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Como ovelhas que têm pastor: Formação de líderes com coração pastoral
Como ovelhas que têm pastor: Formação de líderes com coração pastoral
Como ovelhas que têm pastor: Formação de líderes com coração pastoral
E-book213 páginas2 horas

Como ovelhas que têm pastor: Formação de líderes com coração pastoral

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Sobre este e-book

Os pressupostos de que toda ovelha deve ser pastoreada, e que todas as igrejas devem ter o direito a uma liderança pastoral saudável e preparada são o ponto de partida para este livro de João Cavalcante. Alinhado com a Visão de TOPIC Brasil: "Que cada igreja tenha pelo menos um pastor treinado, equipado e crescendo em maturidade", Cavalcante tem lutado de forma muito intensa pelo trabalho sério e consistente de formação de líderes pastorais.

A proposta deste livro é discutir e avaliar caminhos para um projeto cooperativo e bem fundamentado de formação de líderes pastorais de modo que evitemos ou, pelo menos, nos esforcemos para diminuir a realidade de "ovelhas que não têm pastor".
IdiomaPortuguês
Data de lançamento5 de dez. de 2018
ISBN9788578392543
Como ovelhas que têm pastor: Formação de líderes com coração pastoral

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    Pré-visualização do livro

    Como ovelhas que têm pastor - João Cavalcante

    Sumário

    Dedicatória

    Agradecimentos

    Prefácio

    Introdução - Como ovelhas sem pastor

    Capítulo 1 - Ovelhas sem pastor

    Capítulo 2 - Líderes pastorais atendem ao anseio das ovelhas

    Capítulo 3 - Líderes pastorais em plena pós-modernidade

    Capítulo 4 - Competências de um

    Capítulo 5 - Uma dose de filosofia

    Capítulo 6 - Da filosofia aos métodos

    Capítulo 7 - Observando Jesus na formação de líderes pastorais

    Capítulo 8 - Vivendo e aprendendo

    Capítulo 9 - O coração do líder pastoral

    Capítulo 10 - Líderes pastorais em contextos especializados

    Capítulo 11 - Líderes pastorais

    Capítulo 12 - Parcerias

    Conclusão

    Bibliografia

    Identidade, Visão e

    Confissão de Fé

    Fundamentos teológicos de consenso para TOPIC

    Dedicatória

    Este trabalho é dedicado à memória de meu filho Eliézer. O pastor Eliézer Cavalcante viveu bem menos do que nós gostaríamos, formou-se pastor e pastoreou com as limitações dos humanos e a dedicação dos verdadeiros pastores. A última vez em que o vi chorar (e nem mesmo me lembro de tê-lo visto chorando outras vezes em sua vida adulta) foi diante do questionamento que ardia em seu coração: Que tipo de pastores teremos no futuro? Eu não conseguia entender que angústia era aquela... A última vez em que o vi sorrir (um lindo sorriso!) foi diante de sua igreja: pleno, feliz, pastor! Poucas horas depois ele se tornou membro da igreja triunfante. Viveu trinta e três anos. Durante onze anos, foi pastor!

    Agradecimentos

    Minha profunda gratidão a Deus que me fortaleceu, [...] que me considerou fiel, designando-me para o ministério (1Tm 1.12).

    Aélia, minha esposa. Nenhuma pessoa teve e tem mais influência em minha vida do que ela! E com ela, nossos filhos, Eliézer e Kalley com suas respectivas esposas, Flávia e Águeda, e nosso neto, o Pedro Henrique.

    À Igreja Cristã Evangélica do Brasil, que foi o ambiente principal no qual vesti minha primeira roupa de pastor, e onde tenho servido no ministério nos últimos quase quarenta anos, especialmente na arte de participar na formação cristã de líderes pastorais.

    Aos companheiros de TOPIC – Trainers of Pastors International Coalision, especialmente os colegas de trabalho no Brasil. Tenho a honra de mencionar os irmãos que mais recentemente fazem TOPIC acontecer: Paul Landrey e Lowell Bailey, Ozéas Gomes, Juracy Bahia, Walter Feckinghaus, Rainerson Israel, Mickey Counter, Vitor Mamberti e outros colegas.

    À Editora Esperança. Mais especialmente, ao meu irmão, pastor Walter Feckinghaus, que efetivamente exerceu o papel de motivador, cobrador (quase algoz), editor e facilitador para que este trabalho tenha sido feito.

    Prefácio

    Este livro, escrito com maestria por João Cavalcante, retrata e complementa o resultado da caminhada da TOPIC Brasil, que foi fundada em 2001. TOPIC (Trainers of Pastors International Coalition) surgiu na consulta internacional de Manila, Filipinas, em março de 1999, ocasião em que foi escolhido seu líder, Paul Landrey. Em seguida, em maio de 2000, aconteceu na Costa Rica a consulta TOPIC para a América Latina. Dela participaram 18 pessoas do Brasil. Esse grupo brasileiro organizou a primeira consulta de TOPIC no Brasil de 21 a 24 de agosto de 2001, na cidade de Anápolis, Goiás, onde nasceu Topic Brasil.

    Desde então, durante as consultas anuais, a equipe tem trabalhado arduamente para oferecer apoio ao pastoreio de membros novos e antigos da igreja brasileira, que se encontra em pleno crescimento.

    A Visão de TOPIC Brasil é: Que cada igreja tenha pelo menos um pastor treinado, equipado e crescendo em maturidade.

    Materiais elaborados tais como Princípios da Educação Vivencial LPCA e As oito competências de um LPCA (Líder Pastoral Capacitado e em Amadurecimento) estão livres para download no site da TOPIC Brasil (www.topicbrasil.org/).

    Neste livro, João Cavalcante, que em meio ao processo de escrever foi atingido por experiências muito desconcertantes, como a perda de um dos seus queridos filhos em um trágico acidente e, além disso, está tratando de um câncer que debilitou suas forças físicas e emocionais, elaborou um texto que, apesar de sua complexidade, tornou fácil de entender e, com certeza, oferece aos seus leitores um material didático excelente para a formação e estruturação de um pastoreio saudável.

    Este livro deixa transparecer a experiência, o conhecimento e a capacidade singular do pastor João Cavalcante, que durante muitos anos tem atuado como educador, professor e diretor do seminário SETECEB, em Anápolis. João tem sido o irmão que durante todos estes anos tem colaborado com apresentações, palestras e contribuições valiosas, com seu jeito amável e dedicado, nas consultas de TOPIC Brasil.

    Agradecemos a Deus pelo esforço e pelo dom especial em comunicar, de uma maneira didática e acessível, as propostas para o pastoreio do rebanho de Deus.

    Walter Feckinghaus

    Introdução

    Como ovelhas sem pastor

    O poder do argumento que se fundamenta em estatística séria é muito grande! A informação chega e quase que nos obriga a fazer alguma coisa com os dados que apresenta. O ponto de partida deste trabalho foi a comprovação estatística de que uma grande quantidade de crentes em Jesus (ou pelo menos, pessoas que assim se denominam ou se percebem) e muitas igrejas chamadas evangélicas estão carentes de um ministério pastoral saudável. Quando ouvi as informações, duvidei bastante. Achei que não seria possível porque conheço muitos pastores sem igreja, e também conheço igrejas que contam com diversos pastores. Avaliando mais de perto e de uma forma mais ampla, fui convencido de que a questão era mesmo muito séria e algo precisava ser feito. Desde bem jovem tenho estado envolvido na formação de líderes pastorais e, desse modo, foi fácil me juntar a um grupo de amigos que formaram uma organização interessada em atuar nessa área, chamada TOPIC, na busca de uma ação mais eficaz para cooperar no atendimento a essa necessidade que já foi declarada pelo Senhor Jesus, e que tem chegado até muitos de nós, que estamos envolvidos em formação de líderes com coração pastoral.

    TOPIC – Trainers of Pastors International Coalision – é um movimento que surgiu em meio ao incômodo mencionado anteriormente. Teve como porta-voz inicial um irmão nascido na Índia e que leciona atualmente no Seminário Teológico de Dallas, Estados Unidos, o dr. Ramesh Richard. A organização recebeu apoio de diversas organizações evangélicas internacionais e rapidamente espalhou-se entre líderes evangélicos de todas as partes do mundo, especialmente entre aqueles que têm se dedicado à formação de líderes pastorais, tanto de modo formal quanto, ainda mais especialmente, de modo não formal.

    Um grupo bastante consistente e representativo da igreja evangélica brasileira tem se unido à TOPIC desde o seu princípio e, por meio de encontros, seminários, produção de material e troca de experiência, está engajado na visão de participar efetivamente na formação (transformação, aperfeiçoamento) de líderes pastorais que sirvam ainda melhor, tanto no pastoreio das inúmeras igrejas já mencionadas, quanto no pastoreio pessoal e fundamental que os cristãos tanto necessitam. Para manutenção da unidade internacional do projeto, os brasileiros mantiveram o nome TOPIC, e apenas acrescentaram a palavra Brasil, formando oficialmente (e legalmente) uma associação denominada TOPIC-Brasil.

    Desse modo, o ponto de partida para este trabalho está no pressuposto de que toda ovelha deve ser pastoreada, e que todas as igrejas devem ter o direito a uma liderança pastoral saudável e preparada. O trabalho evangelístico e o surgimento de mais e mais igrejas no Brasil e em outros países do mundo devem ser complementados por um trabalho sério e consistente de formação de líderes pastorais, sob pena de termos, no futuro, uma história lamentável

    a ser contada por aqueles que nos sucederem. A proposta deste livro é discutir e avaliar caminhos para um projeto cooperativo e bem fundamentado de formação de líderes pastorais de modo que evitemos ou, pelo menos, nos esforcemos para diminuir a realidade de ovelhas que não têm pastor.

    O leitor pode conhecer mais sobre a essência do que os membros de TOPIC creem ao consultar sua Confissão de Fé no Apêndice A. Seguem aqui alguns princípios e crenças que foram considerados pelas pessoas envolvidas e se tornaram pressupostos para o esforço delas e daquelas que se unirão ao projeto, sejam elas vinculadas à TOPIC, ou mesmo em outros caminhos que porventura forem abertos pelo Senhor para o cumprimento dessa missão de participar efetivamente na formação de líderes pastorais para a igreja do Senhor Jesus.

    • Uma igreja local só é saudável na medida da saúde de seus líderes pastorais. A existência de líderes pastorais qualificados é crítica para a saúde da igreja local e em todos os contextos do mundo.

    • Grande número de líderes pastorais, em um contexto de igrejas que estão crescendo rapidamente, precisam de preparo ministerial essencial e integral. A Grande Comissão não será cumprida sem efetivo trabalho de equipar líderes pastorais.

    • Oração ao Senhor da Seara é fundamental para o surgimento e aperfeiçoamento dos líderes pastorais necessários para a igreja do Senhor Jesus.

    • As competências para um ministério pastoral efetivo em qualquer congregação são resultado da existência de caráter bíblico e conhecimento dos princípios e habilidades que se fundamentam na Bíblia.

    • Cooperação reflete o Corpo de Cristo e otimiza recursos humanos e financeiros. O desafio do preparo ministerial de líderes pastorais será mais bem atendido na medida em que houver uma cooperação entre organizações que se dedicam a essa tarefa.

    • O investimento na formação de líderes pastorais que sejam capazes de equipar os santos para toda boa obra é o melhor caminho para se fazer missões nos dias atuais.

    • Uma alternativa preciosa para atender a urgente necessidade de líderes pastorais em locais economicamente limitados é usar metodologias não tradicionais de educação.

    • A multiplicação de líderes pastorais deve acontecer de modo contextualizado, tanto no conteúdo quanto no processo e avaliação dos resultados do trabalho.

    Capítulo 1

    Ovelhas sem pastor

    A ideia de que homem não chora já não é tão aceita hoje como era antigamente. Mesmo assim, é natural que se avalie o que seria suficiente para fazer um homem adulto chorar. Qual seria uma motivação válida? Naturalmente, aquilo ou aquele que nos faz chorar demonstra nossa escala de valores, o que amamos especialmente, o que realmente importa para nós.

    A Bíblia nos informa as poucas oportunidades em que Jesus chorou. Uma delas foi por ocasião da morte de seu amigo Lázaro. As pessoas em volta avaliaram que as lágrimas atestavam que, certamente, Jesus amava Lázaro. Outra situação foi em Lucas 19.41, diante de um povo sofrido e perdido, efetivamente sem pastor. Em Mateus 9.36, somos informados de que Jesus é tomado de compaixão diante do fato de que as multidões eram como ovelhas que não têm pastor. Após a ressurreição, a manifesta vontade de Deus para Pedro (Jo 21.15-17) não deixa dúvida de que essa era uma questão importante para ele. Para o Senhor Jesus, não faz sentido que as pessoas estejam perdidas, sem esperança e sem orientação – como ovelhas sem pastor. Essa questão deve ser importante também para nós. Certamente faz parte do plano de Deus que as pessoas sejam pastoreadas, e é nosso trabalho, como líderes ministeriais, cooperar na tarefa de suprir a igreja do Senhor Jesus com pastores segundo o coração de Deus.

    Ovelhas sem pastor entre os não crentes

    O olhar perceptivo e generoso de Jesus tem sido inspiração para muitos dos líderes evangélicos que não são indiferentes ao sofrimento humano. Incomoda para esses irmãos e irmãs o fato de que uma parcela significativa da população não seja pastoreada, uma vez que está fora do rebanho do Senhor. São homens e mulheres, adultos e crianças, pessoas de todas as classes sociais, pessoas perdidas. A morte espiritual as faz serem incluídas nesse grupo pelo qual choram os líderes que se preocupam com as mesmas causas que produzem as lágrimas do Senhor Jesus.

    Na Bíblia, os que não viram ainda a grande luz do Evangelho (Mt 4.16) estão em trevas, e são como ovelhas sem pastor. Estão perdidos, alienados da família de Deus, condenados, sem esperança e sem Deus no mundo (Ef 2.12). Por essa razão estão incluídas no público-alvo deste trabalho. Carecem de um pastor, e carecem ainda de um encontro pessoal com Jesus Cristo, nosso Senhor.

    Essas ovelhas sem pastor estão por todo lado, e na verdade, formam a grande maioria da população. Se, por exemplo, nos detivermos em notar quem são nossos vizinhos, vamos encontrar pessoas sem pastor. Estão nos diversos ambientes de trabalho. Um passeio a uma feira livre ou a um shopping center será a oportunidade adequada para encontrar pessoas que são como ovelhas sem pastor. Basta ligar a televisão, ir até a rodoviária da cidade ou a um aeroporto, conhecer os alunos, funcionários e professores de uma escola, ou mesmo fazer uma visita a um hospital ou a uma prisão. É como ovelha sem pastor a grande maioria dos moradores das grandes cidades, tanto os da periferia quanto os que vivem em suas regiões nobres. Pessoas das diferentes gerações podem ser identificadas como parte desse rebanho desgarrado e desassistido. Essas pessoas que podem ser identificadas como ovelhas sem pastor estão nas pequenas cidades de interior, nas comunidades indígenas, entre os quilombolas e sertanejos. Muito mais do que a metade da população brasileira é como ovelha sem pastor! E o Senhor Jesus se angustiava por causa dos que eram percebidos desse modo!

    Sem um pastor, essas pessoas fazem o que lhes vem à mente. Vivem de acordo com as normas sociais e ditames do sistema de marketing que influencia a uns e a todos, são levados pelos ventos de doutrina, pelos enganos do inimigo. Mesmo do ponto de vista religioso, são cegos que guiam outros cegos e, por isso, estão perdidos mesmo quando se tornam consumidores de empresas religiosas que lhes exploram a fé, mas não lhes oferecem pastoreio verdadeiro. Talvez não desejemos incluir esse grupo entre o que chamamos de ovelhas sem pastor porque, em um sentido, ainda não são ovelhas. A verdade, porém, é que não seria justo excluí-las, especialmente considerando o fato de que aqueles por quem Jesus se compadeceu seriam incluídos especificamente nesse grupo, pois ainda não criam nele.

    Ovelhas sem pastor entre os crentes

    Primeiro tenho que contar com a gentileza de quem lê para não tomar ao pé da letra os rótulos que não consegui evitar – crentes e não crentes, por exemplo. Estou me referindo agora ao fato de que há um enorme crescimento no número de igrejas chamadas de evangélicas, e seus frequentadores são, geralmente, chamados no Brasil de crentes. A preocupação, então, está em duas dimensões: igrejas sem pastor e igrejas que contam com um ou mais pastores, mas cujos membros não são efetivamente pastoreados.

    Vamos colocar toda a questão a partir de um tema bastante recorrente entre os que se envolveram com formação de líderes pastorais (sendo ou não parte da organização TOPIC).

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