Aristóteles: Da Alma
De Aristóteles
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Sobre este e-book
Aristóteles
Aristóteles (Grecia, 384 a.C. - 322 a.C.) fue uno de los filósofos más destacados junto con Sócrates y Platón. A los 17 años se trasladó a Atenas para estudiar en la Academia, donde fue alumno y maestro. Fue principalmente discípulo de Platón y profesor de Alejandro Magno en el reino de Macedonia. Años más tarde, creó su propia escuela: el Liceo. Sabemos que la obra de Aristóteles la forman unos 200 tratados, de los que sólo se conservan 31, que examinan una gran variedad de temas: lógica, metafísica, ética, política, estética, retórica, astronomía y biología. Por ello, Aristóteles significa en muchos aspectos el inicio, la innovación y los cimientos de grandes ideas del mundo occidental.
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Aristóteles - Aristóteles
Aristóteles
DA ALMA
1a edição
img1.jpgIsbn: 9788583864592
LeBooks.com.br
A alma é a causa eficiente e o princípio organizador do corpo vivente.
Aristóteles
Sumário
APRESENTAÇÃO
Sobre o autor
Sobre a obra
NOTA INTRODUTÓRIA
Quadro Síntese da Obra
SOBRE A ALMA
LIVRO I
1. A alma como objeto de investigação
2. A investigação sobre a alma.
Doutrinas legadas pelos antecessores: Conhecimento e Movimento
3. A investigação sobre a alma
Doutrinas legadas pelos antecessores: Movimento da alma
4. A investigação acerca da alma
Doutrinas legadas pelos antecessores: Alma como harmonia e número
A investigação sobre a alma
Doutrinas legadas pelos antecessores: continuação; Alma composta dos elementos
LIVRO II
1. Definição de alma
(i): Alma substância e primeiro ato do corpo
2. Definição de alma
(II): Aquilo pelo qual vivemos
3. Definição da alma pelas suas faculdades:
As faculdades da alma
4. As faculdades da alma: a faculdade nutritiva
5. As faculdades da alma: A sensibilidade
6. As faculdades da alma. A sensibilidade: as três acepções do sensível.
7. As faculdades da alma
A sensibilidade: A visão e o seu objeto
8. As faculdades da alma
A sensibilidade: A audição e o seu objeto; a voz
9. As faculdades da alma
A sensibilidade: O olfato e o seu objeto
10. As faculdades da alma
A sensibilidade: O paladar e o seu objeto
11. As faculdades da alma
A sensibilidade: O tato e o seu objeto
12. As faculdades da alma
A sensibilidade em geral: o sentido
LIVRO III
1. Sensibilidade
A existência de um sexto sentido; sentido comum
2. Sensibilidade
O sentido comum
3. Faculdades da alma relacionadas com o pensamento Imaginação: como se relaciona com a sensação
4. Faculdades da alma relacionadas com o pensamento Entendimento e entender
5. Faculdades da alma relacionadas com o pensamento Entendimentos ativo e passivo
6. Faculdades da alma relacionadas com o pensamento A apreensão dos indivisíveis
7. Faculdades da alma relacionadas com o pensamento A faculdade que entende
8. Faculdades da alma relacionadas com o pensamento.
Entendimento, imaginação e sensação
9. O movimento dos seres animados.
Parte da alma que move
10. Movimento dos seres animados.
Desejo e entendimento
11. Movimento dos seres animados.
Implicação de outras faculdades
12. A faculdade nutritiva e a sensibilidade.
Necessidade da nutrição e da sensibilidade
13. A faculdade nutritiva e a sensibilidade.
APRESENTAÇÃO
Sobre o autor
img2.jpgAristóteles (384 a.C.– 322 a.C.) foi um importante filósofo grego. Um dos pensadores com maior influência na cultura ocidental. Foi discípulo do filósofo Platão. Elaborou um sistema filosófico no qual abordou e pensou sobre praticamente todos os assuntos existentes, como a geometria, física, metafísica, botânica, zoologia, astronomia, medicina, psicologia, ética, drama, poesia, retórica, matemática e principalmente lógica.
Aristóteles e Platão
Aristóteles nasceu em Estágira, colônia de origem jônica, na Macedônia, Grécia, no ano de 384 a. C. Filho de Nicômaco, médico do rei Amintas III, recebeu sólida formação em Ciências Naturais. Com 17 anos partiu para Atenas, foi estudar na Academia
de Platão. Com sua prodigiosa inteligência, logo se tornou o discípulo predileto do mestre, que observou: Minha Academia se compõe de duas partes: o corpo dos alunos e o cérebro de Aristóteles
.
Aristóteles foi suficientemente crítico para ir além do mestre. Demonstrou sua grande capacidade de pensador escrevendo uma série de obras nas quais aprofundava, e muitas vezes, modificava as doutrinas de Platão. A teoria de Aristóteles, de forma geral, é uma refutação ao seu mestre. Enquanto Platão era a favor da existência do mundo das ideias e do mundo sensível, Aristóteles defendia que poderíamos captar o conhecimento no próprio mundo que vivemos.
Quando Platão morreu, em 347 a. C. Aristóteles fazia vinte anos de Academia, inicialmente como discípulo, depois como professor, e esperava ser o substituto natural do seu mestre na direção da escola, mas foi rejeitado por ser considerado estrangeiro. Decepcionado, deixou Atenas e foi para Atarneus, na Ásia Menor, onde se tornou conselheiro de estado de seu antigo colega, o filósofo político Hermias. Casou-se com Pítia, filha adotiva de Hermias, mas entrou em choque com a sede de riqueza de seu colega, em contraste com seus ideais de justiça. Quando os persas invadiram o país e crucificaram seu governante, mais uma vez Aristóteles ficou sem pátria.
Alexandre Magno
De volta à Macedônia, em 343 a. C., quando o rei Filipe II da Macedônia o chamou para ele ser o tutor de seu filho Alexandre. O rei queria que seu sucessor fosse um requintado filósofo. Aristóteles permaneceu com Alexandre durante quatro anos. O soldado partiu para conquistar o mundo e o filósofo tornou-se seu amigo e ficou a alimentá-lo de sabedoria.
O Liceu
De volta à Atenas, em 335 a. C., Aristóteles decidiu fundar sua própria escola, chamando-a Liceu
, instalada no ginásio do templo dedicado ao deus Apolo Lício. Além de cursos técnicos para os discípulos, ministrava aulas públicas para o povo em geral. A sabedoria de Aristóteles chegou até nós através de alguns escritos, mas que representam em si mesmo, uma enciclopédia inteira, pois contêm praticamente o começo de todas as nossas modernas artes e ciências.
Aristóteles foi o pai da Lógica: ensinou a todos os que vieram depois dele a pensar com clareza. Foi o fundador da Biologia: ensinou ao mundo como observar e classificar corretamente os seres vivos. Foi o organizador da Psicologia: mostrou à humanidade como estudar a alma cientificamente. Foi o mestre da Moral: demonstrou como é possível amar e odiar racionalmente. Foi professor de Política: ensinou os governantes a governar com justiça. E deu origem à Retórica: foi o primeiro a demonstrar a arte de escrever com eficiência.
Filosofia
A filosofia de Aristóteles abrange a natureza de Deus (Metafísica), do homem (Ética) e do Estado (Política). Para Aristóteles, Deus não é o criador, mas o motor do Universo, ou ainda, o motor imóvel do mundo. Exceto Deus, toda e qualquer outra fonte de movimento no mundo, seja uma pessoa, uma coisa, ou um pensamento, é um motor movido. Assim, o arado move a terra, a mão move o arado, o cérebro move a mão. Portanto, a causa de todo o movimento é o resultado de outro movimento.
Para Aristóteles, se para ser feliz é preciso fazer o bem ao outro, então o homem é um ser social e, mais precisamente um ser político. Com efeito, cabe ao Estado garantir o bem-estar e a felicidade dos seus governados
. Considerava a ditadura a pior forma de governo: é um regime que subordina os interesses de todos às ambições de um só
. A forma de governo mais desejável é a que permite a cada homem exercitar suas melhores habilidades e viver o mais agradavelmente seus dias
.
Morte
O fim de Aristóteles foi trágico. Quando o rei da Macedônia, Alexandre Magno morreu, irrompeu em Atenas uma grande explosão de ódio, não somente contra o conquistador, mas contra todos os seus admiradores e amigos. Um dos melhores amigos de Alexandre era Aristóteles. Estava prestes a ser preso, quando conseguiu escapar em tempo. Deixou Atenas dizendo que não daria à cidade oportunidade de cometer um segundo crime contra a filosofia. Pouco tempo depois do exílio que se impusera, adoeceu. Desiludido com a ingratidão dos atenienses decidiu por fim à vida bebendo, como Sócrates, uma taça de cicuta.
Aristóteles morreu em 322 a.C., em Cálcia, na Eubéia. Em seu testamento determinou a libertação de seus escravos. Foi essa talvez, a primeira carta de alforria da história.
Obras de Aristóteles:
As obras de Aristóteles podem ser divididas em quatro grupos:
Lógica: Sobre a Interpretação
, Categorias
, Analíticos
, Tópicos
, Elencos Sofísticos
e os 14 livros da Metafísica
, que Aristóteles denominava Prima Filosofia
. O conjunto dessas obras é conhecido pelo nome de Organon
.
Filosofia da Natureza: - Sobre o Céu
, Sobre os Meteoros
, oito livros de Lições de Física
e outros tratados de história e vida dos animais.
Filosofia Prática: - Ética a Nicômano
, Ética a Eudemo
, Política
, Constituição Ateniense
e outras constituições.
Poéticas: Retórica
e Poética
.
Sobre a obra
Da alma (em latim, De Anima), é um texto do filósofo grego Aristóteles de Estagira, composto por três livros e não existem dúvidas acerca da autenticidade da obra. Em Da Alma, o objetivo de Aristóteles é analisar os principais problemas respeitantes à alma, que é o princípio vital de todo e qualquer ser vivo.
O livro I consiste em uma introdução e contextualização do tema abordado; o livro II apresenta análises sobre a relação entre alma e corpo, as faculdades da alma, nutrição e sensação; no livro III Aristóteles discute a imaginação e o pensamento, além das relações entre sensação e intelecto.
Segundo o filósofo: Ao considerar o conhecimento como se encontrando entre as coisas mais belas e dignas do maior valor, sendo umas mais penosas do que outras, quer em virtude do seu maior rigor quer em virtude de dizer respeito a coisas mais belas e elevadas, decidimos, devido a essas duas mesmas causas, considerar toda a investigação respeitante à alma como sendo de importância fundamental
.
É também neste tratado, mais especificamente no livro III, que o filósofo apresenta sua influente teoria do intelecto ativo e do intelecto passivo.
Do pensamento Grego à modernidade, é possível verificar muitos pensadores ocidentais que se esforçaram em definir a Alma e de, inclusive, classificá-la quanto a suas características e atributos. Aristóteles mesmo, na segunda parte do livro I da obra citada, enumera vários filósofos ocidentais, apontando contradições e tentando, a partir do que já foi dito sobre o tema, construir seus argumentos. De modo avesso ao entendimento oriental, uma parte considerável dos ocidentais costumava classificar os entes como constituintes de almas distintas (uma para cada ser); apesar dessa convergência, o Livro I da obra analisada enumera também diferenças, separando os ocidentais em três grupos: (a) aqueles que definiam a Alma a partir do movimento, (b) aqueles que a definiam a partir da potencialidade de conhecimento e da distinção entre seres animados ou não e (c) aqueles que julgavam a Alma um ente sem massa que se infunde à matéria.
Essas tentativas buscam basicamente um mesmo objetivo, que pode ser sintetizado pela afirmativa de Delfos: Conhece-te a ti mesmo
. Todos esses pensadores perceberam que parece existir algo universalmente responsável pela vida, pela propulsão do movimento e pela agregação e desagregação da matéria sob diversas formas, pois de outro modo não existiriam os seres e tudo seria amorfo. A palavra animação deriva de Anima, que é a Alma; este estopim da vida
, pelo seu caráter universal e, portanto, Metafísico, não pode ser demonstrado matematicamente e não pode ser reproduzido experimentalmente ao bel prazer como um fenômeno natural qualquer, ou seja, não pode ser avaliado com uma certeza absoluta.
Mesmo em meio a estas enormes incongruências, os filósofos não desistiram de abordar o assunto. Aristóteles afirmava, mesmo diante destas complicações, ser possível dizer algumas coisas sobre a Alma e, ainda por cima, com um bom nível de certeza; segundo ele, refletir sobre os seres animados se faz necessário, é um princípio comum, e os resultados advindos dessa construção Metafísica podem contribuir para que o homem conheça melhor a vida que o circunda e também a si mesmo, fazendo valer, assim, a assertiva de Delfos.
NOTA INTRODUTÓRIA
Então ele perguntou; «Tu que tens tantos livros, que livros procuras tu aqui?»
«Vim buscar uns comentários de Aristóteles», disse eu, «que sabia que aqui havia, para os ler quando tiver vagar.»
Cícero, De finibus 3. 9-10.
O ritual da procura, na biblioteca, de um volume da extensa obra aristotélica, imitando o gesto de Cícero, filia-nos numa tradição de leitura e interpretação tão antiga como o próprio filósofo. E lê-lo é, ainda