Regra de São Bento
A Regra de São Bento[1] (em latim, Regula Benedicti ou RB), escrita por Bento de Núrsia no século VI, é um conjunto de preceitos destinados a regular a vivência de uma comunidade monástica cristã, regida por um abade. Escrita numa altura em que pululavam, por toda a Cristandade, inúmeras regras, começou a ter sucesso sobretudo a partir do século VIII, quando os Carolíngios ordenaram que fosse a única regra monástica autorizada nos seus territórios - e a partir daí, esse preceito estendeu-se ao resto da Europa, sobretudo com o advento da reforma gregoriana. Foi também adoptada, com igual sucesso, pelas comunidades regrantes femininas. Pode-se dizer que a regra tem sido um guia, ao longo da sua existência, para todas as comunidades cristãs da Cristandade Católica e, desde a Reforma Protestante, também aplicável às tradições Anglicana e Protestante.
O espírito da Regra de São Bento resume-se em dois pontos: o lema da Ordem de São Bento (pax - «paz»), que nasceria séculos mais tarde, como resultado da agremiação de vários mosteiros que partilhavam a mesma regra; e ainda o tradicional ora et labora («reza e trabalha»), súmula da vida que cada monge deve levar.
A Regra de São Bento já era seguida nos séculos X e XI por todos os monges do Ocidente. A regra era adaptada e possuía certa diversidade dada às condições locais de cada abadia, mas se fixava nos grandes princípios e formas da vida religiosa.[2]
- ↑ «Regra de S. Bento | Infopédia»
- ↑ VAUCHEZ, André (1995). A Espiritualidade na Idade Média Ocidental. Rio de Janeiro: Jorge Zahar. 35 páginas