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Maracanã-de-colar

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Como ler uma infocaixa de taxonomiaMaracanã-de-colar

Estado de conservação
Espécie pouco preocupante
Pouco preocupante (IUCN 3.1) [1]
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Psittaciformes
Família: Psittacidae
Género: Primolius
Espécie: P. auricollis
Nome binomial
Primolius auricollis
(Cassin, 1853)
Distribuição geográfica

A maracanã-de-colar (Primolius auricollis) é uma espécie de ave psittaciforme da família Psittacidae, que pode ser encontrada no oeste do Brasil, Paraguai, norte da Argentina e sul da Bolívia.

Pertence ao gênero Primolius, que é composto por apenas três espécies. Foi incluída durante muito tempo no gênero Ara, fundamentalmente por sua pele nua na face, mas o tamanho é muito inferior ao das verdadeiras Aras. Atualmente se utiliza Ara apenas para as grandes araras. No período intermediário aos dois tratamentos, foi utilizado por poucos anos o gênero Propyrrhura, mas no ano de 2001 se demostrou que Primolius tem prioridade sobre Propyrrhura.[2]

Foi descrita pelo ornitólogo estadunidense John Cassin em 1853. Seu nome auricollis significa "ouro no pescoço".

Seu tamanho é de cerca de 38 cm, dos quais quase a metade corresponde às penas da cauda. A cor geral de sua plumagem é verde, com um distinto colar amarelo na parte de trás do pescoço, que com o envelhecimento se desenvolve para uma cor mais viva. A testa e a coroa são pretas. As rêmiges e as coberteiras primárias são azuis, e a cauda larga e pontiaguda tem uma base vermelha, um estreito setor central verde, e uma ponta de cor azul. A parte inferior da cauda e as penas de voo são de cor amarelo-esverdeada, similar à de vários papagaios. As patas são de cor rosa opaco, e a íris é de cor avermelhada a amarelo opaco. Conta com uma ampla porção da face descoberta de penas, exibindo sua pele branca. O bico é preto, frequentemente com a ponta de cor cinza pálido. Esta espécie tem uma expectativa de vida de 50 anos.

Distribuição

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Esta espécie está distribuída pela parte central da América do Sul. No Brasil, ocorre no Pantanal, localizado na região do sudoeste do Mato Grosso, oeste do Mato Grosso do Sul e sul de Rondônia. No norte do Paraguai, na maior parte do norte e do leste da Bolívia, alcançando, no seu extremo sul, o norte da Argentina, na floresta de Yungas (tanto na montanha como no pé da montanha) do norte de Salta e o sudeste de Jujuy.[3]

Uma segunda população disjunta aparece no extremo nordeste do Mato Grosso, até o sudeste do Pará e o oeste do Tocantins.

Ocupa hábitats distintos, desde as úmidas selvas tropicais e semitropicais das serras subandinas até as florestas de galeria do Pantanal, além da savana e pastagens com árvores esparsas. Fica principalmente em terras de baixa altitude, porém a nível local alcança uma altitude de 1 700 m.

Comportamento

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No geral vive em pares, podendo ficar, fora da temporada de reprodução, em pequenos bandos. Alimenta-se de frutas, gemas de flores e sementes.

Nidifica em buracos nos troncos de árvores. Os ovos são brancos e são geralmente postos dois ou três. A fêmea incuba os ovos durante uns 26 dias, e os filhotes ficam no ninho por cerca de 70 dias após a eclosão.​[4]

Conservação

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No geral, é bastante comum e por isso a BirdLife International a considera como Pouco Preocupante. Adapta-se e suporta melhor do que outros psitacídeos o crescente desmatamento, conseguindo sobreviver em áreas arborizadas rodeadas de plantações. Parece ser menos prejudicial à agricultura do que a sua congênere maracanã (Primolius maracana).

Em apenas 3 anos (de 1977 a 1980) ingressaram nos Estados Unidos, para comercialização, 5 314 exemplares desta espécie.

Espécies congêneres

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Primolius é um gênero constituído por outras duas espécies, sendo:

Referências
  1. «Maracanã-de-colar». Lista Vermelha da IUCN de espécies ameaçadas da UICN 2024 (em inglês). ISSN 2307-8235 
  2. Penhallurick, John (2001). «Primolius Bonaparte, 1857 has priority over Propyrrhura Ribeiro, 1920». Bulletin of the British Ornithologists' Club (121): 38-39 
  3. de la Peña, Martin (2012). pautasso, Andrés A., ed. Citas, observaciones y distribución de Aves Argentinas. Informe preliminar. Serie: Naturaleza, Conservación, y Sociedad Nº7. Santa Fé, Argentina: Ediciones Biológica. 770 páginas. ISBN 978-987-27043-6-0 
  4. Alderton, David (2003). The Ultimate Encyclopedia of Caged and Aviary Birds. Londres, Inglaterra: Hermes House. p. 236. ISBN 184309164X 
  • Juniper, T. & Parr, M. (1998). A Guide to the Parrots of the World. Pica Press, East Sussex. ISBN 1-873403-40-2
  • To reassign the genus of three macaws South American Classification Committee.
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