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Rumble (website)

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Rumble
Rumble (website)
Logotipo do Rumble
Tipo de sítio Serviço de armazenamento de vídeos
Fundador(es) Chris Pavlovski
Indústria Internet
Serviço Rumble Viral
JR Tech
Neroku
País de origem Canadá
Lançamento 2013 (11 anos)
Sede Longboat Key, Florida, Estados Unidos
Toronto, Ontario, Canadá
Área(s) servida(s) Mundialmente
Número de acessos 150 milhões por mês[1]
Endereço eletrônico rumble.com
Estado atual Ativo

Rumble é uma plataforma de compartilhamento de vídeo canadiano com sede em Toronto. O serviço foi fundado em 2013 por Chris Pavlovski, um empresário de tecnologia do Canadá.[2] A contagem mensal de usuários do Rumble experimentou um rápido crescimento desde julho de 2020, houve um salto de 1,6 milhões de usuários mensais para 31,9 milhões no final do primeiro trimestre de 2021.[3][4]

Utilizadores e conteúdo

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Nos primeiros sete anos, o conteúdo do Rumble consistia principalmente em vídeos virais e notícias de fontes da mídia convencional. Em agosto de 2020, no entanto, o representante Devin Nunes acusou o YouTube de ser excessivamente censor em relação a seu canal e começou a postar seus vídeos no Rumble. Outros conservadores proeminentes, como Dinesh D'Souza, Sean Hannity e o deputado Jim Jordan, logo o seguiram.[2][5]

A plataforma proíbe pornografia, assédio, racismo, anti-semitismo, violação de direitos autorais[6] e conteúdo ilegal.[2][7][8][9][10]

Usando dados de fevereiro de 2021, pesquisadores que estudavam teorias de conspiração e desinformação sobre COVID-19 observaram que vários criadores de conteúdo ganharam uma audiência receptiva no Rumble depois que suas produções foram removidas do YouTube ou Facebook. Eles incluem Del Bigtree, Sherri Tenpenny e Simone Gold.[11][12][13]

Após a eleição presidencial de 2020 nos Estados Unidos, muitos utilizadores conservadores das principais plataformas de mídia social, como Twitter e Facebook, migraram para o Rumble.[9] De acordo com a Fortune, antes dessa migração, o site era um "clone do YouTube" cheio de gravações caseiras.[5]

Outros utilizadores e canais do Rumble incluem America's Funniest Home Videos, site de checagem de fatos Snopes, emissora americana EW Scripps Company, Hodgetwins, canais de notícias a cabo Newsmax e One America News Network (OANN) e a organização internacional de notícias Reuters.[2][14]

O Rumble.com recebeu investimentos dos capitalistas de risco Peter Thiel e JD Vance.[15] Os valores da rodada do Rumble ficaram em cerca de US$500 milhões.[16]

Junto com outras quatro guias em sua interface principal, Rumble apresenta "canais recomendados" para seguir e uma guia "ganhos" em sua interface.[14] Rumble também permite que seus utilizadores gerem receita com seus vídeos. Os utilizadores enviam vídeos licenciados para parceiros do Rumble, como o Yahoo! e Microsoft News, após o qual o dinheiro obtido com esses vídeos é depositado directamente na conta do usuário no Rumble.

Os usuários do Rumble podem ganhar dinheiro em um sorteio diário apenas deslizando para a esquerda ou para a direita para votar em vídeos e ganhar tíquetes.[14] Quanto mais tíquetes um usuário tiver, mais apostas ele poderá enviar no sorteio de dinheiro.

Ação judicial do Google

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Em 11 de janeiro de 2021, Rumble entrou com uma ação antitruste contra o Google por causa de seus resultados de pesquisa, buscando indenizações superiores a US$ 2 bilhões.[17][18] Rumble afirmou que o Google manipula seu algoritmo para favorecer o YouTube, que pertence à Google, em vez do Rumble nos resultados de pesquisa do Google. Rumble alega que isso reduz sua audiência e resulta em menores receitas de publicidade.[19]

O ex-presidente dos EUA, Donald Trump, juntou-se oficialmente ao Rumble em 26 de junho de 2021 na preparação da gravação de seu comício em Ohio.[20]

Rumble no Brasil

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Ainda não há uma representação do Rumble no Brasil, mas a empresa já manifestou interesse em iniciar suas operações no país.[21]. Entretanto, o Rumble funciona sem nenhuma restrição no Brasil, podendo ser acessado pelo site do Rumble ou pelos sistemas Roku, IOS para iPhone e Google Play em aparelhos com Android.[21][22]

Os criadores de conteúdo, Bruno Aiub, conhecido como Monark e o escritor Reginaldo Ferreira da Silva, conhecido como Ferréz, foram os primeiros brasileiros a ganhar notoriedade usando a plataforma.[23] Após ter saído do Flow Podcast, Monark estreou no dia 4 de abril de 2022, o podcast chamado "Monark Talks".[24][25]. O primeiro convidado foi o também criador de conteúdo, o youtuber de Minecraft, Eduardo Faria, conhecido como Venom Extreme.[24] A primeira entrevista do canal já conta com 228 mil visualizações e o canal já tem mais de 53 mil inscritos em pouco mais de 9 horas desde que foi lançado.[24] Ferréz estreará seu programa de entrevistas no dia 8 de abril de 2022.[23] O jornalista Glenn Greenwald, radicado no Brasil, também adopta a plataforma Rumble.[26]

Bloqueios na França e Brasil

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Após a invasão russa da Ucrânia em 2022, o Rumble não seguiu outras plataformas de mídia social, ao banir a mídia estatal russa da plataforma. Em Novembro daquele ano ocorreu o bloqueio dos serviços para a França, após a recusa em cumprir a exigência daquele país desse tipo de remoção. Em comunicado, o Rumble disse que os utilizadores na França não poderão mais aceder ao site, em resposta à exigência de "censura" de Paris.

Recentemente, o governo francês exigiu que removessemos certas fontes de notícias russas do Rumble. Como parte de nossa missão de restaurar uma Internet livre e aberta, nos comprometemos a não mover as metas de nossas políticas de conteúdo”, dizia o Rumble, em nota. A empresa ainda acrescentou que iria “desafiar a legalidade” das exigências feitas pelo governo francês.[27]

Depois de a Rússia ter invadido a Ucrânia, as sanções dos Estados Unidos e da Europa sobre Moscou incluíram proibições aos meios de comunicação estatais russos, incluindo o Sputnik e a RT. O RT migrou para o Rumble quando foi removido de múltiplas plataformas de streaming.

O Rumble disse que a decisão não afectaria materialmente a empresa, uma vez que pouco menos de um por cento da base de utilizadores assistia a vídeos da França. No entanto, esperava que Paris reconsiderasse a exigência, e permitisse à empresa retomar os serviços no país europeu.

O CEO da Rumble, Chris Pavlovski, disse que "como Elon Musk, também não moverá balizas para nenhum governo estrangeiro".

No final de 2023, foi a vez de o Brasil ser bloqueado, por conta de pedidos similares (e reiterados) do Poder Judiciário.[28]

Referências
  1. https://www.wfmz.com/news/pr_newswire/pr_newswire_entertainment/rumble-sets-new-all-time-records-across-all-key-performance-measures/article_768d494a-9a59-52bb-90a0-f30e8158f9d7.html
  2. a b c d Silverman, Craig (2 de novembro de 2020). «Can Dan Bongino Make Rumble The Right's New Platform?». Buzzfeed News 
  3. Pramod, Naga (23 de abril de 2021). «Rumble is experiencing massive growth as people ditch Big Tech». Reclaim the Net 
  4. Sigman, Brooke (20 de abril de 2021). «YouTube rival seeing 'tremendous' growth, welcomes users on the 'left or the right,' Rumble CEO says». Fox Business 
  5. a b «Meet Rumble, the YouTube rival that's popular with conservatives». Fortune (em inglês). Consultado em 19 de janeiro de 2021 
  6. «Rumble does not permit copyright infringing activities and infringement of intellectual property rights on the Service, and Rumble will remove all Content if properly notified that such Content infringes on another's intellectual property rights. Rumble reserves the right to remove Content without prior notice.». Rumble (website) 
  7. Watts, Marina (26 de outubro de 2020). «What Is Rumble? The YouTube Alternative 'Where Conservative Views Won't Be Discriminated Against'». Newsweek. Consultado em 9 de janeiro de 2021 
  8. Zakrzewski, Cat (16 de novembro de 2020). «The Technology 202: YouTube alternative Rumble highlights conservatives' move to more hands-off social networks». The Washington Post. Consultado em 9 de janeiro de 2021 
  9. a b Isaac, Mike; Browning, Kellen (18 de novembro de 2020). «Fact-Checked on Facebook and Twitter, Conservatives Switch Their Apps». The New York Times. Consultado em 9 de janeiro de 2021 
  10. Mak, Aaron (15 de dezembro de 2020). «Meet Rumble, the YouTube Alternative Where Trump Could Still Win». Slate. Consultado em 9 de janeiro de 2021 
  11. Mak, Aaron (18 de março de 2021). «Where Anti-Vaccine Propaganda Went When YouTube Banned It». Slate. Consultado em 29 de março de 2021 
  12. «Rumble terms and conditions». Rumble. Consultado em 29 de março de 2021. Cópia arquivada em 27 de março de 2021 
  13. «Rumble Sends Viewers Tumbling Toward Misinformation». Wired. 11 de maio de 2021. Consultado em 11 de maio de 2021 
  14. a b c Parker, Bryan C. (15 de janeiro de 2021). «The next Parler: I tried four apps attracting right-wing users». SFGate (em inglês). Consultado em 16 de janeiro de 2021 
  15. Hagey, Keach (19 de maio de 2021). «WSJ News Exclusive | Peter Thiel, J.D. Vance Invest in Rumble Video Platform Popular on Political Right». Wall Street Journal (em inglês). ISSN 0099-9660. Consultado em 21 de maio de 2021 
  16. Wayt, Theo (19 de maio de 2021). «Facebook director Peter Thiel invests in conservative rival Rumble». New York Post (em inglês). Consultado em 28 de junho de 2021 
  17. O'Kane, Josh (13 de janeiro de 2021). «Toronto video-hosting startup Rumble Inc. sues Google over search result». The Globe And Mail (em inglês). Consultado em 14 de janeiro de 2021 
  18. Rumble, Inc. v. Google LLC, N.D. Cal. docket 4:21-cv-00229, on Court Listener
  19. Schechner, Sam (12 de janeiro de 2021). «YouTube rival Rumble sues Google over search rankings». Market Watch (em inglês). Consultado em 18 de fevereiro de 2021 
  20. Culliford, Elizabeth (26 de junho de 2021). «Trump Joins Video Platform Rumble Ahead of Ohio Rally». U.S. News & World Report. Consultado em 29 de junho de 2021 
  21. a b Eduardo Harada (4 de abril de 2022). «Rumble: o que é e como funciona a plataforma rival do YouTube?». TecMundo. Consultado em 5 de abril de 2022 
  22. Vinicius Colares (28 de junho de 2021). «Rumble App Vídeos: O que é a plataforma, como usar e baixar no iOS e Android». Portal PronaTEC. Consultado em 5 de abril de 2022 
  23. a b Mônica Bergamo (1 de abril de 2022). «Monark e Ferréz aderem ao Rumble para competir com o YouTube no Brasil». Diário do Litoral. Consultado em 5 de abril de 2022 
  24. a b c «Monark estreia novo podcast após afastamento do 'Flow'». Super Rádio Tupi. 5 de abril de 2022. Consultado em 5 de abril de 2022 
  25. Edson Kaique Lima (4 de abril de 2022). «Conheça o Rumble, rival do YouTube que é a nova casa de Monark». Olhar Digital. Consultado em 5 de abril de 2022 
  26. Gaglioni, Cesar (23 de março de 2022). «O que é o Rumble, plataforma que une Greenwald e Monark». Nexo Jornal. Consultado em 17 de abril de 2022 
  27. «Rumble desconecta a Francia de su plataforma tras la petición de París de bloquear a medios rusos». RT (em espanhol). 2 de novembro de 2022. Consultado em 24 de dezembro de 2023 
  28. Aquino, Mariah (23 de dezembro de 2023). «"YouTube da direita", Rumble sai do Brasil e alega censura da Justiça». Metrópoles. Consultado em 24 de dezembro de 2023