desenvolvimento cultural e militar, tornou-se um inimigo de Roma e manteve-se como tal por vários séculos. Os romanos viram nos persas uma potência semelhante a si, e os grandes reis de Ctesifonte viam-os da mesma forma. Os persas já há muito tempo denominam seus soberanos como "grande rei", o que lhes atribui uma grandeza similar à de augusto no Império Romano.
As hostilidades entre estas potências iniciaram-se em 92 a.C. e prolongaram-se por séculos até serem concluídas com as invasões árabes muçulmanas, que atingiram os impérios Sassânida e Bizantino com efeito devastador logo após o fim do último conflito entre eles. Embora a guerra entre os romanos e partas/sassânidas tenha durado sete séculos, a fronteira permaneceu aproximadamente estável. Um jogo de cabo de guerra se seguiu: cidades, fortificações e províncias foram continuamente saqueadas, capturadas, destruídas e trocadas. Nenhum dos lados tinha força logística ou mão de obra para manter longas campanhas longe de suas fronteiras e, portando, nem poderiam avançar muito longe sem arriscar esticá-las muito tenuemente. Ambos os lados fizeram conquistas além da fronteira, mas com o tempo o equilíbrio foi quase sempre restaurado. A linha do impasse deslocou-se no século II: originalmente percorrendo a norte do Eufrates, neste período foi deslocada para leste e mais tarde para nordeste através da Mesopotâmia para o norte do Tigre. Houve também várias mudanças substanciais mais a norte, na Armênia e Cáucaso.
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Dr. Mohammad Mosaddegh (em persa: محمد مصدّق, * também Mossadegh,Mosaddeq,Mossadeq,Mosadeck, ou Musaddiq) (19 de maio de 1882 - 5 de março de 1967) foi primeiro-ministro do Irã democraticamente eleito entre 1951 a 1953, quando foi deposto em um golpe de Estado apoiado pela Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos. De origem aristocrática, Mosaddegh foi autor, administrador, advogado, deputado e político famoso por sua apaixonada oposição à intervenção estrangeira no Irã. Durante seu mabndato como primeiro-ministro, uma ampla variedade de reformas sociais progressivas foram realizadas. Ficou mais famoso como o arquiteto da nacionalização da indústria petrolífera iraniana, que estava sob controle britânico desde 1913, através da Anglo-Persian Oil Company (AIOC) (mais tarde British Petroleum ou BP). Mosaddegh foi retirado do poder em um golpe de Estado em 19 de agosto de 1953, organizado e executado pela CIA, a pedido do MI6 britânico, que escolheu o general iraniano Fazlollah Zahedi para suceder Mosaddegh. Mosaddegh ficou preso durante três anos, em seguida, foi posto em prisão domiciliar até sua morte.