Crepúsculo dos Ídolos
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Sobre este e-book
Friedrich Nietzsche
Friedrich Wilhelm Nietzsche (15. Oktober 1844 in Röcken -25. August 1900) war ein deutscher klassischer Sprachwissenschaftler und Philosoph. Am bekanntesten (und berüchtigtsten) sind seine Kritiken an Moral und Religion. Sein Werk wurde und wird häufig fehlinterpretiert und missbraucht. Er wird in regelmäßigen Abständen von Wissenschaft und Popkultur wiederentdeckt und als Enfant terrible einer oberflächlichen Zitatenkultur geschätzt: „Wenn du zum Weibe gehst, vergiss die Peitsche nicht!“
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Crepúsculo dos Ídolos - Friedrich Nietzsche
Friedrich Nietzsche
CREPÚSCULO DOS ÍDOLOS
Ou como se filosofa com o martelo.
1a edição
Coleção Nietzsche
img1.jpgIsbn: 9788583862895
2019
Prefácio
Prezado Leitor
Seja bem-vindo a mais um grande clássico da literatura universal.
Friedrich Nietzsche foi filósofo, escritor, poeta, filólogo e músico e é considerado um dos mais influentes e importantes pensadores modernos do século XIX.
Na Coleção Nietzsche, publicada pela LeBooks, o leitor terá oportunidade de conhecer o universo de Nietzsche por meio de suas principais obras.
Em Crepúsculo dos Deuses, Nietzsche narra o declínio de tudo aquilo que julgamos moral, ético, correto e natural. Há mais ídolos do que realidade no mundo
, pode ser essa a síntese cabal deste seu pequeno e gigantesco livro.
A obra, que foi o última que ele viu publicada em vida e também a última escrita antes dos seus graves problemas de saude, é um resumo das minhas heterodoxias filosóficas fundamentais
, como o próprio Nietzsche fez questão de descrever.
Uma excelente e proveitosa leitura.
LeBooks
"Ajuda-te a ti mesmo: então todos os outros te ajudarão. Princípio do amor ao próximo."
Friedrich Nietzsche
CREPÚSCULO DOS ÍDOLOS
Sumário
APRESENTAÇÃO
Sobre o autor
Principais ideias
Sobre a obra Crepúsculo dos Ídolos:
PRÓLOGO
I – MÁXIMAS E FLECHAS
II – O PROBLEMA DE SÓCRATES
III – A RAZÃO
NA FILOSOFIA
IV – COMO O MUNDO VERDADEIRO
SE TORNOU FINALMENTE FÁBULA
V – MORAL COMO ANTINATUREZA
VI – OS QUATRO GRANDES ERROS
VII – OS MELHORADORES
DA HUMANIDADE
VIII – O QUE FALTA AOS ALEMÃES
IX - INCURSÕES DE UM EXTEMPORÂNEO
X – O QUE DEVO AOS ANTIGOS
FALA O MARTELO
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Notas e Referências
APRESENTAÇÃO
Sobre o autor
img2.jpgFriedrich Wilhelm Nietzsche nasceu em 15 de outubro de 1844 na cidade de Röcken na Alemanha. Seu pai foi uma pessoa erudita e seus avós eram pastores luteranos. Criado em uma família de clérigos, Nietzsche foi preparado para ser pastor.
Cresceu em Saale, com sua mãe, duas tias e da avó. Em 1858, Nietzsche obteve uma bolsa de estudos para célebre escola de Pforta. Em seguida partiu para Bonn, onde se consagrou nos estudos de teologia e filosofia.
Aos 18 anos, perdeu a fé em Deus e passou por um período libertino, quando contraiu sífilis. Nietzsche tornou-se professor de filosofia e poesia gregas com apenas 24 anos, na Universidade de Basileia, em 1869. Abandonou a universidade em 1879.
Sofrendo de intensas dores de cabeça e de uma crescente deterioração da vista, levou uma vida solitária, vagando entre a Itália, os Alpes suíços e a Riviera Francesa – ele atribui à doença o poder de lhe conferir uma clarividência e lucidez superiores.
No ano de 1871, produziu O Nascimento da Tragédia
. Posteriormente, em 1879, iniciou sua ampla crítica dos valores, escrevendo Humano, Demasiado Humano
. Em 1881 teve a percepção de O Eterno Retorno
, onde o mundo passa indefinidamente pela alternância da criação e da destruição, da alegria e do sofrimento, do bem e do mal. Nos anos de 1882-1883 escreve, na baía de Rapallo, Assim falou Zaratustra
.
No outono de 1883 retorna para a Alemanha e reside em Naumburg, com a mãe e a irmã. Em 1882, produziu A Gaia Ciência
; posteriormente as obras Para Além de Bem e Mal
(1886), O Caso Wagner
(1888), Crepúsculo dos Ídolos
(1888), Nietzsche contra Wagner
(1888), Ecce Homo
(1888), Em 1889, ao ver um cocheiro chicoteando um cavalo, abraçou o pescoço do animal para protegê-lo e caiu no chão.
Havia enlouquecido? Muitos amigos que visitavam Nietzsche na clínica psiquiátrica duvidavam de sua doença e alguns de seus biógrafos afirmam que, longe de loucura, ele havia atingido uma enorme sanidade.
. Ainda em 1888, escreveu Ditirambos Dionisíacos
, série de poemas de caráter lírico publicados posteriormente a sua morte.
Faleceu na cidade de Weimar, Alemanha, dia 25 de agosto de 1900.
Principais ideias
Nietzsche situou um marco constitutivo entre os atributos Apolíneos
e o Dionisíacos
, donde Apolo figura como ícone de lucidez, harmonia e ordem, enquanto Dionísio representaria embriaguez, exuberância e desordem.
Ademais, baseado no niilismo, subverteu a filosofia tradicional, tornando-a um discurso patológico que aprecia a doença enquanto um ponto de vista sobre a saúde e vice-versa. Enfim, nem a saúde, nem a doença são entidades e as oposições entre bem e mal, verdadeiro e falso, doença e saúde, são somente alternativas superficiais.
Anticristo
Este conceito advém da crítica à ética cristã enquanto a moral de escravos; pois séculos de moral cristã, enfraqueceu as potências vivificantes da sociedade ocidental, notadamente de suas elites, na medida em que o moralismo doutrinou o homem a oprimir-se de todos os seus impulsos.
Além disso, Nietzsche imagina o mundo terrestre como um vale de sofrimento, em oposição ao mundo da felicidade eterna do além vida. De outro modo, a arte trágica é pensada como contraposta à decadência e arraigada na antinomia entre a vontade de potência
(futuro) e o eterno retorno
(futuro numa repetição), o que não denota uma volta do mesmo nem uma volta ao mesmo, dado que é fundamentalmente seletivo.
Nietzsche e a História
Rompeu com a analogia entre a Filosofia e a História que havia sido formada pelo filósofo alemão Georg Wilhelm Friedrich Hegel (1770-1831), onde esta seria compreendida enquanto uma crônica da racionalidade, a qual considera o excesso de história hostil e perigoso à vida, pois limita a ação humana.
Instinto e Razão
Opunha-se à ideia segundo a qual os eventos históricos instruíam os homens a não repeti-los, segundo a teoria do eterno retorno, que compreende o assentimento diante de destruições do mundo
cíclicas.
Super-homem
Nietzsche foi um antidemocrático e um anti-totalitário. O super-homem nietzschiano
não é um ser cuja vontade deseje dominar
, posto que se interprete vontade de potência como anseio de dominar, onde se faz dela algo dependendo dos valores instituídos.
Por outro lado, vontade de potência, significa criar
, dar
e avaliar
. Seria então alguém além do bem e do mal, depreendido de uma cultura decadente para gênese de uma nova elite, não corrompida pelo cristianismo e pelo liberalismo.
Em outras palavras, intelectuais responsáveis pela transmutação de todos os valores e proteção de uma cultura ameaçada pela banalidade democrática, forma histórica de decadência do Estado conhecido por pensar em si ao invés de ponderar sobre a cultura e sempre estar zeloso na formação de cidadãos dóceis. Daí sua tendência a impedir o desenvolvimento da cultura livre, tornando-a estática e estereotipada.
Sobre a obra Crepúsculo dos Ídolos:
Nietzsche narra no seu pequeno livro de gigantescas afirmações, o declínio de tudo aquilo que julgamos moral, ético, correto e natural. Há mais ídolos do que realidade no mundo
, pode ser essa aqui a síntese cabal de sua obra.
O livro, que foi o último que ele viu publicado em vida e também a última obra escrita antes dos seus problemas mentais, é um resumo das minhas heterodoxias filosóficas fundamentais
, como o próprio fez questão de resumir sua obra.
As páginas do Crepúsculo não contam vez ao apontar os alvos de sua rebeldia: o sistema de ensino alemão, escritores anarquistas e progressistas, Sócrates e claro, a Metafísica, essa que ainda é uma erva daninha da humanidade.
O livro, como um todo, é um chamamento, por meio do senso crítico radical, ao enfrentamento dos valores estúpidos que ainda guiam nossos comportamentos e decisões. Todos eles com base numa realidade que simplesmente não existe.
É nesta sua obra que vemos surgir as mais lapidares e radicais ideias do pensamento moderno. Nietzsche foi o profeta do caos, da decadência da humanidade. Ao afirmar que deus estava morto, não queria somente dizer que era a divindade judaico-cristã que estava à míngua, mas todo o seu sistema de princípios.
PRÓLOGO
Conservar a sua serenidade frente a algo sombrio, que requer responsabilidade além de toda medida, não é algo que exige pouca habilidade: e, no entanto, o que seria mais necessário do que a serenidade? Nada chega efetivamente a vingar, sem que a altivez aí tome parte.
Somente um excedente de força é demonstração de força. - Uma transvaloração de todos os valores, este ponto de interrogação tão negro, tão monstruoso, que chega até mesmo a lançar sombras sobre quem o instaura - um tal destino de tarefa nos obriga a todo instante a correr para o sol, a sacudir de nós mesmos uma seriedade que se tomou pesada, por demais pesada.