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Sistema de pouso por instrumentos

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Funcionamento do ILS mostrando o padrão de emissão do localizer e do glideslope.
Aparelho indicador analógico de ILS
Indicador ILS no Display Eletrônico de um Boeing 737

O sistema de pouso (português brasileiro) ou aterragem (português europeu) por instrumentos, também conhecido pela sigla ILS (do inglês instrument landing system) é um sistema de aproximação por instrumentos, que dá uma orientação precisa ao avião que esteja na fase de aproximação final duma determinada pista.

Consiste em dois sistemas distintos: um deles mostra a orientação lateral do avião em relação à pista (localizer), e o outro mostra o ângulo de descida, ou orientação vertical (glideslope).

É um sistema baseado na transmissão de sinais de rádio que são recebidos, processados e apresentados nos instrumentos de bordo do avião. A aproximação ILS (Instrument Landing System) é também chamada de "Aproximação de Precisão" (Precision Approach) por contar com as informações do Localizador em VHF (Very High Frequency) e do Glide Slope em UHF (Ultra High Frequency), fornecendo informações para o alinhamento com o eixo da pista e com a trajetória correta de planeio para o pouso.[1]

A antena do Localizador ou "LOC" (do inglês localizer) está situada 1000 ft (cerca de 300 m) após a cabeceira oposta à qual se executa a aproximação, emitindo sinal de rádio modulado em 90 Hz e 150 Hz, separados no alinhamento da pista, com um alcance aproximado de 18 milhas, com cobertura de 35º para cada lado do eixo até aproximadamente 10 milhas e de 10° para cada lado prolongamento do eixo central da pista após 10 milhas. Esses equipamentos têm como finalidade fornecer indicação do eixo central da pista. Uma vez que a frequência de ILS foi colocada no sistema de navegação do avião (NAV1), o sistema provê informações que desviam a barra vertical do sistema de ponteiros cruzados (crosspointer) proporcionalmente, de maneira que à medida que o piloto (ou piloto automático) aproximam o ponteiro do centro do instrumento, leva a aeronave a se alinhar no eixo da pista.

A antena do Glide Path (GP) está localizada entre 750 e 1250 ft da cabeceira da pista (próximo ao ponto onde a aeronave normalmente toca a pista) e tem a finalidade de fornecer o ângulo de planeio correto (coloquialmente denominado "rampa de pouso" ou "rampa eletrônica de pouso") durante uma aproximação. Esse ângulo de inclinação da rampa é geralmente de 3.0°, porém ângulos maiores poderão ser usados para evitar obstáculos, assim como ângulos menores poderão ser usados para atender a requisitos especiais de certos aeródromos militares ou privados.[nota 1]

O GP opera com frequências na faixa de UHF e sua sintonia é automática, associada à frequência do Localizador (LOC).

Irradiação de sinais do Glide Path

Algumas instalações possuem os Marcadores junto com o ILS. Quando o avião recebe a transmissão de um marcador, um sinal visual é mostrado ao piloto e outro sonoro é reproduzido, operado numa frequência de 75 MHz, cuja finalidade é fornecer informações de distância em relação à cabeceira da pista.

Marcador externo

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O marcador externo ou "OM" (do inglês outer marker) fica localizado a aproximadamente 7200m (3.9 NM) da pista. Seu módulo são duas barras por segundo com uma frequência de 400Hz e seu indicador é azul.

Marcador médio

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O marcador médio ou "MM" (do inglês middle marker) fica localizado a aproximadamente 1050m da pista. Seu módulo são barras e pontos alternados com uma frequência de 1300Hz. Tem o propósito de avisar o piloto que o contato visual com a pista é iminente.

Marcador interno

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O marcador interno ou "IM" (do inglês inner marker) fica localizado a aproximadamente 300m da pista. Tem o propósito de avisar o piloto, quando em condições de baixa visibilidade, da chegada iminente à pista. Seu módulo é 6 pontos por segundo na frequência de 3000MHz.

Marcadores OM MM IM
  • Categoria I - Uma aproximação por instrumento de precisão e pouso com uma altura de decisão não menor que 60 m (200 pés) e visibilidade não menor que 800m ou contato visual com a pista não menor que 550 m.
  • Categoria II - Uma aproximação por instrumento de precisão e pouso com uma altura de decisão menor que 60 m (200 pés) mas não menor que 30 m (100 pés), e contato visual com a pista não menor que 350 m.
  • Categoria III possui sub-divisões
    • Categoria III A - Uma aproximação por instrumento de precisão e pouso com uma altura de decisão menor que 30 m (100 pés), ou nenhuma altura de decisão e contato visual com a pista não menor que 200 m.
    • Categoria III B - Uma aproximação por instrumento de precisão e pouso com uma altura de decisão menor que 15 m (50 pés), ou nenhuma altura de decisão e contato visual com a pista menor que 200 m mas não menor que 50 m.
    • Categoria III C - Uma aproximação por instrumento de precisão e pouso sem altura de decisão e sem restrições de visual da pista.

Uma aproximação Categoria I pode ser efetuada manualmente. As regras para Categoria II variam de acordo com cada país: o FAA (EUA) permite que o pouso seja feito manualmente, enquanto os países da Europa que seguem a EASA exigem o acoplamento do piloto automático nesta categoria. Já na categoria III é requerido o uso do Piloto Automático, sendo necessário a capacidade de efetuar a aterrissagem de forma automática.

Notas
  1. Item 17.1.2 do MANINV-BRASIL.[2]
Referências
  1. «Cópia arquivada». Consultado em 25 de março de 2016. Arquivado do original em 5 de abril de 2016 
  2. BRASIL. COMAER (30 de dezembro de 2011). «Manual Brasileiro de Inspeção em Voo (MANINV-BRASIL)» (PDF). Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA). p. 17-1. Consultado em 7 de junho de 2014 

3. SANTOS, Ivanelson Lobato, Navegação Aérea Descomplicada - Segunda Parte - Piloto Comercial, Voo por Instrumentos, Controlador de Tráfego Aéreo. 2018 - 4a. ed. Edição do Autor

Ligações externas

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