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Siriano de Alexandria

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 Nota: Para outras pessoas de mesmo nome, veja Siriano.

Siriano (em grego: Συριανός; romaniz.: Sirianos; morto em c. 437) foi um filósofo neoplatonista grego e escolarca da Academia Platônica em Atenas, sucedendo seu professor Plutarco de Atenas em 432/437.[1] Sua importância se deve ao fato de ter sido o professor de Proclo, Isidoro, Hérmias de Alexandria e Domino,[1] além de ser um comentarista de Platão, Aristóteles, Homero e Hermógenes de Tarso.[2]

Vida e início

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Siriano era natural da Alexandria, filho de Filoxeno,[3] sabemos pouco de sua história pessoal, apenas que ele veio para Atenas e estudou com grande zelo com Plutarco de Atenas, o diretor da escola neoplatônica, que o considerava com grande admiração e afeto, o nomeando então como seu sucessor. Siriano foi então o professor de Proclo e Hérmias. Proclo o considerava com grande veneração e deu indicações de que em sua morte, queria ser sepultado junto ao seu professor.[4]

Pouco restou dos trabalhos de Siriano, esse trabalhos inclui:[5]

  • Comentários em Metafísica em III-IV, XIII-XIV e partes de VII foram preservados.[5][nota 1] Nestes comentários ele expressa sua admiração pela lógica, ética e física de Aristóteles, no entanto ele não concorda com as críticas que foram feitas á metafísica de Pitágoras e Platão que constituem a maior parte de seus comentários. Siriano argumenta que ele precisava prover orientações para que leitores inocentes não fossem conduzidos ao erro.[nota 2]
  • Comentários sobre duas obras retóricas Sobre o êxtase e Sobre as ideias de Hermógenes de Tarso, considerado um intelectual em seu tempo.[2]
  • Palestras sobre o Fedro de Platão, conservados por Hermias.

A importância filosófica Siriano encontra-se no campo da metafísica e da exegese de Platão. Ele é importante na expansão dos detalhes do sistema metafísico neoplatônico iniciada por Jâmblico e mais completamente delineado por Proclo.[6]

Os restos mais valiosos que possuímos são os comentários sobre a Metafísica de Aristóteles. Ao explicar as proposições de Aristóteles, ele anexa as opiniões defendidas pela escola Neoplatonista sobre o assunto em mãos e se esforça para estabelecer o último contra o primeiro. Em seu comentário da Metafísica Siriano explica sua visão de Mónade e Díada em várias passagens. O Um é imediatamente seguida por um mônade e uma díade supremos. Siriano descreve o mônade como masculino e a díade como feminino, empregando a doutrina dos dois princípios cósmicos para explicar a origem do mal. Ele nega as formas platônicas de coisas que são más, para ela a díade é indiretamente responsável pelo mal e atribui a existência do mal à alteridade e pluralidade, da qual ele acredita ser a díade diretamente responsável por sua criação.[6]

Ainda de acordo com Siriano, a indefinida díade preenche cada nível da realidade (divina, inteligível, psíquica, natural e sensível) com números próprios, articulando o conceito de Díade Indefinida como o princípio originativo primário dos números que governam cada nível de realidade.[7]

Referências
  1. a b Sarah Klitenic Wear. The Teachings of Syrianus on Plato's Timaeus and Parmenides. BRILL; 2011. ISBN 90-04-19290-5. p. 1.
  2. a b George A. Kennedy. A New History of Classical Rhetoric. Princeton University Press; 2009. ISBN 1-4008-2147-9. p. 220.
  3. Proclus; T. Taylot. Six Books of Proclus: On the Theology of Plato. 1816. p. 47. Trans. do grego, para que um sétimo livro é adicionado, a fim de suprir a deficiência de outro livro sobre o assunto, que foi escrito por Proclo, mas desde então perdido. Este livro está disponível para download no Google Books)
  4. "Uma biografia de Proclo descreve seu funeral e nos informa que Proclo e seu professor foram sepultados juntos", Michael Maas. Readings in Late Antiquity: A Sourcebook. Routledge; 2010. ISBN 978-0-415-47336-1. p. 275.
  5. a b Dominic J. O'Meara. Pythagoras Revived: Mathematics and Philosophy in Late Antiquity. Oxford University Press; 1990. ISBN 978-0-19-823913-0. p. 119.
  6. a b Monad And Dyad As Cosmic Principles In Syrianus, Soul And The Structure Of Being In Late Neoplatonism, H.J. Blumenthal and A.C. Lloyd, Liverpool University Press, 1982, pp. 1 - 10.
  7. Svetla Slaveva-Griffin. Plotinus on Number. Oxford University Press; 2009. ISBN 978-0-19-970374-6. p. 67.
Notas
  1. O'Meara, p. 121 – 122
  2. O'Meara, p. 121